Revista Minaspetro nº 129 - Junho de 2020

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Revista

Nº 129 Junho 2020

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT

Bem-vindo ao “novo normal” A pandemia trouxe novos hábitos e com eles a chegada de uma nova forma de pensar do consumidor

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Nº 129 – Junho 2020

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Um novo negócio para um novo cliente

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quele cliente que entrou na pista de abastecimento do seu posto no final de fevereiro não é mais o mesmo. Ele não pensa mais como antes. A pandemia mudou tudo, e o consumidor é outro depois do início da crise sanitária. Como o dinheiro está mais escasso, ele está mais exigente (era possível?), ainda mais desconfiado e só compra se enxergar real valor no produto, até mesmo no combustível, que é essencial. Já falávamos aqui sobre a importância de o empresário tornar a Revenda um posto de serviços – o que inclui, por exemplo, investir em uma boa loja de conveniência – para melhorar a rentabilidade do estabelecimento. Mas como fazer isso se ainda não sabemos ao certo como pensa o novo consumidor? Especialistas em consumo, administração e marketing já criaram, inclusive, uma nova terminologia para definir o tempo pós-coronavírus: o chamado “novo normal”. Isso porque a pandemia tem colocado em xeque a forma como a sociedade vivia, com impactos significativos sobre as formas de relacionamento, trabalho, entretenimento e, sobretudo, consumo, objeto de debate desta edição da revista. O “novo normal” aponta a tendência comportamental do público. Por exemplo: se o e-commerce já se encontrava em expansão, o coronavírus tornou ainda mais corriqueiras as compras pela in-

ternet. E quem ainda tinha dificuldade para aderir à nova modalidade de oferta de produtos e serviços teve que se virar – basta observar a alta dos indicadores do comércio eletrônico. Outro negócio que ilustra bem o “novo normal” são os restaurantes. Quem ainda relutava em trabalhar com delivery teve que se render à entrega em casa e buscar apoio nas plataformas digitais que oferecem esse serviço para fazer o negócio girar. E o que a Revenda tem a ver com isso? Absolutamente tudo! A realidade do home office fez com que o tráfego urbano diminuísse consideravelmente, e as vendas nos postos despencaram. Como podemos, então, nos adequar a esse “novo normal”? É isso que estamos debatendo na matéria de capa, para antecipar ao revendedor mineiro informações de como será o comportamento do mercado depois que a situação estiver controlada. Como esse nosso cliente passará a se comportar daqui a alguns meses? Ainda não sabemos, é tudo muito novo. Especialistas têm apontado caminhos, e os empresários devem estar atentos. Avaliar indicadores e adequar processos para esse novo jeito de pensar do cliente será fundamental para encarar o pós-crise. Agora é hora de conhecer a fundo o novo consumidor para manter o negócio rentável. Apresse-se, pois não há mais margem para erros. Boa leitura!

Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br

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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 0800-005-6500 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1º Vice-presidente: Felipe Campos Bretas 2º Vice-presidente: Paulo Miranda Soares 1º Secretário: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves 1º Tesoureiro: Humberto Carvalho Riegert 2º Tesoureiro: Rafael Milagres Macedo Pereira Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Maurício da Silva Vieira Diretora de Lojas de Conveniência: Maurícia Lopes Vieira Zama Diretor de Postos de Rodovias: Wagner Carvalho Villanuêva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Belo Horizonte: Fábio Croso Soares Caratinga: Carlos Roberto de Sá Contagem: Leonardo Lemos Silveira Divinópolis: Roberto Rocha Governador Valadares: Rubens Perim Ipatinga: Vanda Maria Brum Avelar João Monlevade: Genilton Cícero Machado Lavras: Marcos Abdo Sâmi Montes Claros: Gildeon Gonçalves Durães Paracatu: Irlan César Fernandes de Moura Passos: Reinaldo Vaz Ribeiro Patos de Minas: Moisés Elmo Pinheiro Poços de Caldas: Renato Barbosa Mantovani Filho Pouso Alegre: Luiz Anselmo Rigotti Sete Lagoas: Sérgio José do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Uberaba: José Antônio Nascimento Cunha Varginha: Leandro Lobo Motteran

Conselho Fiscal Membros Efetivos: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Bernardo Farnezi Gontijo Rogério Lott Pires Membros Suplentes: José Roberto Mendonça Júnior Paulo Eduardo Rocha Machado Evandro Lúcio de Faria Diretores Adjuntos: Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Fábio Vasconcellos Moreira Gerente Administrativa Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Élcia Maria de Oliveira Gislaine Carvalho Larissa Miranda Eliote Luciana Franca Martins Poliana Gomides Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis João Márcio Cayres Raphael Mike dos Santos Calixto Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Ricardo Donizetti Rodrigo Loureiro Araújo Thales Oliveira Pereira

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário BMM Advocacia Empresarial Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Natécia Pereira Barroso Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Matheus Siqueira de Alvarenga Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Eduardo Caselato Dantas Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza

Departamento de Comunicação Stenyo Fonseca Marcelo Teixeira Departamento Jurídico Cível/Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Lucas Sá

EXPEDIENTE

• Comitê Editorial: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Esdras Reis, Márcia Viviane e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Alexandre Magalhães • Redação: Guilherme Barbosa e Alexandre Magalhães • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Taynná Pizarro • Revisão: Luciara Oliveira • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior)

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SUMÁRIO

Arquivo Mori/Cemig S!M

Arquivo pessoal

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Nova parceria para desconto na energia

Os postos e o “novo normal”

Procon fora dos limites

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As implicações da Covid-19 como doença ocupacional

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Usineiros querem aumentar a Cide

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O trabalho remoto dos assessores comerciais

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Artigo: Quanto a empresa suporta

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Deposit photos

de custo de capital?

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Reforma do auditório

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Tabela Formação de Preços

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Guerra do petróleo

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Bruno Assis

JURÍDICO

Procon passa

dos limites Órgão segue tentando interferir nos preços dos combustíveis no interior do Estado com a anuência do Ministério Público

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ma foto publicada em uma matéria de um portal que cobre a região Sul de Minas Gerais chamou a atenção da população durante a pandemia. Na imagem um auditor do Procon troca os preços da placa de um posto de combustíveis. A matéria, com a manchete “Preços caem até 25% em alguns postos após a fiscalização do MP em Pouso Alegre”, fala da deflagração de uma

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operação do Ministério Público que “recomendou redução de preços nos combustíveis”. É claro que a matéria tem um caráter sensacionalista, o que acaba sendo uma política de vários veículos de imprensa. O que causa estranheza no Minaspetro é a postura inadequada do Procon e de alguns membros do Ministério Público (MP) estadual, que têm total ciência de que sugerir preços para


postos ou qualquer atividade que faz parte de livre mercado não é competência do órgão. “Até o promotor regional do MP foi aos postos com certo autoritarismo. Isso acaba denegrindo nossa imagem, que já está foi desgastada demais com a população”, diz Anselmo Rigotti, dono do Posto Comendador, em Pouso Alegre. Outro caso parecido que chamou a atenção ocorreu em Timóteo, no Vale do Aço. O Procon regional também ultrapassou os limites de sua competência ao determinar que um posto abaixasse o seu preço e igualasse ao concorrente, um posto de rodovia da cidade. Agindo desta forma, o promotor estaria desrespeitando a Lei de Defesa da Concorrência, influenciando possível uniformização de preços entre postos concorrentes. Postos de rodovia têm perfil de clientela totalmente diferente dos postos urbanos e competem com outros postos de rodovia. Muitas vezes a excessiva competitividade leva os postos a terem valores de venda parecidos, o que é chamado de “uniformidade de preço”. Arthur Villamil, advogado do Departamento Jurídico Cível/Comercial do Minaspetro, reitera a dinâmica livre dos preços praticados pelos revendedores. “O que acontece é que o posto normalmente recebe diversos pequenos aumentos sucessivos das distribuidoras e acaba não repassando o valor ao consumidor por causa da forte concorrência. Quando o valor abaixa, o que o empresário faz é somente compensar a margem que ele estava perdendo. O Procon simplesmente ignora essa forma de funcionamento do mercado.” Essa relação acaba gerando um desgaste desnecessário entre o setor e o Procon. Em muitas ocasiões, os Procons já tentaram regular os preços dos combustíveis por meio de ação judicial, mas essas ações tem sido quase sempre rejeitadas pelo Judiciário. O problema é que, mesmo não surtindo um efeito jurídico prático para o revendedor, o estrago de imagem já está feito por causa da repercussão negativa e deturpada da notícia na imprensa, fazendo a população acreditar que o empresário é o ganancioso da história. O QUE FAZ O MINASPETRO Para tentar acabar com o problema, o Departamento Jurídico Cível/Comercial, em consonância com a Diretoria do Sindicato, decidiu enviar ofício para os promotores regionais. O documento explicativo, com todos os argumentos jurídicos necessários para que os servidores do Procon e do MP nas cidades entendam que o que está havendo nessa questão é um exagero do órgão e perda de tempo, pois não há embasamento técnico-jurídico para regular os preços e muito menos a margem de lucro dos revendedores. A reportagem da Revista Minaspetro entrou em contato com a assessoria de imprensa do MP de Minas Gerais, para tentar enviar questionamentos

“O que acontece é que o posto recebe aumentos sucessivos das distribuidoras e acaba não repassando o valor ao consumidor por causa da forte concorrência. Quando o valor abaixa, o que o empresário faz é somente compensar a margem que ele estava perdendo. O Procon simplesmente ignora essa forma de funcionamento.” ARTHUR VILLAMIL, ADVOGADO DO DEPARTAMENTO JURÍDICO CÍVEL/COMERCIAL DO MINASPETRO

para o Procurador Dr. Amauri Artimos da Mata, a fim de esclarecer o por que o MP dá apoio ao Procon nessa empreitada ineficiente. Foi informado à assessoria que o Minaspetro recebeu relatos de atuação de Procons no interior em que os agentes solicitaram que donos de postos urbanos praticassem o mesmo preço de revendas de rodovia. Diante disso, como o MP pode atuar para deixar claro ao Procon que o mercado é livre e que o Procon não pode indicar, fixar ou tabelar preços ou margens dos postos de combustíveis? O segundo questionamento foi de cunho técnico, afirmando que a grande maioria das autuações do Procon por causa de preços supostamente abusivos, quando questionadas, têm sido anuladas pelo Poder Judiciário. Diante disso, a atuação dos Procons que tentam interferir diretamente nos preços praticados pelos postos não prejudicaria a atuação do já sobrecarregado Judiciário com ações que poderiam ser evitadas? O último ponto a ser esclarecido é sobre a fotografia que foi publicada recentemente na imprensa do Sul de Minas e que chamou a atenção do Sindicato. Nela o agente do Procon troca o preço da placa do posto, escrevendo os preços que ele, Procon, entende ser o “valor justo”. Vocês acreditam que o Procon esteja atuando fora de sua competência em ações como essa? São perguntas duras que merecem respostas esclarecedoras do MP. Até o fechamento da edição, o Minaspetro não recebeu as respostas das indagações. Os canais de comunicação do Sindicato estarão abertos para que o MP se manifeste e tire essas dúvidas de todos os revendedores mineiros.

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JURÍDICO

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Covid-19 pode ser tratada como doença ocupacional Decisão do STF impõe fornecimento de EPIs para colaboradores

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Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em abril, que a eventual contaminação de um colaborador pelo coronavírus pode ser considerada doença ocupacional. Com isso, fica suspensa a eficácia de dois artigos da Medida Provisória 927/2020, que autorizava ações excepcionais para manutenção do vínculo entre empregadores e empregados. Klaiston Soares D´Miranda, advogado do Departamento Jurídico Trabalhista do Minaspetro informa que estão suspensos os artigos 29, que não enquadrava a Covid-19 como ocupacional, e o 30, que limitava a atuação de auditores e impedia autuações. Se o trabalhador for afastado, recebendo auxílio doença do INSS, quando ele retornar às atividades,

ele terá estabilidade de um ano. “É importante que se registre, contudo, que para caracterizar a Covid-19 como doença ocupacional é preciso antes comprovar que o empregado contraiu o novo coronavírus no trabalho ou em decorrência dele”, explica Klaiston. A decisão torna ainda mais importante que o revendedor fique atento ao uso dos EPIs, para que a equipe esteja segura. O advogado recomenda que todos os postos mantenham uma ficha para cada frentista, na qual devem estar listados todos os EPIs fornecidos, que deve ser assinada pelo colaborador, para que fique comprovada a entrega dos equipamentos. As normas de segurança adotadas devem por sua vez ser impressas, assinadas por todos e afixadas no quadro de avisos do posto.

Aplicativo Minaspet�o

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Depositphotos

Em péssima hora Cadeia do etanol apresenta proposta de aumento da Cide, e Minaspetro e Fecombustíveis rebatem com ofício enviado a Jair Bolsonaro

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lguns setores da cadeia produtiva de combustíveis parecem ainda não ter a exata dimensão da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Acenar com aumento de impostos neste momento, em que os empresários se veem forçados a cortar gastos, parece, no mínimo, inadequado. Por isso, foi com perplexidade que o mercado de combustíveis recebeu a notícia de que os proprietários de usinas de etanol encaminharam um documento ao Ministério da Agricultura solicitando que o governo eleve em R$ 0,40 a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina tipo A vendida nas refinarias. “Um aumento de impostos neste momento vem totalmente em sentido contrário a todas as expectativas do povo brasileiro, que esperava a redução dos impostos. Este aumento viria em um momento completamente inoportuno para a revenda de combustíveis, que também está em crise, com uma queda vertiginosa nas vendas, entre 50% e 75%, em média, no Brasil”, diz trecho do documento. O objetivo da cadeia do etanol é que, com o novo valor, o preço do etanol hidratado se mantenha competitivo a ponto de não gerar prejuízos aos produtores. O Minaspetro e a Fecombustíveis responderam na mesma moeda. Por meio do presidente Paulo Miranda, as entidades enviaram um ofício aos ministérios da Agricultura e da Economia – e ao presidente Jair Bolsonaro – para demonstrar sua revolta diante da proposta. “Os usineiros têm subsídio do governo há anos. Vão querer mais um? Repassar a conta aos consumidores brasileiros é algo totalmente descabido.” Além de não resolver o problema, a proposta dos usineiros tornaria ainda mais dissonante a carga

tributária que incide sobre os combustíveis, que já respondem por quase 50% do preço final na bomba. Outro problema é o ônus que seria gerado aos agentes do mercado que importam o combustível, que reduziria ainda mais a competição em um setor já concentrado. A proposta do setor sucroalcooleiro reacende um debate interessante visto durante a greve dos caminhoneiros. Em vez de aumentar a Cide, seria mais conveniente que o governo a tornasse um mecanismo de controle do preço da gasolina, com o objetivo de corrigir possíveis distorções, como as que levaram à paralisação. Seria necessária a regulamentação de um “gatilho” quando o valor da bomba ultrapassasse limites para cima ou para baixo, para que se tivesse, consequentemente, uma maior previsibilidade dos preços. Esta, inclusive, foi uma das propostas apresentadas à ANP em uma de suas Tomadas Públicas de Contribuições realizadas no ano de 2018. A sugestão, entretanto, não foi acatada. NOVENTENA TRIBUTÁRIA Um alento em toda essa história é que ao menos a Cide é uma contribuição que se enquadra na noventena tributária. Este é um termo do direito tributário que determina que alguns tributos e contribuições requerem prazo de 90 dias para serem alterados caso haja mudança em seu valor ou na base de cálculo, por exemplo. O prazo começa a ser contado no dia da publicação do decreto no “Diário Oficial da União”. Isso significa que revendedores e consumidores teriam o mínimo de previsibilidade se qualquer alteração no valor fosse aprovada.

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MINASPETRO

Consultoria digital Assessores comerciais do Minaspetro adaptam rotina para dar sequência ao trabalho preventivo oferecido aos revendedores

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Arquivo pessoal

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imagem do carro adesivado do Minaspetro entrando no posto de combustível gera tranquilidade para o revendedor. O empresário sabe da importância do trabalho preventivo realizado pela assessoria comercial da entidade, um dos serviços mais antigos ofertados aos associados. O checklist realizado pelos profissionais que atuam em todas as regiões do Estado verifica uma série de documentos que devem ser preenchidos e os protocolos que a Revenda precisa adotar. Não por acaso eles foram apelidados de “fiscais do Minaspetro”. A ideia é que esses “auditores do bem” tenham um olhar crítico para que os problemas sejam corrigidos antes de uma possível fiscalização. O trabalho dos sete profissionais era intenso – uma média de 120 postos visitados por mês. Mas, assim como a maioria das pessoas, eles tiveram que se adequar ao trabalho remoto durante a pandemia. “Temos demonstrado que continuamos presentes a cada minuto, principalmente neste momento. Não podemos deixar o revendedor desamparado”, afirma Júlio César Espinosa Moraes, assessor comercial em Belo Horizonte e região metropolitana. A equipe de assessores encontrou na era digital uma aliada importante. A principal ferramenta de trabalho se tornou o WhatsApp. Periodicamente, os revendedores recebem informações em seus celulares, tais como atualizações em normas e portarias e circulares que estão sendo distribuídas em um ritmo frenético nas últimas semanas.

Ricardo Donizete, assessor do Sul de Minas Gerais, criou um espaço para trabalhar em home office sem perder a qualidade de atendimento aos revendedores


“Todas as nossas ações estão voltadas para munir os empresários de informações valiosas, que vão ajudá-los a cortar gastos. Esta é a estratégia principal”, diz Júlio. Além disso, neste momento de incerteza, o Departamento Jurídico do Minaspetro tem sido muito exigido. Por essa razão, os assessores têm feito um importante trabalho de “filtragem” das demandas, para que as solicitações cheguem aos advogados somente se forem realmente necessárias. Eder Israel Bessa, gerente do Posto Coperbon, em Bom Despacho, recentemente teve uma dúvida sobre uma questão trabalhista. Em vez de ligar diretamente para o Departamento Jurídico, ele fez contato com o assessor comercial, que respondeu ao questionamento de forma imediata. “É um canal direto que temos com o Sindicato, e os assessores estão sempre disponíveis.” APOIO PARA CRESCER Fabrício Correia dos Santos, do Posto Manão, em Morada Nova de Minas, diz que a relação com a assessoria comercial do Minaspetro é excelente. “Tento me espelhar no que eles falam e nunca parar de pensar de forma empreendedora, sempre evoluir.”

“Todas as nossas ações estão voltadas para munir os empresários de informações valiosas, que vão ajudálos a cortar gastos. Esta é a estratégia principal” JÚLIO CÉSAR ESPINOSA MORAES, ASSESSOR COMERCIAL EM BELO HORIZONTE E REGIÃO METROPOLITANA

Em tempos de isolamento social, o contato segue sendo rotineiro e eficiente. O estabelecimento se encontra em obras, e o revendedor conta que o assessor tem acompanhado tudo, ainda que a distância, dando suas sugestões para garantir a rentabilidade máxima do posto. Mesmo com a liberação do comércio em algumas cidades, a ideia é, por ora, seguir com o atendimento remoto, para proteger tanto a equipe de assessores quanto os funcionários das Revendas.

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ARTIGO

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Sérgio Eustáquio Pires, Professor associado da Fundação Dom Cabral e consultor na área de Finanças

Quanto a empresa suporta de custo de capital?

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specialmente em tempos de crise, de recessão da atividade econômica, como o que estamos atravessando, muitas empresas necessitam buscar financiamentos bancários para manter suas atividades em funcionamento, os chamados “empréstimos para capital de giro”. Algumas, tendo como foco apenas o curto prazo, a necessidade urgente do recurso, não calculam se o empréstimo bancário vai realmente ajudar ou complicar ainda mais a situação da empresa, em médio e longo prazos. Muitas vezes, o empréstimo captado resolve os problemas de curto prazo, e a empresa consegue pagar seus compromissos imediatos, ficando com a sensação de que a situação financeira foi resolvida. No entanto, quando chega o momento de amortizar o financiamento contraído, a situação financeira volta a se complicar. Para captar financiamento, a empresa deve calcular, primeiro, sua capacidade de pagamento, tanto em relação ao custo do empréstimo quanto ao prazo de pagamento. No que diz respeito ao prazo de pagamento, pode-se dizer, de modo geral, que, quanto mais longo, melhor. Se houver carência para começar a amortizar o principal, quanto maior for esse prazo de carência, melhor. Quanto ao custo, a empresa precisa, antes, calcular a sua taxa de retorno operacional. No mercado financeiro é comum se dizer que os juros estão altos, que os juros estão baixos – ou o se usarem expressões como “juros caros” e “juros baratos”. Mas o que é “juro caro”? O que é “juro barato”?

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Nesta crise da Covid-19, os governos, tanto na esfera federal quanto na estadual, lançaram várias linhas de crédito, na tentativa de ajudar as empresas a superarem este momento de recessão na economia mundial. Falou-se muito em “empréstimos com taxas convidativas”; “financiamentos com juros baixos” e coisas do gênero. No número anterior desta revista, a partir da página 12, foi publicada uma matéria sobre algumas linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para o setor de combustíveis. A matéria cita linhas de crédito com juros de 0,91% ao mês, que, capitalizados anualmente, equivalem a uma taxa anual de 11,48%. Pergunto: 11,48% de juros ao ano é caro ou barato? Respondo: dinheiro caro ou barato é relativo! O custo de um mesmo financiamento pode ser baixo para a empresa A, mas pode ser muito alto para a empresa B. Ou seja, a taxa de juros é alta ou baixa, o dinheiro é caro ou barato, para cada empresa, porque o custo de capital precisa ser comparado com a taxa de retorno operacional e com a capacidade de pagamento de cada empresa. Como calcular, então, quanto uma empresa pode pagar de juros? Qual é a taxa máxima de juros que a empresa pode suportar? A resposta está no cálculo de um indicador chamado Return On Invested Capital (ROIC), ou, no Brasil, Retorno sobre o Capital Investido. Temos, em português, esse mesmo indicador, com o nome de Retorno sobre o Capital Empregado (ROCE).


Esse indicador é obtido da seguinte forma: ROCE =

LUCRO OPERACIONAL* ATIVO ECONÔMICO

*Para empresas do Lucro Real, esse lucro operacional deve ser ajustado com a tributação do Imposto de Renda.

Lucro Operacional é o resultado operacional, o resultado da atividade-fim do posto, sem considerar receitas e despesas financeiras e outras receitas e despesas não operacionais. Na Demonstração de Resultados do posto, temos: RECEITA OPERACIONAL BRUTA (-) TRIBUTOS SOBRE A RECEITA RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS/SERVIÇOS PRESTADOS LUCRO BRUTO (-) DEPESAS COMERCIAIS (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS E GERAIS (-) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS (-) DEPRECIAÇÃO

LUCRO OPERACIONAL E o que vem a ser “Ativo Econômico”? Ativo Econômico é o capital total investido na empresa, sendo uma parte no curto prazo (Necessidade de Capital de Giro) e outra parte no longo prazo (infraestrutura operacional), com o objetivo de gerar o Lucro Operacional. Para funcionar normalmente, o posto precisa investir recursos no curto prazo para financiar seus clientes (vendas por meio de cartão, convênios com empresas etc.) e ainda para manter estoques de combustíveis nos tanques, de óleo, filtros e outros materiais e de produtos para a loja de conveniência. Paralelamente, o posto recebe financiamento de “fornecedores operacionais”, ou seja, aqueles que estão diretamente ligados à sua atividade-fim, como, por exemplo, as distribuidoras (que concedem prazo para pagamento do combustível), os fornecedores de óleo, filtros e outros materiais (que vendem a prazo), alguns fornecedores de bebidas e outros produtos vendidos na loja de conveniência, os funcionários (que trabalham o mês inteiro para receber no quinto dia útil do mês subsequente) e o governo (que concede prazo para recolhimento de tributos como ISS, PIS, Cofins e outros). A diferença entre o valor que o posto precisa aplicar e o que ele recebe de financiamentos desses fornecedores operacionais é o que se chama de Necessidade de Capital de Giro (NCG). Além disso, para funcionar, o posto precisa aplicar recursos no longo prazo, em infraestrutura, como bombas de combustível, móveis, máquinas e equipamentos, computadores e outros. Esses investimentos

de longo prazo são classificados pela contabilidade no grupo Ativo Não Circulante, no balanço patrimonial, que registra as aplicações de longo prazo, com mais de um ano para resgate. O valor total da Necessidade de Capital de Giro, mais o valor total do Ativo Não Circulante, é igual ao valor do Ativo Econômico, que vem a ser o valor total de capital investido pelo posto para gerar resultado operacional. No exemplo abaixo, tomamos, por hipótese, um posto com uma galonagem de 280.000 litros/mês, com valor de venda a R$ 4,00/litro e os seguintes custos: - Custo do combustível: R$ 3,40/litro. - Impostos: 7% sobre a receita. - Taxas de cartão de crédito: 3% sobre a receita. - Gastos fixos totais: R$ 40.000,00/mês - Custo de financiamentos bancários de curto prazo: 1,2% ao mês. - O posto mantém estoques para 7 dias e paga o combustível com 15 dias. - As vendas se dão por meio de cartão, com prazo para recebimento de 30 dias. Neste exemplo, o ROIC do posto, com base nos valores acumulados ao final do mês 2, seria: Lucro Operacional = R$ 27.000,00 (R$ 13.500,00 nos meses 1 e 2). Ativo Econômico: Ativo Não Circulante = R$ 295.000,00 (+) Necessidade de Capital de Giro = R$ 174.667,00 (=) Total do Ativo Econômico = R$ 469.667,00 ROIC = R$ 27.000,00 / R$ 469.667,00 = 5,75%. Isso quer dizer que o custo máximo de capital (próprio e de terceiros) que esse posto suporta é de 5,75%. Tomando, por hipótese, que esse cálculo tenha sido feito com base em um demonstrativo anual, a taxa máxima de custo do financiamento não poderia ser maior do 5,75% ao ano. Tomando como exemplo a linha oferecida pelo BDMG, com custo de 11,48% ao ano, se o posto tomasse esse financiamento, sua situação financeira, em médio e longo prazos, ficaria pior. Se o custo de capital for inferior ao ROIC, o empréstimo ajudará o posto a alavancar suas atividades, proporcionando aos seus proprietários remuneração no capital por eles investido acima da remuneração que eles teriam se estivessem utilizando apenas recursos próprios. É o que se chama, em finanças, de “alavancagem financeira”.

Veja a demonstração de resultados e o balanço patrimonial do posto na planilha, utilizando o QR Code ao lado.

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Tudo

mudou A chegada da pandemia alterou a forma de viver e consumir da sociedade; o que as empresas devem fazer para se adequarem aos novos parâmetros de normalidade?

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S

Arquivo pessoal

e você não se deparou ainda com a nova terminologia que dá título a esta edição da revista, prepare-se, porque ela estará a cada dia mais presente em nossas vidas no pós-pandemia. Pode-se definir o “novo normal” como uma forma inédita de pensar da população desde que a Covid-19 foi anunciada. É dado como certo que as pessoas vão mudar seus hábitos. Para o mercado varejista, isso é importante, porque o consumidor terá novas preocupações ao fazer uma compra. E os postos de combustíveis também precisam ficar atentos. “Tudo vai mudar. Principalmente nós, mineiros, que somos conhecidos por sermos calorosos e hospitaleiros, vamos ter que alterar esse hábito. Estamos mais receosos com relação ao contato pessoal, e isso vai se refletir, obrigatoriamente, no consumo”, prevê Elton de Mattos Silva, professor de Gestão Estratégica de Mercado da Fundação Dom Cabral (FDC). Nesse contexto, o mercado varejista será fortemente impactado. As transações comerciais realizadas pela internet, que já eram uma realidade e vinham crescendo à medida que a digitalização se expandia, prometem ser as protagonistas do varejo no pós-pandemia. Em 2019, elas já haviam aumentado 22,7% em relação ao ano anterior, e o faturamento alcançou R$ 75,1 bilhões – vale lembrar, em meio a uma ainda tímida recuperação econômica no Brasil. É claro que esse resultado não engloba a venda de combustível, mas é possível observar tendências do mercado digital que podem ser aplicadas à Revenda. De acordo com o professor, o “novo normal” evidenciará outro conceito que já aparecia em universidades e grandes corporações, o “customer centric”. Trata-se de colocar o cliente em primeiro lugar e fazer com que sua experiência de consumo seja positiva, mesmo após a conclusão da compra. Ainda segundo o especialista, os programas de fidelidade das companhias distribuidoras serão aliados estratégicos do posto. Isso porque será necessário conhecer bem o cliente, entender suas preferências e saber qual é o seu padrão de consumo. Em outras palavras, será preciso ter a noção exata do perfil de quem está entrando na pista de abastecimento, o que inclui nome, idade, local de moradia e inúmeras outras informações que auxiliarão o empresário a ofertar um pós-venda que seja capaz de convencer o consumidor a comprar não apenas combustível. Esses dados já eram identificados como um dos maiores ativos do mercado e, depois do início da pandemia, passaram a ter valor redobrado. “As ferramentas digitais vão fazer o empresário entender as várias personas que entram em seu negócio e suas peculiaridades. A partir daí, será possível adequar o atendimento a cada cliente”, comenta Elton.

CONEXÃO COM O PÚBLICO Identificadas as características de cada cliente, será preciso criar mecanismos para estar em permanente contato com ele. Por isso, a comunicação se tornou um setor estratégico para as corporações. O que se observa durante a pandemia é que, mesmo com as operações comprometidas – principalmente o setor de eventos e entretenimento –, as empresas têm se preocupado em manter uma conexão com seu público. O elo precisou ser mantido, e a plataforma utilizada para isso, essencialmente, têm sido as redes sociais. Se o cliente não desgruda os olhos do smartphone, é lá que a marca da empresa precisa estar visível. Trata-se de resgatar a velha máxima que adverte para o fato de que “quem não é visto não é lembrado”. E, quando a sociedade voltar ao mínimo de normalidade, aquele cliente vai se lembrar de quem esteve presente em sua vida durante o

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isolamento. “Essa crise do coronavírus nos deu duas certezas: uma é que a empresa precisa dialogar com seu público de forma criativa, utilizando os canais que estão em evidência hoje (redes sociais) – não é porque a empresa parou que a ‘conversa’ com o cliente deve ser interrompida; o outro fato é o papel da tecnologia, que passou a atuar de forma muito intensa nesse processo. Com as pessoas mais distanciadas, o ambiente digital é a bola da vez”, afirma Sérgio Arreguy, coordenador do curso de Comunicação Social da Universidade Fumec. De acordo com ele, uma nova ordem mundial está sendo gerada. Qual será? Ainda não se sabe, mas a sociedade está em processo de consolidação do que será considerado o “novo normal”. É óbvio que os parâmetros de consumo mudaram e as corporações terão que se adequar para sobreviver. A certeza que fica é que, mesmo com o distanciamento, o homem é um ser social e continuará vivendo em sociedade. O que vai mudar, obrigatoriamente, é a forma de coexistência da espécie humana, que – diversos especialistas têm apontado – não será mais a mesma após o coronavírus. O MINASPETRO E O “NOVO NORMAL” Para instituições que já estavam alinhadas às novas tendências, a virada para uma nova era digital não foi problemática. Antes mesmo do início da pandemia, o Minaspetro, por exemplo, já estava em fase de conclusão da reforma de seu auditório, que incluiu

investimentos em equipamentos de audiovisual para realizar transmissões ao vivo via plataformas de streaming. Para se ter uma ideia, o último evento transmitido da sede (uma palestra da área trabalhista) contou com a presença virtual de mais de 600 pessoas. Todo o aparato se mostra ainda mais útil agora, quando eventos online são mais que uma realidade, mas uma necessidade (confira mais detalhes na página 22). Decretada a pandemia, o Minaspetro se adequou rapidamente para manter o funcionamento pleno das atividades, a despeito do fechamento do comércio em Belo Horizonte. Com o suporte da empresa responsável pela área de TI, todos os colaboradores passaram a trabalhar remotamente, o que garantiu a segurança da equipe. O Departamento Jurídico não foi em nenhum momento prejudicado. As adequações fizeram com que todos os advogados passassem a acessar de suas casas o sistema utilizado internamente, e a qualidade das consultorias dadas aos revendedores, principalmente no atual momento de crise, tem sido mantida. Os telefones também foram ajustados. Cada colaborador instalou um aplicativo, no próprio smartphone, que dá a possibilidade de transferir ligações para os destinatários finais. Ou seja, se um revendedor entra em contato com o Minaspetro por meio do telefone fixo, é possível que a telefonista transfira a chamada para o funcionário que vai atendê-lo, mesmo que ele não esteja na sede.

Bons exemplos em Minas

O Posto Serena, no bairro Betânia, em Belo Horizonte, dobrou as vendas da conveniência durante a pandemia

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Proprietário de quatro postos em Minas Gerais, o empresário Carlos Eduardo Campolina avalia que o momento exige criatividade e conexão com os clientes para os pequenos empreendedores conseguirem mitigar os efeitos da crise. “A chave é descobrir quais são as novas necessidades que surgem em tempos de coronavírus”, declara. Pensando nisso, ele implementou o serviço de delivery nas lojas de conveniências de três postos. “Já que o isolamento social impede as pessoas de vir até o nosso negócio, a solução é irmos até elas. Na loja do bairro Betânia, em Belo Horizonte, por exemplo, conseguimos dobrar o faturamento com a implantação do delivery”, comenta. Entre os produtos que fazem sucesso com a clientela, ele destaca o famoso pão de queijo caseiro comercializado na loja.


Carlos Guimarães, presidente do Minaspetro, explica que estar alinhado às tendências digitais e adotar uma rotina inovadora têm sido preocupações constantes da atual gestão. “O Minaspetro é uma instituição de mais de 60 anos, mas seguimos motivados a inovar. O resultado veio agora, quando a pandemia não prejudicou nossa operação. E os revendedores perceberam o valor do nosso trabalho. A prova disso é que, mesmo com todas as dificuldades financeiras geradas pela crise, não temos registrado cancelamento massivo de associações ou inadimplência. Isso mostra que o revendedor sabe

que estamos ao seu lado nos piores momentos e que estaremos ainda mais fortes quando isso passar.” Mesmo durante a pandemia, o Minaspetro não deixou de primar pela inovação e seguir tendências. As lives, solução encontrada para a realização de reuniões, debates, entrevistas, palestras e shows, foram incorporadas ao cotidiano do Sindicato, para que, em parceria com a Fundação Dom Cabral, os revendedores sigam informados sobre o cenário atual do mercado. Os dois eventos virtuais realizados no período foram acompanhados por mais de 600 pessoas.

O que muda no “novo normal” PARÂMETROS DE HIGIENE

Lavar as mãos com frequência e usar máscaras serão ações cotidianas ainda por muito tempo.

HOME OFFICE

As empresas perceberam que é possível que muitos colaboradores trabalhem de forma remota sem prejudicar o andamento dos processos, o que reduzirá deslocamentos nas grandes cidades.

DELIVERY

Os restaurantes tiveram que se adequar, e a entrega de comida em casa tomou uma proporção nunca antes imaginada. O delivery não é mais uma exclusividade do setor alimentício. O cliente percebeu o valor da entrega em domicílio, e a nova demanda exigirá esse tipo de serviço para todos os itens. Inclusive, revendedores estão utilizando plataformas digitais para comercialização de produtos da loja de conveniência.

FORMA DE CONSUMO

A estimativa é que o e-commerce brasileiro tenha ganhado cerca de quatro milhões de novos clientes. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), com a pandemia, muitas pessoas compraram digitalmente pela primeira vez. Brinquedos (400%), artigos esportivos (200%) e cosméticos (80%) foram os segmentos que registraram as maiores altas.

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MINASPETRO

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na energia

Segunda etapa da parceria com a Cemig S!M garante economia de 25% a revendedores

O

s revendedores que aderiram à parceria firmada pelo Minaspetro com a Cemig S!M, que garante um desconto de 25% na conta de energia, agora colhem os frutos da decisão em um momento em que cortar gastos se tornou estratégico. Conforme especialistas em gestão têm apontado, reduzir custos operacionais é a medida mais importante para dar sobrevida ao negócio durante a pandemia. Devido ao sucesso alcançado na primeira etapa, a parceria foi mantida e está ainda mais atrativa para os revendedores. O primeiro diferencial é que o número de contratos não estará mais limitado. Na primeira etapa, realizada no ano passado, o Minaspetro adquiriu a capacidade de uma usina completa instalada na cidade de Manga, no Norte de Minas Gerais, suficiente para atender a 300 contratos – na época, outros 300 revendedores ficaram na fila à espera de novas vagas. Já a nova fase se inicia sem um limite máximo de adesão, e os mesmos 25% de desconto na conta de energia estão garantidos. “O Minaspetro buscou uma alternativa para baixar os custos dos revendedores, e a energia elétrica é uma despesa mensal considerável. E o importante é que a parceria alcan-

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ça também o empresário que tem um posto pequeno, e não apenas aquele que paga uma conta muito alta”, comenta Agostinho Cardoso, consultor de energia contratado pelo Minaspetro para conduzir a parceria. Ele se refere à prerrogativa que dá direito a qualquer estabelecimento cujo consumo se situe acima de 500 kw mensais a aderir à iniciativa – a única condicionante é que o interessado seja associado à entidade por pelo menos dois anos, mesmo critério utilizado em 2019 para selecionar os participantes. Não por acaso a expectativa, vale lembrar, é que, até meados de 2021, a parceria com a Cemig S!M faça dobrar o número de filiados. E o plano do Minaspetro é, no futuro, construir uma usina própria para ofertar o benefício aos postos que não são atendidos pela regional da companhia energética mineira, além daqueles que não ultrapassam o piso de consumo exigido.

Mori/Cemig S!M

Mais desconto


NA PONTA DO LÁPIS Felipe Bretas é proprietário de uma rede de postos, e a conta de energia pesava no orçamento. Por esse motivo, ele aderiu à parceria no ano passado e já sente a diferença no final do mês. O revendedor abriu as contas de um dos estabelecimentos para a Revista Minaspetro, para compartilhar com os demais revendedores o benefício trazido pela parceria com a Cemig S!M. Em fevereiro passado, ele gastou em um dos postos R$ 8.487,89 com o consumo de energia. Já em abril, somente em um dos postos, o empresário obteve um desconto de R$ 1.755,78. A parceria com a Cemig S!M é um bom exemplo das políticas associativas nas quais o Minaspetro tem investido para beneficiar o setor e fortalecer os negócios. E a união dos revendedores em torno delas é fundamental para que o Sindicato atraia bons fornecedores com o intuito de que os postos mineiros obtenham melhores resultados. Para ter mais informações sobre a parceria, entre em contato com o assessor comercial da sua região ou consulte o site do Minaspetro.

Demonstrativo do desconto mensal assegurado a revendedor que aderiu à iniciativa

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MERCADO

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guerra do petróleo O coronavírus deixou à margem o debate sobre o preço do barril, mas é preciso acompanhar as oscilações do mercado de forma ampla para que algumas tendências sejam apontadas

O

início de março foi marcado por forte movimentação no mercado de combustíveis pela guerra travada entre Arábia Saudita e Rússia por conta do preço do petróleo. A instabilidade comercial fez com que o valor do combustível fóssil fosse negociado por índice abaixo de zero pela primeira vez na história. Com a escalada dos casos de coronavírus no mundo, o debate sobre o mercado de óleo acabou sendo ofuscado, mas não deixou de ser impactado. O isolamento social imposto pela pandemia diminuiu consideravelmente a demanda e agravou ainda mais a situação das grandes petroleiras, que ficaram com os estoques abarrotados e precisaram reduzir a produção e ceder o que já estava disponível. A pandemia trouxe à tona um fato curioso: o normal seria que, com os preços baixos, a demanda pelo produto aumentasse, afinal, como os estoques estão cheios, a oferta estaria alta. A pandemia, contudo, reduziu drasticamente a demanda, o que foi ainda mais caótico para o mercado.

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Diante do cenário de recessão, o revendedor se viu forçado a ajustar seu quadro de funcionários e ajustar os custos para sobreviver. Acompanhando a crise dos gigantes do petróleo pela imprensa e com tantos problemas internos para resolver no seu posto, o questionamento do empresário é na linha do jargão eternizado por Jair Bolsonaro – “E daí?” É importante que o revendedor, de acordo com Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e especialista no mercado de combustíveis, entenda de forma geral o mercado para que ele trabalhe com o mínimo de previsibilidade. “O isolamento provocou uma queda brutal no consumo e uma inelasticidade no preço. Se o cara colocava a gasolina a x ou a 2x, ele iria vender exatamente o mesmo volume. Com a reabertura da economia, os postos vão começar a ganhar dinheiro, porque o preço do barril de petróleo não vai chegar a US$ 80 do dia para noite, vai subir gradativamente. A gasolina, em particular, acredito que terá um

Depositphotos

O revendedor e a


crescimento grande no segundo semestre. Temos um cenário desenhado: com a descoberta de uma vacina e uma abertura gradual da economia, haverá uma explosão de consumo de combustível.” Em meio a um cenário tão nebuloso, a projeção otimista de um especialista serve de motivação para seguir adiante e sustentar o negócio até que a economia reabra para que o mercado volte a ser forte e rentável para todos. CENÁRIO GLOBAL A guerra entre árabes e russos só foi cessada quando a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e outras nações entraram em acordo para redução da produção em 9,7 milhões de barris por dia. O cenário atual é ainda de volatilidade, conforme avaliação de Adriano Pires, mas com uma tendência de elevação dos preços. A subida do valor do barril, para ele, é consequência de três fatores, essencialmente – o acordo para a redução na produção, os estoques que começaram a cair e a projeção futura de consumo. “Petróleo funciona com a expectativa do mercado. Quando se vê uma expectativa de reabertura da economia norte-americana e europeia no verão, a leitura que se faz é que haverá um consumo acima do normal, principalmente porque as pessoas ainda vão evitar

“Temos um cenário desenhado: com a descoberta de uma vacina e uma abertura gradual da economia, haverá uma explosão de consumo de combustível” ADRIANO PIRES, DIRETOR DO CENTRO BRASILEIRO DE INFRAESTRUTURA (CBIE) entrar em um avião, ou seja, vão viajar de carro.” O especialista, no entanto, faz uma ressalva. “Se a economia reabrir e houver uma volta considerável do contágio, o baque será forte, e o preço do barril volta para US$ 20.” O início de março foi marcado por forte movimentação no mercado de combustíveis pela guerra travada entre Arábia Saudita e Rússia por conta do preço do petróleo. A instabilidade comercial fez com que o valor do combustível fóssil fosse negociado por abaixo de zero pela primeira vez na história. Com o escalonar dos casos de coronavírus no mundo, o debate sobre o mercado de óleo acabou sendo ofuscado, mas não deixou de ser impactado.

macrovector / freepik

A instabilidade do mercado de óleo fez com que algumas terminologias se tornassem populares na imprensa. Entre elas estão as definições utilizadas para o tipo de petróleo. Você sabe a diferença? WTI A sigla significa West Texas Intermediate. Trata-se do óleo comercializado na Bolsa de NY, que é extraído na região do Golfo do México. Ele é mais leve e pode ser refinado com mais facilidade, o que o torna mais valioso no mercado. BRENT Esse tipo de petróleo é comercializado, por sua vez, na Bolsa de Londres, sendo extraído no Mar do Norte (Oriente Médio), ditando os valores da commodity no mercado do Velho Continente.

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MINASPETRO

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Que venham os novos tempos Reforma no auditório com aquisição de equipamentos para transmissão de eventos online mostram como Sindicato tem pensado a frente do seu tempo

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Comunicação Minaspetro

A

ntes mesmo do coronavírus tomar proporções pandêmicas e fazer o mundo parar, o Minaspetro já estava reformando seu auditório de acordo com nova a demanda tecnológica. A obra já estava quase concluída quando uma nova fase da era digital mostrou a face ao mundo. Eventos, reuniões, conferências e palestras passaram a ser realizadas em plataforma digital, uma necessidade fundamental para que empresas e entidades continuassem a operacionalizar seus trabalhos. No projeto da reforma já estava prevista a aquisição de câmera de última geração, que é capaz de realizar transmissão ao vivo pela internet. A experiência do Minaspetro com as lives durante a pandemia – com a participação de pico de mais de 600 revendedores no canal do YouTube – fez com que a equipe se animasse ainda mais para seguir com os eventos remotos com especialistas, importante ferramenta para disseminação de informações para empresários de todas as regiões. Além do ganho em tecnologia, a estrutura do auditório também foi revitalizada. A sala foi revestida com material acústico, carpetes novos foram instalados, acabamentos em madeira para o palco, novas cadeiras e o espaço onde, tradicionalmente, era realizado reuniões de pós-eventos (jantares e coquetéis), está sendo adequado para que o local seja mais funcional e funcione como um anexo do auditório. Em eventos em que a lotação máxima exceda, por exemplo, será possível fazer a transmissão em tempo real para o anexo, praticamente dobrando a capacidade de pessoas.

Reforma alinhada com os novos conceitos tecnológicos e para garantir mais conforto ao revendedor

O presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães, explica que o investimento realizado em novas tecnologias é uma ação estratégica para o sindicato, que só tem 60 anos de atuação porque soube adequar-se ao tempo. “Temos

aqui o auditório mais moderno do setor no Brasil, totalmente equipado para transmissão em streaming. Nós antevimos o ‘novo normal’ e já estamos prontos para receber o revendedor em sua casa.”


GOTAS

Mais uma live no ar Gestão de caixa foi o assunto de um debate com especialista da Fundação Dom Cabral O Minaspetro tem alertado insistentemente o revendedor a ter máxima atenção com a gestão do caixa. São as boas práticas que vão definir quem sobreviverá no pós-pandemia. O assunto foi tema da segunda live produzida pelo Sindicato em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). A estratégia da divulgação dos conteúdos digitais tem dado certo. Foram mais de 150 pessoas presentes em tempo real. Participaram do vídeo Guilherme Amado, especialista em administração financeira e professor da FDC; Carlos Guimarães, presidente do Minaspetro; Felipe Bretas, vice-presidente; e revendedores do interior do Estado.

Especialistas e revendedores debatem soluções de gestão frente à crise

PERDEU A LIVE? NÃO TEM PROBLEMA. Acesse o conteúdo na íntegra por meio do QR Code.

Troco Solidário em expansão Empresa de software se torna parceira para facilitar ampliação do projeto A equipe do Minaspetro tem trabalhado continuamente para fazer com que o projeto Troco Solidário – que direciona doações de clientes ao Hospital São Francisco, em Belo Horizonte – se mantenha em funcionamento mesmo durante a pandemia. E o objetivo, inclusive, é que, ao iniciar-se uma nova etapa, a ação seja ampliada. A Linx, empresa fornecedora de sistemas informatizados para a Revenda, já fez as adequações necessárias

para que os revendedores interessados em participar possam fazer suas doações. A ampliação está em fase de testes, e, se tudo der certo, a Linx terá capacidade para envolver no projeto de forma rápida todas as lojas de conveniência de revendedores que são clientes das bandeiras Shell, Ipiranga e BR. O Minaspetro planeja divulgar no início do próximo semestre as formas de adesão ao Troco Solidário.

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GOTAS

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Água mole em pedra dura... Insistência do Minaspetro na mudança do cálculo do ICMS surte efeito, e imposto cai no início de junho O empenho do Sindicato para que fosse alterado o cálculo para a cobrança de ICMS que incide sobre o combustível surtiu efeito. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou, no dia 26 de maio, o Ato Cotep/PMPF 15/2020, que

reajustou para baixo o preço-base para cobrança do ICMS sobre combustíveis em Minas Gerais. A alteração é mais uma prova da força do Minaspetro junto à Secretaria de Estado de Fazenda e à Receita Federal.

Gasolina comum (R$/litro)

Gasolina premium (R$/litro)

Etanol hidratado (R$/litro)

Ato Cotepe/PMPF Nº 14/2020

R$ 4,4446

R$ 6,0996

R$ 2,9453

Ato Cotepe/PMPF Nº 15/2020

R$ 4,1104

R$ 6,0163

R$ 2,6755

ICMS 16/05 - 31/05/2020

R$ 1,3778

R$ 1,8909

R$ 0,4712

ICMS 01/06 - 15/06/2020

R$ 1,2742

R$ 1,8651

R$ 0,4281

Diferença

-R$ 0,1036

-R$ 0,0258

-R$ 0,0432

Ranking Minaspetro de Bandeiras JUNHO/2020 IPIRANGA

Maio: 468 Junho: 466 Balanço: -2

10,3%

TOTAL

Maio: 135 Junho: 135 Balanço: 0

3,0%

6,7% ALE

46,7%

Maio: 2102 Junho: 2103 Balanço: +1

11,2%

Maio: 293 Junho: 300 Balanço: +7

2% BR DISTRIBUIDORA

20,1%

Maio: 901 Junho: 906 Balanço: +5

RAÍZEN

Maio: 498 Junho: 504 Balanço: +6

OUTRAS BANDEIRAS

Maio: 89 Junho: 89 Balanço: 0

24

BANDEIRA BRANCA

TOTAL DE POSTOS NO ESTADO Maio: 4486 Junho: 4503 Balanço: +17


0800 760 0305 25


FORMAÇÃO FORMAÇÃODE DEPREÇOS PREÇOS Gasolina – Minas Gerais / ABR - MAI/2020 R$ 3,60 R$ 3,4231 R$ 3,3054 R$ 3,2859

R$ 3,30

R$ 3,00

R$ 3,3941 R$ 3,4165

R$ 3,2085

11/04 - 17/04

18/04 - 24/04

R$ 3,2354

25/04 - 01/05 02/05 - 08/05 09/05 - 15/05

16/05 - 22/05 23/05 - 29/05

Etanol – Minas Gerais / ABR - MAI/20200 R$ 2,30

R$ 2,2433

R$ 2,2348 R$ 2,1478

R$ 2,15 R$ 2,0806

R$ 2,00

11/04 - 17/04

18/04 - 24/04

R$ 2,1073

R$ 2,0955

R$ 2,1061

25/04 - 01/05 02/05 - 08/05 09/05 - 15/05

16/05 - 22/05 23/05 - 29/05

Diesel S10 e S500 – Minas Gerais / ABR - MAI/2020 R$ 2,80

R$ 2,6499 R$ 2,5975

R$ 2,5438 R$ 2,5195

R$ 2,40

R$ 2,00

11/04 - 17/04

18/04 - 24/04

R$ 2,4200 R$ 2,3843

R$ 2,3763 R$ 2,3866 R$ 2,3440 R$ 2,3333

25/04 - 01/05 02/05 - 08/05 09/05 - 15/05

R$ 2,4359 R$ 2,4359 R$ 2,4058 R$ 2,4058

16/05 - 22/05 23/05 - 29/05

S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora.

Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq. usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio sudeste homologado no 69º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais (PMPF/Ato Cotepe) do respectivo mês, o mesmo usado para base de cálculo do ICMS. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo decreto 8395, de 28/01/15.

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S500


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