Regarding a restless world. (Un)Sustainability and (Non)Sense
6 ª edição
15, 20 & 22 de maio 2024
Livros
Secularização – Genealogias, Modelos e Debates (Jorge Botelho Moniz)
O Cavalo de Marco Aurélio – Tradição, Modernidade e Cultura Política (Carlos Vargas)
Working-Papers
Sara Cruz
Tomás Almeida
Orlando Coutinho
Pedro Henriques
Agenda | Review (abril 2024 - setembro 2024)
EDITORIAL
Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento
Coordenadora do Observatório Político (ISCSP- ULisboa)
Caros Associados,
Passaram 15 anos desde a data da fundação do Observatório Político
Recordamos que em 2009, data da sua criação, o Observatório Político visou acolher os jovens interessados em ciência política, em particular em fase de realização dos seus mestrados, que não tinham “valia” para as instituições de ciência e tecnologia e prosseguiam os seus estudos sem apoio.
Criado na FCSH-UNL, por vicissitudes várias foi autonomizado por um conjunto de membros fundadores, como associação sem fins lucrativos, com as complexidades próprias que esse Estatuto impõe Em 2016, em assembleia geral foi decidido que o OP iria integrar a rede de investigação do ISCSP, na convicção de que aí se consolidaria e mantinha a matriz associada à sua fundação. Tal não se veio a verificar e, face a um conjunto de entropias criadas, o Observatório Político em 24 de abril de 2024 rescindiu o acordo e voltou a autonomizar-se em sede própria
Atualizámos a nossa página eletrónica (https://observatoriopolitico pt/), modernizámos a Politipédia (https://politipedia.pt/), mantemos a edição da Revista Portuguesa de Ciência Política (https://rpcp.pt/index.php/rpcp), as nossas Newsletters, de que esta é exemplo, mantêm a atualidade e a transparência da nossa actuação e os
Workings Papers sucedem-se, mas sobretudo continuamos a acolher jovens em formação, realizar painéis nos mais diversos fóruns de Ciência Política e temos verificado que a atratividade se mantém por parte de muitas instituições nacionais e internacionais, por isso, continuamos. E, no primeiro trimestre de 2025, daremos início aos trâmites relacionados com a regularização institucional, nomeadamente o pagamento de quotas pelos associados que desejem manter a sua filiação
Por agora, em nome do Observatório Político, convidamos-vos a se associarem a uma iniciativa que assinala a data dos 15 anos de atividade, encerrando o ano de 2024 Uma conferência com o título: IA.gora? Uma Nova Era Tecnológica, terá lugar no dia 13 de dezembro, na Biblioteca de Alcântara pelas 18 horas, para despoletar o convívio.
Abrir o debate sobre a IA no OP, manter a atualidade e a inovação, aliada à criatividade, é fazer jus aos fundadores do Observatório Político e ao espírito independente e autónomo, que é a marca da associação
A quem comparecer na conferência, e ainda não tiver recebido, iremos distribuir os números mais recentes da Revista Portuguesa de Ciência Política (Political Observer). Para assinalar a data também estamos a lançar uma nova série de publicações: e-books das dissertações de Mestra-
EDITORIAL
Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento
Coordenadora do Observatório Político (ISCSP- ULisboa)
do (com DOI) daqueles que estiverem interessados em ter on-line a mesma
A força da sociedade civil, a ética de serviço, a liberdade de pensar e a ordem criativa foram os pilares da fundação do Observatório Político. Passados 15 anos, convidamos todos aqueles que respondem a este apelo a se juntarem a nós nesta iniciativa e a ponderarem a sua continuidade como membros da associação
Em nome do Observatório Político,
Cristina Montalvão Sarmento
SAVE THE DATE
IA gora? Uma Nova Era Tecnológica 15 ANOS - OP
Dia 13 de dezembro, Biblioteca de Alcântara, 18 horas
Rua José Dias Coelho, 27-29, 1300-327 LISBOA
PONTUALIDADES
Entrevista à Professora Doutora Isabel Alexandra de Oliveira David
O que é o populismo de extrema-direita? O que une os partidos descritos como parte desta vaga global?
Os partidos populistas de direita radical (PRR), designação mais usada, tem obtido resultados eleitorais cada vez mais expressivos, referindo-se a partidos como o Rassemblement National (França), FPÖ (Partido Austríaco da Liberdade), Vox (Espanha), Alternatif für Deutschland (Alemanha), etc. A literatura, nomeadamente Cas Mudde e Cristóbal Rovira Kaltwasser, analisa estes partidos como tendo três características principais: anti-sistema, nativismo e autoritarismo
Os PRR fazem uma crítica muito grande ao sistema, que inclui, na sua visão, as elites políticas, as elites económicas (em alguns casos, sendo interessante constatar esta crítica no seio do Partido Republicano dominado por Trump), as elites científicas, os media. Assim, os PRR assumem-se como defensores do povo puro, contra uma elite que consideram corrupta e que é necessário combater. O nativismo refere-se à defesa da maioria etnocultural de um país, assentando numa crítica acérrima ao multiculturalismo e aos direitos das minorias, que os populistas vêem como atacando a cultura maioritária.
O autoritarismo, na visão daqueles autores, assenta numa concepção e prática política que ataca os princípios das democracias liberais,
nomeadamente a separação de poderes e os mecanismos de checks and balances, privilegiando mecanismos de democracia directa, como referendos e plebiscitos, que reflectem a vontade da maioria e por isso se sobrepõem, muitas vezes, aos referidos princípios e instituições das democracias liberais Os PRR advogam, portanto, uma concepção de democracia maioritária (Majoritarian democracy)
Professora Doutora Isabel David
“Houve uma viragem ideológica à direita e assunção da economia de mercado, que prima pela desregulação e pela precariedade laboral”
Existem algumas razões que possam ajudar a compreender os bons resultados eleitorais destes partidos?
As causas apontadas pela literatura académica (Pippa Norris e Ronald Inglehart) para o crescimento eleitoral destes partidos são agrupadas do lado da procura (o que a população evoca) e do lado da oferta (o que os partidos e líderes políticos oferecem). Do lado da procura, temos as questões económicas, as questões culturais e questões de imigração/etnicidade Quanto às questões económicas, elas têm a ver com o aumento das disparidades entre pobres e ricos, a desindustrialização, a precariedade laboral, a inflação. Ora, os partidos que tinham assumido historicamente a defesa dos trabalhadores, nomeadamente os partidos socialistas/sociaisdemocratas e os partidos comunistas, têm sofrido alterações. No caso dos partidos socialistas/sociais-democratas, houve uma viragem ideológica à direita e assunção da economia de mercado, que prima pela desregulação e pela precariedade laboral No caso dos partidos comunistas, estes têm perdido expressão eleitoral e, em grande parte dos casos na Europa, a viragem para o Eurocomunismo implicou também cedências à economia de mercado e afastamento em relação à ortodoxia Marxista-Leninista.
A conclusão de Norris e Inglehart é a de que os PRR assumiram a defesa dos trabalhadores onde os outros partidos a abandonaram Quanto às questões culturais, elas relevam da mudança de valores a partir dos anos 60 e 70 do século passado, nomeadamente a transição de valores materialistas para valores pós-materialistas, o que teria alienado as gerações de homens mais velhos e brancos, que, como resposta, votam em partidos com valores mais conservadores, como os PRR.
Daí as questões que giram em torno das guerras culturais e as questões identitárias, rejeitadas pelos PRR A explicação imigração/etnicidade centra-se na ideia de que há uma vaga de imigração excessiva, que leva ao roubo de empregos e descida geral dos salários, que geram empobrecimento do povo, crime e ideias de substituição populacional. Há uma vasta literatura sobre estas percepções por parte das populações. Quanto às causas do lado da oferta, elas centram-se no sistema eleitoral, no tipo de campanhas eleitorais e no estilo de comunicação e na retórica dos líderes populistas.
O tipo de sistema eleitoral pode favorecer mais ou menos a representação de certos partidos, o que é particularmente impactante no número de partidos que podem ter representação parlamentar e o que tal significa.
“A representação parlamentar implica subvenção pública dos partidos o que, de acordo com a literatura, favorece o fortalecimento dos partidos com assento parlamentar.”
A representação parlamentar implica subvenção pública dos partidos, o que, de acordo com a literatura, favorece o fortalecimento dos partidos com assento parlamentar. Quanto às campanhas eleitorais, muitos estudos abordam a forma como as campanhas eleitorais são conduzidas, que tipo de assuntos são mais proeminentes e se os partidos tradicionais têm como estratégia colar-se à retórica dos PRR. Quanto ao estilo de comunicação e à retórica dos líderes populistas, esta é vista como fundamental para a subida de votos nestes partidos. Uma linguagem simples, agressiva e assente nas redes sociais é considerada pela literatura como explicativa para essa performance eleitoral. As redes sociais, em particular, são hoje uma peça essencial na estratégia dos PRR.
**A Professora Doutora Isabel David é doutorada em Ciência Política da Universidade de Lisboa, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) e investigadora doutorada do Observatório Político
Email: isabel.david@iscsp.ulisboa.pt
ESTÁGIO À LUPA
O meu nome é Martinho, tenho 22 anos, e vou para o segundo ano de licenciatura em Ciência Política, no ISCSP. Entrei para o Observatório Político através do programa de estágios, mais concretamente na 2ª fase do XIII programa.
Quando enviei o meu currículo e a minha carta de motivação queria que este estágio, esta experiência me enriquecesse tanto a nível académico, como profissional e pessoal. Acredito que consegui concretizar esse objetivo em todos os níveis.
Em primeiro agradecer às duas professoras espetaculares, a Profª Cristina Sarmento e a Profª Patrícia Oliveira, que sempre foram muito acessíveis, com quem gostei muito de trabalhar, aprender e conviver
Gostaria também de agradecer ao André, ao Pedro e à Daniela, os três colegas com quem partilhei esta experiência. No fim já não tinha colegas, mas amigos, espero que estas amizades sejam duradouras.
Este estágio, não só serve como uma experiência profissional na área em que estou a estudar, permitindo-me acumular experiência para as funções que um dia almejo desempenhar, como é uma plataforma para conhecer novas pessoas, novas ideias. Quem conhece novas pessoas e novas ideias, conhece novos mundos
Acho que foi muito importante conseguir estagiar no meu primeiro ano, e acho que deve ser cada vez mais usual. Só conseguimos melhorar e adquirir capacidades através da prática e da experiência
Do estágio, apenas quero salientar que foram as pessoas com quem trabalhei e convivi que o fizeram.
ESTÁGIO À LUPA
Findado o meu estágio no Observatório Político, escrevo estas breves linhas com algumas considerações a respeito da minha experiência
Penso que o Observatório Político, como tantas organizações semelhantes, tem um contributo importante na vida académica do nosso país, e dá uma oportunidade única ao possibilitar um contacto com a realidade científica do nosso país, a estudantes que dificilmente teriam essa possibilidade Com características próprias, vindas do seu carácter associativo, não deixa por isso de dar lições, quer pelo acompanhamento que enquanto estagiários recebemos, as tarefas que executamos, ou o trabalho científico que fazemos, quer também pelos pequenos contributos que temos a oportunidade de deixar a quem nos suceder
Esta pequena experiência, pelo tempo a que é confinada e não pela grandeza da sua obra, dá uma oportunidade rara de algum contacto com o mundo académico, uma área pela qual é difícil envergar, e em que as condições de trabalho por vezes são ingratas, mas que nem por isso não deixa de suscitar curiosidade e ânimo a milhares de investigadores, ou futuros investigadores, como quem sabe será o caso de alguns do que passaram por esta casa.
Por tudo aquilo que ensina, e com a convicção que experiências como esta contribuem para criar estudantes e futuros profissionais com mais experiência, e melhor preparados para os desafios da vida, recomendo a experiência no Observatório.
Eu, Jovem, Político
Daniel Ferreira
Estudante do 3º ano de Licenciatura em Ciência Política do ISCSP - ULisboa
Como jovem político, o que te motiva e inspira em prosseguir uma carreira política?
Sendo eu uma pessoa que sempre esteve atenta ao que se passava ao seu redor desde novo, não é difícil encontrar várias motivações e inspirações que me levaram a prosseguir um caminho mais politizado e de militância, ainda que não usasse adjetivos tão otimistas como esses para descrever o que me levou à política. Agrada-me pensar que continuo com a mesma motivação hoje do que há quatro anos, quando me juntei ao LIVRE Posso até ter inspirações diferentes, mas prossigo com a vontade enraizada de empenhar-me por um mundo melhor, para todas e todos, em que a diferença não signifique desigualdade. Ainda que muitas pessoas tenham uma opinião de descrença em relação à política e aos seus atores, eu acredito que cresci com uma visão muito diferente daquela que me era transmitida. Acreditei sempre - hoje tendo a certeza - que a forma mais impactante de fazer a diferença na vida das pessoas era através da política Com as experiências que já fui vivendo, tenho a certeza que
nada me inspira mais do que as pessoas que ainda se dirigem a alguém que simplesmente faz campanha para dizer que algo que ajudámos a colocar em prática mudou a sua vida É nesse momento que temos a certeza de que estamos a fazer algo da forma correta e que isso tem um impacto positivo na sociedade. Tenho também a apontar que por ter trabalhado colaborativamente –com todas e todos a esforçarem-se no mesmo sentido e para os mesmos objetivos –, pude ver todo esse esforço valorizado Inspira-me a querer continuar, além de conferir um sentimento de pertença muito valioso Por vezes até nos podemos sentir cansados ou desmotivados, mas basta ver como ninguém é deixado para trás e logo arranjamos energia renovada para prosseguir Sobre a carreira política em si, não posso dizer que será o caminho que vou seguir no futuro, ainda que seja uma possibilidade que vejo com agrado. O que me levou a tomar as decisões que tomei até hoje foi sempre a vontade de ajudar como posso, crescendo e aprendendo cada vez mais e assim me vou manter nos próximos tempos
Eu, Jovem, Político
Qua s são as tuas pe spet vas e e ação à realidade sociopolítica na atualidade portuguesa?
Muito sinceramente, entristece-me constatar que já tive uma perspetiva menos catastrofista e mais otimista no passado. Deixa-me bastante apreensivo presenciar certos comportamentos e atitudes que nos rodeiam praticamente todos os dias. Infelizmente, creio que pela falta de tempo que temos e pela intensidade com que os nossos dias são vividos, temo-nos tornado sistematicamente seres menos compreensivos e com maior quantidade de comportamentos de intolerância, fatores que prejudicam a nossa vida em sociedade. Parece-me inqualificável a forma como o ser humano, um ser sociável por natureza, consegue caminhar a passos largos para um retrocesso na forma como tratamos certas questões. Volvidos 50 anos de democracia: Seria de esperar que não fosse normal ouvir o Vice Presidente de um dos partidos do Governo que “devemos limitar o acesso ao aborto” e “procurar convocar novo referendo no sentido de inverter esta lei” … Seria de esperar que não fôssemos “brindados” com 50 deputados de um partido que é manifestamente antidemocrático e que nos bombardeia com discurso de ódio praticamente todos os dias
g , p q … que minhas perspetivas não sejam as mais otimistas, não deixo de ser um otimista incurável na minha forma de agir e lutar por aquilo que acredito. Claro que me assusta a quantidade de retrocessos que tentam impor aos direitos das pessoas. No entanto, é tempo de arregaçar as mangas “e fazermos da tristeza, graça!”, já versava uma emblemática música de resistência à opressão do fascismo. E fazer da tristeza graça é lutar por aquilo que acreditamos, que no meu caso, são os valores da Liberdade, Progressismo, Igualdade, Solidariedade, entre outros… É com estes valores que me comprometo todos os dias.
Como tem sido a tua experiência como jovem político? E quais são os valores democráticos que desejas transmitir e promover?
Tal como referi anteriormente, a experiência que tenho vivido é que me tem feito crescer imenso e ter experiências que nunca imaginava encontrar no meu horizonte. No fundo, “Eu, Jovem, Político”, sou fruto das oportunidades pelas quais lutei, do interesse que em mim foi crescendo e dos conhecimentos que me foram sendo transmitidos.
Eu, Jovem, Político
v p , j jove quadrante político com o qual me identifico, que fomentaram o meu gosto pela troca de experiências e culturas e que reforçaram em mim a urgência de lutar pelos nossos direitos e pela nossa democracia Se a quantidade de movimentos de extrema-direita, antidemocráticos, populistas e ultraconservadores tem sido muito vocal em diversos locais do mundo, a verdade é que também temos tido bons exemplos de resistência e defesa da democracia: em França a Nouveau Front Populaire soube mostrar como uma união de esquerda pode ser uma opção para derrotar essas forças. Já no Reino Unido, Keir Starmer seguiu as pegadas do ex-líder do Labour Tony Blair, colocou o partido mais ao centro e, enquanto colocava fim à hegemonia dos Conservadores, levou os extremistas do Reform a um resultado muito aquém do esperado. Também são estes exemplos que trazem esperança e ideias para uma tentativa de promoção dos valores democráticos em oposição às intenções dos partidos de extrema-direita
v ve
forma plena e livre, sem esquecer a ecologia e a responsabilidade que cada um de nós tem em ajudar o planeta a regenerar, garantindo a continuidade das gerações futuras
Foi assinado um protocolo de cooperação com a Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa.
O protocolo prevê: Parceria em projetos de investigação. Realização de conferências, seminários e colóquios. Realização de cursos de formação avançada.
Spring Research School
15, 20 & 22 de maio 2024 | Lisboa
Nesta 6 edição revisitamos o passado e celebramos o 50º aniversário da Revolução dos Cravos através do painel “Political shifts along 50 years of the Carnation Revolution” e a partcipação dos professores Dr Carlos Vagas, da FSCH-NOVA, Dr. Teresa Pinto, Dr. Ricardo Marchi e Dr. Jorge Moniz, da Lusófona, e a Dra Maria Paulo, assessora na Assembleia da República.
O tema da guerra suscitou críticas e reflexões com a presença da célebre Embaixadora Ana Gomes e a realização da palestra “War is nonsense in the 21st century”, onde se refletiu sobre o papel da diplomacia em tempos conflituosos. A colaboração e presença do investigador Manuel Torres, da Universidade Católica Portuguesa, e Prof. Dr. Adérito Vicente, foram cruciais no entendimento sobre a geopolítica e geoestratégica do mundo, sobre as nuances ideológicas e a atual guerra na Ucrânia
As visitas guiadas ao Aqueduto das Águas Livres, à Biblioteca da Rainha no Palácio das Necessidades (MNE), o Padrão dos Descobrimentos, o Museu da Marinha e ao Aquário do Vasco da Gama, representaram importantes referências históricas e culturais ao longo dos séculos.
Spring Research School
15, 20 & 22 de maio 2024 | Lisboa
ç recolha do lixo na Praia dos Pescadores na Trafaria, as inúmeras exposições e exibições que revelaram a evolução do tipo de embarcações ao longo da história dos Descobrimentos portugueses e refletiram sobre o regime autoritário e o papel da Marinha no processo revolucionário, contribuíram para o constante estímulo e reflexão entre os alunos.
Foi assinado um protocolo de cooperação com o Instituto
Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (idp)
Alguns objetivos incluem:
Programas de mobilidade académica
Organização de cursos e seminários
Atividades conjuntas de investigação
Iniciativas para intercâmbio cultural
Livros
Publicaçõesrecentesemdestaque
Nesta secção encontram-se alguns dos últimos livros editados e publicados com o apoio do Observatório Político, tal como algumas das obras mais recentes da autoria dos membros e investigadores da associação
Secularização – Genealogias, Modelos e Debates, Jorge Botelho Moniz | Lisboa: ICNM – Imprensa Nacional Casa da Moeda (2023)
Qual é a origem e a natureza da religião? Como é que o conceito "secularização" evoluiu e foi influenciado por contextos ao longo do tempo? E como é que abordamos este tema complexo nas sociedades contemporâneas?
O conceito da secularização e o entendimento do papel da religião na modernidade é um tema profundamente debatível e sem amplo consenso A complexidade deste tema é abordada no livro de Jorge Botelho Moniz, que nos conduz a uma análise profunda e reflexiva sobre a posição da religião no contexto da contemporaneidade
Publicado pela prestigiada ICNMImprensa Nacional Casa da Moeda em 2023, esta monografia aborda uma epistemologia da secularização, reflete sobre o binómio religião-modernidade, e através da genealogia da secularização trespassa os seus modelos teóricos com o intuito de contruir uma nova proposta metodológica. Através de uma análise dos debates tradicionais e modernos, o autor propõe uma visão inovativa sobre a religião, os fenómenos de deslocação e recomposição que a compõem e o seu papel nas sociedades contemporâneas.
Livros
Publicaçõesrecentesemdestaque
O Cavalo de Marco Aurélio – Tradição, Modernidade e Cultura Política, Carlos Vargas | Lisboa: Edições Humus (2024)
“Será a modernidade um processo histórico interminável e em constante evolução, tal como propôs Jürgen Habermas?” (Vargas, 2024)
Na contemporaneidade, a tradição e a modernidade muitas vezes são percecionadas como polos opostos, bipolarizados. O livro "O Cavalo de Marco Aurélio – Tradição, Modernidade e Cultura Política" de Carlos Vargas, publicado em 2024 pelas Edições Humus, propõe explorar as várias facetas e complexidade do fenómeno modernidade, tal como desafiar estes conceitos.
Através de uma abordagem sobre a natureza dos debates de diversos pensadores desde o final do séc. XX e inicio do séc XXI, o autor leva-nos a questionar se a modernidade é um processo histórico contínuo suscetível de mutações ou repleto de ruturas, e tal como outro processo histórico, poderá findar. A modernidade, com todas as suas tradições, conflitos e contradições, é aqui dissecada de modo a revelar as suas múltiplas camadas e implicações.
Marco Aurélio, imperador e filósofo estoico, simboliza a fusão entre a tradição e o progresso. O cavalo é a figura do poder e movimento, entre a linha contínua do passado e o presente. É através de uma análise histórica e social, que o autor convida-nos a uma abordagem crítica sobre a modernidade e todas as suas contradições.
WORKING PAPERS
WP #123 A participação de Portugal em Missões Internacionais como Eixo de Política
Externa | da autoria de Sara Cruz
WP #125 Polígrafo: a verdade como condimento político | da autoria de Orlando Coutinho
WP #124 A Nova Rota Da Seda E A Sua Relação
Com A União Europeia | da autoria de Tomás Almeida
WP #126 As Guerras Russo-Ucranianas de Gás
na Década de 1990 | da autoria de Pedro Henriques
AGENDA | REVIEW
abril 2024
22 O Observatório Político contou como parceiro no 2º Congresso Internacional de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Fernando Pessoa do Porto, que se debruçou sobre a “Diplomacia Económica” sob a perspetiva da evolução do “investimento direto do exterior em Portugal” Na presença da Prof. Doutora Patrícia Oliveira, foi assinado o protocolo de colaboração do Observatório Político com a Fundação Fernando Pessoa
Lançamento do livro “Cavalo de Marco Aurélio - Tradição, Modernidade e Cultura Política”, do investigador doutorado Carlos Vargas.
maio 2024
8 O OP deu inicio à segunda fase do XIII Programa de Estágios Curriculares e Extracurriculares do Observatório Político
15, 20 & 22 Realizou-se a 6ª Edição da Spring Research School, “Regarding a restless world. (Un) Sustentability and (non) sense”, onde foi abordado o tema da (in)sustentabilide nas práticas sociopolíticas e no contexto de um mundo em conflito
junho 2024
23, 24, 25 & 26 O Observatório Político esteve presente na Conferência da AIMAC –International Conference on Arts and Cultural Management, concretizada no ISCTE, LX. concretizada no ISCTE, LX
julho 2024
26 O Observatório Político esteve presente no Congresso ALACIP - Associação LatinoAmericana da Ciência Política, na sede do ISCTE em Lisboa, onde foi abordado o tema “América Latina como ator na configuração geopolítica global”.
Ilustração por Martin Haake.
setembro 2024
11, 12 & 13 O Observatório Político esteve presente na conferência IPSA que celebrou o seu 75.º aniversário com a apresentação do tema Democratização e Autocratização, em Lisboa. Através de uma análise sobre a terceira vaga de Samuel Huntington e um olhar sobre as ondas de autocratização e democratização, abordou-se o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos O processo de transição democrática em Portugal é denominado por Huntington como o “ponto de partida” da terceira vaga democrática
Imagem de @a f dias
AGENDA | PREVIEW
outubro 2024
3 & 4 Irá decorrer o II Colóquio: Os Açores da Europa e do Atlântico, um evento organizado pelo Observatório Político, pelo Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores, com o objetivo de debater a problemática das eleições europeias e norteamericanas e os seus reflexos nas relações transatlânticas.
dezembro 2024
13 A conferência: “IAgora? Uma nova era tecnológica", celebra os 15 anos do Observatório Político, uma iniciativa que parte do debate contemporâneo sobre o impacto da Inteligência Artificial para colocar os jovens como agentes ativos da discussão Imagem: “Como será Bragança no futuro?” , por Projeto Ruído
março 2025
6, 7 & 8 O congresso bienal, da APCP que irá decorrer no ISCTE-IUL, contará nesta edição com sete secções temáticas em torno de estudos políticos, com o objetivo de contribuir para a autonomia e o desenvolvimento da Ciência Política e das Relações Internacionais em Portugal
julho 2025
12, 13, 14, 15 & 16 Terá lugar o 28º Congresso Mundial da IPSA em Seul, sob o tema Resistindo à Autocratização em Sociedades Polarizadas. A vibrante cidade de Seul, com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes é a capital económica, cultural e política da Coreia do Sul. O Congresso será organizado em colaboração com a Associação Coreana de Ciência Política (KPSA).