ethanol summit 2009
etanol e bioeletricidade reduzindo a intensidade de CO da matriz energética 2
A intensidade de emissão de CO2 vem aumentando de forma expressiva nos últimos anos, em função da expansão da geração termoelétrica, principalmente, a partir de óleo combustível, diesel e carvão mineral, em conjunto com a expansão do parque industrial. Caso não sejam tomadas medidas efetivas para controle da emissão de CO2, a temperatura do planeta poderá aumentar em + 7 ºC nos próximos 100 anos, conforme previsões que têm sido objeto de estudos por diversas e renomadas entidades de pesquisa, podendo trazer seríssimas consequências para o planeta, como o derretimento das calotas polares e a destruição de diversas espécies alimentícias. Com esse cenário, a expansão da oferta de bioenergia será fundamental para balancear a intensidade de CO2 que é lançada para a atmosfera. Nesse sentido, podemos destacar a bioeletricidade - cogeração de energia elétrica através da biomassa da cana, e a produção do etanol como elementos fundamentais para a redução da intensidade das emissões dos gases de efeito estufa. Tanto o etanol como a bioeletricidade começam a ser aceitos como importantes “redutores de CO2”. No período entre 2005 e 2008, nos Leilões de Energia Nova, Fontes Alternativas e Reserva, foram negociados 14.963 MW médios de energia, divididos entre as fontes hídricas, com 23,3%; térmicas (óleo combustível, óleo diesel, carvão mineral e gás natural), com 68,4%, e bioeletricidade, com 8,4%. Nota-se que a energia comercializada nesse período é predominantemente proveniente de térmicas convencionais. Como resultado desses leilões, a matriz elétrica nacional, que em maio de 2008 era composta por 87% de fontes renováveis, diminuirá para 80% de fontes renováveis em dezembro de 2017. A tabela Matriz Elétrica Brasileira, projetada pela EPE, ilustra a transição da matriz elétrica no período mencionado. Além do fato de essas térmicas emitirem um alto índice de gases de efeito estufa - GEE, também estão centralizadas, o que pode causar maior impacto no caso de
problemas em uma central térmica: maior investimento, maior custo de transmissão e dificuldades no licenciamento. Já a cogeração de energia tem como característica a geração distribuída: se uma central de cogeração atrasar, não vai causar grande impacto ao sistema, os investimentos são menores, tem maior facilidade para obtenção de conexão ao sistema elétrico e licenciamento ambiental. Como consequência do incremento das termoelétricas que utilizam óleo diesel e combustível para operar, a quantidade de emissão de CO2 dessas termoelétricas subirá de 15 milhões de toneladas por ano, em 2009, para 58 milhões de toneladas por ano, em 2015, conforme projeções da PSR Consultoria.
" Em um total de 1.120 projetos de MDL registrados no mundo, o Brasil ocupa a terceira posição, com 14%, atrás apenas da Índia com 31% e da China com 21%. No Brasil, o estado de São Paulo detém 21% de todos os projetos do país. " Carlos Roberto Silvestrin & Leonardo Caio Fº Vice-presidente e Engenheiro em Bioeletricidade da Cogen
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