A INVESTIGAÇÃO AO SERVIÇO DA SAPIÊNCIA
PONTUALIDADES | ESTÁGIO À LUPA | POLITIPÉDIA | PERGUNTA & RESPOSTA | CALL FOR PAPERS | AGENDA REVIEW & PREVIEW
OPENARENA XII Newsletter do Observatório Político Setembro 2017 – Dezembro 2017
DireçãodoObservatórioPolítico CristinaMontalvãoSarmento SuzanoCosta PatríciaOliveira
Editorial:
CristinaMontalvãoSarmento
Colaboradores: DavidSeco
MartaRamos
SofiaGama
JoséAdelinoMaltez
Edição
PatríciaTomás SofiaGama
ComposiçãoeOrganização DavidSeco
MartaRamos
PatríciaOliveira
PatríciaTomás SofiaGama
Capa
Fotografia: JoshuaHibbert| Local: CapeNelsonLighthouse,Portland,Australia
Contactos
RuaAlmerindoLessa
PóloUniversitáriodoAltodaAjuda 1349-055LISBOA
Telf.(+351)213619430
geral@observatoriopolitico.pt www.observatoriopolitico.pt
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Conferência
2 3 Editorial
5 Pontualidades | Politipédia Repertório Português de Ciência Política 7 Estágio à Lupa PedroBaraona 12 Pergunta & Resposta DavidSeco,SofiaGama|JoséAdelinoMaltez 14
CristinaMontalvãoSarmento
Económica
caso português
20 Seminário sobre as relações entre
e a República da Coreia 26 Agenda | Review & Preview
“Partidos, Grupos de Interesse e Crise
” O
em perspetiva comparada
Portugal
EDITORIAL
Para encerrar o ano de 2017, o Observatório Político dedica a OPen Arena, 12ª Edição, à Politipédia. Esta enciclopédia digital de ciência política resulta do acervo documental e informativo coligido pelo Professor Doutor José Adelino Maltez sob a denominação de ResPublica. Doado em 2011 ao Observatório Político o acervo foi, nessa data, arrumado, redesenhado e organizado para ser disponibilizado ao público. Nesta fase, em que o processo de atualizaçãofoi alargadoaté 2021, relembramos as palavras de José AdelinoMaltez, nasecçãodeperguntas erespostas.Nestetextosãoesclarecidos os objetivos e as funções deste acervo documental que interessa a todos os politólogos.
De assinalar ainda, que o ano de 2017, ficou marcado pela edição em formato semestral da Revista Portuguesa de Ciência Política, tendo sido publicados os números 7 e 8, neste momento em distribuição. Novos procedimentos administrativos e éticos, impostos pelas regras de publicação nacionais e internacionais obrigaram a novas dinâmicas, assim com a parceria editorial com o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UniversidadedeLisboa.
A Politipédia e a Revista Portuguesa de Ciência Política, enquanto projetos de longo prazo da atividade do Observatório Político são, quanto a nós, o mais importante serviço que o Observatório Político presta à comunidade de académicos da área da
CiênciaPolítica.Atualizá-los,expô-lose divulgá-los fazem parte da obrigação do Observatório Político para com os seusmembros.
Esta OPen Arena, ao visar ser o circuito interno da circulação da informação, também regista, neste número, a atividade formativa representada pela realização dos estágios, aqui analisados pelo Pedro Baraona, no “Estágio à Lupa”. Não menos importante é a participação de membros, estagiários e investigadores do Observatório Político nas conferências e seminários da área científicadequenosocupamos,daqual sefazaquioregisto.
Finalmente, as imagens das capas da Revista Portuguesa de Ciência Política, números 7 e 8, falam por si quanto à criatividade e o arrojo sempre assumido. Finalmente a agenda é “revista” e “prevista”, numa metodologia de trabalho a que vamos estandohabituados.
A rotação de estágios coincide com o final do ano e despedimo-nos do David Seco, da Marta Ramos eda Sofia Gama. Deixam saudades e cumpriram com brio as funções que lhes foram confiadas, o que aqui publicamente se agradece.
Na expectativa que a aprendizagem fornecida pelos estágios do OP lhes possa ser útil no futuro, a eles e a todos os membros do OP desejamos um Feliz Natal e um ano de 2018 com êxitos pessoaiseprofissionais.
Fiquem connosco nesta OPen Arena.
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Professora Doutora Cristina Montalvão Sarmento Coordenadora do Observatório Político (ISCSP-ULisboa)
PONTUALIDADES
POLITIPÉDIA
Repertório Português de Ciência Política
A plataforma POLITIPÉDIA –Repertório Português de Ciência Política, outrora conhecido como ResPublica, é um projeto em construção do Observatório Político que procura construir um sistema generalizado sobre redes informativas na área da Ciência Política. Da autoria científica do Professor Doutor José Adelino Maltez, membro do Conselho ConsultivodoObservatórioPolítico,
que o doou ao Observatório em outubrode2011.
Enquanto base de dados e acervo documental, a POLITIPÉDIA constituiomaisexaustivoacervode informação compilado, abrangendo cercade8milentradasemaisde12 mil ficheiros. Uma autêntica cúpula enciclopédica de um repertório português de Ciência Política. Para além de ser uma plataforma em atualização permanente, sob a orientaçãocientífica do seu autor,o Observatório Político pretende desenvolver e atualizar o site e
colocaràdisposiçãodacomunidade científica,amaisimportantebasede dados construída na área dos EstudosPolíticosemPortugal.
Com cerca de duas centenas de chavesbibliográficassobretemasde Ciência Política e Relações Internacionais,umaimportantebase de dados das eleições em Portugal desde 1820, centenas de biografias da classe política portuguesa, uma vasta relação dos partidos e movimentospolíticosportuguesese um quadro global dos factos políticosmaisrelevantesdesde1800 atéaosnossosdias,aPOLITIPÉDIA constitui um valioso património científico.
Dada a sua relevância, o Observatório Político delineou um plano de ação estratégico que se desenvolveu a partir de 2011, e encontrando-se em permanente atualizaçãoaté2021.
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ESTÁGIO À LUPA
Pedro Baraona, Membro Associado do OP
O meu nome é Pedro Baraona e realizei umestágio noObservatório Político. Licenciei-me em Administração Pública pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e faço planos de avançarparaummestrado.
Sou da opinião de que as pessoas sãofeitasdasexperiênciasvividase das suas convicções, do seu dia a dia, hábitos, meios envolventes e ações. Há algo em nós que nos conduz a desejar e a planear percursos, produzindo na vida aquilo que projetamos na mente. Desde cedo optei por trabalhar, tendo tido o primeiro emprego aos 16 anos, num supermercado não muito longe de casa. Sempre gostei de trabalhar, de não ficar parado e de “ter os meus trocos”. Mas a verdadeéqueolequedeofertasde
empregoaquesetemacesso,semse deter uma licenciatura, não varia muito,easoportunidadesexistentes são consideravelmente abaixo das minhasexpectativas.
Pouco depois de me ter licenciado, surgiuapossibilidadedeestagiarno Observatório Político, oportunidade que vi de bom grado e não quis desperdiçar.
O programa de estágios do Observatório Político destina-se a jovens estudantes ou recémlicenciados, e confere uma oportunidade de experienciar um contexto de trabalho numa associação científica. Embora na altura em que me candidatei, estivesse consciente que nunca havia trabalhado num contexto laboral do género, considerei que esta poderia ser uma boa oportunidade para aprender, desenvolver outras competências e assumirdesafiosenriquecedores.
Seguramente, posso afirmar que o Observatório Político faz parte de ummomentodetransiçãonaminha vida.Alémdemeequiparcomuma nova bateria de conhecimentos profissionais, permitiu-me aperfeiçoar alguns aspetos académicosquegostariadetervisto mais desenvolvidos aquando da Licenciatura, munindo-me de
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instrumentos que poderei fazer uso nomestrado.Origornarevisãodas normas de estilo ou a tradução de alguns resumos de artigos com termos técnicos são exemplos flagrantes de aprendizagem a nível académico. Toda esta aprendizagem, aliada ao envolvimento diário com material científico, gerou uma fonte de conhecimento que me era totalmente desconhecida, o que se poderá revelar crucial nas minhas escolhas, bem como nas oportunidades que eventualmente surjamaolongodavida.
Tradicionalmente, o Observatório Político tem mostrado eficácia no momento chave que antecede e favorece uma entrada de sucesso dos estagiários no mercado de trabalho. Vislumbro, assim, e com grande expectativa, um futuro menos incerto e com mais e melhores oportunidades. Não só pela forma como o Observatório Político me complementou tanto a nível pessoal, académico e profissional, como pela possibilidade de desenvolver a minha criatividade e experiência na
superação de problemas. De todas asvivênciasquememoldam,desde ostrabalhosquetive,àconclusãoda LicenciaturaeoanodeErasmusem Dijon, passando pelas viagens de mochila às costas bem como o nascimento da minha primeira sobrinha ou qualquer outro momento edificante na minha vida, certamente que a experiência de estagiar no Observatório Político farápartedesteconjuntoespecialde acontecimentosquefazemdemimo quesou.
Aconselho vivamente a qualquer jovem estudante, ou recémlicenciado a candidatar-se ao programa de estágios académicos e curriculares do Observatório Político.
Por fim, gostaria de deixar um agradecimento público e uma palavra de reconhecimento ao ObservatórioPolíticopeloapoioque dá aos jovens, de forma a adquirirem uma primeira experiência profissional, para melhor singrarem no mercado de trabalho, bem como pela oportunidadequemefoiconcedida.
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ESTÁGIOS DO OBSERVATÓRIO POLÍTICO
OObservatórioPolíticovaijáparaa VIIediçãodoprogramadeestágios académicosecurriculares,destinado a proporcionar aos jovens estudantes e recém-licenciados uma experiência de desenvolvimento de funções em contexto de trabalho numaassociaçãocientífica.
O programa de estágios do Observatório Político permite uma maiseficaztransiçãodasinstituições académicas para o mercado de trabalho, contando com uma elevadataxadesucessonainserção dos seus estagiários no contexto profissional.
Os pedidos de estágio devem ter correspondência com as áreas de intervençãodoObservatórioPolítico e situar-se em proposta de desenvolvimento de tarefas em Estudos Políticos, Relações Internacionais, Comunicação e Imagem,SecretariadoeInformática, entre outras. Tendo a duração máximadetrêsmeses.
Paramaisinformaçõesvisteonosso site, www.observatoriopolitico.pt, ou contacte-nos por email: estagios@observatoriopolitico.pt.
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Candidaturasselecionadas1ªFasedoVIIProgramadeEstágios
Imagem 1 (da esquerda para a direita): Sofia Gama | David Seco | Marta Ramos
PERGUNTA & RESPOSTA
O Observatório Político PERGUNTA
Professor Doutor José Adelino Maltez
ProfessorCatedráticodaUniversidadedeLisboa
InvestigadorDoutoradoeMembrodoConselhoCientíficodoOP
RESPONDE sobre o projeto POLITIPÉDIA
O.P. A plataforma POLITIPÉDIA constituiomaisexaustivoacervode informação compilado, abrangendo cerca de 8 mil entradas na área da Ciência Política, mais de 12 mil ficheiros. Qual foia motivaçãoque esteve na base da construção da base de dados, inicialmente denominadade ResPublica?
J.A.M. Naviragemdoséculo,havia a necessidade de criar uma recolha de materiais que marcavam a receção da Ciência Política que então se consolidava. Daí o projeto deinventárioquaseenciclopedista.
O.P. Na sua opinião, qual a relevância deste acervo (de informação) para a comunidade científica?
J.A.M. Temosdeterahumildadede recolher o que andava disperso e senti essa necessidade de criar uma base de introdução à Ciência Política,sobretudonaáreadeTeoria Política.
O.P. OprojetoPOLITIPÉDIApossui cerca de duas centenas de chaves bibliográficas sobre temas de Ciência Política e Relações Internacionais, constituindo um valioso património científico. Como équesedesenvolveuesteprocesso minucioso de recolha de informação?
J.A.M. Apartirdosmeusconcursos públicos para professor associado e para catedrático bem como nas provasdeagregação,meratentativa demostraratodosabasedaminha aprendizagemnaárea.
O.P. O Professor doou a base de dadosda ResPublica aoObservatório Político, em outubro de 2011. O Observatório Político desenhou um importante plano de ação estratégico com vista à atualização da POLITIPÉDIA até 2021. O que sente ao ver o prolongamento do seu legado científico através de umanovageraçãoacadémica?
J.A.M. Um trabalho de academia não é do eu, é do nós. E assim nós
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tentámos pluralizar, embora tudo sejadatal.
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Encontra-se aberto o Call for Papers para a Revista Portuguesa de Ciência Política 10 e 11 | 2018, até 31 de janeiro de 2018.
CONFERÊNCIA “PARTIDOS, GRUPOS DE INTERESSE E CRISE ECONÓMICA: O CASO
PORTUGUÊS
EM
PERSPETIVA COMPARADA”
PorDavidSeco,MartaRamos,SofiaGama,MembrosAssociadosdoOP 3denovembrode2017
FCSH/NOVA
No dia 3 de novembro, representantes do Observatório Político marcaram presença na conferência “Partidos, Grupos de Interesse e Crise Económica: o caso português em perspetiva comparada” na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa. A conferência, organizada pelo Professor Doutor Marco Lisi da FCSH/NOVA, realizou-se no âmbito do projeto financiado pela FCT “Da Representação à legitimação: Partidos e Grupos de InteressesnaEuropadoSul”,sendo o seu objetivo primordial analisar a relação entre partidos e grupos de interesseemPortugalea influência da crise económica nas suas interações. A conferência foi
mesa-redonda, contando com a presença de vários oradores, sendo cada painel destinado à apresentação de papers divididos portemática.
No primeiro painel do evento, referente às “Instituições, Igreja e gruposdeinteresse”,a apresentação inicial ficou a cargo de Luís de Sousa e Susana Coroado, ambos do ICS-UL. O tema focava-se em particular na regulação dos grupos de interesse no seu todo, em Portugal. Os oradores referiram então que na sua pesquisa a mediçãodainfluêncianãotemdese limitar à manifestamente direta, podendo-se exprimir através da comunhão de objetivos ou de interesses, desde que mobilizados de forma a influenciar a agenda política. Afirmaram ainda que o poder de influência em Portugal se podecaracterizarporserdispersoe com uma diversidade de interesses, elucidando acerca dos modelos explicativos constituintes do paradigma sobre a investigação de gruposdeinteresse,referindoqueo casoportuguêsdemonstrasinaisde aumento em termos de elementos
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dividida em três painéis e uma
pluralistas, de tradição anglosaxónica em que o Estado assume umpapelmaisneutronosistemade representaçãodeinteresses.Nocaso da exposição de Teresa Clímaco Leitão (CEI-UCP) esta focou-se no estudo da Igreja Católica enquanto grupo com interesses na esfera institucional nos contratos de associação às escolas, numa perspetiva comparada, concluindo que enquanto em 2011 a mobilização da Igreja Católica foi quase imediata contra as alterações legislativas da altura, no passado ano por sua vez não houve tanto espaço para negociar, procurando antes o diálogo direto e relações privilegiadas, por meio da tradição de mobilização pontual, mas sem alianças com um só partido. A últimaapresentaçãodopainelficou acargodeTiagoTibúrcio,cujotema sereferiuaosistemadepetiçõesdo parlamento português nomeadamente às feitas em nome coletivo. O autor passou então a explicar a relevância do estudo deste tipo de petições, por um lado devido à representação de grupos organizados na sociedade civil que constituiriam o coletivo ao qual estas petições se referem, e por outro lado por as considerar um veículo para a participação dos cidadãos e entidades coletivas, ou seja da sociedade civil, mas que apesar de tudo têm vindo a diminuir.
No espaço aberto a debate foram levantadas questões como o espaço e peso da opinião pública de forma transversal a todos os trabalhos, sendo questionada também a correlaçãopositivaentrepluralismo de representação, aumento da prática de lobby e aumento da regulaçãodomesmo.
No segundo painel, moderado pelo Professor Doutor Rui Branco, tomaram parte três novas apresentações, estas relativas a “Os sindicatos no contexto da crise”. TomouentãoapalavraAngieGago (FCSH e IPRI-NOVA), que referindo-se aos constrangimentos impostos pela União Europeia relativamente às reformas estruturais da época da crise, conclui que a legitimidade externa não é suficiente para criar um consensonacional,quesóépassível desercriadoatravésdaconcertação social, através dos sindicatos. Para reforçar o seu argumento fez uma análise comparada entre o caso português em que existiu concertação e o de Itália, em que foram incapazes de criar consenso doméstico. Por outro lado, Alan
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Stoleroff (ISCTE-IUL) explanou em particular os desenvolvimentos na estratégia dos sindicatos durante a criseenoperíodopós-crise,olhando para o caso português. Assim, começouporclarificaroconceitode relaçõessindicais,influenciadaspela ideologia e as suas estratégias, ou seja, o grau no qual a regulação do trabalho é determinada pela legislação política. Abordou também o contexto da crise, póscriseesuasimplicaçõesaoníveldos sindicatos e das diferentes abordagens tomadas pela CGTP e UGT. A última exposição, feita por Raquel Rego (ICS-UL) tinha como tema o tratamento dos programas de ação da CGTP e da CIP no contexto de crise. Através de uma análise discursiva de ambos os parceirossociais,aautoradiscutiua natureza política dos parceiros sociais e do desgaste desta relação tendencialmente intrínseca. Foram igualmentediscutidostemascomoo condicionamento do FMI e a sua implicação para a perceção dos parceiros sociais perante o mesmo, nocontextoemestudo.
Uma vez mais houve espaço para debate, que se concentrou em questões metodológicas como a análise discursiva e sobre a importância de fatores como as novas estratégias de ação coletiva (comoosmovimentossociais)nesta relaçãoentreaesferainstitucionale ossindicatos.
O painel 3 tinha como assunto principal “O papel dos grupos económicos e profissionais no sistema político português”. O primeiro paper apresentado abordava a questão das “Associações empresariais e crise económica: o caso português (20082016)”, apresentado pelos oradores João Loureiro e Professor Doutor Marco Lisi. Apesar de pouco explorado na literatura, o papel do patronatoeaimplementaçãodasua agenda neoliberal durante a crise económica abre as portas para uma análise das principais associações empresariais portuguesas: a Confederação Empresarial de Portugal (CIP); a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP); a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP); e, mais recentemente, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP). Esta análise foi baseada em documentos oficiais, declarações públicas e fontes de imprensa, que permitiu realizar uma avaliação política dos momentos críticos destas entidades, a concertação social e a sua influência, assim como alguns
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fatores externos, de 2008 a 2016. A CIPdefiniu-secomoaconfederação maisconsensualistaemaisalinhada com as visões europeias, defendendo as exportações e os interesses das grandes empresas; a CCP segue um menor alinhamento partidário e é mais crítica do desenho da União Económica e Monetária,defendendoosinteresses das pequenas empresas nacionais que sofrem com as exportações; a CAP tem uma maior estratégia de mobilização e um maior alinhamento partidário; por fim, a CTP,queacabaporrealizarassuas atividades apenas num âmbito sectorial. Os oradores concluíram que as entidades patronais portuguesasnãotêmcapacidadede lobby suficiente para modificar a agendapolítica,apenastêmsucesso quando a agenda destes parceiros sociaisestáalinhadacomasagendas dogoverno.
O segundo paper “Associativismo agrícola em Portugal”, apresentado por Ekaterina Gorbunova, teve como objetivo principal analisar as principais associações e ligações com atores políticos no setor agrícolaemPortugal,desdeo25de Abril. A investigação focou-se nas principais associações agrícolas portuguesas: a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP); a Confederação Nacional da Agricultura (CNA); e a Associação dosJovensAgricultoresdePortugal (AJAP). Após análise detalhada,
concluiu-sequeaCAPtemtidoum maior apoio político por parte das forças conservadoras de direita, enquanto a CNA recebe um maior apoio da esquerda. A autora do paper concluiu ainda que a colaboraçãoentreestasorganizações éinexistenteequetemocorridoum enfraquecimento das ligações com os partidos políticos e, consequentemente,umareduçãodo poder político, devido, não só, mas também, à entrada na União Europeia e à europeização das políticasagrícolas.
Porfim,oterceiro paper focou-sena “Ação e estratégia das ordens profissionais durante a crise: o caso dos advogados e dos médicos”, apresentado por Tiago J. Lucas e Mafalda Escada. As ordens profissionais alcançaram uma nova dimensãonopós25deAbril,sendo o Estado quem delega a definição deontológicaàsordensque,porsua vez, definem a prática dos seus valores e princípios éticos e profissionais. Analisou-se o caso da leinº2/2013quetevecomoobjetivo primordial o enfraquecimento dos monopólios das ordens profissionais, tornando-as mais transparentes, seguido de uma análise da (re)ação estratégica das ordens. Concluindo-se que o papel das ordens profissionais em Portugal é acima de tudo administrativo na medida em que regulam o acesso e exercício da profissão,talcomoacontecenoresto
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da Europa. No entanto, em alguns casos específicos, como na Ordem dosMédicos,ofocoacabaporsera defesa da profissão em si e não da saúde pública, surgindo uma espécie de interesse próprio da Ordem.
Por último, realizou-se uma mesaredondaquecontoucomapresença de dois docentes da FCSH/NOVA, Professor Doutor Rui Branco e Professor Doutor Tiago Fernandes, com a moderação do Professor Doutor Marco Lisi. Os dois deputados da Assembleia da República, Carlos Monteiro (CDSPP)ePedroDelgadoAlves(PS),não tiveram possibilidade de comparecer devido à votação do Orçamento do Estado para 2018, que estava a decorrer nesse preciso momento.
Nesta mesa-redonda discutiram-se os mais variados assuntos ligados aoestudoeinvestigaçãonaáreada Ciência Política que, não se foca apenas na arena política (partidos e sistemas políticos) mas também na arena da representação de interesses. O Professor Doutor Rui Brancocomeçouporcorrelacionaro
canalderepresentaçãodeinteresses, isto é, as associações, com a qualidade da democracia, numa lógicapositivadeinterdependência. Referindo também o sistema neocorporativo de definição de políticas públicas de apoio social comoumdosmaisbemorganizados e como fator mobilizador da sociedadeciviledearticulaçãocom o Estado na agenda setting e na implementação de políticas em concreto. Concluindo que a crise desequilibrou a relação entre o Estadoeoassociativismo/sociedade civil. O Professor Doutor Tiago Fernandes abordou a falta de investigação portuguesa no sistema de representação de interesses, sendo que os estudiosos se focam numa relação unidirecional partidos-associações e, pouco frequentemente, no sentido contrário, associações-partidos. Mencionou ainda algumas perspetivas de análise de um sistema de representação de interesses, tais como: o ponto de vista do sistema capitalista (estudadoporPhilippeC.Schmitter, prémio Johan Skytte na Ciência Política), ou o ponto de vista da crise de governabilidade e da democracia.Dereferiraindaque,no casoespecíficoportuguês,aelevada governabilidade e estabilidade socioeconómica, do ponto de vista comparativo, permite uma maior e mais legítima articulação entre patronatos e sindicatos. Por fim, o
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moderador ProfessorDoutor Marco
Lisi, teceu algumas considerações finais e anunciou o fim da mesaredonda, dando por encerrada a conferência.
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CALL FOR e-WORKING PAPERS Convidamos todos os investigadores do Observatório Político a submeterem as suas propostas de e-WP através do email: geral@observatoriopolitico.pt
SEMINÁRIO SOBRE AS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS, POLÍTICAS, HISTÓRICAS, CULTURAIS E ECONÓMICAS ENTRE PORTUGAL E A REPÚBLICA DA COREIA
No passado dia 7 de novembro foi realizado pela Embaixada da República da Coreia em parceria com o Grupo Parlamentar de Amizade um seminário sobre as relaçõesbilateraisentrePortugalea CoreiadoSul,porformaafortalecer efomentaroslaçosentreambasena qualoObservatórioPolíticomarcou presença.
Oeventocontoucomapresençade vários oradores convidados por partedeambasasinstituiçõeseque incidiram sobre temas diplomáticos epolíticoscomoforamasexposições feitas por Park Enna, Embaixadora para a Diplomacia Pública da República da Coreia e Pedro Costa Pereira, Director-Geral de Política Externa,temashistóricoseculturais representados por Miguel Santos Neves, da Universidade Autónoma de Lisboa e Hee Moon Jo, da Universidade de Hankuk de Estudos Estrangeiros,e culminando emtemaseconómicosrepresentados porEuricoBrilhanteDias,Secretário de Estado da Internacionalização, Bruno Bonone, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, Luís Mah, do Instituto
PorMartaRamos,MembroAssociadodoOP 7 denovembrode2017 AssembleiadaRepública
Superior de Economia e Gestão (ISEG), Jaewon Lyu, Diretor-Geral da KOTRA Madrid, e por fim Ricardo Lopes, Diretor de OperaçõesdaHyundaiPortugal.
Aaberturadesteseminárioqueteve ínicio às nove e meia da manhã foi feita por José Matos Correia, VicePresidente da Assembleia da República, Chul Min Park, EmbaixadordaRepúblicadaCoreia em Portugal e Vitalino Canas, Presidente do Grupo Parlamentar deAmizade.
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Desta forma, José Matos Correia começou por descontruir a ideia de que as relações interestatais são exclusivas aos órgãos executivos, referindo que estas também podem serfeitasaoníveldolegislativouma vez que este contacto ultrapassa as instituições formais e passa por ambasassociedadescivis.Ressaltou também o paralelo entre os dois Estados referidos, pela sua proximidade em termos de interesses estratégicos, bem como o facto de que a dimensão das relações económicas bilaterais ficarem aquém do seu potencial. Posteriormente tomou palavra o Embaixador da República da Coreia que, discursando em português, revelou ser o seminário um desejo já de longa data e que o interpretava como um passo importante na promoção das relações bilaterais. Referiu ainda de formabreveasváriasligaçõesentre ambos os países, como a transição dos Secretários Gerais das Nações Unidas, de Ban-Ki Moon para António Guterres, e como é que estas relações estão a ser fomentadas. Como é o caso da deslocação de representações portuguesas à Coreia do Sul ou de delegações coreanas a Portugal, como por exemplo a recente visita do Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar, o caso da grande representação sul-coreana na Web Summit de 2017, ou o caso do aumento do número de turistas
coreanos em Portugal em grande parte devido a temáticas religiosas, que na sua ótica têm ainda um grande potencial de investimento. Por último tomou a palavra Vitalino Canas, mencionando primeiramente que o presente seminário era o evento mais importante que tinha sido promovido e organizado pelo Grupo Parlamentar em 2017, ressaltando as várias razões pelas quais devemos manter relações bilateraisestreitas,equeporsuavez a Coreia do Sul merecia a solidariedade portuguesa para com a difícil conjuntura de segurança queatravessamequeoseminárioé maisumamanifestaçãodetal.
O painel que se seguiu, relativo às Relações Diplomáticas e Políticas entre os países, contou com a apresentação de Park Enna, dada em inglês, que teve um grande ênfase nas questões atuais que a República da Coreia atravessa, como a transição pacífica para o novo governo em funções, após o processo de impeachment e de eleiçõeslivresqueoseguiu,levando ao poder Moon Jae-In. Focada no
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state of affairs daPenínsulaCoreana, a Embaixadora chamou à atenção para o facto de Portugal ter, em julho do presente ano, cortado oficialmente relações bilaterais com aCoreiadoNorte,emconformidade com os esforços da Comunidade Internacional, afirmando que as sanções e a pressão devem de ser utilizadas como instrumento diplomático para trazer este último à mesa de negociação. Aproveitou também a oportunidade para promover os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, em PyeongChang, e de convidar todos os portugueses avisitaremaCoreiaparatalevento, assegurando a segurança de todos os espectadores, em seguimento de umaResoluçãodaONUquegarante
“Peace beyond Safety” Olympics. Seguiu-se Pedro Costa Pereira que, numa perspetiva centrada na importânciadaRepúblicadaCoreia napolíticainternaenadefiniçãoda política externa portuguesa, abordouosváriosdomíniosemque talseverifica,queranívelregional, como em termos políticos, económicos ou culturais. Referiu, por outro lado, a crescente cooperação a nível turístico e cultural, mas também em áreas como as energias renováveis, e da sua potencialidade. Entre outros temas, destaca-se também o projeto que tem vindo a ser fomentado de criação de uma ligação aérea direta Lisboa-Seoul.
No terceiro painel intitulado As Relações Históricas e Culturais tomou a palavra Miguel Santos Neves que dando continuidade ao tema apontou a necessidade de aprofundamento da investigação com vista a um conhecimento mais consubstanciado das relações desta ordem. A sua exposição teve um especialenfoquenasdiferentesfases dasrelaçõeshistóricas entreosdois países, a saber, a fase de encontro com a transferência tecnológica em particular dos portugueses sob a geopolítica asiática, que afetou primeiramente a Coreia, mas que acabou por capacitá-la para o progressivo afastamento japonês; a fase de declínio, uma vez que Portugaldeixainclusivedeseruma potência com relevância na região tirandoaquestãodeMacau,através da qual se dá indiretamente o relacionamentocomaCoreia;coma decisão de abertura da Coreia e se vê obrigada a abraçar a modernizaçãoporpressãojaponesa, inicia-se a fase de reencontro, de reforçodaconvergênciaqueadvém das relações estabelecidas com as grandes potências. Terminou
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referindo alguns dos eixos estratégicos que, a seu ver, contribuiriam para a densificação e intensificação da cooperação bilateral, como a cooperação multinível,europeia,nacionalesubnacional, ou do financiamento adequado, simétrico e reflexão críticadomesmo.Jáaexposiçãode
Hee Moon Jo focou a problemática da situação atual e perspetiva dos estudos portugueses na Coreia. Exemplificando as conexões entre ambos, quer em termos de artesanato tradicional quer em termos de música, comparando o fado português ao pansori coreano. Salientou a importância do conhecimentos nas relações estabelecidas entre ambos, ilustrandoatravésdosinstrumentos de navegação marítima e da conquista das rotas marítimas utilizados para a conquista do mundo e do paralelo atual com a rota da internet. Por outro lado, referiu-se ao facto de as universidades coreanas necessitarem de recorrer a professores brasileiros por meio de indisponibilidade de professores portugueses, concluimdo a sua apresentação com o tema da inovação tecnológica e da necessidade da cooperação entre ambos para que Portugal possa apostar na Indústria 4.0 à semelhançadaRepúblicadaCoreia.
O quarto e último painel do seminário, relativo às Relações Económicas entre ambos os países teveapresençade EuricoBrilhante Dias que, após contextualizar o estado das coisas na economia portuguesa abordou os pontos negativos da mesma em termos de internacionalização, mencionando questões como a forma como olhamosparaofuturodeparceiros, pela concentração num número reduzido de mercados ou a lacuna doacessoàinformaçãodemercado das pequenas e médias empresas nacionais.Destacouoquetemvindo a ser desenvolvido, na sua maioria no domínio político-diplomático, e do o que ainda há por fazer, nomeadamente cooperação na utilização de instrumentos conjuntosporformaaaproveitaras potencialidades de ambos os mercados. Pois, como a exposição seguinte demonstrou, por parte de BrunoBobone, temosdedeixarde nos focar na proximidade mas sim no marketing e na aparência, uma vez que os produtos portugueses têm uma grande qualidade. Posteriormente tomou a palavra
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LuísMah,queporsuavezanalisou aNovaOrdemeconómicaasiáticae o papel de Portugal na mesma, reconhecendo-se a importância do exemplo coreano como modelo de desenvolvimento e o mapeamento das relações de Portugal com esta nova ordem, que tem o seu maior enfoque atualmente na China Grande parte da cooperação entre PortugaleaCoreia,tendoemconta o caso de sucesso da Coreia em Moçambique passa pela cooperação triangular Portugal-Coreia-África a parcomointeressenoinvestimento dosetorprivadodaárea.
Ainda relativamente à temática económica foi realizada uma exposição por Jaewon Lyu, que salientou algumas características da cultura coreana e sua importância comercial para as relações bilaterais. Deste modo, introduziunos a cultura Pali-pali e a importância da aparência no mercado coreano como pilar cultural em todos os domínios societais. Referiu ainda que os mercados têm grande potencial de se complementar, principalmente em termos de cooperação
empresarial, e apresentou-nos a KOTRA MADRID (Korea TradeInvestment Promotion Agency). A última exposição ficou ao cargo de Ricardo Lopes, que enquanto representante da Hyundai afirmou que a estratégia de crescimento da marca na Europa é ainda muito forte e, numa análise da contribuição desta na região europeia,mostrouquemaisde90% dosveículosvendidosnaregiãosão contruídosedesenhadosnaEuropa, tendo como objetivos futuros se tornarem a maior marca asiática na Europa.
Foram então visualizados dois vídeos, um de apresentação da KOIMA (Korea Importers Association), e uma mensagem do Presidente da ICAK (International ContractorsAssociationofKorea).
No encerramento deste seminário, Fernando Virgílio Macedo, salientou que apesar da cooperação económica ser importante entre ambos os países, a cooperação cultural é primordial,referindo que o Embaixador, enquanto intermediário desta relação deve
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transmitir a mensagem não só da hospitalidade portuguesa como também da nossa potencialidade e qualidade dos nossos produtos. Terminou com o desejo de continuarmos a percorrer um
caminhodepazeprosperidade,em paralelo à fomentação das relações bilaterais entre Portugal e a RepúblicadaCoreia.
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AGENDA | REVIEW
2017
Setembro:
1 Aberturadascandidaturasparaa 1ªFasedoVIIProgramadeEstágios Académicos e Curriculares do ObservatórioPolítico.
Fimdo Call for Papers paraaRevista PortuguesadeCiênciaPolítica9e10 |2018.
4-6 OObservatórioPolíticoesteve representado, pela Investigadora Associada Ana Filipa Guardião, na 39ª Conferência Anual da Associação de Estudos Ibéricos Contemporâneos (ACIS), que se realizou na Universidade de East Anglia,Norwich,Inglaterra.
20 Encerramento das candidaturas para a 1ª Fase do VII ProgramadeEstágiosAcadémicose Curriculares do Observatório Político.
25 Disponibilizaçãodoe-Working Paper #74, da autoria do Membro
Associado Duarte Carrasquinho sobre o tema: "A luta armada revolucionária em Portugal: Uma históriaaoluar”.
Outubro:
11 Início da primeira fase do VII
ProgramadeEstágiosAcadémicose Curriculares do Observatório Político.
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12 Abertura do Call for Papers para a Revista Portuguesa de CiênciaPolítica10e11|2018.
20 Disponibilizaçãodoe-Working Paper #75, da autoria do Membro Associado Carlos Alves sobre o tema: "Educação: a Ágora ou Wall Street? – Umafalsaquestão”.
26 Aberturado Call for Papers para a Revista Portuguesa de Ciência Política10e11|2018.
Novembro:
3 O Observatório Político esteve presente na Conferência “Partidos, Grupos de Interesse e Crise Económica: o caso português em perspetiva comparada” , que se
realizou na Faculdade de Ciências SociaiseHumanasdaUniversidade NovadeLisboa
7 O Observatório Político esteve presente no “Seminário sobre as relações diplomáticas, políticas, históricas, culturais e económicas entre Portugal e a República da Coreia”, que se realizou na AssembleiadaRepública.
14 Lançamento e distribuição da Revista Portuguesa de Ciência Política número 7 | 2017, que contoucomacolaboraçãográficade AlexandreFarto(a.k.aVhils).
15 Foi convidada da Edição da NoitedaSICNotícias,paraanalisar um caso da atualidade, a Coordenadora do Observatório
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Política do ISCSP-ULisboa, Professora Doutora Cristina MontalvãoSarmento.
17 Disponibilizaçãodoe-Working Paper #76, da autoria do Membro
Associado Hugo Ferrinho Lopes sobre o tema: "Salazarismo:
Autoritarismo ou Fascismo? A União Nacional em perspetiva organizacionalecomparativa”.
Dezembro:
7 Aberturadascandidaturasparaa 2ªFasedoVIIProgramadeEstágios Académicos e Curriculares do ObservatórioPolítico.
8 Lançamento e distribuição da Revista Portuguesa de Ciência Política número 8 | 2017, que contoucomacolaboraçãográficade Bambi, street artist (Londres,2017).
12 Disponibilizaçãodoe-Working
Paper #77, da autoria do Membro
Associado Orlando Coutinho sobre o tema: “Europeísmo e ‘Soberania Complexa’.
29 Encerramento das candidaturas para a 2ª Fase do VII ProgramadeEstágiosAcadémicose Curriculares do Observatório Político.
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AGENDA | PREVIEW
2018
Janeiro:
8 Inícioda2ªFasedoVIIPrograma de Estágios Académicos e Curriculares do Observatório Político.
10 Disponibilizaçãodoe-Working Paper#78.
31 Fim do Call for Papers para a Revista Portuguesa de Ciência Política10e11|2018.
Fevereiro:
12 Disponibilizaçãodoe-Working Paper#79.
Atualização permanente da plataformaPOLITIPÉDIA.
Março:
12 Disponibilizaçãodoe-Working Paper#80.
15 Abertura das candidaturas para a 3ª Fase do VII Programa de Estágios Académicos e Curriculares doObservatórioPolítico.
Abril:
12 Disponibilizaçãodoe-Working Paper#81.
18-20 O Observatório Político irá estar representado, no IX Congresso da APCP, com o painel “Crise, Identidade e Protesto Político”, que terá lugar na UniversidadedoMinho(Braga).
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