Crianças, adolescentes, jovens e direitos fundamentais: aproximações aos dados da realidade social

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Os principais marcos legais que dão sustentação à defesa dos direitos na temática da profissionalização e da proteção ao trabalho estão vigentes tanto na esfera nacional como na internacional, e sinalizam a urgente necessidade do essencial compromisso para a efetivação desses dispositivos legais. No Brasil, como pilar, a Constituição da República de 1988 reconheceu a profissionalização como um dos direitos fundamentais de todo/a adolescente (art. 227), a ser garantido com absoluta prioridade, já sinalizando a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a pessoas menores de 18 anos de idade. A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças, adotada em 1989 pela Organização das Nações Unidas (ONU), também aponta que crianças e adolescentes precisam estar protegidos de qualquer trabalho que possa ser perigoso ou interferir em sua educação, ou que seja nocivo para sua saúde ou para seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social. O ECA, na mesma perspectiva, apresenta o direito à profissionalização como um entre outros a ser garantido com absoluta prioridade, em seu art. 4º, assim como dedica um capítulo inteiro para disciplinar as questões referentes ao direito à profissionalização e à proteção no trabalho. Vale reforçar que as normativas inscritas no ECA estão também amparadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e sinalizam a preocupação relacionada à inserção dos/as adolescentes no mercado de trabalho, sem acarretar prejuízos ao seu desenvolvimento escolar. A partir dos dados que serão apresentados na sequência, buscaremos contemplar as principais dimensões que dialogam com o universo da criança e do/a adolescente e a temática do trabalho, divididos em cinco subitens centrais. Ainda que esforços tenham sido empreendidos no sentido de desvelar essa realidade, vale ressaltar que a dificuldade encontrada para a obtenção de muitos dados revela, por si, a provável ausência de mecanismos que possam oferecer de modo fidedigno maior aproximação à temática. Tal dificuldade de localização de dados sugere também a ausência de recursos eficazes que possam promover não apenas o mapeamento da realidade, assim como a elaboração de estratégias efetivas para o combate e a prevenção de situações que possam acarretar violações de direitos de crianças e adolescentes. 5.2 METODOLOGIA Trata-se de pesquisa com abordagem quali-quantitativa que, nesta fase, buscou se aproximar da realidade estudada por meio do acesso aos dados estatísticos. Para tanto, buscou conhecer como estavam se processando o preparo e a inserção dos/as adolescentes nos mercados de trabalho formal e informal, bem como as possíveis proteções, violações de direitos e ilegalidades atinentes ao tema trabalho às quais poderiam estar submetidos/as. A busca esteve direcionada ainda ao encontro de dados específicos acerca dos distritos em estudo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

13min
pages 209-216

FONTES DE DADOS ESTATÍSTICOS

1min
page 208

REFERÊNCIAS

4min
pages 205-207

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1min
page 204

5.3.4 Crianças e adolescentes trabalhando no narcotráfico

9min
pages 199-203

adolescentes

4min
pages 197-198

5.3.2 Números silenciados e o trabalho infantil

10min
pages 192-196

5.3.1.2 Inserção no Trabalho Protegido – Adolescentes com Deficiência

2min
page 191

5.2 METODOLOGIA

2min
page 186

INTEGRAL – DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

2min
page 187

Informalidade

4min
pages 188-189

5.3.1.1 Adolescentes em programa jovem aprendiz

1min
page 190

REFERÊNCIAS

1min
page 182

4.3.12 Quantidade de museus

2min
page 176

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

4min
pages 180-181

CEUs

3min
page 177

4.3.9 Total de centros culturais, espaços culturais e casas de cultura

2min
page 174

Censo 2017

33min
page 169

Censo 2020

5min
pages 170-171

4.3.4 Total de matrículas em escolas estaduais profissionalizantes

2min
page 168

REFERÊNCIAS

4min
pages 156-158

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

8min
pages 152-155

ALIJADOS/AS DESSE DIREITO

4min
pages 150-151

4.2 METODOLOGIA

2min
page 163

FONTES DE DADOS ESTATÍSTICOS

4min
pages 159-160

3.5.4 Crianças e adolescentes adotados/as

8min
pages 147-149

4.1 INTRODUÇÃO

3min
pages 161-162

COMUNITÁRIA

11min
pages 130-134

DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

1min
page 129

3.1 INTRODUÇÃO

3min
pages 124-125

FONTES DE DADOS ESTATÍSTICOS

6min
pages 120-123

3.2 METODOLOGIA

7min
pages 126-128

REFERÊNCIAS

3min
pages 118-119

2.3.5 A violência doméstica contra crianças e adolescentes

19min
pages 109-115

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

3min
pages 116-117

2.3.4 Crianças e adolescentes em situação de Rua

5min
pages 106-108

de medida socioeducativa em meio fechado

9min
pages 102-105

2.2 METODOLOGIA

4min
pages 91-92

DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

2min
page 93

de medida socioeducativa em meio aberto

11min
pages 97-101

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

6min
pages 81-83

REFERÊNCIAS

4min
pages 84-86

2.1 INTRODUÇÃO

3min
pages 89-90

1.3.8 Saneamento básico

3min
page 80

1.3.7 Serviços de saúde da rede municipal

2min
page 79

1.3.6 Covid-19

6min
pages 77-78

1.3.5 Mortalidade de crianças e adolescentes por causas externas

2min
page 76

1.3.4 Óbitos infantis e fetais por causas evitáveis

2min
page 75

1.3.3 Mortalidade neonatal e baixo peso ao nascer

2min
page 74

1.2 METODOLOGIA

6min
pages 68-70

1.1 INTRODUÇÃO

3min
pages 66-67

1.3.2 Pré-natal

2min
page 73

REFERÊNCIAS

4min
pages 60-62

Presenças e Ausências

35min
pages 44-53

REALIDADE SOCIAL

26min
pages 25-33

1 INTRODUÇÃO

12min
pages 21-24

cidade de São Paulo e nos distritos delimitados

2min
page 43

PESQUISA

7min
pages 40-42

2.1 Indagações, objetivos, metodologia e recursos da pesquisa

12min
pages 34-39

PREFÁCIO

5min
pages 17-20

4 NO MEIO DO CAMINHO A PANDEMIA

4min
pages 58-59
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