ed. JA Novembro 09

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de

jornal abrantes Director JOSÉ ALVES JANA - MENSAL - Nº 5467 - ANO 109 - GRATUITO

Parque Industrial de Abrantes a precisar de mais espaço

I páginas 7 a 16

Para falar dos direitos das crianças

Laborinho Lúcio em Abrantes Foto: Joaquim Dâmaso

A Convenção dos Direitos Dire eitos da Criança comemora 20 anos. Para P assinalar a efeméride, o Jornal de Abrantes e a Antena Livre desenvolvem m uma campanha de sensibilização, entr re 20 de Novementre bro e 17 de Dezembro, com o lema “Um rianSorriso para uma Criança”, que encerrará com uma conferência a proferir pelo Dr. Laborinho Lúcio, em Abrantes. I páginas 4 e 5

ABRANTES A

ES fez 10 anos ESTA ccom o lançamento d daa primeira pedra AE ESTA lançou a primeira pedr ra do novo edifício a pensar dra qu u o futuro começa agora. que página pá á 18

SAÚDE SA S

C Contra Co o cancro eem m campanha d e 4 meses de Um m Dia Pela Vida é um projecto dee luta contra o cancro. De Nove em vembro a Março vai decorrer no co on concelho de Abrantes. página 6

CULTURA CU C

F Federação Fe de Ci C Cineclubes estreia se sede com encontro nacional na Ve i o d o P o r t o e f i x o u - s e em Abrantes. A Federaçã ção Portuguesa de Cineclube bes fica agora mais ao centro. página 21 pág


SUGESTÕES DE ...

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ABERTURA

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FOTO CRÍTICA

Maria do Céu Albuquerque

Será tinta? Serão algas? Normal não é certamente, que o Tejo não corre assim.

NOME Maria do Céu Albuquerque IDADE 39 anos

Rio Tejo em Abrantes

PROFISSÃO Presidente da Câmara Municipal de Abrantes

VOX POP

RESIDÊNCIA Abrantes UMA POVOAÇÃO Água das Casas, Água Travessa UM CAFÉ Chave d’Ouro (Abrantes)

Rio Tejo em Belver

Se fosse presidente da Câmara Municipal de Abrantes o que mudaria?

UM BAR Bar na Praia Fluvial de Aldeia do Mato UM PETISCO Farinheira e morcela UM RESTAURANTE Ti Pedro (Pego) - Adoro petiscos UM LUGAR PARA PASSEAR Centro Histórico de Abrantes UM RECANTO A DESCOBRIR Albufeira de Castelo de Bode UM DISCO “Tom Jobim – Bossa Nova UM FILME A Insustentável Leveza do Ser UMA VIAGEM Nova York

José Rodrigues

Pedro Jorge Coelho

Ângela Clemente

Alberto Lopes

58 anos, Desempregado

45 anos, Gerente Comercial

56 anos, Reformada Função Pública

46 anos, Comerciante

Mudaria o tarifário da água porque eu acho que isto é uma roubalheira ao povo. Eu recebo os recibos da água e, comparando com outras câmaras, nestas vem qualquer coisa para pagar de resíduos sólidos mas não como aqui em Abrantes. É uma vergonha.

Há muita coisa importante a fazer na cidade. A situação a que se assiste aqui todos os dias é uma vergonha. Não há pessoas no centro da cidade porque todos os serviços saíram do centro histórico. Por isso, para mim, os serviços deveriam voltar todos para o centro da cidade.

Tentava com que viessem mais fábricas para o concelho para proporcionar às pessoas mais empregos. Tentava ainda arranjar melhor as ruas de Abrantes e das aldeias em redor, que estão em muito mau estado.

Porque vivo e tenho interesses comerciais no centro histórico, começaria por alterar a circulação do trânsito e permitiria que os carros passassem mais perto do comércio. Tentava também atrair marcas de referência. Se houvesse lojas mais atractivas no centro as pessoas viriam mais.

EDITORIAL

Solidariedade sustentada A solidariedade marca as páginas desta edição. Antes de mais, a campanha para assinalar dos 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança, que também é uma questão de justiça. Muito já foi feito para mudar o estado das coisas, mesmo entre nós. Mas muito continua ainda por fazer. É a hora.

Outra campanha é contra o cancro. Doença maldita ainda há pouco, hoje é uma doença que já se consegue controlar em muitos casos. Também aqui há ainda muito por fazer, apesar do trabalho já desenvolvido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. E a Outonos da Vida e Liga de Amigos do Serviço de Ginecologia

e Obstetrícia do Médio Tejo também são casos de solidariedade. Sem esquecer o Banco Alimentar nos dias 28 e 29. Mas também dedicamos uma atenção especial ao mundo das empresas, e nesta edição ao Parque Industrial de Abrantes. Nunca é de mais insistir que sem uma economia próspera, aumentam

as necessidades de solidariedade e ao mesmo tempo diminuem os recursos para fazer-lhes frente. Não há vida de qualidade que não seja sustentada numa economia firme. Mas a nossa vida é cheia de muitas coisas. Entre elas uma programação cultural de qualidade a nível regional. Minde e

Mação dão o toque. São apenas alguns dos comprimentos de onda em que vibra este nosso território. Alves Jana


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ENTREVISTA

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RITA PINHEIRO - PROFESSORA DE DANÇA

Daqui a 10 anos, toda a gente vai conhecer o “Espaço Idança” os verdadeiros resultados só vêm ao fim de 10 ou 15 anos. Mas não só para a dança. Os alunos formados pela dança acabam por procurar outros espectáculos culturais que façam alguma diferença na sua qualidade de vida, no seu diaa-dia. Tornam-se pessoas mais atentas, mais críticas, mais respeitadoras.

Rita Pinheiro é professora de dança, coreógrafa e bailarina. Dirige o Espaço Idança, a sua escola de dança contemporânea, agora com novas instalações. Deve, por isso, ser tida também como empresária do sector cultural. Desde 2003 que não desiste de Abrantes e da dança. Como começou este projecto? Vim desafiada pela Susana Gaspar, uma colega de trabalho, em Setembro de 2003 e criámos o Espaço Idança no Salão da Esperança. Um ano e meio depois, ela partiu para outros voos e eu fiquei. Foram mudando de instalações. Estivemos no salão três anos. Depois, a Câmara prometeu alojar-nos na Casa Carneiro, e estivemos algum tempo no ginásio da piscina, mas a proposta da Câmara foi retirada e fomos acabar o ano lectivo no Estádio. Como aquilo não tinha condições, abrimos junto à Escola Solano de Abreu. Agora, no novo espaço, desde Setembro, temos mais condições para trabalhar: é um espaço maior, mais agradável e permite que os pais possam assistir a algumas aulas abertas. Todas estas mudanças e adaptações torna mais difícil rentabilizar os investimentos. É fácil encontrar crédi-

Não se trata, apenas, de formar bailarinos. Aqui não se formam bailarinos, formam-se pessoas. Os alunos, no entanto, ficam com formação que lhes permite tornarem-se bailarinos se quiserem continuar.

to? Crédito para uma escola de dança? Comigo a trabalhar a recibos verdes? Volta-se para casa a fazer contas e a amealhar aqui e ali. Sente-se mais artista ou empresária? Eu sou uma artista, acima de tudo. Empresária... isso era outro curso que eu estava para tirar. Mas isto também é uma empresa. É uma empresa, de que faço a gestão como posso, mas eu considero-me mais artista. E tudo o que faço é pela arte, pela minha paixão pela dança.

A que crianças ou jovens se destina o projecto? Aos que adoram dançar. Não é um lugar onde os pais possam vir “despejar” as crianças. A dança está dentro das pessoas e é de pequenino que se começa a sentir o gosto pela dança. Sobretudo no caso das meninas, porque com os meninos ainda é difícil, há muitos preconceitos, são mais reprimidos. Mesmo assim, já temos dois meninos e um adulto. No essencial, qual é o projecto da escola? É uma escola de dança. Portanto, é a dança e a educação que a dança oferece, desde o exercício físi-

co, a postura, a coordenação, a musicalidade, o espírito de equipa, o trabalhar a auto-estima, que é um problema muito frequente e que aqui se consegue resolver quase rapidamente. Também se consegue resolver alguns problemas físicos, por isso recebemos alunos encaminhados pelo médico, e alguns problemas psíquicos, pelo que recebemos também alunos encaminhados por psicólogos. Trata-se, portanto, de uma escola de dança com muitas vertentes educativas. Além disso, um dos objectivos da escola é criar um público para a dança. Já se começam a notar resultados, mas

O público desta zona adere à dança? Está a aderir. No princípio, pouco; agora muito mais. Quer a frequentar a escola, quer a ir a espectáculos de dança, nomeadamente feitos por nós, mas não só, quer a ir a espectáculos recomendados por nós. Já se nota a diferença. Passados estes anos, valeu a pena? Valeu e vai continuar a valer, porque há ainda muita coisa para fazer. Vale sobretudo do ponto de vista artístico. Daqui a 10 anos, toda a gente vai conhecer a escola e ter uma postura diferente para com os espectáculos do Espaço Idança. Eu falo das referências que tenho. Em Torres Novas, ao fim de 20 anos, a minha professora de dança tinha o Virgínia

sempre cheio e onde quer que estivesse tinha a cidade com ela, porque sabiam que aquilo que ela fazia tinha qualidade e era agradável de se ver. Aqui vai, com certeza, acontecer o mesmo, dar frutos. Quais serão os próximos passos? O primeiro é reparar o estrago financeiro de abrir mais este espaço. Depois, é investir em material de espectáculo, e em material de divulgação para chegar a casa e ao ouvido das pessoas.

Rita Pinheiro Naturalidade: Torres Novas Residência: Abrantes, desde 2003 Formação: Licenciada em Dança Contemporânea pela Escola Superior de Dança, de Lisboa Actividade: Professora de dança, coreógrafa, bailarina e empresária no sector cultural

Espaço Idança Localização: R. Pe. Jaime de Oliveira, 12 Tapadão, Alferrarede Horário: 16h00 – 20h30 De 2ª a 6ª Valências: Dança contemporânea Dança criativa Dançoterapia Loja de materiais de dança Alunos: 50


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SOLIDARIEDADE

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Foto: Joaquim Dâmaso

EFEMÉRIDE E CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE “UM SORRISO PARA UMA CRIANÇA”

Jornal de Abrantes e Antena Livre promovem conferência com Laborinho Lúcio A Convenção dos Direitos da Criança comemora agora 20 anos. Para assinalar a efeméride, o Jornal de Abrantes e a Antena Livre estão a desenvolver, entre 20 de Novembro e 17 de Dezembro, uma campanha de sensibilização com o lema “um sorriso para uma criança”, que encerrará com uma conferência a proferir pelo Dr. Laborinho Lúcio, em Abrantes. Esta iniciativa do jornal e da rádio é um convite a um gesto de solidariedade para com as muitas crianças que, nos nossos dias, ainda não vêem os seus direitos respeitados. A Antena Livre já começou a levar

à sua programação uma escolha dos artigos da Convenção e algumas entidades que se ocupam dos problemas da criança na nossa região. Ao longo deste mês de campanha, outras instituições serão igualmente contactadas. Uma campanha de solidariedade com o CAT – Centro de Acolhimento Temporário, de Abrantes, vai decorre durante este mês. Os leitores e ouvintes são convidados a fazer uma chamada de valor acrescentado, 0.60 euros, cujo produto reverte inteiramente para aquele serviço de apoio a crianças que têm de estar ali acolhidas para que os seus direitos mínimos sejam

salvaguardados. No dia 17 de Dezembro, à noite, terá lugar na Pirâmide uma conferência pelo Dr. Laborinho Lúcio sobre esta temática. O Dr. Laborinho Lúcio foi Ministro da Justiça, Ministro da República da Região Autónoma dos Açores, Director do Centro de Estudos Judiciários, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, entre muitas outras funções oficiais, e é um orador brilhante. É uma aposta segura para encerrar esta campanha. Integrado neste gesto colectivo é também lançado o blogue temático umsorisoparaumacrianca.worpress.com.

Somos uma Editora sólida, bem posicionada no mercado, com uma estrutura jovem e envolvida nos nossos projectos de crescimento. No âmbito da expansão da nossa actividade e para apoio ao Departamento de Marketing, pretendemos admitir, para o Distrito de Santarém:

CONSULTOR PEDAGÓGICO (m/f) ÁREA EDITORIAL A função envolve o acompanhamento de um conjunto de Escolas, visando a divulgação e comercialização de material didáctico-pedagógico, bem como o apoio e participação em acções de âmbito editorial. Pretendemos identificar profissionais com formação mínima ao nível do 12.º ano de escolaridade, gosto por Livros, apetência Comercial, valorizando-se experiência anterior, nomeadamente ao nível da docência e ou função comercial, idade entre os 25/35 anos, carta de condução, computador e viatura próprios e disponibilidade para deslocações. Proporcionamos formação específica, boas condições de trabalho e de remuneração, estabilidade profissional e integração em equipa jovem. Resposta para o e-mail: consultorespedagogicos09@gmail.com com indicação no assunto: Distrito de Santarém


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SOLIDARIEDADE

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A Convenção dos Direitos da Criança Foi a 20 de Novembro de 1989, que as Nações Unidas adoptaram por unanimidade a Convenção sobre os Direitos da Criança. Trata-se de um documento que enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais - os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais - de todas as crianças, bem como as respectivas disposições para que sejam aplicados. A Convenção sobre os Direitos da Criança não é apenas uma declaração de princípios gerais. Quando ratificada, representa um vínculo juridíco para os Estados que a ela aderem. Ficam por isso obrigados a adequar as normas de Direito interno às da Convenção, para a promoção e protecção eficaz dos direitos e liberdades das crianças.

Este tratado internacional é um importante instrumento legal devido ao seu carácter universal e sobretudo pelo facto de ter sido ratificado pela quase totalidade dos Estados do mundo. Apenas dois países, os Estados Unidos da América e a Somália, ainda não ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança. Portugal ratificou a Convenção em 21 de Setembro de 1990.Convenção assenta em quatro pilares fundamentais: • A não discriminação, que significa que todas as

crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial - todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo; • O interesse superior da criança, que deve ser uma consideração prioritária em todas as acções e decisões que lhe digam respeito; • A sobrevivência e desenvolvimento, que sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e à igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente; • A opinião da criança,

que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos. A Convenção contém 54 artigos, que podem ser divididos em quatro categorias de direitos: • Os direitos à sobrevivência (tal como o direito a ter cuidados adequados); • Os direitos relativos ao desenvolvimento (como o direito à educação); • Os direitos relativos à protecção (nomeadamente o ser protegida contra a exploração); • Os direitos de participação (como o direito de exprimir a sua própria opinião). Os direitos desta Convenção aplicam-se a todas a crianças e jovens até aos 18 anos, excepto quando as leis nacionais lhes confiram a maioridade mais cedo.

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Entrega de Equipamento social na “Outonos da vida” Camas articuladas, cana-dianas, cadeiras de rodas, cadeiras de banho e andarilhos são alguns dos materiais que a Outonos da Vida recebeu para criar um Banco de Ajudas Técnicas. A criação deste Banco de Ajudas, que permite a cedência a título de empréstimos de materiais a quem dele necessite, é agora uma realidade. A boa colaboração entre a Outonos da Vida - Associação para os Cuidados Paliativos e Dor Crónica do Médio Tejo, e a Fundação AGAPE, da Suécia, na pessoa do seu presidente, Carlos Quaresma, foi decisiva. Proveniente da Suécia veio um camião com diverso equipamento. Algum já foi distribuído a doentes e instituições carenciadas do Médio Tejo. Já está formada e a trabalhar a equipa de voluntárias na Unidade

de Cuidados Paliativos em Tomar. Sobre a responsabilidade de Maria Lebre, Conceição Valle de Castro, Maria João Baginha, Elisabete Gameiro e também Isabel Costa Macedo. Todas elas fazem parte do projecto piloto que está a desenvolver um trabalho de acompanhamento aos doentes e seus familiares internados na Unidade. A Outonos da Vida concorreu também ao Prémio do Valor Social da Cepsa. Para dar a conhecer as várias actividades desta Associação irá sair em breve um DV que vai estar disponível no site. Maria João Oliveira responsável pela Outonos da Vida afirma que “sem a ajuda do Dr. Alexandre Correia Leal e do Sr. Carlos Ferreira, proprietário da Firma Conzel, este sonho nunca teria sido realizado.


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SOLIDARIEDADE

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LUTA CONTRA O CANCRO

Abrantes pela vida “Abrantes Pela Vida” é o mote da campanha que arranca a 29 de Novembro e que tem a prevenção por objectivo principal. Trata-se de um projecto de voluntariado que pretende ainda divulgar a Liga Portuguesa contra o Cancro e angariar fundos para esta instituição. A campanha tem início dia 29, com uma sessão de abertura no cine-teatro de S. Pedro. Este será o arranque de uma maratona de iniciativas onde se vai falar do cancro, uma das doenças mais mortíferas da actualidade. A sessão vai contar com a presença da presidente da Liga, Manuela Rilvas, a coordenadora regional Sul, Rita Branco, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, e as duas

abrantinas que abraçaram este projecto, Matilde Sacavém e Isabel Simão. Esta primeira iniciativa, agendada para as 16 horas, vai trazer ainda um especialista em cancro da mama, do Instituto Português de Oncologia, e um médico de Abrantes, para uma conferência sobre a doença. Este é, segundo Matilde Sacavém, um projecto transversal à sociedade e no qual todos “devem participar”. E participar é muito simples. Qualquer cidadão só tem de formar uma equipa com oito a 20 elementos, dar-lhe um nome, preencher uma ficha de inscrição e entregá-lo junto da comissão organizadora. Depois é criar actividades que, por um lado divulguem a doença, e por outro, permitam angariar fundos para a Liga

Portuguesa Contra Cancro. Qualquer informação pode ser solicitada através do email abrantespelavida@ gmail.com e todas as actividades poderão ser acompanhadas através de um blogue que vai ser criado, especificamente, para dar a conhecer as actividades do Abrantes pela Vida, incluindo as verbas que forem sendo angariadas. O Abrantes Pela Vida arranca a 29 de Novembro e só vai terminar a 20 de Março com um evento que marcará o encerramento e será o culminar de todo o trabalho desenvolvido pelas equipas.

A história de “Um Dia pela Vida” Nascido nos Estados Unidos da América, há mais de 20 anos, com o nome Relay

For Life (estafeta pela vida), este é um projecto de solidariedade mundial, que envolve milhões de pessoas e que em Portugal já “tocou” cerca de 100 mil pessoas. Matilde Sacavém recebeu um telefonema da coordenadora nacional para que pudesse desenvolver a iniciativa em Abrantes. Um Dia Pela Vida ou o Abrantes Pela Vida é, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, “mais uma maneira de se lutar contra a doença. É falando de cancro na nossa comunidade, dando exemplos de esperança, ensinando que o caminho mais curto para a cura é a prevenção” que se pode começar a inverter as projecções do início do século que revelam que “um em cada quatro portugueses” serão “tocados” pelo cancro.

• Matilde Sacavém


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DESTAQUE

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Parque Industrial de Abrantes

O Parque Industrial de Abrantes é na Zona Norte de natureza pública e na Zona Sul de natureza privada. Ainda em fase de ocupação, é já um lugar onde se multiplica uma diversidade de empresas que estão a alterar e a qualificar o tecido económico do concelho.


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PARQUE INDUSTRIAL DE ABRANTES

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MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ABRANTES

Câmara prepara ampliação do Parque Industrial Como é que a Câmara Municipal vê o Parque Industrial de Abrantes? Vê-o como um motor de desenvolvimento socioeconómico do nosso concelho. Neste momento o parque já tem muitas empresas instaladas que são um factor de criação de emprego e de riqueza. Que serviços existem no Parque Industrial neste momento? Para servir as 38 empresas que estão instaladas no Parque Industrial de Abrantes estamos a desenvolver a instalação de gás natural e estamos também na fase final da instalação da fibra óptica para que as nossas empresas possam comunicar mais facilmente. Se já existem 38 empresas no Parque Industrial qual o espaço que falta ocupar? Há já muito pouco espaço disponível. Estamos a desenvolver esforços para adquirir mais terrenos e para criar novas infra-estruturas em terrenos que já são nossos mas que não estão em condições de poderem ser utilizados para instalação de empresas. Algumas destas 38 empresas não estão ainda instaladas, estão em processo de licenciamento ou de início de construção. Mas para nós é um gosto sentir que os nossos empresários reconhecem o que a Câmara Municipal faz para ir ao encontro das suas neces-

sidades de maneira a que possam cumprir os seus objectivos. O que é que já existe a nível de segurança no Parque? Relativamente à segurança só existe ainda um acordo com a PSP que passa por lá e faz várias rondas durante a noite. No caso dos estaleiros municipais, o nosso guarda-nocturno, da empresa de segurança contratada para o nosso edifício, faz essa mesma ronda. A segurança é um assunto que nos preocupa e que ainda tem de ser trabalhado. É uma questão que passa pela autarquia e também pelas próprias empresas. Será com elas que temos de chegar a uma forma mais eficiente e eficaz de promover a segurança das instalações. Relativamente às empresas que já estão a funcionar, alguma delas começou a partir de uma incubadora? Não, todas as empresas que estão no Parque instalaram-se directamente sem passar por incubadora. O conceito de incubação é um conceito recente e a maior parte das empresas instaladas no nosso Parque têm já alguma maturidade. Em Abrantes, a incubadora do Tecnopolo começou a trabalhar em 2003/2004, portanto ainda não teve tempo para amadurecer os primeiros projectos empresariais. Neste momento

• Câmara quer rever o regulamento do Parque Industrial de Abrantes. a incubadora do Tecnopolo está completamente cheia e vamos mudar até ao final do ano para o novo espaço, o Inov.Point. Foi criado também um concurso de ideias e de projectos empresariais, um desafio feito aos politécnicos e universidades de toda a região centro. Deste concurso já temos seis projectos empresariais para serem desenvolvidos naquele espaço. Temos ainda 12 mulheres a fazer formação no Tecnopolo na área do empreendedorismo feminino e contamos que no final desta formação estas mulheres tenham adquirido as competências necessárias para desenvolverem o seu próprio projecto empresarial. Aquela incubadora tam-

bém servirá para criar as condições necessárias para que isso aconteça. Para passar da fase da ideia à fase do projecto são necessários financiamentos e recursos. O que a Câmara quer fazer neste aspecto é parcerias com outras instituições. Por exemplo com a NERSANT, que tem aqui um papel muito importante nomeadamente na promoção do Valtejo Finicia, que permite apoiar projectos empresariais com alguma inovação e desenvolvimento tecnológico. O Regulamento do Parque Industrial de Abrantes incentiva a instalação de novas empresas? Tem de incentivar. Mas nós temos que criar regras

porque a nossa função enquanto órgão de gestão tem de ser transparente. O empresário tem de saber quais são essas regras e com o que pode contar. O Regulamento vai ser revisto porque, como é evidente, ao fim de algum tempo todos estes procedimentos têm de ser revistos para ir ao encontro das novas necessidades ou até para corrigir determinadas lacunas que se encontrem. De qualquer modo, o regulamento actual não é de maneira nenhuma um desincentivo ao investimento. Para além disto o próprio regulamento cria um incentivo financeiro. Nós estamos a vender o m2 de terreno a um valor baixo para permitir que numa fase ini-

cial a empresa não tenha um grande peso na aquisição do terreno. Qual a relação entre a Câmara Municipal de Abrantes e a NERSANT? O lema deste Executivo é ter uma comunidade mais viva e isso passa por trazer todos à discussão e responsabilizar cada um dos intervenientes neste processo. Portanto, da parte da autarquia, e penso que também por parte da NERSANT enquanto associação empresarial, a nossa expectativa é que juntos vamos conseguir claramente promover mais e melhor no nosso concelho do ponto de vista do desenvolvimento económico e por sua vez do desenvolvimento social.


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PARQUE INDUSTRIAL DE ABRANTES

A nova centralidade de Alferrarede Alferrarede é a freguesia mais industrial do concelho de Abrantes. É em Alferrarede que a Câmara criou, no final da década de 90, o Parque Industrial de Abrantes, zona Norte. Trata-se de um loteamento industrial de grande capacidade para acolher empresas do sector produtivo. Pedro Moreira, presidente da Junta de Freguesia de Alferrarede, diz que o crescimento do Parque Industrial de Olho-de-Boi trouxe “um reavivar e o retomar de uma dinâmica industrial fortíssima que Alferrarede teve na segunda metade do século XX”. Esta dinâmica provocou depois um retrocesso na vida da freguesia, com o encerramento e deslocalização dessas empresas: CUF e Quimigal, entre outras. “Parece que andámos agora 30 ou 40 anos para trás, no bom sentido”, sublinha o autarca, adiantando que existe uma “marca de muito maior modernidade, porque são apostas na tecnologia”.

Alferrarede tem registado também, há cerca de uma dezena de anos, um crescimento urbanístico muito grande, mas o presidente da Junta de Freguesia diz que a existência de mais empresas poderia criar mais dinamismo no mercado habitacional: “Tenho a esperança que com a instalação em Alferrarede da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e a sua aliança com o conjunto diversificado de empresas, possa criar as condições de dinamismo desse sector”. A aposta clara da Câmara de Abrantes em criar o grande parque de negócios em Alferrarede, a aposta de privados na construção de novas urbanizações, levou a alterações muito grandes nos fluxos quotidianos da freguesia, nomeadamente o esvaziamento do centro histórico, ou o Largo do Cinema, como é mais conhecido. Pedro Moreira reconhece essas alterações e diz que “por muito que custe a algumas pessoas, que ainda estão agarradas à definição do centro histórico, a aposta no Parque Industrial veio

• Pedro Moreira, presidente da Junta de Alferrarede deslocalizar o centro da freguesia para outras centralidades”. O autarca tem esperança que este centro histórico seja revitalizado, mas a centralidade é outra, mais próxima das grandes superfícies e dos serviços instalados numa zona mais alta da freguesia. Pedro Moreira revelou ainda que gostaria de ver empresas com uma grande base tecnológica a instalarem-se na freguesia, porque isso significaria mão-de-obra especiali-

zada e, acima de tudo, conhecimento. Permitiria, por outro lado, a fixação de mais população. Alferrarede é uma das freguesias da área urbana da cidade de Abrantes, tem uma área de 23.62Km2 e 3.831 habitantes. Da freguesia fazem parte as localidades de Alferrarede, Tapadão, Olho de Boi, Canaverde, Alferrarede Velha, Barca do Pego, Casal das Mansas, Marco e Casais de Revelhos Jerónimo Belo Jorge

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Um lugar também para serviços No Parque Industrial de Abrantes também se encontram instaladas algumas unidades de serviços. Além do Centro de Distribuição dos CTT, também a Valnor tem na Zona Norte o seu Ecocentro. Trata-se de um lugar com contentores específicos para recolha, por exemplo, de electrodomésticos, e objectos de cartão ou metal de maiores dimensões. A Câmara de Abrantes tem ali as suas oficinas e o seu estaleiro, e os serviços Municipalizados estão também ali a construir a sua sede operativa. Na Zona Sul, destaca-se o CRIA – Centro de Recuperação e Integração de Abrantes. Tendo começado a sua actividade em Rio de Moinhos, o CRIA instalou-se no Parque industrial em 1996, num lugar onde tem encontrado espaço para se expandir à medida das suas possibilidades. O último equipamento de Serviços a instalar-se no Parque, foi o Arquivo Municipal Eduardo Campos, que abriu as suas portas em Setembro passado.


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PARQUE INDUSTRIAL DE ABRANTES

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DOMINGOS CHAMBEL, PRESIDENTE DO NÚCLEO DA NERSANT

Novo regulamento do parque Industrial deve facilitar novos investimentos O Regulamento da zona industrial de Abrantes em vigor está para ser alterado em breve. Qual a razão? Entendemos que este é demasiado rígido, não só nas áreas de aproveitamento de construção, como nos sectores que poderiam desenvolver-se dentro desta Zona Norte. Entendemos que é oportuna a rectificação desse Regulamento, para moldes mais adaptáveis à realidade existente. Sabemos que existe vontade do município de Abrantes em alterar o Regulamento. Estamos à espera de ser contactados. Quer isso dizer que já aconteceram problemas, devido à rigidez desse Regulamento? Penso que deve sair um novo Regulamento que facilite e motive novos investimentos e novos investidores a virem para o concelho de Abrantes. A Zona Industrial Norte foi concebida numa política e filosofia de só poderem estabelecer-se indústrias de transformação. Existem duas Zonas. A Zona Sul tem várias empresas a funcionar, e foi a primeiro a aparecer. Os terrenos são de privados, sem gestão camarária, e por isso mais caros. Estão à venda no mercado, de acordo com a lógica de procura e oferta. Mais tarde a Câmara de Abrantes teve oportunidade de comprar toda a área do parque Norte, e possui a sua tutela. É neste

ções para as empresas se instalarem? Basicamente, sim. Faltam algumas infraestruturas, como as de saneamento das águas pluviais e também a questão da segurança. Estes são dois pontos que queremos debater com a autarquia. Relativamente à segurança temos uma ideia de como é que esta se deve desenvolver dentro de um Parque Industrial. Aliás, já aconteceu uma reunião entre a câmara e algumas empresas para falar sobre este assunto. Esta situação deve ser apresentada aos empresários e à autarquia, e todos juntos encontrarmos a melhor solução.

que as empresas têm mais facilidade em se instalar. A Câmara tem preços simbólicos para aquisição dos terrenos e convidativos para o aparecimento de novas empresas. Contudo, tanto na Zona Sul como na Norte já existem empresas de grande e média dimensão. Na Zona Sul temos, por exemplo, algumas de referência como a Bosch, o Mendes Transportes, a RSA. Mas também algumas de pequena dimensão. Considera que deve existir uma maior agressividade no mercado, para captação de empresas? O concelho de Abrantes, como força indutora de toda esta região, tem um papel fundamental na captação de novos investimentos. É aqui que temos as infraestruturas em termos de apoio aos quadros, e não só, que conseguem motivar as empresas a virem para cá. Há 15 anos, Abrantes não tinha grande concorrência. Mas neste momento existe uma forte concorrência de todos os municípios à sua volta. Abrantes tem que desenvolver ideias. Tem que ir à procura dos investimentos e não ficar à espera que eles batam à porta. O sector dos serviços deve estar contemplado na Zona Norte, em especial o ramo automóvel. Entendemos que é oportuno convidar os empresários do

• Nersant tem 126 empresas associadas no concelho de Abrantes. ramo automóvel a virem para Abrantes, para a Zona Norte, e dar-lhes condições para se fixarem. Neste momento, existem alguns sectores em crise. Mas a grande riqueza que aqui existe é a diversidade. Abrantes e os concelhos limítrofes não têm a sua economia baseada em nichos sectoriais. Têm sectores muito diversificados que se equilibram uns aos outros. Nós, enquanto Associação Empresarial, en-

tendemos que qualquer investimento é benvindo para Abrantes ou para a região. Em termos económicos são mais “vantajosos” médios ou grandes investimentos? Em termos económicos entendemos que todos os investimentos são bons para o concelho. Mas em termos sociais a pequena e média empresa deve ter, tanto da nossa parte, como

da parte da autarquia e também do governo central, uma atenção redobrada. A nível do PIB nacional existem 320 mil pequenas empresas que contribuem com 85% do PIB nacional. É nessas que entendemos que deve haver uma redobrada atenção para a sua motivação, para o seu desenvolvimento e manutenção. Considera que a Zona Industrial tem boas condi-

Quanto à zona industrial do Tramagal, como estão as empresas? Face à crise que estamos a passar, existe uma empresa que está a ser afectada directamente, a Mitsubishi. Esta está praticamente parada, digamos. Vamos esperar que a economia se desenvolva e captar empresas para instalar no Tramagal. Porque o concelho não é só o centro de Abrantes. A Associação Empresarial tem quantas empresas associadas? A nível de distrito de Santarém temos perto de 1400 empresas. No concelho de Abrantes existem 126, penso. Representamos a grande maioria das empresas grandes, mas também as pequenas e médias.


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INDAVER

A defesa do ambiente no país A Indaver Portugal livra o país inteiro dos resíduos perigosos resultantes da produção da nossa indústria. Tem sede em Abrantes e instalou-se no Parque Industrial em 2006, onde tem a sua estação de transferência de resíduos, ao passo que os escritórios são em Lisboa. São ao todo 12 trabalhadores, 3 dos quais em Abrantes (7 em Lisboa e 2 no Norte). A Indaver Portugal oferece soluções específicas para os seus clientes industriais: recolha, acondicionamento e transporte de resíduos perigosos

e consultoria em gestão de resíduos perigosos, incluindo a gestão in situ dos parques de resíduos dos seus clientes. O accionista é belga e a multinacional Indaver labora em vários países europeus. Todos os dias vêm de todo o país resíduos perigosos para o Parque Industrial de Abrantes, sobretudo solventes, medicamentos, ácidos e tintas. Na Indaver são separados em lotes específicos e embalados para saírem em segurança. E todas as semanas um camião leva a grande maioria dos resíduos, cerca de 95%, para a Bélgica onde são incinerados. Os

restantes, menos perigosos, vão para o aterro para resíduos (menos) perigosos, na Chamusca. A empresa afirma-se como “um parceiro de confiança para os mais importantes sectores industriais, como sejam as indústrias

farmacêutica, química e petroquímica.”. A atestálo está o facto de a estação de transferência no Parque Industrial de Abrantes ser a primeira empresa em Portugal a receber a “licença PCIP”, isto é, de Prevenção e Controlo Integrados

da Poluição, que é passada pela Agência Portuguesa do Ambiente. Ou seja, a Indaver está licenciada para receber em Abrantes “todas as fileiras de resíduos excepto explosivos e resíduos hospitalares”. Além disso a multinacio-

nal apresenta vários prémios e “referências muito positivas” de grandes empresas internacionais. É o caso do “Prémio para Excelente Fornecedor”, da Exxon, ou o “Prémio para Parceiro Fornecedor” atribuído pela Janssen Pharmaceutica (Johnson & Johnson), ou pela Bayer para o desenvolvimento de um projecto de Gestão Global de Resíduos, ou ainda pela Ineos devido aos “Métodos de trabalho seguros”, à “inovação” e à utilização do “sistema SAP”, que “proporciona transparência na estrutura de custos e fácil processamento de todos os relatórios necessários”.


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NOVA APOSTA ESTRATÉGICA

STI vai ampliar instalações A STI instalou-se na Zona Industrial de Abrantes em 2004, com a sua actividade de engenharia e fabrico, mas nasceu em 1978, ligada ao sector agro-industrial, com assistência técnica e fornecimento de equipamentos. Carlos Sousa, um dos administradores, explica a estratégia adoptada a partir da década de 80, com a redução da produção agrícola: “Na altura, decidimonos pela criação de uma actividade que compensasse tanto esse decréscimo como uma sazonalidade pouco conveniente para a estabilidade das vendas ao longo do ano nesta área de negócio”. Algo a partir do know how já dominado, “tendo em conta o domínio que já possuíamos de certos processos tecnológicos, dos materiais e mesmo do mercado optámos por criar, em 1985, uma nova frente de actividade ligada ao

Tratamento das águas residuais. Optámos por penetrar no mercado a partir dos clientes já existentes, ao mesmo tempo que consolidávamos o conhecimento das tecnologias associadas a essa actividade.” O resultado foi positivo. E é justamente por isso que, “para suportar as suas 2 áreas de negócio”, a STI se desloca para o Parque o Parque Industrial em 2004. “Em 2008 a área de ambiente representou 2/3 das vendas da STI”, explica Alexandra Sousa, também ela ad-

ministradora da empresa. E acrescenta: “Redireccionámos entretanto a actividade Agro para as novas indústrias que foram emergindo, ligadas aos produtos alimentares, particularmente na área da preparação prévia dos alimentos para utilização doméstica directa, ao mesmo tempo que ensaiámos outros mercados, com êxito, nomeadamente Espanha e Angola.” Angola é agora uma das apostas estratégicas, e ali a STI inaugurou recentemente a primeira fábrica de

sumo de laranja. Registe-se também, a título de curiosidade, que foi a STI que produziu a solução que permitiu à Quinta do Coro industrializar a sua produção de marmelada conservando, contudo, o sabor de produção artesanal. Novas mudanças se desenham no horizonte, como explica Carlos Sousa. “É previsível uma redução do mercado de tratamento de águas até ao fim desta década. O país está praticamente coberto e a dimensão das novas estações de trata-

mento é progressivamente menor.” Por isso, “era crítico encontrar e estruturar um sector que compense o referido decréscimo, criando, inclusive, condições para o aumento do volume de Vendas global da STI.” Desenha uma nova aposta estratégica: “A nossa opção é a produção de geradores eólicos que, se enquadra dentro da área Ambiente, já hoje desenvolvida pela empresa e envolve tecnologias e conhecimentos adquiridos. A abordagem ao negócio seguirá o actual padrão:

fornecimento chave na mão segundo um modelo de integração das partes.” É, portanto uma nova área de negócio. É essa a nova área de mercado da STI. Concretamente, “geradores eólicos de pequena e média dimensão para produção própria de energia eléctrica. A configuração deverá ainda permitir o enquadramento paisagístico e funcional em ambiente urbano e zonas comerciais ou industriais.” Registe-se que se trata de uma área de negócio que vai incluir uma componente de investigação tecnológica. E mais espaço. Por isso, explica Alexandra Sousa, “estamos em fase alargamento das instalações fabris para responder à procura, em particular dos equipamentos para o Ambiente que conseguimos fazer crescer entretanto à custa do mercado externo, nomeadamente Espanha, França e Norte de África.”


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SETE MILHÕES DE EUROS

TRM investe em Abrantes A empresa TRM, do grupo Dosch, vai aumentar a sua produção em Abrantes, com um investimento de sete milhões de euros e a criação de 50 novos postos de trabalho. Domingos Chambel, gerente da TRM, diz que o objectivo deste investimento é triplicar a produção e consolidar a exportação para alguns países

da Europa, como é o caso de Espanha, França, Inglaterra, Alemanha e Itália. “Este é um projecto inovador”, no âmbito do ramo automóvel, adianta o empresário. A TRM exporta mais de 90% da sua produção para o estrangeiro. “Apenas 1,16% é para o mercado nacional, representado pela Autoeuropa. Tudo o resto é para

exportação, para as marcas multinacionais que estão no mercado, a nível mundial. Com este novo investimento vamos criar mais 50 postos de trabalho e ampliar o actual edifício”, reforça Domingos Chambel. Até ao momento já foram investidos em equipamento quatro milhões e meio de euros., “as coisas estão a

correr em bom ritmo”. A Câmara Municipal de Abrantes já assinou um despacho para que a TRM possa ampliar o edifício. A boa relação entre a empresa e a autarquia foi um factor importante para que este investimento se efectuasse em Abrantes e não em Palmela, uma outra opção do grupo Dosch.

Pequenas empresas também fazem a economia local Na Rua do Estacal, ao Olho de Boi, abriu há anos, ainda antes do Parque Industrial, um pequeno loteamento para a fixação de pequenas empresas. Entretanto, a rua foi rebaptizada de Rua Nascente Fonte Duque de Loulé e, apesar de alguma resistência, a Câmara Municipal aceitou integrar este loteamento no Parque e, em consequência, refazer as ligações viárias e instalar a conduta de água. Mas até hoje, nada, queixam-se alguns dos industriais ali instalados.

Auto Mecânica Cabaço Foi como bate chapas que Daniel Cabaço se estabeleceu há cerca de 15 anos. Mas a competição automóvel, primeiro no autocross e depois no todo-o-terenno, arrastou-o para a mecânica. Aí adquiriu experiência para em 2004 se estabelecer na Zona Industrial e abrir a porta da oficina onde conjuga o trabalho de bate chapas com o de mecânica auto e ainda faz a limpeza de faróis. É um dos industriais que não desistiu de esperar pelo que a Câmara se comprometeu a fazer.

António Louro Pereira & Irmão Na António Louro Pereira & Irmão trabalham sete profissionais que se dedicam à electricidade auto. Reparações eléctricas em veículos automóveis, baterias, alarmes e ar condicionado, sempre em automóveis é a sua especialidade. A empresa existe desde 1981, mas mudou-se para a Zona Industrial em 2002, à procura de melhores instalações. Aí recebe clientes tanto do concelho de Abrantes como dos concelhos vizinhos.


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Semear para colher São 11 mulheres, todas licenciadas, e estão a acabar um curso de empreendedorismo. Começaram em 15 de Setembro e terminam a 27 de Novembro. Partiram do desemprego e à chegada têm pronto um projecto de criação da própria empresa. A inicitiva foi do Tagus Valley. Homero Cardoso, director operacional, explica: «O objectivo é, para já, elas serem capazes de construir um plano de negócios no papel. Se tiverem sucesso nesta primeira fase, terão acesso a 80 horas de acessoria para consolidação do negócio e criação da própria empresa.» Já se sabe que em casos destes não há sucesso completo. Mas o director operacional do Tagus Valley está confiante. «Esperamos que, no final, haja casos de construção da própria empre-

sa, pois aí é que se mede o sucesso deste curso.» E explica a filosofia da iniciativa. «Trata-se de um projecto de empreendedorismo em meio rural, isto é, que utilizam os recursos locais ou que se dirigem a responder a necessidades locais, portanto, ou da terra ou para a terra.» Subentende-se, uma terra mais empreendedora, mais produtiva e melhor servida. Ou

seja, mais e melhor desenvolvida. Para já, os projectos no papel estão quase prontos. São vários os sectores de actividade em que as promitentes empresárias estão a apostar, por exemplo food design, arquitectura paisagística, produção para cosmética, produção de eventos, comercialização de produtos de limpeza, produção hidropónica,

redesign de roupa ou educação para crianças. Para que o objectivo seja atingido, além de formação teórica e prática, como relações interpessoais ou marketing, as formandas têm tido sessões com empresários já no terreno e com representantes de organismos que podem dar apoio aos seus futuros projectos. A concepção e direcção do projecto formativo esteve a cargo da Global Change, uma empresa parceira do Tagus Valley. Não é um projecto que tem a ver directamente com o Parque Industrial. Mas a estratégia pode ser dita como semear na formação de empresários, para depois colher como fruto as novas empresas que daí possam surgir. Talvez venham elas a fixar-se no Parque Industrial, mas o importante é que vinguem.

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Tecnopólo é um pórtico do Parque Industrial O Tecnopolo do Vale do Tejo não faz parte do Parque Industrial de Abrantes. Contudo, está directamente ligado a ele. Não só porque lhe fica contíguo, mas sobretudo porque se trata de uma iniciativa que visa dar apoio às empresas da região e desenvolver uma estratégia de inovação para todo o território, em especial a ligação entre o mundo das empresas e o mundo do ensino superior, com a sua investigação directamente aplicável. Além disso, o Tecnopolo tem um centro de incubação de empresas. O Parque Industrial é, por isso, um dos destinos de uma empresa que ali iniciou a sua actividade e que amadureceu o suficiente para levantar voo para outra paragem. O Tecnopolo é, deste modo, uma entidade que apoia as em-

presas e que procura semear mais empresas. Por exemplo através de cursos de empreendedorismo. O Tecnopolo do Vale do Tejo é um projecto desenvolvido pela Câmara Municipal de Abrantes em parceria com a Nersant, Associação Empresarial de Santarém e oferece às empresas e aos intervenientes económicos e sociais da região uma série de infra-estruturas de acolhimento e de serviços de alta qualidade. No Tecnopolo vai funcionar também a ESTA – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, cujo ADN tem inscrita a vocação para uma ligação muito directa ao mundo empresarial. No passado dia 17 foi lançada a primeira pedra do novo edifício da ESTA, que se espera esteja pronto dentro de três anos.


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SOCIEDADE AGRICOLA OURO VERDE

Lagar de azeite está na vanguarda O novo lagar da Sociedade Agrícola Ouro verde foi inaugurado em Setembro passado. Um investimento de mais de 1,5 milhões de euros, para dotar este lagar das mais avançadas tecnologias disponíveis no momento. É, por isso, “a unidade mais completa no país actualmente”, explica Alberto Serralha, o administrador que com Ilídio Francisco idealizou o projecto – este último tragicamente morto num acidente

em Junho passado. O novo lagar está a ser um êxito, mesmo a “ultrapassar as expectativas mais optimistas. Esperávamos aumentar a nossa clientela, mas, sinceramente, não esperávamos na proporção em que está a acontecer. ” Atendeu já um total de 1.200 clientes de todo o Ribatejo, até ao Alto Alentejo e Beiras. Está a processar 120 toneladas por dia e mesmo nos maiores momentos de procura o objectivo de “entregar o produto no máximo

em 24 horas tem sido cumprido”, “não deixámos estragar a azeitona dos nossos clientes”. Para isso, tem sido necessário um grande esforço dos que ali trabalham, 5 pessoas de dia e duas de noite. Acresce que este é “um ano de muita quantidade e muita qualidade de azeitona”. Mas por causa deste esforço suplementar, a SAOV tem atrasada a colheita da sua produção. “Vamos aí a 15%”. Recorde-se que a SAOV produz um azeite de qualidade reconhecida e premiada.

Confortubo está no Parque Industrial desde o início AConfortuboClimatização e Energias Alternativas está no Parque Industrial praticamente desde o início, em 2004. Trata-se de uma empresa dedicada ao aquecimento central e instalação de ar condicionado em moradias e em equipamentos públicos, bem como à instalação de redes de água, gás e defesa contra incêndio. Uma componente importante é a instalação de painéis solares, para o que a Confortubo produz as infraestruturas de instala-

ção. A empresa conta com 15 trabalhadores e representa as marcas Vulcano

e Junkers para os concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação. A ins-

talação da Confortubo no Parque Industrial trouxelhe maior visibilidade e um mais fácil acesso aos trabalhos de obras públicas. Segundo Rui Simão, gerente da firma, «a crise ajudou no domínio das energias renováveis, pois os incentivos dados pelo Governo levaram a um aumento da procura”. Já no que respeita no que respeita às obras públicas “trouxe maiores problemas”, especialmente nos prazos de pagamentos.

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

O dia começa cedo no centro de Distribuição dos Correios Há cerca de 3 anos que os CTT têm no Parque Industrial de Abrantes o seu centro de distribuição para Abrantes, Constância e Sardoal. Até aí, estava situado no mesmo edifício do posto de atendimento de Abrantes. Mas era uma dificuldade enorme, todos os dias, o camião manobrar nas ruas de centro histórico. Agora, sobra espaço para o camião, carrinhas e motociclos e para as 34 pessoas que ali trabalham. As operações são de manhã cedo e ao fim da tarde. À tarde são esvaziados os postos de

recepção de correspondência, esta é reunida em contentores e levada para Coimbra, cidade onde chega toda a correspondência destinada à região Centro, e naturalmente a que há-de seguir para Abrantes. Então, às seis da manhã, no Parque Industrial já tudo está pronto para receber o camião de regresso com a correspondência destinada a Abrantes, Constância e Sardoal. Distribuída pelos vários giros, ao princípio da manhã já os carteiros fazem a distribuição nas ruas da cidade, vilas e aldeias.


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CARTAS DO LEITOR

Memórias dos Cineclubes Por descuido meu, só agora corrigido (23 de Outubro), não dediquei atenção às edições do Jornal de Abrantes, relativas aos meses de Agosto e Setembro. Do visto, lido e respigado colhi motivos de agrado informativo e opinioso, mas como não há bela sem senão, no número de Agosto, na peça “Cinema: outra forma de comunicar”, afirma-se que: “Os cineclubes de Tomar e Santarém são muito recentes, ambos fundados neste ano.” Ora, relativamente a Santarém o escrito revela desconhecimento da história dos cineclubes, no caso em apreço, de um dos mais antigos e com actividade de grande merecimento. Em tempos duros, tremendos e repressivos contra todas as formas de cultura ameaçadoras do regime fascista como era o caso de alguns Cineclubes, no qual o de Santarém estava na primeira fila. No dia 10 de Maio de 1972, cheguei a Santarém e nessa mesma noite apresentei-me na sede do Cineclube tendo usado como senha o nome do poeta e cinéfilo António José Fort. O vivaço Florindo Custódio entendeu a mensagem, nessa mesma noite fiquei sócio. Passado meses fui eleito presidente da direcção e nessa qualidade por diversas vezes fui obrigado a explicarme às autoridades vigentes devido a uma programação elogiada pelo Diá-

rio de Lisboa e revistas da especialidade. O sempre jubiloso Alves Costa mais a filha Isabel recentemente falecida partilhavam connosco informações, programas e temas. Naqueles tempos ásperos a solidariedade tinha um peso enorme. Muito antes, (início da década de sessenta), o Cineclube de Santarém já tinha um destacado papel na defesa dos ideais democráticos através da projecção de fitas consideradas subversivas, sessões especiais para crianças, colóquios, apresentação de livros e escritores. Um nome a destacar pela pujante actividade é a do saudoso Manuel Alves Castela, um fundador do Partido Socialista em Santarém. Outros aditamentos podia trazer à colação para melhor enaltecer o currículo do Cineclube de Santarém (incluindo o agora fugiente Herberto Helder), no entanto, o acima referido bastará para o provar. Assim o julgo. Armando Fernandes

Rectificações Na última edição, por lapso trocámos os nomes dos Presidentes eleitos para duas das Juntas de Freguesia de Constância. Deixamos aqui a alteração devida, com os nomes dos nos Presidentes das Juntas de Freguesia de… Constância - João Carlos Baião da Silva (CDU) Sta. Margarida António J. Calado M. Pinheiro (CDU) Ainda na última edição, publicámos na necrologia a notícia do falecimento do Dr. Esteves Pereira. Manuel Martinho reclama, com toda a razão, a autoria da foto ilustrativa. O seu a seu dono. Na edição de Setembro, a Foto Crítica localizava aquela lixeira selvagem em Arripiado. Na verdade situa(va)se em Tancos. Armando Fernandes escreve-nos a corrigir-nos uma informação sobre o Cineclube de Santarém. Obrigado pelo seu texto, que publicamos. A verdade fica reposta com a sua ajuda. A todos os afectados pelas incorrecções referidas, ou outras, necessariamente involuntárias, perdidos as nossas desculpas.

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LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA DO NOVO EDÍFICIO

EFEMÉRIDE

ESTA celebra 10 anos

100 anos da morte de Avelar Machado

O lançamento da primeira pedra do novo edifício da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes foi o acto simbólico que assinalou os 10 anos de existência da Escola. A sessão, presidida pelo presidente do IPT, Pires da Silva, contou ainda com uma homenagem a Nelson Carvalho pelo “empenho decisivo” que sempre colocou na criação e no desenvolvimento da ESTA, conforme justificou Eugénio Almeida, vice-presidente do IPT e primeiro director da Escola. Na ocasião, quer Pinto dos Santos, actual director da ESTA, quer Nelson Carvalho, que agradeceu a homenagem, proferiram duas brilhantes lições de análise da situação do mundo e do papel deci-

sivo que a Escola tem quer para os seus alunos quer para a região que serve. O mote pode ser dito como ficou expresso: “A ESTA e o IPT não têm futuro sem

o suporte da comunidade e a comunidade não tem futuro sem o apoio do ensino superior”. O futuro começa agora para os próximos 10 anos. E, se tudo correr

bem, dentro de três anos, a ESTA muda-se para o novo edifício que vai ser construído no Tecnopolo de Abrantes, lugar onde foi realizada a sessão.

Nasceu no Rossio de Abrantes, em 1848, e morreu em 1909. Para assinalar os 100 anos da sua morte, a Biblioteca António Botto tem patente uma exposição patente na Biblioteca António Botto até 26 de Novembro. «General de Engenharia e político de nomeada, Avelar Machado foi um dos abrantinos a quem o concelho deve mais benefícios», diz a plaquete da exposição. Também os concelhos vizinhos mereceram o empenho eficaz de Avelar Machado. Foi «eleito deputado pelo círculo a que Abrantes pertencia, em 1882», e «foi por sua intervenção que se obteve o abastecimento de água potável a Abrantes», bem

como «a construção da maior parte dos edifícios escolares do concelho; a criação de uma dezena de estações telegráfico-postais; de numerosas estradas reais e municipais; dos cais de Rio de Moinhos, Caldelas, Tramagal e Alamal», entre outros. Foi também mediador para «a colocação de abrantinos em funções públicas de relevo». Quando faleceu, em 1909, «foi homenageado em toda a região, não havendo vila, aldeia ou lugarejo das redondezas, que não lhe consagrasse uma das suas ruas.» Abrantes erigiu-lhe um busto, em 1929, da autoria de Ângelo Teixeira sobre um pedestal com desenho de Raul Lino.


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CULTURA

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LUGARES COM HISTÓRIA

A Anta de Rio Frio O chamado Rio Frio é mais propriamente uma ribeira que nasce para os lados da Serra das Lercas e vai desaguar no Tejo, junto a Mouriscas. Na parte final do seu trajecto, divide esta freguesia, que pertence ao concelho de Abrantes, da freguesia da Ortiga, já no concelho de Mação. Esta anta que se encontra ainda em bom estado de conservação (conserva os esteios laterais e o corredor, faltando-lhe apenas a cobertura) encontra-se num cabeço sobranceiro à margem esquerda da ribeira, portanto já no concelho de Mação e muito perto da sua entrada no rio Tejo. Para a encontrarmos, dirigimonos à zona sul de Mouriscas, seguimos pela estrada que segue para Alvega e, um pouco antes da ponte sobre o Tejo, encontramos, do lado esquerdo, uma estrada mais estreita que segue na

direcção de Ortiga. Seguindo por ela, depois de sair de Mouriscas e de passar a ponte sobre o Rio Frio, encontramos, do lado direito, um caminho térreo que nos leva até à anta. Esta encontra-se sinalizada mas, curiosamente, a indicação só é visível para quem vem do lado de Mação. Foi descoberta em 1971 pela Dra. Maria Amélia Horta Pereira, que seguiu a pista das lendas que na tradição popular lhe chamavam a “Casa dos Mouros, nome bastante familiar aos arqueólogos. Mais tarde, no Verão de 1982, foi também esta investigadora que dirigiu as escavações feitas no local e estudou o espólio ali encontrado. Concluiu-se, pelas suas características, que esta anta pertence ao grupo das mais antigas encontradas na zona atlântica, datando a sua construção do período Neolítico (cerca de

3200 A.C.). Foi utilizada durante um longo espaço de tempo (perto de 1500 anos), pertencendo os achados mais recentes já à Idade de Bronze. O espólio, que presentemente podemos ver no Museu de Mação, é rico e variado: machados de pedra polida, enxós, pedaços de taças votivas (um deles pertencente a um vaso campaniforme) mós, um peso de tear, pontas de seta, um báculo pintado, uma ara votiva, etc. A fértil imaginação do povo teceu, à volta do que lhes parecia um estranho amontoado de pedras, variadas lendas das quais vou apenas referir uma, conhecida por “Lenda das Mouras Fiandeiras”. As mouras do Rio Frio fiavam muito bem. Quem quisesse que o seu linho fosse fiado e tecido a primor, para depois com ele confeccionar lençóis de noivado ou

finas toalhas de altar, bastava depositar as meadas em cima de umas lajes (as pedras da anta?) onde as mouras à noite as iriam recolher. No outro dia de manhã, aparecia, sobre as mesmas lajes, o linho já preparado, pronto a ser recolhido pelos seus proprietários, ou melhor proprietárias, pois trabalhar o linho era tarefa

exclusiva das mulheres… Como recompensa depositavam, no mesmo lugar, comida da melhor que tinham (pois se não fosse boa as mouras podiam zangar-se e já não fiavam mais) que estas, oportunamente, iriam recolher. Teresa Aparício


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CARTAZ

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jornal abrantes FICHA TÉCNICA Director Geral Joaquim Duarte Director Alves Jana alves.jana@jornaldeabrantes.pt Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 E-mail: info@jornaldeabrantes.pt

Redacção Jerónimo Belo Jorge (CP.1907 jeronimo.jorge@antenalivre.pt Maria João Ricardo (CP. 6383) maria.ricardo@jornaldeabrantes.pt André Lopes

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Madredeus trazem “A nova aurora” a Abrantes AvocalistaTerezaSalgueiroabandonou o projecto dos Madredeus, o que levou a banda a passar por uma nova formação. Com Pedro Ayres Magalhães na nova formaçãosurgemosMadredeus&aBanda Cósmica que se apresentam no dia 28 de Novembro no Cine Teatro São Pedro para apresentar o mais recente álbum -A nova Aurora-. Recorde-se que em Novembro de 2008abandalançouoseuprimeiro trabalho-Metafonia-,quetambém estaráemdestaquenesteconcerto emAbrantes.Oconcertoteminício marcado para as 21h30 e os bilhetesjáseencontramàvendanoPosto de Turismo de Abrantes.

ABRANTES Até 26 de Novembro - Exposição evocativa dos 100 anos da morte de Avelar Machado - Biblioteca António Botto Até 30 de Novembro - “Os sabores de Outono” – Posto de Turismo - segunda a sexta-feira das 09h30 às 17h30 e aossábados,domingoseferiadosdas 09h30 às 12h30 24 de Novembro - Atelier DJ´ING Como em duas horas se pode tornar DJprofissional-CineTeatroSãoPedro, das 10h30 às 14h00. 25 de Novembro – Atelier Hip Hop Cine Teatro São Pedro, das 10h30 às 14h00. 27Novembro - VII Jornadas de História Local - Biblioteca António Botto das 10h00 às 17h45 28deNovembro-Música-Madredeus & a Banda Cósmica – Cine Teatro São Pedro, às 21h30 - bilhetes a 10 euros. 29 de Novembro – Olá Abrantes! ApresentaçãodoprojectoUmDiaPela Vida-CineTeatroSãoPedro,às16h00.

Departamento Recursos Humanos Nuno Silva (Direcção) Sónia Vieira drh@lenacomunicacao.pt

De 2 a 9 de Dezembro - Exposição “PedraseInsectos”-BibliotecaMunicipal António Botto

Departamento Sistemas Informação Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt

3 e 4 de Dezembro - “Os média e a cidadania” - Biblioteca António Botto DestinadoaosalunosdoPré-escolar, 1º e 2º Ciclos

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 501636110

11deDezembro-Música-Stockholm LisboaProject-MúsicosPortuguesese Suecosencontrampontoscomunsna tradiçãoenamúsica-CineTeatroSão Pedro, às 21h30

Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia 83%

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Até 30 de Dezembro - Exposição - VII

RoupadeDomingoemPortugal- Galeria Municipal de Arte - de terça a sábado das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30. CINEMA Cine teatro São Pedro - Espalhafitas, às 21h00: 25 de Novembro – A mulher sem cabeça 2 de Dezembro - Documentários: “Homeostética” e “As conversas de Leça em casa de Álvaro Lapa” 9deDezembro–“Flammen&Citroen – Os resistentes” 16 de Dezembro – “Arena” e “Talking Woodstock”

26 de Novembro - À conversa com Rui Sousa, às 10hh0 e às 11h00 27 de Novembro - Acção de Formação - Não se nasce leitor: Literatura paraainfânciaejuventude-biblioteca Alexandre O´Neill, a partir das 9h00 Até 30 de Novembro - Mostra BiobibliográficadeAliceVieira-Biblioteca Municipal, dias úteis das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30

MAÇÃO

De 2 a 31 de Dezembro – Mostra bio-bibliográficadeÁlvaroMagalhães - Biblioteca Municipal, dias úteis das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30

SARDOAL

Centro Comercial Millenium, às 21h30: Até 25 de Novembro – “Fama” De 26 de Novembro a 2 de Dezembro – “Surrogates”

5 de Dezembro - Oficina Ambiental “ConstruiraÁrvoredeNataleoPresépiocommateriaisreutilizáveis”-EcotecadoParqueAmbientaldeSantaMargarida, às 14h00

CONSTÂNCIA

6 de Dezembro - Percurso Pedestre “ConstânciaRibeirinha”-Pontodeencontro no Posto de Turismo, às 10h00

21 de Novembro - Oficina Ambiental -Anossafloresta-EcotecadoParque Ambiental de Santa Margarida, às 15h00 22deNovembro–PercursoPedestre – “Descobrir a Natureza no Outono” – EcotecadoParqueAmbientaldeSanta Margarida, às 9h00 De 28 de Novembro a 21 de Dezembro - Exposição - Cerâmica de autor Grés-CerâmicadeMiguelNeto-Posto de Turismo De 23 a 29 de Novembro – XXIII Feira do Livro e XIV Feira do Disco: 23 de Novembro - Teatro - O Principezinho - às 14h30 24 de Novembro - À conversa com LeonorLourenço,às10h00eàs14h00

Brinquedos Hora do Conto, Mil(a) e uma Histórias às 10h30 - Biblioteca Municipal: Mês de Novembro, à 4ª feira –“Livro com cheiro a canela”, de Alice Vieira MêsdeDezembro,à4ªfeira-Ossapatos do Pai Natal, de José Fanha

12 de Dezembro - Oficina Ambiental - “Abrigos para os nossos amigos” EcotecadoParqueAmbientaldeSanta Margarida, às 14h00 CINEMA Cine Teatro Municipal, às 21h30: 21 de Novembro O Novo Namorado da Minha Mãe 27 de Novembro Inkheart - Coração de Tinta 28 de Novembro Pânico em Hollywood 29 de Novembro – “Igor” DVDTECA à Sexta, às 15h00: 27 de Novembro – “Sinais do Futuro” 4deDezembro-CharlieeaFábricade Chocolate 11 de Dezembro – “Chocolate” 18 de Dezembro - A magia no país dos

Exposição -ÍndiosGuaranis:umpassadorevistopelacerâmicaarqueológica - Instituto Terra e Memória

21 de Novembro - Teatro e música 27º aniversário do GETAS - Jogos tradicionais,teatroekaraoke,apartirdas 15h00 - Centro Cultural Gil Vicente 28 de Novembro - 1ª Mostra de TeatrodeSardoal/Getas-GrupodeTeatro daCasadoPovodaCamacha-Centro CulturalGilVicente(Primeiroespectáculo da Mostra de Teatro)

VILA NOVA DA BARQUINHA Até 30 de Novembro - Mostra BibliográficadeAliceVieira-BibliotecaMunicipal Até 20 de Dezembro - 9ª Prova do Azeite, mostra gastronómica com base em pratos confeccionados com azeite – nos restaurantes aderentes De 2 a 18 de Dezembro – Venda de Natal – Feira do Livro – Biblioteca Municipal, de segunda a Sábado das 09h30 às 12h30 e das 14h às 18h, domingo das 15h às 19h

VILA DE REI De 28 de Novembro a 12 de Dezembro – V Quinzena do Teatro - várias peças de teatro em representação - AuditórioMunicipalMonsenhorDr.José Maria Félix, às 20h30


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CULTURA

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CINEMA

Vasco Granja é homenageado no Encontro de Cineclubes Os mais velhos sabem: Vasco Granja fica como o pai da divulgação do Cinema de Animação em Portugal. Na televisão, então apenas RTP, o seu programa era uma instituição nos anos 70. Por ali passou o melhor do cinema de animação dos quatro cantos do mundo. Foi uma escola. Por isso mesmo é que o 18º Encontro Nacional dos Cineclubes, que reúne em Abrantes a 20 e 22 de Novembro, presta homenagem a este “herói” do cinema de Animação. Este Encontro é uma iniciativa da Federação

Portuguesa de Cineclubes, com o apoio local do Espalhafitas, o cineclube da Palha de Abrantes, e tem como objectivo «promover o cinema e discussão junto da população, num ambiente descontraído». A abertura é no dia 20, sexta-feira, pelas 22h00, com um concerto do trio de jazz improvisado OPEN SPEECH Trio, no bar do Cine-Teatro S. Pedro. No sábado, dia 21, pelas 21h30, é a homenagem a Vasco Granja, com exibição ainda no S. Pedro de filmes de animação por ele promovidos nos seus programas da RTP.

No domingo, pelas 15h30, no auditório da Pirâmide, terá lugar o seminário com o tema: “Do Visível: temporalidade, imagem e presença - O cinema de Luchino Visconti” por Cintia Gil, investigadora no grupo de trabalho da “Aesthetics, Politics and Arts”. Estas actividades serão abertas ao público em geral com entrada gratuita. Além destas, há ainda actividades reservadas aos Cineclubes participantes, entre elas a Assembleia Geral da Federação. Recorde-se que a Federação Portuguesa de Cineclubes mudou recentemente a sua sede do

Porto para Abrantes. Entre as razões para essa mudança estão, segundo Rita Freitas, Presidente da Federação, estiveram «a procura de uma maior centralidade no país e o bom acolhimento da Câmara de Abrantes», que lhe cedeu um espaço na Casa Carneiro, junto ao Jardim do Castelo, onde se encontra ainda em instalação, nomeadamente do seu património documental. A Federação, que associa os 32 cineclubes de Portugal, publica a revista Cinema, organiza o Encontro Nacional, apoia e representa a nível nacional e internacional a acti-

ABRANTES VENDO PRÉDIO COM LOJA OU ALUGO LOJA Contacto 217 930 100

vidade dos cineclubes, além de apoiar vários projectos de cineclubes nascentes. Foi ainda solicitada recentemente para apoiar o primeiro cineclube de Cabo Verde.


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NECROLOGIA

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SÃO FACUNDO

Faleceu

Faleceu

Maria Regina Nogueira Damas

Eugénia Margarida 17-05-1920 • 08-10-2009

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL Faleceu

Rosa da Costa Luís Ferreira 21-04-1948 • 16-10-2009

25-03-1920 • 03-10-2009

Seu filho, nora, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

NOVEMBRO2009

Seus filhos, genro, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

SÃO FACUNDO

TRAMAGAL

Faleceu

Faleceu

Augusto Maria Marques

José de Oliveira Maia

23-11-1935 • 03-10-2009

10-02-1918 • 17-10-2009

Seus filhos, nora, genro, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

PORTELA SANTA MARGARIDA DA COUTADA Faleceu

Albino Moura Pratas 27-02-1921 • 22-10-2009

Sua esposa, filhos, nora, genro, neto e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Seus netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Sua esposa, filha, genro, neta e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

MALPIQUE - SANTA MARGARIDA DA COUTADA

ARRECIADAS

ROSSIO AO SUL DO TEJO

Faleceu

Faleceu

Faleceu

Maria da Graça Mortágua da Rocha

António dos Anjos Aparício

Maria Duarte Sousa

10-06-1955 • 12-10-2009

02-02-1937 • 22-10- 2009

Seu afilhado e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Sua esposa, filho e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

10-10-1935 • 14-10-2009

Seus filhos, noras, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.. A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

SANTA MARGARIDA DA COUTADA

ENXERTAL - PORTELA SANTA MARGARIDA DA COUTADA

Faleceu

Faleceu

Faleceu

Marçal da Conceição Rodrigues 18-05-1927 • 11-10-2009

Beatriz Isabel Cardoso Morgado

Rosinda Augusta Mendes Morgado 21-12-1920 • 27-10-2009

02-10-2009 • 22-10-2009

Sua irmã, sobrinhos, primos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Seus pais e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Seus filhos, genros, noras, netos e restantes familiares vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

TRAMAGAL

TRAMAGAL

Faleceu

Faleceu

Faleceu

Maria do Rosário

Bernardino Duarte Alves Elias

Joaquim António Luís Catarino

01-06-1928 • 29-09-2009

15-03-1920 • 26-09-2009

04-11-1939 • 29-09-2009

Seu esposo, filhos, noras, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada..

Sua esposa, filhos, nora, genro, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Sua esposa, filho, nora, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal


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PROFISSÕES LIBERAIS

NOVEMBRO2009

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

C O N S U LTA S

POR

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Alexandra Duarte Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio - Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira NEFROLOGIA Dr. Mário Silva NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

MARCAÇÃO

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

TRAMAGAL Faleceu

Carlos Manuel Amaro 08-04-1925 • 27-09-2009

Seu filho, nora, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ARRIFANA

Victor Manuel Ruivo da Silva Saudade É este o sentimento que há 1 ano nos domina, desde que partiste e ficamos sem a tua presença. Mas no nosso coração está a tua lembrança. Sabemos que no dia-a-dia nos guias e nos proteges com a luz que te ilumina. Todos nós te queremos muito e jamais te esqueceremos. Pedimos todos os dias pelo teu eterno descanso.

RIO DE MOINHOS

FALECIMENTO

ANTÓNIO NUNES MOTA A família agradece a presença e apoio de todos os que de alguma forma expressaram a sua amizade. RIO DE MOINHOS

FALECIMENTO

ANTÓNIO NUNES MOTA AGRADECIMENTO A família agradece, reconhecida, a todos os amigos que manifestaram a sua amizade e apoio na doença do seu ente querido. Bem hajam CRISTINA e MIGUEL

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