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produtores de florestas
Opiniões
a evolução do bem A tecnologia sempre foi e sempre será a base, a busca, o porto seguro, a meta a ser alcançada e principalmente a esperança! Geralmente, em situações de crise como a que vivemos hoje, ou quando verificamos situações que, em curto prazo, podem ser problemas, o “gatilho” é acionado, e a corrida começa. Em média, 70% dos projetos de inovação que tiveram sucesso, ou seja, geraram efetivamente novos produtos e processos disruptivos, ou com grande valor agregado, exigiram o uso de tecnologia. Esses projetos não foram resultantes de boas ideias, mesmo que fossem, mas sim pela necessidade iminente de solução de problemas, quer fossem na área de produção, segurança, meio ambiente, saúde humana e animal. A tecnologia e o homem, nesse contexto, não são estanques e nem indissolúveis, portanto a tecnologia nunca vai substituir o homem; caberá sempre a ele conhecer e dominar o seu processo para que a tecnologia seja aplicada da melhor forma possível e, assim, capturar o máximo de oportunidades que ela possa oferecer.
a tecnologia nunca vai substituir o homem; caberá sempre a ele conhecer e dominar o seu processo para que a tecnologia seja aplicada da melhor forma possível e, assim, capturar o máximo de oportunidades que ela possa oferecer. "
Roosevelt de Paula Almado
Gerente de Desenvolvimento e Tecnologia da ArcelorMittal BioFlorestas
A ocorrência da Covid-19 vem propiciando uma aceleração com avanços muito rápidos em termos de inovação na área biológica, e os resultados obtidos estão sendo potencializados devido ao fato de estarem sendo usadas ferramentas tecnológicas avançadas, como a computação gráfica, IoT (Internet of Things), realidade aumentada, inteligência artificial, dentre outras.
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O termo "biorrevolução" vem sendo usado justamente para caracterizar essa união de inovação alavancada por essas ferramentas avançadas. O setor florestal teve um dos seus momentos-auge, nesse aspecto, quando o sequenciamento do genoma do eucalipto, iniciado em 2008, mas utilizando informações geradas a partir de 2002, analisou o genoma de 640 milhões de pares de bases, gerando a decodificação da sequência completa do seu genoma, a qual resultou na identificação de todos os 36 mil genes da árvore, quase o dobro dos genes encontrados no genoma humano. A árvore, batizada BRASUZ1, e considerada o "genoma de referência", foi da espécie Eucalyptus grandis e desenvolvida pelo programa de melhoramento genético da empresa Suzano. Sua seleção, na época, foi por possuir propriedades genéticas únicas, que facilitariam o trabalho de bioinformática na montagem e interpretação do genoma. O genoma decodificado, dentro de outras funcionalidades, está sendo utilizado em estudos para potencializar a produtividade e a sustentabilidade das florestas plantadas frente às mudanças climáticas. Para entendermos o poder do avanço nas técnicas de sequenciamento e a evolução da bioinformática, basta mencionar que o genoma completo