Revista Minas em Cena - edição 30

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CULTURA Pela primeira vez em BH, a magia do espetáculo O Universo Casuo

MÚSICA A cantora Roberta Campos fala das conquistas na carreira e das saudades de Minas

ESPORTE Wakeboard, pegue essa onda e descubra o sucesso que a modalidade faz por aqui

UMA CIDADÃ SUSTENTÁVEL

A diretora de Sustentabilidade Social e Cultural da GVT, Heloisa Genish, fala dos desafios à frente do cargo, do valor das relações humanas e de como pequenas atitudes podem contribuir para um mundo melhor


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Os chefs de cozinha Felipe Rameh e Thiago Guerra apostam no Alma Chef, um conceito inédito de restaurante em Belo Horizonte.

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Entre os dias 22 a 31 deste mês acontece, em Tiradentes, o Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes. Evento traz inúmeras novidades e promete surpreender ainda mais o público.

CAPA

GASTRONOMIA

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NEGÓCIOS

SUMÁRIO

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Em entrevista exclusiva, a diretora de Sustentabilidade Social e Cultural da GVT, Heloisa Genish, conta sobre os desafios à frente do cargo, do valor das relações humanas e das pequenas atitudes que podem contribuir para um mundo melhor.

LEIA TAMBÉM 10 12

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LEITOR EM CENA A jornalista Ana Flávia Tolentino fala sobre Ilhas Malta, lugar escolhido para passar suas férias.

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EM CENA No período de 18 a 24 deste mês, ruas, bares e centro culturais serão contagiados pelo Savassi Festival 2014 – BH, o maior evento dedicado ao jazz e à música instrumental da América do Sul.

AMOR ANIMAL A jovem Amanda Karine tem 16 animais de estimação em casa. Ficou curioso em saber quais são e imaginando como ela consegue cuidar de todos? Nós também!

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MÚSICA Com seu jeito simples e voz suave, ela vem conquistando os amantes da boa música brasileira, e de muitos colegas de profissão. Conheça um pouco mais sobre a carreira e o jeito de ser da cantora mineira Roberta Campos.

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EDITORIAL DE MODA Os turbantes fazem a cabeça de muitas mulheres. Escolha o que mais combina com você e se amarre literalmente com eles!

ESPORTE Nova Lima sedia o principal evento de wakeboard do Brasil. E é de BH a hexacampeã brasileira do esporte.

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LIVROS & CIA Fique por dentro e confira nossas dicas de livros e CDs.

DIVERSÃO & LAZER Muita gente nem desconfia, mas muitos profissionais de engenharia, cientistas, designers e aviadores começaram as suas carreiras montando e pintando modelos reduzidos. Conheça o modelismo - arte de reproduzir a realidade em escala com o máximo de detalhes possíveis.

DECORAÇÃO Uma casa na Lagoa dos Ingleses, de autoria e execução das arquitetas Luciana Araújo e Nathália Otoni, foi inspirada pelo passado recente mas sem perder o foco no futuro.


O empresário capixaba Guerra Filho, o maior franqueado da marca de dermocosméticos Adcos na grande BH, fala dos diferenciais dos produtos.

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SAÚDE Insegurança, fatores emocionais, espera de uma estabilidade financeira, profissional ou até de um relacionamento estável. Esses são alguns dos motivos que levam as mulheres ao adiamento da maternidade.

INFRAESTRUTURA Condomínios como o Reserva Real serão privilegiados com os investimentos da região do Vetor Norte.

ADOÇÃO Caiu de 38 para 30% o percentual de famílias que só aceitava adotar um filho de pele branca. Porém, outros obstáculos ainda precisam ser superados.

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Visto por mais de 1,3 milhão de pessoas, desembarca, pela primeira vez em BH, o espetáculo Universo Casuo, criado há quatro anos pelo artista Marcos Casuo, ex-protagonista do show Alegria do Cirque du Soleil.

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ANÁLISE “Gostaria que falasse mais sobre o perfil do psicopata.” Esse é o tema tratado pela psicanalista Simone Demolinari em sua coluna.

RESPONSABILIDADE SOCIAL Os benefícios da prática esportiva para crianças e adolescentes.

ARTE

CULTURA

FRANQUIAS

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Conheça a história não contada do casal Chica da Silva e João Fernandes de um jeito diferente, nos estampoemas criados pela artista plástica Elisa Grossi.

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KIDS EM CENA Viajar de avião com os pequenos exige, antes de tudo, planejamento e organização. É preciso buscar o conforto e a segurança das crianças.

CRÔNICA No texto que leva o nome “Carta para Seu Tião”, um relato emocionante sobre a perda do pai.

MOBILIDADE URBANA Para José Aparecido, a derrota da seleção mostrou a vitória da competência sobre a malandragem.

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EDITORIAL Caro leitor, Na edição de número 30 da revista Minas em Cena, você irá encontrar muitas novidades que acontecem pelo nosso estado, desde shows, espetáculos, exposições, novos conceitos gastronômicos, entre outros. São histórias e informações que irão prender sua atenção do início ao fim. Então vamos a elas? Na nossa matéria de capa, uma entrevista com a diretora de Sustentabilidade Social e Cultural da GVT, Heloisa Genish. Ela conta sobre os vários papéis que assume tanto na carreira como na vida pessoal. Em Música, também tivemos o prazer de conhecer e entrevistar a cantora Roberta Campos. A mineira vem conquistando os amantes da boa música brasileira, e de muitos colegas de profissão.

EXPEDIENTE

DIRETOR-GERAL

Edgar Bessa (31) 8700-1651 DIRETOR COMERCIAL

Rene Salviano (31) 8797-2014 CONCEPÇÃO EDITORIAL

Luana Caldeira PROJETO GRÁFICO

2 Pontos Comunicação ADMINISTRATIVO

Em Cultura, entra em cena o Universo Casuo, criado pelo ex-protagonista do show Alegria do Cirque du Soleil, o brasileiro Marcos Casuo. Visto por mais de 1,3 milhão de pessoas, é a primeira que o espetáculo vem a BH. Na editoria de Arte, conheça a história não contada do casal Chica da Silva e João Fernandes de um jeito diferente, por meio dos estampoemas criados pela artista plástica Elisa Grossi.

Renata Salles

Em Gastronomia, confira as novidades do Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes, que acontece entre os dias 22 a 31 deste mês. O evento promete surpreender ainda mais o público. Em Negócios, um novo conceito de restaurante, que tem à frente os chefs de cozinha Felipe Rameh e Thiago Guerra.

Jornalistas: Helenna Dias e Sandra Leão

DIAGRAMAÇÃO E FINALIZAÇÃO

José Carlos Saldanha FOTO CAPA

Felipe Lessa PRODUÇÃO E REDAÇÃO

AUDITAGEM

Bauer Auditores IMPRESSÃO

Bigráfica Editora

Em Amor Animal conheça Amanda Karine e seus 16 animais de estimação. É ‘bicho pra burro’, não é? Ficou curioso com esse número e imaginando como ela consegue cuidar de todos? Então não deixe de ler. Em Diversão e Lazer, conheça o modelismo – a arte de reproduzir a realidade em escala com o máximo de detalhes possíveis. No editorial de moda desse mês, que tal os turbantes que andam fazendo a cabeça das mulheres por aí? Escolha o que mais combina com você e inspire-se. No Em Cena, destacamos o Savassi Cultural, o maior evento dedicado ao jazz e à música instrumental da América do Sul, que acontece nas ruas da Savassi e centros culturais. Mas não é só isso, tem muito mais. Você vai se surpreender. Uma ótima leitura! Edgar Bessa

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TIRAGEM

10 mil exemplares SITE

2 Clicks ASSESSORIA JURÍDICA

Guilherme Mangia Cobra A revista Minas em Cena é uma publicação da Minas em Cena – ME Raja Gabáglia, 3117 – Sala 334 – São Bento – BH – CEP: 30350-563 Contato: (31) 3226-2564 - edgarbessa@minasemcena.com.br Site: www.minasemcena.com.br Edição agosto 2014 SUGESTÕES DE PAUTAS E CARTAS

redacao@minasemcena.com.br A revista Minas em Cena não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados e anúncios.


tel: (31) 3275-1040 I nextel: (31) 7818-8567 ID 6197

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COLABORADORES EDIÇÃO 30

1. DANIEL MANSUR é fotógrafo e proprietário do Stúdio Pixel. Atua nas áreas de publicidade, moda, editorial e corporativa. 2. GIGI REIS é antiquária e administradora de empresas pela UFMG. Filha e neta de músicos, tem a arte em sua vida, desde s . É empresária de antiguidades e trabalha com produções artísticas, cenários e treinamento de equipes. 3. GIOVANNI BESSA é publicitário, pós-graduado em comunicação empresarial, fotógrafo e editor cinematográfico. Proprietário da empresa Artes em Video, atua na cobertura de even-

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tos sociais e empresariais. 4. JOSÉ APARECIDO é administrador, bacharel em turismo, jornalista, consultor e estudioso em assuntos urbanos, mobilidade e trânsito. Atua como presidente das ongs SOS Rodovias Federais e SOS Mobilidade Urbana, além de ocupar a presidência do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas. 5. LEONARDO BORTOLETTO é diretor presidente da Web Consult e vice-presidente de Inteligência Digital da Sucesu-MG. Ministra palestras há 13 anos sobre marketing digital, e-commerce, internet e inteligência digital. 6. MELISSA GUALBERTO, além de mãe e esposa, é advogada e assessora jurídica parlamentar e uma das integrantes do grupo Galerinha da Madrugada. 7. SIMONE DEMOLINARI é mestra em Análise do Comportamento; pós-graduada em Marketing e Gestão Empresarial pela FGV. Psicanalista em formação, consultora, palestrante, professora de Aspectos Comportamentais e colunista diária da Rádio 102,9 FM. Terapeuta,

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dedica a maior parte do tempo à clínica. 8. VICENTE DUARTE é jornalista e diretor da Woll Agency. Atua como produtor de casting nas principais campanhas de moda e publicidade no Brasil e no exterior.


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Festival de vinhos e queijos especiais da Adega Verdemar.

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Workshops

Nespresso, Academia do Café e Revista Casa e Comida.

Para que você possa aproveitar as noites, o café da manhã será oferecido até as 12h.

Os hóspedes serão presenteados com produtos Coca-Cola e Heineken no frigobar e no bar da piscina.

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LEITOR EM CENA

ILHAS MALTA

VOCÊ PRECISA CONHECER

Fotos Arquivo Pessoal

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m março deste ano resolvi aproveitar os 30 dias de férias no trabalho para aprimorar o inglês. Depois de analisar criteriosamente possíveis destinos, decidi passar o tão desejado e merecido descanso nas Ilhas Malta, e sei que não poderia ter escolhido melhor. A ilha, apesar de situada no centro do Mediterrâneo, a 100 km do sul da Itália, possui como línguas oficiais o inglês e o maltês. Lá, os dias são repletos de opções de lazer, como visita à vizinha e paradisíaca Ilha de Gozo, um passeio cheio de histórias na romântica capital Valetta, além dos irresistíveis chocolates quentes e guloseimas da antiga cidade de Mdina, a primeira capital da Ilha. A vida noturna maltesa também não deixa a desejar e, pra quem gosta de agito, Paceville é a melhor alternativa. Localizada na cidade de St. Julians, a região conta com dezenas de pubs em uma única rua, lado a lado, com os mais variados estilos musicais. Impossível não se identificar com nenhum de-

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les. As escolas de inglês, de primeira qualidade, estão em todas as esquinas e atraem estudantes do mundo todo. É possível conhecer praticamente toda a ilha caminhando, considerando sua pequena extensão. Por lá, os meios de transporte, mesmo sendo tão eficientes, são realmente dispensáveis. Ilhas Malta é isso: turismo, lindas paisagens, diversão, conhecimento, diversas e boas escolas de inglês em um único lugar. Gostei muito e indico!

Ana Flávia Tolentino Tornelli, jornalista Este espaço é para você, nosso leitor. Conte a sua experiência, envie a sua história para: leitoremcena@minasemcena.com.br E não se esqueça: as fotos devem estar em alta resolução.


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EM CENA

SAVASSI FESTIVAL JAZZ E MÚSICA INSTRUMENTAL

Foto Élcio Paraíso

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o período de 18 a 24 de agosto, ruas, bares e centro culturais serão contagiados pelo Savassi Festival 2014 – BH, o maior evento dedicado ao jazz e à música instrumental da América do Sul. Em sua 12ª edição, o nome é uma homenagem ao bairro da capital mineira, região responsável por consolidar a força do festival e é uma realização do Café com Letras. Este ano em especial, o cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista, Rafael Martini, apresentará a première mundial de sua nova peça, composta especialmente para ser executada pelo Rafael Martini Sexteto, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) e

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Coral Lírico de Minas Gerais, sob a regência do maestro Marcelo Ramos. Outros grandes músicos brasileiros e do mundo são presenças confirmadas, entre eles: Lage Lund Quartet (Noruega); Simon Spang-Hassen Brazilian Quintet (Dinamarca/Brasil); Phronesis (Dinamarca); Eladio Reinó Quarteto (Espanha); Chris Washburne e Big Band (EUA/Brasil); e os brasileiros Samy Erick Quarteto e Adriano Campagnani Trio; Egberto Gismonti, Nivaldo Ornelas; Sem Receita (BH - vencedora local do concurso Novos Talentos do Jazz), Ricardo Herz Trio e André Mehmari Trio. Nesta edição, o também mineiro Nivaldo Ornelas recebe o prêmio Jazz de Minas.

O evento ganhou tamanha repercussão mundial que, em 2013, foi realizada a primeira edição do Savassi Festival Nova Iorque. E, além de artistas americanos, promoveu, nos Estados Unidos, espetáculos de grandes músicos brasileiros. Para este ano, Londres também contará com edição do festival.

SERVIÇO Data: 18 a 24 de agosto (terça a domingo) Info: www.savassifestival.com.br


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AMOR ANIMAL

ENTRE

TANTOS AMORES

Por Helenna Dias Fotos Giovanni Bessa

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empre que ela entra em casa com um novo bichinho, de longe ouve do pai: “se trouxer mais um bicho pra cá é você quem vai morar na rua”. Apesar das repetidas “ameaças”, Amanda Karine de Assis Reis continua morando com o pai e os seus 16 animais de estimação. Detalhe: o último foi resgatado um dia após a nossa conversa, o Milk - um gatinho da raça SRD (Sem Raça Definida). E adivinhe, o pequeno foi levado pelo namorado, que até então também não era simpático à ideia de tantos bichos em casa. Enfim, ela levou mais um bichano e o pai não “botou” a filha na rua. Ainda bem! O amor pelos animais tem origem na infância, por volta dos seis anos de idade. E se você acha que ter 16 é muito, saiba que ela já teve 53. “Adoro bichos, e desde pequena já tinha o hábito de levar para casa os animais abandonados nas ruas”, conta. Amanda acredita que as pessoas deixavam-os na porta de sua casa porque sabiam que seriam bem-cuidados. “Pegava todos e depois saía arrumando donos pra eles”.

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Convivendo com os “diferentes”

E nessa lista extensa vamos dar ‘nomes aos bois’. São quatro cães: Lola, uma daschshund, Hanna e Hachi, da raça golden retriever, e o Henry, mais conhecido como SRD (Sem Raça Definida). No reino dos bichanos, Petúnia e Milk. Tem ainda as coelhas Panqueca (uma mini lop) e Melissa (netherland). E não se estranhe, duas ratazanas, a Lily e Nina (raça twister ou mecol). E, para terminar, a calopsita Juquinha, quatro periquitos e um canário, estes últimos sem nomes. ‘É bicho pra burro’, seguindo a expressão popular. Alguém ainda tem dúvida de quem manda de verdade nesta casa? A história de Amanda é mais uma dessas que derrubam por terra as falsas lendas de que cães, gatos, passarinhos e outros “estranhos” seres são “inimigos”. “Todos convivem numa boa, o Henry e a Lola são mais tranquilos, mas não tem briga entre nenhum deles”, afirma. Essa convivência harmônica, entre as várias espécies, demonstra o quão o ser humano tem muito a aprender com os animais, até então classificados como irracionais.


Dura rotina

Para dar conta de cuidar dessa imensa “família”, Amanda acorda todos os dias às 7h30. Primeiro, ela alimenta os cães e faz um chamego em todos. Em seguida, cuida daqueles que ficam dentro de casa e, na sequência, dos bichanos. Limpa as caixas de areia, troca água e depois é a vez das coelhas. Já os passarinhos dão menos trabalho, ficam no viveiro e a alimentação é reposta de dois em dois dias. Vamos combinar, haja disposição.

“(...) VOCÊ GASTA O SEU DINHEIRO COM ROUPAS, BEBIDAS E COM COISAS QUE TE DEIXAM FELIZ. POIS É, EU GOSTO DE BICHOS E GASTO O QUE PRECISAR (...)” Apesar da rotina diária e mesmo sendo alérgica a gatos, principalmente, Amanda é enfática. “Não abro mão de nenhum deles, não dou e nem vendo. E, apesar da minha alergia, prefiro tomar remédios a vida inteira. Minha mãe já cansou de brigar comigo, e o meu namorado Gustavo também. Hoje ele já entrou na minha onda e se não fosse ele não conseguiria cuidar de todos”, explica. Amor incondicional e posse responsável

Amanda admite gostar mais de bicho do que de gente, e brinca: “ninguém me recebe tão bem em casa quanto meus bichos, nem o meu pai e o meu irmão (risos)”, revela, e acrescenta que

No ombro, o gatinho Milk, o mais novo membro da “família”

só não resgata mais bichos porque não tem condições financeiras e que, se tivesse muito dinheiro, criaria uma organização não governamental para abrigar animais abandonados. Sobre o fato de ter tantos animaizinhos, Amanda confessa que recebe inúmeras críticas e, como de costume, os comentários são sempre desagradáveis. “Geralmente as pessoas me dizem, você é doida, vai ficar

igual àquelas velhas, só dentro de casa cuidando de bichos. Aí eu respondo na mesma medida, você gasta o seu dinheiro com roupas, bebidas e com coisas que te deixam feliz. Pois é, eu gosto de bichos e gasto o que precisar. Se são meus, tenho obrigação de dar as condições necessárias a todos, tenho responsabilidade”, enfatiza. No passado, ela disse brigar muito, com o tempo aprendeu a lidar com a situação. 15


MÚSICA

ENTRE A

DELICADEZA E A INTENSIDADE

Por Helenna Dias Fotos Giovanni Bessa

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om seu jeito simples e voz suave, ela vem conquistando os amantes da boa música brasileira, e de muitos colegas de profissão. Com 15 anos de carreira, a cantora e compositora Roberta Campos fez o caminho inverso ao de muitos artistas. Natural de Paraopeba, região Central de Minas Gerais, concentrou, inicialmente, seu trabalho na cidade vizinha de Sete Lagoas. E de lá partiu direto para São Paulo. As circunstâncias acabaram contribuindo para a mudança, com algumas dificuldades de adaptação. E antes de continuar a matéria, ligo para a casa da cantora para fazer a entrevista e ela me pergunta: “pode me

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ligar daqui a 30 minutos, é que eu comprei uma máquina de escrever e estou aguardando a entrega”. Não resisti e perguntei. Mas pra que você quer uma máquina de escrever? “É porque eu gosto de coisas antigas”. Não me convenci com a resposta, concordei em ligar no horário combinado e que poderíamos, inclusive, falar do novo objeto de desejo. E por que comprar uma máquina de escrever Olivetti modelo 82 em plena era digital? Já no final da conversa, é a própria cantora quem me devolve a pergunta: “então, você não vai me perguntar sobre a máquina”? Claro, Roberta. Mas isso você só vai saber no final da entrevista.


MINAS EM CENA – Quem é Roberta Campos? ROBERTA CAMPOS – Sou uma mineira e uma pessoa sonhadora, sonho em levar a música e mensagens positivas ao maior número de pessoas. Quero que saibam, por meio das minhas canções, o bem que eu sinto e que elas me possibilitam fazer. MC – Com 15 anos de carreira, você acredita que o reconhecimento demorou ou que tudo vem acontecendo no tempo certo? RC – Passei grande parte do tempo acreditando nessa demora e se realmente o reconhecimento viria. Por outro lado, quando desejamos muito uma coisa, podemos até desanimar, mas acabamos por não desistir. Sempre tive certeza de que conseguiria, por gostar e viver a música o tempo todo. E quando tudo começou a acontecer, senti que precisava passar por tudo para chegar onde estou atualmente, sendo a pessoa que sou e com a estrutura que hoje tenho. MC - Sem desmerecer o seu talento, o fato de ter uma canção

na trilha sonora de uma novela ajuda a alavancar a carreira de um artista? RC – Com certeza! Tive sete músicas em novelas de três emissoras, e não basta ter somente a música. É preciso também ter um personagem consistente e uma história envolvente. Mas, ainda morando em Minas, tinha uma convicção absoluta de que a cancão De janeiro a janeiro iria mudar muitas coisas na minha vida. MC - Como você recebeu a declaração do cantor Marcelo Camelo de que é “pra gente como Leandro Tavares e a Roberta Campos cantar, que eu componho”? RC – Fiquei muito feliz porque quando

“HOJE DIGO QUE MINAS É MEU CORAÇÃO E SÃO PAULO É A MINHA CASA”

Marcelo deu essa entrevista havia gravado um vídeo da música Doce Solidão, de sua autoria, a pedido de um fã brasileiro que morava em Portugal. Foi algo bem caseiro, postei no YouTube e a partir daí quis me conhecer. Foi muito especial, na época me disse que ficou encantado com a minha linha melódica e que, durante os shows, fica se controlando para não cantar igual a mim. Gosto dele pra caramba, com ou sem Los Hermanos. 17


MC - Ainda sobre a canção de Janeiro a Janeiro, como aconteceu a parceria com o Nando Reis?

“PORQUE NA MÁQUINA DE ESCREVER SÓ QUERO QUE CAIBAM AS MINHAS CERTEZAS, TAMBÉM QUERO ESCREVER, NELA, UM LIVRO DE POESIAS”

RC – No final de 2009, quando gravava Varrendo a Lua (canção que dá nome

ao álbum da cantora), comecei a imaginar como seria o Nando cantando essa música. Na época, meu produtor entrou em contato com ele, mas como estava com outros compromissos, disse que responderia mais tarde. Cheguei a pensar se realmente ia rolar, no início de 2010, em janeiro, me ligou perguntando se ainda dava tempo. E eu disse, claro! Foi um dos momentos mais felizes da minha vida, passou um filme na minha cabeça. Lembrei de quando ainda era pequena em ouvir os Titãs e o Nando era o meu preferido. Tenho certeza, foi a melhor escolha que pude fazer. É aquela coisa, a arte sempre se mostra primeiro, porque ele nunca tinha ouvido falar na Roberta Campos. MC - Quem você amaria de janeiro a janeiro até o mundo acabar? RC – Meu marido é o motivo da canção e de várias outras coisas. E não só por isso, a música é pelo o que eu sinto e também pela minha avó, minha alma gêmea. É a pessoa mais doce do mundo, mais amável e mais bonita que já conheci na minha vida. Está pra existir alguém que chegue perto dela, e não é só pra mim, é pra todo mundo que está em volta dela. Gostaria de ser igual a ela. MC - O cantor Nando Reis, em entrevista a Minas em Cena, disse que você está no hall das parcerias mais importantes da vida dele. Como você recebe o elogio? RC – É sensacional, emocionante. É o que falei antes, pensar que na minha in-

fância eu dançava e curtia o som do Nando e depois de tantos anos gravar uma canção com ele, além de ele cantar nos seus shows e ter um carinho muito grande por mim. É um presente na minha vida. MC - Geralmente os artistas começam a carreira na própria cidade ou então na capital do estado de origem. No seu caso, porque preferiu ir direto pra SP? RC – Eu até pensava em mudar para Belo Horizonte, mas aí me casei e fui mo-

rar em São Paulo. Não poderia ter sido melhor, mudei para uma cidade onde as coisas acontecem muito rápidas e, às vezes, é muito assustador. Demorei 18


quase um ano para me acostumar, até que me toquei e percebi que buscava, nas pessoas daqui, a cultura e o jeito do mineiro. Sou muito sentimental, mineira, de Paraopeba, aí você já viu, né? Houve momentos em que sentia saudades de ficar sentada na cadeira, do lado de fora da casa, vendo as pessoas passando na rua, dos meus vizinhos. Então tive que cair na real e hoje digo que Minas é meu coração e São Paulo é a minha casa. MC – E hoje, o que mais sente saudades de Minas? RC – Da minha da família, do pão de queijo.... MC - Você canta o amor de forma muito delicada e ao mesmo tempo com muita intensidade. Como é juntar isso e, no final, saber que uma canção sua pode marcar a vida de muita gente? RC – Quando faço uma música coloco o sentimento mais verdadeiro, ele é intenso e, por isso, não tem jeito de as pessoas receberem de outra forma. Os fãs contam que tocaram minhas canções no dia do casamento, cantam para os filhos e que a minha música ajudaram em momentos difíceis da vida deles. A música é a minha vida, receber essas palavras,

sabendo o quanto a música me faz bem e ainda passar isso adiante, me dá a certeza de que estou no caminho certo. MC - Você está com nova música de trabalho. Fale um pouco sobre. RC – Maior que o Mundo é uma versão para a música Lego

House, do cantor britânico Ed Sheeran. Descobri a canção enquanto fazia uma busca no YouTube, com 72 milhões de views. O tema é o mesmo, porém fiz uma letra em cima da melodia. Trouxe para o meu universo porque algumas coisas são diferentes da linha que costumo compor. Mas ficou linda, o pessoal está curtindo e estou muito feliz com a resposta. MC - Por que você comprou uma máquina de escrever? RC – Porque na máquina de escrever só quero que caibam as minhas certezas, também quero escrever, nela, um livro de poesias. MC – E suas dúvidas, o que vai fazer com elas? RC – Vou ficar com elas, para que elas acabem em certezas,

e também para virarem música. 19


EDITORIAL DE MODA

Por Vicente Duarte Toda mulher antenada é capaz de investir de olhos fechados nas tendências étnicas. Essa é uma aposta que sempre dá certo. Os turbantes, ícones ocidentais e africanos popularizados pelas divas do cinema, invadem essa estação em vários tipos de tecidos, cores e estampas, transformando o visual e deixando a mulher forte, chique e cheia de glamour.

Turbantes: Cult Design Acessórios: Gizelda Queiroz 20


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Fotos: Daniel Mansur Produção: Vicente Duarte Beleza: Marcela Faria (Sá Bonita) Modelos: Ana Vilas e Karina Almeida (Woll Agency) Coordenação geral: Vicente Duarte Turbantes: Cult Design - 31 8344.2181

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NEGÓCIOS

CHEFS

DE ALMA

Por Helenna Dias Fotos Giovanni Bessa

Os chefs Felipe Rameh e Thiago Guerra apostam em um conceito inédito de restaurante na capital mineira

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os dias atuais e em um mercado de alta competitividade, a máxima de que a propaganda é alma dos negócios talvez não seja o principal componente para o sucesso de um empreendimento. É preciso, antes de tudo e, essencialmente, de um ótimo planejamento que, por sua vez leva tempo. No caso em questão foram dois anos de pesquisa, inclusive no exterior, desde a escolha do nome e parceiros, elaboração dos cardápios, projeto arquitetônico e ao conceito do espaço, propriamente falando. E esse foi o caminho trilhado pelos chefs de cozinha Felipe Rameh e Thiago Guerra ao apostarem em um modelo inovador de restaurante na capital mineira. Inaugurado há cerca de dois meses,

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o Alma Chef, localizado em uma charmosa casa da década dos anos de 1950 reúne, num só lugar, restaurante, empório, escola, ambiente para almoços reservados e eventos sociais e corporativos. Responsável pela administração da casa, Thiago Guerra destaca que esse formato ainda é inédito no Brasil, por outro lado, comenta que existem projetos semelhantes em outras cidades do mundo. “Pensamos em um local de convergência gastronômica que abriga, além do restaurante, uma escola, mercearia e um local de eventos. A ideia é que o nosso público – alunos e clientes – possa levar nossos produtos para casa também”, afirma.


Voltando à escolha do nome, Rameh e Guerra explicam que este também foi outro ponto cuidadosamente estudado. A ideia é que o nome fosse além do fato de saber cozinhar, mas que estivesse atrelado a arte de bem receber, do ritual e até mesmo de um simbolismo presente na gastronomia. Ou seja, é preciso ter alma de chef. Sob essa ótica, a definição de alma para João Calvino, o fundador do calvinismo, é a seguinte: “E pela palavra alma entendo uma essência imortal, contudo criada, que lhe é das duas a parte mais nobre”. O que os sócios queriam era exatamente um nome forte e, para além dele, ir fundo na alma dos negócios.

exemplo, trabalhamos com quatro formatos, de terça a sexta-feira, o que chamamos de chef service, como sugere o próprio nome. No estilo buffet, o restaurante oferece aos clientes cinco opções de guarnição e salada, três de carnes e toda semana entra um novo cardápio”, explica o chef. Já o jantar é a la carte, inclui sete opções de entrada, cinco de prato principal e três de sobremesa. Para os finais de semana a proposta é de “uma comida personalizada, que leva em conta o ambiente, já que estamos em uma casa em estilo modernista, e também porque acreditamos que o público nesses dias procura fugir do tradicional do dia a dia”.

Diferenciais

Felipe menciona, ainda, que a ideia é trabalhar dentro do conceito do que ele chama de “tudo fresco”. “Procuramos oferecer um prato mais leve e com ingredientes frescos, legumes assados, menos gordura e carboidratos e sem conservantes. Tudo mais natural e

Entre os diferenciais do Alma Chef, Felipe Rameh acredita que, além do cardápio, os formatos dos pratos, com opções diferenciadas para o almoço e jantar, são atrativos. “No almoço, por

“PROCURAMOS OFERECER UM PRATO MAIS LEVE E COM INGREDIENTES FRESCOS, LEGUMES ASSADOS, MENOS GORDURA E CARBOIDRATOS (...)”

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com o cuidado de preservar o sabor do alimento”, justifica. Ainda sobre o cardápio, o chef explica que todos os formatos estão dentro de uma linha que acompanha o conceito de uma cozinha cosmopolita, que não está presa a nada, é do mundo. Outra aposta do restaurante é o menu vegetariano, com uma opção diária é perfeito para quem não consome carnes. Segundo Rameh, essa procura por pratos vegetarianos durante o dia foi identificada e, além do apelo comercial, a proposta também passa por uma identificação pessoal. “Eu, particularmente adoro preparar legumes”.

dores e profissionais. Aqui a única regra é gostar de cozinhar, e sem restrição de idades. As cozinhas dispõem de equipamentos modernos, estruturas audiovisuais e ferramentas para receber, de maneira confortável, até 15 alunos por turma. Na programação, cursos para todos os níveis de experiência de alunos, agrupados em diferentes módulos: Quentes, Frios, Confeitaria, Bebidas e Salão; e Eixos, que são os cursos livres, bases da cozinha, temáticos e aprimoramento profissional, estes contemplam desde os ensinamentos básicos às técnicas mais avançadas.

Escola de Gastronomia

Investimentos e parcerias

Não há um público específico, a escola pretende atender desde a dona de casa, o garçom, àquele que deseja aprimorar os conhecimentos, ama-

E, mesmo com pouco tempo de funcionamento, os sócios já percebem os resultados, tanto pela procura diária como pelo retorno dos clientes.

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Sobre o valor do investimento, Thiago Guerra, por cautela, prefere não revelar, porém diz que o retorno esperado é a médio prazo. E, diante de uma proposta bastante ousada para o mercado belo-horizontino, os chefs e empresários firmaram importantes parcerias, que, sem dúvidas, agregam ainda mais valor ao negócio. Apostaram nessa empreitada, grandes empresas do setor da gastronomia nacional e internacional. Entre elas: Tramontina, sendo a cozinha do Alma Chef a primeira da marca no estado e a segunda no Brasil; as alemãs Tafelstern (louças) e WMF (taças e utensílios), Schipper & Thompson, Verdes Ilma Correa, Verdemar, Mistral, Beef Passion, Cum Panio, Rational, Smart Cozinhas, Hobart e a Nexpresso, o primeiro ponto no estado e na qualidade de embaixador da marca em Minas Gerais.


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Foto Carlos Hauck

ESPORTE

WAKEBOARD SURFE SEM ONDAS

Por Sandra Leão

Nova Lima sedia o principal evento de wakeboard do Brasil. E é de BH a hexacampeã brasileira do esporte

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o início da década de 1990, desembarcou no Brasil um esporte que já vinha fazendo sucesso nos Estados Unidos. De nome aparentemente complicado, o wakeboard é praticado sobre uma prancha em que a pessoa é ligada por um barco, por meio de um cabo. Mas não é apenas isso, o wakeboarder – nome dado ao atleta – executa várias manobras e pulos durante o trajeto. Para praticá-lo são necessários prancha (que variam de tamanho e estrutura) com botas, colete salva-vidas, cabo e manete. Os melhores locais para a prática são em represas, lagos e mares, onde não há muita onda. Isso porque a ativi-

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dade surgiu, justamente, como alternativa para os surfistas em dias de pouca ondulação. Nosso estado é um dos berços dessa modalidade, inclusive é aqui que encontramos a hexacampeã brasileira de wakeboard. Estamos falando da Tereza Lobato Anastasia, ou melhor, Teca Lobato. Além do hexacampeonato brasileiro, é medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos de Santiago (Chile) em 2014; medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos de Medellin (Colômbia) em 2010; vencedora da segunda etapa do Mundial/Brasileiro nos anos de 2009/2010/2011/2013/2014; e bicampeã mineira em 2004 e 2005.


Teca, de apenas 27 anos, é uma das proprietárias, junto com o namorado Daniel Damião, também atleta e professor, da escola de wakeboard B. Wake Rip Curl no Clube Serra da Moeda, na Lagoa dos Ingleses. Ela conta que começou a dar aulas e montar sua própria escola, e que no início, como todo sonho, algumas dificuldades pelo caminho. Porém, com dedicação e amor pelo que faz, a escola fundada há quatro anos é prova da força do casal. “Como eu estava sempre na lagoa treinando, acabava respondendo perguntas ou ensinando novos praticantes. Já tinha um amigo que dava aula e por não conseguir conciliar a agenda com outro trabalho me sugeriu começar com as aulas”, explica. Teca já tinha um fascínio por esportes de prancha. Ela conta que aos 13 anos

realizou o sonho de ter o primeiro skate, depois surgiu o interesse pelo wake. “Comecei a praticar skate, acabei competindo e me interessando também por atividades similares. A Lagoa dos Ingleses já era um lugar que sempre frequentei e, por isso, acabei descobrindo o wakeboard, por intermédio do irmão e um amigo”, relembra. Formada em jornalismo, ela uniu a paixão pelo esporte à profissão, dois fatores importantes para a divulgação tanto da escola como do esporte. Atualmente, ela escreve para o principal veículo de comunicação do Brasil dedicado ao tema, a revista Wakebrasil. “Como jornalista, consegui criar uma relação muito boa com os principais veículos de esporte e gerar conteúdo interessante para ambas as partes. Documentar viagens também foi bem bacana, gosto muito de rever todas as matérias e lembrar de tantos momentos marcantes”, comenta.

Fotos Handre Hans

Foto Carlos Hauck

Atleta, professora e empresária

“(...) ALGUNS PEQUENOS DETALHES FAZEM TODA A DIFERENÇA PARA UMA PRÁTICA SEGURA E COM GARANTIA DE SUCESSO”

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Fotos Rodrigo Esper / Ihateash


O brasileiro Marcelo Giardi (Marreco) comemorando a

Marcos Amato (Brasil)

passada. Por 0,5 ponto ele não passou para a final. Foi o melhor brasileiro colocado

Modalidades

O esporte, como tantos outros, apresenta-se por meio de várias modalidades e características. Entre as possibilidades, pode ser praticado atrás do barco, usando a onda que a própria embarcação produz; em cablepark, um sistema de cabo elétrico com vários obstáculos na raia como corrimão e rampas, por exemplo; e com o winch que, um guincho portátil que permite a prática em diferentes terrenos. Tem ainda o wakeskate, que é praticado sem botas, porém, com tênis, as manobras são mais parecidas com as do skate. Outra possibilidade é o wakesurfe, permitido a partir da evolução dos barcos de wake, nos quais são possíveis criar ondas de quase um metro de altura e surfar atrás do barco sem precisar de cabo. Para a prática correta do esporte, Teca dá algumas dicas para quem está começando agora. “O ideal é procurar uma escola ou alguém que já tenha

experiência com o wake. Alguns pequenos detalhes fazem toda a diferença para uma prática segura e com garantia de sucesso”, finaliza. Campeonato mundial de wakeboard

Nova Lima, cidade vizinha à capital mineira já é reconhecida internacionalmente por sediar o principal evento de wakeboard do Brasil. Há seis anos acontece o campeonato mundial de wakeboard, realizado pela Dibbra Eventos Esportivos e Culturais; Associação Brasileira de Wakeboard (ABW) e Wakeboard World Association (WWA). O evento faz parte do Wakeboard World Series (WBWS) e já passou pelo Japão, Emirados Árabes, Estados Unidos e Canadá. Para o realizador do campeonato, Bruno Dib, nos meses de maio, turistas de vários cantos do país e do mundo vêm a Minas Gerais prestigiar a competição. “Além de poder ver de perto os principais wakeboarders do planeta, o campeonato também é conhecido pela

qualidade das festas que acontecem ao entardecer de sábado e domingo, à margem da Lagoa dos Ingleses. As festas do mundial estão entre as mais disputadas do ano”, enaltece. Sobre os critérios de julgamento das manobras, Teca Lobato explica que são levados em conta como foram executadas bem como sua intensidade e composição. E se você perdeu a edição desse ano, programe-se, está confirmada mais uma etapa em maio de 2015. E está recheada de novidades.

SERVIÇO B. Wake Rip Curl Clube Serra da Moeda, Lagoa dos Ingleses - Nova Lima Tel.: (31) 9683-3238 www.escolabwake.com.br

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VEM AÍ

Foto Guilherme Gazzinelli

GASTRONOMIA

O FESTIVAL TIRADENTES!

Por Sandra Leão

Evento de cultura e gastronomia traz inúmeras novidades e promete surpreender ainda mais o público

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forma de 60 cursos de gastronomia, 74 atrações culturais, 12 jantares com chefs de renome nacional e internacional, restaurantes na praça, além de lançamentos de livros, exposições e exibições de vídeos.

Para esta edição e em busca dos ingredientes e produtos típicos das regiões brasileiras, os organizadores colocaram o pé na estrada, literalmente. Durante 45 dias, percorreram mais de 11 mil quilômetros, passando por 22 cidades dos estados do Amapá, Roraima, Sergipe, Alagoas e Espírito Santo e ouviram 95 entrevistados. Todo o material coletado durante a viagem, será transportado para as ruas da cidade em

Desde 2012, o Festival tem buscado investir no mapeamento da gastronomia nacional, por meio da Expedição Fartura Gastronomia. Para se ter uma ideia, em três anos foram percorridos mais de 30 mil quilômetros em 17 estados. O objetivo, segundo o diretor-geral do evento, Rodrigo Ferraz, é pesquisar e levar essa cultura gastronômica para o público. “Procuramos mostrar um Brasil que as pessoas não conhecem”, conta.

já consagrado Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes entrou no calendário da cidade mineira em 1998. E como de costume, o público poderá desfrutar, no período do dia 22 a 31 deste mês, de uma programação recheada de novidades.

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Foto Edson Teixeira

Rota gastronômica

Começando pelo Espírito Santo, a gastronomia será marcada com a utilização de produtos regionais e a participação de chefs locais presentes na rota da Expedição. A equipe irá apresentar um pouco dos pratos típicos de Pedra Azul, região com forte influência italiana, presente em produtos como os embutidos, polenta e massas. Sem deixar de fora a culinária litorânea, como os peixes e crustáceos, cujos ingredientes compõem iguarias símbolos daquele estado, como a moqueca e a torta capixaba. Do Nordeste, mais precisamente de Alagoas e Sergipe, os expedicionários selecionaram alguns ícones como a carne de sol e o queijo coalho. Esses estados também têm forte influência litorânea e, por isso, é encontrada uma quantidade significativa de lagostas e frutos do mar. Já do Norte, em Roraima e Amapá foram escolhidas frutas exóticas como o bacuri e o cupuaçu e cata do pitu:

camarão de água doce tradicional na região. A expedição verificou, ainda, uma forte influência indígena nos pratos dessas regiões, destacado no uso da farinha fermentada de mandioca e das pimentas. Essa herança indígena, representada por Roraima, é a damurida – prato que leva peixe e é genuinamente apimentado. Outra grande novidade esse ano está relacionada aos famosos festins – jantares realizados por chefs de diversas partes do Brasil e também do exterior -, eles irão acontecer de forma mais integrada com a cidade, em restaurantes do centro histórico, aumentando o número de jantares por fim de semana. Ao invés de dois por dia, como aconteciam nas edições passadas, o público poderá escolher entre três opções diferentes – três na sexta e três no sábado – nos restaurantes Angatu, Via Destra e Pacco & Bacco. Os chefs irão preparar degustações, que podem ser apreciados por meio de compra de convites a serem disponibilizados em uma central de vendas.

“FICO MUITO FELIZ PELO CAMINHO QUE ELE TEM TOMADO RECENTEMENTE, PRIVILEGIANDO E VALORIZANDO CADA VEZ MAIS O NOSSO, O BRASILEIRO (...)”

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No ano passado, Pedro Frade foi aprendiz de Leonardo Paixão (Glouton).

Foto Renato Lobato

Foto Guilherme Gazzinelli

Hoje ele está em Paris

Sobre o Festival de Tiradentes, Leonardo considera a mais importante celebração da gastronomia no Brasil. “Fico muito feliz pelo caminho que ele tem tomado recentemente, privilegiando e valorizando cada vez mais o nosso, o brasileiro. Acredito que o futuro do evento é cada vez mais promissor, beneficiando não somente a comunidade da cidade, mas toda a gastronomia do país”, afirma. Na parte internacional, cujo objetivo é promover o intercâmbio entre o Brasil e outros países, foram convidados os chefs mexicanos Benito Molina - apresentador do programa Benito Y Solange, da Fox Life, no México, e proprietário do restaurante Manzanilla, um dos principais destinos gastronômicos do país - e Xavier Perez Stone, chef do Cocina de Autor, no resort Grand Velas Riviera Maya, em Cancun, considerado o chef do ano, em 2012, pela publicação El Universal. 38

Foto Guilherme Gazzinelli

Leonardo pratica a cozinha francesa contemporânea, com produtos brasileiros, ou gastronomia brasileira com técnicas francesas. Como dizem, a ordem dos fatores não altera o produto, o que importa mesmo é o sucesso que esse encontro de cozinhas promove. Perguntado sobre todo esse sucesso, Paixão afirma que o segredo está no trabalho, compromisso e ‘pés no chão’. “O maior administrador do Glouton é o meu cliente. Eu ouço o que ele tem a dizer e me adapto ao gosto, demandas e pedidos. Eles sempre têm razão. A gastronomia é minha, mas não faço pensando no meu gosto pessoal, faço pensando na forma de melhor agradar ao maior número de pessoas possível”, conta.

Foto Guilherme Gazzinelli

Entre os convidados, representantes de vários estados brasileiros participam dos Festins. Entre eles o belo-horizontino Leonardo Paixão, eleito recentemente o chef do ano pela revista Veja Comer & Beber 2014. O chef e proprietário do premiadíssimo restaurante Glouton promete conquistar o público literalmente pela boca, com um menu autoral e conceitual e completamente focado no cerrado.

Foto Edson Teixeira

Chefs convidados


Foto Edson Teixeira Timóteo Domingos, chef de 17 anos, de Canindé de São Francisco (SE), prepara pratos

Atrações culturais

Entre as 74 atrações culturais programadas, destacam-se FernandaTakai e Roberto Menescal, no primeiro dia. A cantora já é conhecida do público do Festival, participou como convidada da cantora Alda Rezende e, neste ano, irá fazer uma participação no show de Roberto Menescal. Fernanda, que já tocou em eventos semelhantes de gastronomia e cultura pelo interior do Brasil, fala dessa mistura. “Acho maravilhoso! Gosto demais desses assuntos e eles combinam muito”, comenta. E por falar em gastronomia, a cantora de voz doce e suave, afirma que escolher um prato da culinária mineira é uma tarefa complicada. “Jiló com queijo, frango ensopado com quiabo,

Foto Guiri Reyes

Fotos Divulgação

que tem como ingrediente principal o cacto

tropeiro, não tenho nenhuma restrição alimentar. Aí fica difícil escolher”, descreve. Fernanda diz, ainda, que as expectativas para o evento são as melhores possíveis. “Adoro o clima mais frio e a cidade sempre fervilha com gente animada e feliz”, finaliza. Os visitantes também terão a oportunidade de apreciar shows com grupos instrumentais regionais, como a Coutto Orchestra, de Sergipe, o Duofel, de Alagoas, e o Quinteto Amazon Music, do Amapá.

paração de cactos comestíveis, com o sergipano de apenas 17 anos, Timóteo Domingos, que faz experiências culinárias com o ingrediente comum na caatinga. Para os mais “curiosos”, curso de manipulação de carne de jacaré com o criador Weber Girardi (Cáceres/MT); de chocolates, com o cacauicultor Diego Badaró, da AMMA Chocolate (Salvador/BA); e de palmito, com o produtor Maurício Magnago (Domingos Martins/ES), ele irá falar sobre as variedades, cultivo e usos na cozinha.

Cursos

Dentre os cursos previstos destacam-se o de carne de tartaruga, com os amapaenses Solange e Morubixaba Batista, que irão ensinar a destrinchar um animal, ao vivo, e o curso de pre-

Já Leonardo Paixão, do Glouton, irá ministrar aulas de manipulação e cocção de peixes, voltada ao público em geral, mas principalmente aos cozinheiros em busca de maior conhecimento teórico e técnico. 39


Foto Divulgação

procura agregar valor às diárias (de R$ 1.890 a R$ 3.433), oferecendo aos clientes serviços exclusivos e brindes especiais. Esse ano, entre outras novidades, a pousada irá oferecer baristas no café da manhã, workshops especiais e uma noite de queijos e vinhos. Para os clientes das suítes master e ouro, um jantar harmonizado pelo chef e sócio do Restaurante Trindade e, mais recente do Alma Chef, ambos em BH, Felipe Rameh. Já Bruno de Oliveira Sidnei de Souza, um dos proprietários da Academia do Café, irá ensinar aos visitantes diferentes maneiras e de como o simples jeito de “passar” um café pode interferir no sabor final. “Queremos oferecer grandes experiências o tempo todo, e sem perder de vista o jeito mineiro de servir e atender bem”, finaliza Gabriela. Números

Atendimento e serviços exclusivos garantem 100% de ocupação na Pousada Pequena Tiradentes

Economia

Sob o ponto de vista econômico, é incontestável a representatividade do Festival como um fomentador de negócios tanto para a cidade como para a comunidade local. Somente o setor de serviços como restaurantes, pousadas, bares e lojas, cresceu mais de 300% em dez anos, segundo o IBGE, e já representava, em 2009, mais de 50% do PIB total do município. Para a gerente de Marketing de Relacionamento com o Cliente da Pousada Pequena Tiradentes, Gabriela Barbosa, o evento, além de ter contribuído para elevar o padrão de qualidade dos bares e restaurantes e pousadas, é o mais importante para a cidade e traz um perfil diferenciado de turistas. “Os visitantes desse período voltam em outras datas, não vêm apenas para o 40

Festival. O fato de ter data fixa também é importante, pois as pessoas podem planejar a viagem com antecedência. E isso reflete no nosso negócio, para o primeiro final de semana, por exemplo, não temos mais vagas e já trabalhamos com lista de espera”, explica. E tanta procura também irá impactar, é claro, no faturamento da pousada. “O movimento nos dois fins de semana do Festival representa 50% do faturamento mensal da Pequena Tiradentes”, declara Gabriela. A gerente, que também administra a Pousada do Largo, na região central, revela que o empreendimento também está com a capacidade esgotada e com lista de espera.

O Festival contabiliza números surpreendentes: Já recebeu chefs de 18 países, entre eles: Espanha, França, Itália, Argentina, Estado Unidos e Alemanha; registrou a participação de mais de 630 chefs de cozinha; 160 festins e 77 mil pratos servidos nos jantares e já envolveu diretamente mais de 5.500 profissionais.

SERVIÇO Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes Período: 22 a 31 de agosto www.gastronomiatiradentes.com.br Pousada Pequena Tiradentes Tel.: (32) 3355-1262 www.pequenatiradentes.com.br Academia do Café Rua Grão Pará, nº 1024

Diferenciais

Com 62 suítes e capacidade para 140 hóspedes, a Pequena Tiradentes

Funcionários - BH Tel.: (31) 3223-8565 www.academiadocafe.com.br


Temos magnetismo por pessoas

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LIVROS & CIA

Para ler e ouvir. Confira as dicas da revista Minas em Cena

“ABRE ASPAS

Swing: Eu, Tu... Eles

Autora: Maria Silvério Editora: Chiado

Fotos Divulgação

Um assunto curioso e polêmico, a troca de casais é tema do livro Swing: Eu, Tu... Eles, escrito pela antropóloga e jornalista mineira Maria Silvério. A obra é um livro-reportagem, fruto de uma pesquisa de mestrado realizada no Instituto Universitário de Lisboa, e teve como base a investigação de cenários, tabus e surpresas que envolvem o assunto. Em uma leitura leve e instigante, a autora mostra o funcionamento de casas de swing em Portugal e no Brasil e levanta reflexões sobre as mudanças nos paradigmas dos relacionamentos na contemporaneidade.

A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green Editora: Intrínseca História com sucesso absoluto, nas páginas e na telona. A Culpa é das Estrelas conta a história de Hazel, diagnosticada com câncer aos 13 anos e agora, aos 16, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que a doença é terminal e passa os dias vendo tevê, e lendo, até conhecer Augustus Waters, um jovem de 17 anos que perdeu uma perna devido a um tumor maligno. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer, essa torna-se a principal arma dos dois para enfrentar a doença.

Ansiedade Como enfrentar o mal do século

Autor: Augusto Cury Editora: Saraiva

O amor chegou tarde em minha vida

Autora: Ana Paula Padrão Editora: Paralela A jornalista, uma das mais respeitadas do país, faz uma reflexão sincera sobre sua trajetória, abordando questões essenciais para a mulher de hoje. Quando pediu demissão da TV Globo, de um cargo cobiçado e cheio de glamour, não faltou quem a chamasse de louca. Mas a decisão estava tomada. Em O amor chegou tarde em minha vida, Ana Paula Padrão abre o jogo e revela que, por trás da profissional bem-sucedida há uma mulher profundamente humana, que amadureceu tendo de lidar com inseguranças, dores e desejos.

Você sofre por antecipação? Acorda cansado? Não tolera trabalhar com pessoas lentas? Tem dores de cabeça ou muscular? Esquece-se das coisas com facilidade? Se você respondeu “sim” a alguma dessas questões, é bem provável que sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Considerada pelo psiquiatra Augusto Cury como o novo mal do século, ela acomete grande parte da população mundial. Neste livro, você poderá entender como funciona a mente humana e, com isso, ser capaz de desacelerar seu pensamento, gerir a emoção de maneira eficaz e resgatar a qualidade de vida. 42


Fotos Divulgação

“ NOTAS MUSICAIS Velocia

Artista: Skank Gravadora: Sony Music A cada disco, a banda Skank se renova e traz novas influências. O novo CD conta com participações especiais: o rapper carioca Bernardo Santos, o BNegão, o cantor e compositor Nando Reis e a cantora paulista Lia Paris e traz um repertório inteiramente inédito e autoral, gravado em estúdio. Produzido por Dudu Marote, que também assinou “Estandarte”, além dos mega sucessos dos anos 1990 “Calango” e “O Samba Poconé” do grupo.

Meus quintais

Artista: Maria Bethânia Gravadora: Biscoito Fino

Olhos de Onda

Artista: Adriana Calcanhotto Gravadora: Sony Music

“Meus Quintais”, o mais recente trabalho de Maria Bethânia, traz um lado intimista e regional da cantora com canções inéditas e também canta outros compositores recorrentes em seu repertório, como Roque Ferreira (autor de “Casa de Caboclo”, “Candeeiro Velho”, “Imbelezô Eu / Vento de Lá” e “Folia de Reis”) e Chico César (“Xavante” e “Arco da Velha Índia”), e a bela edição de “Uma Iara” (Adriana Calcanhotto) com o texto “Uma Perigosa Yara” de Clarice Lispector, entre outras canções.

Produzido por Adriana Calcanhotto, junto com Daniel Carvalho, Olhos de Onda destaca toda a elegância da cantora e sua sintonia com o violão. No repertório, a artista canta seus maiores sucessos e músicas inéditas em versões voz e violão, incluindo “Me dê Motivo”, que faz parte da trilha sonora da nova novela “Geração Brasil”. A inédita “Olhos de Onda”, que dá nome ao show e ao CD, foi composta pela cantora enquanto ensaiava.

Turn Blue

Artista: The Black Keys Gravadora: Warner Music

Turn Blue da banda The Black Keys tem tudo para seguir o caminho do seu antecessor e super aclamado pela mídia, “El Camino”, que resultou em três prêmios Grammy Award de 2013 nas categorias de Melhor Performance de Rock, Melhor Canção de Rock e Melhor Álbum de Rock. Fever é o primeiro single do álbum Turn Blue e já está fazendo o maior sucesso.

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Foto Banco de Imagens

DIVERSÃO & LAZER

MODELISMO

A REALIDADE NA PALMA DA MÃO

M

uita gente nem desconfia, mas muitos profissionais de engenharia, cientistas, designers e aviadores começaram as suas carreiras montando e pintando modelos reduzidos. O modelismo é a arte de reproduzir a realidade em escala com o máximo de detalhes possíveis. É também um hobby, onde a máxima “a pressa é inimiga da perfeição” se reflete no acabamento e detalhamento final da obra-prima.

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Mais do que um passatempo saudável, ele está intimamente ligado ao conhecimento e promoção da cultura, pois resgata a história de máquinas, pessoas, acontecimentos ou até situações fictícias, dependendo do tema abordado. Os modelos fascinam e criam em crianças e adultos um desejo permanente de entender como as coisas funcionam, são ou como eram, seja durante o processo da construção do modelo desmontado ou após o acabamento final. E não raro, profissionais de psicologia e medicina indicam o modelismo para fins tão distintos, como o aumento da concentração ou relaxamento. Outras vantagens da sua prática são a melhora da coordenação motora, raciocínio e criatividade.

A história contada pelo modelismo

Nem sempre o modelismo foi sinônimo de passatempo ou diversão. Comumente utilizado para retratar a história em cenários e mostras de museus em todo o mundo, planejar guerras e testar a viabilidade de protótipos industriais, vem, também, ao longo dos anos, prestando-se a contar a saga da humanidade. Os modelos ou miniaturas para montar, da forma como são conhecidos hoje, começaram a ser produzidos em série após a II Guerra Mundial devido ao grande interesse que aviões, tanques e outros veículos militares utilizados no conflito causaram no público jovem. No entanto, a história do modelismo é ainda mais antiga: modelos de todos

os tipos têm sido encontrados em sítios arqueológicos - barcos, carruagens e animais reproduzidos em miniaturas eram depositados com frequência nos locais mais inusitados como túmulos de faraós do Egito Antigo. Historiadores registraram que as miniaturas também foram utilizadas como talismãs por peregrinos na Idade Média. Os famosos soldadinhos de chumbo não vieram apenas da França. Foram encontrados na Grécia, Roma, Síria e até na Escandinávia, datando do primeiro milênio antes de Cristo. E além do lado religioso, os modelos militares tiveram o papel de preparar crianças de algumas comunidades na transição para a fase adulta para que estivessem prontas para defender o rei e a pátria.

Fotos Francisco Pizarro

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Fotos Francisco Pizarro

Da guerra ao cinema moderno

Antes e durante a II Guerra, os alemães prepararam os seus jovens pilotos para o combate aéreo usando modelos em escala. Acrobacias e esquemas táticos eram amplamente estudados com as miniaturas antes que qualquer piloto recebesse autorização para realizar o primeiro voo. Casos de espionagem militar com modelos também foram registrados durante a guerra fria, nos anos 50, e os produtos eram adquiridos por espiões e levados para outros países para serem estudados e “copiados” na escala real. Na sociedade moderna as réplicas servem de estudo e protótipo para as mais brilhantes invenções. Veículos e máquinas em geral, após tomarem forma em um rascunho, são reproduzidos em escala para a avaliação da sua viabilidade. Diretores de cinema utilizam modelos para pré-visualizar ou dar vida aos seus trabalhos. Muitos trechos de vários filmes consagrados de Hollywood utilizaram modelos reduzidos ao invés de veículos ou objetos no tamanho original. Mesmo com todos os recursos da revolução digital, 46

é quase impossível imaginar o cinema moderno sem o uso de miniaturas, como as utilizadas nas séries Star Wars, Star Trek e nos filmes Titanic e Avatar, entre muitos outros.

e helicópteros rádio-controlados), automodelismo (réplicas em escala de carros com motor e sistema de rádio) e férreomodelismo (trens motorizados, vagões, carros de passageiros e ferrovias em escala). Oficinas

Hoje, o modelismo possui várias modalidades, mas basicamente pode-se dividir o hobby entre os modelos estáticos - que são aqueles montados e pintados somente para fins de lazer e exposição - e os modelos funcionais ou motorizados, que possuem componentes eletrônicos sofisticados e até sistemas de rádio-controle para comando à distância. A mais popular das categorias e a que deu origem às demais é chamada plastimodelismo, e inclui modelos para construir e pintar. As outras mais conhecidas são o aeromodelismo (miniaturas de aviões

Desde que foi fundada em abril de 1998, a Kids & Kits Hobby e Aeromodelismo, em Belo Horizonte, oferece oficinas de plastimodelismo gratuitas para crianças e adultos de todas as idades, sempre aos sábados pela manhã. Com um pouco de curiosidade, dedicação e paciência é possível produzir trabalhos com excelente acabamento e realismo em poucas semanas.

SERVIÇO Kids & Kits Avenida Cristóvão Colombo, nº 118 – Savassi - BH Tel.: (31) 3221-2799 www.kidskits.com.br


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Foto Samuel Gê

CAPA

OS VALORES

DA SUSTENTABILIDADE

Por Helenna Dias

D

e advogada tributarista a chef de cozinha e, atualmente, diretora de Sustentabilidade Social e Cultural da GVT. Casada com o israelense Amos Genish e mãe da pequena Olívia, Heloisa Genish é uma pessoa dinâmica, ama o que faz. E muito otimista também. Basta alguns minutos de prosa para saber o quanto a catarinense preza o valor das relações humanas e as pequenas atitudes do dia a dia, capazes de transformar a vida das pessoas para, aos poucos, formar uma corrente do bem. Há anos, a diretora se dedica ao voluntariado e às questões com foco na responsabilidade social. Entre os grandes desafios que ainda tem pela frente, além dos projetos do recém criado Instituto GVT, o de ser um agente na transformação social ligada a causas de alta relevância para a comunidade e cumprir a missão de tornar a GVT uma empresa ainda mais respeitada no campo da responsabilidade social e da sustentabilidade. Sobre os vários papéis que assume tanto na carreira como na vida pessoal, declara: “Tenho uma família linda, um marido que admiro e respeito, uma filha que me ensina o sentido da vida a cada olhar, em cada sorriso. No trabalho, tenho a oportunidade de fazer a diferença e, junto com a minha equipe, deixarmos

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um legado pela GVT e para a sociedade”. Confira, na íntegra, entrevista exclusiva à revista Minas em Cena. MINAS EM CENA - Você trocou a carreira de advogada tributarista pela de chef de cozinha, inclusive chegou a exercer a profissão. No entanto, acabou indo trabalhar em uma área que talvez nem tivesse imaginado atuar, embora presente na gastronomia nos dias atuais. Hoje, qual a análise você faz dessas trocas e em que momento a experiência em cada uma delas se ligam ao seu cargo atual? HELOISA GENISH - Ao longo da minha formação e carreira sempre estive ligada a causas em benefício do bem coletivo. Ainda na França, trabalhei na organização de eventos para a Handicap & Liberté na Maison d’Amerique Latine, organização não governamental que atende pessoas com deficiência. No Brasil, atuei com voluntariado em instituições no terceiro setor de Santa Catarina. Já durante a faculdade de Direito no Paraná, onde também fui presidente da Fundação Iniciativa, entidade mantenedora de casas lares que abrigam crianças


Foto Kátia Rocha/PubliVideo A pequena Olívia e os pais Amos Genish e Heloisa Genish

em situação de vulnerabilidade social, em Curitiba. Agora, à frente da diretoria de Sustentabilidade Social e Cultural da GVT, tenho a oportunidade de fortalecer este trabalho, de forma muito mais focada e com grande dedicação. Quero trazer um novo olhar e cumprir a missão de tornar a GVT uma empresa ainda mais respeitada no campo da responsabilidade social e da sustentabilidade. Tenho muito orgulho de estar à frente deste trabalho.

responsável da companhia. Além da frente cultural, voltada à música, atuamos no pilar social com a gestão de projetos de voluntariado, diversidade, engajamento interno; e no pilar Ambiental, que busca a gestão e redução do impacto ambiental de nossas operações por meio de boas práticas. Em todos os nossos eventos, buscamos também promover a solidariedade, incentivando a doação de alimentos ou agasalhos, que são repassados a entidades sociais. Queremos e vamos fazer diferença para a transformação social no Brasil.

MC - Para a GVT, o que é ser sustentável? HG - Acreditamos que ser sustentável é trabalhar para um

mundo melhor, de mais oportunidades, desenvolvimento e prosperidade para todos. A sustentabilidade faz parte dos fundamentos da GVT desde o início de suas operações. As práticas adotadas na gestão de pessoas, no respeito às diversidades, no relacionamento transparente com seus públicos, na excelência em atendimento ao consumidor, na oferta de preços justos com alto padrão de qualidade em serviços, nas boas práticas ambientais e no apoio a questões sociais relevantes para a comunidade refletem o papel socialmente

MC - A empresa também se preocupa em trabalhar com empresas sustentáveis em toda a sua cadeia produtiva, ou seja, desde o respeito ao meio ambiente a adoção de medidas que contribuam para um mundo mais justo? HG - Além de práticas já adotadas, como a coleta seletiva do lixo e do descarte adequado de modens, baterias e equipamentos usados, recentemente nossa frota de veículos passou a utilizar exclusivamente etanol. São quase 2 mil veículos no país e uma redução significativa de emissão de gás 49


carbônico. Além disso, estamos trabalhando em um programa mais amplo com fornecedores. A proposta é atuar com uma cadeia de valor consciente integrando fornecedores, clientes e nossos colaboradores para reduzir o impacto ambiental de nossas operações e nossos serviços na comunidade onde estamos inseridos. MC - Em SP, a GVT vem revitalizando algumas praças e, segundo declaração sua, a “revitalização é um pretexto para que a comunidade se conheça e se valorize”. Partindo desse depoimento, as relações humanas também podem ser trabalhadas dentro do princípio da sustentabilidade?

“TUDO FAZ PARTE. SÃO AÇÕES QUE CONTAGIAM MAIS EMPRESAS, MAIS PESSOAS, E MAIS INSTITUIÇÕES A FAZER PARTE DE UMA CORRENTE PELO BEM COMUM” HG - Certamente. Queremos inspirar pessoas a trocarem experiências e promover a cidadania. Nas ações de revitalização das praças tivemos um exemplo claro disso. Juntos, os moradores da comunidade e voluntários colocaram a mão na massa e construíram um espaço novo para todos, percebendo o valor das relações humanas em favor de um mesmo ideal. 50

MC: Como envolver a comunidade para ações dessa natureza e ainda incutir nela o conceito e, mais do que isso, conscientizá-la para a adoção de práticas sustentáveis? HG - Acredito que é preciso despertar nas pessoas um sentimento de pertencimento e de que suas ações efetivamente impactam no todo. No projeto de revitalização das praças a comunidade se reuniu, realizando dinâmicas de grupo sempre em busca de um sonho comum a todos. Para a GVT é importante incentivar essa mobilização popular, perceber que os indivíduos estão se apropriando de um espaço que é deles. Isso vale para nossa casa, para a nossa praça, para o nosso bairro, para a nossa cidade, para o nosso país – enfim, para o planeta. Nosso negócio é conectar pessoas e quando essa conexão acontece de forma genuína tem um poder enorme que realmente pode transformar para melhor o mundo em que vivemos. MC - Você acredita que o envolvimento com a comunidade na busca pelo engajamento em torno de algo comum pode ser visto como uma prática sustentável? É possível mensurar, qualitativamente, o resultado dessas ações? HG - Sim. A convivência entre as pessoas de uma mesma comunidade gera um clima de colaboração mútua e a consciência da dinâmica universal de que toda ação, por menor que seja, gera uma reação. Pequenos gestos, como o reaproveitamento de pneus e caixas para recuperar o parquinho da praça, ou doar um quilo de alimento para assistir a um show e incentivar jovens talentos que deixaram as drogas ou o crime por meio da música, têm uma grande repercussão não só para os diretamente beneficiados. Tudo faz parte. São ações que contagiam mais empresas, mais pessoas, e mais instituições a fazer parte de uma corrente pelo bem comum – esse é o resultado qualitativo, ampliar a corrente.

MC - Estudo revela que 48% dos consumidores brasileiros aceitam pagar um pouco a mais por produtos ecologicamente corretos, segundo a pesquisa Futuro Sustentável, feita por agências de publicidade do Brasil. Ele pagaria até 10% a mais para consumir este tipo de produto, e para maioria dos entrevistados a sustentabilidade é associada aos atributos integridade, saúde, oportunidade e futuro. Ainda segundo o estudo, os consumidores do Brasil recomendam aos amigos e apoiam produtos e empresas com iniciativas sustentáveis. Nesse sentido, como a GVT atua de forma a consolidar essas ações e que elas também cheguem até outros públicos? HG - A GVT sempre teve um alto índice de recomendação entre os clientes que utilizam nossos serviços e constatam o diferencial de qualidade, desempenho e inovação relevante. É algo percebido naturalmente e reforçado por ações de comunicação e marketing, sempre respeitando a aderência entre discurso e prática. Com sustentabilidade, estamos organizando a casa para ter clareza em pontos onde já temos um trabalho forte e em outros nos quais precisamos avançar. Com o tempo, temos certeza de que será natural para o cliente e o consumidor em geral reconhecer na GVT essa atitude de compromisso com a sustentabilidade. Esse reconhecimento, certamente, vai influenciar no momento de escolher entre a GVT e um concorrente. Fazer comunicação e marketing disso será uma consequência, mas não o ponto de partida. MC - Ainda de acordo com o estudo, 23% dos brasileiros acreditam que a responsabilidade em encontrar soluções para o desafio da sustentabilidade é das empresas, não do governo. Qual a sua opinião sobre?


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Foto Felipe Lessa


Fotos Samuel Gê

HG - Acredito em um trabalho conjunto entre empresas, governo, ongs e comunidade. Todos somos responsáveis. Podemos começar em casa e levar esta prática para nossas empresas, e vice-versa. Gestores ou empregados, todos temos a oportunidade de fazer a diferença. O governo, além de fazer a sua parte por meio dos órgãos que o representam, precisa trabalhar de maneira consistente em políticas que facilitem e incentivem as boas práticas, seja nas empresas ou na comunidade. MC - Quais os principais desafios à frente de um cargo como esse? HG - O grande desafio é assumir um papel forte na transformação social ligada a causas de alta relevância para a comunidade. Para isso, vamos fortalecer as práticas sustentáveis adotadas internamente e fazer a gestão do Instituto GVT, que irá concentrar e coordenar as iniciativas culturais da empresa, dedicando-se a aplicar ferramentas, utilizar métricas e adotar práticas que ajudem a promover a cidadania. Queremos fazer isso incentivando os talentos e o aprendizado em torno da música. MC - Vivemos num mundo que, além de extremamente capitalista também enfrenta um mercado altamente concorrencial. Considerando que as organizações precisam visar o lucro nas suas atividades até mesmo por uma questão de sobrevivência, como ser sustentável sem mexer no bolso e no conforto dos consumidores e da sociedade de uma forma em geral? HG - Existem inúmeros exemplos de como a sustentabilidade gera economia e otimização de custo para as empresas. Não se trata de gastar mais e sim de aplicar os recursos de forma inteligente, estabelecer parcerias, redes de apoio, reutilização de insumos. Já tivemos, por exemplo, ações como a contratação conjunta de fornecedores em escala global – reunindo as empresas do mesmo grupo ao qual pertencemos, o Grupo Vivendi, que atualmente controla também a Universal Music, líder mundial no mercado fonográfico e o Canal Plus, referência em TV por assinatura na Europa. Também procuramos escolher prédios verdes, utilizar etanol como combustível padrão da frota, instalar sensores em locais de uso comum nos escritórios, para evitar desperdício de energia elétrica, e ainda adotar papel certificado. MC - Em matéria publicada no Valor Econômico do último dia 05 de junho, a consciência do consumidor é crescente. Ao mesmo tempo, os entrevistados demonstram uma desconfiança também crescente em relação ao que as empresas comunicam. Os dados apontam que esse índice passou de 44% para 49% entre 2010 e 2012. A questão é: como estabelecer essa relação além do discurso de forma a agregar uma boa reputação corporativa? HG - Tem a ver com a aderência entre discurso e prática. Acredito que o reconhecimento do consumidor precisa vir antes da

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comunicação. Ele precisa enxergar o diferencial na atitude da empresa. Prêmios também ajudam – este ano entramos no ranking das 50 Empresas do Bem da revista Isto É Dinheiro. Mas, como já falei antes, primeiro é realizar e convencer para depois comunicar. O contrário não funciona. MC - Segundo pesquisa divulgada pelo Procon-SP, no ano de 2013, as empresas de telecomunicações e bancos foram as mais reclamadas e, historicamente, as teles continuam a ter um grande peso nas 50 mais reclamadas. Essencialmente e estrategicamente falando, quais medidas são tomadas pela GVT no sentido de não apenas proteger a sua imagem corporativa, mas também para manter a qualidade dos serviços prestados. Considerando, ainda, que grande parte das empresas terceiriza o SAC. HG - A GVT atua em ambiente competitivo e busca a melhoria contínua dos serviços para manter e conquistar novos clientes. Historicamente, temos pouca presença nos rankings de reclamações do Procon. Nossa intenção é manter o alto índice de satisfação dos clientes para promover o crescimento sustentável com qualidade. Desde que começamos a operar, o atendimento é 100% próprio e mantemos canal aberto com os órgãos de defesa do consumidor para a difusão de informações e tratamento de casos de clientes com agilidade. Mantemos um forte programa de treinamento e capacitação com foco na qualificação e bom desempenho dos consultores de atendimento, orientados a resolver o problema do cliente logo na primeira chamada. Os colaboradores da área de atendimento têm remuneração variável conforme a satisfação do cliente, benefícios flexíveis, estrutura construída de acordo com a necessidade da operação incluindo salas de descanso/descompressão, refeitório equipado, entre outros. Tudo isso demonstra nossa atitude em prestar um atendimento de excelência ao cliente. MC - Sobre o Savassi Cultural, o que levou a empresa a patrocinar um evento desse porte em Minas Gerais? HG - Acredito na música como um importante transformador social. Isso porque ela resume linguagens que promovem o conhecimento em diferentes níveis. Estudar música e aprender a tocar um instrumento musical – avalizam todos os estudos comportamentais contemporâneos – aumentam a capacidade intelectual e também as motoras, a partir de alterações duradouras na estrutura e funcionamento cerebral. Por isso, estamos muito conectados aos movimentos musicais no país e especialmente em proporcionar oportunidades a novos talentos da música. O Savassi Cultural tem tudo a ver com essa proposta. O evento foi um sucesso, mostrando a hospitalidade dos mineiros, recebendo bem os turistas de vários países e oferecendo música e arte genuinamente brasileiras.

MC - Há projetos de outros investimentos dessa natureza no nosso estado? HG - Já temos dois novos projetos aprovados, com os músicos mineiros Aline Calixto e Thiago Delegado. Com Aline, faremos uma oficina de canto e sobre a história do samba, além da gravação de CD e DVD. Com o Thiago, o plano é formar uma orquestra de violões com jovens da periferia da grande Belo Horizonte. Vamos avaliar parcerias sempre que houver iniciativas com foco na transformação, inclusão e educação pela música envolvendo o incentivo estadual à cultura. MC - Fale um pouco sobre a criação do instituto GVT: a proposta, áreas e estado de atuações. HG - O Instituto GVT nasce para potencializar nossos esforços e ações em benefício da sociedade. Nossa intenção é incentivar a transformação social com iniciativas consistentes e facilitar o acesso à cultura. A música tem capacidade de 53


Foto Marcos Honma

“TEMOS O PODER DE MUDAR O MUNDO PARA MELHOR COM AS NOSSAS ATITUDES, SEJAM PEQUENAS OU GRANDES” diretamente nesses rankings. A premiação comprova o comprometimento da empresa com as pessoas, mostrando a nossa preocupação com o crescimento e com a satisfação dos nossos colaboradores no ambiente corporativo. MC – A GVT conta com 18 mil colaboradores, nesse sentido, como aumentar o nível de engajamento dos colaboradores da empresa acerca de um tema que por si só já é difícil quando falamos em conscientizar quem está ao nosso lado, como por exemplo, o colega de trabalho?

Olívia, aprendendo com a mãe a importância do voluntariado

mobilização, força para emocionar e afinidade com o povo brasileiro. Ela foi escolhida porque promove o conhecimento, a sociabilidade e conecta pessoas. Nos últimos meses, visitei ongs a fim de identificar parceiros com atuação na música como inclusão social e a frase marcante que ouvi em uma das visitas foi: “O jovem que pega em um instrumento não pega numa arma”. Pode parecer ingênuo dizer que acredito no bem, mas, se todos acreditarmos, teremos um mundo melhor. Trata-se do poder do coletivo, do bem comum. Se nós, como empresa e como indivíduos, nos dispusermos a fazer a nossa parte, teremos uma sociedade melhor. E no final, descobriremos que os grandes beneficiados somos nós mesmos. MC - Em 2013 e pela quinta vez consecutiva, a GVT figura entre as 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. A que deve esse reconhecimento por parte dos colaboradores? HG - Os funcionários da GVT têm muito orgulho de trabalhar na empresa e senso de pertencimento, o que reflete 54

HG - A GVT incentiva e mantém um programa consistente de voluntariado, o Mão na Massa GVT. Em todas as regiões onde atuamos, é evidente a adesão dos nossos colaboradores às causas sociais, tanto em atitudes individuais como coletivas. E vamos continuar incentivando a participação do nosso time. Fazemos isso principalmente pelo exemplo – eu me envolvo diretamente e, juntamente com o presidente da empresa, buscamos incentivar o mesmo comportamento no corpo de gestores. Assim, também internamente, vamos criando uma corrente do bem. MC - No seu dia a dia, em casa, cite algumas práticas sustentáveis? HG - Antes de tudo existe muito respeito às pessoas e cuidado com a casa em que vivemos. Acreditamos que somos uma grande família em que uns cuidam uns dos outros. Procuramos dar atenção aos pequenos hábitos sustentáveis, como apagar as luzes dos cômodos para poupar energia e tomar banhos curtos para reduzir o consumo de água. Na cozinha, onde dedico especial atenção, evitamos o desperdício de alimentos e separamos o lixo orgânico do reciclável. São práticas simples que podemos e devemos ter como cidadãos. MC - Como mãe e diretora de sustentabilidade, quais valores e que mundo gostaria de deixar para a Olívia? HG - Também quero mostrar que temos o poder de mudar o mundo para melhor com as nossas atitudes, sejam pequenas ou grandes. Assim podemos melhorar a nossa própria vida e a de quem está ao nosso redor.


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DECORAÇÃO

EQUILÍBRIO

ENTRE DOIS TEMPOS

Fotos Rodrigo Marcandier

I

nspirada pelo passado recente, a arquitetura contemporânea, ao contrário da produção moderna, olha bastante para o tempo decorrido, sem perder seu grande foco: o futuro. Assim, cria uma perspectiva com horizonte mais largo, nega-se a se impor aos limites conhecidos e toma modelos do passado a serem copiados ou adaptados timidamente. De autoria e execução das arquitetas

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Luciana Araújo e Nathália Otoni, da Óbvio Arquitetura, a casa construída na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, materializa todo este conceito. Construída em um terreno de declive acentuado, o acesso foi feito pelo pavimento superior, permitindo um melhor aproveitamento da casa. Na residência, a predominância dos tons sóbrios atende ao pedido dos

proprietários, um casal de engenheiros químicos. Com 287 m2, as arquitetas optaram pelo uso da madeira, fibra e pedra filetada, para deixar a casa mais acolhedora. A seleção dos materiais utilizados foi pensada de forma a trazer a natureza para dentro da moradia. Daí, nota-se o resultado do trabalho como um todo - uma casa aconchegante, com permeabilidade visual e espaços generosos.


Vista da área externa da casa

Para valorizar a bela vista que a casa tem para a Lagoa dos Ingleses, as arquitetas Luciana Araújo e Nathália Otoni, do escritório Óbvio Arquitetura, priorizaram a utilização de grandes aberturas envidraçadas e uma área de lazer que, mesmo sendo completamente integrada com a natureza, mantém a privacidade dos moradores

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Com uma espaçosa sala de pé-direito duplo, que se conecta com todos os ambientes da casa, a área social foi concebida no pavimento inferior

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A base em tons claros e pontos fortes em tons escuros deixam 60 o espaรงo atemporal e elegante


Um dos quartos, destinado ao escritório foi integrado visualmente à sala, tornando-se uma extensão do acesso principal. Isso fez com a casa ficasse mais receptiva e com ar descontraído. A bancada de trabalho é acoplada à estante, móvel onde o casal expõe os adornos que contam um pouco da história e das viagens

Voltada para a sala de jantar, a cozinha é uma opção 61 de estar com a bancada, interligando os ambientes


INTELIGÊNCIA DIGITAL

O PODER

DO S-COMMERCE

Por Leonardo Bortoletto Foto Banco de Imagens

J

á não é novidade a atuação do e-commerce nas redes sociais completando o desempenho de uma empresa no comércio eletrônico. O Facebook, por exemplo, possui mais de 50 milhões de perfis cadastrados e isso proporciona boas oportunidades de negócios nessa mídia. O s-commerce é uma jogada de gênio de empresas que visionaram o crescimento das redes sociais. Muitas estão desenvolvendo aplicativos para que o consumidor da loja virtual conheça as novidades por meio da rede social, sem precisar entrar no site da empresa. Porém, é necessário inovar nesse segmento para se diferenciar de outros perfis e fidelizar o cliente, bem como investir em comunicação para “convencer” os internautas sobre as vantagens de comprar pelas redes sociais. Para exemplificar, em 2013, 75% das vendas de comércio online nos EUA vieram do Facebook, Twitter e Pinterest. Cerca de 39% dos usuários do Facebook curtem páginas de marcas para pesquisar produtos; 74% dos consumidores confiam nas mídias sociais para orientar suas compras, quatro a cada dez usuários de internet têm um item comprado em alguma loja online, depois de ter o visto nas redes sociais.

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O tráfego social para sites de comércio eletrônico levou a um aumento de receita de 17,8% em relação ao período de janeiro a junho de 2013. Uma das grandes vantagens do social commerce é a possibilidade de interação entre consumidor e comerciante. O sucesso do comércio em redes sociais está diretamente ligado à essa relação de responder as dúvidas sobre produtos e serviços e estabelecer contato com vários públicos e gostos diferentes. É também na rede social que a opinião de pessoas conhecidas é levada em consideração antes de comprar algum produto. A divulgação das informações estabelece um vínculo de proximidade e confiança entre os consumidores. De acordo com a GFK Custom Research Brasil, 30% dos internautas utilizam as redes sociais para reclamar ou recomendar produtos e serviços. Uma loja virtual bem elaborada faz uma grande diferença para a empresa, cria novas possibilidades e gera mais receitas. Algumas empresas brasileiras estão no caminho certo apostando no social commerce. Mesmo que ainda pouco explorado, acredito que esse comércio tende a crescer bastante nos próximos anos no Brasil.


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FRANQUIAS

BELEZA

UM MERCADO PROMISSOR

Por Helenna Dias Foto Giovanni Bessa

No segmento de franquias, marcas relacionadas a beleza apresentam grande potencial de crescimento

O

cenário brasileiro para o mercado de franquias mostra-se bastante promissor. O crescimento pode ser observado segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Em 2013, o setor cresceu 11,9% e atingiu um faturamento da ordem de R$ 115 bilhões. No ano anterior (2012), já havia registrado um incremento de 16,2%. Ainda segundo o estudo, o segmento com maior expansão foi o de marcas relacionadas a beleza, saúde, esporte e lazer.

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Reforçando as tendências do estudo, o empresário capixaba Guerra Filho apostou no mercado de franquias e abriu, há oito anos, a franquia da Adcos Cosmética de Tratamento - uma das mais renomadas marcas nacionais de dermocosméticos. Hoje conta com cinco unidades nas regiões mais nobres da capital mineira (Diamond Mall; BH Shopping; Shopping Del Rey; Pátio Savassi e Lourdes), o que faz de Guerra o maior franqueador da marca na Grande BH. Os números atestam o ritmo dos negócios, no ano passado (2013) a


Fotos Divulgação

Adcos BH cresceu 28% em relação ao anterior e, para este ano, a expectativa é de 30%.

ricanos e europeus, acrescenta Guerra, trabalham com produtos para pele seca.

Para Guerra, a ótima aceitação por parte dos mineiros deve-se à eficácia dos dermocosméticos e, também, por atender a um público seleto. Associado a isso, ele atribui o sucesso a um planejamento estratégico muito bem definido.

Perguntado sobre os preços dos artigos, o empresário é enfático ao dizer que tudo o que é eficaz não pode ser considerado caro. “Caro é aquilo que você compra e não resolve os seus problemas, que não apresenta resultados satisfatórios. E na Adcos, o cliente sempre terá um dos melhores produtos do mercado”. Guerra acrescenta, ainda, que a loja pratica valores mais em que muitos laboratórios, principalmente os tratamentos para anti-idade.

Diferenciais

Se por um lado as oportunidades são inúmeras em um mercado com grande potencial de crescimento, por outro, é preciso apresentar diferenciais para driblar a concorrência, que, neste caso, também é acirrada. Sobre isso, Guerra ressalta: “A Adcos desenvolve, com base em pesquisas, produtos exclusivamente para a pele dos brasileiros, com características predominantes de mista a oleosa. Isso se deve às condições do nosso clima, que leva em conta as altas temperaturas e a umidade do ar. E por conhecermos tão bem as particularidades da beleza da mulher e do homem brasileiro, conseguimos oferecer um produto mais agradável, eficaz e adequado para cada tipo de pele”, explica. Já os laboratórios ame-

Os mais procurados

Na Adcos BH, o produto mais procurado pelas mulheres é o Filtro Solar FPS 30 Pó Compacto. O protetor solar facial em pó compacto para uso diário com FPS 30, oferece cobertura de maquiagem e fotoproteção em um único produto; toque sedoso com efeito mate (sem brilho); oil free e disponível nas tonalidades: translúcido, ivory, peach, bege e bronze. Já pelos homens, a procura maior é o Filtro Solar Fluid FPS 30. Ideal para peles oleosas e acneicas, inclusive de homens e adolescentes,

“CARO É AQUILO QUE VOCÊ COMPRA E NÃO RESOLVE OS SEUS PROBLEMAS, QUE NÃO APRESENTA RESULTADOS SATISFATÓRIOS”

possui fórmula oil free, textura leve e ultrasseca; possui duplo mecanismo de controle da oleosidade comprovado por oito horas: além das sílicas antibrilho, que controlam a oleosidade superficial da pele. Compõem o portifólio da Adcos 205 itens, com previsão de lançamentos ainda neste ano.

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Foto Banco de Imagens

SAÚDE

SONHOS ADIADOS

Por Sandra Leão

A gravidez tardia acontece por vários motivos, mas é necessário conhecer os riscos que ela pode causar

I

nsegurança, fatores emocionais, espera de uma estabilidade financeira, profissional ou até de um relacionamento estável. Esses são alguns dos motivos que levam as mulheres a adiarem a maternidade. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam essa mudança de comportamento, segundo o órgão, a média brasileira de nascimentos entre mulheres de 30 a 44 anos é de 30,2%. Independentemente das razões, deve-se considerar, no caso de uma gravidez tardia, os pros e contras. A taxa de fecundidade, por exemplo, apresenta um declínio em mé-

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dia aos 32 anos, mas principalmente a partir dos 37 anos. A causa para esta redução é a perda da quantidade e da qualidade dos óvulos, que ocorre ao longo da vida. Para o médico obstetra, ginecologista e membro da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Marcos Taveira, “a probabilidade de não engravidar após relações desprotegidas aumenta gradativamente com a idade da mulher. Estima-se aproximadamente que as essas taxas, nas faixas etárias entre 20 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos e acima de 40 seja, respectivamente, de: 6%; 9%; 15%; 30% e 64%”, explica.


Prós e contras

Os benefícios associados à gestação de uma mulher mais madura são de uma gravidez planejada, uma maior estabilidade do casal ou gestante, seja emocional ou financeira, porém também há alguns riscos.

Conforme enumera Taveira, estes são maiores após os 35 anos, principalmente depois dos 40. São eles: • abortamento espontâneo; aproximadamente risco de 12% para idade abaixo de 30 anos; 15% entre 30 e 34 anos; 25% entre 35 e 39 anos, e aproximadamente 51% acima dos 40 anos. • diabetes gestacional; • pré-eclâmpsia: risco aproximado três vezes maior acima dos 40 anos; • Parto cesariana; estimado em 50% para mulheres entre 40 a 45 anos e 80% acima dos 50 anos. • morte fetal intrauterina • Síndrome de Down (por exemplo: aos 20 anos, o risco inicial para Síndrome de Down é estimado em 1/698. Já aos 35 anos é de aproximadamente 1/175. Aos 40 nos é de 1/51 e aos 45 anos é de 1/13). Está igualmente aumentado o risco para outras anomalias cromossômicas (também chamadas de aneuploidias), como as Trissomias do cromossomo 13 e 18 e a Síndrome de Turner. • Malformações fetais, aproximadamente 1,4 a 1,7 vezes maior. • Hemorragia intraparto e também no período de pós-parto. • gravidez ectópica (gravidez na trompa), aproximadamente 4 a 8 vezes maior. • problemas placentários como o descolamento prematuro de placenta e a placenta prévia (placenta baixa). • Risco aproximadamente 1,65 vezes maior de morte fetal (natimortalidade), principalmente após 37 semanas de gravidez.

Os riscos são maiores após os 35 anos, principalmente depois dos 40, explica o médico Marcos Taveira

Foto Giovanni Bessa

• Maior incidência de gravidez gemelar.

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Foto Alysson Lisboa Neves

Ellen Cristie e a filha Gabriela

Gravidez tardia

“DESDE NOVA, SER MÃE ERA O MEU MAIOR SONHO, MAIOR QUE QUALQUER OUTRA COISA. A GABI NASCEU SAUDÁVEL E SEM NENHUMA COMPLICAÇÃO”

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Fatores profissionais e financeiros foram alguns motivos que fizeram Rafaella (nome fictício, por motivos pessoais a entrevistada não quis se identificar) buscar a Fertilização In Vitro. Para ela, além da busca da consolidação profissional, problemas com relacionamentos atrasaram, por assim dizer, o sonho de ser mãe. Hoje, com 41 anos, ela é proprietária de cinco estabelecimentos comerciais. “Trabalho desde os 12 anos, idade que vim do interior com meu pai, entre os 25 aos 32 anos já tinha uma padaria e minha vida profissional só foi crescendo. Atualmente, já fiz o primeiro procedimento da Fertilização, mas não deu certo, vou para a segunda tentativa, em outra clínica. Ser mãe é o sonho de qualquer mulher”, conta. Assim como Rafaella, muitas mulheres também compartilham do mesmo desejo. Especialistas mostram métodos e

técnicas simples que podem ser usadas, como orientação, correções hormonais, anti-inflamatórios ou antibióticos e indução da ovulação, porém como cada caso tem suas peculiaridades, o melhor é procurar um especialista para obtenção do diagnóstico. Ainda de acordo com Taveira, a Fertilização in Vitro (FIV) torna-se difícil a partir dos 40 anos. A taxa de sucesso aos 30 anos é de 75%, caindo para cerca de 15% aos 42. O caso da jornalista Ellen Cristie Mendes é um pouco diferente e um tanto quanto curioso, ela fez três fertilizações in Vitro e não deu certo. Após essas tentativas, eis que com 41 anos, ela deu a luz à pequena Gabriela, naturalmente. Mas, antes disso, a jornalista já havia perdido três filhos, gerados de forma natural. “Desde nova, ser mãe era o meu maior sonho, maior do que qualquer outra coisa. A Gabi nasceu saudável e sem nenhuma complicação”, afirma.


Ellen conta que o apoio da família, para com as mulheres que decidem pela Fertilização in Vitro, é essencial. “Minha família nunca se opôs a minha decisão. Desde os meus 20 anos já queria ser mãe. Meu pai tem 77 anos e, mesmo sendo de outra geração, sempre me apoiou”, conta. Ela conta que na época trabalhava em um suplemento de um jornal diário voltado à saúde e qualidade de vida, e por isso tinha conhecimento da gravidez tardia, porém seu sonho era maior. Já a Rafaella também diz ter consciência de todas as dificuldades que a gravidez tardia pode lhe trazer, porém, ela afirma estar fazendo o possível para que tudo dê certo, já fez vários exames, cortou o uso de bebidas alcoólicas e do cigarro. “Existe uma preocupação, mas tenho mais fé

e pensamento positivo. Abri mão de várias coisas para ser mãe, e abriria de novo”, conta com uma voz determinada, mostrando que realmente esse é o seu maior sonho. Ainda sobre a dificuldade, ela diz que a maior será quando seu filho perguntar pelo pai, já a facilidade, ela pondera que sua idade é um fator determinante na educação do filho. “Se Deus permitisse que todas as mulheres tivessem essa estrutura e cabeça”, afirma. A jornalista Ellen Cristie também concorda que a maturidade facilita a criação, de acordo com ela, a visão de hoje é completamente diferente de quando era mais nova, é mais madura, porém ressalta que fica mais cansada, a energia já não é tão grande. “Sinto a diferença”, ela completa.

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CULTURA

A MAGIA

DO UNIVERSO CASUO

Por Helenna Dias Fotos Ronnie Stein

Pela primeira vez em BH, e visto por mais 1,3 milhão de pessoas no país, o espetáculo promete encantar e levar o público para um mundo mágico 70


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le sempre pediu a Deus o dom da arte, era uma questão de identificação com esse universo. Acreditava que, sendo um artista, poderia interpretar inúmeros personagens e viver um mundo de sonhos – um tempo onde pudesse transitar entre a realidade e a fantasia. E dizer que Deus foi generoso com ele seria no mínimo alimentar uma visão reducionista da pessoa e do talento do artista Marcos Casuo. E, talvez nas suas preces, nem mesmo ele tenha imaginado que chegaria a fazer parte do maior circo do mundo, o Cirque Du Soleil. Mas antes de estrear na famosa trupe canadense, Marcou trabalhou como office-boy, frentista, bailarino e, no circo, iniciou sua carreira profissionalmente no Grande Circo Popular do Brasil, do ator Marcos Frota, onde ficou durante nove anos. Foi malabarista, acrobata, coreógrafo, produtor, diretor e, finalmente, ator e palhaço. Sua carreira no Cirque começa em 2001, depois de ser selecionado em uma audição. Conquista que fez dele o único brasileiro na equipe de acrobacias e, posteriormente, o único também brasileiro a protagonizar a famosa obra do show Alegria.

Ele deixou o picadeiro mais famoso do mundo, por acreditar que o coração já não batia mais como antigamente, apesar de toda a estrutura e conforto proporcionados pelo Cirque du Soleil. Fala da gratidão e do prestígio conquistados, mas que já estava na hora de escrever uma nova página desse novo livro. E depois de oito anos resolveu trilhar o próprio caminho. “Quando pedi para sair todo mundo me chamou de louco, maluco, palhaço. Você vai largar tudo isso em troca de uma coisa que nem sabe se vai dar certo. Não tinha mais o que fazer lá, todas as lacunas que eu preenchia já batiam no teto, e isso começou virar rotina”, esclarece Casuo. Universo Casuo

Agora, pela primeira vez na capital mineira e com a sua própria companhia, Marcos apresenta o espetáculo O Universo de Casuo. Visto por mais de 1,3 milhão de pessoas em menos de três anos, a atração circense chega a BH por intermédio da Meet Produtora, empresa do Grupo Meet. Em cena, são 16 artistas brasileiros, em uma equipe formada por 33 profissionais, e o pú-

“QUANDO AS PESSOAS VÃO ASSISTIR AO UNIVERSO CASUO, ELAS TAMBÉM VÃO PARA CONFERIR SE O ARTISTA É TÃO COMPETENTE QUANTO NO CIRQUE DU SOLEIL”

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blico terá a oportunidade de assistir a várias performances, um pouco mais soltas. “O show não prima apenas pela excelência, música ou pelo figurino. A plateia, além de se emocionar, vai se surpreender com o nível técnico do nosso trabalho”, enfatiza. O show conta a história de um mundo paralelo, o Universo Casuo. Um lugar mágico onde tudo é possível. Nele, o personagem denominado Jean Francua, o Clown, percebe que a Terra, o planeta azul, o qual antigamente esbanjava cores, hoje está desbotada e quase sem cor. O Clown resolve atravessar o portal, entrar no nosso mundo e trazer de volta todos os sonhos, fantasias e tornando novamente colorido. Mas que fantasias e sonhos ele quer resgatar? Marcos faz uma dura crítica e diz: “hoje em dia o ser humano está mais preocupado com o próprio umbigo, com o trabalho e as contas para pagar. Se alimenta mal e acaba 72

por esquecer de cuidar da própria família, o mundo não é mais solidário e colorido como antigamente”, afirma. Sobre as comparações, o artista admite que elas são inevitáveis, mas, neste caso, elas são mais pelo nível de excelência, encantamento, sofisticação e bom gosto presentes no espetáculo. “Quando as pessoas vão assistir ao Universo Casuo, elas também vão para conferir se o artista é tão competente quanto no Cirque du Soleil. Até hoje muitos não acreditam que somos brasileiros. Não somos bons apenas no futebol e no carnaval, mas também no circo”, ressalta. Marcos comenta que há uma preocupação muito grande em relação ao trabalho, para isso, muitos figurinos são feitos por ele, concebidos inclusive a partir do princípio da cromoterapia, além da boa música, enredo próprio e que toda criação é uma obra-prima. Bom, além de ser artista plástico e maquiador.

“LEVO A PALHAÇADA MUITO A SÉRIO, TUDO O QUE FAZEMOS APARENTA SER UMA GRANDE BRINCADEIRA”


Palhaço Pipa

Um circo sem palhaço não é circo, a expressão já virou lugar comum. Mas se ele é um personagem engraçado e, quem sabe, o mais esperado pelas crianças e adultos, porque então quando alguém quer ofender o outro logo diz, “você é um palhaço”. Marcos confessa que, com 23 anos de carreira nunca parou para pensar nisso, mas acredita que a infeliz comparação vem da coisa do “pão e circo”. Diz ser comum ouvir esse tipo de “xingamento” em novelas ou então em situações de protesto, principalmente contra o governo, quando gritam: “isso é uma palhaçada”. “Não me incomoda, mas tenho amigos que se sentem ofendidos. Levo a palhaçada muito a sério, tudo o que fazemos aparenta ser uma grande brincadeira. Mas por trás disso tem muita pesquisa e muita gente envolvida e comprometida com um trabalho sério”, argumenta.

E é ao palhaço Pipa, que o ator dá vida e espera encantar o público mineiro. É quase o carro-chefe do espetáculo, e a inspiração vem das boas recordações da infância do artista. Das brincadeiras como o pique-esconde, polícia e ladrão, passa anel, entre tantas. “Fui criado em BH, minha mãe é mineira, e um pouco dessa minha vivência me fez criar esse personagem, é como se fosse uma regressão, ele é muito arteiro”, afirma. Casuo explica que todas as performances do Pipa foram “aprendidas” dentro daquilo que não pode ser feito. E o que não faltam são exemplos. “O pai diz assim, não coloque o dedo na tomada que você leva um choque. Aí vem o Pipa e pergunta, o que é um choque? Os pais falam, não raspe o prato porque isso me dá uma certa aflição, aí ele pergunta, o que é aflição? Ou seja, o personagem é aquela criança que todo mundo já foi um dia, e é brincando que a gente desenvolve

nossas habilidades”, justifica. Bom, com certeza, você já teve um dia de Pipa, né não? Sobre o que não pode faltar em um palhaço, Marcos cita a disposição, vontade de querer contracenar principalmente nas cenas em que é pego de saia justa e vaidade, desde que esta última não vire o melhor parceiro do próprio ego.

SERVIÇO Universo Casuo Datas: 20 de 21 de setembro (sábado e domingo) Horário: 19h (nos dois dias) Onde: Cine Theatro Brasil Valourec Endereço: Rua dos Carijós, nº 258 Praça Sete – BH Ingressos: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia-entrada) Tel.: (31) 3201-5211

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EDITORIAL DE TURISMO

Por Helenna Dias Fotos Daniel Mansur Há muito os brasileiros descobriram no Chile um dos destinos preferidos na América do Sul. Com ruas planas, a capital Santiago, emoldurada pela Cordilheira dos Andes, pode ser percorrida a pé, especialmente o centro histórico, com ruas exclusivas para pedestres. As estações de esqui estão entre os passeios mais procurados, mas para quem não quer enfrentar o frio da neve e se arriscar sobre os patins, o país conta com diversos museus, parques, teatros, monumentos e construções históricas, galerias de arte, belezas naturais e praias. É também em Santiago que se encontra o maior lago artificial do país. Rapel, como é conhecido, é ideal para a prática de esportes náuticos, descanso e diversão. Em seu entorno, encontramos também maioria dos campings, 74 alojamentos e clubes privados.


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Localizado em Santiago, na região central da cidade, o Mercado Central é famoso por seus restaurantes especializados em peixes e frutos do mar, destinados aos turistas. Uma das especialidades das cozinhas de lá é a centoulla, caranguejo gigante exclusivo do Chile

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ESPAÇO CÊNICO

NÃO FAÇA

DRAMA, FAÇA CAFÉ

Por Gigi Reis Fotos Rico Capucho

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ssa chamada divertida é uma dentre tantas outras oferecidas pela competentíssima banda Caffeine Trio. Formada pelas talentosas Sylvia Klein, Renata Vanucci e Carô Rennó, as cantoras abusam da criatividade na apresentação de releitura de sucessos internacionais dos anos dourados, com arranjos primorosos de Avelar Jr. e Maurício Ribeiro, que também assina a direção musical. O repertório é delicioso, oferecendo pérolas da música brasileira, americana, francesa, alemã, entre outras. O trabalho do trio envolve delicada pesquisa, sendo assumida e celebrada a influência de bandas e cantores sensacionais do período, como Andrews Sisters, Boswells Sisters, The Chordettes, Duke Ellington e Puppini Sisters. Muitos identificarão atemporais sucessos da época. As incursões nos gêneros musicais são atrevidas, à altura do que o Caffeine sobra em oferecer – pop, jazz, swing, Close Harmony e Gipsy Jazz. Sylvia Klein, uma diva nos palcos nacionais e com passagens memoráveis no exterior, empresta seu estilo singular ao delicado figurino, nos fazendo viajar para a primeira metade do século passado, numa festa de bom gosto, estilo e jocosidade. Prazeroso, divertido, de impecável qualidade vocal, ficamos mesmo deliciados com o que assistimos. É uma

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viagem pelo tempo que reflete qualidade artística e cênica, entrega total e muito, mas muito talento. Essas garotas em cena são um barato! Sobre a Caffeine Trio

Fundada em julho de 2008, a Caffeine Trio tem se apresentado, além dos palcos mineiros, espaços disputados em Berlim, onde foi recentemente exaltada por um público que se deleitou com a performance das garotas. Sylvia, que hoje reside em Berlim, concilia seu tempo entre a cidade alemã, os compromissos fora do Brasil e, ufa, felizmente para nós, nossa Belo Horizonte. Mineira de Coronel Fabriciano, eis aí uma apreciadora de queijo, digamos, entusiasmada. Renata, professora de canto e Carô, funcionária do Banco do Brasil, sabedores que somos das limitações culturais de nossas plagas, driblam todas as dificuldades para compatibilizar os ensaios. Quem aprecia o show da banda não pode supor que, por trás daquele trabalho tão qualificado, há um exemplo de superação profissional admirável. Mas o esforço das artistas nos premia. Sem dúvida, talento mineiro tipo exportação.


Aplicativo Android disponĂ­vel em

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ARTE

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POEMAS DE VESTIR

Por Sandra Leão Fotos Giovanni Bessa

Em cartaz no Centro de Arte Popular Cemig, a exposição Estampoemas conta a história do casal Chica da Silva e João Fernandes de um jeito que você nunca viu A história de uma das escravas brasileiras mais conhecidas, a Chica da Silva, o seu marido, João Fernandes de Oliveira e os filhos do casal estão retratados nos estampoemas da artista Elisa Grossi. Eles poderão ser vistos em exposição que acontece até o dia 31 deste mês, no Centro de Arte Popular Cemig no Circuito Praça da Liberdade. Mas afinal, o que são estampoemas? Poemas de vestir, criação da artista que une os conceitos de roupa, panfleto e

estandarte. Os trabalhos contam de maneira sedutora, lúdica e plástica, diversas histórias destes personagens, suas famílias, curiosidades de Lisboa, Diamantina e Curral Del Rey, arraial a partir do qual foi fundada a nossa querida capital. As peças trazem em seu planejamento textos bordados, desenhos, texturas e riqueza de manufaturas como os estandartes do século XVIII, estes eram expostos em ambientes fechados e abertos e procissões cujo principal objetivo era levar informação aos colonos.

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“ESTÃO EXPRESSOS INGREDIENTES QUE INCORPORARAM A CULTURA DAQUELA ÉPOCA ATÉ OS NOSSOS DIAS, COMO O MANJERICÃO, ALECRIM, CANELA E CRAVO”

Na mostra, estampoemas feitos pela própria Elisa Grossi e um em especial, peça do acervo do museu Daniel Luiz do Nascimento, é possível notar uma influência do passado no presente um paramento sagrado, aliado a uma peça contemporânea. Os visitantes também podem conhecer alguns trabalhos complementares assinados por alunos participantes nas oficinas ministradas recentemente pela artista. As peças têm como proposta aguçar todos os sentidos dos visitantes por meio de sons, odores e sabores, reverenciando traços da herança cultural proveniente da África, Portugal e Minas Gerais, “estão expressos ingredientes que incorporaram a cultura daquela época até os nossos dias, como o manjericão, alecrim, canela, cravo, entre outros”, afirma a artista. Já a inserção de ruídos sonoros, fica por conta dos sons das festas folclóricas, do fado – estilo musical português -, a famosa seresta da cidade de Diamantina, entre outros acompanhamentos. Elisa conta que, desde quando morou em Diamantina, da rua da sua casa

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avistava a moradia de Chica da Silva, e o fascínio pelo romance do casal sempre lhe acompanhou por anos. A artista, que já expôs seus trabalhos em outros países, revela que essa é uma nova fase artística, sendo apresentada pela primeira vez aqui em Belo Horizonte. “A principal proposta da mostra é o aproveitamento do resíduo sólido têxtil. Reinaugurar roupas que seriam descartadas, valorizar principalmente o tecido natural e mostrar a história não contada de João Fernandes, Chica da Silva e a importância deles para a cultura mineira”, afirma.

SERVIÇO Exposição Estampoemas Data: até o dia 31 de agosto Local: Centro de Arte Popular Cemig Circuito Praça da Liberdade Endereço: rua Gonçalves Dias, nº 1.608 – Funcionários - BH Horários: terça, quarta e sexta-feira, 10h às 19h; Quinta, 12h às 21h; Sábado e domingo, 12h às 19h. Tel.: (31) 3344 4155


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INFRAESTRUTURA

AEROTRÓPOLE NO VETOR NORTE

Por Luiza Rocha Foto Divulgação

Condomínios como o Reserva Real serão privilegiados com os investimentos da região

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oje, toda a economia globalizada precisa de três elementos básicos e comuns para se sobressair: profissionais altamente capacitados, acesso à internet com alta velocidade de transmissão de dados e facilidade logística proporcionada por aeroportos. Essas são as qualidades que o Vetor Norte de Belo Horizonte tem oferecido, além de ter uma posição geográfica central no Brasil e na América Latina. Somados, esses fatores contribuem para fazer da região a primeira aerotrópole da América Latina – primeira cidade aeroportuária do Brasil que irá se beneficiar do Aeroporto Internacional de Confins e de suas potencialidades. De olho neste novo cenário, o mercado imobiliário já está se adequando para atender a esse projeto. Produtos sofisticados e de grande qualidade, incluindo diversão, comércio, educação e saúde, para um público altamente qualificado já podem ser encontrados no entorno. Entre os grandes investimentos está o Reserva Real, condomínio fechado de luxo com o conceito Primme Community, que reunirá, em um só

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espaço, um conjunto de construções de altíssimo padrão e oferecerá entretenimento, lazer, esporte e uma gama completa de serviços e infraestrutura inovadores. Junto com os aportes que servirão de investimento para a expansão dos arredores, o governo estadual acaba de oficializar a licitação do Rodoanel, via de ligação leste a oeste da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O projeto vai ligar a BR-381, na saída para Vitória, à mesma rodovia, na saída para São Paulo, cruzando com a BR-040, na saída para Brasília, e rodovias estaduais como a MG-010, MG-020, MG-404 e LMG-806. Além disso, existe um projeto paralelo de ligação entre a MG 010 e MG 020, que passará em frente ao condomínio Reserva Real, que ainda será licitado. De acordo com o presidente da Reserva Real, José Miguel Martins, os novos planos para as vias de aceso são essenciais para o sucesso da aerotrópole. “Esses aportes são providenciais para o verdadeiro desenvolvimento do Vetor Norte e dos empreendimentos, como o nosso, que estão ali instalados”, argumenta.


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ADOÇÃO

À ESPERA DE UM LAR

Por Renata Felício Fotos Banco de Imagens

Caiu de 38 para 30% o percentual de famílias que só aceitava adotar um filho de pele branca. Porém, outros obstáculos ainda precisam ser superados

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ara cada criança a ser adotada, há seis pessoas dispostas a abrir as portas de casa e recebê-la na família. Cerca de 30 mil famílias brasileiras estão à procura de filhos adotivos no país, sendo que, segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), apenas 5,4 mil crianças e adolescentes estão registradas na lista para adoção. Porém, de acordo com o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), existem 44 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos atualmente e, por diversos motivos, não estão nesse cadastro Essa é a atual realidade nas casas de apoio à adoção no Brasil, e para

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auxiliar nesse processo, o Instituto Ativa Brasil, entidade sem fins lucrativos, reconhecido nacionalmente pelo trabalho social desempenhado, apoia o projeto Estrela Guia, em Pernambuco, que busca acolher as crianças e adolescentes das áreas de risco, provendo um novo lar e uma nova esperança para os jovens. Para o presidente do Ativa, Christiano Rocco, é fundamental apoiar ações sociais cujo objetivo é retirar os jovens das ruas. “Temos orgulho em apoiar um projeto que provê um novo lar saudável para que as crianças e adolescentes cresçam cercados de afetos, saúde e estudo”, afirma.


O projeto Estrela Guia auxilia 300 crianças e adolescentes em 12 lares de Pernambuco com idades entre 7 a 17 anos e, com isso, estão presentes no processo da adoção e apadrinhamento afetivo e financeiro dos jovens no estado. O programa, que é referência no nordeste pelo trabalho realizado junto às famílias e abrigos, é direcionado para crianças e adolescentes com deficiência ou em situação de risco e, com isso, mantém os jovens em casas provisórias em busca da reinserção familiar, podendo ser estendido para uma estadia permanente. A realidade da adoção no Brasil

Há pouco tempo, a diferença entre o perfil desejável pelos pais adotivos e os perfis das crianças disponíveis para adoção era um dos principais fatores que contribuía para a lentidão nas

adoções. Porém, atualmente o cenário mudou e o preconceito vem diminuindo a cada ano. De acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cerca de 40% das pessoas cadastradas atualmente no CNA dizem não ter preferência por etnia ou cor de pele das crianças. Em 2011, essas pessoas correspondiam só a 31%. Nos últimos três anos, o percentual de famílias que só aceitava adotar um filho de pele branca caiu de 38 para 30%. Entretanto, o número de pessoas dispostas a adotar mais de uma criança ao mesmo tempo ou irmãos também é baixo: gira em torno de 18%. Outro obstáculo difícil de ser superado é que apenas um em cada quatro pretendentes, ou seja, 25% das famílias aceitam adotar crianças com quatro anos ou mais, enquanto apenas 4% dos jovens que estão no cadastro à espera de uma família se encaixam nesse perfil.

CERCA DE 40% DAS PESSOAS CADASTRADAS ATUALMENTE NO CNA DIZEM NÃO TER PREFERÊNCIA POR ETNIA OU COR DE PELE DAS CRIANÇAS

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ANÁLISE

SUA QUESTÃO EM CENA

Por Simone Demolinari

Gostaria que falasse mais sobre o perfil do psicopata. Tem como ele deixar de apresentar essa doença? Acho que convivo com um”

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bservo que psicopatia é um assunto que gera muita curiosidade. Possivelmente isso se dá pelo fato da convivência com uma pessoa assim ou de conhecer alguém com essas características. Então vamos a elas: O psicopata é extrovertido, sedutor, simpático e bom conviva, está sempre em busca de diversão acima de tudo. Ausência de remorso e culpa, egocentrismo, narcisismo e mitomania (mentira compulsiva) são alguns traços da sua personalidade.

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Como disse antes, uma das suas principais características é a total ausência de remorso e culpa. Por esse motivo são eternos reincidentes em seus erros. Quando são desmascarados em alguma mentira não demonstram nenhum tipo de constrangimento.

Também estão sempre envolvidos em alguma confusão, porém arrumam sempre uma desculpa para justificá-las. Se fazem sempre de vítima da situação, nunca culpados.

É difícil terminar uma relação amorosa com um psicopata, ele envolve o parceiro numa trama difícil de se desvincular, faz chantagens emocionais e vive de promessas que não consegue cumprir. Pode até mudar seu comportamento por um pequeno período de tempo, mas sua essência fala mais forte e novamente ele volta a ter as mesmas atitudes. Punição não o impede de reincidir em seus atos incorretos.

Manipulam, mentem, seduzem a fim de obter o máximo de vantagens ou prazer. São capazes de chorar, fingir uma dor que não sentem ou até mesmo apresentar um comportamento exemplar, dependendo do seu interesse.

A única forma de ser feliz ao lado de um psicopata é se ele deixar de sê-lo, mas isso não é possível. Logo lembro de uma frase comum nos caminhões que carregam cargas tóxicas: “Mantenha distância para sua segurança”. É isso.

A vida sexual também é bem agitada, por vezes até promíscua, e dificilmente são monogâmicos. Sentem prazer numa vida afetiva movimentada, por isso costumam manter dois ou três relacionamentos amorosos ao mesmo tempo. Provocar ciúmes no outro lhes causa grande gozo.

Sorte e paz. Te espero na próxima edição. Simone Demolinari Envie suas questões para redacao@minasemcena.com.br


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ACONTECE

CADU Foto Viviane Furst

Foto Viviane Furst

BRANDÃO

Fernanda Leão Rodrigues Pereira, sócia do Hotel Fazenda Chácara

Ecoturismo ainda tem muito potencial

Cristian Soares, diretor da Mr. Black

Cafés Gourmet em expansão

O mercado de cafés gourmet ainda engatinha no Brasil, quando comparado a países europeus ou aos Estados Unidos. Mas já fazem sucesso por aqui, com enorme potencial de crescimento. Em Belo Horizonte, algumas marcas já se consagraram como referências no segmento e, no formato de franquia, cafeterias mineiras se espalham pelo país. A Mr. Black mesmo tinha apenas duas unidades em 2012 e, em maio daquele ano, iniciou seu sistema de franquias. Atualmente, são 12 lojas em sete cidades e quatro estados. Em 2015, será inaugurada uma nova unidade no Paraná, resultando um crescimento de 600% em dois anos. A empresa tem planos a médio prazo para expansão no interior de Minas, Nordeste e o exterior. A previsão é de que, até 2017, sejam 30 unidades em terras brasileiras. 94

O turismo tem muito espaço para crescer, e em Minas Gerais, por exemplo, algumas cidades exploram de maneira eficiente o seu potencial turístico. Santana dos Montes, fundada em 1749, proporciona uma viagem no tempo, fazendo os visitantes voltarem na época da colonização. A região fica inserida na Estrada Real, no Circuito Villas e Fazendas de Minas Gerais e no Roteiro Fazendas do Ouro, e possui reservas da Mata Atlântica, logradouros tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de MG (Iepha) e Áreas de Preservação Permanente (APPs). Um dos destaques é o hotel fazenda Fonte Limpa, sempre com taxas de ocupação elevadas. O local promove atividades como cavalgadas e observação de pássaros, fomentando a vocação turística da região. Com esse cenário favorável, a cidade ganha um novo empreendimento, com investimentos da ordem de mais de R$ 5 milhões. Já o hotel fazenda da Chácara é um dos mais estruturados da região, com fábrica de cervejas artesanais, vinhedos e suas suítes possuem até mesmo ar-condicionado e internet, itens raros nos empreendimentos similares na região.


Foto Divulgação

O arquiteto foi vencedor em um concurso nacional que resultaria na escolha de uma proposta para a nova sede. O anúncio foi feito pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e mais de 80 projetos, de escritórios de todo o Brasil, concorreram. O novo prédio terá 80 m, com 18 andares, construído sobre uma estrutura de 20 m de altura e será instalado onde atualmente funciona o Terminal Rodoviário da capital mineira. Gustavo Penna é um dos profissionais mais respeitados do segmento e tem como um de seus cartões de visitas a reforma do Mineirão para a Copa do Mundo.

Vale apresenta novo trem de luxo

A Vale está investindo em novos vagões mais luxuosos para o trajeto ferroviário entre Belo Horizonte e Vitória, no Espirito Santo. A nova frota começa a circular neste mês e promete oferecer mais comodidade para os viajantes. As composições contam com tecnologia romena e espaço interno maior. Todos são climatizados e com vidros duplos na janela, o que diminui o ruído externo. Quem já fez a viagem recomenda, por suas belas paisagens. O trajeto entre a capital mineira e capixaba dura 12 horas, e nos 664 quilômetros há 30 pontos de embarque e desembarque. Apesar da modernização não haverá aumento nas passagens.

Chef prepara menu que revive último jantar do Titanic

O Titanic ainda influencia bastante e mantém certo fascínio, apesar de ter sido uma tragédia ocorrida há distantes 102 anos. Volta e meia, o evento ainda recebe marcantes homenagens. O chef Carlos Pita calcula que talvez esse deslumbramento seja por todo o glamour do navio. “A nobreza, a paixão, o requinte, o luxo e porque não dizer até mesmo os excessos em tudo que foi oferecido e colocado à disposição dos passageiros, principalmente pelos da primeira classe”, segundo Pita, ainda chamam a atenção. Essa é a aposta dele para um evento especial no dia 12 deste mês no Automóvel Clube. O chef vai remontar o jantar oferecido aos passageiros no famoso transatlântico, por meio de um curso de culinária, quando irá preparar e servir quatro dos 13 pratos originais.

Em 2015, Festival de Eletrônica Tomorrowland terá edição no interior de SP

Um dos anúncios mais festejados no Brasil em 2014, é a chegada do Festival Tomorrowland em 2015. A festa será realizada em Itu, entre os dias 1º e 3 de maio. O evento de música eletrônica original da Bélgica é considerado um dos maiores do segmento. Por aqui, serão seis palcos e cerca de 150 atrações e são aguardadas mais de 60 mil pessoas. O primeiro Tomorrowland estrangeiro aconteceu em Atlanta, nos Estados Unidos. E esta será a segunda vez que o evento sai da Bélgica.

Foto Cadu Brandão

Gustavo Penna assina o projeto do novo Centro Administrativo de BH

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

BENEFÍCIOS

PÓS-COPA DO MUNDO

Por *Christiano Rocco Fotos Banco de Imagens

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uito mais do que apenas uma paixão nacional, o futebol é uma identidade brasileira reconhecida mundialmente, e a cada quatro anos desperta um sentimento patriota em mais de 200 milhões de corações brasileiros. É com muita tristeza que encaramos a derrota irreconhecível contra a seleção da Alemanha, no entanto, não podemos esquecer que o esporte também é um poderoso instrumento para auxiliar na formação e desenvolvimento da consciência cidadã das crianças e adolescentes. Por esses e tantos outros motivos, é necessário mais investimento do setor público e privado em projetos sociais que apoiam e incentivam as mais diversas modalidades esportivas.

-direito da seleção brasileira, ou Neymar Jr., considerado o ídolo da nova geração, foram divulgados em uma série de reportagens que contou a trajetória dos convocados para representar o nosso país. 23 jogadores, cada um com uma história diferente, mas algo em comum: todos enxergaram no esporte a oportunidade ideal para transformar uma paixão em profissão e mudar o rumo de suas vidas e de seus familiares. Casos de superação e vitória servem de inspiração para milhares de crianças e jovens espalhados pelo Brasil, que assim como eles buscam, principalmente no futebol, uma chance para melhorar a condição de vida e a ascensão social.

Prova da importância dessas iniciativas são as histórias de atletas que encontraram, dentro das quatro linhas, a oportunidade de carreira ou recomeço de uma nova vida. Exemplos não faltam: como os do jogador Daniel Alves, lateral-

Além de focar nos grandes eventos da categoria, deve-se dar uma atenção especial aos benefícios e influências positivas que as atividades físicas exercem na vida dos jovens e, consequentemente, de como é importante incentivar

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“(...) QUEM SABE, UM DIA, DESCOBRIREMOS MAIS JOGADORES COMO NEYMAR, DAVID LUIZ E BERNARD ESPALHADOS POR ESTA GRANDE NAÇÃO” projetos para impulsionar o trabalho social desenvolvido pelo terceiro setor. Entre as razões para tal, assegurar que, no futuro, o país possa contar com novos atletas para encarar novamente os campos de futebol na Rússia, sede da próxima Copa do Mundo, com a cabeça erguida. Para além da prática esportiva

Somado aos benefícios à saúde, o estímulo à prática esportiva contribui para motivação de crianças e adolescentes aos estudos. Isso porque

alguns projetos exigem um bom desempenho do atleta na escola. Ou seja, ele precisa obter notas dentro ou acima da média estipulada pela instituição e, somente assim, poderá continuar treinando. Essa estratégia de inclusão social busca meios para inserir os jovens de periferias e regiões menos favorecidas no ambiente escolar, mesclando o amor pelo esporte com o incentivo aos estudos. Em iniciativas dessa natureza, os valores trabalhados durante os treinos como determinação, foco, responsabilidade e cooperação são absorvidos e aplicados na vida profissional e pessoal do atleta, ainda que de modo inconsciente, e contribuem para a construção do caráter e cidadania dos integrantes. O ambiente esportivo proporciona, ainda, o autocontrole, agilidade, reflexo, coordenação motora e, principalmente, o respeito ao próximo e entre os colegas. Nas aulas de luta ou defesa pessoal, por exemplo, os competidores se curvam, um diante do outro, em sinal de igualdade e respeito - lições que as crianças carregam por toda a vida. Já outras modalidades buscam trabalhar o lado intelectual e não o físico, como o xadrez, considerado uma atividade de estratégias e raciocínio lógico. O jogo é uma excelente ferramenta

educativa e atualmente são utilizadas pelas escolas. A intenção é auxiliar no desenvolvimento das habilidades de observação e reflexão dos alunos para a resolução de problemas a partir de uma análise do contexto geral no qual estão inseridos. Neste contexto, na última década houve uma difusão de iniciativas e instituições que investiram no esporte como método educativo, expandindo as iniciativas desenvolvidas por organizações governamentais e não governamentais que utilizam a prática esportiva como ferramenta para minimizar os problemas sociais. Porém, ainda são poucos os investimentos ou patrocínios destinados a esses projetos. É necessário que os setores públicos e privados desenvolvam ações sociais de incentivo ao esporte como um instrumento pedagógico no desenvolvimento social, psicológico, comportamental e profissional de crianças e adolescentes. Feito isso, novas oportunidades vão surgir para os nossos jovens, e quem sabe, um dia, descobriremos mais jogadores como Neymar, David Luiz e Bernard espalhados por esta grande nação. *Christiano Rocco é presidente do Instituto Ativa Brasil 97


MOBILIDADE URBANA

SE QUISER,

O BRASIL PODE GANHAR

Por José Aparecido Ribeiro Foto Banco de Imagens

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seleção perdeu, mas o Brasil pode ganhar com o vexame que provocou o choro de milhões de brasileiros, ao invés do sorriso. Os que acham graça e enxergam no futebol algum benefício ou utilidade, precisam quebrar paradigmas e compreender que, às vezes, na “desgraça” está a chance da glória. Não a glória do futebol, mas a de uma nação adulta e mais avançada, independente. Além da Rede Globo, da FIFA e dos jogadores, quem ganha com o futebol? Diante do que assistimos, a sensação é de que a única coisa que realmente interessa e tem valor no país é o futebol. O resto é secundário. A derrota da seleção mostrou a vitória da competência sobre a malandragem, serve de exemplo para os que precisam entender que sem trabalho e educação, não chegamos a lugar nenhum. Antes do futebol, coisas muito mais importantes precisam ser prioridades. Os alemães estão nos convidando para passar uma borracha nesse equivoco entranhado na índole do brasileiro, de que com jeitinho tudo dá certo. Não dá mais, nem no esporte, nem na política, na mobilidade urbana, na saúde, na formação de mão de obra, no serviço publico e nem tampouco na educação que liberta os povos mais desenvolvidos. Ou paramos com a bandalheira, ou o país vai parar, os números estão aí para nos mostrar.

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E foi graças ao jeitinho que um viaduto despencou nas cabeças de 22 inocentes, matando dois deles. Aqui, em nome do politicamente correto, pode tudo: ganhar jogo sem suar a camisa, receber salários absurdos sem trabalhar, ser político sem vocação, bastando que se tenha dinheiro e padrinhos. Pode até virar presidente sem ter estudado, na base do lero-lero e da verborragia. Pode eleger filhos, irmão, sobrinhos e amigos, fazendo conchavos. Pode usar avião oficial em viagem particular e até pagar despesas pessoais com dinheiro público. Tudo pode em nome da democracia. Que democracia é essa que permite a qualquer um, o que não pode ser para qualquer um? O principal legado da Copa pode vir a ser o Brasil passado a limpo, virando a mesa quando tudo parece perdido. A população honesta, trabalhadora, que produz a riqueza desta nação deve reagir e mostrar às sanguessugas que o buraco é mais embaixo, e que não aceitamos mais enrolação e tapinha nas costas. Muito menos governos que dão comida na boca, mas não ensinam a conquistá-la por meio do trabalho honesto. A Alemanha não foi campeã por acaso, ela tem história de superação, disciplina, sabe dar valor ao que tem valor e nos deixa lições. Inclusive lições que não devem ser seguidas, quando a massa é manipulada por líderes populistas e “salvadores da pátria”.


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CENAS DE MARKETING

CEFAS

ALVES MEIRA

Pinga-fogo Ele é um dos publicitários mais premiados da propaganda mineira e brasileira. Fundador e diretorpresidente da RC Comunicação, um de seus orgulhos é sua agência manter o mesmo CNPJ (antigo CGC, Cadastro Geral de Contribuintes) desde a fundação, 40 anos atrás. “Desde que foi criada, em 1973, a RC vem sendo pioneira e é por essa característica que queremos continuar sendo reconhecidos. Fomos a primeira agência de Minas a atender uma conta nacional, a primeira a abrir uma filial fora do estado, a RC Brasília, e a primeira e única a conquistar o Yahoo Big Idea Chair, por exemplo, que premia a melhor ideia do ano no Brasil”, conta o dirigente da RC. Agora, uma amostra do pensamento de Álvaro Costa Resende.

O ano de 2014 foi bastante atípico. Além de eleições, Copa do Mundo. Quais os reflexos desses dois fatores no negócio da comunicação mineira?

Além desses, existe outro fator que foi a redução da expansão da economia nacional e mineira. Isso refletiu diretamente no nosso negócio. Estamos enfrentando uma grande queda no volume das demandas, o que acabou por afetar nosso mercado como um todo, reduzindo muito nossas atividades. E ainda temos uma eleição pela frente, que também vai nos penalizar em alguma medida. Podemos considerar o ano de 2014 como um ano um tanto quanto “apagado”. Temos a convicção de que, com todos esses acontecimentos, será um ano que não irá além do que o esperado. Nossas expectativas têm como foco 2015. Esperamos que o novo ano reverta essa situação vivida pelo negócio da comunicação mineira. O mercado mineiro vem perdendo sua pujança, já não atende grandes contas federais ou da iniciativa privada. A que você atribui esse arrefecimento?

Esta perda da força do mercado mineiro, e do investimento em comunicação em Minas Gerais, é muito grave para a comunicação feita aqui. Estamos vivenciando hoje um processo cada vez maior de concentração de contas federais e da iniciativa privada em São Paulo. Em paralelo, acompanhamos também uma redução das nossas atividades locais. Esse movimento penaliza muito nossa atividade e dificulta que as agências mineiras consigam reter talentos no estado.

Foto Norte Um/Divulgação

Como reter os (poucos) grandes anunciantes que ainda temos? Como atrair grandes empresas do interior ou de outros estados?

É um grande desafio tentar compreender esse processo, já que não nos falta experiência, qualidade, criatividade, inovação e bons profissionais. O mercado mineiro e suas agências não perdem em nenhum dos itens que contariam para a escolha de uma empresa de comunicação e publicidade. Penso que a única saída possível para a retomada do negócio da comunicação em Minas é o fortalecimento das agências, por meio de fusões. Não adianta ter várias agências pequenas, que não vão conseguir nunca competir para valer neste mercado. 100


Cannes Lions

A agência mineira de comunicação digital 3bits Estúdio Criativo ainda comemora sua performance no 61º Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade, realizado no último mês de junho. Com o projeto do Ursinho Elo, conquistou o Leão de Ouro na categoria Mobile, que premia o melhor trabalho criativo ativado através de dispositivos móveis, aplicativo ou mobile web. A ação foi realizada em parceria com a DM9Rio, para o Hospital Amaral Carvalho, referência da oncologia infantil no Brasil e na América Latina, localizado em Jaú (SP). Carnes

César Menotti e Fabiano estrelam a campanha da Plena Alimentos (carnes e derivados nobres), empresa que está inovando na área de marketing no ramo alimentício. Com o mote “Quem ama carne pede Plena”, a dupla realiza uma paródia com o seu último sucesso, fortalecendo a imagem do produto com o consumidor final. A campanha fica no ar até setembro. A conta é atendida pela Reciclo.

dastrar gratuitamente pelos sites clubeambrosios.com.br e ofertasrajagrill.com.br. Casasanto

Depois de conquistar um Grand Prix e diversas medalhas no Prêmio Minas de Comunicação 2014, a Casasanto emplaca duas peças no Show Up da revista Meio & Mensagem – principal publicação sobre o mercado de comunicação do país. O Show Up elege os 20 melhores trabalhos do ano nas categorias digital, mídia impressa, filme e rádio. Dos 20 selecionados em Minas Gerais, dois foram criados pela Casasanto para o Instituto Mário Penna: cartaz Manifesto para o Movimento Mustache e spot de rádio para a campanha Outubro Rosa. Robson Santo, sócio-diretor da agência atribui os resultados ao empenho da equipe, à filosofia da agência de se tornar referência em criatividade e, principalmente, a confiança e competência dos clientes, que cada vez mais, entendem o poder de apostarem em campanhas criativas. E, mais do que isso, cobram soluções inovadoras.

Moda Verão

Móveis

O momento certo para mudar a aparência da casa é o tema central da campanha desenvolvida pela Sofia Comunicação para divulgar a ação promocional do Shopping Minascasa, realizada entre 17 de julho a 10 de agosto. As peças têm como mote “Mude a Cara da sua Casa” e o foco em cores chamativas - como rosa, roxo, verde-limão e azul turquesa -, com o objetivo de mostrar a modernidade que o consumidor vai encontrar nos artigos à venda no shopping. “As peças são coloridas e chamativas, sugerindo uma mudança nos ambientes da casa”, ressalta Ricardo Carvalho, diretor de criação da agência. Relacionamento

Os restaurantes Ambrósio’s e Raja Grill estão adotando o marketing de relacionamento como estratégia para fidelizar clientes e, com isso, sair à frente da concorrência. Os clubes de benefícios, lançados recentemente pelos estabelecimentos, oferecem ao consumidor vantagens que vão além de descontos casuais. O Ambrósio’s, por exemplo, viu sua clientela aumentar em 30% depois que criou o Clube Ambrósio’s. Já a churrascaria Raja Grill alavancou as vendas em 50% com o Ofertas Raja Grill. O consumidor pode se ca-

A Arte Sacra Coutture, grife especializada em moda festa, acaba de lançar a sua campanha de verão 2015. As modelos Nathalia Oliveira e Nathalia Renken foram clicadas pelas lentes do renomado fotógrafo Weber Pádua. O designer ficou a cargo da Agência Catu, de São Paulo, e a direção executiva foi da Benedita Comunicação. Novo Cliente

A Interface conquistou a conta de relacionamento com a imprensa da fabricante de cachaça João Andante. O projeto incluiu a divulgação da nova marca da empresa, a “O Andante”, apresentada ao público durante a Expocachaça 2014, realizada no Expominas, em Belo Horizonte. Exportando

A Jchebly, empresa que leva expertise de 38 anos em comunicação, está intensificando sua atuação na capital paulista. Focada em atender mais de perto clientes e agências de São Paulo, a empresa montou escritório e possui equipe comercial para atender o mercado local. À frente desse time está o mineiro Antônio Bortoletto, diretor comercial da Jchebly. 101


KIDS EM CENA

PERTO

DAS NUVENS

Por Melissa Gualberto Fotos Banco de Imagens

Viajar de avião com os pequenos exige, antes de tudo, planejamento e organização. É preciso buscar o conforto e a segurança das crianças

S

abe aquela máxima de que todo cuidado com criança é pouco? E é mesmo, por isso os pais precisam - e devem - estar sempre atentos. Nesta edição vou falar da importância em planejar o passeio com os filhotes. A ideia é garantir o conforto e a segurança dos bebês e minimizar um possível estresse dos pais durante a viagem aérea.

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Veja aqui algumas dicas Conforto: os pais que viajam com crianças têm direito ao assento especial, mas como não é fácil conseguir esses lugares reserve-os, de preferência na hora da compra da passagem. Algumas companhias oferecem cardápio especial para os pequenos e um berço desmontável. Verifique se a empresa escolhida por você oferece, se sim, solicite com alguns dias de antecedência. É recomendável, também, levar lanchinhos, lembrando sempre que em voos internacionais é proibido transportar líquidos em quantidade superior a 100 ml. Dependendo da duração da viagem, vale a pena levar um cobertor, travesseirinho ou pelúcia que eles costumam usar para trazer a sensação de aconchego. Confira a documentação: no caso de viagens ao exterior, certifique-se em levar carteira de identidade, certidão de nascimento e passaporte das crianças. Ao acessar o site da Polícia Federal, durante a madrugada, é possível agendar o passaporte para uma data mais próxima, porque sempre há desistências. Alguns países exigem também o visto, assim, recomendo uma apuração mais detalhada sobre o destino da viagem. Quando precisamos, conseguimos bem rápido o passaporte e o visto da nossa pequena Isadora, mas sugiro providenciar tudo três meses antes, no mínimo. Entretenimento: providencie atividades para a criança se divertir ao longo da viagem. Caso opte por não levar objetos que podem se perder pelos bancos como, por exemplo, os coloridos lápis e giz de cera. Ou então instale no tablet ou smartphone alguns aplicativos para a distração dos pequenos. Para as crianças pequenas, outra dica bacana é levar brinquedos mais simples, desses que costumamos encontrar em bancas de jornal ou em lojas populares. Já, dentro do avião, entregue as “surpresinhas” aos poucos. Assim, boa parte do tempo será dedicada a eles e isso pode deixá-los mais entretidos com as novidades. No meu caso, levo sempre o aparelho de DVD portátil, a Isadora ama e passa boas horas assistindo seus desenhos prediletos.

Praticidade: leve uma mochila com os itens essenciais da criança, como, por exemplo, mamadeira, fralda e mudas de roupa. Além de deixar as mãos livres, a mochila pode ser colocada no colo ou no chão, sem que você tenha que se levantar a todo o momento para pegá-la no bagageiro. Quanto aos remédios, basta montar um kit simples com os mais essenciais: analgésico, colírio, antitérmico, antienjoo. Caso necessite levar algum remédio tarja vermelha ou preta, não esqueça de levar a receita também. Recomendo, ainda, levar um soro, para aplicar no nariz por causa do ar seco. Prefira horários noturnos: se possível, tente fazer com que o voo coincida com o horário do sono dos pequenos, principalmente se forem muitas horas dentro do avião. Acredite, se a criança dormir, todos irão agradecer. Dores no ouvido: bebês e crianças podem ter dores de ouvido durante o pouso e a decolagem, devido à pressurização da aeronave. Para amenizar esse desconforto, a alternativa é dar algo para ser sugado, como chupeta, mamadeira ou o peito, se a criança ainda amamentar. Para as crianças maiores, mascar um chicletinho pode ajudar. Procuro deixar a Isadora com mais apetite, tanto na decolagem quanto no pouso, para ela ter vontade de mamar. Em nossa última viagem de avião, fiz isso e deu super certo, ela não demonstrou nenhum incômodo. Mamães e papais, espero ter contribuído com mais essas dicas. Lembrem-se: façam um planejamento e organizem tudo bem antes do merecido passeio, e nada será nenhum bicho de sete cabeças. Já fizemos algumas viagens com a Isadora aqui no Brasil e, pela primeira vez, a levaremos para o exterior, Miami. Íamos levá-la à Disney, mas desistimos, achamos que seria mais cansativo do que prazeroso, então optamos por um Cruzeiro.

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BH EM CENA

JUSSARA NAVES

Colaboração Camila Almeida

Foto Flávio Charchar

BH CULTURAL

Foto Lázaro Gurgel

A Virada Cultural de Belo Horizonte, que acontece nos dias 30 e 31 deste mês, vai apresentar uma programação artística e cultural diversificada. Música, teatro, circo, dança, audiovisual, artes plásticas, literatura, moda e gastronomia, 24h, ininterruptas, vai unir o grande público, levando conceitos, tradições e novas propostas a serem discutidas. Uma das novidades é a “Viradinha”, destinada ao público infantil e à família, com grandes surpresas para a criançada e o estimulo no convívio de pessoas de várias gerações. As apresentações oficiais serão realizadas em diversos palcos espalhados pela cidade, gratuitamente, e uma das atrações confirmadas será o encontro entre Toquinho e a Orquestra Arte Viva de São Paulo. Além dos espetáculos, uma programação associada em teatros, museus, centros culturais e outros espaços. A segunda edição da Virada Cultural vai dar o que falar.

Os empresários Pedro Henrique Cruz, Marcelo Diogo e Hugo Almeida apostam em sofisticação e luxo

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PURO LUXO Considerada a casa noturna mais luxuosa de Nova Iorque, a Provocateur chega a Belo Horizonte para abalar todas as estruturas e tendências. Os empresários Marcelo Diogo, Pedro Henrique Cruz e Hugo Almeida, conhecidos pela atuação no mercado de luxo, estão apostando em sofisticação e exclusividade. O clube está localizado na esquina das avenidas do Contorno e Prudente de Morais, e recebeu investimentos de R$ 5 milhões. Quem assina o projeto é o designer alemão Rudolf Piper, especialista em criar ambientes para boates, restaurantes e hotéis. Com 600 m² distribuídos em três pavimentos, receberá pouco mais de 300 pessoas por noite, funcionando, a princípio, somente às sextas e sábados.


CÁSSIA ELLER REVIVE NOS PALCOS

Foto Divulgação

Foto Marcos Hermes

Após 13 anos sem uma das maiores compositoras já vista nos palcos, Cássia Eller revive por meio do espetáculo “Cássia Eller – O Musical”, que acontece entre os dias 08 de agosto e 1º de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), espaço que integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade. O musical foca o início da carreira, passando por toda sua trajetória até sua consagração nacional, sem deixar de lado seus amores, em especial Maria Eugênia, companheira com quem criou o filho Chicão. A atriz e cantora, Tacy de Campos, é quem interpreta Cássia Eller e chama atenção pela semelhança com a artista. Uma ótima oportunidade para matar a saudade.

CIRCUITO DAS ESTAÇÕES CAIXA/2014

Foto Andrey Zenith

No dia 10 deste mês acontece mais uma etapa do Circuito das Estações Caixa/2014, Etapa Primavera. Na estação mais colorida do ano, a competição vai reunir atletas de várias idades, que poderão optar pelos percursos de cinco ou dez quilômetros, obedecendo o regulamento. O circuito apresenta quatro etapas, uma em cada estação, mantendo o mesmo trajeto, oferecendo aos participantes comparar suas marcas e tempos, das etapas anteriores, das diferentes estações. Uma ótima oportunidade para reunir os amigos e manter o corpo saudável.

CENTRO TÉCNICO PATRÍCIA CARVALHO A hair stylist, visagista e empresária, Patrícia Carvalho, se uniu à maquiadora e visagista, Silvana Machado, para inaugurar o Centro Técnico Patrícia Carvalho, que ministrará cursos de automaquiagem e maquiagem profissional. Inovadora e diferente de tudo que a capital mineira está acostumada a ver, a instituição, que tem um ambiente cool e estilizado, promete tornar as mulheres mais ágeis e autênticas na hora da produção, além de capacitar profissionais do ramo. Para marcar o evento, as sócias realizaram um sofisticado desfile com tendências em produções de make up and hair para 2015. Modernidade, criatividade e ousadia fizeram parte da apresentação, que contou com a presença de destaques da moda/beleza, imprensa, parceiros e clientes.

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EVENTOS

CARNE NUA

E BALÃO VERMELHO

Fotos Jonathan Mello

E

m um show eletrizante, a banda CARNE NUA se apresentou no LORD PUB. Com direito a muito rock in roll e gente bonita, o show foi embasado no mais recente álbum “Entre o SIM e o NÃO”, lançado no início de 2014. A animação da noite ficou por conta também da banda Balão Vermelho, queridinha dos mineiros amantes do rock.

Natália Andrade, Rosemari Lima e Marcela Banda Balão Schettino Vermelho

Maria Clara Carvalho e Thiago Mendes

106 Douglas Santos e Lyzia Pretti

Luiza Curzio, Marcela Henriques e Marina Henriques


Jean Zebral e Paola Soares

Gabriel Moraes e Gabriela Tavares

Lívia Reis e Rafael Soares

Otávio Ananias e Juliana Araújo

Izabela Soares, Patricia Mayrink e Marina Cordeiro

Rodrigo Salum, João Gabriel e Gabriela Rocha

107 Igor Torres e Fernanda Colombini

Marina Andrade e Daniela Andrade


EVENTOS

Laura Soares e Annie Xandrine

Ana Flávia Lavandoski

Renata Marques e Sofia Soloveva

ROMARIA

Jhessyca Zanetti

LANÇA NOVA COLEÇÃO

Fotos Junior Vilhena

A

atriz global Carol Castro marcou presença no lançamento da coleção verão 2015 da grife Romaria, em Belo Horizonte. Carol estava vestindo um macaquinho estampado da marca e esbanjou simpatia, posando para fotos e conversando com os convidados. As estampas exclusivas da marca estão presentes em toda a coleção e, desta vez, com referência à cultura britânica. O mix de texturas e detalhes, agregam sofisticação para a mulher que procura um look jovial e chique. O estilo da Romaria é dirigido pela empresária Rosângela Aguiar em parceria com a designer de moda Eid Rocha.

Deborah Zandanna e Carol Castro

Alexandre Aguiar, Rosângela Aguiar, Eid Rocha e Daniel Aguiar

108 Eid Rocha, Rosângela Aguiar e Renata Marques

Joana Leles, Daniel Aguiar, Carol Castro, Rosângela Aguiar, Alexandre Aguiar e Emmanuelle Lara


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EVENTOS

Gustavo, Lucarelli, Glauber Cardoso

SEXTA

Larissa Aguino

SERTANEJA NO WEST PUB

Fotos Flávio Borges

D

estino certo no roteiro de luxo da capital, o West Pub garante muita farra e badalação em suas noites. Ao som do melhor do sertanejo, a dupla Tarso e Thalles, conhecidos por oferecer uma proposta musical irreverente que mescla o tempero da música baiana ao ritmo, contagiou a galera. O queridinho das garotas, Humberto Diniz, também passou por lá e apresentou hits de sucesso.

Marina Campos

Renata Robini

Débora Rezende

110 Luciano e Aline

Angélica Marteletto e Thiago Marteletto


Josiele Voiski

Mara Dâmaso

Ana Remigio

Alessandra Borges

Patrícia Souza

Débora Cotta

Ana Carolina

111 Amanda Oliveira Bretas

Isabela Vieira

Angélica Marteletto


EVENTOS

Enrrico Machado

Jussara Naves e Bernard

CAFÉ

Herbert Carneiro e Fabiana Carneiro

DEL MAR Fotos Andrey Zenith

O

Café Del Mar atraiu um grande público no Clube Serra da Moeda, à beira da Lagoa dos Ingleses. Nem o frio ofuscou o brilho da festa que foi marcada pelas presenças dos DJs Pedrão Meirelles, do espanhol Hector Lopes, residente da famosa Café Del Mar de Ibiza, e dos alemães Milk & Sugar. Muita música, gente bonita e alegria foram o ponto alto do encontro.

Eugênio Ferreira, Rayssa Marques e Cristiano Pereira

Tatiana Gontijo e Léo Stallone

112 Laura Mendes, Isis Rie, Marianne Drumond e Flávia Marinho

Luisa Sily, Léo Sorriso e Larissa Vidal

Naiane Ribeiro


ciaathletica.com.br

Shopping DiamondMall

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EVENTOS

EXPOSIÇÃO

MANGALARGA MARCHADOR

Fotos Jonathan Mello

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revista Minas em Cena marca presença em mais um grande evento de BH. Dessa vez foi na Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, ocasião em que os convidados e parceiros da Minas em Cena puderam desfrutar, em espaço exclusivo, das diversas atrações ocorridas durante o evento.


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CRÔNICA

CARTA

PARA “SEU TIÃO”

Por Helenna Dias Ilustração Rodolfo Xavier

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á se passaram 31 anos desde a sua partida e, apesar dos meus 18 anos à época, era uma criança. E assim, da noite para o dia, o tempo “roubou” todas as possibilidades de vivermos muitas coisas. Não tive tempo de dividir tantas alegrias, como o primeiro trabalho de carteira assinada, como auxiliar de cozinha. Talvez dissesse pra seguir outros rumos, afinal, era uma técnica em contabilidade. Mas na sequência diria, “se é o que você quer...”. A felicidade de quando comprei o meu apartamento ficou guardada comigo, povoando o meu imaginário de como seria a reação dele. Vejo um sorriso escancarado, embora lhe faltassem alguns dentinhos. E um orgulho danado, no mínimo contaria para todos os vizinhos. E a euforia de quando passei no vestibular, aos 36 anos, para a faculdade de jornalismo? Essa alegria partilhei com a família e amigos. Não com ele! Apesar de ele saber que, aos 13 anos, já queria ser uma jornalista. Com uma

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visão romanceada da profissão, acreditava que poderia mudar o mundo. Mas, pensando bem, melhor assim. Justo como ele era, ficaria decepcionado em saber que a imprensa, com raras exceções, só serve aos interesses do que lhe convém. Por outro lado e apesar de, ficaria extremante feliz em saber que a filha procura fazer a parte que lhe cabe, fiel aos princípios e valores passados por ele. Da minha paixão pelos gatos ele sempre soube, só não teve tempo de saber que atualmente tenho cinco. Por enquanto! Das tristezas, ficou o desejo de contar tanto quanto. Da morte da minha gatinha Naná e outros agregados que passaram por minha casa; do meu pânico em viajar à noite após sobreviver a um grave acidente; das decepções no trabalho; dos amores não vividos por medo de sofrer; e dos vividos, mas que também me fizeram sofrer. Ficou também a tristeza de que, a cada pequena conquista, correria para lhe contar as

boas-novas. A tristeza de quando chegar à noite, dizê-lo: “bença papai”. E ele, “Deus te abençoe”. E eu, novamente: “dorme com Deus papai”; “dorme com Deus também”. E por que somente agora resolvi falar sobre isso? Por uma tristeza enorme em pensar que a pequena Ana Clara, filha da motorista de ônibus Hanna, morta recentemente após a queda de um viaduto na capital mineira, teve a mãe por tão pouco tempo – somos vítimas da negligência do ser humano. Viveremos muito momentos alegres e tristes, certamente. Por tudo isso e para contrariar a ordem natural de que os pais nunca deveriam enterrar um filho, o contrário também deveria valer. Sobra por fim, um misto de sentimentos que só o imponderável explica. Ou não! Assim, quando a saudade aperta prefiro me fiar na sabedoria de Guimarães Rosa: “O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas”.


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