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Achoqueamissãodamulheréassombrar,espantar(…).
Deresto,nãoésóamulher,todosossereshumanos têmdedeslumbrarosseussemelhantes…
NATÁLIACORREIA
AS MULHERES SÃO IGUAIS AOS HOMENS há nas Mulheres uma vontade de voar, uma força, uma voz, uma sabedoria, um desejo de Liberdade incomparavelmente maior
Durante uma substancial parte do século xx os portugueses, e em especial as Mulheres portuguesas, não tinham liberdade de pensamento e expressão. Não podiam votar livremente Muitas ficavam fora da escola e tinham menos direitos que os homens Sem autorização dos maridos não podiam ter passaporte, não podiam viajar para fora do país, não podiam ter conta bancária, assinar contratos comerciais, alugar casa ou abrir uma empresa. No entanto, algumas Mulheres destacaram se neste panorama e alcançaram conquistas reservadas a muito poucas
No âmbito do Dia Internacional da Mulher e dos 50 Anos do 25 de Abril, a Alfândega presta
,mas, homenagem a 21 Mulheres Portuguesas que alcançaram objetivos pessoais e sociais de grande alcance no Portugal do século xx Estas 21 Mulheres, e muitas outras, lutaram pela Liberdade, alcançaram o Direito de cidadania e de participação na vida coletiva do país, contribuíram para que as Mulheres passassem a ser cidadãs por inteiro Ser Mulher e lutar pela mudança é, ainda hoje, causa de desconforto o que demonstra que o caminho para uma sociedade caraterizada pela igualdade de direitos entre todos os cidadãos precisa de continuar a ser trilhado. Estas são 21 Mulheres que se tornaram exemplos de vida, Mulheres que se tornaram símbolos, Mulheres que nos deslumbraram, Mulheres que ousaram sonhar e ir mais além e permanecem como faróis e fontes de inspiração para todos nós.




MARIA LAMAS
Lisboa, 1983

“A minha vida como antifascista foi muito dura, mas, se tivesse de voltar atrás, faria o mesmo ”
MARIA LAMAS NO LIVRO MULHERES PORTUGUESAS
NA RESISTÊNCIA
MARIA LAMAS cresceu numa família burguesa, católica e republicana Completou os seus estudos no Colégio das Teresianas de Jesus Maria José, em regime de internato Casou em primeiras núpcias com 17 anos, teve 2 filhas. Separou-se em 1913, mas só em 1920, consegue o seu divórcio por mútuo acordo. Em 1921, casa em segundas núpcias e tem uma filha Este casamento teve uma curta duração devido as diferenças ideológicas Após a primeira separação começa a trabalhar como jornalista, tornando-se numa das primeiras jornalistas em Portugal. Escrevia para o Correio da Manhã, A Época, O Século, O Almonda, A Joaninha, A voz, A Capital, Diário de Lisboa entre outros, tendo também publicado poemas e livros Maria Lamas foi uma voz ativa na defesa do papel da mulher na sociedade. A partir de 1928, começou a dirigir o suplemento Moda e Bordados, invertendo o prejuízo em lucro, mudando o discurso e debatendo temas que questionavam o papel da mulher na sociedade, os padrões tradicionalistas e conservadores da sociedade portuguesa, assim como o tema da felicidade no feminino. Associouse ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Em 1930, este conselho, conjuntamente com o jornal O Século, criou uma Exposição da obra feminina, antiga e moderna de carácter literário, artístico e científico, tendo como objetivo primordial a
divulgação de todos os trabalhos das mulheres na sociedade portuguesa Em 1945, assumiu a Presidência do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas com a promessa de promover várias ações de alfabetização, mas este conselho foi extinto pelo Estado Português. Durante o período do Estado Novo integrou o Conselho Mundial da Paz, assim como a Comissão Central do Movimento Nacional Democrático, e apoiou a Candidatura de José Norton de Matos Estas ações levaram a diversas perseguições pela PIDE e a detenções na Prisão de Caxias em 1949, 1951 e 1953. De 1962 a 1969, viveu em Paris como exilada política. Foi agraciada com o Grau de Oficial da Ordem de Santiago da Espada, em 1934 Após o 25 de Abril de 1974, Maria Lamas foi dirigente do Comité Português para a Paz e Cooperação, Diretora Honorária da Revista Modas & Bordados (1974), Presidente de Honra do Movimento Democrático de Mulheres (1975) e Diretora da Publicação Mulheres (1978). Foi condecorada em 1980 com a Ordem da Liberdade pelo Presidente da República Ramalho Eanes Em 1982 foi homenageada pela Assembleia da República, tendo ainda recebido em 1983 a Medalha Eugénie Cotton, da Fédération Démocratique Internacionale dês Femmes – FDIM.
MARIA JOSÉ ESTANCO
Lisboa 1999

“Maria José Estanco nunca se reclamou de feminista, mas à causa da emancipação da mulher deu muito do seu esforço, da sua inteligência e sensibilidade.”
MARIA JOSÉ BRITO ESTANCO MACHADO
DA LUZ, conhecida como Maria José Estanco, foi a primeira arquiteta graduada em Portugal. Teve uma vida intensa dedicada ao ensino, foi pacifista, defensora dos direitos das mulheres e membro do Movimento Democrático de Mulheres
Começou o seu percurso académico por frequentar o curso de Pintura em Belas Artes, que suspendeu por motivo familiares. Viajou com sua mãe para o Brasil onde esteve durante dois anos e onde teve a sorte de assistir ao nascimento da cidade de Marília – São Paulo, onde trabalhou com o engenheiro belga Influenciada pela experiência trocou o curso de Pintura pela Arquitetura
Em 1930, casa e tem um filho, Manuel Machado da Luz, que viria também a ser arquiteto, cineclubista e crítico de cinema. Terminou a parte curricular do curso em 1935 mas só em 1942 teve oportunidade de apresentar e defender o seu projeto “Um Jardim-Escola no Algarve” para o Concurso para Obtenção do Diploma de Arquiteto (CODA) O Projeto foi construído no Algarve e tornou-se no primeiro Jardim Escola João de Deus. Obteve a classificação de 16 valores e recebeu o prémio de O Melhor Aluno de Arquitetura. Maria José Estanco não foi discriminada durante a vida académica, mas, ao entrar no mundo do trabalho, a situação foi diferente Tentou o ingresso em vários ateliers, mas não conseguiu ser admitida. Só os amigos a procuravam
para fazer projetos. O seu grande projeto arquitetónico foi uma casa em São Pedro de Moel.
Dedicou-se à decoração de interiores e à criação de móveis As arquitetas pioneiras, mesmo no plano internacional, foram quase todas Acabou por dedicar a sua vida ao ensino em diversas escolas e liceus de Lisboa e Porto. Democrata convicta e pacifista, pertenceu à Direção do Conselho Nacional para a Pazsecção de desarmamento. Depois da resistência ao fascismo, que lhe custou uma vida cheia de dificuldades e o afastamento do ensino público, vive o 25 de Abril, com alegria e entusiasmo Participou no 3 º Encontro Nacional do Movimento Democrático das Mulheres, realizado a 15 de maio de 1977 e, em 1980 no I Congresso do MDM foi eleita para o seu Conselho Nacional, tendo tido uma participação regular e entusiástica na vida do Movimento
Maria José Estanco deu muito do seu esforço, da sua inteligência e sensibilidade à causa da emancipação da mulher, razão pela qual o MDM lhe conferiu, em 1992, a Distinção de Honra, numa cerimónia que decorreu no Castelo de São Jorge e em que a homenageada, já doente conta com 87 anos
Maria José Estanco figura para sempre na história das mulheres intelectuais que fizeram da arte a sua arma pelos direitos das mulheres
IMAGEM © NCultura
FONTES https://ruascomhistoria wordpress com/2017/03/26/maria-jose-estanco-a-primeiramulher-em-portugal-a-licenciar-se-em-arquitectura
Maria José Estanco – MDM
Maria José Estanco – Wikipédia a enciclopédia livre (wikipedia org)
MARIA DE LOURDES TEIXEIRA
Lisboa 1984

“Foi na linda manhã de 1 de Junho do ano corrente, prestes a sumir-se nos umbrais do século XX, que eu fui largada na pista da Escola Militar de Aviação. Semelhante à avezita que subitamente se vê liberta de um cativeiro de longos meses, entre as grades da sua prisão, e que voa, voa, em pleno ar, respirando sofregamente a sua pureza na imensidade do espaço infinito, análoga sensação senti, ao ver abrirem-se para mim, de par em par, as portas do AR, e, sozinha, num à vontade, alegre e confiante, a mão firme na manche”, numa ânsia louca de subir, voei, voei enfim…”
DO AR, 30 DE DEZEMBRO DE 1928, P 5 IN MAIS ALTO, REVISTA DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA, ANO XLVII, Nº 384, PÁG 17
MARIA DE LOURDES BRAGA DE SÁ
TEIXEIRA , foi uma aviadora portuguesa, tendo, em 1928, sido a primeira mulher a obter uma licença de piloto (brevet) em Portugal, com apenas 21 anos
Tendo nascido no seio de uma família de classe média-alta e de pensamento liberal, desde cedo demonstrou ser possuidora de pensamento livre e objetivos bem definidos. Era filha do Coronel Médico Afonso Henriques de Sá Teixeira, que se opunha vigorosamente ao desejo de sua filha pilotar um avião. Para além dos perigos inerentes à pilotagem acrescentava o facto de tal ser pouco recomendável para a imagem da sua família visto serem parentes do antigo Presidente da República Teófilo Braga. Por estes motivos o sonho de “Milú”, como era carinhosamente chamada, estaria fora de questão.
Devido a esta oposição familiar Maria de Lourdes Teixeira adoece, entrando num estado de severa melancolia e perda de peso Diante deste estado de saúde da sua filha Afonso Teixeira permitiu que Maria de Lourdes concretizasse o seu desejo. Maria de Lourdes frequentou o curso de aviação em setembro de 1925, ingressando como aluna civil na Escola Militar de Aviação. Face ao interesse e determinação fez com que o
seu instrutor, o capitão piloto-aviador Craveiro Lopes, se empenhasse com todo o seu saber para que a sua aluna se qualificasse
Após o período de formação, prestou provas aos comandos de um avião biplano Caudron G 3, na presença de seu pai, do piloto civil Carlos Bleck, do Governador Civil de Lisboa e de vários oficiais de aeronáutica militar. Maria de Lourdes foi aprovada com distinção a 6 de dezembro de 1928.
A sua determinação em atingir o seu objetivo chamou a atenção do Conselho Nacional da Mulher Portuguesa (CNMP), que defendia a igualdade de direitos para as mulheres A fundadora e presidente, Adelaide Cabette, formou uma comissão para organizar uma campanha de angariação de fundos para a compra de um avião de Havilland para uso da jovem pilota. A reação pública ao seu feito resultou num passo positivo na promoção da igualdade entre homens e mulheres em Portugal Durante quase duas décadas foi a única mulher em Portugal autorizada a pilotar um avião Foram necessários mais 19 anos para que Maria Ghira obtivesse oficialmente as asas de piloto civil. Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira voou relativamente pouco depois da sua qualificação. Faleceu aos 76 anos
IMAGEM © Museu de Ar – Reddit, Domínio público (httpscommons wikimedia orgwindex phpcurid=65959829
FONTES https://portugaldeantigamente blogs sapo pt/a-primeira-mulher-portuguesa-aviadora-48451
https://pt wikipedia org/wiki/Maria de Lurdes Braga de S%C3%A1 Teixeira
https://novamentegeografando blogs sapo pt/mariade-lourdes-sa-teixeira-859498
https://www academia edu/1452913/Ousar voar
Maria de Lourdes Braga de S%C3%A1 Teixeira vencendo a for%C3%A7a da gravidade combate esteri%C3%B3tipos Mais Alto, ano XLVII, Nº 385, págs 17 e 18
MARIA BARROSO
Lisboa, 2015

“Quando a história é contada depois, as mulheres ficam na sombra. Mas, quando lutam, estamos ao lado deles”.
IN
MÁRIO SOARES, UMA VIDA, JOAQUIM VIEIRA, ESFERA DOS LIVROS,
2013”
MARIA DE JESUS SIMÕES BARROSO
SOARESnasceu, na Fuzeta, Olhão, no seio de uma família de democratas e oposicionistas à ditadura.
A par da carreira como atriz, após o curso de Arte Dramática concluído no Conservatório Nacional em 1943, Maria Barroso prosseguiu os estudos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, licenciando-se em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1951. Foi nesta Faculdade que conheceu Mário Soares, com o qual viria a casar em 1949, por procuração Mário Soares estava preso por motivos políticos
Mãe de dois filhos, João e Isabel, Maria de Jesus Barroso foi, em 1948, impedida pelo Estado Novo, de trabalhar no teatro e proibida de ser professora. Só após o 25 de abril de 1974 assumiria, legalmente, a função de diretora do Colégio Moderno. Voltaria à representação teatral em “Antígona” (1965), e no cinema, nos filmes Mudar de Vida (1966), Benilde ou a Virgem Mãe (1975), Amor de Perdição (1979) e Le Soulier de Satin (1985)
Em 1973, foi a única mulher presente na fundação do Partido Socialista na Alemanha. Depois do 25 de Abril de 1974, foi por várias vezes eleita deputada à Assembleia da República, pelos círculos de Santarém, Porto e Faro Como esposa do 17 º Presidente da República de Portugal, Mário Soares, foi primeira-dama do seu país, dedicando-se à defesa de causas como o apoio aos países de língua portuguesa, a prevenção da violência, a luta contra o racismo e a exclusão social. Dá continuidade à luta por estas causas mesmo após o marido ter deixado a Presidência da República, em 1997 Presidiu à Cruz Vermelha Portuguesa até 2003, foi fundadora e presidente da Organização Não Governamental Pro Dignitate - Fundação de Direitos Humanos e da Fundação Aristides de Sousa Mendes.
Maria Barroso teve um forte impacto na participação política e cívica, bem como na luta contra a Ditadura, guiada pelos valores da liberdade, democracia e justiça social


MARIA DE LOURDES PINTASILGO Lisboa

“O feminismo é a luta das mulheres pela sua autodeterminação; é o processo de libertação de uma cultura subjugada; é a conquista do espaço social e político onde ser mulher tenha lugar.”
IN
“REFLEXÃO CRISTÔ, BOLETIM DO CRC Nº 26, JAN-MARÇO 1981, P 12 – 16 | JAN 1981
Licenciada em Engenharia Químico-Industrial pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, em 1953, MARIA DE LOURDES PINTASILGO trabalhou na CUF – Companhia União
Fabril, desempenhando funções na direção
Nos anos 50 foi Presidente da Juventude Universitária Católica Feminina e dirigente da Pax Romana – Movimento Internacional de Estudantes Católicos
Em 1957, fundou o Movimento Internacional Graal. Foi coordenadora de programas de formação e de projetos pilotos no domínio da emancipação da mulher, da ação sóciocultural entre outros. Em 1966, foi designada pelo Papa Paulo VI como representante da Igreja Católica no grupo de ligação ecuménica com o Concelho Mundial das Igrejas
Em 1969, recusou o convite de Marcelo Caetano para ingressar na Assembleia Nacional
Foi procuradora da Câmara Corporativa entre 1969 e 1974. Após o 25 de abril de 1974, desempenhou vários cargos políticos: Secretária de Estado da Segurança Social do I Governo Provisório, em 1974, e Ministra dos Assuntos Sociais dos II e III Governos Provisórios, em 1974-1975. Em 1979, foi convidada pelo General António Ramalho Eanes, então Presidente
da República, para chefiar o V Governo Constitucional entre 1 de agosto de 1979 e 3 de janeiro de 1980.
Em 1980, apoiou a segunda candidatura do General António Ramalho Eanes à Presidência da República e foi consultora para o dossier Timor-Leste, entre o período de 1981 e 1985
Foi membro do Conselho Diretivo da Universidade das Nações entre 1983 e 1989 e do Conselho da Ciência e da Tecnologia ao Serviço do Desenvolvimento, eleita pela Assembleia da Geral da ONU, de 1989 a 1911 Em 1986, apresentou-se como candidata independente às eleições presidenciais Foi deputada independente no Parlamento Europeu, onde integrou o grupo socialista, entre 1987 e 1989. Entre 1990 e 1992, foi Conselheira Especial do Reitor da Universidade das Nações Unidas.
Maria de Lourdes Pintasilgo recebeu as seguintes condecorações: Doutoramento “Honoris Causa” pela Universidade Católica de Lovaina; Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo; Grã-Cruz da Ordem do Infante D Henrique; Grã-Cruz da Ordem da Liberdade; Medalha Machado de Assis pela Academia Brasileira de Letras.
IMAGEM © Site MDM – Movimento Democrático das Mulheres
FONTES https://pt wikipedia org/wiki/Maria de Lourdes Pintasilgo
https://unesco missaoportugal mne gov pt/pt/historia/ embaixadores/maria-de-lourdes-pintassilgo
https://ensina rtp pt/artigo/biografia-de-maria-delurdes-pintassilgo
https://www acegis com/2020/01/maria-de-lourdespintasilgo-uma-mulher-que-foi-pioneira-em-quasetudo-o-que-fez/
MARIA ODETE SANTOS
Lisboa, 2023

“O
que dá capacidades para a política não são as licenciaturas – se assim fosse, as mulheres já teriam invadido a política, mas a capacidade de argumentação, de debate, de reflexão. (...) Ora, quando a par com as suas profissões as mulheres têm de resolver as questões da casa, mas também as dos filhos, é normal que não se interessem demasiado pela política...”
IN NOTÍCIAS MAGAZINE
MARIA ODETE SANTOS foi advogada, política e atriz Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1968, a sua atividade profissional, política, social e cultural destacou-se na defesa dos direitos e liberdades da população, e principalmente na afirmação dos direitos das mulheres. Teve um papel preponderante na elaboração da legislação para defender as mulheres, incluindo a IVG (interrupção voluntária da gravidez), a violência doméstica e as técnicas de procriação medicamente assistidas Defendia que o acesso a este tipo de técnicas devia ser estendido a mulheres sozinhas e não apenas a casais Em 1974, tornou-se membro do Partido Comunista Português no qual integrou o Comité Central de 2000 a 2012 Integrou a primeira comissão administrativa da Câmara Municipal de Setúbal como Vereadora da Cultura de 1974 a 1976 Foi membro da Assembleia Municipal de Setúbal, de 1979 a 2009
Foi deputada da Assembleia da República em nove legislaturas pelo Partido Comunista Português, num total de 27 anos.
Em 1980, integrou o Movimento Democrático de Mulheres como membro do Conselho Nacional.
Foi membro fundador da Associação Fronteiras (2007), uma estrutura de defesa da liberdade e da democracia
Odete Santos esteve também ligada ao mundo da representação Participou na série televisiva Uma aventura. Fez algumas peças de teatro como Arre Potter qu’e Demais; Vai para fora… Ou vai dentro!, entre outras.
Em 1998, recebeu o Grau de Grande oficial da Ordem do Infante D Henrique, pela mão do Presidente da República Jorge Sampaio Em 1999, recebeu a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal



