Primeiro jornal ed 194

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Vice-presidente da FACESP faz palestra em São Simão

Apesar do comparecimento de cerca de um por cento dos empresários de São Simão, o vice-presidente da FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, José Carlos Carvalho, palestrou na noite da última segunda-feira, no Theatro Carlos Gomes sobre a importância das ACIs para o desenvolvimento econômico e também para o desenvolvimento político do município. Segundo Carvalho, o associativismo se faz necessário para o fortalecimento dos múltiplos segmentos do comércio e também da indústria e só com a criação e consolidação da ACI, os empresários simonenses terão forças para mudar o quadro de estagnação econômica e também

política do município. Carvalho deu exemplos claros sobre a força das ACIs no desenvolvimento de cidades e também do país. “Temos em Ribeirão Preto um grupo de empresários do ramo cervejeiro que juntos buscaram medidas para redução de impostos. Com o espírito de associabilidade, os empresários se fazem mais forte quando buscam juntos defender um único ideal. Outro exemplo é o impeachment da presidente Dilma. Ficamos por horas discutindo o assunto e assim decidimos que sim, deveria acontecer o impeachment. Desta forma trabalhamos no sentido de tirar algo que politicamente não faz bem para o país e apoiarmos um governo que não consideramos bom, porém o neces-

sário para o momento em que o país vive”, salienta Carvalho. Questionado sobre que forma a ACI pode atuar em São Simão, se referindo ao Turismo, Carvalho disse que se os empresários entenderem que esta é uma forma para o desenvolvimento econômico do município, há sim maneiras de fazer a ideia sair do papel e se tornar realidade. “Os empresários devem entender que unidos tem uma força enorme. Basta apresentar projetos, soluções e caminhos. É necessário, antes de mais nada, antes das eleições, sentar com os candidatos e fazer com que eles assinem um termo se responsabilizando em colocar junto à administração pessoas em setores cruciais, indicadas

pela ACI”, ressalta Carvalho. Independência nas ações: Carvalho deixou claro que a ACI tem força política, mas não deve nunca ser partidária ou ainda, se subjugar a qualquer ideologia partidária. “A ACI deve ser isenta de todo e qualquer processo político partidário, mas deve sim participar de forma ativa na política visando buscar o crescimento e desenvolvimento tantos empresarial quanto do município como um todo, pois entendemos que a força resultante do associativismo transforma e desta forma, a ACI se faz necessária em todo município para que os empresários sejam mais fortes podendo assim manter um comércio sólido”, conclui Carvalho.

A mão invisível e a mão descarada Temos dois dos mais famosos personagens da economia, Adam Smith que é considerado o pai da economia e Karl Marx o pai do comunismo. Smith em sua principal obra A Riqueza das Nações, defendia a ideia de que todo ser humano é egoísta mas que guiado por uma mão invisível acabava fazendo o melhor para todos. Dizia ele que não é pela benevolência do padeiro, açougueiro e cervejeiro que nós temos o nosso alimento à mesa, mas sim pela sua busca mesquinha pelo lucro é que podemos contar com as melhores iguarias. Isso porque querendo ter um lucro bem grande eles fazem os melhores produtos e nos oferecem os menores preços afim de vencer a concorrência e se consolidar no mercado. Aí é que está o milagre, mesmo agindo de maneira pessoal e egoísta, o capitalista guiado pela mão invisível do mercado beneficia todo mundo com bons produtos e melhores preços. Já Marx era o oposto de Smith, ele acreditava que o capitalismo era responsável por toda a desigualdade e conflitos no mundo. Ele entendia que o maior problema de todos era a luta de classes, entre pobre e rico, patrão e empregado. Em sua obra O Capital ele chamava o trabalhador de alienado, pois uma vez que a revolução industrial substituiu consideravelmente o trabalho do homem, esse se resumia apenas em mero apertador de botões e parafusos. Outra ideia dele é o conceito de mais-valia, segundo ele o patrão não paga o salário correto ficando com uma parte do excedente de seu trabalho. Bem na verdade todas as ideias de Marx apresentadas no Capital já foram refutadas, e o que Marx chamava de mais-valia nós conhecemos como lucro, afinal ninguém vai te dar um emprego se não for ganhar nada com isso. Empresas não são obras de caridade e o objetivo do empresário é o lucro, ou seja aquilo que Smith defendia com a tal da mão invisível. Marx odiava profundamente o capitalismo e a burguesia ociosa que não trabalhava e só explorava, e lutava pelo pobre trabalhador, mesmo vivendo como um burguês filho de um advogado, casado com uma mulher aristocrata e seu instrumento de trabalho mais pesado ter sido uma caneta. Marx na verdade odiava mesmo tudo o que ele era, e amava o que nunca tinha sido. Nunca trabalhou em uma fábrica, passava a maior parte do tempo em tavernas bebendo e conversando, era um burguês falido e sustentado boa parte da sua vida por outro burguês, seu amigo e parceiro Friedrich Engels. Para Marx e Engels o capitalismo era um jogo de soma zero, onde para um ficar rico o outro precisava ficar pobre, aquele conceito de mais-valia. Portanto eles viam com isso que o capitalismo estava fadado ao fracasso e mais dia menos dia o seu colapso seria inevitável. Mais de cem anos depois da morte dos dois companheiros comunistas, o capitalismo está mais vivo que nunca e não apresenta nenhum sinal de que será superado pelo comunismo. Parece que a mão invisível de Smith venceu a mão descarada de Marx. Emanuel Gouvêa.


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