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na era das tecnologias 4.0 É notável a evolução da agroindústria da cana-de-açúcar percebida nas últimas décadas. Partimos de uma atividade que era basicamente realizada manualmente no campo para um modelo eficiente de negócio, praticamente 100% mecanizado. Mas não paramos por aí. Estamos acompanhando as tendências que movem nosso mundo e embarcamos em uma evolução transformadora, quase uma revolução similar àquela que transformou a indústria no século XVIII, carregada pela força de máquinas a vapor. Estamos falando da chamada Indústria 4.0, que traz os benefícios das tecnologias de ponta − destinadas a melhorar a produtividade, a qualidade, a segurança e, principalmente, a economia de recursos físicos, financeiros e ambientais − para o campo e para o setor sucroenergético. Dos laboratórios de entidades parceiras e de nossos viveiros de mudas, por exemplo, são utilizadas as mais avançadas tecnologias para o desenvolvimento de pesquisas e para a produção de variedades de cana-de-açúcar resistentes a pragas e mais adaptadas a determinados tipos de solo ou de clima. O uso de agentes biológicos no combate a pragas também é outro dos benefícios que vêm das pesquisas de base tecnológica. Mas, quando falamos de tecnologias 4.0, pensamos mesmo é em robótica, na inteligência artificial, Big Data, uso de algoritmos, IoT (ou Internet das Coisas), aprendizagem de máquina. A cada dia, vamos adotando mais e mais dessas soluções tecnológicas para melhorar nossos resultados, seja no campo, seja na usina.
temos de estar cientes de que há muitos desafios e trabalho sério a serem feitos e precisamos formar parcerias firmes e comprometidas com outros setores para que consigamos aproveitar cada vez mais todo o valor e as potencialidades das tecnologias 4.0 para o nosso setor sucroenergético. " Rogério Augusto Bremm Soares Diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia
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Um dos principais exemplos do uso eficiente dessas tecnologias está na adoção de Torres de Controle da Logística da Cadeia CTT (corte, transbordo e transporte) por empresas do setor sucroenergético como a nossa. Na BP Bunge Bioenergia, temos o SmartLog, um hub de informações logísticas 4.0 que faz o monitoramento de aproximadamente 1.200 equipamentos agrícolas, intervindo e gerando dados para a tomada de decisão, em tempo real, nos processos de toda a cadeia CTT. Um dos exemplos práticos do uso dessa tecnologia está justamente no momento da colheita, em que as colhedoras são equipadas com tecnologia embarcada (computadores de bordo, ou mesmo painéis integrados às máquinas mais modernas) conectada à nuvem por telefonia móvel ou, dependendo da localidade, conexão via satélite, que, por sua vez, é acessada pelo SmartLog. A torre faz a gestão de informações necessárias à definição dos parâmetros da colheita a ser feita no local, como quantidade ideal de máquinas utilizadas, velocidade e tempo de uso de cada equipamento para atingimento de resultados. O mesmo tipo de tecnologia se aplica à estrutura de apoio para reabastecimento dos ativos, bem como a necessidade de tratores de transbordo e de caminhões rodotrem que escoam a cana-de-açúcar colhida para fora do campo até as usinas.