Jornal O Ponto (nº 107) - Novembro de 2018

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Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social Ano 18  |  Número 107  |  Novembro de 2018  |  Belo Horizonte / MG

Distribuição gratuita

A HORA E A VEZ DA

DIREITA Págs. 06 e 07

Esporte

Desigualdade Preconceitos ainda permanecem

Pág. 12

Saúde

Vacinação Campanhas tem baixa adesão

Pág. 05

Especial

Diamantina Patrimônio retratado pela fotografia

Pág. 10


02 • Opinião

Editor(a): Ana Staut / Diagramador(a): Ana Staut

Belo Horizonte, novembro de 2018

O Ponto

Dropshipping, essa moda pega?

Vertente do mundo do e-commerce, o dropshipping vem cada vez mais, chegando com força ao Brasil Créditos: blog.aartgraf.com.br

Imagem de um estoque

“O sonho de muitos brasileiros é o de não ter que ‘bater ponto’. Ser controlado em seu trabalho? Nunca mais!“ Luís Fonseca 2 Período

não possuir gastos como lojas físicas, como aluguel, funcionários, impostos, por exemplo. Diferentemente de uma loja convencional online, no dropshipping, não é necessário ter um investimento em estoque de peças anunciadas. Por não possuir estoque, não existe a necessidade de focar em apenas um tipo de segmento. Pode-se vender vestuário, tanto masculino quanto feminino, objetos. Uma grande vantagem nisso tudo é que, se estiver na moda produtos “nerd”, como vem acontecendo hoje em dia, é possível a venda destes produtos. Se no próximo mês vier uma nova tendência, o dono do negócio pode começar a vender novos produtos desta nova tendência sem a perda de nenhum centavo investido. Ainda assim, o fato de o produto comprado não passar por quem vendeu antes de chegar ao consumidor, oferece um risco, já que o vende-

Créditos: retirado do site Oberlo

Para iniciar este artigo, oem que tentarei desvendar um pouco mais sobre um assunto que tanto cresce no Brasil, que é o dropshipping, começarei tentando explicar de uma forma rápida o que é este formato de negócio. O sonho de muitos brasileiros é o de não ter que “bater ponto”. Ser controlado em seu trabalho? Nunca mais. Estes sonham sim em conseguir abrir seu próprio negócio, que poderá administrar da forma que quiser. Entretanto, a maior dificuldade que todos esses sonhadores encontram é o capital inicial que é necessário ter para tornar realidade o sonho de ser seu próprio chefe. O “dropshipping” está aí para ajudar neste momento. A pessoa consegue montar sua loja online sem a necessidade de possuir um produto em estoque. A obrigação de ter um grande capital inicial para a montagem de uma loja física, ou até mesmo para uma loja virtual, diminui bastante quando pensamos no dropshipping. Como funciona tudo isso? Na verdade, é bem simples... O cliente faz a compra em um site de e-commerce que está anunciando um produto por R$30,00 (trinta reais). Este site não possui o produto em estoque, mas já está diretamente “linkado” a um website de um grande fornecedor no Brasil, ou em um outro país do mundo, que está vendendo este

mesmo produto a R$15,00. Este fornecedor, então, envia o produto desejado diretamente ao cliente, em nome da loja que vendeu o produto, mesmo que este não passe pela loja virtual que anunciou e vendeu o produto para o cliente e que fica com a diferença do custo que representaria o seu lucro. Isto é dropshipping, uma forma rápida de ter seu próprio negócio e começar a fazer vendas, via internet, se interligando com as mais diversas lojas e empresas do mesmo ramo, em qualquer lugar do mundo, sendo essas suas fornecedoras. Mas como nada acontece de forma fácil, como todo negócio, este vem com seus prós e contras. Por isso, temos de pensar em alguns pontos sobre as vantagens e desvantagens de se ter esta modalidade de negócio, principalmente no Brasil. Como todo negócio que envolve e-commerce, o dropsshipping tem facilidades por

Imagem do funcionamento do dropshipping

dor não conseguirá verificar a qualidade, se há algum defeito. Acontecendo isso, o consumidor reclamará com o site, e não com o fornecedor. Se houver a necessidade de uma troca, por exemplo, o ônus fica todo com o site que efetuou a compra, geralmente. No Brasil, ainda por não haver uma grande quantidade de lojas (fornecedoras), como há por exemplo, na China, é um pouco arriscado ter este tipo de negócio. Se uma pessoa abre este tipo de negócio no Brasil, haverá a necessidade, até mesmo pela questão da competitividade do baixo preço praticado pelos chineses, de ter fornecedores no país asiático. Com isso, a compra de um produto deverá passar pela alfândega, o que pode gerar retenção e fazer com que o produto se atrase muito para chegar ao seu destino final. Isso acabará por gerar reclamação, e o trabalho ou até o ressarcimento, ficará por conta do site que vendeu. Por fim, um outro problema enfrentado por uma loja de modelo dropshipping hoje,é que qualquer pessoa já pode comprar diretamente das fornecedoras chinesas. Um grande exemplo disso é a facilidade que qualquer um encontra para comprar na Aliexpress, por exemplo. Resumindo, como qualquer negócio, há seus riscos. Se vai valer a pena arriscar, isso vai depender da necessidade e coragem do empreendedor. A ver ...

o ponto Coordenação Editorial Prof. Hugo Teixeira · Jornalismo Impresso Projeto Gráfico Dunya Azevedo · Professora orientadora Daniel Washington · Lab. Prod. Gráfica Pedro Rocha · Aluno voluntário Roberta Andrade · Aluna voluntária Logotipo Giovanni Batista Corrêa · Aluno voluntário Universidade Fumec Rua Cobre, 200 · Cruzeiro Belo Horizonte · Minas Gerais Telefone: (31) 3228-3014 e-mail: jornaloponto@fumec.br Presidente da Fundação Mineira de Educação e Cultura Prof. Air Rabelo Presidente do Conselho de Curadores Prof. Antonio Carlos Diniz Murta Reitor da Universidade Fumec Prof. Fernando de Melo Nogueira Diretor Geral/FCH Prof. Antônio Marcos Nohmi Diretor de Ensino/FCH Prof. João Batista de Mendonça Filho Coordenador do Curso de Jornalismo Prof. Ismar Madeira Técnico Lab. Jornalismo Impresso Luis Filipe Pena Borges de Andrade Monitores de Jornalismo Impresso Ana Staut Breno Guimarães Clara Del’Amore Fotos de capa Tiragem desta edição: 1000 exemplares Jornal Laboratório do curso de Jornalismo

Os artigos publicados nesta página não expressam necessariamente a opinião do jornal e visam refletir as diversas tendências do pensamento


Cultura • 03

Editor(a): Ana Staut / Diagramador(a): Ana Staut

O Ponto

Belo Horizonte, novembro de 2018

Museu Nacional em cinzas

Créditos: Agência Brasil

Créditos: retirado do site hypescience.com

Duzentos anos de existência, um acervo de 20 milhões de itens e o descuido com a memória de um país. Tudo virou pó em um incêndio que não demonstrou piedade

Bombeiros trabalhando para apagar o incêncio

O museu tragado pelas chamas que destruíram um extenso e histórico acervo cultural Ana Staut 3• período A mais antiga instituição científica do Brasil foi perdida em um violento incêndio que ficará marcado na memória do povo brasileiro. Domingo, dia 02 de setembro de 2018, se tornou uma data trágica. O Museu Nacional, situado na zona norte do Rio de Janeiro, que abrigava fósseis, documentos originais, peças indígenas e múmias sucumbiu nas chamas. Uma das maiores preciosidades perdidas foi o crânio de Luzia e a reconstituição de sua face - a descoberta de Luzia foi fundamental para as teorias sobre o povoamento das Américas e era considerada o maior tesouro arqueológico brasileiro. O diretor de Preservação do Museu Nacional, João Carlos Nara, afirmou em entrevista para dada à Veja que o incêndio foi um “dano irreparável ao acervo e à pesquisa nacionais”. As investigações acerca do incêndio expuseram estado em que o prédio histórico se encontrava. As condições precárias já estavam sendo apu-

radas pelo Ministério Público Federal (MPF), assim como os sinais de má conservação por falta de recursos. Diante das informações, o descuido do espaço cultural provavelmente foi um dos motivos para a queima do museu, entre outros motivos em análise.

Uma das maiores preciosidades perdidas foi o crânio de Luzia e a reconstituição de sua face Em nota oficial, o Museu Nacional declarou: “A direção do Museu, seus professores, pesquisadores e funcionários não têm medido, e não medirão, esforços para manter a instituição viva, atuante e funcionando como um dos mais importantes centros de ciência do mundo”. Seguir em frente é um ca-

minho árduo, mas necessário. O Ministério de Educação anunciou a liberação de uma quantia para a adoção de medidas emergenciais, na tentativa de garantir a segurança do palácio sede e recuperação do museu. Praça da Liberdade Em Belo Horizonte, por exemplo, há o Circuito Cultural Praça da Liberdade. Os antigos edifícios da administração pública do Estado de Minas Gerais transformaram-se em museus, livrarias e espaços de lazer. No caso do circuito, modelo adotado foi a parceria com a inicitaiva privada e cada equipamento foi restaurado, adaptado e é mantido por empresas patrocinadoras que associam a atividade cultural com suas marcas. Neste caso, cada um dos museus tem sua administração separada e vinculada à empresa que o patrocina. O governo do Estado coordena e implementa uma política cultural que todos os museus têm que seguir, estabelecendo uma diretriz única que dá um sentido de circuito geográfico e cultural.

Em Belo Horizonte, por exemplo, há o Circuito Cultural Praça da Liberdade onde os antigos edifícios da administração pública do Estado de Minas Gerais transformaram-se em museus, livrarias e espaços de lazer Desdobramento Após a tragédia, o diretor administrativo do Museu Nacional e museólogo, Wagner Martins, afirmou que o resgate das peças que formavam o acervo irá requerer um trabalho minucioso por parte de uma equipe arqueólogica. As atividades de recuperação não são imediatas. De acordo com especialistas, houve o desabamento de 3 andares do edifício histórico. Portanto, a busca por obras deve ser desenvolvida cuidadosamente em cada escombro. Um método sistematico, técnico e lento. De acordo com o diretor, será recebido um apoio emergencial para as questões de restauração. Mais emergênciais. e segurança para efetuar o resgaste . Um possível apoio da Unesco, e Iphan pode ser também uma maneira de reconstruir o que restou do Museu. O Diário Oficial da União (DOU) publicou a Medida Provisória 850, em que há a criação da Agência Brasileira de Museus (Abram), anunciada na primeira quinzena de setembro pelo Governo Federal. A nova agência foi criada para coordenar a restauração do Museu Nacional e abrangerá o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que gerencia cerca de 27 museus em todo o país.


04 • Moda

Editor(a): Breno Guimarães / Diagramador(a): Ana Staut

Belo Horizonte, novembro de 2018

Entenda a onda dos ugly sneakers, nova moda de Street Style que virou febre entre as fashionistas. Guilherme Marra 1º período

Créditos: Peter White / Getty Images

Sempre se prestou muita atenção no que se usava fora das passarelas nas semanas de moda nacionais e internacionais: os looks grifados usados de modos distintos e em diferentes combinações sempre estiveram em voga. No início dos anos 2010, com a propagação das redes sociais, esse movimento ganhou um nome: Street Style. Assim, a roupa que era usada apenas para circular entre um desfile e outro passou a ser extremamente pensada para atrair cada vez mais flashes (e, por consequência, mais likes). Não demorou muito para que esse estilo das ruas atraísse o público em geral e assim marcas de streetwear como Hood By Air, Supre-

me e Off-White viraram sensação entre os fashionistas mais descolados. Além dessas três grifes, foi criada a Vetements, coletivo de moda fundado por Demna Gvasalia que fez tanto barulho no mainstream da moda. Além de ser chamado para desfilar sua marca na semana de Alta Costura de Paris, Gvasalia foi nomeado como Diretor Artístico da lendária grife Balenciaga. Na Balenciaga, Demna criou um estilo com looks glamorosos que fazem referência à moda urbana de rua, mas com modelagem impecável que ficou conhecido como streetwear de luxo. A cada temporada é lançada uma tendência sob a tutela da Balenciaga que vira febre mundial em segundos, vejam a volta dos casacos doudounes e das peças oversized. Mas nada causou tanto

frisson como os tênis esteticamente feios, conhecidos como ugly sneakers ou “dad shoes”. Os tênis apareceram pela primeira vez no desfile masculino da marca, na temporada de outono/inverno 2017 e foram livremente inspirados nos tênis esportivos usados por norte-americanos de meia-idade na década de 90: brancos e com cores pastéis foscas que aparentam estar meio sujos, com solados altos e cadarços compridos. Nomeado como TripleS e ape-

“Não existe desculpa para você não entrar na onda de Street Style do momento: tem para todos os gostos, gêneros e bolsos”

Um dos variados modelos do ugly sneakers lidado de “tênis de pai” e “tênis feio”, o calçado se esgotou nas lojas da marca com extrema rapidez, fazendo sucesso inclusive entre o público feminino; assim os tênis que eram usados por esses pais da década de 90 pelo conforto, viraram febre do mundo fashion. Alguns meses depois na temporada de prêt-à-porter feminina, o tênis ganhou oficialmente a sua versão para elas e detonou a febre dos ugly sneakers no mercado. Na coleção de Primavera/Verão 2018 da Louis Vuitton, o Diretor Criativo Nicolas Ghesquiere (ex-Balenciaga) apresentou o Archlight, modelo que segue o mesmo conceito da Balenciaga, que se esgotou no Brasil online muito antes de chegar às lojas da Vuitton aqui no país. Depois desses, outras marcas de luxo criaram os seus tênis que entraram para a competição de calçados esquisitos: a Gucci trouxe um tênis de caminhada todo enfeitado com joias que mais parece um calçado infantil; a Prada criou um modelo inspirado em calçados de mergulho com bolhas na sola; a Vetements, em parceria com a Reebok, criou um tênis

Créditos: Christian Vierig / getty images

COM OS PÉS NA RUA

O Ponto

com aberturas, todo estampado com a logo da marca; e a própria Balenciaga criou uma versão ainda mais feia do TripleS, o Super-S que tem solado maior do que a versão original. Assim como as clogs da Chanel, que estouraram e viraram febre em 2008, os ugly sneakers não vieram para ficar: é bem provável que daqui a um ano eles não estejam mais tão em voga, e que daqui a cinco anos você se pergunte como conseguiu gostar daquilo; mas, por enquanto, vale se divertir com eles. Versões em preços mais acessíveis, mas não menos esquisitas já estão sendo replicadas por várias marcas brasileiras como a Schutz e a Arezzo. Assim não existe desculpa para você não entrar na onda de Street Style do momento. Tem para todos os gostos, gêneros e bolsos; além disso, os tênis são extremamente confortáveis. Como saberemos até quando esse conforto estará na moda? Bom, acho que por ora devemos aproveitar até nos apaixonarmos pela próxima tendência.

Créditos: fashion.si

O polêmico sneakers, desta vez da marca Louis Vuitton

O sapato possui diversas cores e formas


Saúde • 05

Editor(a): Nome do Editor(a) / Diagramador(a): Breno Guimarães

O Ponto

Belo Horizonte, novembro de 2018

Campanhas de vacinação têm baixa cobertura

Rebecca Soares 2º Período

Criança tomando vacina contra paralisia infantil em Campanha do Governo Federal lea Oliveira, ressalta que, quando ocorre de fato um grande aumento dos casos de doenças virais, por exemplo, a vigilância sanitária sempre alerta o hospital. Logo, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, juntamente com a coordenação de enfermagem e a diretoria se reúnem e montam um plano de rotina para se preparar se um surto acontecer.

Oliveira explica ainda que, se houver suspeita de caso no Pronto Atendimento (PA), a Vigilância Sanitária e a Secretaria da Saúde são notificadas, e dessa forma eles ficam alerta e monitoram os casos na cidade. Rodrigo Campos Vaz da Silva explica que as vacinas contra a Pólio (Sabin) e contra o Sarampo (Tetra Viral) são extremamente eficientes e seguras, e que a questão central está na

negligência, já que muitos pais estão deixando de vacinar seus filhos por se tratarem de doenças extintas ou por boatos de possíveis malefícios, o que justifica o aumento dos casos de sarampo. Para ele, a conscientização sobre as vacinas e fortalecimento das campanhas de vacinação são medidas ideais para que a saúde pública não seja colocada em um risco maior.

Amanda Mendes, da Agência Saúde

Amanda Mendes, da Agência Saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo da campanha de vacinação contra sarampo e polimielite de 2018 foi alcançado. Este resultado, ao contrário do que seria um baixo índice de cobertura da campanha, garante que essas doenças, antes erradicadas no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não voltem e tragam consequências nefastas. O resultado da campanha com base nos dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde mostra que até o dia, 17/9 cerca de 95% de aproximadamente 11,2 milhões de crianças brasileiras de 1 até 5 a nos de idade foram vacinadas. Depois de muito esforço e uma intensa campanha na mídia, a meta foi alcançada e cerca de 10,7 milhões de crianças foram imunizadas na rede pública de saúde. Segundo o estudante de biomedicina da Universidade Fumec, Rodrigo Campos Vaz da Silva, nas doenças virais, que têm as crianças como maior grupo de risco, é mais difícil impedir a transmissão já que crianças costumam ter muito contato físico umas com as outras. Além disso, por se tratarem de doenças consideradas extintas até pouco tempo atrás, causariam

um certo pânico na população, principalmente a poliomielite, por ser uma doença que ainda não possui cura e, além de altamente debilitante, em muitos casos pode ser fatal, pontua o estudante. Além disso, um do fatores que contribuiu para essa preocupação é o fato de, em 2017, com o surto da doença nos países vizinhos do Brasil, o Ministério da Saúde tem alertado a população para a importância de tomar a tríplice viral, vacina que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Todavia foram relatados casos de sarampo no Amazonas e em Roraima, mesmo a vacinação ter sido adiantada neses estados, ela se iniciou no 1º setembro de 2018. “Quando uma doença erradicada há mais de 20 anos retorna, a sustentabilidade da saúde pública é comprometida, gerando assim uma relação de desconfiança em relação ao sistema de saúde e que outras doenças voltarão a aparecer com mais frequência, prejudicando de maneira irreversível a população”, alerta Campos. Sobre as consequências da reduzida imunização num ambiente hospitalar em função de baixa cobertura vacinal, a coordenadora de atendimento do Hospital e Pronto Atendimento Unimed de Sete Lagoas , Mari-

Amanda Mendes, da Agência Saúde

Por que as pessoas não estão se vacinando? Quais as consequências da não vacinação?

Criança sendo vacinada por profissional em posto de saúde

Ministério da Saúde lança serviço de combate a Fake News Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, abre mais um canal de comunicação com a população. Qualquer cidadão brasileiro poderá adicionar gratuitamente no celular o WhatsApp do Ministério da Saúde — (61) 99289-4640. Ele servirá exclusivamente para verificar com os profissionais de saúde nas áreas técnicas da Pasta se um texto ou imagem que circula nas redes sociais é verdadeiro ou falso. https://goo.gl/buRBjS

Local escolhido para vacinação tem adesão em massa da vacina contra poliomelite


06 • Política

Editor(a): Hugo Teixeira / Diagramador(a): Jornal O Ponto

Belo Horizonte, novembro de 2018

O Ponto

E o capitão Após quase 26 anos, a direita volta ao poder Panorama gráfico da votação para Presidente da República

João Eduardo 6° Período

Às 19h17 do último dia 28 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamou o deputado federal Jair Messias Bolsonaro, do PSL (Partido Social Liberal) como o vencedor das eleições de 2018. O novo presidente do Brasil foi eleito com quase 58 milhões de votos, o que equivale a mais de 56% dos votos válidos no 2º turno. Fernando Hadaad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 44%, o que corresponde a aproximadamente 43 milhões de votos. Mesmo com o apoio do ex-presidente Lula e da maioria dos candidatos derrotados no 1º turno das eleições presidenciais, o ex-prefeito de São Paulo não conseguiu conter a onda conservadora que atingiu o país nos últimos tempos. Os votos nulos e brancos somaram 9,57%, cerca de 11 milhões. A abstenção alcançou quase 32 milhões de votos, Jair Bolsonaro FernandoHaddad Haddad Abstenção Branco/Nulo Branco/Nulo Bolsonaro Fernando Abstenção um dos maiores percentuais já registrados em eleições presidenciais na história do país. O novo presidente é político de carreira e capitão reformado do Exército Brasileiro.

9,57%

21,30%

Fonte: TSE

44,87%

55,13%

Tem 63 anos e é natural do interior de São Paulo. Tem seis irmãos e quatro filhos, sendo que três estão na política. Eduardo Bolsonaro se elegeu deputado federal por São Paulo com a maior votação da história da democracia brasileira, com um milhão e oitocentos mil votos. Flávio Bolsonaro se elegeu senador pelo estado do Rio de Janeiro. Já Carlos exerce mandato como vereador na Capital Fluminense. Bolsonaro está em seu sétimo mandato como deputado, e atuou em momentos importantes da história, como nos impeachments dos ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff. Seu vice é o General Augusto Mourão, também do Exército. Bolsonaro assume o comando da nação em 1º de janeiro de 2019, para um mandato de quatro anos. Seu principal desafio será governar em meio à maior crise econômica da história do país, com um dos mais altos índices de desemprego já vistos, além da falência técnica de pilares sociais, como a saúde, educação e segurança pública. Com uma pauta conservadora, seu governo terá de negociar a temida reforma da previdência,

que deverá ser aprovada pela maioria de deputados e senadores eleitos no pleito deste ano. E também, terá de conviver com a aguerrida oposição do PT, que elegeu a maior bancada de deputados federais e promete “incomodar”. O “efeito”Zema Os governos estaduais sofreram abruptas mudanças em sua maioria. Monstros sagrados e políticos tradicionais foram rejeitados pela população, e nomes até então pouco conhecidos surgiram praticamente “do nada” e conquistaram a preferência dos eleitores. Nomes como o do ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) no Rio de Janeiro e do empresário Ibaneis (MDB) no Distrito Federal são alguns dos exemplos claros do anseio do povo brasileiro por mudanças. Mas nada se compara ao resultado das eleições em Minas Gerais. Vindo de Araxá, cidade do Triângulo Mineiro, o empresário Romeu Zema (NOVO) impôs ao PSDB uma das maiores derrotas de sua história. Com uma diferença de quase cinco milhões de votos, o que corresponde à obtenção de 72% dos votos vá-

Fonte: Divulgação

“O novo presidente é político de carreira e capitão reformado do Exército Brasileiro”.

Jair Messias Bolsonaro foi eleito Presidente da República em uma eleição de grande polarização


Política • 07

Editor(a): Hugo Teixeira / Diagramador(a): Jornal O Ponto

O Ponto

Belo Horizonte, novembro de 2018

ganhou a eleição no Brasil com a vitória de Jair Bolsonaro

Assembleia e Câmara Federal passam por renovação considerável A Assembleia Legislativa de Minas Gerais e a Câmara dos Deputados terão novos nomes na próxima legislatura. Figuras conhecidas também foram descartadas nas urnas e deram lugar a nomes construídos através das redes sociais. Para a Câmara Federal, o mais votado do estado foi Marcelo Álvaro Antônio, do PSL. Marcelo coordenou a campanha de Bolsonaro no estado, e é cotado para ser o líder do governo na Câmara. Já em nível estadual, o jornalista da Record TV Minas, Mauro Tramonte, alcançou impressionantes 516 mil votos, se tornando o mais votado da história de Minas Gerais. O apoio informal da Igreja Universal do Reino de Deus e de figuras importantes do meio evangélico contribuíram para a vitória esmagadora do apresentador. O governador Romeu Zema terá de dialogar com uma Assembleia Legislativa plural, com 18 partidos representados. O PT terá a maior ban-

Resultado da votação para Governador de Minas Gerais

cada, com dez deputados. O partido do governador eleito terá três deputados estaduais, o que obrigará o governo a negociar com a Assembleia. O PT terá maioria também na bancada da Câmara, com oito deputados eleitos. O partido que mais cresceu nas eleições deste ano foi o PSL, que deixou se ser uma sigla inexpressiva e se tornou um partido de significativa representatividade e poderá se tornar uma importante referência de partido de oposição à esquerda no país. O PSDB foi o maior derrotado, e precisará se reinventar para continuar existindo. Já existe uma disputa interna para a presidência da Assembleia Legislativa de Minas, entre os deputados Arlen Santiago (PTB) e Agostinho Patrus Filho (PV), que apoiou Romeu Zema no 2º turno. Já a nível federal, o chamado “centrão” tentará emplacar a reeleição de Rodrigo Maia, o que é mal visto pelo grupo político do presidente BolsonaRomeu Zema Antonio Anastasia Abstenção Romeu Zema Antonio Anastasia Abstenção Branco/Nulo ro. Nomes como o do deputado Fábio Ramalho, de Minas Gerais, e do estreante Kin Kataguiri, fenômeno das redes sociais em São Paulo, também disputarão o pleito.

19,61%

23,14%

Fonte: TSE

num estado à beira de um colapso financeiro.

Fonte: Divulgação

lidos, Zema se consagrou como o primeiro eleito para um cargo majoritário na história de seu partido, superando o atual senador e ex-governador, Antônio Anastasia, que obteve pouco mais de 28% dos votos válidos. Na prática, dos 853 municípios de Minas, Zema ganhou em 832. Com 54 anos, o novo governador, Romeu Zema, é também um dos maiores empresários do estado, com mais de 400 lojas espalhadas por Minas. O novo vice-governador é o empresário e administrador Paulo Brant, que estava afastado da vida pública, mas que já exerceu funções em governos passados do PSDB. O desafio de Zema e de seu partido, o Novo, é fazer de Minas Gerais um exemplo bem-sucedido de gestão, tendo em vista que o estado será o primeiro administrado pelo partido desde sua criação, em 2015. Formado em sua maioria por pessoas de classe média alta e empresários, o Novo exalta o terceiro setor e defende o estado mínimo, num projeto de governo diferente dos atuais modelos. Eles terão que lidar com uma dívida pública de mais 20 bilhões de reais,

“Com 54 anos, o novo governador, Romeu Zema, é também um dos maiores empresários do estado”.

Romeu Zema, do Partido Novo, foi eleito com 72% dos votos válidos

71,80%

28,20%

Bra


08 • Solidariedade

Editor(a): Ana Staut / Diagramador(a): Clara Del Amore

Belo Horizonte, novembro de 2018

Amor Incondicional

O Ponto

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem cerca de 30 milhões de animais abandonados Clara Del Amore 3 ° Período Em sua residência humilde, uma senhora de 62 anos, com bastante disposição, abriga e cuida de 38 animais que ainda estão à espera de adotantes. O seu trabalho não cessa: a preocupação de Dona Rosângela de Avelar com os animais não é somente em relação à adoção, mas também aos cuidados diários . Isso é perceptível para quem acompanha o seu trabalho. A limpeza impecável de objetos como vasilhas, brinquedos e caminhas acolchoadas com cobertores são exemplos da dedicação da senhora. O Ponto visitou Dona Rosangela e conversou com ela sobre seu trabalho e do amor que dedica aos animais abandonados:

A senhora se lembra do primeiro animal que resgatou? Não lembro. Mas lembro que peguei um cachorro na rua que não tinha nem pelo quando era criança. Aí fui tratando dele, dando remédio. Minha mãe conseguiu doá-lo.

Como é o processo de adoção? A gente sempre seleciona a pessoa que vai cuidar, faço o termo de adoção porque eles estão bem cuidados aqui, aí a pessoa que adota tem que ter responsabilidade de cuidar. Nós pegamos o comprovante de endereço e de identidade. A senhora mantém contato com os adotantes? Sempre mantenho, por um bom tempo. As pessoas até hoje me ligam. Elas dizem “Dona Rosângela, eu sou aquela fulana que adotou, a senhora lembra de mim?” Eu falo que lembro. A gente não esquece as pessoas que adotam. As pessoas costumam devolver os animais? Tem gente que leva e fala que não adapta. Tem uns que não esperam o prazo de adaptação e já querem devolver. Mas eu prefiro que devolvam para que não soltem, não abandonem os animais na rua. Já tive vários adotantes que me devolveram. Outras pessoas trazem animais para mim, me ligam para ver se posso abrigá-los. Tem pessoas que abandonam, que não querem o animal; ele acaba sendo jogado por cima do portão, do muro, amarram ao portão. Não são os meus animais, são os que eles não querem. Às vezes, eu não posso pegá-los, não tenho condições de pegá-los, daí eles arremessam os bichos, jogam pelo muro... Aí fico com dó e acabo abrigando-os. A senhora recebe ajuda de voluntários, tanto presencialmente, quanto financeiramente? Eles preferem vir aqui ajudar ou preferem doar? Recebo. Eles às vezes doam para eu comprar ração, fazem um depósito na minha conta. Tem pessoas que compram na distribuidora para mim, o que

sai mais em conta. Quando a pessoa prefere trazer a ração, também aceito de bom grado. Tudo que vem para mim é bem-vindo, qualquer material de limpeza, saco de lixo, água sanitária, jornal, eu uso tudo. Então, é bem-vinda toda a ajuda. Antes da divulgação na internet, eu já fazia o trabalho por minha conta. Eu mesma cuidava, levava ao veterinário, procurava lugares mais baratos para castrar, para vacinar. O primeiro abrigo lançado na internet na época era o meu. A veterinária Rafaela me ajuda, divulga na internet, faz campanhas de vacinação e castração, ela também costuma vir aqui. Uma senhora paga as contas na clínica do veterinário Marcelo para mim. A Luana, que tem uma clínica veterinária, faz procedimentos de graça ou com o preço mais em conta para mim, vou arrecadando e pagando. Meu vizinho me ajuda a dar banho nos animais. A gente tem que ter ajuda, porque é difícil, é complicado acolher bichos. A gente acolhe com o maior carinho, toda a vida eu cuidei deles com o maior carinho, porque eu gosto mesmo, de coração. Os animais percebem o carinho que a gente tem com eles.

Meus filhos e netos são acostumados e também gostam, eu os ensinei a gostarem de animais porque faz bem e os bichos fazem parte da família. As crianças precisam aprender a gostar de animais, não de maltratar. A gente vê muita criança maltratando os bichos e ficamos chateados. O que a gente puder fazer por eles,a gente faz. Quais são os planos da senhora para o futuro? Pretende abrigar mais animais? Eu ainda pretendo ajudar mais animais. Não estou podendo abrigar mais, estou com muitos em casa, é difícil achar adotantes. Nem todo o mundo gosta de gatos, eu tenho mais gatos que cachorros. E também nem todos adotam gatos adultos, preferem filhotes. Filhotes eu não tenho; os gatos que estão aqui já cresceram e têm mais de 1 ano.

“As pessoas até hoje me ligam. Elas dizem ‘Dona Rosângela, eu sou aquela fulana que adotou, a senhora lembra de mim?’ Eu falo que lembro. A gente não esquece as pessoas que adotam”. Créditos: Clara Del Amore

O PONTO - Há quanto tempo a senhora vem resgatando animais? Dona Rosângela - Já tem mais de 30 anos que eu faço esse trabalho. Toda a vida gostei de cuidar dos animais, eu recolhia os de rua para tratar, se estivessem doentes, e para procurar um lar para eles. Toda a vida tive animais, meu pai gostava muito deles. Mas aí foram aparecendo mais e fui acolhendo-os porque eram carentes e precisavam de tratamento. Eu trabalhava como cantineira em uma escola na periferia e a gente via muito animal abandonado. Meu esposo pegava muito animal no lixão, onde pessoas desovam os bichinhos. Fui pegando para cuidar e doar, tinha muito cachorro com pulgas, carrapatos, bicheiras, sarnas; cuidei de todos. Já doei muitos animais, mais de 300.

Quantos animais a senhora está abrigando atualmente? Agora eu estou com 30 gatos e 8 cachorros.

Como a senhora consegue sustentar os animais? Por meio das doações e por meio do meu salário de aposentada. Eu também saio juntando latinhas e vendo-as. Não é feio e não é vergonha a gente trabalhar honestamente para cuidar dos animais. Eu voltei a trabalhar há 3 anos para ajudar, mas, como eu adoeci, tive que parar ano passado para cuidar da minha saúde. A senhora recebe ajuda da sua família para resgatar os animais? Como foi a reação deles quando a senhora começou a trazê-los? A minha família toda a vida aceitou, minha mãe e meu pai sabiam que eu gostava de bichos. Meu esposo gosta muito e ajuda os animais de rua.

Dona Rosângela abriga 38 animais atualmente


Editor(a): Ana Staut / Diagramador(a): Clara Del Amore

O Ponto

Solidariedade • 09 Belo Horizonte, novembro de 2018 Créditos: Clara Del Amore

Dona Rosângela construiu abrigos para proteger os animais abandonados

Créditos: Clara Del Amore

Como você pode ajudar a Dona Rosângela? Os procedimentos cirúrgicos, as vacinas e a alimentação dos animais abrigados custam caro. Por isso, Dona Rosângela busca parcerias com voluntários e veterinários que estão dispostos a doar uma parte de seu tempo para ajudá-la presencialmente ou financeiramente, permitindo que ela mantenha os animais em sua casa para que não sofram maus-tratos na rua. Para ver como você pode ajudar, acesse o site: https://abrigodrosangela.wordpress.com ou a página oficial do abrigo no Facebook: https:// www.facebook.com/abrigorosangela

O abrigo conta com doações para manter os animais alimentados


10 • Editoria Belo Horizonte, novembro de 2018

Editor(a): Ana Staut / Diagramador(a): Ana Staut

O Ponto

DIAMANTINA EM FOCO Situada no Vale do Jequitinhonha, cidade é patrimônio histórico da humanidade. Conheça suas belezas pelo ensaio fotográfico de Júlia Mazzoni


Editor(a): Ana Staut / Diagramador(a): Ana Staut

O Ponto

Editoria • 11 Belo Horizonte, novembro de 2018


12 • Esporte

Editor(a): Breno Guimarães / Diagramador(a): Breno Guimarães

Belo Horizonte, novembro de 2018

Mesmas funções com salários diferentes

O Ponto

Presença das mulheres no esporte cresce, mas preconceito permanece

Créditos: Foto Reprodução: Twitter Wimbledon

A diferença salarial entre gêneros vem diminuindo ao longo dos anos segundo dados da Relação Anual de Informações do Trabalho, do Ministério do Trabalho. Segundo o documento, a diferença dos salários de 2007 para 2017 diminuiu de 17% para 15%. A estimativa de igualdade salarial no Brasil é prevista somente para daqui a 100 anos, de acordo com dados apresentados em 2016, durante o Fórum Econômico Mundial. Informacões do periódico novaiorquino Wall Street Journal, mostram que as mulheres mundialmente ganham US$ 0,50 para cada dólar recebido por um homem. No esporte essa diferença é mais notória, pois as mulheres chegam a ganhar 237 vezes menos que os homens. Para se ter um exemplo da diferença de rendimentos entre esportistas homens e mulheres, o astro do Golden State Warriors, time da National Basketball Association (NBA), liga profissional de basquete masculino dos Estados Unidos, Stephen Curry, tem seus rendimentos, somente em salários, sem contar com patrocínios e premiação, maior que toda a Women’s National Basketball Association (WNBA), liga profissional de basquete feminino dos Estados Unidos e isso levando em consideração que a WNBA é uma liga já consolidada como uma das maiores ligas esportivas femininas do planeta. Esta é a situação da liga feminina ,mesmo com bons públicos nos ginásios e transmissões nacionais nos EUA pela ESPN, principal canal esportivo do mundo. Outro caso incrível é dos árbitros da NBA ganharem mais que uma jogadora da WNBA. As diferenças não ficam apenas no campo salarial. As premiações de torneios de mesma modalidade também são desiguais, mesmo que sejam em esportes em que as mulheres vêm ganhando cada vez mais relevância no Brasil, como é caso do vôlei. A Liga das Nações, campeonato de seleções mundiais, chega a pagar até 40% mais em premiação no campeonato masculino. O tênis destoa dos outros grandes esportes depois de uma luta de vários anos. Em

2007 as mulheres conseguiram igualar a premiação enClubes serão obrigados a ter equipe feminina tre gêneros nos quatro Grand Slams (Australian Open, US A partir de 2019, por exigência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ConfeOpen, Roland Garros e Wimderação Sul-Americana de Futebol (Conmenbol) e Federação Internacional de Futebol bledon). Devido a isso, das dez (FIFA) será obrigatório que os times brasileiros de futebol masculino tenham times de atletas mais bem pagas do plafutebol femino para a participação na Copa Libertadores e Copa Sul-Americana. neta, nove são tenistas. Porém, O novo Regulamento de Licença de Clubes foi publicado pela CBF em fevereiro de a igualdade na premiação fica apenas nos Grand Slams, já 2017 e tinha como meta que, já em 2018, os clubes da Série A do Brasileirão se adeque nos outros torneios ainda quassem a ele, formando equipes de futebol femino com pelo menos 5% do orçamento há diferenças nas premiações. usado nas equipes masculinas. Tenistas como o ex-número Apesar da exigência, muitos time do Brasileirão ainda não cumpriram a determinaum do mundo, Novak Djokoção de formar a equipe feminina e podem ficar de fora da principal competição contivic, criticaram publicamente nen tal da America do Sul. a igualdade da premiação, alegando que “os homens passam mais tempo em quadra por jogar partidas de cinco sets e as mulheres de três sets, além de trazerem mais audiência e visibilidade para os torneios de Grand Slam”, afirmou o tenista sérvio. Este posicionamento comprova que, quando há igualdade, a contestação por parte de alguns atletas masculinos de elite é manifesta, confirmando o machismo que ainda existe dentro do esporte. A “explicação” para os homens ganharem salários maiores que as mulheres é o número de patrocinadores, público presente e telespectadores. Mas há também outros fatores como a discriminação e a falta de interesse das emissoras na transmissão dos conteúdos esportivos femininos. A união das mulheres e a participação de homens interessados pela causa é essencial para mudar essa injusta Irmãs Williams foram expoentes na luta pela premiação igualitária entre gêneros no tênis situação. Créditos: swishappeal.com

Breno Guimarães 2º Periodo

Atletas durante o All-Star Game da WNBA em 2015, Equipe do Leste vs Equipe do Oeste


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