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O LiDAR está no iPhone! Com essa afirmação inicial, podemos começar uma reflexão sobre velocidade, a velocidade com que a tecnologia consegue mudar as nossas vidas. De tempos em tempos, somos convidados a desaprender e a reaprender, e o intervalo de tempo no qual estamos confortáveis com o conhecimento (que temos) está cada vez mais curto. O rápido desenvolvimento em tecnologia da informação transformou o mundo de forma determinística. Se imaginarmos algo similar a um gráfico de som, seria como se estivéssemos num campo com sons da natureza e como se, num passe de mágica, o som ambiente passasse a ser a música eletrônica de uma rave. Esse é o tal do mundo V.U.C.A. (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity). Essa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade foi mapeada na década de 1990 e foi invadindo o mundo corporativo. Volátil, pois perdemos a estabilidade, o mercado consumidor muda a todo momento. Surgem empresas em uma garagem, ou em uma nuvem digital, que podem transformar o modo com que o mundo se comporta em um pequeno espaço de tempo; surge o Pix, e você pode transferir dinheiro
a qualquer momento, para qualquer conta, de qualquer banco; tudo muda a toda hora. Zygmunt Bauman é um sociólogo reconhecido pelo conceito de “modernidade líquida” e, para ele, a “crescente convicção de que a mudança é a única coisa permanente e a incerteza, a única certeza” é a base dessa volatilidade. Assim, a incerteza passa a ser uma companheira presente. Sim, no próximo mês, um grupo de estagiários pode lançar um aplicativo que muda a forma com que o mundo se relaciona com a floresta, por exemplo. E, claro, é complexo, porque não é linear, e tudo isso junto caracteriza a ambiguidade. É o mundo dos trade-offs. E, quando pensamos que já estamos entendendo como esse novo mundo funciona, percebemos que, de novo, ele não tem nada e que já existe uma nova corrente de mundo, o mundo BANI - Brittle (Frágil); Anxious (Ansioso); Nonlinear (Não linearidade); Incomprehensible (Incompreensível). Talvez a grande sacada desse novo modelo seja assumir a incompreensibilidade, pois já era hora
De tempos em tempos, somos convidados a desaprender e a reaprender, e o intervalo de tempo no qual estamos confortáveis com o conhecimento (que temos) está cada vez mais curto. "
Wilton Ribeiro de Almeida Filho e Rodrigo Nascimento de Paula Coordenador de Comunicação e Inovação e Gerente Executivo da SIF, respectivamente
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