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produtores de floresta
o homem no campo:
como formar e reter esses profissionais? O setor florestal emprega muita gente, segundo informações coletadas no site da IBÁ - Indústria Brasileira de Árvores. Atualmente, esse setor gera cerca de 1,3 milhão de empregos diretos e 3,75 milhões quando incluímos os indiretos e o efeito renda, pessoas que atuam em 1.000 municípios, numa área plantada com florestas de aproximadamente 9 milhões de ha. Mas como garantir as melhores práticas florestais sem um esforço grande de capacitação e retenção dessa mão de obra que se espalha nas centenas de municípios pelo interior do País? A característica do emprego na área urbana é bem diferente do emprego na área rural, onde o trabalho começa bem cedo e longe de casa, às vezes enfrentando grandes deslocamentos em estradas de chão e intempéries. Essa característica cria desafios ainda maiores para as empresas florestais que enfrentam alta rotatividade em seus quadros de profissionais, fazendo
não basta selecionar bem, treinar bem e não conseguir reter esse profissional, no qual investimos tanta energia e recurso "
Germano Aguiar Vieira Diretor Florestal da Eldorado
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com que o setor invista muito na capacitação e retenção desses trabalhadores. Acrescente-se a isso a sempre crescente demanda por conhecimentos cada vez mais específicos, necessários para executar as atividades típicas de silvicultura, colheita e logística, que passam a ser mais mecanizadas, automatizadas e digitalizadas. O ingresso de soluções digitais, telemetria, uso de drones, interpretação de imagens de satélites, planejamento com uso de programação inteligente através de algoritmos sofisticados, genética molecular, metagenômica e biotecnologia são temas que passaram a ser relevantes para o saber plantar e colher florestas. Atualmente, um operador de máquina florestal não se parece, nem um pouco, com o nosso antigo tratorista, nem o motorista atual de carga pesada precisa necessariamente das mesmas