Correio do Trabalhador Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Vale do Paraíba e Litoral Norte
Edição 141 - Julho de 2016
Campanha Salarial 2016:
Para não privatizar, tem que mobilizar !
O governo interino de Michel Temer do PMDB já declarou que está caminhando a largos passos para privatizar os Correios. Não há dúvidas de que esse processo significará o fim da ECT. Serviços ainda piores e mais caros e a precarização total das condições de trabalho, além de muitas demissões. No Conrep, os trabalhadores (as) dos Correios deram largada à uma campanha salarial unificada contra processo de privatização. Esta é uma luta vital para mantermos os nossos empregos e garantirmos uma empresa de qualidade para todos. No Conselho de Representantes da Federação, as discussões sobre um amplo movimento contra a privatização da Empresa, e a unificação de todos os Sindicatos de Correios, com outras categorias como petroleiros, bancários, foram os temas centrais do encontro. Ao final do Conrep, os representantes também firmaram compromisso de realizar atividades conjuntas e deliberaram uma mesma data de deflagração de greve da categoria. “Vamos iniciar uma campanha salarial duríssima, mas estamos preparados para o enfrentamento, não temos outra saída a não ser a luta. Com a união de todos ficaremos mais fortes e estaremos prontos para ir pra cima para garantir aumento salarial e uma empresa pública e de qualidade”, disse Moisés Lima, presidente do Sintect-VP.
O que significa, na prática, Privatização?
A grosso modo, privatizar significa vender uma empresa pública (ou a maior parte dela, geralmente a mais
lucrativa) para a iniciativa privada. Assim, o Estado “se livra” do trabalho de administrá-la, e, principalmente, da sua FOLHA DE PAGAMENTO. Esse processo abre marge inclusive para esquemas de corrupção, como visto no caso da Petrobrás.
O que há de ruim na Privatização? Por que os empregados públicos devem temê-la?
Praticamente toda empresa privatizada faz uma drástica redução no quadro de funcionários, assim há milhares de demissões. Mesmo havendo algumas garantias trabalhistas, como a Orientação Jurisprudencial 247 do TST que garante estabilidade aos trabalhadores dos Correios, precisamos lutar pois esta pode ser revista a qualquer momento, além dos Planos de Demissão Voluntária, é uma situação que aterroriza quem trabalha há anos em uma empresa. Muitos dos demitidos jamais conseguirão emprego novamente. Com isso, ocorre um aumento na terceirização e na contratação de temporários. O grande problema é que as empresas privatizadas não contratam através de concursos públicos, reduzindo a oferta de vagas de emprego e diminuem a massa salarial. Algumas empresas públicas importantes ainda podem ser privatizadas, como deseja o governo federal, políticos corruptos e os grandes empresários do país. Mesmo em meio a crise política e econômica, estes não querem perder nada nunca! por isso empurram a conta das crises para nós, trabalhadores. Portanto, Já sabemos que só a luta muda a vida!