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Globeleq assume ”Solar Mocuba”
Empresa britânica Globeleq, uma das maiores produtoras independentes de electricidade em África, anunciou, há dias, a aquisição de uma participação maioritária na Central Solar de Mocuba (CESOM), na província da Zambézia, que passará a gerir.
De acordo com informação divulgada pela empresa, a que o “notícias” revê acesso, e citamos, a empresa detida em 70% pela British International Investment e 30% pela Norfund, adquiriu 52,5% da participação social na CESOM, com capacidade de 41 MegaWatts (MW), à Scatec ASA’S.
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“Em paralelo, a Globeleq adquire também 22,5% da participação social da KLP Norfund na CESOM “, acrescenta a informação.
A Central Solar de Mocuba está localizada na província da Zambézia, a cerca de 13 quilómetros da cidade de Mocuba, numa área de 126 hectares.
O projecto atingiu o fecho financeiro em Março de 2018 e entrou em comissionamento em Agosto do ano seguinte, fornecendo electricidade à rede pública ao abrigo de um contrato de compra de energia com a duração de 25 anos, com o contributo de parceiros de financiamento como o International Finance Corporation (IFC) e o Emerging Africa Infrastructure Fund (EAIF).
Para a Globeleq, esta aquisição “expandirá significativamente a presença operacional” em Maçambique, onde “já iniciou o comissionamento” da Central Eléctrica de Tetereane (Cuamba) com a capacidade de 19 MW, “o primeiro projecto solar com um sistema integrado de bateria à escala de rede no país”, na província de Niassa, e a construção da Central de ciclo combinado a gás de 450 MW em Temane, na província de Inhambane.
“Estou extremamente satisfeito pelo facto da Globeleq continuar a construir a sua presença em Moçambique, através da compra da Central Solar de Mocuba. Esta aquisição, juntamente com os nossos outros investimentos significativos, demonstra o nosso compromisso com Moçambique bem como com a expansão do nosso portfólio de energias renováveis em África”, comentou Mike Scholey, director executivo da energética.
A Globeleq, que se assume como o “principal desenvolvedor, proprietário e operador de produção de electricidade em África”, está também a liderar o desenvolvimento de um projecto eólico de 120 MW em Namaacha, na província de Maputo.
Após a conclusão destas transacções, sobre as quais não foram avançadas informações sobre valores envolvidos, a Globeleq passará a assumir uma participação social total de 75% da CESOM, sendo “proprietária maioritária e gestora da mesma”, enquanto a Electricidade de Moçambique (EDM) continuará detentora dos restantes 25%.
Segundo a Globeleq, a transacção da CESOM está ainda sujeita à aprovação regulatória e dos credores do projecto, e deverá ser concluída até ao final de 2023.
Após a conclusão do negócio e do comissionamento de Cuamba, o portfólio solar da Globeleq em África “estará perto de 400 MW, distribuídos entre a África do Sul, Egipto, Quénia e Moçambique”.
Desde 2002, a Globeleq tem construído um portfólio diversificado de centrais independentes, gerando mais de 1.500 MW em 14 localizações de seis países, com mais de 722 MW em construção e mais de 2.000 MW em projectos de energia em desenvolvimento.
