Nova Odivelas 425

Page 1

PUB

Sexta-feira,

27 de Janeiro de 2012

JSD VISITOU FREGUESIA DE ODIVELAS

// N.º

425 II Série Ano XII

w w w . n o va o d i ve l a s . p t Director: Henrique Ribeiro

MANIFESTANTES BLOQUEARAM CARREIRA 36

PAULO AIDO EM MACAU NESTE NÚMERO

● MOC assinalou 4º

● Instituo de Ciências

aniversário

4º ANIVERSÁRIO DO MOC O BATER CÍVICO DOS CORAÇÕES

● Externato Pica-Pau ● Cantinho do Idoso ● Restaurante Manjar

Educativas

2 4 7 9

● Manifestação em defesa

10

● Reunião da CMO ● 53 mil visitantes na

13 14

● JSD visitou Odivelas ● 5º Concurso de Montras ● da Póvoa

17 18

do Casal

● Kaué, Festival da Canção

dos transportes públicos 11 Infantil

● Mota Amaral no

Malaposta

Globalidades

CANTINH O D O I D O SO TEM NO V OS CO R PO S GERE NT E S

DESPORTIVAMENTE É P R E C I S O L U TA R C O N T R A O S E D E N TA R I S M O AFIRMA O PROFESS OR D IOGO S ANTOS TEI XEIRA

● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●

Joclima Todos a Bordo Paulo Aido em Macau Dualidades Ponto e Vírgula Estreito de Magalhães Kalunga Imagens Reais Falando de Espiritismo Entretanto Palavreando esta noite Horóscopo Flash do reino Woodsart Guarda real Realmente! Nobres Confissões

16

19 19 20 22 23 23 24 24 25 25 26 27 28 30 30 31 32 32


2

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

ATUALIDADE ASSOCIATIVISMO A IDEOLOGIA DO PODER

MOC assinalou 4º Aniversário O Movimento Odivelas no Coração (MOC) assinalou no sábado, 21 de janeiro, o 4º aniversário da sua fundação com uma Sessão Solene Comemorativa onde foram feitas as habituais intervenções e entregue o Coração Cívico que este ano abrangeu todos os voluntários que dia-a-dia fazem a vida esta associação cívica. om o Pavilhão Polivalente com assistência razoável, o evento abriu com uma breve apresentação, do que a tarde iria ser, feita por Barão das Neves. Seguiuse um pequeno espectáculo com a Oficina da Música, grupo coral do Centro de Cultura e Desporto da Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo. Depois de pequeno filme que mostrou as actividades do MOC ao longo de 2011, Fernando Silva, do conselho directivo do MOC e Susana Amador usaram da palavra, sendo depois entregue o Coração Cívico, galardão anual atribuído pelo MOC a pessoas ou instituições que se distin-

C

gam pelo seu papel de cidadania no ano anterior. A tarde de festa terminou com um lanche onde foram sopradas as velas e cantados os parabéns à instituição seguido de uma animado bailarico. Entre a assistência encontravam-se a presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador, os vereadores Hugo Martins e Paulo Aido, o representante da vereadora Fernanda Franchi, Carlos Quintas, o presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Vítor Machado e o Presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião, Rogério Breia.

Barão das Neves sublinhou que o MOC «Tem procurado com a sua actividade melhorar a qualidade de vida de algumas pessoas. Não é possível chegar a todo o lado mas é com certeza possível ajudar algumas pessoas. É isso que tem sido a nossa actividade, essencialmente com o apoio do Banco Alimentar mas também com uma grande ajuda de homens e mulheres de Odivelas que têm dedicado o seu tempo a ajudar quem precisa». Fernando Silva, falando em nome do conselho directivo do Movimento Odivelas no Coração iniciou a sua intervenção lembrando que «O ano de 2011 foi um ano cheio, com muito trabalho desenvolvido pelos aderentes e pelos voluntários do MOC, pleno de actividades, de iniciativas e de projectos. Foi um ano de consolidação do trabalho que já vinha a ser desenvolvido pelo MOC na sua intervenção social e cívica em prol da população do concelho de Odivelas». O orador referiu o trabalho desenvolvido, como as consultas médicas e de psicologia gratuitas para a população

carenciada; a recolha de roupas brinquedos e outros bens que foram distribuídos por agregados familiares e instituições de solidariedade social como a Comunidade Vida e Paz, a obra do Padre Abel ou o Hospital D. Estefânia; a ajuda a cidadãos na elaboração das declarações de IRS e na prova de rendimentos para a Segurança Social; na procura de emprego e no encaminhamento para as instituições competentes.

Fernando Silva falou ainda nas acções de formação em socorrismo e nos debates e tertúlias destacando a discussão dos

temas sobre a Condição da mulher em Portugal e a Violência Doméstica. As campanhas de recolha de alimentos, Coração Solidário, realizadas em Abril e Outubro, que permitiram a angariação de cerca de 7.000 bens alimentares, também passaram pela intervenção de Fernando Silva, bem como os jantared do Dia Internacional da Mulher e de Natal. Para além de um ano de consolidação, 2011 foi também um ano de grandes mudanças e de relançamento do MOC na sua acção social e cívica, segundo o orador. «O Protocolo com o Banco Alimentar Contra a Fome, celebrado em 2010, concretizou-se em pleno durante o ano de 2011 permitindo ao MOC apoiar com bens alimentares mais de oitenta agregados familiares, ou seja, bem acima de 200 pessoas. No âmbito desta actividade foram instituídos os Serões de Voluntariado, evento mensal que se revelou um verdadeiro sucesso de adesão e empenho que envolve largas dezenas de voluntários que com a sua generosidade e dedicação compõem os

Fotografias: Henrique Ribeiro

Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 3

ATUALIDADE ASSOCIATIVISMO

cabazes alimentares que serão distribuídos a cada uma das famílias apoiadas». Fernando Silva disse ainda que «Foi graças ao apoio inexcedível dos nossos voluntários que foi possível organizar uma festa de Natal para as crianças das famílias que apoiamos onde todos receberam brinquedos angariados através da brilhante iniciativa Estrelinhas de Natal da nossa voluntária Carmo Correia. Para além do habitual cabaz mensal foram também distribuídos nessa festa cabazes de Natal a todas as famílias apoiadas». O aumento exponencial de famílias apoiadas pelo MOC veio colocar o problema da falta de espaço para armazenamento dos alimentos e para o trabalho do vasto grupo de voluntários do movimento. «Estes problemas, apesar de ainda não resolvidos, foram atenuados com a cedência, pela Câmara Municipal de Odivelas em regime de comodato, de um espaço exclusivamente

dedicado a esta actividade. Entrou em funcionamento em Novembro e é atualmente o nosso espaço solidário. Com

toda a justiça fica aqui uma pública nota de agradecimento à Câmara Municipal de Odivelas, na pessoa a sua presidente,

aqui presente, doutora Susana Amador». Fernando Silva referiu ainda o apoio do município do trans-

porte mensal, em viatura da câmara, dos alimentos do banco alimentar, apoio que é prestado desde Setembro de 2010, desde que a Junta de Freguesia de Odivelas cancelou esse apoio. O orador referiu também outras actividades do MOC como a sessão de esclarecimento sobre economia doméstica organizada em parceria com a DECO; a celebração de protocolos com a Entreajuda e o instituto de Inserção Social; a parceria com a Câmara Municipal de Odivelas no projecto Transformers e o apoio directo a vítimas de violência doméstica. O ano passado fica também marcado pela adesão do MOC à Rede Social do Concelho de Odivelas. Reuniões com a UNICEF com vista ao desenvolvimento de iniciativas conjuntas; um Rally Paper; cursos de iniciação à informática; explicações de matemática; iniciação á costura e a participação na corrida da mulher foram outras actividades desenvolvidas em 2011. A nível de organização interna 2011


4 PUB

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 5

ATUALIDADE ASSOCIATIVISMO

também foi ano de viragem, sublinhou Fernando Silva referindo a mudança de sede e a aprovação dos novos Estatutos que retiraram o pendor político ao movimento tornando-o em absoluto uma associação de intervenção cívica e de cidadania. O orador anunciou que já estão marcadas eleições para os órgãos sociais que terão lugar a 04 de Fevereiro. A presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador iniciou a sua intervenção afirmando que o discurso de Fernando Silva foi revelador «Daquilo que tem sido o trabalho, no último ano, deste movimento, desta associação de homens e mulheres de boa von-

tade» e por isso deixou «Palavras de reconhecimento do município de Odivelas por existirem homens, mulheres, jovens e associações que dão o melhor de si á sua terra, a Odivelas, em prol de quem mais necessita e portanto em nome de todo o executivo municipal os nossos parabéns e o reconhecimento pela obra feita, pelas acções e, sobretudo, pelo futuro que se avizinha difícil e onde sei que não irão cruzar os braços e continuar a trabalhar em prol mais fraternidade e solidariedade no concelho de Odivelas». Para Susana Amador «O exemplo desta associação traduz bem o quão necessário é trabalharmos em equipa. Cada um

de nós sozinho não consegue fazer a diferença. Não é possível a uma autarquia, a um país, às administrações conseguirem sozinhas realizar trabalho e

contribuir para o bem-estar colectivo. É em rede que nós vamos conseguir minoras as desigualdades e aumentar o conforto de muitas pessoas. Neste momento particular que o país e o município atravessam, onde se verifica que duplicaram as pessoas a necessitar dos bancos alimentares, duplicou o número de pessoas em risco de pobreza, o número dos desempregados é assustador, e por detrás de cada número está um drama familiar, está uma família que sofre, esse trabalho tem de ser feito com todos nós, com o Estado, com os municípios, com as freguesias, com a igreja, com as associações como a vossa. Por isso a minha

presença aqui, antes de mais, significa um obrigada pelo trabalho feito, pelas acções desenvolvidas, pelos resultados e pelo facto de perceberem o quanto é importante a cidadania e que mais que um discurso e de palavras o que nós precisamos é de pessoas que façam, que atuem, que não fiquem em casa, que não se resignem e que apesar de terem mil e um problemas podem dar também algo de si à comunidade». A edil sublinhou que «Para o município é enriquecedor ter associações como a vossa que nos ajudarão também neste desafio que é imenso e de uma grande complexidade e dificuldade, que é ajudar quem mais precisa. Por isso, da parte do município de Odivelas o MOC sabe que contará com o apoio que nos for possível dar, quer no que diz respeito às instalações, que já cedemos, quer no apoio logístico, que outros desafios que venham pelo caminho. Nós gostamos de ser desafiados. O poder local em que eu acredito é o poder local da humildade, é o poder local da aprendizagem, é o poder local do Ser e não do Ter e vocês todos os dias demonstram o quão importante é Ser, ser cidadão». Susana Amador falou ainda da acção Eu Cidadão? que o município está a desenvolver em todas as escolas secundárias numa abrangência de 1.400 alunos, «Para explicar aos jovens o quão é importante nós participarmos na vida política, associativa, nos escoteiros, na igreja, ou seja, a seguir às aulas há muito PUB


6

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

ATUALIDADE ASSOCIATIVISMO

trabalho que se pode fazer. Serão os jovens que irão continuar o nosso trabalho, serão os jovens que serão os futuros líderes políticos de um país, de uma entidade territorial e serão também responsáveis por um país e por um concelho que pode ou não ser mais justo, mais coeso e mais fraterno. Daí a nossa preocupação de estar nas escolas secundárias e transmitir essa mensagem de participação, de não nos resignarmos, de não nos acomodarmos, de não acharmos que tudo o que está a acontecer é justo. Temos de lutar pelos nossos direitos, Portugal é um país democrático, é um país que tem um Poder Local eleito, é um país que consolidou os seus direitos, liberdades e garantias e não podemos justificar o desaparecimento e a supressão de direitos e liberdades com a obsessão de um défice. Todos nós queremos ter as nossas contas em dia, seja o governo, seja uma autarquia, temos de assumir as nossas responsabilidades mas o combate a um défice, a uma dívida, não pode ser um fim em si mesmo. Ao mesmo tempo que pagamos as nossas dívidas temos que fazer investimento, temos de fazer obra, temos de ser justos, temos de promover a igualdade de oportunidades, temos de defender a escola pública, em que acredito, temos de defender o Serviço Nacional de Saúde e uma Segurança Social sustentável». Para a edil «Estes são os três pilares fundamentais que o 25 de abril trouxe e dos quais não podemos abdicar. Por isso, e neste momento em particular, há muitos e variados motivos para sermos ainda mais cidaPUB

dãos, para sermos ainda mais exigentes, para, no fundo, podermos em equipa lutar por um Portugal melhor e por um concelho melhor». Susana Amador defendeu que «Quando um político ou um líder acha que está tudo bem feito, que não precisa de ouvir ninguém, que não precisa de trabalhar em equipa, é quando começa o declínio. Eu entendo que no município de Odivelas só com a crítica construtiva, só com o trabalho em rede, é que podemos ter um município mais forte, mais empreendedor e mais proativo. Com o vosso apoio e com a vossa ajuda nós seremos seguramente um município mais forte, um município que combate a pobreza e um município que luta pela igualdade de oportunidades. São mais braços que chegam até nós. Há aqui tantas mãos e tantos braços e tanta boa vontade, tanto talento. A melhor matéria-prima do nosso concelho são os seus habitantes, são as pessoas».

Coração Cívico 2011 Este ano o MOC decidiu que o Coração Cívico seria entregue aos voluntários que colaboram com o movimento nas várias actividades desenvolvidas pela instituição. Um Coração Cívico colectivo foi entregue a 57 voluntários e um outro individual distinguiu Graça Peixoto. O prémio colectivo foi para os seguintes voluntários: Ana Maria Rocha, Ana Rosa Seabra, Ana Vaz, Anabela Marques, Andreia Esteves, António Nunes, Bruno Barroso, Carla Faria, Carla Madureira, Carla Taveira, Carlos Marques, Carmo Correia, Cátia Alves, Cláudia Beiró, David Braga, Elisa Simion, Fátima Nunes, Fernando Lopes, Filipa Gonçalves, Filipa Ramalho, Filipa Sousa, Florinda Santos, Graça Peixoto, Guiomar Vieira, Hortense Bragança, Humberto Seabra, Inês Correia, João Assunção; José Correia, Leonel Correia, Lucília Silva, Luísa Dias, Luísa Feio, Manuela António, Manuela Pereira, Manuela Ramalho, Marco Paixão, Maria Assunção, Maria da Conceição Esteves, Maria Ernestina Pires, Maria Virgínia Castro, Marisa Ludovino, Mónica Neiva, Patrícia Machado, Pedro Esteves, Pedro Santos, Raquel Alves, Rita Andrade, Rui Machado, Rute Pereira, Sandra Barroso, Sandra Braga, Sofia Rodrigues, Telma Saúde, Vanessa Alexandra, Vera Marçal e Vítor Lopo.


27 Janeiro 2012 PUB

Nova Odivelas 7


8

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

QUOTIDIANOS ASSOCIATIVISMO

Cantinho do Idoso tem novos Órgãos Sociais Em ambiente de festa, e com muita participação dos associados, tomaram posse na quartafeira os novos órgãos sociais da Associação Cantinho do Idoso da Pontinha (ACIP) eleitos, em Assembleia Geral realizada a 20 de dezembro de 2012, para o triénio 2012/2014. cerimónia contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador, das vereadoras da Ação Social e Saúde, respectivamente Fernanda Franchi e Sandra Pereira, do presidente em exercício da Junta de Freguesia da Pontinha, Eugénio Marques, da vogal da Ação Social da JFP, Maria Leite e do presidente da Assembleia de Freguesia da Pontinha, Marco Pina.

A

Um espaço vivo e activo Rafael Duarte Silva, presidente da mesa da assembleia-geral cessante, começou a sua intervenção com votos de que o presidente da Junta de Freguesia da Pontinha, José Francisco Guerreiro, que se encontra doente, «Em breve possa voltar para o nosso convívio de boa saúde e boa disposição». Em dia de despedida do cargo, Rafael Silva sublinhou que «Ao longo de dois mandatos nunca deixei de apoiar projectos e iniciativas de interesse para os sócios e para a nossa associação. Apesar de em alguns casos ter mostrado oposição, foi sempre meu desejo colaborar com os membros da mesa, da direcção e do conselho fiscal, de uma forma transparente e discreta de pensar diferente. Uma forma de afirmação serena e ponderada, uma forma de ajudar a fazer sempre melhor». O presidente cessante da MAG agradeceu aos corpos gerentes, que agora terminam funções, o trabalho desenvolvido afirmando que «Souberam com honestidade, trabalho e competência, manter vivo e activo este espaço». O orador referiu ainda «A crise económica e financeira que já bateu à nossa porta e está a criar dificuldades para cumprir o orçamento e plano de actividades para o ano corrente».

Faltam ainda as valências de Apoio Domiciliário e Centro de Dia Armando Pereira, presidente que terminou agora funções, lembrou, na sua intervenção, alguns passos relevantes conseguidos no seu mandato. «No Natal de 2007 a Segurança Social honrou-nos com o reconhecimento do registo definitivo da valência como IPSS. Pelo Natal de 2009 foi indicado pela Câmara Municipal de Odivelas o início das obras de alargamento da nossa sala. Em 16 de julho de 2011 tivemos a inauguração e sentimos a melhor prenda do ano concedida pela Câmara Municipal de Odivelas, tornando muito maior a nossa sala, que está um encanto». Armando Pereira agradeceu «À nossa presidente

Susana Amador e a todos que directa ou indirectamente contribuíram para este grande êxito». O orador sublinhou que ainda falta atingir outro objectivo, a obtenção de acordos para as valências de Apoio Domiciliário e Centro de Dia pedidas há cerca de dois anos ao Instituto da Segurança Social. Armando Pereira considerou que o trabalho desenvolvido foi de esforço coletivo e por isso agradeceu a todos os elementos e manifestou a sua admiração «Pela seriedade e dedicação demonstradas. Graças ao vosso apoio a ACIP não parou de crescer. Melhorámos toda a imagem, procurámos o bom relacionamento com todos». O presidente cessante agradeceu ainda à câmara de Odivelas e Junta da Pontinha pela colaboração prestada assim como aos colaboradores nas várias atividades da ACIP. Ao terminar a sua intervenção Armando Pereira afirmou que os oito anos em que esteve na direção da instituição «Foram os melhores da minha vida, após a passagem à situação de reforma».

Fotografias: Henrique Ribeiro

Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

«Concretizar os sonhos que restam» Albertina Pires, a nova presidente, abriu a sua intervenção com agradecimentos aos anteriores corpos gerentes «Pelo carinho e entrega com que trabalharam ao longo destes seis anos em prol do bem dos sócios desta associação». Aos elementos que agora entram para os órgãos sociais, Albertina Pires formulou os votos de que «Se entreguem totalmente a este trabalho e obra para que tudo corra bem. Podem contar com todo o meu apoio, carinho e compreensão, entreajuda, disponibilidade e trabalho». A presidente, lembrou que «Há oito anos quando iniciei a caminhada para a abertura desta associação, tinha muitos sonhos. Alguns já foram concretizados, espero agora poder concretizar os que restam». A oradora lembrou ainda os dois anos em que esteve à frente da instituição e a colaboração prestada nos sis anos em que a ACIP foi dirigida por Armando Pereira «Embora um pouco mais distante». Albertina Pires volta a assumir a direcção da associação prometendo que fará tudo o que estiver ao seu alcance «Para vos ver felizes a todos e acompanha-los, tanto no centro como em vossas casas, quando assim for necessário».

«Instituição de referência na Pontinha»


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 9

QUOTIDIANOS ASSOCIATIVISMO

Marco Pina, presidente da Assembleia de Freguesia da Pontinha, abriu a sua intervenção sublinhando a vitalidade da ACIP «Que está à vista de todos», considerando a associação uma instituição de referência na Pontinha e por isso endereçou parabéns a quem tem dinamizado, Armando Pereira e todos os associados que têm passado pelos corpos gerentes. O orador lembrou que os tempos não estão fáceis mas acredita que com a coragem e abnegação dos dirigentes da ACIP vai ser possível continuar a dinamização da instituição, como tem acontecido até aqui.

«São vocês que fazem a alma desta associação» Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas começou a sua intervenção dirigindo-se aos associados da ACIP, porque «São vocês que fazem a alma desta associação, foram vocês que elegeram a nova direcção» e por enviou a todos um grande abraço e desejou que continuem a participar nas ações do município e da freguesia da Pontinha e sobretudo, «Que continuem a animar com a vossa energia, com a vossa alegria, esta grande associação». A edil saudou os corpos geren-

tes cessantes e aqueles que agora iniciaram funções. «A vida é feita destas pontes que acima de tudo revelam que ainda há muitos homens e muitas mulheres de boa vontade e que dão o seu tempo, um tempo precioso, aos outros num verdadeiro ato de cidadania». Susana Amador considerou que «Hoje ser presidente de uma direcção ou membro dos órgãos sociais significa ser mais cidadão e acreditar no território e dar mais aos outros». Por isso, «Estes queridos voluntários estarão sempre inscritos no nosso coração e no coração do município de Odivelas». Susana Amador considerou que a direcção cessante colocou a fasquia muito alto ao conseguir momentos históricos para a ACIP. «Escreveram a história, uma história bonita, uma história de força, desta associação, quer pela constituição como IPSS, quer pelas obras que permitiram duplicar o espaço desta sala». Dirigindo-se aos novos corpos gerentes a edil manifestou o seu contentamento por ver tantas mulheres eleitas. «E bom ver o poder no feminino porque é neste encontro de género, homens e mulheres, que surgem sempre as melhores soluções porque são ideias diferentes, sensibilidades diferentes, e tal como uma moeda tem cara e coroa, os homens e mulheres são cara e coroa de uma sociedade e de uma associação e seguramente terão muitas ideias e muita inspiração». Um erro protocolar cuja origem não foi possível apurar levou a que Eugénio Marques, presidente em exercício da Junta de Freguesia da Pontinha não tivesse sido convidado a usar da palavra.

Órgão Sociais 2012/2014 Mesa da Assembleia Geral Presidente: Manuel Ernesto Gomes 1º Secretário: Bernardo Pisco Tengarrinha 2º Secretário: Daniel Jesus Venâncio Direção Presidente: Albertina de Jesus Nunes Pires Vice-presidente: Fernando Augusto Rodrigues Secretária: Zulmira Vieira Tesoureiro: António Rocha Vogal: Lídia Maria Lopes Pires Vogal: Alexandrina Delgado Suplentes: Maria Alzira da Silva Dias, Maria Joaquina Matos Ventura; Maria Eugénia Gonçalves Conselho Fiscal Presidente: Altino Vieira Vogal: Ana maria Custódio Vogal: Joaquim Monteiro Suplentes: Florentina Pimentel; Maria Manuela Gonçalves; Armando Boleto


10 PUB

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 11

QUOTIDIANOS TRANSPORTES PÚBLICOS

Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

Um autocarro da carreira 36 foi bloqueado junto ao seu terminal na Av. D. Dinis, no Bairro Lima Pimentel, na freguesia de Odivelas, por cerca de 10 minutos, no decorrer de uma concentração de protesto convocada pela Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Odivelas (CUTPO). concentração teve lugar na terça-feira, 24 de Janeiro e juntou perto de duas centenas de pessoas na sua maioria idosos que protestavam contra a anunciada intenção de retirar a carreira 36, da Carris, de Odivelas, passando o seu terminal para o Senhor Roubado. As muitas palavras de ordem invocavam a necessidade dos transportes, afirmavam que o povo unido jamais será vencido e protestavam contra os recentes aumentos dos preços dos bilhetes bem como do novo aumento que terá lugar em fevereiro e que só no passe do Metropolitano será de 21%, segundo a CUTPO.

A

Maria da Luz Nogueira, uma das responsáveis da comissão considerou que «As pessoas demonstraram grande determinação em lutar contra mais esta medida de agravamento das condições de mobilidade». No que diz respeito à carreira 36 ela «É a única da Carris que entra em Odivelas e constitui para muitas pessoas a única solução para se deslocarem para Lisboa». A agora vereadora da CDU na Câmara de Odivelas, disse ainda que «As alternativas a este transporte não são viáveis, pois a Rodoviária de Lisboa, para além de ser um transporte mais caro, não assegura o mesmo percurso obrigando os utentes a fazer transbordos entre vários transportes para chegar a sítios onde o 36 chega». A dirigente da CUTPO garantiu que «Os participantes manifestaram a sua total disponibilidade para desenvolver todas as ações necessárias ao impedimento da retirada do 36 de Odivelas». Embora não previsto pelos organizadores a concentração acabou por esponta e simbolicamente bloquear um autocarro 36, durante 10 minutos,

Fotografias: Henrique Ribeiro

Indignação popular bloqueia carreira 36

ação que segundo Maria da Luz Nogueira «Constituiu uma forma de expressar a determinação da população em defender a manutenção deste transporte». Mas não só a redução do percurso da carreira 36 foi motivo de protesto. Também os aumentos dos preços dos transportes e a retirada do

desconto para os reformados e estudantes mereceram o repúdio dos participantes na concentração. Em final de protesto foi aprovada por unanimidades dos manifestantes uma moção, com o título Contra a retirada do autocarro 36 de Odivelas que será enviada aos vários órgãos de soberania, à Câmara Munici-

pal de Odivelas e à Junta de Freguesia de Odivelas. Na Moção lê-se que desde 2004, após a vinda do Metro a Odivelas, foram retirados vários autocarros da Carris, primeiro o 101, depois o 206 e por último o 7. «Agora o Governo prepara-se para retirar o 36, passando a ficar no Sr. Roubado». Segundo a Moção «O autocarro 36 é utilizado por milhares de pessoas de Odivelas, sendo o único que permite ir diretamente de Odivelas para várias zonas de Lisboa sem ter que se fazer mudanças. É também o único autocarro da Carris que faz a ligação de Odivelas ao Metro no Sr. Roubado». A Moção afirma que «Com a retirada do 36 de Odivelas, o Governo pretende dar mais lucros às empresas privadas de transporte, como a Rodoviária de Lisboa, obrigando as pessoas a usar as carreiras dessa empresa, que ficam mais caras, não fazem o mesmo percurso e, dentro de Lisboa, só permitem a saída e entrada de passageiros no Campo Grande. Com esta medida a população de Odivelas fica com um serviço de transporte pior e mais caro!». A retirada do 36 prejudica em particular a população da zona das Patameiras, Bairro Lima Pimentel, Pombais, Bairro Olaio, Av. D. Dinis, Bairro do Espírito Santo e, sobretudo, os mais idosos. A Moção diz ainda que que esta medida se insere «Nas intenções do Governo


12

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

QUOTIDIANOS TRANSPORTES PÚBLICOS

de despedir mais de 300 trabalhadores da Carris e privatizar as empresas públicas de transporte. Os prejudicados serão os utentes, pois o principal objetivo das empresas privadas é o seu lucro e não interesse público das populações». Considerando que «O serviço prestado pelo Carris é de extrema importância para as populações» a Moção defende que «O Governo deve financiar esta empresa pública em vez de financiar a Rodoviária de Lisboa». Depois dos considerandos a Moção aponta as decisões: Manifestar o seu protesto contra a intenção do Governo de retirar o 36 de Odivelas; Exigir o aumento do número de autocarros até Odivelas, em vez de ficarem no Sr. Roubado como acontece atualmente; Manifestar-se contra os aumentos dos preços dos transportes e o corte dos descontos para os reformados e estudantes». O problema dos transportes foi também levantado no Período Antes da Ordem do Dia da reunião da Câmara Municipal de Odivelas com intervenções dos vários vereadores e onde o vereador Hugo Martins assegurou que tinha garantias do Secretário de Estado dos Transportes de que no concelho de Odivelas não haveria redução de horários, carreiras ou percursos e que apenas um dos átrios da Estação do Metro de Odivelas seria encerrado às 21h30. Nesta mesma reunião foi aprovada por maioria, apenas com

os votos da CDU a Moção apresentada pelos vereadores comunistas, Não à alteração da rede de transportes públicos. Os vereadores do PS e do PSD abstiveram-se e o vereador Paulo Aido não estava na sala à altura da votação. O documento afirma que «A última proposta de alteração à rede de Transportes na Área Metropolitana de Lisboa, mantém um conjunto de medidas que, a concretizarem-se, serão graves para a população do Concelho de Odivelas» e que são as que já referimos. A Moção refere ainda o aumento dos preços dos transportes anunciado para fevereiro e considera que «A população de Odivelas tem sido nos últimos anos furtada nos seus direitos no que se refere aos transportes públicos e que agora uma vez mais será significativamente prejudicada no acesso à mobilidade». Segundo a Moção «Com estas medidas a população de Odivelas fica com um serviço de transporte pior e mais caro» e que «Que no seu conjunto, estas medidas contribuirão para a redução da qualidade de vida dos Odivelenses». Por isso a «Câmara Municipal de Odivelas, reunida na sua 2ª reunião ordinária de 2012, delibera: Rejeitar o encurtamento do percurso dos autocarros 36 e 726, bem como a extinção do autocarro 205; Exigir do governo a melhoria da rede de transportes no Concelho, designadamente a ligação entre as diversas Freguesias; Solidarizar-se com as lutas das populações por uma melhor

rede de transportes e contra o aumento insuportável do seu custo». Pontinha também faz manifestação Mas a luta dos utentes não terminou ainda e também na Pontinha se vai realizar uma manifestação em defesa dos transportes públicos que terá lugar no sábado, 28 de Janeiro, às 15h00 convocada pela Comissão de Utentes dos Transportes Públicos da Pontinha (CUTPP). O protesto terá lugar na Praça Hermínio Estrela, à entrada da vila. No que respeita à Carris da CUTPP afirma que a carreira 726 «Deixa de ir ao centro da vila prejudicando 3.000 pessoas por dia. Na 724 acaba o serviço nocturno. A carreira 205, acaba. Esta carreira de serviço nocturno serve

também o Bairro padre Cruz e é utilizada pela população da Pontinha e afeta 600 pessoas dia a horas em que não existem outras alternativas». A CUTPP fala ainda ada intenção de «Passar para o dobro do tempo de espera entre comboios fora da hora de ponta. O percurso entre o Colégio Militar e a Amadora vai ficar ainda com maior intervalo entre comboios». A comissão acusa: «Depois de brutais aumentos em Agosto (há apenas 5 meses) o Governo acaba de anunciar mais aumentos já para fevereiro. Só o passe

para o Metro fica a custar mais 5,10 o que significa um aumento de 21%! Ao mesmo tempo o Governo corta 265% no desconto do passe para idosos e os estudantes, agravando ainda mais a já difícil situação social das famílias e aumentando o isolamento dos idosos». Segundo o comunicado da CUTPP «Estas medidas são um atentado ao direito que a população tem de usufruir de transportes públicos para a sua deslocação diária, seja para trabalhar, estudar ou mesmo passear».


27 Janeiro 2012 DIVULGAÇÃO

Nova Odivelas 13


14

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

QUOTIDIANOS EXECUTIVO MUNICIPAL

1ª Reunião Extraordinária da Câmara Municipal de Odivelas

N

MANUAIS ESCOLARES

“Dá, p’ra Aproveitar” urante o ano de 2012, a Câmara Municipal de Odivelas leva a cabo na Biblioteca Municipal D. Dinis, o projeto “Dá, p’ra Aproveitar”, uma campanha de sensibilização para a reutilização de manuais escolares, do 5º ao 12º ano de escolaridade. O acesso à informação, à educação e à cultura por parte de todos, é um objetivo para o qual todos poderão dar o seu contributo, assim como, para a redução de custos e a otimização dos rendimentos das famílias. Todos os manuais entregues na biblioteca serão oferecidos a quem deles precisa. GC/CMO

D

em alguns municípios, merecenos contudo, do ponto de vista estritamente politico, uma posição desfavorável que justifica naturalmente o nosso voto contra e que se suporta nas razões que de forma detalhada colocámos na fase de discussão e que sinteticamente aqui elencamos. Autorizar prévia e genericamente que se contratem consultadorias ou outras prestação de serviços, nos termos e condições que bem entendam, quer quanto ao objeto quer quanto ao valor, sem que previamente possamos em concreto conhecer, apreciar e tomar a adequada posição sobre cada uma das situação que, de forma especifica e diferenciada se coloque, significaria do nosso ponto de vista a demitirmo-nos da responsabilidade, enquanto eleitos e perante quem nos elegeu, a abdicar do exercício dos poderes/deveres de acompanhamento e fiscalização da gestão que, enquanto força politica na oposição nos estão cometidos. Tal é para nós inaceitável. Na prática isso corresponderia a emitir um “cheque em branco” , a concordância em abstracto com as decisões de quem manda nesta câmara, que ao longo do tempo tem assumido opções de

gestão com a quais e como é conhecido temos tido, em algumas matérias ,discordâncias de fundo, o que naturalmente não se compagina com a intervenção responsável , ativa e do nosso ponto de vista e sem falsas modéstias empenhada e qualificada com que temos vindo e queremos continuar a exercer o nosso mandato. Ao invés, assumimos a defesa de que, no cumprimento do quadro legal aplicável, tudo o que carece de deliberação ou parecer deste órgão a este órgão deverá ser submetido e o que dessa deliberação ou parecer não carecer deverá então ser assumido por quem legalmente tenha essa competência, seja ela originária ou delegada. Assim, em nosso entender, melhor se assegurará o respeito pelos princípios de rigor e transparência que sempre deverão nortear a atuação quer dos órgãos eleitos, quer dos seus membros, individualmente considerados. Invocar a periocidade quinzenal das reuniões e a necessidade de cumprimento de regras de eficácia e eficiência, como fundamento para a proposta, não é do nosso ponto de vista plausível num quadro em que, sem dificul-

dades e com a maior frequência, este executivo tem optado por marcar reuniões extraordinárias e de que esta em que hoje estamos é disso exemplo, e o aumento da eficácia e eficiência preconizadas facilmente se atingirá com a implementação de regras, circuitos e procedimentos internos que o assegurem. Não nos recordamos aliás, ao longo de todos estes anos, de nenhuma situação em que a prestação de serviços necessários ou a celebração de qualquer avença ou tarefa igualmente necessárias tenham sido postas em causa por motivos de ausência da respetiva e atempada deliberação por parte deste órgão. Mas lembramos bem – isto sem prejuízo da nossa viabilização da grande maioria das propostas até agora deliberadas neste âmbito – de propostas que, após a devida e ponderada análise, nunca poderiam merecer o nosso consentimento, atenta a nossa perspetiva quanto à sua necessidade, oportunidade, interesse público e/ou valores em causa, o que só a apreciação em concreto permitiu, mas que agora, após a aprovação desta proposta, nunca seria possível, já que seriam igualmente “embrulhadas”

Crianças assinalam Dia Mundial da Paz

Gabinete Orienta-Te Câmara Municipal de Odivelas dispõe desde Dezembro de um novo serviço, o Gabinete Orienta-Te. A funcionar na Casa da Juventude, este é um espaço que tem como mais valias, ajudar os jovens através do aconselhamento em áreas como a Sexualidade, Mediação Social e Emprego. O Atendimento deve ser efetuado através de marcação prévia para a Casa da Juventude 21 932 04 80 ou juventude@cmodivelas.pt. De saber ainda que a Casa da Juventude, um edifício antigo, situado na zona histórica de Odivelas, foi totalmente recuperado e reabilitado, a pensar nos nossos jovens e na sua atividade. É neste moderno espaço de referência que se podem realizar as mais variadas atividades

A

nesta tal autorização genérica. É o caso, exemplificativo da decisão aqui tomada muito recentemente, em 16 de Dezembro passado, de aquisição de serviços de consultadoria, por um valor elevadíssimo, cerca de 150.000 euros em dois anos, para acompanhamento de dois processos com que não estivemos nem estamos de acordo – a privatização da água e a parceria público-privada para construção de uma escola e um pavilhão – e que não poderia deixar de merecer a nossa contestação. Não intervimos nem desenhamos as nossas posições com base em qualquer preconceito ou juízo prévio, tal como não as construímos a partir de abstrações ou cenários genéricos. As nossas posições são tomadas perante propostas concretas, a partir da concreta analise que sobre elas efetuamos e sempre à luz do que entendemos dever ser uma gestão correta, rigorosa e prudente, com os olhos postos no que melhor serve este concelho e as populações. E do nosso ponto de vista assim deveria continuar a acontecer, razão pela qual votámos contra esta proposta».

EDUCAÇÃO

JUVENTUDE

al como já o tinha feito em 2011, a Associação de Pais e Encarregados de educação da EB1/JI dos Apréstimos, na freguesia da Ramada, assinalou no dia 05 de janeiro o Dia Mundial da Paz com uma simbólica largada de pombos, evento que contou com a presença de todos os alunos, corpo docente e não docente.

T

de desenvolvimento pessoal, de interação social e de partilha de conhecimentos, através exposições, workshops, concertos, utilização de computadores e incursões pela Internet, etc. A Casa da Juventude é o sítio certo para os jovens extravasarem a sua criatividade e capacidade de inovar novas formas e caminhos para construir um Concelho mais coeso, solidário, inclusivo e pleno de oportunidades para todos. GC/CMO

24 HORAS DE NOTÍCIAS

www.novaodivelas.tv www.diariodeodivelas.com

Fotografia: APEE

a 1ª reunião extraordinária de 2012 da Câmara Municipal de Odivelas, realizada nos paços do Concelho a 18 de janeiro, foi aprovado por maioria o Parecer prévio genérico favorável à celebração e renovação de contratos de prestação de serviços nas modalidades de tarefa e de avença e de prestação de serviços de consultadoria técnica. Desta reunião apenas sabemos que o ponto foi aprovado por maioria, informação da Câmara Municipal de Odivelas e que a CDU votou contra através da declaração de voto que nos foi enviada pelo gabinete dos vereadores desta coligação. Diz a declaração que «A presente proposta, agora aprovada com os votos da maioria PS/PSD que gere esta câmara, para que este executivo dê um parecer prévio genérico favorável à celebração ou renovação de contratos de prestação de serviços – sejam tarefas, avenças ou consultadoria técnica- não nos suscitando, do ponto de vista da sua fundamentação, nomeadamente do ponto de vista técnico-jurídico, quaisquer questão ou reparo e correspondendo a uma prática que, sabemos, vem sendo seguida já

Mais uma vez a associação contou com o apoio da Associação Columbófila de Odivelas, a quem a direcção da associação agradeceu em comunicado enviado ao Nova Odivelas, «Em particular ao seu tesoureiro o Sr. José Moreira por toda a sua boa vontade e empenho para que esta iniciativa pudesse ser realizada».


27 Janeiro 2012 PUB

Nova Odivelas 15


16

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

QUOTIDIANOS CULTURA

EDUCAÇÃO

Mais de 53 mil espectadores em 2011 na Malaposta m nota de imprensa a Câmara Municipal de Odivelas informa que no ano de 2011 foram mais de 53 mil os espectadores que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta, nas suas diversas salas, para assistir a espectáculos o ver exposições. Segundo a nota o equipamento, sob gestão da empresa municipal Municipália, registou nos seus espetáculos e eventos, um acréscimo de 400 espetadores, em relação ao ano anterior. «Para a Câmara Municipal, este crescimento traduz a excelência da Programação deste equipamento e a qualidade inequívoca da sua Gestão e da sua Direção Artística que, com uma planificação vasta e diversificada nas áreas do Teatro, do Cinema e de outros campos das

E

PUB

artes, tem conquistado novos públicos, não apenas oriundos do concelho de Odivelas mas também de outros pontos da grande Área Metropolitana de Lisboa». A nota municipal diz ainda que «Os números alcançados significam uma aposta ganha e em crescente sucesso, indo de encontro à política contínua da Autarquia, em matéria de Cultura: Mais e de Maior Qualidade, porque na cultura também reside a identidade de um município».

24 HORAS DE NOTÍCIAS www.diariodeodivelas.com

Odivelas promove Prémio de Boas Práticas

E

stão abertas as candidaturas para o “Prémio Boas Práticas na Prevenção da Violência Escolar”, promovido pelo Projeto Sei! da Câmara Municipal de Odivelas. Até ao dia 23 de Março podem candidatar-se todos os Agrupamentos de Escolas, Escolas Secundárias e Escolas Profissionais da rede pública do concelho de Odivelas que queiram desenvolver um projeto na área da prevenção/remediação do Bullying e Violência Escolar. Considerando a importância da prevenção destes fenómenos, e tendo em conta o papel preponderante da autarquia na definição de políticas educativas que contribuam para o desenvolvimento harmonioso das crianças e jovens, o desenvolvimento deste prémio pretende promover e fomentar, nas escolas, boas práticas para a prevenção da violência escolar. São, ainda, objetivos deste concurso o desenvolvimento de um espírito de pertença e convergên-

cia para objetivos comuns que visem o bem-estar de todos, bem como a promoção de estratégias concertadas para a prevenção primária e carácter remediativo referentes à temática. São admitidas a concurso as candidaturas que apresentem um poster com 80 por 60 centímetros, e que contenha um cabeçalho com o título do projeto, o nome do Agrupamento/ Escola e o nome do autor. Para a elaboração deste trabalho, devem utilizar-se, preferencialmente, esquemas, imagens e fotografias, e o texto deve ser visível a, pelo menos, um metro e meio de distância. A acompanhar este poster, deve apresentar-se um documento que resuma o trabalho em 200 palavras, e um outro com o tamanho máximo de 15 páginas, que descreva o projeto de forma detalhada. Para a avaliação, serão tidos em conta os critérios de inovação e relevância pedagógica, as boas práticas em contexto escolar

para prevenção da violência, as estratégias e objetivos definidos no projeto educativo, o regulamento interno do Agrupamento/ Escola, a promoção do relacionamento interpessoal dos alunos, a criatividade e originalidade das estratégias adotadas para fomentação da relação escola/aluno e escola/família, a satisfação das necessidades do território, e os benefícios para os envolvidos. O prazo de candidatura ao “Prémio Boas Práticas na Prevenção da Violência Escolar” tem lugar durante o mês de Março, até ao dia 23, e os interessados devem formalizar essa candidatura no Departamento de Educação Juventude e Cultura – Projeto “Sei! Odivelas”, Edifício CAELO Parque Maria Lamas. Rua da Memória, 2A, 2675-409 Odivelas, das 09h às 12h30 e das 14h às 17h30. Os vencedores serão galardoados com um certificado de Boas Práticas na Prevenção da Violência Escolar. GC/CMO


27 Janeiro 2012 DIVULGAÇÃO

Nova Odivelas 17


18

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

QUOTIDIANOS POLÍTICA

Em nota de imprensa a concelhia de Odivelas da Juventude Social Democrata dá conta de que no âmbito do seu projeto Roteiro de Proximidade, visitou no sábado, 21 de janeiro, a freguesia de Odivelas. «Depois de já se ter visitado as restantes seis freguesias do concelho, foi a vez de se conhecer as forças vivas e locais de interesse cultural da freguesia de Odivelas». esta visita participou também Vítor Machado, presidente da Junta de Freguesia de Odivelas. Diz a JSD que «Nada melhor que começar a visita conhecendo as instalações da sede da Autarquia que, com os seus funcionários e membros do Executivo, (mais de 200 trabalhadores no total), todos os dias labora em prol dos seus fregueses». Após a visita à junta a comitiva dirigiu-se ao Lar de Odivelas da Santa Casa da Misericórdia, «Onde fomos amavelmente recebidos pela Dra. Noémia, a mais recente directora do lar. A IPSS supracitada é mesmo o único lar da freguesia e um dos poucos no Concelho, tornando-se muito solicitado pela população. Tendo já a sua lotação completa, cerca de 70 idosos, é inevitável a existência de uma lista de espera que vai sendo gerida de acordo com as condições familia-

N

res, estado de saúde e necessidades afectas aos idosos. Como o lar funciona num antigo prédio de 5 andares, torna-se difícil a mobilidade tanto dos utentes como dos funcionários. No entanto, a existência de um elevador tenta colmatar esta dificuldade, facilitando o acesso, principalmente dos idosos a outros espaços que não só o seu quarto» Posteriormente, a JSD Odivelas visitou o comércio da Feira da Arroja e do Mercado de Odivelas, vendo as condições dos locais em que os mesmos estão instalados. «No caso da Feira da Arroja as principais necessidades são a instalação de cabines sanitárias, colocação de um ponto de água e novas condições para o piso. Situações que não estão esquecidas pela Junta de Freguesia de Odivelas, que tem tentado enveredar todos os esforços junto da Câmara Municipal de Odivelas para solucionar estas necessidades dos comerciantes e dos compradores. Relativamente ao Mercado, uma caixa ATM faria toda a diferença». A comitiva laranja deslocou-se a seguir «À Sede de um clube verdadeiramente histórico: o Clube Recreativo Espírito Santo, também conhecido como AJAX. Esta colectividade recreativa foi fundada em 1969 e conta actualmente com aproximadamente 300 sócios efectivos. Fomos recebidos pelos seus dirigentes que nos relataram a

Fotografias: JSD Odivelas

JSD visitou a freguesia de Odivelas

pouca importância que se dá hoje ao tecido associativo, ou não fosse visível a falta de contacto que o clube tem hoje junto das crianças e dos Jovens, fruto da procura que existe em clubes fora da área do concelho. A maioria das modalidades que o clube dinamizava, estão hoje inactivas como é o exemplo do Kick-Boxing por onde passaram grandes atletas. Actualmente a modalidade que subsiste é a dança do ventre que tem ainda procura suficiente para esta se manter em actividade. Ainda assim, a exploração do Bar e a Sede (espaço bastante apelativo) vão mantendo o clube com procura diária». A visita seguinte foi ao Grupo 11

da Associação de Escoteiros de Portugal. Aqui «Fomos muito bem recebidos pelo Chefe Carlos Reis. O Grupo foi fundado em 1979 e conta actualmente com cerca de 85 escoteiros activos (dos quais 30 são adultos). Tivemos a oportunidade de visitar as suas instalações, onde habitualmente guardam as suas fardas e equipamento para as iniciativas. Aprendemos ainda um pouco da história desta Associação e principais valores transmitidos e incutidos». A nota de imprensa diz ainda que «O património cultural e histórico faz parte daquilo que somos, como tal, não poderíamos deixar de visitar um marco histórico da freguesia de Odivelas: o Monumento do SenhorRoubado. Tivemos a grande honra de contar com a presença da Dra. Máxima Vaz, que em muito enriqueceu os nossos conhecimentos contando-nos a história que deu origem ao local hoje chamado de Senhor Roubado». A visita da JSD à freguesia de Odivelas incluiu um almoço que contou com a presença, para além dos membros da JSD e de Vítor Machado, dos representantes do PSD nas restantes freguesias e que acompanharam a comitiva dos jovens laranjas ao longo destes Roteiros de Proximidade: João Pedro Silva, da Ramada; Hermínia Azenha, de Famões; Rui Teixeira, da Pontinha; Domingos Cabaço, Maria João Nascimento e Bruno Correia, da Póvoa de Santo Adrião, bem como a Presidente do PSD Odivelas, Sandra Pereira.

«Não esquecendo o meio ambiente, terminámos esta visita à freguesia de Odivelas com a plantação de 7 pinheiros (representando cada uma das freguesias visitadas), na Praceta Natália Correia». A concelhia de Odivelas da JSD afirma na nota de imprensa que hoje «Conhece a realidade do seu Concelho. Visitámos cada uma das sete freguesias, interagimos com as suas forças vivas, os seus locais de interesse público, as suas zonas de cariz histórico-cultural e contactámos com centenas de pessoas na rua! As nossas responsabilidades políticas e autárquicas dão-nos o direito, mas também o dever de contactar diariamente com a realidade do concelho sempre E não apenas nos anos eleitorais!». Em jeito de balanço a JSD termina com duas certezas: «O Projecto Roteiro de Proximidade não termina aqui. O sentimento é precisamente o oposto: Dar um alerta e uma chamada de atenção que demonstra que é possível fazer mais e melhor na Política. Que seja o início de um ciclo que fique marcado pela diferença! Nós temos cada vez mais orgulho em ser de Odivelas! Não somos um mero concelho limítrofe de Lisboa, um dormitório da metrópole, um território sem história. Temos património milenar, marcas de presença de reis e rainhas, gente com qualidade e competência, pessoas que querem e intervém para uma sociedade melhor, uma população jovem com garra e paixão».


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 19

QUOTIDIANOS FREGUESIAS

Póvoa entrega prémios de Concurso de Montras

á cinco anos consecutivos que a freguesia da Póvoa de Santo Adrião promove anualmente este concurso natalício com o objectivo de promover o comércio local e dar mais vida às montras da freguesia. Este ano o evento contou com mais aderentes tendo participado 24 comerciantes de todos os bairros da freguesia, segundo explicou ao Nova Odivelas o vogal Luís Sá, responsável pela organização do evento que este ano teve como novidade a atri-

H

PUB

buição de mais um prémio, este escolhido pelo público através de votação no sítio da autarquia povoense na Internet. O júri do concurso, presidido pelo vogal da Cultura, Luís Sá, integrou a vogal da Acção Social, Cristina Mendes e o Tesoureiro, Ilídio Lopes. Os três prémios atribuídos pelo júri foram entregues aos seguintes estabelecimentos: 1º - Lena lavores 2º - Farmácia Santo Adrião 3º - Vaga Jovem O prémio do público distinguiu a Papelaria Nova. Os prémios foram entregues em cerimónia presidida pelo Vicepresidente da Câmara Municipal de Odivelas, Mário Máximo contou a presença de Rogério Breia, presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de santo Adrião e de todo o seu executivo, bem como dos comerciantes concorrentes e alguns fregueses da Póvoa.

Em breve intervenção Rogério Breia destacou a importância do Concurso de Montras de Natal, evento que considerou um sucesso que vem crescendo ano após ano. Rogério breio sublinhou também o empenhamento do vogal Luís Sá no evento e considerou que todos os concorrentes seriam merecedores do prémio. Mário Máximo, defendeu que todas as pessoas têm um papel importante na sociedade especialmente em tempo de crise em que todos os portugueses são chamados a dizer presente e quando o Estado faz cada vez menos pelas pessoas. Citando o ex-presidente americano John Kennedy, Mário Máximo afirmou que cada munícipe se devia interrogar sobre o que pode fazer por Odivelas e não sobre o que Odivelas pode fazer por si. O vereador disse que a câmara e a junta de freguesia têm muito a fazer pelos cida-

dãos mas que cada munícipe e cada freguês também tem o seu papel no desenvolvimento do concelho. Por isso, Mário Máximo também sublinhou a importância da adesão dos comerciantes a esta iniciativa que se contasse com mais participações traria mais brilho aos negócios de cada um. Todos os concorrentes receberam um diploma de participação e os quatro premiados receberam uma peça de cristal. A festa terminou com um lanche convívio oferecido pela autarquia.

> 1º lugar Lina Lavores

> 3º lugar - Vaga Jovem

Fotografias: JFPSA

No dia 18 de Janeiro a Junta de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião entregou os prémios da 5ª edição do seu concurso anual de Montras de Natal que decorreu na última quadra natalícia. Mário Máximo, vereador das Actividades Económicas e vice-presidente da Câmara Municipal de Odivelas presidiu à cerimónia.

> 2º Lugar farmácia Santo Adrião

> Prémio do público - Papelaria Nova


20

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

Todos a Bordo na Malaposta Até 12 de fevereiro está em cena no Centro Cultural Malaposta a peça Todos da Bordo com textos e encenação de Fernando Gomes e que pode ser vista de Quinta a Sábado às 21h30 e aos domingos às 16 horas. Mais de duas horas de riso contínuo com as buchas de Fernando Gomes a fazerem de cada representação um espectáculo único. Preço 12,50 sujeito a descontos. 120’. M/12. A publicidade ao espectáculo pergunta: Comédia, cabaret, revista?, para responder a seguir que este espectáculo «Tem um pouco de tudo isto ... e muito mais! Uma Viagem imaginária ao Mundo Louco do Espectáculo!». «Shakespeare tinha razão quando disse que o mundo inteiro é um palco, e o palco é o mundo, onde cada actor tem de representar o seu papel! E neste mundo de ilusões que é o teatro, assim como na vida real, tudo pode acontecer! Assim, neste nosso mundo, neste nosso palco, a nova proposta com “TODOS A BORDO!” é uma viagem musical e imaginária ao mundo do espectáculo, através de um encadeado de situações de comédia, onde se cruzam os mais diferentes estilos: da popular opereta ao burlesco do cabaret e uma revisitação ao mais tradicional de todos os espectáculos, a revista à portuguesa!».


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 21


22

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

CAMINHOS CRUZADOS LIVROS

José Maria Pignatelli

Paulo Aido é um dos autores cabeça de cartaz do Festival Literário de Macau Rota das Letras que começa domingo e termina no dia 4 de Fevereiro. A ele juntam-se seis outros escritores portugueses: André Carrilho, Alice Vieira, José Luís Peixoto, José Rodrigues dos Santos, Rui Cardoso Martins, Miguel Gonçalves Mendes. esta comitiva lusa viajam também a fadista Aldina Duarte, o músico Noiserv e ainda a cabo-verdiana Nancy Vieira que serão três das estrelas da música que têm actuação garantida em Macau. Neste festival vão estar representadas várias correntes da cultura de todos os continentes. Já foram anunciados os brasileiros João Paulo Cuenca e Andreia Pacal, o angolano Lino Damião, Yaca Costa, de Moçambique, os chineses Su Tong e Jimmy Qi, de Xu Xi, de Hong Kong, e de Jade Y. Chen, Lolita Hu, de Taiwan e o australiano Tony Ayres.

N

«O livro foi um compromisso, que assumi, com antigos prisioneiros da índia Portuguesa»

“A primeira derrota de Salazar” o último de oito livros todos com reconhecimento público – é a obra mais recente do jornalista Paulo Aido que terá motivado este prestigiante convite, certamente pela forma e seu conteúdo histórico. O autor regressa assim a um território onde viveu cinco anos, entre 1987 e 1992, e foi reputado jornalista. A obra apresentada em Dezembro último faz-nos recuar precisamente 50 anos, ao dia-a-dia em Goa, semanas antes da queda da Índia portuguesa às mãos do então presidente da União Indiana, Jawaharlal Nehru. O autor mostra-nos a impotência do Estado Novo perante a inevitável invasão das províncias portuguesas de Goa, Damão e Diu. Depois dos livros de leitura obrigatória sobre a vida do Papa João Paulo II, da Irmã Lúcia, e sobre as mais belas orações do mundo, e da memória de Conceição Monteiro, a confidente de Sá Carneiro, Paulo Aido escreve o seu primeiro romance histórico que conta um pedaço da nossa história contemporânea, numa trama muito bem contada e a um ritmo quase perturbador. O livro é fantástico: percebemse as imensas horas de investigação tanto mais que se trata de uma história que fala de um pedaço do século XX português que muito poucos conhecem. Paulo Aido explica a razão deste livro: «Resulta de um compromisso, que assumi, com alguns dos antigos prisioneiros da Índia Portuguesa, quando fiz um trabalho sobre a invasão, há cerca de quatro anos, para uma

revista. Desde então entendi que tinha, de alguma forma, o dever de contar ao mundo a história ainda praticamente ignorada daqueles quase quatro mil compatriotas». A anexação da Índia portuguesa na União Indiana tem duas faces – a inflexibilidade de Jawaharlal (Pandit) Nehru em juntar os territórios portugueses para esbater o insucesso na tentativa de anexar Caxemira; a incapacidade da diplomacia portuguesa em arranjar aliados para evitar a derrota na ausência de poder militar naquelas colónias. Depois de meses de investigação, Paulo Aido terá formulado certezas. Será assim? A esta questão, o autor responde: «Em 1961 era por demais evidente o isolamento internacional a que se encontrava o nosso país. Apesar da grandeza do nosso império colonial, éramos um país pequeno, frágil economicamente e sobre nós, as nossas colónias, claro, recaiam os olhares cobiçosos de vários países. Para azar de Salazar, Kennedy, o recémeleito presidente norte-americano, era defensor da descolonização e a Inglaterra, a mais velha aliada, não ia deixar de apoiar a pretensão da União Indiana, sua antiga colónia e, em 1961, membro de pleno direito da Commonwealth. Resultado: além de discursos mais ou menos inflamados em algumas chancelarias, Salazar descobriu que, no plano internacional, estava isolado e não podia, de facto opor-se à vontade de Nehru de anexação dos territórios portugueses de Goa, Damão e Diu». «Quando um jornalista relata as atrocidades de uma guerra, está a tomar posição» É inevitável não ceder ao compromisso: Paulo Aido há dois anos que faz política e com um crescente reconhecimento no concelho de Odivelas onde nasceu, onde é vereador inde-

Fotografia: Henrique Ribeiro

Paulo Aido convidado para o Festival Literário de Macau

pendente sem pelouro, na oposição. E o seu trabalho de persistência a favor dos mais desprotegidos, da poupança de recursos, dos investimentos mais racionais e com critérios de prioridade acabaram num convite do CDS para se candidatar como independente à Assembleia da República, nas últimas legislativas. Fez uma campanha dura, ao lado de Teresa Caeiro, Pedro Mota Soares e Xara Brasil, e acabou com uma espécie de triunfo: mais 24% e passar para a frente da CDU, num concelho que tradicionalmente dá maioria aos partidos da referencionada esquerda. É inevitável questionar: Como é que o político se afasta do jornalista? Misturam-se sentimentos ou eles acabam por ser os mesmos? Paulo Aido não hesita: «O jornalista deve procurar ser testemunha imparcial dos acontecimentos. O político, ao contrário, toma partido, assume posição, tem um projecto. Ambos, porém, podem e devem ter valores, como a defesa da liberdade ou a preocupação pela promoção dos mais neces-

sitados, dos mais fragilizados, dos que a sociedade marginaliza. Se é verdade que o jornalista deve ser imparcial, a imparcialidade de facto não existe absolutamente. Quando um jornalista decide fazer uma reportagem sobre as condições de vida num bairro de lata, está a tomar posição. Quando relata as atrocidades de uma guerra, está a tomar posição. Quando denuncia casos de corrupção, por exemplo, está também a tomar posição. E pode e deve fazer isso sendo testemunha imparcial desses acontecimentos. É por contar a história, essa história, nessa perspectiva, que ele se engaja nela. O político também. Estou na política porque sou cristão e faço disso a minha ideologia, para ajudar os mais necessitados, os mais fragilizados, para lutar contra a corrupção instalada no sistema democrático em que vivemos, na partidocracia em que estamos instalados e sufocamos. E que nos adormece. Como jornalista, como político ou como cidadão, somos sempre chamados a dizer de que lado está. Ou tomamos posição ou assobiamos para o lado».


27 Janeiro 2012

Dualidades

Ponto & Vírgula

Nova Odivelas 23

O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula (para que se aprenda a respirar), no entanto menor que a do ponto (para que não se perca a oportunidade de agir).

A reforma da Administração Local (2)

CONTRABANDO DE AUTARCAS (1)

João Carvalho Jurista jrlcarvalho@sapo.pt

No país da Stand-up Comedy

temática que vou abordar neste texto e no próximo, obriga a fazer um pequeno preâmbulo de análise jurídica de um diploma legal. Pelo facto peço desculpa aos nossos leitores, prometendo amenizar o discurso para o tornar menos maçudo. Entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006 a Lei nº 46/2005 de 29 de Agosto, que estabelece limites à renovação sucessiva de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais. Ora, as leis, embora não pertencendo à categoria de entes vivos, têm algumas semelhanças com estes, nomeadamente com os humanos. Ambos são constituídos por matéria (a chamada letra, no caso das leis) e espírito. As semelhanças começam e acabam aqui. É que o espírito dos humanos é uma realidade transcendente que vive no reino da metafísica, e o espírito das leis, embora carregado de simbologias, não vive em patamares tão elevados, com excepção, talvez, daquelas que, antes de serem discutidas e aprovadas na Assembleia da República, vão às compras a uma qualquer loja maçónica. A não ser nestes casos, magicamente fadados, o espírito das leis está sempre à mão de ser agarrado e dissecado laboratorialmente. O artigo 1º e único da Lei 46/2005 diz, resumidamente, que o presidente de câmara municipal e o de junta de freguesia, após o seu 3º mandato sucessivo, não podem assumir aquelas funções durante o quadriénio imediatamente subsequente. Aparentemente, e para descanso meu e de outros cidadãos de certos municípios, confrontados com as dúvidas ameaçadoras que adiante se explanarão, a letra desta lei parece consagrar um impedimento ou inelegibilidade temporária, dos referidos presidentes, de carácter geral. Para ser mais explícito parece, sublinho sempre o parece, que vou transformando em parecia, que o presidente que esteja nas condições referidas, não pode ser eleito para novo mandato, nem na autarquia onde esgotou o seu número, nem em nenhuma outra. Mas aqui entra o desgraçado espírito da lei para nos atazanar o juízo. É que, para se perceber o espírito de certa lei, vão-se buscar um conjunto de indicadores, como saber o que se pretendia com a mesma,

A

através, nomeadamente, dos seus elementos genéticos e de algumas figurações, pelo absurdo, da aplicação da mesma. Na 1ª parte, nada melhor do que consultar o teor dos seus projectos na Assembleia da República e o que aí se disse. Alguns respigos: “A limitação de mandatos visa prevenir os riscos inerentes à excessiva personalização no exercício do poder executivo, riscos que a perpetuação no mesmo cargo proporciona”. “Exercício transparente das funções autárquicas”. “Evitar a criação de dependências, temores reverenciais, cumplicidades indesejáveis”. Considerações destas contam-se às dezenas, nas intervenções dos deputados e nos textos atinentes. Alguém tem dúvidas que todas elas tiveram apenas em vista a autarquia onde esgotarem os mandatos, pois que as preocupações expressas apenas para isso apontam? Em termos gerais, não é normal que o estigma das expressões negativas empregues transite para outra autarquia, automaticamente, porque estamos a falar de autarcas e não de difusores de vírus. E tanto assim é que os distintos parlamentares, tão preocupados estavam com as nocividades que queriam erradicar da vida autárquica, que se esqueceram de coisas mais comezinhas como o que queriam significar com o termo funções – se as de presidente de (qualquer) autarquia, ou se as de presidente da autarquia onde estavam. Quanto a figurações pelo absurdo, elas decorrem do que se disse, ficcionando casos concretos tipo um presidente que foi de uma autarquia no Alentejo, concorrer a outra no Minho, por exemplo. Parece que este tipo de considerações sobre a Lei 46/2005 já se espalhou, a benefício de algumas concretizações, já não absurdas, mas indesejáveis, pois elas são corporizadas por alguns insistentes zunzuns, nalguns casos já transitados para posições públicas e citações na comunicação social, segundo os quais, alguns presidentes de câmaras andam a manobrar no sentido de se candidatarem noutros concelhos, nomeadamente vizinhos. Autêntica passagem das fronteiras a salto. (Continua)

Teresa Salvado teresa_salvado@coisas.info

e ainda tínhamos algumas dúvidas, esta semana ficou provado que vivemos num país de comediantes de alto nível. É que, se assumirmos isto como uma máxima nacional e a transformarmos numa diretiva nacional, muita coisa tem de ser repensada ao nível da estratégia da imagem de Portugal lá fora. Por exemplo, em vez de andarmos a vender as praias, o sol, o património e o golfe para atrair turistas vendemos esta imagem de país de comediantes, onde o riso é o que temos para oferecer. Outro exemplo. Se nos mercados financeiros do exterior perceberem que muito do que se diz e faz por terras lusas não passa de grandes anedotas com toda a certeza que o nosso nível de rating aumenta e, consequentemente, podemos voltar a endividar-nos e a taxas de juro bem mais leves. É que quando temos um presidente da República que diz que não ganha para os gastos e que tem uma reforma baixa… Só pode ser uma piada, e das boas. Bem, pelo que percebi, Aníbal Cavaco Silva é só mais um português que vive acima das suas possibilidades. Quando temos um Governo que nos aperta o tão afamado cinto, mas depois nomeia pessoas de confiança para cargos de confiança como se não houvesse amanhã… Só pode ser uma piada. E em Odivelas? Por aqui o sentido de humor não pára de me surpreender. Ora vejamos: O Movimento Odivelas no Coração (MOC) nasceu há quatro anos e congregou naquilo que seria um movimento cívico pessoas saídas de diversas forças partidárias e cidadãos. Mas, nas legislativas seguintes tentou candidatar-se. Mas, a presidente da autarquia, Susana Amador, e o partido a que pertence, o Partido Socialista, descobriu uma falha legal que permitiu a anulação da candidatura do MOC. Depois deste desaire o MOC acabou por se definir somente como movimento cívico (e com trabalho muito válido realizado nestes anos de atividade, porque as verdades são para ser ditas). Durante estes anos a troca de galhardetes entre o “poder instituído” e o movimento foram mais que muitos. Jantares, blogs, facebook, jornais locais… valeu um pouco de tudo, desde os insultos mais diretos aos disfarçados atrás de ironias. Quatro anos volvidos o MOC comemora o seu aniversário com pompa e circunstância no Polivalente de Odivelas. E, qual não é o meu espanto quando espreito no facebook as fotos de família e vejo Susana Amador em palco, Susana Amador num tímido entrelaçar de braços com Graça Peixoto, Susana Amador a entregar uma aguarela (penso) a Vítor Peixoto, Susana Amador a cantar os parabéns ao MOC e a ajudar a apagar as velas ladeada por Vitor Peixoto e Barão das Neves. Que mais verei a seguir? Admito que aguardo com enorme expetativa os movimentos que se seguem. Faz-me lembrar aquela música popular… «Ora truz, truz, truz, ora trás, trás, trás; ora chega, chega, chega, ora arreda lá p’ra trás…». Aliás, a massa política de Odivelas é exímia dançarina desta modinha. É uma questão de ficarmos atentos também aos movimentos centristas, social-democratas e independentes. Tem ou não tem imensa piada tudo isto? Eu já me fartei de rir.

S


24

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

Kalunga

Estreito de Magalhães

Uns verdadeiros parasitas estes portugas

Armando Ramalho armando.ramalho@sapo.pt

ulgarmente associamos este termo a minúsculos insectos que vivem onde normalmente não incomodam as nossas distraídas vidinhas, mas na realidade qualquer dicionário ou um pouco de cultura nos lembrará que são plantas ou seres vivos de outras espécies que vivem à custa dos outros e não do seu trabalho. Isto é, em sentido figurado, inúteis e supérfluos. Na nossa história pátria, a tal com mais de oito séculos de existência, ou como mais modernamente se afirma, com quase um milénio… bastas vezes foi o povo chamado a dar caça aos parasitas que se instalavam à mesa do orçamento do reino, parasitando o trabalho de toda uma nação de quase escravos. Felizmente as elites não tinham uma fórmula de alerta para os levantamentos populares, imaginavam que nunca aconteciam. Mas acontecia, quando a miséria era mais do que muita, então as revoltas nasciam brutais, com as consequências de todos conhecidas. E a próxima será igual, com escravos mas sem cravos, seguramente. Numa análise contra factual questiona-se se um determinado facto não ocorresse o que teria acontecido de outra forma no futuro, um exemplo de escola é o de imaginar se a rainha do Egipto, a famosa Cleópatra, fosse feia e velha, o Império romano poderia ainda existir, dado que as lutas fratricidas dentro do sistema em muito se deveram também à beleza régia da dita senhora. O poder de Roma nunca mais teve o brilho civilizacional que o tinha caracterizado, a decadência começou assim. Muitos consideram também erradamente que o regime democrático se assemelha a um casamento de outros tempos, sem possibilidade de divórcio, sendo para todo o sempre, condenando a uma vida de inferno

V

PUB

uma existência em comum quando já nada se aproveita dessa relação por natureza há muito terminada. Nada mais errado, as democracias perduram e consolidam-se, não pelo exercício despótico ou tirânico da vontade das maiorias, mas sim pelo respeito de todas as minorias que legitimamente disputam o poder, a chamada alternância democrática. Como ficou publicamente testemunhado, via televisão, o Presidente da República, em Guimarães, foi vaiado pelo povo, mesmo antes de ter afirmado que vive em perfeito estado de indigência, não de carácter mas financeira. Onde foi parar o lema de pobres mas honrados? Sim, pela primeira vez na história da república temos um presidente sem vencimento e com reformas que o próprio afirma desconhecer, nunca fala de uma, que seguramente anda esquecida, que corresponde a de ter sido Primeiro-ministro (creio que são uns bons 2.500 euritos mais) e é automática para todos os ex. Temo que para a próxima visita lhe ofereçam uma chuva de ovos e maçãs para compor o orçamento. Moral desta triste história: o povo é ingrato e indigno, os parasitas somos nós, vivemos a custa do PR, pois este mal ganha para as despesas. Uns verdadeiros parasitas estes portugas.

> Esta semana na Feira de Odivelas

49 Pré publicação semanal da novela de João Carvalho

Muteque-Muele e os companheiros, não puderam reconhecer, imediatamente, os rapazes de Cambondo. Luís considerou que só havia uma maneira de saber se eles ali estavam e resolveu agir, de imediato, aproveitando o facto de os jovens estarem todos no barracão, certamente a descansar, e de, assim, não se envolverem na mais que certa luta. Oito catangueses iriam aproximar-se, o mais possível, sem serem notados, dos quatro guardas, dois para cada um. Ao sinal de Luís, enquanto um apontaria a arma ao guarda, através da vedação, o outro saltá-la-ia para o manietar. Se gritassem ou resistissem, seriam imediatamente abatidos. Logo que isso fosse feito, impediriam que alguém fugisse pela vedação. Luís e os restantes irromperiam no recinto pelo portão, que arrombariam, dirigindo-se metade dos restantes catangueses para cada uma das outras construções. Muteque-Muele e os seus companheiros iriam ao barracão acalmar os detidos e ver se reconheciam os seus conterrâneos. Luís iria com o grupo que atacaria a construção onde se encontrava o dono do local. Ao seu sinal, começou o assalto ao campo. Luís não alimentava dúvidas quanto a eficiência da acção dos catangueses, como também não as alimentava quanto aos métodos deles. No fim da breve escaramuça, todos os elementos da guarda do campo estavam mortos. O que deveria ser o chefe, tinha tentado fugir por uma janela das traseiras da casa, mas tinha sido abatido por um dos homens que guardava a vedação. No barracão, Muteque-Muele encontrou os rapazes encolhidos pelos cantos. Não sabiam a que se devia o tiroteio e estavam cheios de medo. Chamou logo pelos nomes dos seus conterrâneos e eles começaram a responder. Escusado será dizer a admiração e, depois, a alegria que estes sentiram ao verem que era gente da sua aldeia que estava ali. Encon-

travam-se ali, também, os dois irmãos de Benilele. Muteque-Muele explicou-lhes o que se estava a passar e pediu-lhes para o transmitirem aos outros sequestrados. E conforme tinha combinado com Luís Morgado, mantiveram-se dentro do barracão até indicação deste. Lá fora, Luís Morgado e os catangueses, após se certificarem que os opositores estavam todos mortos, trataram de lhes dar sepultura, até para os rapazes não tropeçarem naquele espectáculo macabro. Finalmente saíram todos os que estavam na barracão. Além dos angolanos, havia ali rapazes zairenses que tinham vindo, tendo por detrás histórias variadas, mas todas elas com um denominador comum – a exploração ilegal e forçada de mão-de-obra juvenil. A maior parte tinha sido assediada nas ruas de Mbuji Mayi, capital da província zairense do Kasai Oriental, por gente sem escrúpulos, que se aproveitava do facto de, nesta cidade, deambularem muitos meninos de rua, maltrapilhos e famintos, para os trazerem a troco de alguma comida ou alguma promessa. Quase todo o garimpo, legal ou ilegal, desta região do Zaire, utiliza esta mão-de-obra, sem que as autoridades zairenses se pareçam preocupar com o assunto, ou, sequer, o reconheçam. E quando alguns destes jovens se decidem, também eles, a tentar a sorte do minério, por sua conta, levados pela necessidade e pela miragem que é comum a toda aquela sociedade, são pura e simplesmente assassinados pelos guardas das empresas concessionárias, se são apanhados. Do mesmo modo, as condições de vida das crianças, nestes cativeiros, eram infra-humanas. A condição física dos que Luís Morgado e Muteque-Muele acabavam de libertar era muito má. Magros em extremo, cobertos de andrajos, muitos tinham feridas por tratar. Quase todos sofriam de diarreias e vários tinham acessos de tosse, algo suspeita.


27 Janeiro 2012 PUB

Nova Odivelas 25

06

Citando o Livro dos Espíritos: «Seja durante a união com o corpo ou a separação, a Alma jamais se separa do seu Perispírito. Este envoltório da Alma ou Perispírito que existe na vida corpórea é o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe e através do qual transmite a sua vontade ao exterior agindo sobre os órgãos do corpo». Como já vimos anteriormente, o Espírito é uma flama, uma centelha. Isto aplica-se ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, mas em qualquer dos seus graus ele está sempre revestido de um invólucro ou Perispírito, cuja natureza se eteriza (sublima) à medida que ele se purifica e se eleva na hierarquia. O Perispírito, portanto faz parte integrante do Espírito, como o corpo faz parte integrante do homem. A forma do Perispírito é a forma humana e quando ele nos aparece é geralmente a mesma sob a qual conhecemos o Espírito na vida física, mas a matéria subtil do Perispírito não tem a rigidez da matéria compacta do corpo. Ela é, se assim podemos dizer, flexível e expansível, ela molda-se à vontade do Espírito que lhe pode dar a aparência que quiser. «Em condições normais o Perispírito é invisível mas em razão de modificações que venha a experimentar, pela acção da vontade do Espírito pode tornar-se visível. Essas modificações consistem numa espécie de condensação ou em novos arranjos das moléculas que compõem esse envoltório fluídico. O aparecimento de um Espírito resulta do seu propósito de se fazer visível, mas não basta desejar para obtê-lo. A modificação do Perispírito requer a existência de certas circunstâncias que não dependem do Espírito. Este necessita de permissão, que nem sempre lhe é dada para se mostrar a alguém. Nas aparições o Perispírito mostra-se mais ou menos consistente com aspecto vaporoso. De outras vezes fá-lo com as formas delineadas, com traços bem nítidos. Neste último caso pode até apresentar a solidez de um corpo físico, sendo por isso mesmo tangível, o que não lhe impede de retornar instantaneamente ao estado normal de invisibilidade e etéreo. A matéria não constitui obstáculo ao Perispírito. A sua condição etérea confere-lhe a propriedade de penetrabilidade. Ele atravessa a matéria como a luz aos corpos transparentes. É por isso que portas e janelas fechadas de uma sala qualquer não impedem a entrada de um Espírito».

Dourado Evaristo


Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

MAIS EVENTOS. Consulte diariamente a agenda do Diário de Odivelas

ENTRETANTO Mistérios do fado De hoje e até 12 de fevereiro o Centro Cultural Malaposta apresenta a peça Mistérios do Fado, da autoria de Amelia Videira, Fernando Rebelo e Helder Wasterlain e com interpretação de Amélia Videira e José Raposo. A encenação é de Manuel Coerlho e a direção musical do maestro Mário Rui. Para ver na sala café teatro às sextas e sábados às 21h45 e aos domingos às 16h15. Preço único 10,00, 90’, M/12. «D. Balbina é uma melómana do fado! Para ela nada há de melhor do que a canção nacional a qualquer hora do dia. E não é que a vizinha Ermelinda, entre um pastel de nata e uma bica lhe diz que este tinha nascido no Brasil? Tomada de apreensão e desgosto eis Balbina a caminho de terras de Vera Cruz, qual Sherlock Holmes de saias, à procura da verdade… Se quer saber o resultado desta investigação, em que as touradas se misturam com prostitutas, escravos e nobreza de torna-viagem, nesta Lisboa do século XI, passando pelo Rio de Janeiro, siga a Balbina. É que o Fado já se candidatou a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Sabia? E já é PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE!!!». Aldina Duarte: prometida

princesa

Os filmes libertam da Cabeça, do Centro Cultural Malaposta apresentam hoje, 27 de janeiro, o filme de Manuel Mozos, Aldina Duarte: Princesa PUB

Prometida numa sessão que terá debate e conta com a presença do realizador. Na sala de cinema com início às 21h30. Preço único 3 euros, 60’, M/6. Documentário, Portugal, 2009 Com Aldina Duarte, Jorge Silva Melo, Maria de Lurdes Dias, Maria do Rosário Pedreira, José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Nuno Miguel Ramos (viola). «Retrato de Aldina Duarte não só enquanto fadista mas sobretudo enquanto mulher, com os seus sonhos, ideais e fragilidades. Através de uma longa entrevista e duas conversas, uma, com sua mãe, e outra, com Jorge Silva Melo, e imagens de um espectáculo no Palácio Fronteira. Aldina Duarte, mulher e fadista em toda a sua vivacidade e frontalidade». Entrevista com Manuel Mozos, sobre o filme, na NO TV. Jantar da APEEEAG A Associação de Pais da Escola EB 2,3 António Gedeão, na freguesia de Odivelas, vai realizar no dia 10 de fevereiro, no restaurante 7ª Arte, em Famões, um jantar de solidariedade que tem por objetivo a obtenção de receitas para que possam «Fornecer a alunos carenciados algumas refeições, nomeadamente pequenos almoços e lanches, os quais de outra forma poderiam ter apenas como única refeição diária, o almoço subsidiado que obtêm na escola». A associação de pais diz no seu blogue que «Graças ao apoio concedido pelo Grupo 7ª Arte, uma parte substancial da receita reverterá para este fim».

www.diariodeodivelas.com

O jantar terá um espetáculo de Karaoke e animação es pecial com a associação a prometer «Algumas surpresas ao longo da noite». Os interessados devem inscrever-se previamente e no acto da inscrição pagar os 15,00 correspondentes. «O pagamento dá direito e comida e bebida à discrição». A associação diz ainda que «Com o voucher de inscrição que iremos entregar no acto da inscrição, o restaurante 7ª Arte oferece ainda a segunda bebida consumida na discoteca no piso de cima» e sublinha: «Com a sua ajuda conseguiremos dar uma alimentação um pouco mais equilibrada a dezenas de alunos da nossa escola que convivem com dificuldades extremas». Teatro Infantil na Malaposta As aventuras e desventuras do soldadinho de chumbo Até julho continua na Malaposta a peça infantil As aventuras e desventuras do soldadinho de chumbo com encenação Fernando Gomes e música de João Paulo Santos De terça a sexta-feira apenas é representada para escolas por marcação e o público em geral pode assistir aos sábados às 16h00 e aos domingos às 11h00. Preço Único 6 euros, 60’, M/3. «Apresentado com muita magia, entre a imaginação e a realidade, Fernando Gomes, o autor do texto e da encenação, inspirou-se num clássico de Hans Christian Anderson, o célebre escritor de “Contos Imortais”, para escrever a história do Soldadinho, que se enamora de uma lindíssima Bailarina, e se vê inesperada-

mente envolvido numa fantástica aventura. Tudo se passa num fantasioso quarto de brinquedos quando uma Boneca de Corda, o Homem dos Sete Instrumentos, um Relógio-Despertador, um divertido Palhaço e a Fada-Flor se apercebem da presença dos jovens espetadores e com eles partilham a fantástica história do Soldadinho e da Bailarina, que ao longo do espetáculo se vão ainda cruzar com outras divertidíssimas personagens. Uma história onde, para que tudo acabe bem, os grandes protagonistas são valores como o Amor e a Amizade; e t al como nos espetáculos anteriores, este SOLDADINHO DE CHUMBO não esquece nunca o jovem público e a sua preciosa colaboração. Uma história divertida, mas também terna... e mágica!».

Todos a Bordo continua na Malaposta Todos a Bordo é a peça de Fernando Gomes que continua de quinta-feira a domingo no Centro Cultural Malaposta e pode ser vista até 12 de Fevereiro às 21h30 com excepção de domingo dia em que sobe ao palco às 16h00. Preço 12,50 euros, sujeito a descontos. 120’. M/12. Olhares diferentes – diferentes olhares Esta Exposição Individual de Pintura de João Mota pode ser vista na Malaposta até 31 de janeiro com entrada livre. De segunda-feira a sábado, das 11h00 às 23h00 e aos domingos das 14h00 ás 19h00.

Felizmente Há Luar

Imagem: Malaposta

26

No Centro Cultural Malaposta esta em cena Felizmente Há Luar, de Luís de Sttau Monteiro, com encenação de Jorge Estreia e interpretação de alunos de Escolas Secundárias do concelho de Odivelas. A peça pode ser vista até 25 de Março, às sextas-feiras e sábados às 21h30 e aos domingos às 16h00 na sala de espelhos. Preço único 3 euros, 75’, M/12. «Em Felizmente Há Luar! percebe-se, facilmente, que a História serve de pretexto para uma reflexão sobre os anos 60, do século XX. Sttau Monteiro, também ele perseguido pela PIDE, denuncia assim a situação portuguesa, durante o regime de Salazar, interpretando as condições históricas que mais tarde contribuíram para a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974. Tal como a conspiração de 1817, em vez de desaparecer com medo dos opressores permitiu o triunfo do liberalismo, também a oposição ao regime vigente nos anos 60, em vez de ceder perante a ameaça e a mordaça, resistiu e levou à implantação da democracia».


27 Janeiro 2012 DIVULGAÇÃO

Nova Odivelas 27


28

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

Saúde: Tendência para apanhar uma grande constipação. Agasalhe-se bem. Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área da sua vida. Analise as suas poupanças. Números da Sorte: 07, 19, 23, 42, 43, 48 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

Escorpião

De 27 de Janeiro a 02 de Fevereiro Carneiro Carta Dominante: O Mundo, que significa Fertilidade. Amor: Tente conviver mais com os seus amigos e faça esforços para travar novos conhecim entos. Não seja ingrato, não fira os seus amigos nem magoe aqueles que muitas vezes se sacrificaram por si! Saúde: Período propício a uma consulta de oftalmologia. Não descure da sua visão. Dinheiro: Evite faltar a reuniões de trabalho. A sua presença será importante para desenvolver um projeto. Números da Sorte: 01, 18, 22, 40, 44, 49 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

Touro Carta Dominante: 9 de Ouros, que significa Prudência. Amor: Cuidado para não magoar os sentimentos de uma pessoa que lhe é querida. Meça as suas palavras. Saúde: Tendência para andar um pouco descontrolado. Tente relaxar. Que jamais o Sol se deite sobre o seu desânimo! Dinheiro: O seu esforço no trabalho poderá vir a ser recompensado. Acredite mais nas suas potencialidades. Números da Sorte: 03, 11, 19, 25, 29, 30 Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.

Gémeos Carta Dominante: 2 de Ouros, que significa Dificuldade/ Indolência. Amor: Poderá ter de enfrentar um desentendimento com um amigo muito especial. Contenha a sua cólera, um simples raio dela pode destruir longas e

pacientes sementes de amor. Mantenha a calma! Saúde: Controle as suas emoções e procure ser racional. Dinheiro: O seu orçamento poderá sofrer um acréscimo significativo. Porém, seja contido nos gastos. Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39 Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

Caranguejo Carta Dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado. Amor: Modere as suas palavras pois pode magoar a pessoa amada. Seja mais cuidadoso. Saúde: Procure não exagerar no exercício físico, pois poderá magoar os seus músculos. Dinheiro: É possível que durante esta semana se sinta um pouco desmotivado. Tente delinear um plano de trabalho. Quando se luta por algo em que se acredita, a vitória é certa. Números da Sorte: 05, 09, 17, 33, 42, 47 Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.

Leão Carta Dominante: 10 de Copas, que significa Felicidade. Amor: Lute pelo seu verdadeiro amor, não se deixe influenciar por terceiros. Cada um de nós só é responsável pelos seus atos. Saúde: Vigie a sua tensão arterial e controle muito bem a sua alimentação. Dinheiro: Procure não ser muito impulsivo nas suas compras, pois poderá gastar mais do que as suas possibilidades. Números da Sorte: 08, 10, 22,

31, 44, 49 Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.

Virgem Carta Dominante: 2 de Copas, que significa Amor. Amor: Seja mais carinhoso com a sua cara-metade. Os atos de ternura são importantes para revigorar a relação. Pronuncie boas palavras, elas são a manifestação dos nossos pensamentos, através delas podemos criar um mundo melhor. Saúde: Poderá sentir-se mais cansado do que o habitual. Tente tomar um banho relaxante. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos. Seja mais comedido para não ter surpresas desagradáveis. Números da Sorte: 02, 08, 11, 28, 40, 42 Pensamento positivo: Dedicome às pessoas que amo.

Balança Carta Dominante: 3 de Copas, que significa Conclusão. Amor: Confie mais na pessoa que tem a seu lado. A confiança e o respeito são essenciais numa relação. Tal como o Universo é criado pela palavra de Deus, também o seu pequeno mundo é criado através da sua palavra!

Carta Dominante: 8 de Copas, que significa Concretização, Felicidade. Amor: A felicidade e a paixão poderão marcar a sua semana. Aproveite muito bem esta fase. Deixe que a juventude do seu espírito irradie através do seu corpo. Saúde: Cuidado com as correntes de ar; durante esta semana poderá constipar-se facilmente. Dinheiro: Poderá precisar da ajuda de um colega para finalizar uma tarefa importante. Não tema pedir apoio. Números da Sorte: 02, 04, 22, 36, 47, 48 Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.

Sagitário Carta Dominante: Valete de Ouros, que significa Reflexão, Novidades. Amor: Poderá encontrar um amigo que já não via há muito tempo. Coloque a conversa em dia. Não dê importância à sua idade física, seja jovem e alegre. Saúde: Procure não abusar em refeições muito condimentadas. Dinheiro: Aproximam-se despesas inesperadas. Procure fazer um plano de investimento. Números da Sorte: 03, 24, 29, 33, 38, 40 Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

Capricórnio Carta Dominante: Ás de Ouros,

que significa Harmonia e Prosperidade. Amor: Período marcado pela harmonia familiar. Organize um serão divertido em sua casa. Não permita que a mágoa o perturbe. Saúde: Tendência para problemas de estômago. Cuide de si. Dinheiro: Semana propícia ao investimento. Aconselhe-se com o seu gestor de conta. Números da Sorte: 04, 11, 17, 19, 25, 29 Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!

Aquário Carta Dominante: Ás de Copas, que significa Principio do Amor, Grande Alegria. Amor: Esteja alerta, o amor poderá surgir em qualquer lugar. Deixe-se ser amado. Se está magoado com alguém ou se o feriram, procure retribuir com amor e compreensão. Saúde: Pratique uma atividade física que lhe dê bastante prazer. Dinheiro: : A sua vida profissional tende a melhorar significativamente. Continue a demonstrar o seu dinamismo. Números da Sorte: 05, 17, 22, 33, 45, 49 Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.

Peixes Carta Dominante: 9 de Copas, que significa Vitória. Amor: Período favorável à conquista. Encha-se de coragem e diga aquilo que sente. Saúde: Cuidado com o frio, pois o seu sistema respiratório poderá estar muito frágil. Dinheiro: Seja ousado e não hesite em revelar as suas ideias criativas. Poderá ser útil para o seu desenvolvimento profissional. Números da Sorte: 02, 08, 11, 25, 29, 33 Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!.


PUB

27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 29


30

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

~ G uard a Re al ~

Perdoas-me Tobias?

PUB PUB

S贸 se for no Pavilh茫o Polivalente de Odivelas


27 Janeiro 2012

Nova Odivelas 31

~ Flash d o Reino ~ Esqueceram-se de ti!

PUB

Eu ĂŠ que

sou o alto

representante.

Estes gajos

sĂŁo demais....


32

Nova Odivelas

27 Janeiro 2012

Realmente! «Foi pela sua ordem (que a recebeu do estrangeiro) que se destruiu toda a produção nacional. Houve um plano para arrasar toda a nossa capacidade de nos sustentarmos como povo independente e livre… Este é um dos principais responsáveis pela actual situação e está a colaborar tanto quanto consegue para que ela piore. Será que alguma pessoa que seja consegue referir de Cavaco uma única atitude que tenha sido positiva para este país? O facto de nos ter mandado fazer bebés não conta... porque ele está constantemente a mandar-nos fazer isso por outras palavras. E Às vezes até nos f*** mais ficando calado, como quando assina leis que diz serem claramente inconstitucionais, por exemplo!». Alexandre Oliveira, Facebook «Como já estou farta de ouvir algumas bocas, vou de uma vez por todas esclarecer aqui - que pelos vistos é o meio mais populacional e mais coscuvilheiro que conheço um assunto que há muito me anda a incomodar. NÃO! NÃO TRABALHO PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS! Espero que tenham ficado esclarecidos de uma vez por todas e desde já agradeço a eterna preocupação e o despender de tempo ao falarem de mim». Deolinda Martins Facebook «Estamos a voltar ao antigamente, mas muito pior, vivo na Pontinha há 60 anos, um vizinho meu já falecido saia de casa hás 6 da manhã, para ir trabalhar para Sete Rios a pé, contou ele muitas vezes, estamos a recuar rapidamente, aos grandes nada afecta, pelo contrário as crises só os favorecem. É verdade, esqueci-me de acrescentar isso, eu vinha a pé de Carnide, depois das 7 horas, no inverno era noite, quando fazia serão, vinha depois das 9, nunca tive medo,n em me aconteceu nada, fui aqui criada no bairro, aqui há tempos vinha das compras, vi gente tão estranha que nunca tinha visto, a olharem para um lado e para o outro, sinceramente tive medo». Maria Simões Facebook

~ No b r e s C o n f i s s o e s A

Confesso, sim confesso… doro, mas adoro mesmo, a Terra de Oportunidades onde é bom viver. Quem por aqui ande tem sempre a oportunidade de ser surpreendido com os mais variados acontecimentos e alguns… Se estivesse aqui a Adélia da Língua Afiada diria que são de «Gritos e apitos e chamadas para a PSP». Ah pois… Mas, vamos por partes que cá a Ricardina está cansadinha e sabe que quem a lê também anda com a cabeça muito activa a pensar na forma como vai ajudar o senhor presidente Tarolo Espinhoso, coitado, que tem uma reforma que mal dá para os alfinetes. E, o homem até nem dá muitas alfinetadas no Governo. Imaginem se desse. Ui aí é que ficava mesmo falidinho da silva. Prontos, antes que o Grilo Falante, que está a ver o Portugal no Coração, que acuse de divagações vamos ao que interessa.

N

o sábado o Movimento Odivelas no Coração assinalou quatro aninhos de vida, mas quatro anos muito intensos e bem vividos. De uma primeira fase que já passou á história onde os sonhos eram de cargos autárquicos, diria mesmo de poleiro, para alguns que acabando essa possibilidade deram à sola, o MOC agora é uma prestigiada associação de cidadania e solidariedade reconhecida pelas mais altas instâncias do poder concelhio. É verdade, se têm dúvidas vão à NO TV ver o discurso da doutora presidenta na sessão comemorativa do já citado aniversário. Hoje não estou com veia muito corrosiva porque se tivesse até diria «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades». É verdade, verdadinha. Do ódio visceral entre os principais protagonistas da novela Ressabiados ao Ataque, passou-se para as palmadinhas nas costas e uma paixão verdadeiramente assumida. E, se tivesse com veia corrosiva se calhar até diria que a sessão do MOC me fez regressar a 1994 ao programa Perdoa-me, apresentado na SIC primeiro por Alexandra Lencastre e depois por Fátima Lopes… Lembram-se? Pois é, qualquer semelhança não é pura coincidência. Para os mais novitos, mais esquecidos ou mais distraídos aqui fica a definição do programa que encontrei na Wikipédia: «Este programa tinha como objectivo proporcionar as pazes entre pessoas que se tinham desentendido. As pazes que este programa proporcionou mudaram a vida de muita gente». É pena o meu Boss também andar distraído. Vejam bem o filão que não era para a NO TV um programa como este. E havia tanta gente para lá ir, ou lá se havia. Mesmo já tendo feito as pazes com Susana Amador, Graça Peixoto se calhar ainda lá voltava com Madalena Varela. E Hernâni Carvalho também poderia ir ao programa com Fernando Ferreira… Enfim, vou ficar por aqui se não o jornal tinha de ter 70 páginas só para a Ricardina conseguir meter os nomes todos. Falando ainda no aniversário do MOC. Se hoje tivesse com veia corrosiva diria que a doutora presidenta chegou a horas à sessão mas quem não estava ainda era o anfitrião Vítor Peixoto. Pois… Quem também chegou assim para o tardito e já a cerimónia tinha começado foi o presidente da cidade, Vítor Machado. Pois é na Terra de Oportunidades uma boa oportunidade de negócio

Maria Ricardina de Marmelo e Sá Viscondessa da Memória confissoes@novaodivelas.pt

M

seriam os relógios de ponto. É pá tanto que a Ricardina ia rir.

as prontos como não estou com veia corrosiva e ainda estou imbuída do espírito fraterno que paira por Odivelas, vou passar a dizer bem. Prontos, eu sei que já estão a fazer contas de cabeça quanto ao espirito fraterno que anda no ar. Eu conto. A doutora presidenta disse na passada semana que além de Odivelas ser Terra de Oportunidades onde é bom viver também é Terra de Fraternidade. É pá… Será que os seus conterrâneos alentejanos lhe vão perdoar este roubo de identidade à Vila Morena conquistado com a revolução de Abril? «Estás a ver mal o filme oh viscondessa. Então se Grândola é fraterna claro que vai fraternalmente dividir o título com Odivelas» disse-me logo a Tininha que veio propositadamente do Trigache Norte para me contar novidades cá do burgo. «Não tens emenda Ricardina, continuas as divagações». Pois é o grilito tem razão. Vamos então ao que interessa. Num tempo de egoísmos, falsidades e onde vale tudo, até mesmo bater na sogra e cuspir na sopa, a Ricardina não tira o chapéu, por não usa, mas retira o lenço ao Movimento Odivelas no Coração. Se não visse com os dois bonitos olhos verdes com que a natureza me comtemplou, eu não acreditava que houvesse tanta gente voluntária no MOC. É verdade, ao palco subiram 57 pessoas para receber o Coração Cívico, galardão anual que o movimento atribuiu e que este ano foi, muito bem, entregue aos voluntários moquistas. Também achei de justiça o Coração Cívico entregue a Graça Peixoto. Sem dúvida que é uma grande mulher, com um grande coração e até, diria a Ricardina com veia corrosiva, uma grande boca… Portantos, sendo justa como sou e não tendo corações cívicos lá tenho de dar de novo um repenicadinho beijinho ao MOC. Mas, como sou viscondessa mas não sou parva, vou pedir que me deixem entregar o beijinho, em vez de ao Vítor Peixoto, ao Fernando Silva. Eh pá ele é mesmo um pão. E, até fala muito bem… Adorei o discurso e a forma educada e elegante como conseguiu dizer que em agosto do ano passado o El Charmoso Presidente tirou o tapete ao MOC deixando de ir buscar os alimentos ao Banco Alimentar. E prontos se tivesse espaço e veia corrosiva hoje tinha muitas flechadas a dar que esta semana foi mesmo em cheio. Mas não se preocupem, não perdem pela demora. Ah pois não. Fiquem bem que eu fico também.

SIMPRUS PRESS, COMUNICAÇÃO LDA Av. de Lisboa, 103 B - 2605-002 Casal de Cambra TLF: 219 817 000 FAX: 219 817 009 || NIPC: 509 172 962 || DIRECTOR DE INFORMAÇÃO: Henrique Ribeiro [henrique_ribeiro@simpruspress.pt] TLM: 962 646 230 DIRECTORA FINANCEIRA: Manuela Escoval || PUBLICIDADE: Coisas.info, concessionária de publicidade. Av. da Liberdade, 11 - Presa - 1675 023 Pontinha - Telefone: 216 022 318 - Email: publicidade@coisas.info NOVA ODIVELAS - Semanário do Concelho de Odivelas Av. da Liberdade, 13 Presa - 1675 - 023 Pontinha TLF: 216 022 318 FAX: 216 022 318 || DIRECTOR: Henrique Ribeiro [henrique_ribeiro@simpruspress.pt] || PUBLICIDADE: Coisas.info, concessionária de publicidade. Av. da Liberdade, 11 - Presa - 1675 023 Pontinha || DESIGNER: Soraia Lopes|| COLABORADORES: Eduardo Sousa, (Fotografia), Sérgio Mendonça (Desporto) || COLUNISTAS: João Carvalho, Paula Paçó, Teresa Salvado, Xara Brasil || CORRESPONDENTES: Olival Basto Sara Sousa; Desporto - António Mota, David Braga, Pedro Beato, Sandra Braga || REGISTO NO ERC: 123252 || DEPÓSITO LEGAL N.º: 105904/9 || Interdita a reprodução de textos e imagens sem o devido consentimento. || As crónicas e artigos de opinião ou de leitores são da inteira responsabilidades dos seus autores e podem não corresponder à orientação editorial do jornal.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.