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NOVEMBRO2009

PARQUE INDUSTRIAL DE ABRANTES

Semear para colher São 11 mulheres, todas licenciadas, e estão a acabar um curso de empreendedorismo. Começaram em 15 de Setembro e terminam a 27 de Novembro. Partiram do desemprego e à chegada têm pronto um projecto de criação da própria empresa. A inicitiva foi do Tagus Valley. Homero Cardoso, director operacional, explica: «O objectivo é, para já, elas serem capazes de construir um plano de negócios no papel. Se tiverem sucesso nesta primeira fase, terão acesso a 80 horas de acessoria para consolidação do negócio e criação da própria empresa.» Já se sabe que em casos destes não há sucesso completo. Mas o director operacional do Tagus Valley está confiante. «Esperamos que, no final, haja casos de construção da própria empre-

sa, pois aí é que se mede o sucesso deste curso.» E explica a filosofia da iniciativa. «Trata-se de um projecto de empreendedorismo em meio rural, isto é, que utilizam os recursos locais ou que se dirigem a responder a necessidades locais, portanto, ou da terra ou para a terra.» Subentende-se, uma terra mais empreendedora, mais produtiva e melhor servida. Ou

seja, mais e melhor desenvolvida. Para já, os projectos no papel estão quase prontos. São vários os sectores de actividade em que as promitentes empresárias estão a apostar, por exemplo food design, arquitectura paisagística, produção para cosmética, produção de eventos, comercialização de produtos de limpeza, produção hidropónica,

redesign de roupa ou educação para crianças. Para que o objectivo seja atingido, além de formação teórica e prática, como relações interpessoais ou marketing, as formandas têm tido sessões com empresários já no terreno e com representantes de organismos que podem dar apoio aos seus futuros projectos. A concepção e direcção do projecto formativo esteve a cargo da Global Change, uma empresa parceira do Tagus Valley. Não é um projecto que tem a ver directamente com o Parque Industrial. Mas a estratégia pode ser dita como semear na formação de empresários, para depois colher como fruto as novas empresas que daí possam surgir. Talvez venham elas a fixar-se no Parque Industrial, mas o importante é que vinguem.

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Tecnopólo é um pórtico do Parque Industrial O Tecnopolo do Vale do Tejo não faz parte do Parque Industrial de Abrantes. Contudo, está directamente ligado a ele. Não só porque lhe fica contíguo, mas sobretudo porque se trata de uma iniciativa que visa dar apoio às empresas da região e desenvolver uma estratégia de inovação para todo o território, em especial a ligação entre o mundo das empresas e o mundo do ensino superior, com a sua investigação directamente aplicável. Além disso, o Tecnopolo tem um centro de incubação de empresas. O Parque Industrial é, por isso, um dos destinos de uma empresa que ali iniciou a sua actividade e que amadureceu o suficiente para levantar voo para outra paragem. O Tecnopolo é, deste modo, uma entidade que apoia as em-

presas e que procura semear mais empresas. Por exemplo através de cursos de empreendedorismo. O Tecnopolo do Vale do Tejo é um projecto desenvolvido pela Câmara Municipal de Abrantes em parceria com a Nersant, Associação Empresarial de Santarém e oferece às empresas e aos intervenientes económicos e sociais da região uma série de infra-estruturas de acolhimento e de serviços de alta qualidade. No Tecnopolo vai funcionar também a ESTA – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, cujo ADN tem inscrita a vocação para uma ligação muito directa ao mundo empresarial. No passado dia 17 foi lançada a primeira pedra do novo edifício da ESTA, que se espera esteja pronto dentro de três anos.


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