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ethanol summit 2009
ucesso
Sustentabilidade é hoje palavra indispensável quando se formulam programas ou ações através dos quais se pretende acessar novos mercados, principalmente de países desenvolvidos e para os quais se exige competitividade inquestionável. O etanol do Brasil, produto de grande sucesso, hoje, é parte de um programa de governo, que envolve vários ministérios e organizações públicas, e que, por sua enorme importância estratégica, conta com a coordenação da Presidência da República e, muitas vezes, com a participação direta do próprio Presidente Lula. Evidentemente, a medida desse sucesso pode ser obtida mediante a utilização de inúmeros parâmetros, de forma que, neste momento, em que a lucratividade das empresas e dos produtores de cana apresenta-se bastante baixa ou até inexistente, esse sucesso pode até ser questionado. Mas, quando se pensa em construir o futuro em bases sólidas, buscando a sustentabilidade em termos sociais, ambientais e econômicos, procurando o acesso a mercados, aproveitando-se das chamadas “externalidades” do produto, a lucratividade atual passa a ser um “detalhe”. Detalhe importante, é verdade, mas que deve ser contraposto às perspectivas futuras da atividade, na certeza de que as dificuldades hoje existentes serão vencidas pelo trabalho incansável de todos que se dedicam a esse programa. O Ethanol Summit retratou bem esse ambiente de otimismo, mesmo diante das dificuldades,
" O sucesso não é apenas uma constatação,
um desejo continuado. Deve ser também um compromisso de todos, a justificar esse notável esforço da sociedade brasileira, que certamente a distinguirá no futuro ainda mais que já o faz hoje. " Manoel Vicente Fernandes Bertone Secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura
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Opiniões
que todos consideramos temporárias. E até mesmo em razão dessas dificuldades, fizemos questão de enfocar a importância de se obter as indispensáveis sustentabilidades sociais e ambientais, de modo a continuarmos a merecer também a, muito necessária e pouco mencionada, sustentabilidade política. Talvez, hoje, pouco mencionada por a termos de modo claro e explícito. Apoio governamental só se requer quando nos falta, e o Governo do Presidente Lula não tem se omitido no desenvolvimento do Programa de Agroenergia, que se tornou, inclusive, parâmetro para ações junto a países em desenvolvimento em regiões propícias à produção de cana-de-açúcar. O ETANOL, assim escrito com letras maiúsculas, não por acaso, tornou-se instrumento de relações internacionais, na certeza de que, para alcançarmos novos mercados, exigem-se mais parceiros na produção e a demonstração de que esse produto pode ser fator de desenvolvimento, geração de renda e emprego em regiões hoje carentes nesses aspectos. O investidor, os empresários e os agricultores acreditaram e continuam acreditando no futuro da energia gerada a partir da cana-de-açúcar. Mais ainda, acreditam nos negócios a partir da cana, fonte de biomassa que se mostra com um enorme potencial econômico, seja através do etanol combustível de primeira geração, seja através do açúcar, do etanol para a indústria química, dos biopolímeros, do uso de etanol nos motores de ciclo Diesel, da cogeração de energia pela utilização do bagaço da cana, do etanol de segunda geração ou ainda do diesel obtido do caldo da cana. Esse fantástico potencial da cana, já tão bem explorado com tão pequena utilização das produtivas terras brasileiras, gerará cada dia mais riqueza e proporcionará enormes ganhos ambientais ao país, principal-