O novo desenho da produção da cana e do milho - OpAA71

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Índice

especialistas

o desenvolvimento enzimático no processo

produtivo do etanol de milho

A utilização de enzimas para a produção de açúcares e sua posterior fermentação é tão antiga quanto o próprio uso de enzimas no processamento industrial. Desde que a primeira amilase foi usada em substituição à hidrolise ácida para a quebra do amido até hoje, essas enzimas sofreram evoluções e estão gerações à frente, principalmente em termos de custo de produção e eficiência. Na busca por essa eficiência, essas enzimas foram sendo transformadas para trazer maior flexibilidade de condições de processo, atuando em faixas de pH e temperatura mais amplas, ou com maiores conteúdos de sólidos suspensos. Mas não só isso, essa transformação também atendeu a requisitos de rendimento, melhorando a sua performance de uma forma geral, isto é, produzindo mais etanol por tonelada de milho.

Atualmente, a busca por esse ganho tem trazido enzimas coadjuvantes para esse processamento. Enzimas que reagem com fragmentos de amido, que antes eram desperdiçados, têm sido incorporadas ao processo, atuando nesses fragmentos e liberando mais açúcares fermentáveis. Novas classes de enzimas, como celulases, hemicelulases e proteases também têm sido adicionadas aos processos enzimáticos para aumentar o rendimento de coprodutos, como o óleo de milho. Essa tendência segue forte com o aparecimento de novos produtores de enzimas chegando ao mercado, ampliando o espectro de possibilidades aos produtores, que possuem, cada vez mais, opções de enzimas para usar em sua produção, decidindo pelas mais adequadas, conforme a situação. Por exemplo, hoje, o produtor pode escolher entre preparados enzimáticos mais elaborados, que visam aumentar rendimento da produção de óleo de milho, ou enzimas mais simples, que trazem uma certa vantagem econômica, adequando ao momento do mercado e à realidade da planta. Assim, caso queira focar no rendimento da produção de óleo de milho, ou prefira manter esse óleo no farelo, é uma escolha do produtor, basta utilizar a(s) enzima(s) mais adequada(s) para atender ao seus interesses.

Ao olhar para um cenário de longo prazo, tendências como a sustentabilidade e a economia circular serão a regra no futuro, e a busca por matérias-primas alternativas para incorporar ao processo será uma constante. "

Eduardo Marques Meneghetti

Coordenador de Negócios em Enzimas Industriais da Basf - América Latina

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