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CANHU, OU UKANYI, A BEBIDA DA NOSSA TRADIÇÃO

As comunidades da zona sul de Moçambique comemoram em cada ano a época de ukanyi, uma bebida tradicional produzida a partir da fermentação do suco do fruto do canhoeiro, mais conhecido por canhu. Neste ano, o lançamento decorreu no dia 14 de Janeiro, em Marracuene, marcando o início das celebrações dos 128 anos Gwaza Muthini. Nesta época do ano, assiste-se, diariamente e, em especial, aos fim-de-semana, uma procissão de pessoas das zonas suburbanas, sobretudo nalguns distritos das províncias de Maputo e Gaza, onde a agenda é o consumo de ukanyi, uma bebida bastante apreciada, sobretudo, pelo seu valor social.

Ukanyi é um tipo de bebida tradicional de baixo teor alcoólico bastante apreciado, não somente pelo valor sócio-cultural que encerram as sessões de consumo, mas também pela sua conotação afrodisíaca. Ao longo de gerações, o ukanyi tem sido objecto de muitos debates em relação à sua conotação afrodisíaca. Algumas pessoas se esforçam em consumi-lo, supostamente para o aumento da sua virilidade.

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As conotações afrodisíacas são do domínio de crenças, essas propriedades têm sido atribuídas somente a uma parte de ukanyi, nomeadamente o hongwe, que é a parte densa da bebida que fica no fundo do recipiente.

A Festa da Família

Nos tempos idos, a frutificação – fabrico e posterior consumo de ukanyi – marcava a transição do ano no seio das comunidades. Uma outra importância associada ao ukanyi está relacionada, por um lado, com o fortalecimento das relações sociais e, por outro, com a criação de novos laços de solidariedade. É durante a época de ukanyi que se registam com maior frequência visitas entre indivíduos pertencentes a uma mesma família, incluindo membros de diferentes comunidades.

O ritual de ukanyi cria e fortifica as redes de solidariedade entre habitantes de diferentes ecossistemas, o que, por sua vez, revela-se importante na resposta às crises provocadas por calamidades naturais, no âmbito da segurança alimentar ou ruptura de reservas de sementes para a agricultura.

Para as comunidades do sul de Moçambique, o fabrico de ukanyi tornou-se numa das actividades que acompanham alguns momentos da sua vida. Com efeito, o ukanyi é indispensável nos eventos sócio-culturais, quer no seio da família, quer das comunidades.

Rituais associados

Nas celebrações relacionadas com ukanyi, o seu consumo segue algumas regras costumeiras, nomeadamente três rituais fundamentais (kuphahla ukanyi, xikuwha e kuhayeka mindzeko), ou seja, as fases de abertura, festa e encerramento, respectivamente.

Estes rituais condicionam, na visão comunitária, o sucesso de toda a época de ukanyi, pois, supõe-se que esta bebida também alimenta os antepassados. Todas as comunidades, independentemente do contexto social, realizam acções de modo a atingirem certa finalidade, seja política, económica ou cultural. Grosso modo, os ritos praticados testemunham a grande necessidade que o Homem tem de estar em harmonia com o cosmos. É neste contexto que o consumo de algumas bebidas tradicionais no seio das comunidades toma em consideração uma conjugação de factores sócio-culturais inerentes a cada grupo social. O ukanyi não é excepção. O seu consumo observa alguns rituais e mitos transmitidos de geração em geração, na base da oralidade.

Tal acontece até hoje, o consumo liberalizado de ukanyi é antecedido por um ritual de abertura, conduzido por líderes -

Os maiores produtores de vinho do mundo são, em sua maioria, do continente europeu. Os países pertencentes ao Velho Continente têm enraizado em sua cultura o hábito mais recorrente de beber vinho, o que reflecte também em seu nível de produção.

Itália

O maior produtor de vinho do mundo é a Itália, posto que ostenta há alguns anos. Segundo dados da Unione Italiana Vini, o país, apenas em 2021, produziu mais de 49 milhões, tomando primeiro lugar com certa folga para o segundo.

Ainda em 2020, segundo levantamento feito pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho, o país havia produzido cerca de 50 milhões de hectolitros. A produção pode ter caído 1 milhão, porém, ainda assim, a primeira posição é garantida para o país da bota.

França

Entre os maiores produtores de vinho do mundo, o segundo lugar fica com a França, ainda segundo o levantamento da Unione Italiana Vini. O país da Torre Eiffel produziu mais de 46 milhões de hectolitros em 2021, quase chegando à marca de 47 milhões. A nação francesa já foi a maior produtora de vinho do mundo há pouco tempo atrás, porém, recentemente vem amargando a segunda posição. As regiões da França que mais se destacam na produção de vinho, actualmente, são Champagne e Bordeaux.

Espanha

Espanha é o terceiro colocado da lista de maiores produtores, segundo a Unione Italiana Vini. A nação espanhola produziu cerca de 46.493.000 hectolitros de vinho, ficando apenas 451.000 hectolitros atrás da França. A Espanha, aos poucos, começa a ameaçar o segundo lugar dos franceses, que ostentam esse posto há algum tempo.

Estados Unidos

O quarto lugar entre os maiores produtores de vinho do mundo pertence aos Estados Unidos, segundo o levantamento da Unione Italiana Vini. O país, primeiro da lista que não pertence ao continente europeu, está muito longe de alcançar o terceiro colocado. Isso porque a sua produção está em um pouco mais de 27 milhões de hectolitros, valor muito abaixo dos 46 milhões produzidos pela Espanha.

Austrália

Para fechar o top 5 dos maiores produtores de vinho do mundo, temos a Austrália, representando o continente da Oceania. A nação australiana, por mais que muitos não saibam, conta com uma produção gigantesca de vinho para o mundo. A Austrália, segundo dados da Unione Italiana Vini, produziu mais de 10 milhões de hectolitros em 2021. Por mais que o valor seja alto, deixa o país australiano longe dos EUA e mais distante ainda do resto dos países do ranking.

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