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ENH voltou aos resultados positivos em 2022, registou MT
461.959.352
Dados do relatório e contas da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, o braço comercial do Estado no sector de petróleo e gás, indicam que no exercício económico findo à 31 de Dezembro de 2022, a empresa registou um resultado liquido positivo de MT 461.959.352 (quatrocentos e sessenta e um milhões, novecentos e cinquenta e nove mil, e trezentos e cinquenta e dois meticais) contra o resultado negativo de MT 153.137.730 (cento e cinquenta e três milhões, cento e trinta e sete mil, setecentos e trinta meticais) em idêntico período de 2021.
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A ENH refere que contribuiu em grande medida para o resultado apresentado, o aumento considerável das receitas e vendas de gás natural resultante da actividade principal da empresa, “fruto do esforço empreendido pela equipa de gestão da ENH, para o aumento significativo das vendas de gás natural no mercado nacional e regional, aliado a subida dos preços do petróleo ao nível internacional”.
Segundo o Relatório e Contas 2022 da ENH, também contribuiu para o resultado a contenção dos custos operacionais da empresa, ou seja, diz a empresa, consequência das “medidas adoptadas, para a redução de despesas e o aumento dos resultados financeiros, tendo em vista a optimização das aplicações financeiras de curto prazo das disponibilidades financeiras da ENH”
A ENH diz ainda que verificou-se, no período em referência, “um aumento do rácio de liquidez, não obstante uma ligeira deterioração dos rácios de solvabilidade e endividamento da empresa.”
Numa outra perspectiva, a empresa refere que a sua participação nos projectos da Bacia do Rovuma continuou a impactar negativamente nas contas da empresa. Dai que estejam em curso acções para o refinanciamento da participação da ENH nesses projectos, bem como o isolamento das contas destes projectos nas respectivas afiliadas da ENH (Entidades de Objecto Especifico).
Em relação aos impostos, a empresa revela que, em 2022, procedeu com a liquidação do valor total de MT 414,054,742.62 (quatrocentos e catorze milhões, cinquenta e quatro mil e setecentos quarenta e dois meticais e sessenta e dois centavos) dos quais IRPC no valor de MT 15,648,524.98 (quinze milhões, seiscentos e quarenta e oito mil, quinhentos e vinte quatro meticais. e noventa e oito centavos).
• Taxas de Juro no retalho aumentou para 23.70%, em Março de 2023;
• Metical manteve-se estável face ao Dólar e ao Euro, tendo apreciado em relação ao Rand (5.4%). De Dezembro a Fevereiro de 2023, o crédito à economia incrementou em 2,262 milhões de meticais (5.90%), resultante do aumento da componente em moeda nacional em 1,204 milhões de meticais e do denominado em moeda estrangeira, em 1,059 milhões de meticais. As entidades institucionais cujo endividamento bancário registou um incremento notório, no período em análise, foram as empresas privadas e particulares. Em termos anuais, o crédito à economia expandiu em 15,927 milhões de meticais (5.90%), em linha com as projecções para 2023, justificada pela retoma gradual da actividade económica, após o levantamento das restrições impostas no âmbito da Covid 19, conforme revela o Balanco do Plano Economico e Social e Orçamento de Estado (PESOE) referente ao I Trimestre de 2023 2023, recentemente divulgados pelo Governo.

O balanco do PESOE 2023, I trimestre, analisa o crédito por sectores de actividade e mostra que, de Dezembro a Fevereiro de 2023, o saldo do crédito de parte dos sectores de actividade económica incrementou, com realce para os particulares (12,490 milhões de meticais), habitação (2,163 milhões de meticais) e indústria transformadora (882 milhões de meticais). O crédito dos restantes sectores reduziu, reflectindo os reembolsos efectuados, com destaque para a os sectores de transportes e comunicações e comércio, conforme o gráfico a seguir.
No mercado a retalho, a taxa de juro média ponderada de novos empréstimos aumentou para 23.70%, em Março de 2023, após de 22.05% em Dezembro de 2022, em linha com a evolução da Prime Rate. Por seu turno, a taxa de juro média de depósitos a prazo incrementou para 12.33%, após 10.91% em Dezembro de 2022.
No I trimestre de 2023, diz o balanco do PESOE, o Metical manteve-se estável face ao Dólar e ao Euro, tendo apreciado em relação ao Rand (5.4%). Com efeito, a 31 de Março, a cotação do Metical face ao Dólar e ao Euro foi de 63.94 MZN/USD e 68.25 MZN/ Euro, respectivamente, enquanto o Rand ficou cotado em 4.15 meticais. Refira-se ainda que a estabilidade do Metical face ao Dólar no período em referência, reflectiu, essencialmente, a fluidez de divisas no mercado cambial nacional, num contexto de taxas de juro reais positivas.
Em termos de média anual, os câmbios observados foram de 63.88 MZN/USD para o USD, 66.57 MZN/ EUR para o EURO e 3.78 MZN/ZAR para o Rand.
Sobre a inflação o balanco do PESOE faz saber que o País registou em Março de 2023, uma inflação média de 11.08%, de uma previsão anual de 11.5% para o ano de 2023, contra 6.72% registada em igual período de 2022.
O Moza Banco, através do seu colectivo de voluntários, membros do Clube Moza, juntou, no último Sábado, 07/08, pouco mais de uma centena de colaboradores, amigos e parceiros, para combater a erosão que flagela a Ilha de Xefina, no distrito municipal de Kamavota, em Maputo. O grupo, plantou mais de duas centenas de árvores na zona costeira de Xefina, onde visivelmente os efeitos das mudanças climáticas devastam a vegetação local.
Para além de plantar árvores, os voluntários doaram roupas e alimentos não perecíveis aos 45 moradores da Ilha que vivem em condições precárias, naquele isolado pedaço de terra, cuja erosão tenta tomar aos poucos.

De acordo com os moradores de Xefina, os bens doados respondem a algumas necessidades desta comunidade que “não tem escolas, hospitais, água canalizada e outros serviços essenciais”, lamentam.
Com a iniciativa, denominada “Vamos Plantar Arvores”, o Banco pretende minimizar o desgaste dos solos causado pela elevação do nível das águas que afecta mais de 60 por cento das regiões costeiras moçambicanas, de acordo com dados oficiais. O projecto, que abrange o país todo, deverá possibilitar o plantio de centenas de mudas de mangais e outras plantas que garantam resistência aos solos fustigados pela erosão.
De acordo com o ambientalista Rui Silva, a atitude dos voluntários do Banco enquadra-se nos esforços globais de combate aos efeitos das mudanças climáticas que colocam em risco a sobrevivência de toda a humanidade.
“Os efeitos das mudanças climáticas são uma preocupação global. Como pudemos testemunhar aqui, há casas que antes estavam em terra firme e que eram habitadas no passado, mas agora estão no mar. nós, enquanto país, somos muito vulneráveis ao aumento das águas dos oceanos, então é preciso cada vez mais consciência colectiva para minimizar estas situações, particularmente no que toca a erosão”. Reforçou o ambientalista.

Para o Presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Manuel Soares, o Projeto “Vamos Plantar Árvores” assume-se como uma iniciativa que vai criar barreiras naturais que ajudarão a preservar a vegetação costeira, contribuindo para a reafirmação da biodiversidade local e garantia de um ambiente saudável para as futuras gerações.
“Ao Fazermos Acontecer o Projecto “Vamos Plantar Árvores”, plantamos não apenas mudas de árvores, mas também sementes de esperança para um futuro melhor. Estamos unidos em nosso propósito de preservar o meio ambiente e garantir a protecção da nossa preciosa biodiversidade”, sublinhou, Manuel Soares.
A implementação desta iniciativa foi possível com o apoio do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, do clube Marítimo, Polícia da República de Moçambique (PRM) e das lideranças de Xefina que se predispuseram a receber e acarinhar a equipa de voluntários.
Segundo o Moza com mais este projecto, o banco faz acontecer através de acções concretas que demonstram o seu compromisso com a responsabilidade social e a preservação ambiental.
“O Banco acredita que só com a união de esforços e trabalho conjunto é que se pode garantir um futuro sustentável para todos”.
Preços mundiais de alimentos subiram em Julho
Descida dos preços internacionais do milho e do açúcar compensou parcialmente os aumentos significativos do trigo e dos óleos vegetais;
Os preços mundiais dos produtos alimentares subiram em Julho, influenciados pelo fim da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro e por novas restrições comerciais ao arroz, informa Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO);
Índice de Preços dos Cereais da FAO desceu 0,5 por cento.
O Índice de Preços dos Alimentos da FAO, publicado a 04/08, que acompanha as mudanças mensais nos preços internacionais de produtos alimentares comercializados globalmente, atingiu uma média de 123,9 pontos em Julho, um aumento de 1,3 por cento em relação ao mês anterior, enquanto 11,8 por cento abaixo do nível de Julho de 2022.
De acordo com o estudo da FAO, o aumento foi impulsionado por um salto acentuado no Índice de Preços de Óleos Vegetais, que subiu 12,1 por cento em relação a Junho, após sete meses de quedas consecutivas. Os preços internacionais do óleo de girassol recuperaram mais de 15 por cento no mês, principalmente devido a novas incertezas em torno dos fornecimentos exportáveis após a decisão da Federação Russa de terminar a implementação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro. Os preços mundiais dos óleos de palma, soja e colza aumentaram devido às preocupações com as perspectivas de produção nos principais países produtores.

O Índice de Preços dos Cereais da FAO desceu 0,5 por cento em relação a Junho, devido a uma queda de 4,8 por cento nas cotações internacionais dos cereais grosseiros, em consequência do aumento da oferta sazonal de milho resultante das colheitas em curso na Argentina e no Brasil e de uma produção potencialmente superior à prevista nos Estados Unidos da América. No entanto, os preços internacionais do trigo subiram 1,6 por cento, o primeiro aumento mensal em nove meses, devido à incerteza sobre as exportações da Ucrânia, bem como à continuação das condições de seca na América do Norte.

O Índice de Preços do Arroz da FAO aumentou 2,8 por cento no mês e 19,7 por cento no ano, atingindo o seu nível nominal mais elevado desde Setembro de 2011, uma vez que a proibição das exportações de arroz não parboilizado decretada pela Índia, a 20 de Julho fomentou as expectativas de maiores vendas noutras origens, amplificando a pressão ascendente já exercida sobre os preços por uma oferta sazonalmente mais restrita e pelas compras asiáticas. Esta pressão no sentido da subida dos preços do arroz “suscita preocupações substanciais em termos de segurança alimentar para uma grande faixa da população mundial, especialmente para os mais pobres e que dedicam uma parte maior dos seus rendimentos à compra de alimentos”, alertou a FAO, acrescentando que as restrições à exportação podem ter consequências adversas para a produção, o consumo e os preços que perduram para além da duração da sua aplicação e correm o risco de exacerbar a elevada inflação interna dos alimentos em muitos países.
O Índice de Preços do Açúcar da FAO caiu 3,9%, uma vez que o bom andamento da colheita de cana-de-açúcar no Brasil e a melhoria das chuvas na maioria das áreas de cultivo na Índia pesaram sobre as cotações mundiais, assim como a demanda moderada da Indonésia e da China, os maiores importadores mundiais de açúcar. As preocupações persistentes sobre o potencial impacto do fenómeno El Niño nas culturas de cana-de-açúcar, juntamente com os preços internacionais mais elevados do petróleo bruto, atenuaram o declínio.
O Índice de Preços dos Lacticínios da FAO diminuiu 0,4 por cento em Julho, situando-se 20,6 por cento abaixo do seu valor de Julho de 2022. Os preços mundiais do queijo recuperaram ligeiramente após fortes quedas recentes, uma vez que o tempo quente afectou a diminuição sazonal da oferta de leite na Europa.
O Índice de Preços da Carne da FAO diminuiu 0,3 por cento em relação a Junho. As cotações da carne de bovino, ovino e aves de capoeira diminuíram devido à sólida disponibilidade de oferta e, em alguns casos, à menor procura por parte dos principais importadores. Em contrapartida, os preços da carne de suíno subiram, reflectindo a elevada procura sazonal, associada a uma oferta reduzida por parte da Europa Ocidental e dos Estados Unidos da América.