6ºanos

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QUEDA DA MONARQUIA E INTRODUÇÃO DE LEIS LABORAIS No dia 5 de Outubro, uma revolução pôs fim à Monarquia e implantou a República. Os revoltosos, tanto militares como civis, pertenciam à classe média, à pequena Burguesia e ao operariado. Apesar de pouco numerosos e algo desorganizados, a revolução foi vitoriosa. A implantação da República resultou, de um modo geral, da insatisfação da população face ao panorama político, social e económico do país. Ora, um dos grupos sociais que apoiou a Revolução foi o dos trabalhadores, que tinha condições de trabalho extremamente difíceis e uma ausência quase total de legislação laboral. Com a Primeira República a situação alterou-se e foram aprovadas leis laborais mais benéficas para os trabalhadores as quais passarão a ser enunciadas: o Regulação do trabalho e do emprego o Direito a um dia de descanso semanal o Protecção para as mulheres: a proibição do trabalho nocturno das mulheres empregadas na indústria ocorre em Junho de 1911. o Fixação de limite do número de horas de trabalho Apenas em 1915 é fixado em dez horas por dia e sessenta por semana o tempo normal de trabalho diário no comércio e na indústria, definindo a lei as excepções a esta regra. No entanto esta legislação não chegou a ser regulamentada. Até ao ano de 1919 não se registaram alterações, passando-se da ausência de limites ao dia de oito horas e semana de quarenta e oito, que se aplicavam genericamente a todos os profissionais, com exclusão dos rurais e dos domésticos. o Seguro de acidentes de trabalho e seguro social obrigatório Lei nº 83, de Julho de 1913 - Prevê o direito a assistência clínica, medicamentos e indemnizações às vítimas dos acidentes de trabalho. A legislação de Maio de 1919 estabelece a protecção não só nos desastres de trabalho, como também na doença. Decreto nº 5636, de 7 de Maio de1919 - O alcance e a cobertura de todas as actividades, na doença - “é obrigatório o seguro social obrigatório na doença para os indivíduos de ambos os sexos, que exerçam qualquer profissão nos domínios da actividade humana, reconhecida como digna e honesta pelos usos e costumes e sancionada pelas leis vigentes” Decreto nº 5637, de 7 de Maio de 1919 – Acidentes: “tornando extensivas a todas as profissões as responsabilidades em todo o risco”. o Direito à greve O movimento sindical desenvolveu-se a níveis organizativos com tal amplitude que permitiu a Portugal, no final dos anos vinte, possuir um conjunto de leis laborais das mais avançadas da Europa. 6º Ano, Turma A


A AGITAÇÃO SOCIAL Nos finais do século XIX, Portugal vivia graves problemas económico-financeiros. A população mostrava-se descontente. Os trabalhadores viviam em condições miseráveis. Por sua vez a burguesia endinheirada começava a mostrar-se insatisfeita com a incapacidade dos governos liberais de resolver os problemas do país e com os gastos continuados e exorbitantes da Corte. É neste contexto que nasce o Partido Republicano Português, o qual defendia que o Regime Monárquico que vigorava em Portugal, no qual o Rei governa até à morte, sendo sucedido pelo seu filho mais velho, deveria ser substituído por uma República, que tem como chefe do governo um Presidente eleito pelo povo, durante um período imposto pela lei. Foi em 1890, com a justificação de que a ocupação portuguesa nos territórios entre Angola e Moçambique não era eficaz que, a Inglaterra envia um Ultimato a Portugal, com a exigência de ocupar aqueles territórios, proposta que D. Carlos aceita. Tal situação foi considerada humilhante pelos portugueses. Aproveitando este clima os republicanos que vinham conquistando cada vez mais simpatizantes, fizeram uma tentativa de golpe de estado (mudança de governo através da força) para derrubar a monarquia mas, foram vencidos pela Guarda Municipal que era fiel ao Rei. Reforçando os poderes de João Franco (presidente do Conselho de Ministros), o Rei D. Carlos espera conseguir resolver a crise mas, a situação piorou, levando a maiores manifestações contra a monarquia. De tal forma a situação era grave que, em 1908 o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe são assassinados por opositores do regime. A primeira consequência do regicídio foi a queda de João Franco e a reabertura do Parlamento. O infante D. Manuel foi aclamado rei, com o título de D. Manuel II. Apesar de ter apenas 18 anos D. Manuel II tentou resolver os problemas do país mas, não encontrou o apoio necessário junto dos monárquicos. Os problemas políticos e financeiros do país agravavam-se e a agitação social crescia. Os republicanos constituídos sobretudo por elementos da burguesia, com um nível de instrução elevado, não desistiam da ideia de derrubar a monarquia. E foi assim, que na noite de 4 de Outubro de 1910 os conspiradores republicanos, apoiados por membros do exército, da marinha e, posteriormente, por um grande número de populares armados saíram vitoriosos, apesar de desorganizadas as tropas monárquicas ofereceram resistência. A Monarquia caiu. No dia 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República. Nesse dia D. Manuel II e toda a família real embarcaram rumo ao exílio em Inglaterra. Iniciava-se uma nova etapa para Portugal. 6º Ano, Turma B


O SIDONISMO Regime anti-parlamentarista, liderado por Sidónio Pais, vigorou de 1917 a 1918, no período da Primeira República. A 5 de Dezembro de 1917 deu-se uma revolta militar, chefiada por Sidónio Pais, major e professor universitário, com o apoio de uma vasta frente de descontentes, unionistas,

radicais,

católicos,

socialistas

e

até

monárquicos. Sidónio Pais concentrou nas suas mãos todos os poderes, instaurou um regime de ditadura militar, com características presidencialistas, dissolveu o Congresso, submeteu

o

Parlamento

e

decretou

alterações

à

Constituição de 1911. Em Abril de 1918 foi eleito Presidente de República por sufrágio directo A “República Nova” como ficaria conhecido este período, conseguiu, no seu início, congregar muitas vontades e tendências, incluindo os sindicatos, mas devido à falta de um projecto coerente o novo “regime” foi perdendo apoios, a agitação social aumentou e os apoiantes iniciais afastaram-se, surgindo movimentos contra a ditadura sidonista. No início, Sidónio Pais gerou grande simpatia junto das massas populares que nele encontraram um chefe, a que não foi alheio o próprio que cultivava a sua imagem, sempre vestido a rigor com a farda de militar e que encenava grandes recepções, cavalgadas pela rua e paradas militares. Mas, desde logo, o regime, pelo seu carácter ditatorial, começou a prender e a perseguir os seus adversários, instalando-se um ambiente de terror e de instabilidade. A 14 de Dezembro de 1918, o regime sidonista foi abruptamente interrompido com o assassinato de Sidónio Pais a tiro por José Júlio da Costa. Com a morte de Sidónio Pais, o Sidonismo rapidamente desaparece apesar de, durante algum tempo, os seus mais acirrados adeptos o tivessem tentado fazer sobreviver.

6º Ano, Turma C


A Guerra das Trincheiras No campo de batalha os soldados protegiam-se nas trincheiras, cercadas de arame farpado que dificultavam o avanço da infantaria.

A defesa era a grande prioridade, ficando o ataque em segundo plano, o que fez com que acontecessem muitas mortes. Em 1915, os alemães utilizaram gás tóxico, seria o início da guerra química. No primeiro Natal a Guerra parou por uns minutos… Os soldados saíram das suas trincheiras e foram cumprimentar os seus inimigos. Mas infelizmente este momento não se repetiu.

CARTA DE UM SOLDADO França, 14 de Dezembro de 1916 Caro amigo, Espero que esta carta te vá encontrar de boa saúde, e em boas condições financeiras pois agora já te libertaram da guerra e já tens emprego. Escrevo-te para te descrever as cenas de horror vividas aqui nas trincheiras e espero que não digas nada aos meus pais pois eles não merecem saber o que se passa por cá. Depois de tantos anos que passei ao lado deles, a ajudálos nos melhores e piores momentos, não merecem saber isto. Viver aqui é como viver no inferno, se algum familiar te perguntar por mim (pois tu és o meu melhor amigo), diz-lhe que ainda não morri e que estou bem de saúde. As trincheiras são «óptimas», porque fomos os primeiros a abri-las e a escolher melhores terrenos, temos caves subterrâneas onde dormimos e onde cozinhamos mas vive-se em más condições. Os ataques são constantes e há quem não resista aos estilhaços e tenha que ir para os serviços médicos. É difícil conquistar terreno ao inimigo porque o arame farpado não permite chegarmos à outra frente. Depois vêm as metralhadoras e varrem tudo e todos e são poucos os que chegam com vida ao território inimigo. De tantos mortos existentes no terreno entre trincheiras, os meus colegas deram-lhe o nome de «Terra de Ninguém». Aqui até as paredes da trincheira têm ouvidos e temos que reparar no que falamos. Enquanto a artilharia está em actividade, a infantaria entrou em repouso mas sempre atenta a qualquer perigo vindo do inimigo. Agora que chegou o gás, não se pára e não se aguenta com o cheiro que está activo durante semanas e, por vezes, horas depois de várias explosões de gás, morremos sufocados. Estamos cansados de tantas cenas horrorosas que provocam doenças físicas e psicológicas. Despeço – me, com um grande abraço. Amidel 6º Ano, Turma D


Carolina Michaelis de Vasconcelos

Filha do professor de Matemática Gustavo Michaëlis, Carolina Michaëlis romancista, filóloga, lexicóloga, historiadora da literatura portuguesa, crítica literária, nasceu no dia 15 de Março de 1851, na cidade de Berlim, na Alemanha. Estudou até os 16 anos na Escola Superior Municipal Feminina de Berlim. Após esse período, continuou os estudos em casa, uma vez que nessa época, o acesso às universidades alemãs era vedado às senhoras. Carolina Michaëlis entregou-se de corpo e alma aos estudos abrangendo a literatura greco-romana, línguas eslavas, semitas e românicas e dominou de tal forma os idiomas que, alcançou rapidamente o reconhecimento da sua competência no meio dos estudos filológicos da Europa, tornando-se tradutora oficial ainda jovem. Aos 21 anos ingressa como intérprete no Ministério do Interior Alemão, para os assuntos da Península Ibérica. O interesse pela cultura portuguesa e a troca de correspondência com Joaquim de Vasconcelos (musicólogo, historiador de arte), levou-os ao casamento, em Berlim, decorria o ano de1876, proporcionando assim a Carolina, a obtenção da nacionalidade portuguesa. É em 1877 que Carolina fixa residência no Porto. Em 1909, sob a sua responsabilidade, surge a Fundação da “Liga Republicana das Mulheres Portuguesas” cuja finalidade era orientar, educar e instruir a mulher, segundo os princípios democráticos. Em 1911 é convidada para ser professora da Faculdade de Letras de Lisboa, transferindo-se, mais tarde, para a Universidade de Coimbra. Em 1912, é eleita para a Academia das Ciências facto inédito que veio a ser objecto de polémica, por se tratar de uma mulher. Nos dias de hoje a nossa Constituição consagra a igualdade de direitos para todos e Carolina Michaelis deu um contributo muito positivo para que esta situação fosse possível. 6º Ano, Turma E


A VIDA CULTURAL NA 1ª REPÚBLICA

Em Portugal, até à década de 1920, persistiu na pintura portuguesa uma corrente naturalista, vinda do século anterior. Columbano, com os seus retratos de políticos e intelectuais, e Malhoa, com os seus temas populares, foram os maiores representantes desta corrente. Já nos anos 20, a pintura portuguesa optou por uma figuração naturalista, inspirada em Cézanne. Eduardo Viana e Dórdio Gomes inserem-se nesta corrente. Entretanto, as novas correntes artísticas modernas chegaram ao nosso país introduzidas, entre outros, por Santa Rita Pintor, Almada Negreiros e Amadeo

de

Sousa

Cardoso.

Este,

pelos

seus

contactos internacionais e exposições (em Paris, Nova Iorque e Berlim) é considerado como o maior vulto do modernismo do seu tempo em Portugal. Na Arquitectura, criou-se, em 1902, os Prémios Valmor para destacar “o mais belo prédio ou edifício de Lisboa”. Então, tornaram-se famosos os nomes dos arquitectos Ventura Terra, Adães Bermudes e Rui Lino, entre outros. Ao mesmo tempo, nas cidades de Lisboa e Porto, começaram a ser construídos edifícios que anunciavam a Arquitectura Modernista: escolas (Liceus Alexandre Herculano, no Porto e Pedro Nunes, em Lisboa), bancos (banco de Lisboa & Açores), hospitais (Maternidade Alfredo da Costa), teatros (teatro Politeama, em Lisboa). Ainda nas primeiras décadas do século XX, a burguesia urbana, especialmente do Porto e de Aveiro decorava as fachadas das suas casas com motivos de Arte Nova: gradeamentos, varandas, molduras de portas e janelas de prédios de arrendamento, teatros, joalharias, lojas de modas e cafés foram então, profusamente embelezados. Na Arte, destacou-se ainda a caricatura. Nos inícios do século XIX, evidenciaram-se, entre outros, Leal da Câmara e Stuart de Carvalhais. A obra deste último permite-nos estudar a vida quotidiana desse tempo. Nas Letras, a primazia vai para as revistas A Águia (fundada no Porto, em 1910, por Jaime Cortesão e Leonardo Coimbra, entre outros) e Orpheu (surgida em 1915, em que se distinguiram os poemas de Mário de Sá Carneiro, de Fernando Pessoa e os contos de Almada Negreiros). No domínio da Música, destacou-se, a partir de 1910, a criação de orquestras sinfónicas em Lisboa e no Porto e a realização de séries regulares de concertos. Entre os grandes nomes desta época, realçam-se os de Luís de Freitas Branco (compositor; director artístico do teatro de São Carlos, em Lisboa). Viana da Mota (celebrado pianista e director do Conservatório Nacional) e Guilhermina Suggia, violoncelista.

6º Ano, Turma F


CARBONÁRIA LUSITANA

Tudo o que rodeia a Carbonária é misterioso e ténue. Tudo é vago e suspeito. As origens da Carbonária remontam ao século XI, na França e o século XIII na Itália, mas não há consenso sobre este assunto. No entanto, outros autores referem a sua fundação em datas mais recentes. A italiana teria servido de modelo à portuguesa. No século XIX, surge em Portugal a Maçonaria Académica que se irá transformar em Carbonária. Como organização secreta e revolucionária actuou em vários países europeus. Estreou-se em Itália por volta de 1810 e tinha um conjunto de ideias assente em princípios de liberdade que se fazia notar por um marcado anticlericalismo, isto é, considerava que a Igreja não devia interferir nos assuntos políticos. Estava destinada a defender os trabalhadores através da luta armada. Estavam dispostos a enfrentar reis, governantes e a Igreja. Quem mais se destacou e contribuiu para que ganhasse adeptos e se organizasse foi um bibliotecário chamado Artur Duarte Luz de Almeida. Juntamente com machado dos Santos e António Maria da Silva formaram a “Alta Venda”, órgão máximo da Carbonária. Os seus membros reuniam-se secretamente nas cabanas dos carvoeiros, vindo daí o seu nome “carbonari”. Inventaram uma escrita em códigos para uso em correspondência, utilizando um alfabeto carbonário. Se alguém descobrisse os seus documentos, ra impossível que percebessem o que estava escrito. Em Portugal, o seu objectivo era implantar a república. Assim, depois desta implantada, tendo cumprido a sua missão, desaparece. A Carbonária Lusitana foi fundada entre 1898 e 1900. Reuniam-se m grupos de vinte e escolhiam um valor com que mais se identificassem: Independência, Futuro, Pátria, Justiça. As Choças Independente, Justiça, Pátria e Futuro tinham os seus membros divididos em grupos de vinte. Cada um desses grupos ou choças adoptou um nome diferente. Foram assim criadas vinte choças. Cada choça tinha a sua forma de organização: tinham um Presidente, criaram um Parlamento Carbonário a que chamaram Alta - Venda e elegeram um Bom - Primo, pessoa que escolhia os elementos para integrar a Carbonária. Os membros da Carbonária tratavam-se por tu e davam - se a conhecer por meio de sinais de ordem, senhas, contra-senhas, apertos de mão e cumprimentos especiais com o chapéu. Usavam distintivos e possuíam armas de fogo para se defenderem. Tinham uma hierarquia: o mais baixo dos elementos era o rachador, a seguir o aspirante, depois estava o mestre e no topo o Mestre Sublime. A maior parte dos membros da Carbonária eram operários, caixeiros, vendedores ambulantes, soldados, sargentos, empregados de escritório, alguns professores primários. Também integrava médicos, jornalistas, advogados, mas em menor número. Só o Grão - Mestre Sublime e a Alta - Venda conheciam toda a organização, o que garantia o secretismo desta organização. 6º Ano, Turma G


O MILAGRE DE FÁTIMA E A IMPRENSA REPUBLICANA

Foi a imprensa republicana que mais ajudou a divulgar o fenómeno de Fátima, através da s polémicas e dos ataques dirigidos ao fenómeno. Ali se traduzia um conflito de mentalidades, opondo o racionalismo à crença e à religiosidade popular. Fátima traduz o conflito de mentalidades que há 100 anos se manifestava em dois pólos: de um lado uma República que adopta um “racionalismo” sobrenatural acelerar

e

redutor do

esse

do

religioso”,

fenómeno que

processo,

tentou

procurando

“secularizar a sociedade portuguesa através da escola”; do outro lado, uma população que insiste na crença. Segundo o sociólogo Teixeira Fernandes, ”A República quis destruir esta religiosidade popular que achava que estava imbuída de fanatismo e de irracionalidade”. A polémica começa cedo. Em Maio de 1917, os três videntes - Lúcia e os primos Francisca e Jacinta – contam que viram Nossa Senhora numa aparição. A mesma pede-lhes que voltem ao local, a Cova da Iria - um ermo para os rebanhos pastarem, nos arredores de Fátima - nos dias treze. Em Agosto, antes da quarta aparição, “O Mundo”, jornal do Partido Democrático de Afonso Costa, já fazia comentários jocosos sobre o que estava a suceder. Com o título “Impostores!” o jornalista referia os acontecimentos e acrescentava:” A raça dos impostores, que é a causa da religião e das crenças católicas de certo povo bisonho, tem exercido a sua indústria através dos tempos (…) Abra o povo os olhos e corra a chicote os charlatães que negoceiam com a sua crença.” Este jornal é o principal instrumento de defesa republicana e do combate contra as aparições e chega-se a escrever que o que se passa é “ um abuso e uma exploração do clero. Em Outubro, a reportagem de Avelino de Almeida no jornal “O Século”, sobre os acontecimentos do dia treze desse mês, quando se regista a última aparição e o chamado “milagre do Sol”, é objecto de debate na imprensa republicana e “desperta mesmo a irritação de muitos” O fenómeno de Fátima cruza-se com outros acontecimentos: a I Guerra Mundial está presente nos diálogos dos videntes com a aparição. Muita gente quer que os pastorinhos perguntem quando é que acaba e quando é que os soldados regressam. A guerra torna-se uma preocupação geral, mesmo para os republicanos pela inquietação criada entre a população. Quando o Governo republicano cede na integração de capelães no Corpo Expedicionário Português, a questão religiosa dos primeiros anos tem um momento de apaziguamento, mas mesmo assim há sectores radicais do republicanismo que persistem na luta contra a integração dos capelães nos campos de batalha de França e da Flandres. 6º Ano, Turma H


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