O Amarense Outubro 2016

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5 de Outubro 2016 . Director: Carlos Machado Silva / Adjunto da Direcção: Pedro Costa oamarense@gmail.com . Mensal . Ano: V . Nº 64 . € 1,00 (C/IVA)

AMARES PODE TER “GERINGONÇA” NAS AUTÁRQUICAS 1002 PÁG.

MANUEL MOREIRA

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“FUI SOCIALISTA, AGORA SOU AMARENSE” “SEGUNDO MANDATO VAI SER MAIS REALISTA E EFICIENTE” “PRAÇA DO COMÉRCIO TERÁ INVESTIMENTO DE 1 MILHÃO DE EUROS” PÁG.

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Caderno T. Bouro CORTE DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DISPENSA PÁG. 02 34 18 COLABORADORES ZONA EXTERIOR DO CENTRO DE SAÚDE SEM PÁG. LUZ HÁ TRÊS ANOS 32 02 SAPADORES FLORESTAIS CONTAM COM DUAS PÁG. NOVAS EQUIPAS 02 33

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PRESIDENTE DA REPÚBLICA INAUGURA ISAVE NO DIA 19

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DOIS PROFESSORES RENUNCIARAM À COLOCAÇÃO NO GERÊS

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EPATV “EXIGE” 2,9 MILHÕES DE EUROS À CÂMARA

ALBERTO MENDES: «FERIRAM A DIRECÇÃO DOMINGOS LIMA: «CUMPRO O QUE PROMETO»

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VIROSE “ATACOU” CENTRO ESCOLAR DE RENDUFE

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“LUZ VERDE” À REQUALIFICAÇÃO DAS EB 2,3 E SECUNDÁRIA

VÓLEI VAI CHEGAR AOS CENTROS ESCOLARES SOFIA PINTO É O NOVO ROSTO DA ADDVH CORRIDA RURAL PASSA EM SÃO VICENTE DO BICO

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Entrevista

5 OUTUBRO 2016

Entrevista a Manuel Moreira, Presidente da Câmara Municipal de Amares

«Fui socialista, agora sou amarense»

C arlos Machado Silva/Lizi Costa oamarense@gmail.com

Foi um Manuel Moreira desassombrado e directo no discurso, como é seu costume, que traçou um balanço aos três anos que leva à frente dos destinos da Câmara. Garante acreditar que conseguiu afirmar Amares no panorama nacional, graças a um «esforço tremendo», da mesma forma que rejeita as críticas de passividade à sua gestão, revelando 1,5 milhões de euros de investimento no ano passado. Propõe-se a um novo mandato, agora nas listas do PSD, a quem agradece o apoio, revelando o saneamento e a economia local como as suas grandes preocupações para os próximos anos.

Nesta entrevista fala dos funcionários da autarquia, de José Barbosa, de Jorge Tinoco e de eventuais adversários, que espera sejam muitos. Quanto à sua militância socialista pondera interrompê-la, pois considera: «portaram-se mal comigo».

Numa retrospectiva, destes três anos, se tiver que fazer um saldo do mandato, é positivo?

Eu acho que sim. Apesar de alguns entraves que é normal quando se entra numa nova actividade, penso que é positivo.

No início, logo no primeiro ano, chegou a ponderar resignar?

Sim, o início foi muito atribulado. O que interessa é que cá estou com muita força e determinação e nada me abala para continuar a trabalhar.

As posições que tomou foram sempre determinadas e objectivas?

Foram sempre determinadas, como todas que

tomei na minha vida.

Eu quando tiver que tomar decisões assumo sem problema nenhum, porque sou uma pessoa com princípios e valores.

Foram esses os momentos que marcaram a primeira fase do mandato?

Foram os momentos mais difíceis pelos quais passei.

Praticamente, passei os dois primeiros anos só e isolado, a trabalhar neste barco muito pesado, mas muito aliciante também, o que me levou a ter força e garra para assumir a liderança, apesar de alguns momentos de desânimo.

As questões do chefe de gabinete, e do vereador. Está de consciência tranquila?

Completamente. Foi a melhor coisa que fiz,

porque tinha duas pessoas que não estavam aqui para trabalhar, apenas para complicar.

Fazem parte do passado, nem quero falar nelas. Preocupa-me muito mais o futuro que o passado.

Nestes três anos, quais são as marcas do mandato de Manuel Moreira?

Quando aqui cheguei o grande objectivo foi, de facto, afirmar Amares e penso que isso consegui. Amares tem saído nos jornais regionais e nacionais, eu fiz um esforço tremendo para que Amares desse um salto em frente. Esse foi o ponto essencial do meu projecto. O outro objectivo foi ter uma gestão muito próxima das pessoas, levando a que as pessoas participem na vida do Conce-

lho, onde se sintam bem dando ideias e iniciativas.

Há pessoas que vão falando que se limita a fazer gestão corrente, gestão de mercearia.

Mas isso são aqueles que estão desatentos.

Isso não é verdade, nós temos feito um trabalho forte com as Juntas de Freguesia e isso é visível.

Não é por acaso que no ano passado investimos 1,5 milhões de euros. Eu não sou muito apologista das grandes obras. Eu acho que com pequenas obras se fazem grandes obras. É nas Freguesias que as pessoas vivem, por isso temos trabalhado por aí, sobretudo nas vias rurais, na iluminação pública e nos centros de dia. São tantas as coisas que temos feito como no campo de futebol das Cachadinhas, a

requalificação do centro educativo de Ferreiros e das piscinas de Amares e de Caldelas.

as pessoas de Amares se sintam bem, felizes e com muito gosto em ser amarenses.

Este ano de mandato ficará marcado essencialmente pelo quê?

Além do saneamento, temos a candidatura da praia fluvial que está por volta dos 350 mil euros.

Temos a requalificação da EB2, 3 que é outro marco importante, fizemos também a candidatura para o Mosteiro de Bouro e o da Abadia também.

Esperemos que sejam todas aprovadas, pois é muito dinheiro a entrar em Amares e o meu objectivo é pôr a economia a mexer. Já no meu tempo pusemos toda a linha de Amares com leds e a requalificação do centro educativo de Ferreiros. Não faço obras para ser conhecido, faço obras para que

Este vai ser um ano complicado?

Vai ser um ano muito calmo, de trabalho.

Eu seguirei a minha luta com persistência, quem vier que venha com ideias e contributos.

Em termos de eventos municipais?

Temos feito eventos muito fortes. Uma boa ideia foi criar o Gabinete do Desporto que tem feito um trabalho excelente. Temos a São Silvestre que tem sido um êxito, tal como a Urbanfit. As Festas Concelhias, a Feira Franca e o ViraPop a que iremos dar continuidade, assim como a noite de fado em Bouro.

entrevista

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Moreira aponta o saneamento como a grande obra do seu mandato

Pôr a economia de Amares a mexer é fundamental Se tiver que projectar em duas ou três palavras o próximo mandato, como é que definiria?

Eu quero um mandato muito sereno, calmo, mas determinado e empenhado em criar as condições de vida e sobretudo criar emprego, é importante para este concelho que a economia comece a mexer. Já tenho aqui várias empresas que querem investir em Amares, mas o grande problema é não existir aqui um parque industrial municipal.

O saneamento é a sua prioridade mas será para o próximo mandato ou pensa começar ainda em 2017?

Vamos tentar, mas eu penso que o primeiro mandato é muito de conhecimento e principalmente para as pessoas se inteirarem das dificuldades do Concelho e entender o que as pessoas pretendem para o futuro. Penso que esses dados eu tenho, por isso estou convicto que no segundo mandato serei muito mais realista e eficiente. É importante criar um parque industrial em Amares? É importante qualificar os que existem e ajudar as empresas jovens do Concelho a evoluir e já

Como é a sua relação com a Misericórdia?

Temos tido uma relação óptima e de proximidade. É uma casa que eu conheço muito bem e penso que encontrou o seu caminho, hoje tem um

temos actuado nesse campo, ajudando a pagar rendas.

A crítica que fazem de que vai qualificar a via rodoviária porque tem uma estrada que passa junto à sua habitação…

Isso por acaso dá-me para rir. São coisas de gente sem grandes horizontes e portanto não me preocupam. Se não fazemos obras somos criticados, se fazemos obras “ai meu Deus” que é à porta do Presidente.

Eu acho que este tipo de política tem que acabar, pois as pessoas com quem estamos a trabalhar sabem que são estradas vitais para os elementos daquela zona.

A valorização de Amares para o exterior é muito importante. O que está a ser feito nesse sentido para o futuro?

Muita coisa. Nós tivemos à volta de 3000 camas cheias no mês de Julho e Agosto e isso é fruto do nosso trabalho. Vamos continuar a apostar no nosso turismo, nomeadamente no nosso vinho, nas laranjas e o nosso artesanato para que mais pessoas venham a Amares e deixem aqui o seu dinheiro e assim a economia possa crescer.

Provedor e uma Mesa determinada, desejolhe o maior sucesso e estarei ao lado deles para ajudar.

Qual a relação que tem com os Bombeiros Voluntários?

Recebeu o Município, como deu a entender, com algum desequilibro em termos de contas.

Uma das limitações grandes que eu tive foi, sobretudo, a liquidez financeira, como toda gente sabe. Não tinha dinheiro na conta e estávamos muito endividados. Hoje Amares vive bem financeiramente e não sou eu que o digo, são as pessoas de fora.

Nós estamos nos melhores Concelhos de Braga, financeiramente, portanto, é sinal de trabalho.

Qual é a capacidade de endividamento actual do Município?

Nesta altura nós vamos buscar um milhão de euros às entidades bancárias e podíamos este ano ir buscar 1,5 milhão e quando aqui chegamos não tínhamos nada. Nós estamos a trabalhar de forma muito consciente em prol das pessoas, que é o mais importante. Eu não tenho a paranóia de fazer grandes obras para os outros verem, porque a maioria dos que aí vemos são “elefantes brancos”, como o edifício que temos em Lago que está a estragar-se. Como alguns centros educativos que correm o risco de fechar por falta de alunos, o que é uma pena pois houve investimento.

Tenho uma óptima relação com os Bombeiros e também com a Cruz Vermelha que têm feito muito pelo Concelho e um trabalho excelente e por isso têm-me sempre ao lado deles.

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entrevista

5 OUTUBRO 2016

Um milhão para requalificar a Praça do Comércio Há um aspecto que, ao que parece, também se transformou num “elefante branco”, falamos do parque de estacionamento de Ferreiros.

Como está esse processo?

O parque de estacionamento de Ferreiros já está construído há bastantes anos, está completamente destruído, não tem condições dignas para ser um parque de estacionamento.

A oposição entendeu mantê-lo aberto, no entanto, quem lá estacionar o carro é por sua conta e risco, a Câmara não assume nenhuma responsabilidade e já lá está o letreiro a avisar.

Agora vamos tentar intervir nesta situação. Eu fi-lo na Praça e vou intervir também no parque, pois não faz sentido nenhum fechar aquele parque.

As obras na Praça sempre vão avançar?

Vamos tentar melhorar aquela Peaça e dar-lhe mais dignidade, porque ela bem merece.

Qual o investimento que está previsto para aquele espaço?

O nosso plano poderá ser à volta de um milhão de euros.

Reconhece que, de facto, não tem uma grande obra de regime até agora, não tem essa ambição?

Não tenho, nem tenho uma grande ambição.

Pequenas obras fazem grandes obras, e a grande obra penso eu, que será o saneamento em Amares. Deus queira que seja aprovado.

Qual será a nova configuração daquela Praça? O que pretende fazer?

Ferreiros é a porta de entrada e saída do Concelho, onde há bancos, há escolas, onde a população mais circula e eu penso que é uma praça que não apela a tomar um café, por exemplo. O que nós queremos é torna-la mais apelativa, de forma a que dê vontade de parar e visitá-la. Este é o meu grande objectivo.

Em quanto está programado?

Em dois milhões de euros.

A candidatura está feita, aguardemos que seja aprovada com cobertura total desde Figueiredo a Caldelas. De facto é importante que um concelho como o nosso, no meio de dois rios, tenha saneamento, pois nós temos grandes problemas com a ETAR de Caldelas e o ambiente é fundamental para a qualidade de vida das pessoas.

«O meu partido são os amarenses» Continua a ser socialista?

Eu nesta altura sou amarense. Mas fui militante do Partido Socialista durante muitos anos, isso é público.

Mas continua a ser militante?

Nesta altura ainda não anulei a militância, mas estou a pensar nisso, porque o partido não se portou bem comigo.

Quer o Partido Socialista de Amares, quer a Direcção de Braga e portanto já nada me liga a isso.

Já assumiu a candidatura, vai para o segundo mandato com a sigla do PSD? Vou com a sigla do PSD sem nenhum problema

e sem nenhum receio, muito pelo contrário.

Devo agradecer publicamente ao PSD e ao Professor Isidro por me ter dado a mão e me ter ajudado a governar a Câmara.

Acha que vai ter muitos socialistas do seu lado?

Vou ter socialistas, comunistas, bloquistas, toda gente à volta de um projecto para andar, espero eu. O meu grande partido são os Amarenses e cá estou eu para trabalhar.

Como é que olha para a oposição?

Sem nenhum problema. Eu sei que não vou

ser candidato sozinho.

Em 2017, teremos o PS e outras forças políticas.

Espero haver um grande leque para dar oportunidade às pessoas de escolher os melhores.

Acha que de facto a sua é a melhor candidatura?

Não sei responder a isso, é uma candidatura forte e determinada mas não sou eu quem tem de eleger a melhor, mas sim o povo de Amares.

O que acha das movimentações que vão surgindo no sentido de “todos contra o Moreira”?

Em relação a isso, é normal, toda gente quer estar no poder, o poder é

aliciante, portanto pelas candidaturas o alvo sou eu. Venha quem vier cá estaremos para trabalhar, é importante que venha com vontade e com um projecto forte e o povo de Amares é que irá decidir.

E as relações internas, está tudo pacificado?

Está tudo pacífico, os ratos fugiram todos, o navio está calmo e a remar a uma velocidade normal. Tenho aqui gente da minha confiança e os funcionários sabem que têm aqui um amigo para falar com eles, comer com eles, dançar com eles e para dar um raspanete se for preciso (risos). Os funcionários têm um papel impor-

tante neste Concelho.

São o rosto principal da Câmara e acho que nesse aspecto consegui.

Tenho aqui gente boa ao serviço das pessoas.

Hoje sinto-me um Presidente privilegiado.

Com estão as relações pessoais com o Jorge Tinoco?

Não existem relações, nem boas, nem más.

Há uma ruptura que foi criada. É o Presidente da Concelhia de Amares porque o partido de Amares assim quer, portanto, da minha parte nem muito nem pouco.

O Movimento Independente ainda existe?

Eu acho que não, não me

parece que tenha grande força, mas é sempre um possível candidato.

O que pensa do José Barbosa? É um cidadão como eu, de Amares, que pode vir também a ser candidato, tem todos os requisitos.

O povo decidirá se vale a pena voltar ao passado ou continuar com a linha que temos. E não me repugnava nada se aparecesse uma figura com mais capacidade que eu.

Eu sou apenas, um cidadão que está a fazer o melhor que sabe e pode e o povo de Amares sabe disso.

Jornal

ficha técnica Director: Carlos Machado Silva (CP3022). Adjunto de direcção: Pedro Costa. Redacção: António Sepúlveda (CP 3055), Pedro Antunes Pereira (CP 9420), Ricardo Reis Costa (TP 2298). Editor Gráfico: André Malheiro e Sandra Cachada Publicidade: Anabela Siva, Ângela Fernandes. Colaboradores: André Malheiro (grafismo). Edição: Alive (Ideiacinco Multimédia Lda.), Rua dos Bombeiros nº256, 1º andar, Fracção J, 4730 - 752 Vila Verde Tlf: 253319374 E-mail: oamarense@gmail.com Site: www. oamarense.com Propriedade: Ideiacinco Multimédia Lda., Registo ERC nº 126069 Impressão: Tameiga Publicações Tiragem: 2.000 exemplares.

Sociedade

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5 OUTUBRO 2016

Parque de estacionamento subterrâneo da Praça do Comércio continua aberto

Câmara não assume responsabilidade por eventuais danos

A Câmara Municipal de Amares colocou recentemente um aviso na entrada do parque de estacionamento subterrâneo da Praça do Comércio, em Ferreiros, a dar conta de que não se responsabiliza por quaisquer danos, «humanos ou materiais», ocorrido no interior daquele espaço.

A decisão surge depois de a Oposição ter entendido que não existiam razões suficientes para justificar o encerramento do parque, tal como defendia uma informação técnica dos serviços municipais apresentada pelo Vice-Presidente da autarquia, Isidro Araújo, na reunião de Câmara do dia 26 de Setembro.

Nesse documento técnico, propunha-se o fecho do parque de estacionamento depois de uma vistoria realizada por técnicos do Comando Distrital de Operações

de Socorro (CDOS) de Braga, no dia 1 de Julho, ter concluído que aquelas instalações «não reúnem as condições de segurança contra o risco de incêndios para o fim a que se destinam».

Nessa vistoria, os técnicos do CDOS de Braga verificaram «ter sido dado cumprimento ao projecto de segurança contra incêndios aprovado», no entanto não conseguiram testar o funcionamento dos equipamentos de segurança previstos no projecto «uma vez que estes estavam inoperacionais, os caminhos de fuga estavam trancados e os meios de primeira intervenção vandalizados».

Segundo Isidro Araújo, que dirigiu os trabalhos na ausência de Manuel Moreira, o Município «está a trabalhar» numa candidatura, no âmbito do Plano de Acção de

Regeneração Urbana (PARU), para a requalificação da Praça do Comércio, que incluirá uma intervenção no parque de estacionamento subterrâneo, que tem também «graves problemas» de infiltração e de van-

da de resíduos do tecto do parque.

dalismo. Recentemente, segundo o autarca, o Município teve que pagar uma indemnização de quatro mil euros ao proprietário de um automóvel cuja pintura ficou danificada devido à que-

socialista Jorge Tinoco, a informação levada a reunião de Câmara não é suficiente para justificar o fecho do parque, porque entendem tratar-se de problemas que podem ser resolvidos a curto

Oposição contra o fecho do parque Ora, para os Vereadores do Movimento Independente, Sara Leite e Sandro Peixoto, e para o

prazo.

Aliás, segundo a Oposição, se o parque representa perigo iminente para a população, deveria ter sido fechado de imediato, logo após a recepção do ofício da Autoridade Nacional de Protecção Civil, com base na vistoria do CDOS, que deu entrada nos serviços da Câmara no dia 11 de Agosto.

Para Sara Leite, os problemas identificados, nomeadamente os sistemas de detecção de incêndio, de iluminação de emergência e de primeira intervenção, «não representam deficiências que justifiquem o fecho do parque» e podem ser resolvidas de forma «pouco onerosa» para o Município.

Em sede de executivo, já depois da votação, que chumbou o fecho do parque com três votos contra, a tensão subiu

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

de tom, com várias trocas de acusações entre Isidro Araújo – que pediu «responsabilidade» aos Vereadores que votaram contra – e a Oposição.

«Se o senhor Vice-Presidente sabe que há uma situação de enorme gravidade e risco, o parque tem que ser fechado já. É um acto de impertinência trazer um assunto destes a reunião de Câmara, porque se trata de gestão», disse Jorge Tinoco.

Alinhando pela mesma ideia, Sandro Peixoto reiterou que «votar o fecho do parque para corrigir as falhas é uma coisa e fechar “ad eternum”, à espera de uma candidatura, é bem diferente».

O Presidente da Câmara, Manuel Moreira, por motivos pessoais, e a Vereadora Cidália Abreu, por estar de férias, não estiveram presentes nesta reunião.

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sociedade

5 OUTUBRO 2016

Oposição fala em «enorme derrapagem», executivo diz que obra foi feita por fases

Requalificação do Campo das Cachadinhas custou 590 mil euros

O Vice-Presidente da Câmara de Amares, Isidro Araújo, disse em reunião do executivo que o custo total da requalificação do Campo de Jogos das

Cachadinhas, em Caldelas, foi de 589.987€.

Segundo o autarca, à primeira fase, orçada em 325 mil euros, com a comparticipação de 85%

de fundos comunitários, acresceram outros investimentos que não estavam previstos na obra inicial, nomeadamente a vedação do recinto, a

construção de muros, a instalação de um depósito de água, a colocação e electrificação das torres de iluminação e ainda um reforço da drena-

gem, que fizeram o valor global subir para os cerca de 590 mil euros.

A explicação de Isidro Araújo chegou depois de na anterior reunião do executivo, realizada a 12 de Setembro, o Vereador do Movimento Independente Amares Primeiro, Sandro Peixoto, ter questionado o Presidente da Câmara, Manuel Moreira, sobre o custo total da intervenção nas Cachadinhas.

«Sabia que a obra tinha derrapado, mas longe de mim imaginar que tivesse ido para o dobro», referiu o Vereador da oposição, depois do anúncio de Isidro Araújo, que dirigiu os trabalhos na ausência de Manuel Moreira. Sandro Peixoto pediu mais «cuidado», «prudência» e «rigor» com as outras candidaturas a fundos comunitários, nomeadamente para a requalificação da EB 2,3.

«Foi-nos dito que a Câmara ia gastar zero, porque o investimento seria suportado por uma candidatura e o restante seria coberto por uma empresa privada [Pingo Doce]. Estamos a falar de uma derrapagem bastante grande, que inviabiliza outros investimentos, nomeadamente em balneários para a formação nos campos do FC Amares e do Lago», apontou.

Segundo Isidro Araújo, «não se pode falar em derrapagem», porque «a obra foi feita por fases».

Do valor global, os tais 589.987€, cerca de 65 mil euros, relativos ao reforço da drenagem, «ainda não foram pagos», explicou o Vice-Presidente da autarquia.

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

Novo contrato para empréstimo de um milhão aprovado por maioria Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

O contrato de empréstimo de um milhão de euros, depois dos problemas levantados pelo Tribunal de Contas, voltou a ser analisado pelo executivo municipal mas desta vez sem qualquer declaração.

Os três Vereadores da Oposição voltaram a chumbar a proposta remetendo as justificações para a anterior votação. O empréstimo será feito à Caixa Geral de Depósitos e tem um período de amortização de 224 meses a contar

do deferimento para a sua utilização.

Recorde-se que o empréstimo tem por finalidade um conjunto de projectos de beneficiação rodoviária tais como: a requalificação do caminho municipal 1236 entre Dornelas e Vilela (300 mil euros); parte da requalificação da E.M. 538, que liga Ferreiros a Lago, por Barreiros (90 mil euros); requalificação da Rua de Paços, em Barreiros (20 mil euros); requalificação do C.M.

1257, em Caires (110 mil euros); requalificação da Rua Padre João Martins Freitas, em Caldelas (63 mil euros); requalificação do C.M. 1234, em Carrazedo (237 mil euros) e a requalificação da Rua da Lagoa, em Lago (180 mil euros).

O contrato de empréstimo tem 26 pontos que passam desde a utilização dos fundos, a taxa de juro, o pagamento de juros e reembolso do capital até às comissões, ao incumprimento ou à cessação de créditos.

saúde

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5 OUTUBRO 2016

Sindicato insiste na denúncia e divulga números

ACES Gerês/Cabreira desmente Sindicato dos Enfermeiros sobre falta de profissionais na área da reabilitação

Os cuidados de saúde na área da reabilitação em Amares e Póvoa de Lanhoso nunca estiveram em causa e não houve qualquer suspensão de admissão de doentes nas duas unidades de saúde. É assim que o Director Executivo da ACES Gerês-Cabreira, Nuno Oliveira, reage ao

comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que dá «conta da suspensão da admissão de doentes» que o Sindicato justifica «pela inércia do Governo/Ministério da Saúde relativamente à abertura de concursos aliado, provavelmente, à inércia de dotar os serviços com

estes e outros enfermeiros através de mecanismos de mobilidade, determinou em Amares e Póvoa do Lanhoso a suspensão da admissão de doentes».

Ora, Nuno Oliveira desmente que tenha «havido qualquer suspensão efectiva, nem que fosse por uma hora. Todas as

camas continuaram a trabalhar porque, devido ao trabalho em rede e a um plano rigoroso e minucioso, foi possível ultrapassar as dificuldades que existiram nessas unidades de saúde, não colocando em causa a prestação de serviços».

O Director Executivo reconhece que «tanto em

Amares como na Póvoa de Lanhoso, os enfermeiros dessa área estão ou estiveram de baixa médica mas conseguimos ultrapassar a questão alocando outros enfermeiros integrantes da ACES nesses locais». Se na Póvoa de Lanhoso, as enfermeiras são regressaram ao trabalho, em Amares «foi destacado outro enfermeiro que está a prestar o serviço, normalmente, até as outras enfermeiras regressarem ao activo».

Nuno Oliveira reforça a ideia de que «foi uma situação muito esporádica, que não teve qualquer alarme público, os cuidados continuaram a ser prestados, não tivemos qualquer queixa dos utentes e os planos de cuidados individuais foram rigorosamente cumpridos».

Sindicato insiste O Sindicato, já depois destas declarações, emitiu nova nota à imprensa, onde volta a reafirma que a «recente

suspensão de admissão de doentes, cujos critérios seja a necessidade em cuidados de enfermagem especializados em reabilitação, é inadmissível» e apresenta números: «na ECCI de Amares apesar de estar previsto 20 vagas, só podiam aceitar 7 doentes porque apenas havia 1 enfermeiro. Por ausência justificada por atestado (doença) é agora suspensa a admissão de doentes».

Para o SEP, «confirma-se que toda a capacidade instalada não está a ser utilizada, com prejuízo para os doentes e para o Serviço Nacional de Saúde. Esta realidade só acontece por falta de planeamento por parte do Ministério da Saúde e ARS Norte na imprescindível admissão de enfermeiros de cuidados gerais e especializados».

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Unidades funcionais do ACES Gerês/Cabreira reuniram em Amares O Salão Nobre da Câmara Municipal de Amares acolheu uma reunião de todas as unidades funcionais do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Gerês/ Cabreira para dar conta de alguns contributos do Plano Local de Saúde (PLS) 2011-2016 do ACES, com a apresenta-

ção dos resultados obtidos até ao momento.

A sessão foi aberta pelo autarca Manuel Moreira e pelo Director Executivo do ACES Gerês/Cabreira, Nuno Oliveira, e apresentada pelo coordenador da Unidade de Saúde Pública (USP) do ACES, José Manuel Araújo. Na iniciativa, fo-

ram sensibilizados todos os profissionais da área com vista ao envolvimento e participação para o desenvolvimento e construção do próximo PLS 2017-2021.

Redacção oamarense@gmail.com

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Sociedade

5 OUTUBRO 2016

Presidente da Câmara diz que processo deve estar concluído em breve. MIAP preocupado com animosidade contra funcionários

As coisas não estão a correr bem!

A mim pouco me importa quem governa, se o fizer bem. O facto da coligação PSD/CDS ganhar as eleições legislativas e vir a governar o PS/ BE/ PCP, é um assunto que francamente me incomoda pouco.

Agora quando as coisas estão a correr mal, e sinto que o meu esforço como cidadão contribuinte na recuperação da estabilidade e da economia não valeu de nada; hoje, que se começa a ouvir falar em novo resgaste das finanças publicas, eu fico preocupado.

Três notas dessa preocupação: 1. A dívida pública volta a subir. A dívida pública portuguesa subiu pelo quinto mês consecutivo e atinge novo máximo histórico. Em julho atingiu 240,9 mil milhões de euros, mais 836 milhões de euros face a junho.

O país continua a endividar-se mais para fazer face a mais gastos do aparelho de estado. Em quase todos os meses deste ano, o Estado tem vindo a aumentar o total de dinheiro devido aos credores, tendência que se manteve em Julho.

De acordo com o banco central, o aumento “resultou principalmente de emissões líquidas positivas de títulos”. Esta rubrica passou de 130,77 mil milhões de euros em Junho para 131,6 mil milhões um mês depois. Esta maior necessidade de obter liquidez teve consequências agora claras nas contas do Estado.

Nos primeiros sete meses do ano a dívida pública aumentou 9.510 milhões de euros, o que significa um crescimento de 4,11% em relação ao valor final de 2015.

2. A poupança fica em valores negativos pela primeira vez em 17 anos. A taxa de poupança do primeiro trimestre de 2016, ou seja o peso da poupança bruta sobre esse rendimento disponível, foi negativa (-1,2% do rendimento disponível bruto), algo nunca visto nas últimas décadas.

Pela primeira vez em 17 anos todo o valor que os portugueses receberam em salários, pensões e rendimentos do capital foi gasto em consumo, e ainda foram buscar dinheiro às poupanças para pagar estas despesas.

Em 2009, a taxa de poupança das famílias era de 10.9%, em 2011 caiu para 7.8%, mas voltou a recuperar em 2012 e 2013. Durante a vigência do programa de ajustamento, a taxa de poupança das famílias situava-se em 8,3%. Cai agora para valores negativos, pela primeira vez desde 1995, ano em que temos dados, pelo facto do INE ter começado a avaliar este indicador.

3. Aumenta o número de famílias sobre-endividadas. O Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da Deco recebeu, no primeiro semestre do ano, 17.300 pedidos de ajuda, mais 70 face a igual período de 2015, o que mostra que a situação das famílias não melhorou.

Entre as causas do sobre-endividamento estão o desemprego (29%), a deterioração das condições laborais (22%), a penhora dos rendimentos (14%), as execuções de crédito (10% ) e as execuções fiscais (4%).

Segundo os dados do Gabinete de Apoio ao Sobre -endividado, 53% dos processos iniciados este ano já apresentavam créditos em incumprimento, sendo que, no primeiro semestre de 2016, as famílias tinham em média cinco créditos em renegociação.

Alerta de funcionário sobre funcionamento do Departamento de Obras Particulares origina investigação interna

Um funcionário municipal enviou um e-mail ao Presidente da Câmara dando conta de algumas situações “dúbias” no Departamento de Obras Particulares do Município.

Os procedimentos que estão ou estavam a ser seguidos mereceram a “indignação” do funcionário que no e-mail deu exemplos de situações que estavam a verificar, nomeadamente assinaturas em processos de fiscalização das mesmas pessoas que tinham elaborado os projectos ou licenças passadas por funcionários que não o podiam fazer. O Presidente da Câmara, de Amares apelidou o mail de «um alerta sobre o funcionamento do Departamento de Obras particulares», para o qual «levantou um processo de averiguações que deve estar concluído em breve».

Manuel Moreira confirmou, ainda, que é a ju-

rista municipal que está encarregue de elaborar o relatório final: «já foram ouvidos dezenas de funcionários e, por isso, o processo deve estar quase concluído». O autarca diz que vai esperar para tomar providências: «tomarei as decisões que tiver que tomar em função do processo. Se for para avançar para processo disciplinar, avanço, se for para arquivar, arquivo». O Presidente da Câmara diz que «a minha forma de estar na política é transparente e não vou andar a esconder nada». O autarca revelou ainda que «houve um particular que acusou os funcionários de corrupção e eu próprio o incentivei a ir para tribunal e provar isso mesmo. Julgo que este processo também vai avançar».

MIAP preocupado Sobre este assunto, o Movimento Indepen-

dente Amares Primeiro veio a público manifestar a sua «preocupação com a animosidade dos serviços municipais».

Segundo o MIAP, na base da denúncia «estarão supostos benefícios concedidos pelos promotores imobiliários aos funcionários municipais visados, sempre que estes sejam os presumíveis autores dos projectos de obras particulares em apreciação pela referida Divisão».

Para o MIAP, o referido inquérito «coloca, mais uma vez, o Município de Amares e os seus funcionários sob um grave clima de suspeição».

Ainda segundo o MIAP, tal denúncia terá decorrido de um desafio colocado pelo próprio Presidente da Câmara aos ditos promotores imobiliários, percebendo-se «mais uma vez, a incapacidade do Presidente da Câmara para gerir os serviços municipais e para a estrita observân-

cia dos códigos de conduta vigentes».

No comunicado, o Movimento Independente insinua ainda que «a instauração daquele inquérito não terá agradado a Isidro Araújo, indiciando uma nova rota de colisão com o Presidente da Câmara. O negócio poderá ser desfeito…». Para o MIAP, «o alegado ambiente de medo, de opressão e de desconfiança vivido pelos funcionários acarreta sérios prejuízos à dignidade pessoa e profissional de cada um e prejudica fortemente o normal funcionamento do Município», exigindo «que a actual gestão municipal respeite os mais elementares direitos, liberdades e garantias de todos os seus destinatários».

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Política

MIAP preocupado com opções de investimento por parte da autarquia

O Movimento Independente Amares Primeiro (MIAP) emitiu um comunicado a propósito das opções de investimento anunciadas pela Câmara Municipal e confirmadas pelo Presidente da Câmara de Amares, sobretudo, quando referiu que «mesmo a Estradas de Portugal tendo dinheiro para requalificar a Nacional só o faria quando resolvesse o problema do saneamento com a colocação de uma nova conduta». O MIAP «encara com forte apreensão as opções de investimento tomadas pela actual gestão municipal».

«Ao invés de canalizar meios financeiros para resolver o problema da falta de água no Concelho de Amares e melhorar a qualidade de vida de todos os munícipes, a administração municipal optou por beneficiar directamente as residências do Srs. Presiden-

o

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te e Vice-Presidente», refere o comunicado, acrescentando que «relegar para as calendas a resolução dos constrangimentos inerentes à falta de água, não parece sensato». Por isso, merece «forte repúdio» por parte do MIAP, «a decisão de priorizar o acesso às residências dos governantes municipais em detrimento da reparação das condutas de água».

O Movimento Independente lembra que o em-

«forte repúdio» por parte do MIAP, «a decisão de priorizar o acesso às residências dos governantes municipais em detrimento da reparação das condutas de água».

préstimo de um milhão de euros «poderia ser utilizado na beneficiação da principal entrada do Concelho, até porque a “Estradas de Portugal” tem já verbas para o efeito», como confirmou o autarca na Assembleia Municipal.

No documento enviado à redacção do jornal “O Amarense”, o MIPA faz contas e diz que «54% do empréstimo foi investido nos acessos às referidas habitações, sendo que parte corresponde a 30% direccionada para a intervenção na estrada Dornelas/ Vilela (acesso à residência do Sr. Presidente da Câmara) e os restantes 24% foram para Carrazedo, com serventia à habitação do Sr. Vice -Presidente».

A terminar, o MIAP «repudia de forma veemente as opções de investimento referidas, por parecerem configurar actos susceptíveis

«54% do empréstimo foi investido nos acessos às referidas habitações, de abuso de poder e seriamente comprometedores do investimento futuro do Concelho» e «exige maior transparência à actual governação municipal no que à gestão de dinheiros diz respeito, em nome da seriedade e da lealdade exigíveis aos governantes autárquicos».

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

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pinião Vítor Ribeiro

“Folclore: o conhecimento do povo”

Vivemos num tempo em que a agitação, o movimento, o impessoal ou o fantástico toma conta do nosso cotidiano. Falar de tradições ou de manifestações populares parece, para muitos, uma coisa do passado ou daqueles territórios condenados a lutar pela sobrevivência, da nossa ruralidade profunda. Porém, são estas manifestações que nos vão sendo trespassadas de geração em geração que legitimam um tesouro fantástico a redescobrir. Entre eles reside o folclore. Este termo que resulta da junção das palavras Folk (povo) e lore (sabedoria ou conhecimento) são marcas profundas do reviver, experienciar ou perpetuar essas manifestações de uma passado duro e de uma cultura popular que outrora marcou a identidade de um povo de onde é oriundo. Esta é a riqueza da marca de uma diversidade que caracteriza Portugal. Jorge Dias afirma que “Nós, portugueses, estamos não nas vésperas, mas em plena fase de perdermos toda essa riqueza do passado”. Concordo quando o autor refere que “se não corrermos rapidamente a salvar o que resta, seremos amargamente acusados pelos vindouros, pelo crime indesculpável de ter deixado perder o nosso património tradicional, dando mostras de absoluta incúria e ignorância”. De facto, apesar das imensas dificuldades quantas associações culturais e recreativas procuram manter o seu rancho folclórico como uma das suas principais valências.

Dinamizam, dão cor e nome às suas terras por todos os festivais onde passam. As suas atuações são muitas vezes dependentes das festas religiosas. E quando estas perdem o vigor de outros tempos arrastam atrás de si a vivacidade deste tipo de associações. Porém, creio que os tempos não são assim tão negativos. Fico muito satisfeito ao ver quantas coletividades conseguem já atrair jovens para estas valências culturais. Há umas semanas estive num evento onde igenuamente (não creio ter sido intencional) colocaram dois palcos: um modernista no centro da praça – e um outro para reviver as tradições, particularmente através do folclore. Dizia-me indignado o responsável de um dos ranchos – “colocarem-nos à mesma hora e num palco tão afastado do centro… querem matar o folclore”. Também receei... Mas não. O público presente para assistir foi em número considerável, talvez superior ao que presenciava as atuações do palco principal. Desengane-se quem pensa que o folclore ou as tradições têm os dias contados. Haja vontade para as incentivar, proximidade para as motivar e iniciativas para as promoverem e os territórios ganham excelentes embaixadores do território. Quantas destas coletividades possuem mais de meio século de história de existência? Quantas personalidades deste e de outros concelhos dedicam parte do seu tempo livre, a troco de alguns cabelos brancos, para manterem vivas estas tradições. Bem hajam. Eu como eles acredito que estas tradições não morreram.

Em Amares acredito que podemos manter o esforço que tem vindo a ser implementado e, porventura, sermos mais arrojados em afirmar a nossa identidade a partir do tradicional. Não queiramos entrar nos eventos contemporâneos, vanguardistas ou de massas. Aí já entramos a perder. Não nos corre no sangue e outros têm mais e por isso podem mais.

Sejamos autênticos, pois o sucesso do Turismo está hoje na autenticidade e no experiencialismo.

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POLÍTICA

5 OUTUBRO 2016

Entretanto, há uma nova alternativa independente que tenta ganhar consistência

Coligação PSD/CDS-PP pode enfrentar coligação de esquerda Carlos Machado Silva oamarense@gmail.com

Enquanto a coligação PSD/CDS-PP está na fase de pacificação interna, que passa por recuperar os apoios das bases e organizar as fileiras, o PS continua na sua tentativa de recuperar Barbosa e seus seguidores independentes, sabendo que alguns já começam a alinhar com um Moreira mais “laranja”.

No PSD, as hostes ainda estão a fervilhar, nomeadamente porque alguns históricos perderam voz nas decisões e não se conformam com papéis secundários. Nesta corrente

há apelidos de peso, como os de Portela, Januário e até Esteves, para além da ainda Vereadora Filomena Araújo. Nas bases há quem assegure que é um preço demasiado alto a pagar pela aquisição de Verão, Manuel Moreira.

Quando falta menos de um ano para as autárquicas, há dois dossiers pesados para Isidro Araújo gerir com cuidado. Por um lado, a gestão de lugares na lista à Câmara, onde Moreira não abre mão de Cidália Abreu, que será número três, e o CDS que irá reclamar um papel na linha

da frente, sabendo-se que João Esteves estará inclinado a aceitar o lugar nº5, ao contrário de Filomena Araújo, que em surdina, vai dando sinais de recusa para o sexto lugar que lhe está destinado. Por outro lado, Isidro Araújo, que será número dois de Moreira, tem em mãos as candidaturas às Freguesias, nomeadamente as de maior dimensão, onde o PSD ainda não conseguiu consolidar candidaturas mais fortes que as das últimas autárquicas, com os resultados que se conhecem. Resta esperar para

ver para onde vão cair alguns dos independentes ainda reféns da geração independente Barbosa.

O PS, por seu lado, poderá ensaiar uma “geringonça” local. Sabe “O Amarense” que dentro do partido há quem coloque em cima da mesa a possibilidade de coligar à esquerda com um Bloco de Esquerda indefinido e um PCP agora mais moderado. Paralelamente a esta ideia de unificação à esquerda, «que não é consensual», asseguram-nos, continua o jogo de sedução aos independentes, com José

Barbosa e Jorge Tinoco – apadrinhados pela Federação Distrital - a esquecer divergências antigas em nome de uma candidatura única e competitiva no sentido de recuperar a autarquia que o bancário conquistou outrora para os socialistas. Duas dificuldades estão a colocar-se a esta pretensão, sendo a mais evidente aquela que se relaciona com a conjugação de interesses das partes, sabendo-se que o estilo viril do ex-Presidente da Câmara colide com uma crónica necessidade de afirmação do partido e dos seus militantes. A mesma fonte adianta que «é algo que já não é novo, mas pode haver fumo branco, pois ambos querem o mesmo», leia-se, derrotar Moreira.

Outra dificuldade está na agregação em torno desta “empreitada” de difícil execução, pois se é verdade que Barbosa ainda tem resistências nos corredores socialistas de Amares, também se sabe que este tem encetado algumas aproximações subtis que não têm resultado junto

de alguns protagonistas que no passado estiveram nas suas fileiras.

A este nível, está cada vez mais evidente um afastamento “teimoso” com Emanuel Magalhães. Tendo contas mal resolvidas desde o último acto eleitoral, a dupla Barbosa/ Magalhães, que outrora ostentou uma coesão invejável na gestão da autarquia, está difícil de reeditar. Vozes próximas do processo falam mesmo de uma recusa do antigo Vice em sentar-se à mesa com alguns protagonistas da última candidatura independente, como são os casos de Sara Leite, Sandro Peixoto e até mesmo do próprio José Barbosa.

Relacionada com esta posição, pode estar também uma segunda vaga de fundo, vinda de um pequeno grupo de pessoas, que tenta aliciar Magalhães para uma candidatura independente.

Fonte próxima deste grupo e do ex-Vice assegura que Magalhães «seguiu a sua vida, mas não rejeita nenhum cenário e está atento».

Freguesias

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5 OUTUBRO 2016

Centro Social e Paroquial de Ferreiros avança no início do próximo ano

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

A Paróquia de Ferreiros quer construir um Centro Social e Paroquial para responder «às necessidades da Paróquia na realização das suas diversas actividades, como catequese, grupos paroquiais e outros», como justificar o Padre Avelino Mendes que revela ainda: «temos pen-

Projecto

A construção do centro paroquial vai ser desenvolvida em dois pisos. O piso superior reúne as salas para a catequese e o piso inferior para um auditório polivalente, com aparcamento automóvel localizado em terreno contíguo à igreja e centro paroquial. O edifício será construído no sistema de pilar/viga de betão armado, com os parâmetros térreos encerrados com parede dupla em alvenaria de tijolo interior e exterior,

sado um auditório para 300 pessoas, que é uma das lacunas existentes no Concelho. Não há locais para um concerto, uma peça de teatro, para o acolhimento de encontros Diocesanos e, por isso, o Concelho precisa de um espaço destes». Um arquivo/ museu, uma pequena

as caixilharias exteriores em alumínio de rotura térmica e cobertura com teia impermeabilizante, assente sobre laje executada com vigotas de betão pré-reforçado.

O prédio é apoiado por estrada pavimentada em calçada à fiada e é servido por energia eléctrica, telefone, abastecimento de água e saneamento, as águas pluviais vazam para o terreno. O projecto foi aprovado por unanimidade pelo executivo municipal.

biblioteca e o cartório paroquial irão estar ainda inseridos neste edifício, que terá, para além do auditório, 10 salas.

O projecto, elaborado com a ajuda do Município, já está aprovado, quer pela Câmara quer pela Arquidiocese e a própria Protecção Civil já deu o seu aval posi-

tivo. O edifício ficará situado num terreno junto à residência paroquial conhecido como “Passal” e o Padre Avelino Mendes ainda não tem uma ideia sobre o valor total da obra porque há algumas condicionantes: «vamos ver se é possível apresentar uma candidatura a financiamento

público». A obra é para arrancar durante o ano Pastoral que agora se inicia, apontando Avelino Mendes o início do ano para o arranque.

Ajuda da Paróquia No entanto, o Padre Avelino Mendes está convencido que os paroquianos irão juntar-se e

ajudar na construção do Centro Social e Paroquial, caso o dinheiro seja, exclusivamente, da Igreja e dá um exemplo: «quando cá cheguei, a Igreja Paroquial precisava de obras e os paroquianos foram capazes de se mobilizar e conseguiu-se 300 mil euros para o seu restauro».

O Padre Avelino Mendes reconhece que «a Paróquia está empenhada e reconhece a necessidade de um Centro Social e Paroquial e por isso, todos juntos iremos encontrar soluções para concretizar o projecto».

O Presidente da Câmara também se juntou a esta pretensão. Manuel Moreira revelou que a autarquia ajudou na concretização do projecto e tem «esta obra no mapeamento para os fundos comunitários, mesmo sabendo que o novo quadro comunitário não está vocacionado para este tipo de intervenção.

No entanto, estaremos atentos a todas as janelas de oportunidade que possam surgir até porque reconhecemos que a Freguesia de Ferreiros precisa e merece uma obra daquelas».

Festa das colheitas

A Paróquia de Ferreiros organizou mais uma vez a Festa das

Colheitas. Uma iniciativa que pretende valorizar os produtos

da terra mas, este ano, também dar início a mais um ano Pastoral Diocesano e promover o convívio entre os paroquianos. «É importante criar comunidade e este é um dos bons exemplos que temos na Paróquia», referiu o Padre Avelino Mendes.

Para além da Eucaristia, celebrada, de manhã, no recinto da Capela de S. Miguel-o-Anjo, a tarde ficou marcada pelo

Bazar de Oferendas «com produtos trazidos pelos paroquianos, alguns deles oferecidos no Ofertório da Missa» e o habitual jogo da vaca. O bar esteve aberto todo o fim-de-semana, onde foram servidas bebidas e refeições. O dinheiro angariado irá reverter para a construção do Centro Social e Paroquial de Ferreiros.

P.A.P.

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Educação

5 OUTUBRO 2016

Causas da infecção ainda não estão apuradas mas água está fora de hipótese

Planeamento estratégico municipal precisa-se…

Para definir um plano estratégico é fundamental analisar, estruturar, sistematizar e elaborar um planeamento das respetivas atividades, ações, tempo e espaço de implementação, orçamentação e recursos humanos, financeiros e materiais necessários à sua operacionalização.

Compreender o ambiente interno e externo das organizações, dos municípios ou das empresas é fundamental compreender o ambiente, as circunstâncias, as características físicas, humanas, económicas, sociais, culturais, etc…

Elaborar uma análise SWOT observando e sistematizando informação relativa às forças (aspetos diferenciadores positivos) fraquezas (debilidades naturais, físicas ou humanas) oportunidades (circunstâncias exteriores à organização que podem ser potenciadas, exploradas ou melhoradas) e ameaças (aparecimento de novos “players” no mesmo território) Nesta perspetiva, as vantagens competitivas sendo aspetos que acrescentam valor na atualidade são simultaneamente potenciadores de novas sinergias e maior agregação de valor.

As capacidades de defesa constituem-se como os principais argumentos capazes de persuadir e defender as ideias e os projetos em que se acreditam e que podem fazer uma verdadeira diferença.

As necessidades de orientação em reorientação situam-se numa perspetiva de visão estratégica para o futuro procurando dar sustentabilidade aos projetos para o futuro baseados essencialmente na gestão das pessoas determinadas à construção de projetos organizacionais, patrimoniais, sociais, culturais e ambientais.

O planeamento estratégico deve conter também os objetivos gerais e específicos operacionais procurando incluir fatores como criatividade e inovação incorporado nas dinâmicas do empreendedorismo mobilizando e valorizando a vais valia da juventude associada à sabedoria popular e às tradições.

A valorização do território das suas terras e suas gentes verificada também na organização de eventos capazes de comunicarem e promoverem aspetos como o turismo, agricultura, o artesanato, as pequenas indústrias, cultura, entre outras contribui para a diferenciação e valorização das respetivas marcas territoriais.

A cooperação intermunicipal constitui uma mais valia para uma verdadeira sinergia de posições que de uma forma congruente e responsável pode realmente fazer a diferença construindo, desta forma, um posicionamento estratégico conducente a uma verdadeira gestão da marca territorial, contribuindo para um verdadeiro crescimento sustentado de um município.

Neste sentido, a estruturação de um planeamento estratégico sendo um documento fundamental para coordenar um rumo de um território, serve também para conciliar vontades, unir divergências e traçar um futuro para um município ou região.

Virose mandou para casa 50% dos alunos do Centro Escolar de Rendufe Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Cerca de 50% das crianças do Centro Escolar de Rendufe ficaram em casa, no final da semana passada, por causa de uma alegada virose que obrigou à desinfecção do local, à vistoria da Delegação de Saúde e à tomada de uma série de procedimentos para estancar o problema existente. O caso foi detectado na passada quinta-feira e «por precaução» cerca de 50% dos alunos ficaram em casa no dia seguinte. O Agrupamento de Escolas confirma que o problema está perfeitamente ultrapassado. «Nunca tivemos em cima da mesa o

encerramento da escola porque a Autoridade de Saúde sempre apontou para um surto infeccionário», esclarece fonte do Agrupamento. As últimas análises à água devem surgir, em breve, para se tentar perceber o que se passou. Em termos de funcionárias, «apenas foi registado um caso mas a pessoa em causa, no dia seguinte, apresentou-se ao trabalho». A mesma fonte diz que «não há nenhum motivo de alarme». A Câmara Municipal esteve, desde o início, a acompanhar o caso.

Numa comunicação afixada na portaria da

escola pela Autoridade de Saúde, é possível ler que «algumas crianças da Escola Básica do Vale do Homem teriam apresentado vómitos, com ocorrência de mais casos no dia 21. Perante esta situação, deslocou-se uma equipa de profissionais com o objectivo de recolher mais informação sobre a situação, por forma a esclarecer a sua origem». No entanto, «a equipa de saúde precisa de recolher mais dados» e como medida preventiva foi «recomendada uma intervenção imediata de arejamento, reforço de limpeza e desinfecção

das instalações e equipamentos da escola».

A Autoridade de Saúde verificou ainda a água e as refeições dos últimos dias foram alvo de análise laboratorial. O Delegado de Saúde aconselha ainda «os encarregados de educação a recorrer aos médicos de família perante a ocorrência de sintomas, sendo que as crianças só devem voltar à escola quando não apresentarem sintomas da doença». Depois das análises da água terem dado negativo, ainda não se conseguiu perceber quais as causas que levaram 50% dos alunos para casa.

Associação dos Amigos do Mosteiro de Rendufe celebrou dois anos de vida A Associação dos Amigos do Mosteiro de Rendufe celebrou dois anos de vida. A data foi assinalada com uma publicação no Facebook onde agradecem «a todos o que apoiam e contribuem para levarmos a

cabo este projecto, que é comum». Antes a Associação lembra que desde 2014 estão «a abrir janelas e a apelar que os olhares se voltem para o conjunto monumental do Mosteiro de Santo André de Rendufe» e pro-

metem continuar «a ter como princípios orientadores a salvaguarda, valorização, divulgação e promoção deste património único».

Educação

5 OUTUBRO 2016

Projecto A(colher) dá boas vindas a alunos na EB 2/3 de Amares

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

No arranque deste ano lectivo, a EB2,3 de Amares acolheu um “peddy paper” com o objectivo de dar a conhecer aos recém-chegados alunos o novo contexto escolar e assim facilitar a sua integração. Esta actividade, inserida no “Projecto A(colher)”, decorreu com todos os alunos do 5º ano (cerca de 159) e foi pensada, organizada com a colaboração de 26 padrinhos e madrinhas. O grupo de alunos vencedores recebeu, pelo seu empenho e vitória com fair play, uma lembrança das mãos do Presidente da Câmara Municipal, Manuel Moreira, e do Director do Agrupamento de Escolas de Amares, Pedro Cerqueira.

O Serviço de Psicologia do Agrupamento de Escolas de Amares em articulação com Rede Local de Intervenção Social (RLIS) da Associação de Fomento Amarense, pelo 3º ano consecutivo,

tem desenvolvido o “Projecto A(colher)” cujos objectivos principais passam «pela dinamização de acções de carácter lúdico e simultaneamente pedagógico, em contexto escolar, com o intuito de fomentar a boa convivência escolar, promovendo os princípios da cidadania e participação nas crianças e adolescentes».

Este projecto tem sido implementado através da atribuição a cada turma do 5º ano de escolaridade de um padrinho/ madrinha, alunos do 9º ano da mesma escola, com o propósito de proporcionar um apoio individual na realização de várias tarefas decorrentes do seu papel de alunos, nomeadamente em relação aos espaços da cantina, bufete, reprografia, balneários, papelaria, SASE, biblioteca, sala de estudo, transporte e outros que possam surgir. Ajudá-los ao longo do ano nas mais

diferentes dificuldades e necessidades são outras das tarefas levadas a cabo pelos padrinhos Este projecto «procura, ainda, promover nos alunos de 9º ano de escolaridade o sentido de responsabilidade, solidariedade, interajuda e respeito pelos pares; reconhecer a importância de uma cultura de escola; promover um envolvimento emocional dos alunos na optimização da convivência no seio da comunidade educa-

tiva, podendo prevenir, deste modo, alguns problemas de desajustamento e violência em contexto escolar», referem os promotores.

Refira-se que à semelhança do que tem vindo a acontecer nas edições passadas, este ano lectivo, as entidades responsáveis pelo projecto têm contado com a colaboração da Câmara Municipal na concretização das actividades.

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Liberdade, Liberdade Foi a convite dos responsáveis pelo Jornal O Amarense que aceitei, todos os meses, enquanto Presidente da Associação de Pais, escrever uma crónica onde abordasse o tema da educação sobre as suas múltiplas formas. Textos que me vinculam a mim, não só enquanto Presidente, mas também enquanto cidadão Cristóvão Gomes. E esta é a primeira diferença: não tenho uma opinião conforme o fato que visto. Mais: Aldous Huxley tem uma frase que me acompanha de forma canina: “o homem que pretende ser sempre coerente no seu pensamento e nas suas decisões morais ou é uma múmia ambulante ou, se não conseguiu sufocar toda a sua vitalidade, um mono maníaco fanático».

Mais duas ideias: «para os liberais a liberdade é um pressuposto da natureza humana, uma categoria inerente à própria personalidade do indivíduo. A liberdade consiste na possibilidade de um indivíduo decidir, sem coacção ilegítima, sobre aquilo que é seu, e de poder acordar e dispor de si mesmo em relação com os outros, enquadrado por regras sociais e jurídicas gerais e abstractas.

Já para os socialistas a liberdade é uma adição de liberdades concretas, todas elas com relevância e prévia aceitação política: a liberdade de expressão, a liberdade política, a liberdade económica, a liberdade de certos costumes sociais, etc. Estas “liberdades” não fazem parte da natureza humana, antes são uma concessão política da soberania.

Como, aliás, se tem visto, o entendimento dos socialistas é o de que não existe liberdade absoluta, e que toda a liberdade, para o ser, carece de fiscalização e de tutela política, se necessário, de redução, para salvaguardar, note-se bem, não apenas as liberdades alheias, mas essa invenção estatista que é o “interesse público”». Parafraseando Lenine, a liberdade é uma coisa tão preciosa que deve ser racionada.

Para finalizar e para quem quiser perceber, o poema Liberdade de Sérgio Godinho: Viemos com o peso do passado e da semente Esperar tantos anos torna tudo mais urgente e a sede de uma espera só se estanca na torrente e a sede de uma espera só se estanca na torrente Vivemos tantos anos a falar pela calada Só se pode querer tudo quando não se teve nada Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Só há liberdade a sério quando houver A paz, o pão habitação saúde, educação Só há liberdade a sério quando houver Liberdade de mudar e decidir quando pertencer ao povo o que o povo produzir quando pertencer ao povo o que o povo produzir

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Educação

5 OUTUBRO 2016

Associação de Pais destaca trabalho feito pelo Agrupamento de Escolas e pelo Município

Arranque do ano escolar dentro da normalidade O arranque das aulas no Concelho de Amares correu dentro da normalidade, segundo informações recolhidas junto do Agrupamento de Escolas. A própria Associação de Pais faz «um balanço positivo do início do novo ano escolar». Depois de terem sido realizadas as apresentações aos pais nos respectivos centros escolares, foi dia de recepção aos alunos também na EB 2/3 e na Secundária.

Com o quadro docente estabilizado a contratação de professores está finalizada. O processo

de colocação dos docentes para as Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) também está concluído e já estão a funcionar nos diferentes Centros Escolares.

Recorde-se que este ano, os concorrentes, pela primeira vez, foram submetidos a uma entrevista.

«Correu tudo muito bem e agora esperamos e desejamos a todos, docentes, não docentes, pais e alunos um bom ano escolar. Destacamos o bom trabalho efectuado pelo Agrupamento de Escolas e pelo Município para que tudo estivesse

a tempo e horas pronto para o arranque do novo ano lectivo», referiu o Presidente da Associação de Pais, Cristóvão Gomes, depois de contactado pelo Jornal “O Amarense”.

O Presidente da Câmara fez também um périplo por todos os estabelecimentos de ensino do Concelho dando as boas-vindas aos alunos para mais um novo ano escolar.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Regresso da Engenharia às preferências dos candidatos realçada pelo Director do Agrupamento

50 alunos da Secundária de Amares entraram no Ensino Superior

A Escola Secundária de Amares esteve em festa com a entrega de diplomas de mérito aos alunos que se distinguiram no ano lectivo anterior. O destaque foi para os 50 alunos que terminaram o 12º ano, dos quais metade entrou no ensino supe-

rior na primeira opção. O Director do Agrupamento de Escolas destacou «a vontade de vencer que originou que estes alunos tivessem sucesso», repercutido nos números: «média de 10 em todas as disciplinas nos exames nacionais e em Matemática, Filosofia e Biologia,

por exemplo, a média foi superior à nacional».

Pedro Cerqueira lembrou ainda os 32 alunos que terminaram o curso profissional, os três que entraram em Medicina e «saúdo o regresso da opção de Engenharia nas preferências dos nossos alunos, sinal que acredi-

tam no nosso país e no seu desenvolvimento».

Antes houve o lançamento do livro «Palavras Cruzadas», com textos de alunos dos oito estabelecimentos de ensino do Concelho, abrangendo crianças e jovens de todos os níveis de ensino, coordenado pelos professores Jorge Brandão e Ana Forte.

O Presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, deu os parabéns a todos os alunos e reforçou a aposta do Município na educação.

Já o Presidente da Associação de Pais, Cristóvão Gomes, deixou «registada uma palavra de agradecimento aos que cá já não estão, bem como um caloroso aceno de boas vindas aos que aqui (re) ingressam. Saberemos todos seguramente in-

tegrar e potenciar o manancial enriquecedor da diversidade de experiências, práticas e projectos aportados pelos novos colegas, como tem sucedido nos últimos anos,

estando todavia a Escola autorizada a deles esperar o empenho, volume de trabalho e compromisso», frisou.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

educação

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5 OUTUBRO 2016

Requalificação da EB 2,3 e Escola Secundária de Amares com luz verde do Ministério da Educação O Presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira, assinou, em Gaia, com o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, os Acordos de Colaboração para a requalificação e modernização da EB 2 /3 de Amares e Escola Secundária de Amares. «Se queremos ter um ensino de su-

cesso temos que proporcionar as melhores condições aos nossos alunos e isso passa por criar instalações modernas, bem equipadas e condignas», salienta o autarca, que espera que este passo «constitua um incentivo para a melhoria do sucesso educativo e da formação qualificada dos jovens

do Concelho».

Os investimentos a realizar na modernização destas escolas estão previstos no POR NORTE 2020 e rondam os 2 milhões e meio de euros. O valor das obras será suportado em 85% por verbas advindas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do

Programa Operacional Regional Norte 2020. Os restantes 15% do custo estimado, correspondentes à contrapartida pública nacional, serão pagos pelo Ministério da Educação e pelo Município de Amares.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Projecto Fénix vai ser desenvolvido nos 1º e 2º anos

Obras feitas por fases mas com necessidade de colocar contentores para actividades lectivas A requalificação da EB 2/3 de Amares vai mesmo avançar durante este ano lectivo e irá ser efectuada por blocos. Por isso, será necessária a colocação de contentores para a realização das actividades escolares, como adiantou o Director do Agrupamento de Escolas de Amares.

Pedro Cerqueira ainda não tem ideias concretas como se vão processar estas obras, em termos logísticos, mas a definição destes pormenores deve estar concluída em

breve. Também a Secundária vai ser alvo de pequenas requalificações, nomeadamente, na zona da portaria e na melhoria da segurança nos blocos de aula.

O Agrupamento de Escolas de Amares (AEA) traçou, ao abrigo do Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, o seu plano de acção estratégica nesta matéria e o Ministério da Educação atribuiu-lhe três professores para o desenvolver, só que, até agora, ainda não foram

colocados. «Estamos ainda sem saber quando e se serão colocados», Pedro Cerqueira, que admite que o arranque do ano lectivo foi organizado em função destes recursos. É a falta de informação que a Direcção do Agrupamento critica pela instabilidade que causa não saber com o que e quando contar com os recursos previstos num plano que mereceu parecer positivo, no início de Setembro.

Pedro Cerqueira descreve que o plano estratégico

Associação de Pais coloca papeleiras e caixotes do lixo na Secundária

de promoção do sucesso escolar está a ser implementado, mas «com os recursos que temos».

A estratégia abarca o 1.º ciclo, e as disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa nos restantes ciclos atendendo às prioridades definidas pelo Agrupamento. Entre as medidas inscritas no plano estratégico de promoção do sucesso escolar está o desenvolvimento das aprendizagens, através do Projecto Fénix, no 1.º ciclo, focado sobretudo nos 1.º

e 2.º anos.

A melhoria do sucesso na Matemática e Português vai ser trabalhada nos 5.º, 7.º e 10.º anos. ou seja, no início de cada ciclo. A estratégia delineada pelo AEA contempla, também,

uma vertente de formação de docentes na avaliação formativa dos alunos e na partilha de experiências pedagógicas, através da observação da prática lectiva entre pares.

A Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Amares procedeu à colocação de papeleiras e caixotes do lixo na Escola Secundária. Uma iniciativa que contou com a colaboração da Câmara Municipal que se encarregou da sua operacionalização. Segundo o Presidente da Associação de Pais, Cristóvão Gomes, «temos sempre como missão educar os alunos, nossos filhos, sensibilizando

-os para práticas que, no futuro, lhes trarão vantagens. A componente ambiental é uma delas: «colocar o lixo no sítio correcto é um pequeno gesto mas muito importante. No entanto, para isso é preciso que haja locais para esse efeito».

Respondendo também a um anseio da Direcção do Centro Escolar, a Associação de Pais colocou cerca de uma dezena de recipientes em vários pontos da Escola Secun-

dária, prevendo também algumas acções de sensibilização junto dos alunos.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

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sociedade

5 OUTUBRO 2016

Primeira Semana da Juventude e do Desporto pôs Amares a mexer Como Fazer Uma Revolução: Estratégia Ponto prévio: há dias, fui lembrado, pelos serviços do Facebook, de uma publicação minha, na qual fotografava o Parque Desportivo de Amares. Esse equipamento público que permanece, num estado lastimável, definhado ao esquecimento! Senhoras e senhores gestores da autarquia amarense, não ruborizam de vergonha?!

No encalço do que tem sido dito e escrito a propósito do famigerado novo “Verão Quente”, ou seja, acerca das ingerências sancionatórias, por parte das instâncias europeias, convém lembrar Gene Sharp: «Eu digo que a luta não-violenta é luta armada, e temos de nos apropriar dessa expressão, retirando-a aos defensores da violência que usam palavras bonitas para justificar esse tipo de combate. Neste tipo de combate, lutamos com armas psicológicas, armas sociais, armas económicas e armas políticas, que, em última instância, são mais poderosas face à opressão, à injustiça e à tirania, do que a opressão». Regresso ao livro do autor norte -americano para retomar a Revolução. Ficámos na preparação de uma estratégia, o primeiro método para se alcançarem os resultados pretendidos para a conquista dos mais profundos valores democráticos. Considera os seguintes exemplos: discordas com as regras que te subjugam às vontades de uma qualquer instituição. Infelizmente, perdeste o emprego e encontras-te agora entregue aos desmandos normativos do IEFP, que te obriga a exercer actividades a qualquer custo. Sentes que as vontades de um qualquer Governo te não interessam, e não te vês obrigado a seguir as suas orientações. Por que razão deves pagar as milionárias propinas do ensino superior? Sentes que a Justiça está totalmente orientada para os mais ricos, ou seja, um dos pilares da Democracia entregue aos prazeres de alguns privilegiados? Ora, existem organizações que põem e dispõem das suas regras, sem consulta prévia, sem se inteirarem das possibilidades das pessoas afectadas pelas decisões daquelas. É tudo verdade, e tu não sentes aquilo sozinho. Convivemos no âmbito de uma violência social patente que não deve continuar a fazer caminho. Uma professora disse-me, um dia, que a única forma de reverter os poderes do sistema é não sustentar esse mesmo sistema.

Surge, então, a altura de iniciares a tua estratégia.

Vá lá, afasta esses receios. Elabora um projecto de negação comum, abrangente e robusto. Avança e comprova que outros comungam da tua situação.

Argumenta as tuas razões e engloba os outros na tua causa. A probabilidade de almejares os teus intentos aumenta proporcionalmente ao número de companheiros que te coadjuvem. Nota que esta luta não-violenta, contínua e resiliente, encerrará resultados surpreendentemente positivos. Os paradigmas supracitados, entre muitos outros exemplos desmerecedores das nossas condições de humanos com direitos e deveres, tenderão a romper os dogmas que os fundamentam. Permite-me dizer-te o seguinte: na estação do metropolitano do Saldanha, em Lisboa, está transcrita uma frase de Almada Negreiros. Diz assim: «Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas. Só faltava uma coisa: salvar a humanidade». Está lá para que os bons espíritos a leiam.

Posto isto, e depois do planeamento da estratégia, tornar-se-á necessário vencer a atomização. Até lá, embrenha-te na estratégia. Vamos a isso?

O Município de Amares promoveu entre os dias 5 e 11 de Setembro a I Semana da Juventude e do Desporto. Com um programa diversificado, pensado para atender aos mais variados interesses e gostos, a iniciativa captou a atenção de centenas de participantes de todas as idades.

«Foi um sucesso. Foi uma semana marcada pelo convívio entre os participantes em que promovemos precisamente a partilha de experiências diversas e a boa disposição entre os mais jovens e em que fomentámos

também a prática de desporto», começou por referir o Presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, em jeito de balanço.

«O programa terminou Domingo com os Jogos Concelhios, com uma grande adesão das freguesias e eu, que também fiz questão de participar e acompanhar as actividades, gostei imenso pela forma dinâmica como os jovens, as associações e as próprias juntas de freguesia se envolveram nesta primeira edição que é, certamente, para con-

tinuar», acrescentou o autarca, deixando uma palavra de apreço também ao Gabinete do Associativismo Desporto e Juventude do Município pela forma como se empenharam na concretização desta iniciativa.

Entre 5 e 9 de Setembro, a I Semana da Juventude e do Desporto foi dedicada aos “open days” promovidos em várias associações e nos dois ginásios do Concelho, que abriram as suas portas para que os participantes pudessem visitar, conhecer e desfrutar das várias modalidades que

ali se praticam. A programação prosseguiu com muita animação e envolvimento dos amarenses que vivenciaram as mais diversas experiências, entre elas, paddle, caiaque, uma caminhada, zumba, karaté, tiro ao alvo, atletismo, parapente, bem como outras actividades desportivas que promoveram o convívio e o bem-estar entre a juventude. Das diversas propostas apresentadas, destaque, ainda, para os Jogos Concelhios (agilidade, perícia e coordenação) que envolveram 9 Freguesias de Amares.

A Câmara Municipal agradece a colaboração e participação das colectividades, Juntas de Freguesia, e outras entidades na concretização de mais uma iniciativa de valorização, aproximação e dinamização da juventude e do desporto de Amares», diz a autarquia.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Sociedade

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Câmara de Amares vai avançar com o Provedor do Idoso

A Câmara de Amares e a Comissão de Protecção do Idoso assinaram um protocolo com vista à criação do Provedor do Idoso no Concelho. Uma cerimónia informal que contou com a presença do autarca Manuel Moreira e do responsável máximo da Comissão, Carlos Branco. O Presidente da Câmara começou por dizer que «esta é uma área que me diz muito, onde estamos com coragem e determinação. Temos que olhar por todos aqueles que já fizeram tanto pelo país».

Já Carlos Branco falou «em mais uma batalha ganha que trará muitos benefícios para a população idosa».

«Estamos cientes das dificuldades e do caminho

mas com esta parceria vamos conseguir criar valor para as gentes de Amares», referiu ainda Carlos Branco, que saudou «o notório interesse» da Câmara por estes assuntos: «demostrou ter uma sensibilidade para os mais desfavorecidos, para quem mais precisa ,estando do lado deles».

Manuel Moreira reconheceu que este não será um «processo fácil de colocar no terreno» e que será a Vereadora da Acção Social, Cidália Abreu, a liderar o processo que irá culminar na escolha do Provedor do Idoso.

Provedor do Idoso Desde o início da sua actividade, a Comissão de Protecção ao Idoso considerou que era necessá-

ria a criação de uma plataforma de ligação entre as diferentes entidades locais, enquanto garante dos direitos do idoso e agente de promoção da sua qualidade de vida.

Este objectivo foi concretizado através da figura do Provedor do Idoso.

Trata-se de uma pessoa oriunda da comunidade, com idoneidade e especial sensibilidade para as questões das pessoas idosas que se pretende que sirva de ligação entre a população sénior e as diversas instituições que actuam nesta área.

Pretende-se igualmente que o Provedor do Idoso seja um elemento de ligação à autarquia, designadamente assegurando a representatividade da população sénior na de-

finição das suas políticas para o envelhecimento.

Para este efeito, as autarquias, em articulação com a Comissão de Protecção ao Idoso, são chamadas a desempenhar um papel activo fundamental na escolha e nomeação do Provedor do Idoso.

Para os responsáveis da Comissão de Protecção ao Idoso, esta iniciativa é o primeiro passo que visa a implementação da figura do Provedor do Idoso em todos os Municípios do Norte do País.

«Entendemos que qualquer tipo de intervenção social dirigida aos idosos terá de ser equacionada numa perspectiva de abordagem multidisciplinar que contemple as diferentes dimensões da

realidade do envelhecimento numa lógica de planeamento estratégico global, congregando as iniciativas das diferentes entidades governamentais e da sociedade civil».

Objectivos Neste contexto, a Comissão de Protecção ao Idoso propõe-se desenvolver um conjunto de objectivos fundamentais, nomeadamente implementar uma metodologia de avaliação diagnóstica do cenário actual e prospectivo relativamente à população idosa da Região Norte; prestar apoio especializado, através de uma equipa multidisciplinar; promover projectos, estudos e iniciativas na sáreas da segurança, saúde

e acção social, bem como o desenvolvimento de parcerias com organizações públicas e privadas. É com este desiderato que a Comissão de Protecção ao Idoso tem vindo a «desenvolver todo um esforço no sentido da protecção e promoção da qualidade da vida da pessoa idosa», desenvolvendo a sua actividade numa lógica de parceria e articulação permanente com as instituições públicas e privadas, designadamente com as Autarquias Locais, Tribunais, Forças de Segurança e APAV. Prevê-se, neste âmbito, a, a celebração de um protocolo de parceria com o Ministério Público da Comarca de Braga, no sentido da cooperação interinstitucional e a adopção de procedimentos uniformes no combate à violência e maus tratos contra idosos, onde se pretende alcançar uma plataforma de boas práticas potenciando os instrumentos legais existentes na garantia dos direitos dos idosos.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Requalificação da Associação Social de Figueiredo O Município de Amares investiu, recentemente, em obras de melhoramento na Associação Social de Figueiredo. O espaço renovado foi inaugurado na presença do Presidente da Câmara Municipal, Manuel Moreira, do Vice -Presidente, Isidro Araújo, e da Vereadora da Acção Social, Cidália Abreu.

A sede desta associação

apresentava graves problemas de infiltração de água, tanto pela cobertura como pelas fachadas, tendo-se procedido a trabalhos de revestimento e impermeabilização integral das fachadas exteriores e reparação de infiltrações de água através da cobertura. A obra, totalmente executada pelos serviços munici-

pais, contemplou, ainda, a substituição de tubos de queda para drenagem de águas pluviais, bem como a reparação e pintura integral de paredes e tectos interiores O executivo municipal de Amares destaca «a elevada importância desta empreitada como forma de responder às necessidades dos utentes des-

ta a associação, criando melhores condições para usufruto da valência». Já o presidente da Associação

Social de Figueiredo, Augusto Vieira, congratula-se com o investimento efectuado, considerando

também que «estão reunidas melhores condições para oferecer aos utentes».

P.A.P.

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Sociedade

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Amarense Flávia Barbosa ganha concurso com projecto de mobilidade O que é afinal a subsidiodependência?

Há algumas semanas fui convidado por um partido político a participar, enquanto dirigente associativo independente, num debate acerca de políticas sociais. O partido, que promoveu esta jornada à porta fechada, sentou à mesa alguns partidários, com uma figura da sua estrutura nacional, para além de diversos dirigentes e técnicos da área social. Como sou um tipo despudorado, que não perde uma oportunidade para tentar fazer chegar mensagens que julgo importantes aos centros de decisão – sejam eles da “côr” que forem -, lá fui eu deixar as minhas convicções a borbulhar (espero eu). Mas não é disso que quero falar.

Num determinado momento daquela longa, mas produtiva, reunião veio subtilmente à baila o velho chavão da “subsidiodependência”. Como este é um argumento ardilosamente usado para arregimentar simpatias, não estranhei que viesse à mesa. No entanto, espanta-me que por vezes o conceito ainda seja usado em modo “cortina de fumo”, como se todos os que beneficiam de apoios públicos fossem bezerros pendurados, a alimentar-se na vaquinha a que chamamos Estado.

Não é razoável que se confunda o “serviço público” com o “servir o público”, pois no primeiro caso também estamos a falar de serviços e competências que ao longo dos anos o Estado foi transferindo para privados, geralmente sem fins lucrativos, e que devem, por isso, ter comparticipação de dinheiros públicos.

No caso específico da economia social e em particular das IPSS - que têm estatuto de utilidade pública, empregam mais de 250 mil portugueses e já são responsáveis por 70% da ação social do país -, resisto à ideia da sustentabilidade no sentido conceptual purista dos números.

De igual forma, tendo a rejeitar que aqueles que antes chamávamos de utentes sejam hoje convenientemente apelidados de clientes, pois todos sabemos que neste conceito entra imediatamente a influência segregadora do poder de compra. Aceitar estas duas ideias é reconhecer que estas organizações já não são de solidariedade social e são, de facto, subsidiodependentes.

Em minha opinião, qualquer organização que legitimamente preste serviços acessórios, que não correspondam a carências públicas identificadas, mas sim a necessidades complementares que incrementam qualidade de vida nas populações, devem ser dirigidas, essas sim, a clientes e devem ambicionar a sustentabilidade, tentando não depender de dinheiros públicos.

Exercício: Não vou entrar em temas “quentes”, como o da recente polémica dos colégios privados, no entanto, deixo que o leitor reflita sobre serviços prestados, por exemplo, de envelhecimento, educação, cultura, deficiência, animação e festas, saúde, turismo, pobreza, prática desportiva, alcoolismo, literacia, emprego, empreendedorismo, ensino das artes, ou violência doméstica. Misturei-os para que possa identificar por si onde há utentes e onde há clientes.

São todos importantes nas sociedades contemporâneas, mas estabelecidas as prioridades julgue por si que organizações vivem na subsidiodependência.

E já agora, com as prioridades claramente estabelecidas, será isso um pecado?

A ideia vencedora é um conceito de autocarro para utilizadores de bicicleta, permitindo que transportem as suas bicicletas no interior do veículo. Este autocarro possibilitaria aos residentes no Município de Guimarães, que residam

nas Freguesias, trazer as suas bicicletas para utilização na zona urbana da cidade. A ideia podia ser alargada adicionalmente para funcionar como estação móvel de aluguer de bicicletas.

O projecto premiado foi desenvolvido por um

grupo multidisciplinar constituído por Flávia Barbosa, uma amarense que é licenciada em Engenheira Mecânica e frequenta actualmente um Programa Doutoral em Líderes para as Indústrias Tecnologias do MIT Portugal na Universidade do Minho, sendo acompanhada na autoria do projecto por Pedro Baptista, licenciado em Design de Produto pela Universidade do Minho, e Raquel Figueiredo, formada em Engenharia da Energia e do Ambiente e actualmente aluna de Doutoramento na área de Sistemas de Energia Sustentáveis do MIT Portugal na Faculdade de Ciências da Universidade

de Lisboa.

A ideia de mobilidade desenvolvida venceu o concurso DesignDAY promovido pelo MIT Portugal, Universidade do Minho e Município de Guimarães. O conceito “B.Bus” acabou vencedor pela sua originalidade e criatividade, numa proposta que venceu o concurso Guimarães Green Urban Challenge, na primeira edição do DesignDAY. A materialização deste projecto está também envolvida na candidatura da cidade berço a Capital Verde Europeia.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Câmara assinalou Dia Mundial do Turismo chamando à atenção para o problema das acessibilidades Dar a conhecer os encantos do património histórico, cultural, religioso e arquitectónico do Concelho, assinalando o Dia Mundial do Turismo, este ano dedicado “Turismo para TODOS – promover a acessibilidade universal”, foi o propósito de um programa de actividades promovido, pelo Município de Amares.

“Amares, o Destino Inclusivo” foi o tema eleito para esta iniciativa que proporcionou um dia diferente aos utentes do Ser Igual – CAO (Centro de Actividades Ocupacionais de Amares).

«A Câmara Municipal de Amares integrou um plano da Porto e Norte de Portugal na comemoração do Dia Mundial do Turismo, este ano rela-

cionado com o problema da inclusão e promoção de acessibilidade, pretendendo chamar a atenção para o problema das acessibilidades aos monumentos», começou por explicar o Vice -Presidente e Vereador do Turismo da Câmara de Amares, Isidro Araújo.

«Através de dois dos nossos grandes símbolos do património decidimos mostrar as acessibilidades desses locais, até por oposição a um terceiro que é o Mosteiro de Santo André, em Rendufe, que necessita também de condições de acessibilidade para todos», acrescentou, sublinhando que o Município de Amares «está a fazer todos os esforços» junto da Direcção Regional da

Cultura do Norte para criar uma plataforma de acesso ao primeiro andar no respectivo monumento.

O programa de actividades para assinalar esta efeméride começou com uma visita guiada ao Mosteiro de Bouro Sta. Maria, após a qual os participantes seguiram

rumo ao Santuário da Nossa Senhora da Abadia, local onde tiveram oportunidade de conhecer melhor o espaço e desfrutar de um almoço convívio.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

FREGUESIAS

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Pilotos já aterram com nova pista de aterragem de parapente em Amares Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Depois da adrenalina vivida nos céus sob asas, os pilotos de parapente podem agora aterrar em terras de Amares com mais segurança e melhores condições na nova pista já em funcionamento, num terreno adquirido pela Câmara Municipal de Amares.

Lembrando que este terreno foi adquirido com o objectivo de oferecer melhores condições aos amantes desta modalidade, cada vez mais procurada no Concelho, o Vice-Presidente da Autarquia e Vereador do Desporto, Isidro Araújo, congratula-se com o fac-

to de estarem reunidas «as condições básicas» para que o AbouaAboua possa exercer a sua actividade desportiva no Concelho. «É com muita satisfação que percebemos que depois de muito trabalho foi possível cumprir aquele que era o objectivo de todos. Sabemos que ainda há coisas a corrigir no espaço, precisamos de fazer alguma limpeza no monte que comprámos, retirando, nomeadamente, as bases das árvores que foram cortadas para limpar melhor o terreno e evitar no futuro qualquer tipo de acidente.

De qualquer forma estão criadas boas condições para a prática deste desporto», sublinhou Isidro Araújo.

«Houve uma excelente adesão dos desportistas, segundo o Aboua Aboua nos comunicou, e claro que estaremos durante

os próximos tempos no finalizar da pista de aterragem para que fique com as melhores condições possíveis». Em jeito de inauguração os pilotos voaram até ao pôr-do-sol e promoveram entre si um alegre convívio.

Caldelas festejou Senhor da Saúde A vila de Caldelas celebrou, no fim-de-semana de 10 e 11 de Setembro, as festividades em honra do Senhor da Saúde.

O programa incluiu a actuação da Marcha de Caldelas e do grupo vilaverdense Verde Canto, esta última no âmbito da animação de Verão da Câmara de Amares e da Junta de Freguesia local, no primeiro dia. No Do-

mingo, destaque para a missa solene e para a actuação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Amares, num dia que fechou com as sonoridades dos Enllace Music.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Opções de Investimento

Perplexidade…! Este foi o sentimento resultante das palavras proferidas pelo Presidente da Câmara Municipal de Amares na última sessão da Assembleia Municipal.

Com efeito, após ser interpelado a esclarecer os motivos subjacentes à contracção de um empréstimo de um milhão de euros destinado à requalificação da rede viária e à falta de previsão de melhorias ao nível do saneamento nas intervenções mais oneras, o Presidente da Câmara, além de não conseguir dar uma resposta cabal, ainda afirmou não estar disponível para efectuar um investimento na Estrada Nacional nº 205 enquanto não substituir a respectiva conduta de água. Isto apesar de a “Estradas de Portugal” ter dotação orçamental para a respectiva intervenção e beneficiação.

Fazendo uma retrospectiva e não obstante os cuidados adoptados, é publicamente reconhecida a agravação dos problemas inerentes à distribuição de água aos munícipes! É, pois, com estupefacção, que assistimos a uma clara e inequívoca intenção do Presidente da Câmara Municipal em adiar a realização de mais uma obra estruturante para o Concelho!

Faz todo o sentido não se proceder à beneficiação da Estrada Nacional sem que antes se resolva um problema que atinge um número elevado de Amarenses: utilizar um milhão de euros em acessibilidades, em que 54% desse valor se destina ao melhoramento de caminhos municipais que servem, nomeadamente, as residências do Presidente e do Vice-Presidente da Câmara Municipal, em detrimento da instalação de uma nova conduta de água na EN 205, não pode ser senão indiciar uma opção errada e um grosseiro erro de gestão.

Na verdade, privar os Amarenses de um serviço de distribuição de água condigno, contrariamente à apologia eleitoralista do Sr. Presidente da Câmara, poderá não significar mais do que um dos pontos do negócio firmado entre este e o líder do PSD, agora também corroborado pelo actual líder do CDS. Um milhão de euros de financiamento bancário, se utilizado em intervenções passiveis de obtenção de fundos comunitários, poderia alavancar investimentos na ordem dos cinco milhões…! É tudo uma questão de contas e, quiçá, de opções previamente negociadas nos bastidores da democracia…!

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Educação

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Associação Educação Cultura e Artes forma jovens músicos

«Apostamos num ensino individual e de qualidade» transversal, clarinete, saxofone, trompete, trompa, trombone, canto e precursão. Há, depois, aulas em turma de formação musical e aulas de conjunto. Segundo João Ferreira, a associação está bem equipada a nível de material, em termos de qualidade e quantidade, precisando neste momento de adquirir uma bateria. «Certamente que vai chegar, mais dia ou menos dia.

Tentamos sempre dar as melhores condições aos nossos alunos», frisa.

Projecto sustentado Os responsáveis da Associação Educação Cultura e Artes procuram, acima de tudo, «um projecto Aos Sábados de manhã, a sede da Associação Educação Cultura e Artes (AECA), em Ferreiros, abre as portas para ensinar música às mais de duas dezenas de jovens que actualmente frequentam a escola. Este ano lectivo começou com a entrada de oito

novos alunos do primeiro ciclo, o que traduz uma «dinâmica mais activa» e de aposta nos alunos mais novos, através de uma «maior divulgação» e «proximidade» com os Centros Escolares.

«Se aparecer um aluno de 15 ou 16 anos, é óbvio que não lhe fecharemos

as portas, mas estamos a apostar sobretudo em alunos mais novos, para que possam ter uma formação contínua, porque apostamos na qualidade. Temos um sistema de trabalho diferente das outras escolas do Concelho, com um ensino personalizado. Focamo-nos

sustentado», que permita a esta jovem colectividade amarense, que leva oito anos de actividade, crescer de forma gradual e sem riscos. «Num projecto como o nosso, que precisa de ser sustentado, não podemos passar de 20 para 100 alunos de um momento para o outro. Tendo em conta que estamos a falar de um ensino individualizado, está dependente da disponibilidade dos professores e das próprias instalações», explica o Secretário da Direcção, Pedro Pereira.

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

naquilo que é o aluno e não o que são os alunos todos. O médico também só atende um paciente de cada vez, não é?», explica o director pedagógico, João Ferreira.

A AECA – Escola de Música promove, por isso, aulas individuais de piano, violino, guitarra, flauta

Oficialização da escola de música no horizonte A oficialização da escola de música da AECA, «tornando-a cada vez mais profissional e, se possível, inserindo-a no sistema de ensino», é um dos planos que a associação tem para o futuro, como revelou o Tesoureiro, Emanuel Gonçalves. O responsável lembra, contudo, que se trata de um «projecto difícil».

De resto, apesar de «o foco ser sempre a música», a associação pretende «ter outras valências», dentro das

áreas da Cultura e das Artes. «Sobre a Universidade Sénior já houve algumas ideias e algumas movimentações. Ainda não chegou o tempo, mas provavelmente será uma coisa que a AECA vai fazer nos próximos tempos», frisou. A associação está, por isso, «aberta e disponível para fazer outras coisas ligadas à Cultura, sobretudo responder ao que não existe no mercado».

Em termos financeiros, Emanuel Gonçalves assegura que as «contas

estão equilibradas», com o «essencial para fazer face às despesas». «Tal como todas as colectividades deste género estamos um pouco condicionados e precisamos sempre de patrocínios.

Em termos de propina, os alunos pagam entre 30 a 35 euros por mês, o que é muito baixo, tendo em conta a qualidade e o ensino individualizado», realça.

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

sociedade

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“José Barbeiro” ainda continua a ir todos os dias à barbearia situada no largo D. Gualdim Pais

70 anos na arte de barbeiro

barbeiro, no posto da GNR. A ira do cabo não havia meios de acalmar.

“Querem fazer a barba, façam-na à mão” gritava o agente. Até que um cliente mais destemido retorquiu: «mas eu não posso fazer à mão porque não consigo!”. Uma resposta que serviu para que todos fossem para casa e para que o domingo passasse a ser um dia mais descansado lá para os lados da barbearia.

Entrar na barbearia do Sr. José é um encanto. Entra-se num mundo de lâminas, pentes, máquinas e cadeiras que batem e muito os salões modernos. Porque todos os objectos têm uma história e têm a paixão de quem começou aos 14 anos a dedicar-se a esta arte.

“José Barbeiro”, como é conhecido, tem 86 anos de vida e 70 de profissão. Foi através de um cunhado que começou a arte do corte de cabelo e desfazer de barbas. Se aos 16 assume que esse

seria o caminho, aos 19 já lida as tesouras e lâminas com mestria. Começou por se instalar na “Feira Nova”, onde ainda mantém velhas e sólidas amizades, mas mudou-se depois para o Largo D. Gualdim Pais, mesmo em frente à renovada Biblioteca Municipal.

As memórias são muitas.

Inicialmente, trabalhava às sextas e sábados e quando desafiado para tomar conta da actual barbearia fala com o pai e decide para a sua aquisição. «1200 escudos foi

O “compincha” José tem um “compincha” com ele na barbearia. Antigo “aluno” esteve décadas a trabalhar na Venezuela quando se reformou decidiu regressar à terra e ao Concelho natal. «Pediu-me para vir para trabalhar comigo e eu aceitei».

Um cliente entra para “cortar o cabelo por todo”. A cadeira é logo

ajustada, o material colocado em ordem e José ajuda o companheiro a fazer o trabalho, sem antes tratar do encosto da cadeira que, logo naquela altura, teimou em desatarraxar-se.

quanto paguei para ficar com este espaço», recorda José, «que tinha uma cadeira, um espelho e uma mesinha», muito pouco para quem queria singrar no oficio. A “falência” de uma barbearia em Braga foi a solução para José: «trouxe de lá duas cadeiras que as restaurei e que ainda hoje, são as utilizadas pelos clientes e mais algum material».

No antigo regime, a barbearia estava aberta às 4ªs, 6ªs, sábados e domingos e era um corri-

dinho de homens para apararem o cabelo e desfazerem a barba. No entanto, o dia maior, o Domingo, era também o dia de maiores dores de cabeça. A GNR andava sempre atrás de José porque o Domingo era sagrado e as multas iam aumentando. Um dia acabam, clientes e

Fiscais Outra história que José conta divertida tem os vizinhos da mercearia como protagonistas. O barbeiro costuma ir lá fazer o seu trabalho mas estava sempre alerta por causa dos fiscais. «Um dia, estávamos mais descontraídos, e a comentar que os fiscais ainda apareciam. Ora mesmo por detrás de nós, ouve-se uma voz: “não tem perigo nenhum, pode continuar a fazer o seu trabalho”. Era um fiscal!».

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Há mais de 60 anos que está instalado em Amares e José intercalava a barbearia com a profissão de carteiro.

«Primeiro distribuía as cartas de bicicleta mas depois comprei uma pequena motorizada. Fazia o trabalho depressa porque o queria era mesmo vir para a barbearia», recorda o homem que também foi “professor”.

«Ensinei esta arte a 6/7 rapazes mas só um é que ainda hoje tem um estabelecimento em Braga.

Os outros ou emigraram ou estão a fazer outras coisas».

Hoje o negócio está bem diferente: «antigamente, era um corridinho de pessoas a entrar e a sair».

Agora, «está tudo muito mais parado. Quem entra é para tratar do cabelo». Mas, uma coisa é certa, ninguém tira José da barbearia. «Enquanto puder hei-de trabalhar sempre. Venho para aqui e entretenho-me».

Cerca de 70 pessoas juntaram-se na homenagem Cerca de 70 pessoas juntaram-se para homenagear o “Zé Barbeiro” não só pelos seus 86 anos de vida mas, sobretudo, pelos 70 de profissão da qual faz um exemplo e ainda anda de tesouras e pentes na mão, a cortar barbas e cabelos dos clientes habituais.

A boa disposição é o

nome do meio deste alegre barbeiro que teve direito a esta festa de homenagem, não só pela idade mas pelo tempo de profissão. Depois da Celebração da Eucaristia na Igreja de Amares, o homenageado, família e convidados juntaram-se num restaurante no Largo D. Gualdim Pais.

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educação

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Instituto Superior de Saúde do Alto Ave já abriu as portas em Amares

Marcelo Rebelo de Sousa inaugura ISAVE no dia 19 de Outubro O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai inaugurar as novas instalações do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (ISAVE), em Amares, no próximo dia 19 de Outubro, numa ocasião que marcará também o início oficial do ano lectivo 2016-17, anunciou o gestor do Grupo Amar Terra Verde, João Luís Nogueira, que actualmente detém o ISAVE. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, está também convidado, embora ainda não tenha confirmado a

presença.

As aulas iniciaram a 19 de Setembro, com 120 alunos divididos pelas licenciaturas de Enfermagem, Fisioterapia e Prótese Dentária e pelos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP) de Serviço Familiar e Comunitário, Termalismo e Bem-Estar.

O edifício onde funcionou o pólo de Amares da Escola Profissional Amar Terra Verde foi alvo de uma requalificação – num investimento superior a 200 mil euros – para poder receber o ensino superior e tem actual-

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

mente capacidade para 228 alunos. Possui salas para aulas teóricas, salas técnicas de enfermagem devidamente equipadas, ginásios de fisioterapia capacitados com equipamentos específicos, laboratórios de ciências biológicas, laboratórios de prótese dentária, biblioteca, cantina/bar e um serviço permanente de resposta aos estudantes. Precisa, segundo João Luís Nogueira, de ser vedado e de possuir uma portaria, no sentido de criar uma «zona privada, que dê segurança, qualidade e conforto».

João Luís Nogueira quer provar que o ensino superior no Vale do Homem tem potencial

«Este é o ano da afirmação» Para o gestor do Grupo Amar Terra Verde, João Luís Nogueira, este «é um ano importante» e de «afirmação» do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (ISAVE) num novo território, com um «projecto de grande responsabilidade financeira e ao mesmo tempo de grande alcance so-

cial» que precisa de parcerias fortes.

«Temos que provar que somos competentes e que o ensino superior no Vale do Homem tem potencialidades. Isso é algo que não se faz só pela entidade instituidora do ISAVE, faz-se com todos os intervenientes do território. Se todas as

entidades, instituições e empresas dos diversos sectores e da economia social acham que é necessário uma instituição de ensino superior, então que apostem nela.

Que a credibilizem, que a desafiem e que a responsabilizem para que realmente o ISAVE possa ser um actor interve-

niente», afiança.

Para João Luís Nogueira, «o ISAVE vai, com certeza, mexer com a economia local e dar uma oportunidade cómoda e de qualidade aos jovens que o procurem, não só os da proximidade, mas de todo o distrito».

Chegar aos 200 alunos Os actuais 120 alunos que integram o ISAVE representam ainda um número «curto» em termos financeiros.

«O ideal seria termos 150 para sairmos da linha crítica de auto-suficiência. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia. Sabemos o desgaste a descredibilização que o ISAVE teve sobretudo de 2011 a 2015», frisa o

gestor, que coloca as duas centenas de alunos como «um número exemplar». «Ter 200 alunos no ensino superior em Amares representaria virar o Concelho de pernas para o ar no bom sentido. Era uma renovação da vila», aponta.

Este ano lectivo, num momento em que as matrículas ainda se encontram abertas, o ISAVE recebeu já a entrada

de cerca de 50 novos alunos para o primeiro ano. «Nota-se que, de ano para ano, granjeamos mais confiança e mais credibilidade. As famílias acreditam no nosso instituto e nós temos que ter capacidade para ministrar uma formação de qualidade.

Temos que fazer tudo muito bem feito, de forma muito criteriosa, para que no próximo

ano possamos ultrapassar esta linha crítica de auto-suficiência», frisa João Luís Nogueira.

O ISAVE começou a funcionar em 2002, na Póvoa de Lanhoso, tendo entrado em insolvência em 2011. Foi comprado, quatro anos depois, pelo Grupo Amar Terra Verde, que detém a Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV).

Chega agora a Amares,

instalando-se no edifí- ca que frequentar um cio onde funcionava o Curso Técnico Superior pólo da EPATV. Profissional no ISAVE ou numa escola públi«Provável» isenção de ca terá basicamente os propina nos TeSP mesmos cursos. É uma Segundo João Luís No- oportunidade para os gueira, ao nível Cursos residentes e para os joTécnicos Superiores vens das proximidades Profissionais, «provavel- poderem ter uma formente haverá isenção mação superior a cusde propina», porque tos do público, a custo «existe uma candidatu- zero», vinca. ra para financiar estes cursos». «Isso signifiR.C.

Educação

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Recepção ao Caloiro promoveu integração dos alunos A Associação de Estudantes do ISAVE preparou, nos dias 29 e 30 de Setembro, a Recepção ao Caloiro, para dar as boas-vindas aos novos alunos, com um programa que incluiu várias actividades e que «superou as expectativas».

«A recepção decorreu no espaço da universidade e por Amares, com o objectivo de dar a conhecer a Vila e promover a integração de todos os alunos, não só dos que chegaram de novo. Foram momentos de puro divertimento, companheirismo e camaradagem», assinala o

Presidente da Associação de Estudantes, Gonçalo Fernandes.

A Associação tem pensadas várias iniciativas para realizar durante o ano lectivo, «que pretendem envolver os jovens no seio da comunidade local». «Para além de actividades ligadas à vida académica, como festas académicas, actividades desportivas e recreativas, estamos também a estudar algumas acções de solidariedade em colaboração com associações locais», anunciou.

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

Grupo Amar Terra Verde exige 2,9 milhões à Câmara de Amares

O Grupo Amar Terra Verde interpôs uma acção administrativa no Tribunal de Braga a exigir à Câmara Municipal de Amares o pagamento de 2,9 milhões de euros por entender que o actual executivo não honrou um contrato promessa

de compra e venda para passar a propriedade do edifício onde actualmente funciona o ISAVE para o nome da Amar Terra Verde.

«Em 2004, o então Presidente da Câmara, José Barbosa, assinou um contrato promessa de com-

EPATV festeja 23 anos com «muito orgulho» no percurso feito

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

pra e venda com a sociedade Escola Profissional Amar Terra Verde. A Câmara estava a construir o edifício e comprometia-se a vendê-lo depois de pronto. A escola pagou um milhão e 443 mil euros por aquele edifício.

Os actuais responsáveis da Câmara, que têm que honrar os compromissos e as heranças, não se mostraram disponíveis para cumprir esse contrato. Herdei essa situação e enquanto gestor responsável, defensor do património da sociedade, só podia exigir que fosse cumprido o contrato»,

disse João Luís Nogueira ao jornal “O Amarense”.

Segundo o actual gestor do Grupo Amar Terra Verde, «o edifício é da Câmara», mas o actual Presidente da autarquia, Manuel Moreira, assumiu um «compromisso de honra em como legalizado um problema da urbanização e do terreno faria a escritura em favor da EPATV». «Depois de tentar três marcações para fazer a escritura, a falta de comparência da Câmara levou-me a levantar uma certidão no notário no sentido de dizer que a entidade que vendeu

o edifício não compareceu», frisa.

Neste momento, o Grupo Amar Terra Verde exige «o pagamento do sinal em dobro», ou seja, perto de 2,9 milhões de euros.

«Há tempos para tudo.

O tempo da escritura e o tempo dos acordos já passou. A Câmara Municipal de Amares quer ter uma instituição de ensino superior no seu território? Então faça um acordo de comodato para que possamos funcionar num edifício que é deles. Neste momento é só disso que precisamos», garante.

Moreira diz que «não tem pés nem cabeça»

A Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) festejou recentemente o seu 23º aniversário, num dia de «alegria», «satisfação» e «muito orgulho pelo

trabalho desenvolvido», segundo João Luís Nogueira. «Este é um projecto que em boa hora as Câmaras Municipais de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde

fundaram. A escola tem tido a capacidade de acrescentar mais e melhor educação, mais e melhor solidariedade e mais e melhores parcerias. Aquilo que nos se-

duz é o que é diferente, porque a qualidade assenta essencialmente na diferença», realçou.

O Presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, assegura que «o edifício é propriedade das Câmaras de Amares, Vila Verde e Terras de Bouro» e frisa que os fundamentos apresentados por João Luís Nogueira «não têm pés nem cabeça». «Estou perfeitamente tranquilo sobre essa matéria. Com a privatização da Escola Profissional Amar Terra Verde, todo o património ficou na posse das três Câmaras», garantiu.

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sociedade

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Projecto “Valor Humano” desenvolvido pela Valoriza instala-se, em definitivo, na antiga escola de Amares A Câmara de Amares cedeu em regime de comodato e a título gratuito, o edifício da antiga EB 1 do Eirado (antiga escola dos planos centenários), à Valoriza e à Fábrica da Igreja de Amares. A IPSS amarense irá instalar nesse edifício a resposta social temporária, “Valor Humano 3G – Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS)” que actuará no Concelho de Amares, no triénio 2015/18, trabalhando as problemáticas do desemprego, das famílias e da pobreza e das instituições.

No entanto, segundo o contrato assinado pelas três partes, a Câmara cederá definitivamente o edifício em favor da

Valoriza, caso esta tenha sucesso «na obtenção de condições para edificar o projecto de Lar Residencial para a Deficiência». Para isso, a Valoriza terá que «desenvolver, no prazo do contrato de comodato, seis anos, projectos candidaturas e outras iniciativas que possam levar à concretização» do tal Lar Residencial.

Já a Fábrica da Igreja terá acesso às zonas de utilização exclusiva ou partilhada zelando pela manutenção e limpeza das zonas do edifício constantes no mapa anexo ao contrato.

Quanto ao resto, caberá à Valoriza a manutenção e despesas correntes inerentes ao funcionamento do edifício.

P.A.P.

Novo regulamento da água, saneamento e gestão de resíduos urbanos entra em vigor em Outubro Vai entrar em vigor, a partir do mês de Outubro, o novo regulamento e tarifário dos serviços de abastecimento de água, recolha e tratamento de águas residuais e recolha de resíduos sólidos urbanos do Município de Amares. A introdução de tarifas sociais e familiares

é uma das principais novidades.

A implementação do tarifário social prevê que os munícipes abrangidos por estas tarifas fiquem isentos do pagamento da tarifa fixa e que o primeiro escalão passe a ser dos 0 aos 15 m3, quer nos serviços de

abastecimento de água, quer no saneamento de águas residuais.

Já as famílias com agregado superior a quatro elementos vão passar a ser abrangidas pelo tarifário específico para famílias numerosas.

Segundo a autarquia, «a medida traz novos

benefícios às famílias amarenses mais numerosas e em situação de vulnerabilidade social».

Para usufruir do tarifário social ou do tarifário especial para famílias numerosas, os munícipes devem dirigir-se à secretaria dos serviços municipais.

P.A.P.

Sociedade

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Alberto Santos apresentou “Para Lá de Bagdad” em Amares dos e inesperados jogos de poder, o emissário do califa descobre um mundo novo. Ao mesmo tempo, em Bagdad, assiste-se ao início de uma nova era: os sábios são perseguidos e os livros queimados na praça.

Assumindo-se como um apaixonado pelos livros e pela investigação histórica, Alberto Santos, que é comissário do prestigiado

A Biblioteca Municipal Francisco Sá de Miranda, em Amares, recebeu a apresentação do livro “Para Lá de Bagdad”, da autoria de Alberto Santos, que exerceu as funções de Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, de onde é na-

tural, entre 2001 e 2013.

A obra narra a história Ahmad ibn Fadlan, emissário do califa, que em Junho de 921 parte de Bagdad para uma missão de risco na Bulgária do Volga, um território que actualmente pertence à Rússia. Dei-

xa os mestres e companheiros da Casa da Sabedoria, que ergueram a época dourada do Islão.

No caminho, Ahmad enfrenta diversos perigos, que o levam a alterar o rumo da viagem e a dirigir-se para as ter-

evento literário Escritaria, em Penafiel, tem-se dedicado, ao longo da última década, à escrita. Antes de “Para Lá de Bagdad”, lançado em Maio deste ano, escreveu “A Escrava de Córdova”, “A Profecia de Istambul” e o “O Segredo de Compostela”.

Ricardo Costa oamarense@gmail.com

ras nórdicas do sol da meia-noite. Acaba por viver um amor proibido com a escrava do tio, Zobaida, que o faz repensar toda a sua existência.

Por entre climas adversos, costumes bárbaros de povos não civiliza-

Governo anuncia para “breve” formação de Presidentes de Junta na área da Protecção Civil O Secretário de Estado da Administração Interna anunciou o lançamento de um protocolo com a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) que visa a formação dos presidentes de junta de todo o país na área da Protecção Civil. O objectivo é o «reforço» do papel daquelas autarquias junto das entidades de socorro.

Jorge Gomes considera «fundamental» o envolvimento das Freguesias na área da Protecção Civil, argumentando que os Presidentes de Junta «são

os que estão mais próximos das populações».

«Em breve, vamos criar manuais destinados aos elementos das juntas e criar também a figura do orientador de catástrofes.

Ou seja, o Presidente da Junta de Freguesia, como conhecedor do território irá dar indicações a todas as entidades de socorro», explicou, acrescentando que «já decorrem reuniões de trabalho [com a ANAFRE] para desenhar o modelo».

O governante adiantou também que estão a

decorrer encontros entra a tutela, a Liga dos Bombeiros Portugueses e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para sejam ultrapassados “alguns obstáculos”, relativos à inspecção e vistoria de viaturas.

«Queremos simplificar o processo e evitar que hajam casos em que se demore dois ou três meses para inspeccionar uma viatura», apontou o Secretário de Estado.

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Amares e Terras de Bouro aderem ao projecto ‘Pimpolho’, de prevenção e combate à diminuição de visão nas crianças

Amares e Terras de Bouro aderiram ao projecto O ‘Pimpolho’, de prevenção da ambliopia, desenvolvido desde 2014 por iniciativa do Hospital de

Braga e do Município de Braga. Juntam-se também os concelhos de Vila Verde, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho.

Este foi o primeiro pro-

jecto em Portugal a rastrear a ambliopia com uma única consulta em crianças com idades entre os 3 e os 4 anos. «Nos últimos dois

anos, cerca de duas mil crianças dos Jardins de Infância do Concelho de Braga foram abrangidas por este projecto de detecção precoce da

ambliopia, permitindo concluir que em cada 20 crianças, uma tem ambliopia», avança o organismo promotor. A partir do mês de Outubro o projecto será alargado a mais cinco concelhos e vai abranger 1.600 crianças por ano.

Trata-se de uma doença exclusiva da infância e que, se não for tratada, «é irreversível, podendo mesmo levar à cegueira». «Mais de 90 por cento das crianças diagnosticadas com ambliopias nunca tinham dado qualquer sinal que algo poderia não estar bem com a sua visão», explicou, entretanto, Sandra Guimarães, oftalmologista pediátrica e mentora do projecto, adiantando que o ‘Pimpolho’ permitiu, ainda, detectar outras doenças oftalmológicas, como estrabismo, astigmatis-

mo, hipermetropia.

Todas as situações detectadas são encaminhadas com uma carta aos encarregados de educação, aconselhando uma consulta de oftalmologia. Do concelho de Braga, 100 por cento das escolas públicas aderiram ao projecto.

Num inquérito realizado a cerca de 400 pais, o hospital concluiu que apenas 23% sabia da existência de ambliopia, passando este valor para 74,5% após a implementação do ‘Pimpolho’.

As autarquias envolvidas no projecto assumem o transporte entre a escola e o hospital, assim como a logística de agendamento com os estabelecimentos

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Governo prolonga período crítico de incêndios até 15 de Outubro

O governo que prorrogou até 15 de Outubro o período crítico de incêndios no âmbito

do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios. Segundo dados do Sistema Europeu de

Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) Portugal registou, até ao momento, metade da

área ardida na Europa. O Norte do país é a região mais afectada.

O período em causa estende-se normalmente até 30 de Setembro. No entanto «por força das circunstâncias meteorológicas excepcionais», o Secretário de Estado das Florestas, Amândio Torres, decidiu prolongar este período, mantendo os dispositivos de vigilância e combate a incêndios em estado de

alerta.

Para Amândio Torres, «as condições meteorológicas determinam a adopção desta medida, tendo em conta que se prevê tempo seco e quente e ventos, ou seja, a conjugação de factores “amigos do fogo”, que ajudam à propagação de incêndios e que podem transformar qualquer pequena ocorrência num enorme desastre».

Por isso, acrescenta o Secretário de Estado, «penso que se justifica este esforço acrescido das instituições, nomeadamente das corporações de bombeiros, cujos elementos estão nesta altura já exaustos, tendo em conta o nível de esforço que lhes tem sido exigido».

F.A.

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Câmara atribuiu 20 mil euros ao Centro Social do Vale do Homem A Câmara de Amares vai atribuir ao Centro Social do Vale do Homem (CSVH) um subsídio de 20 mil euros depois da proposta ter sido aprovada por unanimidade em reunião do executivo. O Município lembra que «é dever das autarquias locais, participar na prestação de serviços e prestar apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade, em parceria com as instituições particulares de solidariedade social», como é o caso do CSVH. Ainda segundo a proposta «o CSVH tem por objecto social a prestação de serviços de

apoio a crianças e idosos, constitui uma verdadeira referência na área social deste Concelho e dos Concelhos vizinhos» e «tem prestado um contributo inestimável a Amares quer ao nível da empregabilidade, quer ao nível do acolhimento residencial de vários munícipes amarenses, quer, ainda, através do apoio domiciliário efectivado a utentes do Concelho de Amares».

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Sociedade

5 OUTUBRO 2016

Amares continua a apostar na projecção dos seus vinhos senrolar da vindima e, finalmente, de saborear os petiscos típicos do concelho, acompanhados por uma prova dos vinhos produzidos pela Quinta D´Amares.

A iniciativa surgiu no âmbito do International Wine Lover Symposium 2016, através do qual a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes proporcionou aos participantes no

Amares recebeu a visita de um grupo de 17 “winewritters”, “retailers profissionais” e amadores de diferentes partes

do mundo (Portugal, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Alemanha, Reino Unido, Suécia, Ucrânia, etc). Durante a visita a

uma das produções vinícolas do Concelho – a Quinta D´Amares – os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer

simpósio uma visita à Região dos Vinhos Verdes. Durante dois dias os participantes percorreram as diferentes Sub Regiões da Região dos Vinhos Verdes entre elas a sub-região do Cávado onde se insere a Quinta D´Amares.

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um dos mais importantes mosteiros do concelho, o Mosteiro de Santo André de Rendufe, bem como, de observar o de-

Amares recebeu Gala de Distribuição de Prémios da Campanha Desportiva de Columbofilia Cerca de 150 columbófilos foram, hoje, homenageados pela Associação Distrital de Braga recebendo os prémios referentes às provas de 2016. Amares foi o Concelho escolhido para acolher a iniciativa que juntou centenas de pessoas, «num número recorde de participações», como foi revelado pelo Presidente da Associação Distrital. A iniciativa contou com a presença do Presidente da Câmara de Amares.

Manuel Moreira congra-

tulou-se pela «escolha de Amares para esta cerimónia», mostrando-se surpreendido pela quantidade de pessoas presentes e pela dinâmica demonstrada pela columbofilia. O Município contribuiu com lembranças para os presentes e, no final, o autarca desafiou os participantes a conhecerem o Concelho, «um dos mais bonitos do país».

Neste evento, que distinguiu os melhores columbófilos, pombos e colectividades, estive-

ram representados os Município de Amares e de Fafe, bem como, as Associações Columbófilas de Aveiro, Porto e Viana do Castelo. O momento contou, ainda, com a presença do Presidente da Federação Portuguesa de Columbofilia, José Luís Rodrigues Jacinto.

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CIM do Cávado concilia esforços no combate à vespa velutina

104 ninhos de vespa asiática destruídos em Terras de Bouro e 52 em Amares no ano de 2015

104 ninhos de vespa asiática em Terras de Bouro e 52 em Amares foram destruídos no decorrer do ano de 2015.

Uma informação fornecida pela Comunidade Intermunicipal do Cávado no dia em que foi entregue equipamento de controlo e destruição de vespa asiática aos Municípios de Braga, Amares, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.

A aquisição deste material surge na sequência da participação da CIM Cávado no projecto “GESVESPA – Estratégias de Gestão Sustentável da Vespa Velutina” através do qual se pretende desenvolver acções para o estudo, controlo

e combate à vespa velutina (também conhecida como “vespa asiática’) no noroeste português.

Na ocasião, o presidente da CIM Cávado, Ricardo Rio, lembrou que o combate à vespa velutina «é um trabalho que tem de ser desenvolvido em conjunto, conciliando esforços entre diversas entidades», sendo que a participação neste projecto «corporiza o espírito que tem presidido a actuação da CIM do Cávado em responder às necessidades concretas dos municípios e das populações que integram esta Associação, e de potenciar o trabalho que estes desenvolvem nos mais diversos sectores de actividade».

Como explicou o Autarca Bracarense, o projecto, que decorrerá até Dezembro de 2017, representa um investimento global de 411 mil euros, envolvendo a parceria de entidades como o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, a CIM Cávado, CIM Alto Minho, CIM Ave, CIM Tâmega e Sousa, universidades, centros de investigação e a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.

No entanto, Ricardo Rio considerou que este financiamento, resultante do quadro de apoio comunitário POSEUR, «representa uma pequeníssima ajuda para o

trabalho que os Municípios têm que desenvolver, uma vez que grande parte do combate está a ser suportado pelas autarquias sem qualquer tipo de contrapartida».

Além da concretização do Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em

Portugal, o projecto GESVESPA visa estudar o impacto da vespa sobre os ecossistemas, a análise do comportamento biológico da espécie nas áreas de disseminação/ ocupação, o desenvolvimento e testes de boas práticas de controlo e de erradicação da es-

pécie e a divulgação da problemática associada à introdução da espécie em Portugal.

A CIM do Cávado e os seus Municípios participam directamente na acção de controlo sustentado, tendo para o efeito procedido à aquisição de equipamento de apoio à destruição e controlo de ninhos de vespa velutina no território do Cávado. O equipamento inclui varas de alumínio, kits de incineração e de aplicação de insecticida, fatos de apicultor com chapéus, máscaras e luvas, serrotes e moto-serras, entre outros materiais.

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Terras de Bouro

Terras de Bouro

Sector terciário sustenta aumento do número de empregados

62% dos empregados em Terras de Bouro têm baixos níveis de qualificação

O número de população activa no Concelho de Terras de Bouro tem vindo a diminuir nos últimos anos, segundo dados contidos no Plano de Desenvolvimento Social (PDS). Reportando-se aos dados de 2011, o documento refere que há 2696 pessoas activas no Concelho sendo a taxa de actividade de 42,7%. De salientar que se regista um aumento da população activa no sexo feminino, isto é, há mais mulheres a trabalhar.

Analisando os níveis de escolaridade dos 2235 indivíduos empregados verifica-se que 16 não têm qualquer nível de escolaridade, seguindo-se 546 com ensino básico do primeiro ciclo, 360 com ensino básico de segundo ciclo e 480 com ensino básico de terceiro ciclo. Estes dados demonstram que 62% da população empregada no Concelho possui baixos níveis de qualificação e sem o cumprimento da escolaridade obrigatória. 37,2% da população empregada

possui o ensino secundário, seguida da licenciatura e os restantes níveis com valores bastante mais baixos.

Curiosamente, ainda segundo o mesmo documento, o sector de actividade que mais perdeu foi o primário com uma perda de 7,3% e secundário com 7,9% e por outro lado, um aumento de 15% no sector terciário. Isto é, o sector do comércio, hotéis e restaurantes acabou por se afirmar como o sector com maior expansão.

O Concelho de Terras de Bouro é constituído, segundo dados de 2012, por um total de 550 empresas, sendo que, na sua grande maioria, são pequenas empresas, com menos de 10 pessoas ao serviço e um número residual de empresas com 1 a 49 pessoas ao serviço.

Taxa de emprego O registo de diminuição em três pontos percentuais continua presente e de forma mais acentuada na população de sexo mas-

culino, que passa de 52,3% para 43,9%, o que pode estar associado ao encerramento de empresas na sub-região do Cávado, algumas delas ligadas ao sector da construção civil.

«Esta diminuição da taxa de emprego pode ser justificada pela crise económico-financeira que o país atravessou nos últimos anos», refere o PDS. Dos 2696 activos referenciados no Concelho, 2235 encontram-se empregados.

No que ao desemprego diz respeito, verifica-se que no Concelho, entre os dois últimos períodos censitários, houve um aumento de quase cinco pontos percentuais, registando-se uma maior incidência na população masculina, ainda que a taxa de desemprego feminina seja superior em ambos os períodos censitários. Segundo dados do IEFP referentes a Dezembro de 2014, existiam em Terras de Bouro 521 desempregados, distribuídos por género em 337 mulheres e 184 homens.

Falta de oportunidades Terras de Bouro acompanha a tendência nacional na diminuição dos níveis e oportunidades de emprego. «No entanto, perante a diminuição da população residente e o progressivo envelhecimento registado, existe uma acrescida preocupação com o impacto do desemprego

no Concelho, face à incidência do desemprego de longa e muito longa duração e do número de indivíduos com baixos níveis de escolarização», diz o PDS para finalizar: «a inexistência de unidades de produção capazes de fixar população, a pouco indústria, a insuficiência de recursos humanos qualificados

e empreendedores, os baixos índices de escolaridade da população e a diminuição das ofertas de emprego, são factores que podem aumentar a mobilidade da população activa e agudizar a perda/dificuldade de atracção de população para o Concelho».

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

521 desempregados Dos desempregados inscritos no Centro de Emprego, por faixa etária, regista-se uma incidência entre os 3554 anos, seguido dos 25-34 anos e os 55 e mais anos. É possível ainda verificar que o desemprego de longa duração tem uma expressiva representatividade no Concelho de Terras de Bouro, abarcando dificuldades ao nível do reingresso no mercado de trabalho e à agudização das situações de risco de pobreza e exclusão social. 62,8% das 521

pessoas sem emprego tem o ensino básico do 1º ao 3º ciclo. «A falta de um mínimo de “capital cultural” não favorece o acesso ao mercado de trabalho, que se caracteriza por ser cada vez mais exigente qualificado», dizem os responsáveis pela elaboração do Plano de Desenvolvimento Social do Concelho acrescentando: «o desemprego no Concelho está, também, fortemente associado ao fenómeno da sazonalidade, considerando que as pessoas trabalham meio semestre por ano

na hotelaria, na época alta do turismo, inscrevendo-se ou retomando a inscrição no Centro de Emprego durante o outro semestre».

Números 216 indivíduos são desempregados de longa ou muito longa duração 305 correspondem a desemprego inferior a um ano 469 procuram um novo emprego 52 indivíduos procuram um primeiro emprego

Caderno de Terras de Bouro

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Câmara “ofereceu” fichas de apoio

Cerca de 720 alunos iniciaram o novo ano lectivo em Terras de Bouro

Os cerca de 720 alunos do Concelho de Terras de Bouro começaram as aulas do novo ano lectivo. Segundo dados apresentados pela Vereadora da Educação, Liliana Machado, o Concelho tem cinco turmas de Jardim-

-de-Infância, 11 turmas no primeiro ciclo, sendo que no Centro Escolar de Terras de Bouro não há turmas mistas. No entanto, as duas turmas de Rio Caldo, as duas do Gerês e uma em Valdosende são mistas. No segundo

ciclo há nove turmas, no terceiro onze e no secundário 3.

Ainda segundo Liliana Machado, no 10º ano há duas turmas mistas, com 26 alunos, divididos pelas áreas de Línguas e Humanidades e Ciências

e Tecnologias. Há ainda duas turmas com cursos profissionais em cozinha e pastelaria e turismo.

Sem qualquer encerramento de escolas, a Câmara já fechou também a rede de transportes escolares, estando, apenas, a resolver casos que chegaram nos últimos dias.

Com o apoio do Governo para os manuais do primeiro ciclo, a Câmara deixou de ter essa despesa. No entanto, «a verba governamental só cobre os manuais e não as fichas de exercícios que lhes estão associadas.

Por isso, o Município decidiu apoiar estes livros de fichas em função dos escalões: no primeiro escalão damos os livros todos, no segundo damos só dois livros».

Professores não aceitaram lugares Já depois da abertura do ano escolar, a autarquia foi confrontada com a desistência de dois professores que haviam sido colocados no Gerês. Por isso, «tivemos que tomar medidas urgentes enquanto não há a colocação de novos professores», revelou a Vereadora da Educação. Segundo Liliana Machado, «são os professores afectos ao Centro Municipal de Valências que não estão a leccionar mas

estão com os alunos a desenvolver actividades enquanto não temos os professores colocados».

Em Valdosende foi um professor, em regime de sabática, «que conhece muito bem os alunos e não os quis deixar sozinhos que assumiu o cargo e as coisas estão a funcionar normalmente».

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Câmara entrega manuais aos alunos do Agrupamento de Escolas O Município de Terras de Bouro, no âmbito do programa de apoio à educação, procedeu à entrega dos manuais escolares aos alunos do 1º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro. Este procedimento, que já ocorre há alguns anos, faz com que sejam oferecidos aos alunos das escolas do Concelho do 1.º ciclo do Ensino Básico os manuais escolares consoante se encontrem integrados no respectivo escalão da Segurança Social:

1.º escalão com oferta do Bloco Pedagógico (Manual + Livro de fichas) de todas as disciplinas; 2.º escalão com oferta do Bloco Pedagógico (Manual + Livro de fichas) de Português e Estudo do Meio.

Para o ano lectivo de 2016-2017, o Governo, através do Orçamento do Estado para 2016, decidiu oferecer os manuais a todos os alunos do 1.º ano do 1.º ciclo.

Esta oferta não contempla os livros de fichas, sendo esta lacuna assegurada pelo Município de Terras de Bouro nos

mesmos termos da atribuição dos Manuais e Livros de Fichas (Bloco Pedagógico) aos restantes anos do 1.º ciclo do ensino básico.

A entrega dos manuais decorreu na sede do agrupamento escolar com a presença da Vereadora com o pelouro da Educação da Câmara Municipal, Liliana Machado, e do representante do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, Álvaro Carneiro.

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Caderno de Terras de Bouro

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Câmara disponível para ajudar ARS a resolver problema

Resposta ao «Direito de resposta» do Joaquim Viana Na edição de 7 de setembro, foi publicado um texto de Joaquim Viana, presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, invocando «o direito de resposta» ao abrigo da Lei da Imprensa, justificando com a defesa da honra e do bom nome.

Como sabem, em 2008, o Joaquim Viana exerceu funções de vereador eleito pela lista do PSD a convite do Dr. José Araújo e aceitou ser meu vice-presidente na Comissão Política da Secção de Terras de Bouro do PSD. Foi nesta condição que, em 2009, defendeu que deveria ser eu o candidato do PSD à presidência da Câmara Municipal de Terras de Bouro.

Tendo sido convidado para integrar, em segundo lugar, esta candidatura, não aceitou. Não obstante ter estado presente na apresentação desta candidatura, passados 2 meses, candidatou-se liderando uma lista de independentes.

Não vou elencar as contradições do seu texto, como tentar desvalorizar as minhas afirmações e, ao mesmo tempo, recorrer ao jornal para as tentar desmentir, ainda que as considere, apenas, «meias verdades». A verdade é que se sentiu tão incomodado que, além da necessidade de sair em defesa do diretor do «Geresão», ainda teve de recorrer a algumas insinuações. Poderíamos, aqui e agora, discorrer sobre as mentiras – que nem meias verdades são – do Joaquim Viana, mas entendo que não vale a pena. Todos se recordam da «novela» das suas candidaturas»! Agora são as pessoas mais próximas que lhe exigem coerência.

Antes de mais, agradeço a leitura atenta - de «fio a pavio» - que fez do meu artigo e de me ter facilitado a escolha da temática a abordar neste número do jornal «O Amarense».

1. Por muito que o Joaquim Viana tente desmentir, a verdade é que a orientação ideológica/política do jornal «O Geresão» mudou completamente com a sua eleição pelo PS (foi fácil fazer as contas e somar os votos do PS com os dos Independentes) e, na minha perspetiva, a partir do momento que o acompanhou aos Açores. Nunca afirmei que foi a Câmara Municipal a pagar-lhe as despesas! Nem questionei se a opção de se fazer acompanhar pelo diretor do Geresão» foi a melhor escolha para a promoção do turismo de Terras de Bouro. O Joaquim Viana conhecia muito bem como o «Geresão» tinha tratado os executivos do PSD presididos pelo Dr. José Araújo e por mim! Não tenho, por isso, dúvida alguma que foi a melhor estratégia para colocar o «Geresão» do seu lado logo no início do primeiro mandato. E a prova, repito, foi a integração do diretor do referido jornal na lista de candidatos à Assembleia Municipal em 2013.

2. Quanto aos valores pagos ao «Geresão», quem «atira areia para os olhos dos leitores» é o Joaquim Viana. Nunca referi a existência de uma «avença mensal». Baseei-me nos dados fornecidos durante uma reunião do executivo. Quando perguntei se o apoio mensal ao «Geresão» era de 350€, respondeu que não, que era de 300€/mês! O Joaquim Viana confirma estes dados ao esclarecer: são «os custos normais da publicidade e divulgação dos seguintes eventos: (…)»

Uma conferência de imprensa, devidamente preparada, pode atrair mais pessoas do que uma página de publicidade num jornal regional.

3. Em relação ao barco «Rio Caldo», agora apelidado de «traineira» por alguns habitantes de Rio Caldo, e como é seu hábito, o Joaquim Viana empreende uma «fuga para a frente» procurando denegrir o meu desempenho como presidente de câmara. Mas cai, logo de seguida, em contradição. Diz que o barco nunca esteve legal mas que tinha uma autorização de circulação. A verdade é que essa autorização de circulação – que permitiu que o barco navegasse entre os anos de 2003 e 2013 – refere no ponto 10: «A presente licença é válida por dez anos» e caducou no dia 12 de agosto de 2013 sem que nada tivesse sido feito. O Joaquim Viana teve quase 4 anos (1 de novembro de 2009 a 12 de agosto de 2013 para obter a renovação da licença de circulação da embarcação «Rio Caldo». O Joaquim Viana devia ter explicado, anexando documentação comprovativa, aquilo que foi feito para que o barco não tivesse navegado sem licença entre os meses de agosto e dezembro de 2013 e não tivesse demorado 7 anos a “legalizar” (2009 a 2016). Se calhar, era preferível que «a galinha dos ovos de ouro», nas suas palavras, tivesse circulado com uma licença «precária» por mais 10 anos.

Centro de Saúde de Terras de Bouro sem luz exterior há três anos

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

A zona exterior do Centro de Saúde de Terras de Bouro não tem luz desde a inauguração da unidade de saúde. São quase três anos sem que o caso fosse resolvido. O mais curioso é que os postes de electricidade estão no sítio mas sem sinais de lâmpadas e globos.

No Inverno, a situação assume contornos “mais dramáticos” para funcionários e utentes porque a escuridão é total.

Aquando da feitura do

projecto e das negociações, a Câmara ficou com a responsabilidade dos arranjos exteriores «mas a iluminação não estava no caderno de encargos», confirma o Presidente da Câmara, Joaquim Cracel. «A nossa parte está resolvida, cabe agora à ARS-Norte resolver o problema, uma vez que essa componente deve ser da responsabilidade deles». No entanto, o autarca está disponível para conversar com os

responsáveis da saúde: «não temos nenhuma intenção de resolver o problema mas estamos disponíveis para conversar e mediante a assinatura de um protocolo, com algumas compartidas, podemos dar o nosso contributo».

O autarca não quis dizer que compartidas poderiam ser negociadas mas o jornal “O Amarense” sabe que a extensão do horário de funcionamento do Centro de

Saúde é um dos velhos anseios da autarquia. No entanto, fonte ligada ao processo «não entende» porque é que o caso ainda não foi resolvido. «Se a empresa faliu, há com certeza garantias bancárias para accionar, tal como a Câmara fez com a piscina. Curiosamente é a mesma empresa».

Outra informação que o jornal “O Amarense” recolheu prende-se com a empresa encarregue de colocar a iluminação.

«Esta empresa tem o material pronto em armazém para colocar mas ainda não viu nenhum pagamento dos trabalhos feitos até agora e, por isso, não conclui a obra». O ACES Gerês-Cabreira está «atento ao caso» e promete novidades para breve. A verdade é que este pode ser um assunto a aquecer a saúde no Concelho de Terras de Bouro durante o Inverno.

Terras de Bouro é o único Concelho do Vale do Homem a beneficiar de apoios para as explorações agrícolas danificadas pelos incêndios Terras de Bouro foi o único que beneficiou de apoios estatais para as explorações agrícolas que ficaram danificadas pelos incêndios recentes que assolaram as regiões Norte e Centro do país. As candidaturas inserem-se na medida denominada “Restabelecimento do Potencial Produtivo”, sendo que

os apoios concedidos serão a fundo perdido e «visam apoiar a reconstituição ou reposição das condições de produção das explorações agrícolas afectadas por calamidades naturais», caso dos recentes incêndios.

São beneficiários destes apoios os «produtores agrícolas cujas explorações agrícolas sofram

diminuições significativas no respectivo capital agrícola e fundiário em consequência de catástrofes ou calamidades naturais reconhecidas por decisão governamental».

A despesa elegível para beneficiar dos apoios diz respeito a despesas de investimento relativas à reconstituição e ou re-

posição de capital fixo da exploração, incluindo a reposição de efectivos animais, a compra de máquinas e equipamentos agrícolas; capital fundiário da exploração, incluindo plantações plurianuais, estufas e outras infra-estruturas dentro da exploração.

Caderno de Terras de Bouro

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Oposição apanhou autarca “desprevenido” por causa do encerramento equipamento

Piscina Municipal de Terras de Bouro já reabriu

A Piscina Municipal de Terras de Bouro já reabriu ao público depois de resolvido os problemas ligados com um vedante. O caso foi alvo de uma intervenção do Vereador da Oposição

António Afonso, que questionou o Presidente da Câmara sobre os motivos para a piscina estar encerrada. A situação apanhou Joaquim Cracel “desprevenido”: «não tenho essa infor-

mação, porque já tinha dado ordem para a sua abertura». No entanto, quando confrontou a responsável pelo equipamento, o autarca ficou a saber que a piscina ainda não estava

aberta ao público por problemas com um vedante.

A situação ficou, entretanto, resolvida e o equipamento já abriu portas. «Demorámos alguns dias mais porque

não podíamos encher a piscina toda de uma vez, porque corríamos o risco de falhar o abastecimento de água à população», justificou o autarca, depois de António Afonso se ter congratulado com a reabertura mas lamentando «os dois meses que esteve fechada, pelos vistos, sem que o Presidente da Câmara soubesse».

No entanto, Cracel lembrou que «em Agosto esteve fechada por decisão nossa e teve a ver com os custos de manutenção», reconhecendo que «dei o aval para abrir em Setembro mas desconhecia que estava encerrada por um problema fácil de resolver. É uma questão para a qual tomarei as devidas providências para evitar que volte a acontecer,

no futuro».

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na recepção da piscina, para as aulas de adaptação ao meio aquático, natação para crianças e adultos e aulas de hidroterapia.

O horário de funcionamento está assim determinado: Segunda a Sexta-feira das 15h00 às 21h00 e Sábado das 14h00 às 19h00, encerrando ao Domingo. Na página da internet do Município é possível encontrar informações adicionais, como a tabela de preços e a ficha de inscrição.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Ministro prometeu linha de financiamento para autarquias do Parque Nacional

Município reforçado com duas equipas de sapadores

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

O Município de Terras de Bouro vai ser reforçado com mais duas equipas de Sapadores Florestais.

A garantia foi dada pelo Ministro do Ambiente numa reunião com os autarcas dos cinco Municípios que compõem o Parque Nacional Peneda Gerês que terão, cada um, reforço nessas mesmas equipas. As novas equipas devem avançar para o terreno no início de 2017 e terão funções de limpeza e ordenamento do território, segundo adiantou o Presidente da Câmara de Terras de Bouro.

Joaquim Cracel revelou

ainda que «não está definido sobre a alçada de quem ficarão mas, em princípio, serão municipais».

Outra novidade saída do encontro com João Matos Fernandes prende-se com o Plano de Valorização do Parque Nacional.

O Ministro prometeu até meados do ano abrir candidaturas, através do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, só para os cinco Municípios, num investimento a rondar os seis milhões de euros. «Só poderemos apresentar projectos para a valori-

zação do património natural e por isso, teremos dificuldade em apresentar candidaturas para pavimentações como por exemplo, na Mata da Albergaria ou no acesso à Cascata do Arado».

Dos projectos que irão estar sob alçada desta linha de candidatura, que reparte cerca de 1,2 milhões por cada Município, destacam-se, em Terras de Bouro, um projecto de educação ambiental para a Porta do Parque para melhorar aquela infra-estrutura e para pagar a técnicos na área ambiental; um projecto de monitorização

de espécies autóctones onde o Centro de Interpretação do Garrano assume preponderância;

a eliminação de focos de poluição ambiental e um projecto alternativo no âmbito da água para

Campo do Gerês e Vilar da Veiga «se o projecto da mobilidade não for concretizado».

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Caderno de Terras de Bouro

5 OUTUBRO 2016

Autarca critica critérios utilizados pela tutela

Ministério da Educação tira 110 mil euros à Câmara e “obriga” à dispensa de 18 prestadores de serviços

A Câmara de Terras de Bouro não renovou a prestação de serviços de 18 pessoas, situação que já havia sido co-

municada aos interessados no passado mês de Junho. O Presidente da Câmara, confrontado pelo Vereador da Coli-

gação António Cunha explicou que a “culpa” está no Ministério da Educação. Segundo o autarca, o Ministério

“obrigou” o Município a devolver 110 500 euros por ter um rácio funcionários/alunos maior do que o permitido. «Des-

cobriram que nós lhes devíamos cerca de 300 mil euros. Mas depois de reuniões, mails e mais mails onde contestamos essa dívida, eles fixaram o valor em 110 500 euros, do qual já estamos a pagar uma percentagem mensal». Ora, a necessidade de cortar na despesa fez como “vítimas” os trabalhadores a recibos verdes. «São pessoas que nos fazem falta e a elas também lhes faz falta o emprego mas não posso correr o risco de não ter dinheiro no final do mês para lhes pagar», revelou ainda Joaquim Cracel. O subsídio de desemprego e os Contratos Emprego/ Inserção são, para já, a solução.

O autarca aproveitou ainda para criticar a desigualdade de critérios

existente no Ministério da Educação: «há Agrupamentos de Escolas que contrataram psicólogos que são pagos pelo Estado. O nosso somos nós que temos de o pagar». No futuro, não está descartada a possibilidade de voltar a contar com estes funcionários, sobretudo, «em períodos de maior intensidade de trabalho».

A única excepção neste cenário é a função de manobrista. «Não temos nenhum funcionário que consiga fazer este trabalho. Contratar uma empresa é muito caro e ter a máquina parada é inconcebível», justificou Cracel.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Oposição queria Imposto sobre o Rendimento em 0%

Derrama em valor mínimo e IRS desce 1% O executivo municipal em permanência e a oposição têm ideias antagónicas sobre as taxas definidas pelo Município. Se a Derrama, um imposto municipal que incide sobre o lucro tributável das pessoas colectivas, sendo a sua taxa fixada anualmente pelos diferentes Municípios, se vai manter na taxa mínima legal, o IRS passa de 5% para 4% mas a oposição não concorda, preferindo uma taxa de 0%.

«No ano passado, os senhores Vereadores apresentaram os seus argumentos sobre esta matéria e nós, sensíveis ao que disseram, decidimos abdicar de 1% desse valor», começou por justificar Joaquim Cracel.

O Presidente deu ainda um exemplo em concreto: «se com 5% ficamos com 100 mil euros, agora devolvemos 20 mil euros às famílias». No entanto, para os Vereadores da Oposição esta diminuição «não é relevan-

te. Ficamos contentes por terem sido sensíveis aos nossos argumentos, curiosamente, sendo 2017 um ano de eleições autárquicas. Esta diminuição é um bónus e apenas isso que não nos satisfaz e por isso, iremos manter o nosso voto contra», referiu António Afonso.

A Coligação preferia que a taxa fosse de 0% mas o autarca replicou: «é dinheiro que nos faz falta porque é mais investimento que fazemos nas

Freguesias. Já temos a Derrama nos valores mínimos, já temos o IMI no

mínimo que podemos ter. São incentivos que juntos com outros con-

tribuem para a fixação de famílias e empresas no nosso Concelho».

Caderno de Terras de Bouro

5 OUTUBRO 2016

Projecto “Envelhecer a Sorrir” de Terras de Bouro promove passeio na embarcação turística “Rio Caldo”

O projecto concelhio de promoção do Envelhecimento Activo, “Envelhecer a Sorrir“, deu a conhecer, aos seniores das IPSS do Concelho de Terras de Bouro, a embarcação turística “Rio Caldo”. O evento, que contou com cerca de 54 participantes, baseou-se na realização de uma

viagem, com a duração de uma hora, onde todos puderam desfrutar das belas paisagens que marcam o cruzeiro, inseridas na Albufeira da Caniçada e assim despedirem-se do Verão.

A actividade teve como principais objectivos, a promoção do envelhecimento saudável (o

bem-estar físico, social e mental), através do convívio entre si e, consequentemente, a interacção das suas vivências e experiências ao longo das suas vidas.

Parceiros do projecto presentes na actividade: Social e Paroquial de Cibões, Centro Social e Paroquial de Chorense,

Centro Social e Paroquial de Covide, Centro Social e Paroquial de Souto, Centro Social de Valdosende, Centro Social e Paroquial de Vilar da Veiga, Centro Social e Paroquial de Rio Caldo, Lar de Moimenta, Município de Terras de Bouro.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Delfim Júnior & Ympério Show terminaram, em grande, festas em honra de S. Mateus, na Ribeira O cantor popular Delfim Júnior encerrou as festividades em honra de São Mateus, na Ribeira, em Terras de Bouro, que animaram a Freguesia terrabourense.

Um fim-de-semana que teve de tudo: desde fa-

dos a folclore passando pelos actos religiosos, com a procissão à cabeça, terminando no concerto do cantor popular que reuniu centenas de pessoas junto ao adro da Igreja Paroquial.

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Custo Incomportável Este verão assistiu-se a um aumento significativo de visitantes do PNPG, em particular na área do concelho de Terras de Bouro, o que é, obviamente, positivo para a economia local, mas que traz consigo um conjunto de problemas inerentes ao aumento da pressão humana em áreas protegidas. Importa, pois, que mais que um debate sobre os problemas, haja uma ação efetiva com implementação de medidas concretas, de modo a minimizá-los em próximos anos. Os principais problemas, há muito identificados, são, essencialmente: O trânsito; o estacionamento caótico; o lixo; o desrespeito pelas regras de segurança e pelo dever de proteger, cuidar e preservar a natureza. A estes, acresce um outro com enorme gravidade: Incêndios que todos os anos vão destruindo áreas significativas do parque.

De entre as várias medidas que podem contribuir para minimizar estas situações, uma julgo ser consensual: Aumentar a vigilância. É fundamental uma presença mais efetiva de vigilantes da natureza, para exercer a sua função de vigilância, fiscalização e monitorização dos valores naturais que as áreas classificadas encerram, e também pela função pedagógica e informativa que podem desempenhar. É notório que o PNPG não dispõe de meios humanos suficientes para cumprir estas funções, de tal modo que, neste verão, as portagens na Mata da Albergaria, apenas funcionaram durante os fins de semana.

Por esta altura, e porque esses problemas se tornam mediáticos, assistimos ao surgimento, na comunicação social, de ministros, secretários de estado e outros responsáveis, para mostrarem a sua “preocupação” e anunciar medidas, que todos sabemos, ficarão esquecidas até ao verão seguinte.

Assim, em plena crise dos incêndios no PNPG, em particular nas serras da Peneda e do Soajo, o Ministro do Ambiente veio anunciar que o PNPG iria ter “rosto” e mais meios.

Passadas duas semanas, é anunciada a contratação de 20 vigilantes da natureza, que aumentarão o efetivo dos 119 existentes para a fiscalização e defesa das áreas protegidas que representam 700 mil de um total de dois milhões de hectares incluídos na Rede Natura. Sublinho que esses 20 vigilantes contratados serão para todo o país. Não sei, tão pouco, se algum deles será afeto à área do PNPG, até porque, segundo notícia do Observador: “O Ministério do Ambiente admite que possam ser destacados para áreas com maiores carências, como Algarve, Alentejo e zonas marinhas.”

O Governo invoca “custo incomportável” para limitar contratação de vigilantes da natureza. A contratação dos 200 vigilantes da natureza – que segundo o ICNF, seriam necessários para todo o país - teria um custo de 4 milhões/ ano. Certamente que 4 milhões por ano é um valor considerável, mas há também alguns valores consideráveis e que também deviam ser vistos como incomportáveis. Senão vejamos: - “Cada hora de voo de um Kamov custou 35 mil euros” – Expresso (06.04.2016) - “Estado gastou cinco milhões de euros com aluguer de dois aviões Canadair” – Expresso (16.08.2016) Só este ano, o PNPG viu cerca de 14% da sua área total ser consumida por incêndios. Qual terá sido o custo no combate a esses incêndios? Dir-me-ão que o aumento de vigilantes não iria acabar com a existência de incêndios.

Certamente que não, mas podiam ajudar na prevenção ou mesmo numa resposta mais imediata e efetiva no combate aos mesmos.

Existem, ainda, custos que não são mensuráveis. Não se pode quantificar o custo da destruição sistemática e contínua do único Parque Nacional e Reserva Mundial da Biosfera. É um custo? Certamente que é, do mesmo modo que é um custo a preservação do nosso património cultural. Não será, também, uma função do estado zelar pela conservação do seu património natural?

Finalmente, a contratação de vigilantes da natureza, criaria emprego no interior, cada vez mais desertificado, e poderia/deveria ser associado à recuperação das casas florestais, cujo abandono e degradação deveria envergonhar as entidades responsáveis.

O pior é que este é apenas mais um caso paradigmático de dissonância entre o discurso de preocupação com o abandono e desertificação do mundo rural do interior e as medidas efetivas, porque a implementação destas, para o poder central, têm sempre um “custo incomportável”.

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Caderno de Terras de Bouro

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Centro Municipal de Valências encerra em festa as ATL’s de Verão 2016

O Auditório do Centro de Animação Termal do Gerês, foi o local escolhido para a Festa de Encerramento das ATL´s de Verão 2016, promovidas pela Câmara de Terras de Bouro, nomeadamente, em Moimenta (na Sede do Centro Municipal de Valências), Rio Caldo e no Gerês (Pólo do Centro Municipal de Valências) e nas quais participaram várias dezenas de crianças.

Durante a realização do

evento houve lugar à exibição de animações multimédia, onde foram registados os momentos mais marcantes das actividades desenvolvidas nas ATL´s, das quais se destacam as idas à piscina do Hotel Adelaide (Gerês) e à Piscina da Associação de Paradela, idas ao rio, à praia, passeios ao parque aquático de Fafe, Rates Park da Póvoa de Varzim, visita ao Sea Life, realização de trilhos pe-

destres, ateliers de artes plásticas, ateliers de música/dança/ginástica, ateliers de teatro, ateliers de culinária, hora e ateliers do conto, jogos lúdicos, desportivos, dramáticos de estratégia e tradicionais, projectos educativos (Projecto promovido pela GNR “Sensibilizar, Crescer e Actuar”), ida ao CAO de Souto onde se realizaram ciências experimentais, projecto de prevenção do cancro da pele/pro-

moção de hábitos de exposição solar saudável para o Verão de 2016 denominado “P.A.R. (Pele e Actividades de Risco) nas Piscinas” promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, participação na Saúde em Movimento promovida pelo Centro Municipal de Valências, participação no cortejo etnográfico do S. Bento da Porta Aberta, visita à festa do S. João em Braga e actividades desenvolvi-

das com diversas entidades do Concelho.

De seguida cada uma das ATL´s apresentou duas coreografias preparadas para o evento. A festa terminou com a intervenção da Vereadora do Município, Liliana Machado, que aproveitou para agradecer em nome e em representação do Município «às Juntas de Freguesias de Moimenta, Rio Caldo e Vilar da Veiga, parceiras neste projecto, pela colaboração e apoio prestado, ao Hotel Adelaide e à Associação de Paradela – Valdosende pela cedência gratuita das suas piscinas e infra -estruturas de apoio, ao Centro Social e Paroquial de Rio Caldo pela participação nas diversas actividades intergeracionais, ao Agrupamento de Escolas pelo apoio logísti-

co prestado, ao Clube de Trabalhadores da Câmara Municipal, à CPCJ nossa parceira na realização de diversas campanhas de sensibilização, e às demais pessoas deste Concelho que nos apoiaram na dinamização de diversas actividades».

Prosseguiu a sua intervenção «com um reconhecimento especial ao trabalho desenvolvido pelas monitoras e demais colaboradores do Município, elementos fundamentais na dinamização destas ATL´s e aos anfitriões da festa, todas as crianças que frequentaram as ATL´s de Verão e que a Câmara Municipal de Terras de Bouro continuará empenhada em promover no futuro a dinamização de outas ATL’s». A festa terminou com um lanche preparado para as crianças presentes.

DIAGNÓSTICO PRECOCE DA INFEÇÃO POR VIH???

PROCURE A SUA UNIDADE DE SAÚDE Segundo o Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção por VIH/ SIDA 2012-2016, em Portugal, e à semelhança do que acontece nos países da União Europeia, estima-se que a proporção de pessoas com um diagnóstico tardio da infeção por VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) continua elevada. Os poucos dados disponíveis, abrangendo já esta década e reportados à data de admissão para seguimento hospitalar, apontam percentagens de diagnósticos tardios superiores a 60%.

O diagnóstico precoce da infeção primária pelo VIH é fundamental, pelo indiscutíveis benefícios do tratamento iniciado nessa fase e que se po-

dem resumir no conceito de que quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior será a eficácia na preservação da imunidade e menor a taxa de progressão para a doença. Permite ainda, que se adotem medidas preventivas a fim de evitar a transmissão do vírus numa fase caracterizada por elevadas cargas virais e, consequentemente, por uma elevada infecciosidade. O conhecimento real da infeção permite a mobilização de recursos e respostas adequados, bem como reduzir o estigma e discriminação que rodeiam a infeção VIH. Nesta sequência, a Direção Geral de Saúde, através da Circular Normativa n.º 01/ DSMIA, de 04/02/04 - Gravidez e Vírus da Imunodeficiência Humana, determina

que o rastreio laboratorial da infeção por VIH deve ser efetuado por rotina, na grávida, e através da Norma nº 058/2011, de 28/12, atualizada em 10/12/2014 - Diagnóstico e Rastreio Laboratorial da Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, recomenda que o rastreio laboratorial da infeção pelo VIH seja efetuado em todos os indivíduos com idade compreendida entre os 18 e 64 anos, devendo aceder ao referido rastreio todos os utentes encaminhados pelo seu médico de família.

A Norma nº 058/2011, de 28/12, atualizada em 10/12/2014, determina ainda a utilização dos testes serológicos de 4ª geração, tendo estes sido adquiridos pela Administração Regional de Saúde do Norte,

e estando à disposição dos utentes nas diversas Unidades de Saúde da ARS Norte, inclusive no ACeS Cávado II – Gerês/ Cabreira.

O teste é de fácil execução, é gratuito, anónimo e permite disponibilizar o resultado ao utente em 20 minutos, ficando assim, o/a

utente a conhecer a sua situação perante a infeção VIH. Os testes serológicos de 4ª geração permitem a identificação do antígeno p24 (uma proteína que faz parte do “corpo” do próprio vírus), que aparece em média entre o 12º e o 26º dia após contacto com o vírus.

Fonte: Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/SIDA 2012-2016 http://www.pnvihsida.dgs.pt/

A deteção precoce da infeção VIH através da realização do teste rápido poderá ser promovida por médicos/as e/ou enfermeiros/as, por solicitação do/a utente ou em cumprimento Norma supra citada.

Alice Magalhães Espec Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública Unidade de Saúde Pública ACeS Cávado II – Gerês / Cabreira

Caderno de Terras de Bouro

Terras de Bouro assinalou o Dia Internacional do Idoso

O pólo do Gerês do Centro Municipal de Valências comemorou o Dia Internacional do Idoso junto dos idosos do Centro Social e Paroquial de

Vilar da Veiga. Considerando que o Concelho de Terras de Bouro se apresenta demograficamente envelhecido, com a realização destas

actividades «pretende-se contribuir para um envelhecimento activo dos idosos, assim como desenvolver actividades que permitam um

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5 OUTUBRO 2016

maior contacto entre as gerações mais jovens e as mais idosas, que se assume como uma das estratégias para a promoção da solidariedade intergeracional, desafiando as comunidades para um futuro mais animador onde as gerações convivam umas com as outras», refere a Vereadora da Acção Social, Liliana Machado Para assinalar a data, o Centro Municipal de Valências de Terras de Bouro contou com a colaboração de uma esteticista, Maria João Sousa, que prestou alguns cuidados de estética aos idosos daquela instituição de solidariedade social. As técnicas do Centro de Valências

também elaboraram uma flor, com a qual presentearam todos os idosos do lar, assim como os idosos que se deslocaram ao centro e que se encontravam nas ruas da Vila do Gerês.

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

«O Município aproveita para agradecer à esteticista Maria João Sousa pela sua colaboração na dinamização desta actividade», finalizou Liliana Machado

Associação Empresarial do Gerês convidou pessoas com limitações cognitivas e motoras para festejar Dia Mundial do Turismo

Pedro Antunes Pereira oamarense@gmail.com

Celebrou-se a 27 de Setembro o Dia Mundial do Turismo, este ano subordinado ao tema “Turismo para Todos - Promover a Acessibilidade Universal”, definido pela Organização Mundial do Turismo.

No Gerês, a Associação Empresarial “Gerês Viver Turismo” assinalou a data com actividades direccionadas para pessoas com limitações cognitivas e motoras, tais como hipoterapia (contacto com cavalos), passeio de bicicleta e caminhada.

Utentes de três instituições do Distrito de Braga, nomeadamente da delegação de Braga da

ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, da CERCIGUI Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Guimarães e da AIREV - Associação para a Integração e Reabilitação Social de Crianças e Jovens Deficientes de Vizela, puderam usufruir do contacto directo com a Natureza, a montanha e alguma da fauna e flora existente no Gerês, tendo-se registado momentos de alegria e satisfação.

A Câmara Municipal de Terras de Bouro associou-se à iniciativa com o apoio logístico, tendo sido as actividades desenvolvidas em parceria

com três empresas de animação turística (Equi Campo, Equi Desafios e Parque Cerdeira) sedia-

das naquele Município.

«Um importante esforço de cooperação que resultou na inequívoca de-

monstração de que o território de montanha, neste caso o Gerês, e o património que lhe está associado

pode e deve ser para todos», resumem os responsáveis da Associação Empresarial.

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Agenda

5 OUTUBRO 2016

Terras de Bouro associa-se à iniciativa “Amigos do Café”

Durante o mês de Outubro, alguns estabelecimentos comerciais de Terras de Bouro associam-se à iniciativa “Amigos do Café”, lançada pela Associação Comercial de Braga. Uma promoção colectiva do sector da cafetaria da região que, ao longo de

todo o mês, proporcionará aos consumidores diversos menus de pequeno-almoço constituídos por uma bebida à base de café, pão e fruta. Tudo por um custo de apenas 2 euros.

Após o sucesso da última edição, a ACB pretende continuar a promover e dinamizar de forma colectiva

os estabelecimentos do sector do café, contribuindo para a dinamização de um sector que regista uma evolução qualitativa notável e que desempenha um papel importante na economia do nosso país.

Este roteiro tem por objectivos divulgar os espaços, valorizar as suas especiali-

dades, promover a oferta que gera valor acrescentado à região, motivando, consequentemente, os consumidores a preferirem o comércio local e, assim, estimular o aumento das vendas e a fidelização dos clientes.

II Jornadas sobre saúde mental realizam-se em Amares a 13 de Outubro

No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, que se celebra anual-

mente desde 1992 a 10 de Outubro, a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de Amares do ACeS

Cávado II - Gerês/ Cabreira, em parceria com o Município de Amares e a União de Freguesias de Amares e Figueiredo vai realizar pela segunda vez, no dia 13 de Outubro de 2016, o evento “SeMenteVital II – cuidar para colher”, no Auditório Conde Ferreira.

A Saúde Mental tem vindo a assumir cada vez mais importância. As perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde mental são a principal causa de incapacidade/ morbilidade das sociedades modernas. Este evento pretende contribuir para o desenvolvimento da Enfermagem especializada em Saúde Mental e Psiquiatria a nível dos Cuidados de Saúde Primários, partilhar experiências em contexto comunitário evidenciando o trabalho desenvolvi-

do no âmbito da Saúde Mental e reflectir sobre temas da actualidade, mobilizando conhecimentos de diferentes disciplinas.

O programa apresenta-se organizado em quatro mesas redondas: “As novas adições, um desafio para todos”; “Ao alcance do equilíbrio mental”; “Cuidar daquele que cuida”; “Comportamentos suicidários, que estratégias comunitárias?”. A participação é gratuita (limitado à capacidade do auditório), com direito a certificado de participação. Mais informações, assim como a respectiva inscrição, através do site da UCC Amares: www. uccamares.com.

XVI Feira-Mostra de “S. Martinho nas Terras do Gerês” decorre nos dias 11, 12 e 13 de Novembro

O Município de Terras de Bouro prepara-se para realizar a XVI edição da Feira-Mostra de “S. Martinho nas Terras do Gerês”. Este evento, que visa promover e preservar os mais variados produtos turísticos e artesanais do Concelho de Terras de Bouro, tem o início marcado para o dia 11 de Novembro e decorrerá até ao dia 13 do mesmo mês na sede do Concelho.

As inscrições para a participação na XVI Feira-Mostra decorrem até ao

dia 19 de Outubro sendo realizadas através do preenchimento da respectiva ficha de inscrição e enviada para o Município de Terras de Bouro.

Para mais informações deverá consultar o regulamento e a ficha de inscrição disponíveis na página electrónica do Município, (http://www. cm-terrasdebouro.pt/) ou contactar o Gabinete de Cultura e Comunicação do Município de Terras de Bouro.

Feirinha do Feijão de regresso a Fiscal a 16 de Outubro

A Feirinha do Feijão está de regresso a Fiscal no mês de Outubro.

Dividida por dois fins-de-semana, nos dias 8 e 9 é a festa religiosa com destaque para o Domingo, dia 9, onde às 15h30 há a imposição dos terços e recitação, sermão e procis-

são. Para o dia 16 está marcada a Feirinha, que abre portas pelas 8h30 com um grupo de bombos a animar o local seguido da vista pelas entidades oficiais. Às 15h00 há actuação de grupos populares com folclore, cantares populares e ao desafio.

agenda

5 OUTUBRO 2016

II Caminhada Cultural percorre trilho do Couto de Rendufe A Associação dos Amigos do Mosteiro de Rendufe organiza, no próximo dia 9 de Outubro, a segunda caminhada cultural que irá percorrer o trilho do Couto de Rendufe. As inscrições estão a decorrer até ao dia 9 e podem participar pessoas entre os 14 e os 75 anos através do preenchimento de um formu-

lário existente na página de Facebook da associação. O ponto de partida e de chegada é o Mosteiro de Rendufe estando a saída marcada para as 9h00 e o regresso para as 17h00.

O percurso é cerca de 20 quilómetros com um grau de dificuldade médio/alto e a participação tem um custo de dois euros que inclui o seguro.

Peneda-Gerês recebe Mundial de Trail no dia 29 de Outubro O Parque Nacional da Peneda-Gerês vai receber no dia 29 de Outubro o VI Campeonato do Mundo de Trail, num total de aproximadamente 85 quilómetros, com um desnível positivo de 4500 metros.

A prova terá início de madrugada, nas pontes de Rio Caldo, passando depois pelos Municípios de Montalegre e Ponte da Barca até chegar aos Arcos de

Valdevez, onde estará instalada a meta.

As cerimónias de abertura e de encerramento vão decorrer na cidade de Braga, onde ficarão instaladas as comitivas das cerca de 50 selecções mundiais que estarão presentes na prova.

O Campeonato do Mundo de Trail é organizado pela International Trail Running Association, pela Federação Portuguesa de Atletismo e

pelo ultramaratonista português Carlos Sá, contando com o envolvimento de diversos parceiros, nomeadamente as Câmaras Municipais abrangidas.

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas vai a eleições no dia 29 de Outubro

De acordo com o disposto nos estatutos e no exercício das suas competências, o Presidente da mesa da Assembleia Geral da

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Amares (APAEA), Nuno Costa anunciou que se irá realizar o acto eleitoral desta As-

sociação de forma a eleger uma nova Direcção para o triénio 2016/2019.

O referido acto eleitoral está marcado para o dia 29 de Outubro de 2016, pelas 21h00.

Os interessados em apresentar lista deverão, dar entrada dessa mesma nos Serviços Administrativos da Escola sede do Agrupamento (Escola Secundaria de Amares) até ao dia 14 de Outubro de 2016.

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III Mini-Maratona e Caminhada de Amares no dia 9 de Outubro A Associação Desportiva de Desenvolvimento do Vale do Homem (ADDVH), em parceria com a União de Freguesias de Ferreiros, Prozelo e Besteiros, realiza, no dia 9 de Outubro, a III Mini-Maratona e Caminhada de Amares. A prova (10km e 5km) arranca da Praça do Comercio, em Ferreira, pelas 9h00, e terá uma vertente solidária. Um euro de cada inscrição reverte a favor do agente da PSP David Peixoto, natural de Braga, portador de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Inscrições nos locais indicados, no cartaz em http://www. addvh.pt/

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5 OUTUBRO 2016