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Nedbank Moçambique apresentou no I semestre do presente ano um resultado líquido de 402 milhões de meticais, o que representa um crescimento 19% comparado ao período homólogo de 2022, que foi de 338 milhões de meticais, importa ainda referir que este lucro do I semestre de 2023 representa o triplo do período homólogo de 2021, o que significa que o Nedbank Moçambique continua em franco crescimento a partir de uma base já bastante sólida de resultados.
Joel Rodrigues CEO do Nedbank Moçambique explicou as razões deste crescimento no resultado líquido do I semestre deste ano, começando por dizer que o produto bancário atingiu um novo marco histórico com o valor de 1,7 mil milhões de meticais de receitas, e uma dinâmica positiva tanto da margem financeira, como também das comissões bancárias e trading da sala de mercados.
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Relativamente ao balanço do banco, o Nedbank Moçambique anunciou que registou um crescimento na base de depósitos de cerca de 14% face ao período homólogo de 2022, número este, que o banco caracteriza como sendo uma margem de evolução bastante sólida, ao mesmo tempo que protege a carteira de crédito para níveis bastante estáveis e saudáveis.
Joel Rodrigues, disse que a carteira de crédito é bastante saudável e é corolário dos níveis óptimos de Non Performance Loan (NPL), ou seja, crédito em incumprimento, que encontram-se muito favoráveis comparado com a média do sector bancário em Moçambique, e um rácio de cobertura superior a 5%.
Estes indiciadores, segundo o CEO do Nedbank Moçambique vêm transparecer que o banco está com um dos balanços mais sólidos do mercado.
No mesmo caminho, Joel Rodrigues deu a conhecer que não obstante do Comité de Política Monetária de Moçambique (CPMO) ter decidido aumentar os coeficientes de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda nacional de 10,5% para 28,0%, e em moeda estrangeira de 11,5% para 28,5%, a base de liquidez do banco continua muito confortável, o que incentiva ainda mais o Nedbank Moçambique a se orientar para uma postura de cedência e pouco tomador de liqui- dez, postura esta que deixou bem claro que pretende manter. No que concerne aos rácios de capital, o CEO disse que o banco apresentou uma base de capital muito forte, com o rácio de solvabilidade em cerca de 18,3%, muito acima dos 12% exigidos pelo regulador.
Alicerçado na génese orientada para o sector empresarial, tendo os segmentos de transportes e logística como sendo os que mais absorvem os financiamentos do Nedbank Moçambique, o banco deu a conhecer que conta actualmente com uma rede cerca de 40.000 clientes, e uma carteira de crédito em franco crescimento com cerca de 12,5 mil milhões de meticais, números estes que despertam um elevado interesse em abertura de linhas de crédito a funcionários públicos que actualmente ainda é imaterial segundo considerou Joel Rodrigues, ou seja, abaixo de 5% do total da carteira do crédito.
Paralelamente aos outros bancos que já apresentaram publicamente a sua decisão de financiamento ou não ao sector energético, o Nedbank Moçambique deixou de forma incisiva a sua posição quanto ao financiamento ao sector e disse que pretende suportar a todo tipo de iniciativas que promovam a implementação de energias renováveis e não só, porque também pretende ser um player muito activo nas energias fósseis, o que representam uma grande parte do PIB nacional nomeadamente de carvão e outros recursos energéticos. E acrescentou que enquanto banco, a nível de grupo o Nedbank esta posicionado nos projectos da Bacia do Rovuma, a nível de financiamento, e tem interesse também em fazer um trabalho que permita estar envolvido com o tecido empresarial moçambicano que tem que se capacitar para servir os projectos junto dos grandes players, disse Joel Rodrigues.
