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perceber que os bons pneus, junto ao eficiente sistema de freio, lhe transmitem ótima confiança. Esse sistema de freio é o mesmo da R3, com um discão de 298 mm de diâmetro na dianteira, mordido por pinça de pistão duplo e um disco de 220 mm na traseira mordido por apenas um pistão, porém maior. A versão testada não estava equipada com sistema ABS, por isso a atenção teve de ser redobrada nas serras molhadas. Contudo, percebemos que a pobre bomba de freio junto ao manete deixa a sensibilidade deste um pouco retardada, “borrachuda” como costumamos dizer, mas esse comportamento, no molhado, até que foi bom. É evidente que recomendamos a você optar pela versão com ABS, que não é preciso pensar nos momentos mais críticos. Basta apertar o manete com toda a força que o sistema antiblocante trabalha por você. No começo desse texto afirmamos que a MT-03 é praticamente monoposto Isso de deve à grande diferença de altura entre o banco do piloto e o banco do garupa. Como a MT-03 é praticamente uma R3 que apenas ficou sem carenagem e ganhou um guidão de peça única, a traseira não sofreu transformação, deixando o visu-
al geral com apelo bem esportivo, o que significa que ela vai melhor apenas com o piloto, e não sobrecarregada. Além da dificuldade que é passar a perna por cima da rabeta, o acompanhante não vai se sentir muito bem sentado ali atrás, apesar das boas alças de apoio. O banco do piloto baixinho — distante somente 780 mm do solo — faz o acompanhante se sentir nas alturas e bem desconfortável. Comandos, painel e farol estão acima de qualquer crítica. Tudo é bem prático e funcional. O painel tem ótima visualização e é bem completo nas informações, com atenção especial ao grande conta-giros analógico que começa a faixa vermelha lá longe, nos 12 500 rpm. Esse painel pode informar consumo médio e consumo instantâneo, mas é preciso tirar a mão do guidão e apertar um pequeno botão embaixo do conta-giros para selecionar a informação. Há até shift-light na parte de cima dele para informar que está na hora de trocar de marcha, mas, acredite, as marchas são tão longas e o motor gira tanto que você quase não verá essa luz acender. Só vimos a luz do shift-light acesa quando levamos a MT para o dinamômetro. Com gasolina comum ela marcou 34,1 cv a 11 000 rpm de
1 Recortes e ângulos do design do tanque são radicais 2 O painel é esportivo e completo nas informações 3 O radiador pequeno não atrapalha em nada o visual geral da MT 4 O motor compacto permite que a moto seja curta
ANUÁRIO 2018
motociclismoo 33