ilpf - políticas de fomento
Opiniões
a adoção do sistema ilpf A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), definida como uma estratégia de produção sustentável, tem recebido grande apoio em políticas de fomento para aumento da sua adoção por produtores rurais em todas as regiões brasileiras. "
Luiz Adriano Maia Cordeiro Pesquisador da Embrapa Cerrados
Diversas combinações possibilitam a integração das atividades agrícolas, pecuárias e/ou florestais realizadas na mesma área. A adoção de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) promove a intensificação sustentável da produção rural com vários benefícios técnicos, econômicos, sociais e ambientais. Os diferentes sistemas de iLPF podem ser adotados tanto por grandes quanto por pequenos produtores rurais. Políticas de fomento é importante para o aumento da adoção por produtores rurais em todas as regiões brasileiras. Adoção da iLPF no Brasil: O potencial de adoção de sistemas de iLPF em diferentes ecossistemas brasileiros está condicionado a diversos fatores, que incluem: disponibilidade de solos favoráveis; infraestrutura para produção e armazenamento da produção; recursos financeiros próprios ou acesso a crédito; domínio da tecnologia para produção de grãos e pecuária; acesso a mercado para compra de insumos e comercialização da produção; acesso à assistência técnica; e possibilidade de arrendamento da terra ou de parceria com produtores tradicionais de grãos. Apesar de o potencial de adoção ser muito elevado nas condições brasileiras, a utilização de sistemas de integração ainda é incipiente na maioria das regiões do País, embora, nas regiões Centro-Oeste e Sul, exista um
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número significativo de propriedades rurais que empregam a modalidade de integração sem árvores, ou seja, a Integração Lavoura-Pecuária (iLP), ou sistema agropastoril. Contudo o crescente interesse pela estratégia iLPF, bem como o aumento da taxa de aceitação e de adoção pelos proprietários rurais, principalmente impulsionada pelas recentes políticas de fomento criadas nos últimos anos, tem evidenciado que essa estratégia proporcionará avanços na agricultura nacional. Políticas de fomento à adoção de iLPF: Em 2009, o Brasil assumiu compromissos voluntários de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Esses compromissos foram ratificados na Lei Federal nº 12.187, que institui a “Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC)”. O “Plano Setorial para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura”, também denominado de “Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono)”, é um dos planos setoriais que compõem a PNMC e cujo objetivo é promover a mitigação da emissão dos GEE na agricultura, melhorando a eficiência no uso de recursos naturais, aumentando a resiliência de sistemas produtivos e de comunidades rurais, e possibilitar a adaptação do setor agropecuário às mudanças climáticas por meio de ações típicas de transferência de tecnologias, entre outras.