Jornal de Abrantes - junho 2023

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/ JORNAL DE ABRANTES j

/ Freepik

ANOS ESPECIAL FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES 2023

/ ANO 123 / DISTRIBUIÇÃO

PUBLICIDADE a ¶ 123

ESPECIAL FEIRA DO TEJO, VILA NOVA DA BARQUINHA

Págs. 13 e 16

Págs. 17 a 24 ESPECIAL FEIRA MOSTRA DE MAÇÃO

Pág. 33

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uma nova forma de comunicar. ligados por natureza.

241 360 170 . geral@mediaon.com.pt www.mediaon.com.pt PUBLICIDADE
Págs. 25 a 28
ABRANTES MIAA é Museu do Ano 2023
/ Abrantes / Constância / Mação / Sardoal / Vila Nova da Barquinha / Vila de Rei / Diretora Patrícia Seixas JUNHO 2023 / Edição n.º 5628 Mensal
GRATUITA
ABRANTES É “ZONA LIVRE TECNOLÓGICA” PARA RENOVÁVEIS
Ao abrigo da organização do Sistema Elétrico Nacional, foi criada uma Zona Livre Tecnológica (ZLT) para as energias renováveis no município de Abrantes. O objetivo é que esta ZLT possa atrair ‘startups’ e ‘players’ do setor. Havendo uma ZLT e um Fundo de Transição Justa, poderá haver aqui uma possibilidade de se fazer inovação e aceder a nanciamentos. Pág. 10

EDITORIAL / FOTO OBSERVADOR /

Festa, festa e mais festa...

Colocando as coisas por ordem... dia 7 arrancam as Festas da Cidade de Abrantes que, durante oito dias, até dia 14, vão animar a comunidade abrantina e todos os que a visitam. No dia 9 começa a Feira do Tejo, em Vila Nova da Barquinha, que se prolonga até ao dia 13. Nos dias 9 e 10 de junho, Constância comemora as Pomonas Camonianas com diversas atividades ligadas ao poeta maior. Tem depois uns dias para descansar, mas não esquecer que, pelo meio, ainda há o São João (dia 24). Logo de seguida, tem início a Feira Mostra de Mação, que arranca dia 28 e se prolonga até ao dia 2 de julho.

É só escolher os dias que mais lhe agradam, consoante os vários programas, e não parará de estar em festa este mês. Tem toda a informação de que necessita nas páginas do seu Jornal de Abrantes que, devido a tantas festividades, também teve que aumentar de tamanho nesta edição. Manter o plano de investimentos previstos na produção e criar um polo de investigação em Abrantes, continuam a ser os objetivos da Endesa, conhecidos quando venceu o concurso para o Ponto de Injeção na Rede do Pego. Entretanto, também ficámos a saber que, ao abrigo da organização do Sistema Elétrico Nacional, foi criada uma Zona Livre Tecnológica (ZLT) para as energias renováveis no município de Abrantes. O objetivo, de acordo com o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Miguel Pombeiro, é que esta ZLT possa atrair ‘startups’ e ‘players’ do setor. Havendo uma ZLT e um Fundo de Transição Justa, poderá haver aqui uma possibilidade de se fazer inovação e aceder a financiamentos. É aproveitar. Explicamos tudo mais à frente neste Jornal.

No final, um agradecimento e um “até já”. O nosso cronista Nuno Alves vai iniciar uma nova etapa na sua vida profissional o que, para já, torna difícil a sua continuidade no nosso jornal e também aos microfones da Rádio Antena Livre. Ao Nuno, por todos estes anos de análise à atualidade internacional, o meu muito obrigada. Contudo, ficamos a torcer para que tudo corra bem com a nova aventura e que rapidamente as coisas estabilizem para voltarmos a contar com ele. É portanto, um até já.

Quanto a si, leitor, é, como sempre, um até breve. Chegará cansado a julho mas até nisso estamos juntos.

PERFIL / / Idade:

52 anos, acabadinhos de fazer.

/ Pro ssão: Rececionista /Telefonista

/ Naturalidade / Residência: Nasci na Alemanha, cresci em Arreciadas (Abrantes) e vivo em Odivelas (Lisboa )

/ Qual é o seu maior medo?

Não ter saúde. Assusta-me muito pensar que a saúde pode faltar. E já vou apanhando alguns sustos.

/ Qual é a pessoa que mais admira?

Sem dúvida os meus queridos pais. São eles que mais admiro. E admiro também algumas pessoas muito importantes na minha vida.

/ Onde e quando foi mais feliz?

Ao entrar nos estúdios da RAL pela primeira vez em Arreciadas, nos tempos da loucura das rádios locais. Inesquecível para mim!! Felizmente que ainda hoje faço rádio. Os tempos mudaram, as rádios também, mas tenho a sorte de estar ligada às 2 rádios da minha terra onde

O dia começou chuvoso, mas rapidamente o verde e vermelho encheram o espaço e as conversas em torno de um derbi BenficaSporting ou SportingBenfica que se realiza todos os anos e, imagine-se, já vai em 55 Há uma comissão organizadora que escolhe o “campo” que afinal é uma mesa. E se os “atletas” das mais variadas idades começaram com uma sardinhada, logo passaram para uma favada. Há um árbitro que pode mostrar cartões aos “jogadores” por “mau comportamento” ou “entradas mais duras”, na conversa é certo. Este ano os “vermelhos” estavam mais sorridentes, porque este derbi foi marcado para o dia 28, quando ainda estavam inebriados pela conquista do 38.

Há uma certeza. Pró ano há mais um derbi, à mesa é claro!

faço emissão: A Antena Livre e a Rádio Tágide. Tenho ainda um projeto rock na NTR – Network Rádio, de Odivelas. Claro que ter um estúdio de rádio em casa, facilita tudo.

/ Se pudesse mudar uma característica em si, qual seria? Não acreditar tanto nos outros. Acredito em tudo o que me dizem e, por isso, às vezes tenho surpresas pouco agradáveis

Se morresse e voltasse, que pessoa ou coisa seria? Gostava de ser uma gata com uma dona como eu!

/ O que mais valoriza nos seus amigos?

Lealdade e con ança!.

/ Qual é a caraterística que mais detesta nos outros?

Hipocrisia

/ Em que ocasiões mente?

Não gosto de mentiras.

/ Quem são os seus artistas favoritos?

Tina Turner, sem dúvida. Infelizmente deixou-nos há muito pouco tempo. Mas, são

muitos e muitos os nomes da música que admiro.

/ Quem é o seu herói da cção? A Mulher maravilha!

/ Com que gura história mais se identi ca?

Padeira de Aljubarrota

/ Quem são os seus heróis da vida real? A minha mãe!

/ Qual o seu destino ideal de férias? Porquê? Maldivas! Poder estar no paraíso seria ideal.

/ Se fosse presidente de Câmara do seu concelho, o que faria?

Daria sempre muito apoio aos idosos, para que tivessem uma velhice digna e com qualidade. Muitos idosos (grande parte) não têm como pagar uma velhice com o mínimo de qualidade e por isso considero que era importante existirem mais apoios nesta área. Criava uma rede de transportes mais e ciente e voltaria a reabrir as escolas primárias da minha aldeia.

FICHA TÉCNICA Direção Geral/Departamento Financeiro Luís Nuno Ablú Dias, 241 360 170, luisabludias@mediaon.com.pt. Diretora Patrícia Seixas (CP.4089 A), patriciaseixas@mediaon.com.pt Telem: 962 109 924 Redação Jerónimo Belo Jorge (CP.7524 A), jeronimobelojorge@mediaon.com.pt, Telem: 962 108 759. Colaboradores: CMHT, Paula Gil, Paulo Delgado, Teresa Aparício. Cronistas: Alves Jana; Armando Fernandes e Nuno Alves. Departamento Comercial comercial@mediaon.com.pt. Design gráfico e paginação João Pereira. Sede do Impressor Unipress Centro Gráfico, Lda. Travessa Anselmo Braancamp 220, 4410-359 Arcozelo

109 924. geral@mediaon.com.pt. Sede do editor e sede da redação Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65, 2204-909 Abrantes. Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda., Capital Social:

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JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
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/ Joaquina Oliveira, mas desde criança conhecida por Kina Oliveira

ENTREVISTA /

Barragem do Negrelinho, Mouriscas, foi inaugurada há 30 anos

// 6 de junho de 1993, cerca das 18 horas, a população de Mouriscas juntou-se junto à Barragem do Negrelinho, para inaugurar uma obra que tinha começado em 1977. A barragem, totalmente artificial, fora de qualquer linha de água ou ribeira tem uma largura de 500 metros, uma extensão de coroamento de 730 metros e uma capacidade de armazenamento de 1 milhão de metros cúbicos. A captação é feita a 7 km de distância, na Queixoperra (concelho de Mação) e o transporte, de 1,116 m³ por hora, é feito por gravidade. Humberto Lopes lançou a obra com presidente da Junta de Freguesia de Mouriscas e inaugurou-a como presidente da Câmara de Abrantes em 1993. 30 anos depois recorda esse 6 de junho, quando as pessoas (mesmo os que não acreditaram) assistiram à chegada da água a Mouriscas.

O abastecimento de água a Mouriscas era um anseio da população. Até ali havia problemas com o abastecimento, havia horas em que as torneiras estavam secas. Havia a expetativa de resolver esses problemas com uma barragem que demorou 16 anos a ficar pronta. Desse 6 de junho de 1993, recorda-se do momento da inauguração?

O que começou a funcionar nessa data foi o canal que transporta a água desde a ribeira, a nascente da Queixoperra (concelho de Mação), até à barragem. Essa conduta tem 7,5 km’s. Havia muita gente que não acreditava que a água chegasse à barragem...

... porque é transportada apenas por gravidade?

Vem toda por gravidade, não há qualquer consumo de energia no transporte. A cota entre a captação na ribeira e a saída da conduta, na barragem, é superior a 7,5 metros [NdR: de acordo com os dados da época o desnível era de 10,14 metros], qualquer coisa como 1 milímetro por metro. Mas é preciso perceber que a conduta segue o relevo do terreno e sendo que nunca pode a conduta ultrapassar a cota de entrada da água. A água vem numa conduta fechada, sobe e desce declives acentuados e muitas pessoas não acreditavam ser possível, porque estava, habituadas ao desnível dos regos das hortas, onde a água corria livremente. Foi um dia muito importante que nos reunimos junto à saída da conduta e quando a água começou a correr houve uma salva de palmas.

Antes o abastecimento era feito por furos?

Já havia abastecimento público, mas com muitos problemas. O primeiro ponto de abastecimento foi a partir da Serra das Lercas [água que atualmente abastece em exclusivo a Fonte dos Amores], mas não chegava. Havia um poço no Poçarrão e vários furos. Mas era insuficiente e só havia algumas

horas do dia. O funcionário dos Serviços Municipalizados avisava as pessoas dos horários para que, antes de “fecharem a água”, pudesse encher tanques, bilhas ou baldes para depois poderem utilizar nos horários “secos”.

Nessa inauguração esteve o Governador Civil, na altura José Luís Ribeiro dos Santos?

A iniciativa partiu do presidente da Junta de Freguesia, à altura João Valente, que convidou a Câmara e o Governador Civil. Havia uma comparticipação do Estado no financiamento da obra e, por uma questão de deferência, era importante que alguém em nome do governo pudesse falar às pessoas.

E o presidente da Câmara, Humberto Lopes, o que é que disse?

Recorda-se?

Não. Devo ter destacado a importância da obra para a freguesia de Mouriscas e devo ter agradecido ao Estado. Repare, a obra tinha começado em fevereiro de 1977, tinha eu acabado de tomar posse como

presidente da Junta de Freguesia de Mouriscas.

1977 a 1993 “é uma vida”?

16/17 anos. E porquê? A barragem não tem captação de água. Aquilo foi aproveitar o vale e aproveitou-se a terra para fazer o “paredão” que, em terra, é difícil de construir. Não pode ter nada que possa provocar uma fissura. Tem de ser bem compactada. A terra era frequentemente analisada para evitar desmoronamentos.

O problema teve a ver com disponibilidade dos terrenos para atravessar a conduta. A barragem foi muito rápida. Os Serviços Municipalizados trataram dos terrenos, em fevereiro foi lançada, em março já havia obra e terminou em final de 78 ou início de 79. Mas depois era preciso construir os 7 km’s da conduta. Desses 7,5 km’s só se conseguiu fazer 500 metros, logo à saída da barragem. Eram os terrenos que estavam disponíveis. Depois não estavam disponíveis. Foram centenas de proprietários a contactar em Mouriscas e, para

complicar mais, muitos também no concelho de Mação. E, note-se, na altura ainda havia hortas ao longo da ribeira que eram regadas pela água da ribeira, e as pessoas não queriam perder essa rega. Tanto que baixamos o diâmetro da conduta. Em vez de 28 dias, a barragem teria possibilidade de ficar cheia em 33 ou 34 dias. Mas era sempre um enchimento a realizar no inverno.

O que é que desbloqueou esta situação 10 a 11 anos depois da “paragem”?

Em janeiro de 1990 a empresa, Construtora do Lena, tinha colocado os Serviços Municipalizados em Tribunal porque tinham um contrato que não foi cumprido. Por isso a empresa exigia e indemnização correspondente ao valor que não tinha feito. Fomos a Tribunal e chegámos a um acordo. A Construtora apresentaria o valor do custo da obra a preços de 1990. Ou seja, em 1977 a barragem tinha um custo de 17/18 mil contos e em 1990, só a conduta passou para 300 mil contos (1,5 Milhões de euros).

E os terrenos já estavam desbloqueados?

Nas Mouriscas tratámos de tudo e em Mação tivemos de ir falar com o presidente Elvino Pombo. Foi necessário fazer reuniões com os proprietários na Câmara de Mação. Mas começou a obra. Ainda tivemos um ou dois problemas em tribunal com proprietários vizinhos dos locais onde passou a conduta. Nalguns locais tivemos de recorrer a fogo para rebentar rocha e alguns pedaços rebolaram para as propriedades nos vales. Mas conseguimos resolver uma obra difícil, cara e que está enterrada.

A barragem começou em 1977, mas tanto quando sei os projetos são muito anteriores?

A primeira captação, na Serra das Lercas e que atualmente vai para a Fonte dos Amores, dever ser da década de 50 do século passado. Recordo-se de terem feito os levantamentos topográficos para o abastecimento. Em 1975 havia uma corrente na freguesia queria a água captada no Rio Tejo, como no Taínho. Ou seja, uns furos feitos nas proximidades do Tejo, e depois a água era elevada para ser distribuída. Felizmente essa opção não foi avante. E não foi avante porque surgiu este projeto que foi oferecido aos Serviços Municipalizados de Abrantes pelo falecido Engenheiro Jerónimo Leitão. Era engenheiro-agrónomo e especialista em construção de barragens. É um projeto com algum arrojo por causa da conduta. Não terá sido fácil projetar a conduta através de floresta e por gravidade. Não sei mesmo, se no concelho de Abrantes, alguma vez foi feita uma obra desta envergadura. Talvez este projeto atual do abastecimento de todo o concelho a partir do Castelo de Bode.

E a água entrou logo em distribuição, quando a barragem encheu?

Sim, porque a estação de tratamento foi sendo construída no período em que a obra esteve parada por causa da conduta. Quando a barragem encheu foi logo ligada à rede pública.

3 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
// por Jerónimo Belo Jorge

Escola Judite Andrade inaugurada e elogiada pelo ministro da Educação

// Com uma tarde com poucos alunos, no dia 10 de maio, João Costa, ministro da Educação, foi recebido na Escola Judite Andrade de Sardoal com uma formatura dos Bombeiros Municipais de Sardoal.

Depois, no descerramento da placa evocativa da inauguração, João Costa repetiu o que tinha feito de manhã em Abrantes e chamou dois alunos para puxarem a bandeira nacional e, deste modo, deixarem a escola inaugurada. Será, seguramente, um momento que estas crianças não vão esquecer.

Entre a visita a todos os cantos da escola, salas de aula, pavilhão desportivo, cozinha, refeitório, sala de professores e espaços exteriores, João Costa ainda falou com o Salvador, um aluno de educação especial que lhe “pediu o regresso de Inglaterra à União Europeia”, com dois jovens que jogavam xadrez no bar ou com um outro jovem que tinha partido um braço e estava, por isso, engessado. João Costa perguntou se todos os amigos já tinham autografado o gesso e, para espanto, pediu uma caneta para deixar o seu

A EN 2 é “o melhor projeto de coesão nacional”

// A mítica Estrada Nacional 2 assinalou no dia 11 maio, o seu 78.º aniversário na vila do Sardoal, numa cerimónia que juntou autarcas e exautarcas dos concelhos da Nacional 2, representantesdo Observatório N2 e da ainda da Infraestruturas de Portugal.

autógrafo no gesso do Dinis.

Já na sessão oficial, Ana Paula Sardinha, diretora do agrupamento começou por se mostrar grata pelo trabalho de todos e todas que estiveram envolvidos num processo longo, desde 23 de se -

Durante a cerimónia Miguel Borges, autarca de Sardoal e presidente da Assembleia Geral da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, realçou a importância deste projeto para os territórios trespassados pela mítica estrada.

Miguel Borges, frisou que a estrada, no traçado original, passa ali mesmo ao lado do centro cultural Gil Vicente, para de seguida notar que o governo precisa de fazer pouco neste produto turístico. “Basta abrir cordões à bolsa. A nossa rota é fundamental para vender os produtos turísticos”, disse o autarca.

Miguel Borges foi falando sobre as mais-valias da EN 2 e dos territórios que lhe estão adjacentes, sendo que há muito mias do que uma estrada ou as localidades que ela atravessa. Há paisagens, património natural, edificado, histórico, cultural, gastronómico e por aí fora. E depois deu um exemplo de que procura ou pode procurar este produto turístico. “Na semana passada no restaurante onde hoje vamos almoçar estava um casal

tembro de 2016. Foi um caminho complexo, com o “pó nas salas de aula, pelos reduzidos espaços exteriores, e ainda com a pandemia da Covid-19”, disse a diretora referindo que foi um teste à paciência e resiliência de alunos, professo -

res e assistentes operacionais e técnicos.

Logo a seguir, Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, começou o recuar no tempo. É que já lá vão 20 anos desde o projeto educativo que ele próprio,

2, referindo “que é um gosto trabalhar o maior projeto de coesão territorial em Portugal”. Falta apenas um concelho para que a Rota tenha o pleno do território por onde passa a EN 2. Falta a Câmara de Alcácer do Sal entrar na Associação.

como professor, coordenou o primeiro projeto educativo.

O mote foi “interioridade não é sinónimo de inferioridade”. O agora autarca sublinhou que, na altura, estava longe de sonhar que esta frase do projeto educativo de Sardoal o iria acompanhar ao longo da vida política.

Já o ministro, João Costa, confirmou os muitos SMS trocados com Miguel Borges a propósito desta visita. “E este convite do presidente da Câmara é em tudo compatível com esta emoção que o senhor presidente esteve aqui a explicar toda a luta para poder ser prioridade, para que se concretizasse e para que hoje pudéssemos estar aqui neste espaço tão bonito. E com uma escola, como dizia a diretora, sendo mesmo uma escola de futuro.”

João Costa sublinhou que há um bom espaço, mas um bom espaço não funciona sem os professores e operacionais que fazem mudar a vida dos alunos. ”Se a escola não servisse para transformar vidas podia ser o espaço mais fantástico do mundo que não cumpria a sua função.”

O governante, após visitar todos os espaços, disse que “pude ver, não só felicidade nos olhos deles (dos alunos), mas também a energia e a vitalidade desta escola, nos projetos que desenvolvem”.

João Costa destacou ainda que o caminho trilhado não tinha sido possível se não tivesse existido uma grande parceria com os Municípios. “Não fosse a grande visão e empenho dos municípios não estávamos a celebrar estas novas instalações, um pouco por todo o país.”

Jerónimo Belo Jorge

nistros e secretários de estado.

norte-americano que veio fazer a Nacional 2 depois de já ter feito a famosa Route 66.”

O autarca deixou a mensagem que é muito importante que os técnicos que “aqui estão connosco que transmitam aos presidentes e vereadores dos seus municípios que eliminem barreiras que ainda possam ter”, em relação à Rota ou à Associação de Municípios da EN 2.

Luís Machado, presidente do Conselho Diretivo da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (AMREN 2) e da Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião, realçou a importância do envolvimento dos 34 concelhos associados da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional

Luís Machado evocou os 78 anos da Estrada e os quase 7 anos da AMREN, para iniciar uma reflexão sobre o que apelidou “a barreira dos sete anos e as dores do crescimento.”

E aludiu depois à forma como, modo geral, se cria uma marca. Há uma ideia, passa a projeto, parra a marca e depois vem o produto e depois tudo o que pretendemos vender. Só que aqui é diferente, é ao contrário. Aqui “já temos o produto.”

E a reflexão é importante, e muito, junto dos decisores políticos com poder de decisão e não apenas nos técnicos, que muitas vezes vão aos trabalhos da AMREN 2. “Estamos nas discussões dos fundos Comunitários. Temos uma oportunidade extraordinária para a Nacional 2. Já reunimos com mi-

Temos previsão de financiamentos de 5 milhões no programa ITI (Investimentos Territoriais Integrados), mais a possibilidade de 2 ou 3 milhões no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) e outros 2 ou 3 milhões no Programa Interreg Europe. Há o problema dos 15% de financiamento local.”

Luís Machado demorou-se nesta temática, ao referir que um financiamento de 11 mil euros por município para uma prova de atletismo foi um problema, como será se for preciso garantir os 15% de 9, 10 ou 11 milhões de euros. Mesmo assim, o presidente da AMREN afirmou que juntamente com Miguel Borges vão fazer um périplo pelos concelhos e bater às portas de todos os municípios atravessados pela Nacional 2. E frisou que há aqui uma grande oportunidade para fazer a coesão nacional, mas têm de se intensificar as relações de proximidade entre os territórios, as pessoas e a Nacional 2.

Jerónimo Belo Jorge

4 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 REGIÃO / Sardoal
/ O ministro da Educação chamou dois alunos para descerrarem a placa de inauguração da escola

REGIÃO / Sardoal

Casa Grande integra Agenda do Turismo para o Interior

// Foi apresentada no mês de maio, pelo Governo, na Covilhã, a Agenda do Turismo para o Interior.

Destinada à dinamização do setor turístico no interior de Portugal, a Agenda é composta por iniciativas e medidas que visam conectar os territórios, valorizar os recursos, investir nas empresas e projetar o interior e a sua oferta turística.

Através do programa Revive, estão oito imóveis de interesse turístico e histórico que passam agora a estar disponíveis para quem manifestar interesse e onde está integrada a Casa Grande ou dos Almeida, de Sardoal. A informação foi dada pelo presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges, na reunião do Executivo desta segunda-feira, 15 de maio.

“Dentro desta Agenda estão oito Municípios que possuem imóveis de interesse turístico e histórico e onde está, finalmente, a nossa Casa Grande”, disse o autarca.

Miguel Borges explicou depois que agora “a articulação deixa de ser com o Município e passa a ser com o Turismo de Portugal, ou seja, nós delegamos no Turismo de Portugal esta representativi -

dade do Município”. Com a Casa Grande incluída na Agenda, isso “permite que quem esteja interessado possa ter, logo à partida, uma linha de financiamento a fundo perdido que pode ir até 400 mil euros, além de outras linhas de financiamento que nós temos, inclusivamente algumas aqui específicas para a nossa região, como é

o caso do Fundo para a Transição Justa”.

A Agenda do Turismo para o Interior é construída em articulação e cooperação com os agentes do território, com o objetivo de colocar mais interior nas políticas públicas do turismo, impulsionar mais turismo nos territórios do interior, levar mais economia com

empresas geradoras de riqueza e atrair mais pessoas para viver, trabalhar e visitar o interior de Portugal.

Durante a sessão foram anunciadas as medidas, a sua calendarização e fonte de financiamento, num pacote conjunto de cerca de 200 milhões de euros que pretende utilizar o turismo como catalisador da coesão e desenvolvimento económico dos territórios de baixa densidade.

Wc’s públicos na Tapada da Torre são “uma necessidade evidente”

Ainda na reunião do Executivo de Sardoal desta segunda-feira, o vereador socialista Pedro Duque apresentou uma proposta no sentido de serem construídos wc’s públicos na zona da Tapada da Torre. Afirmou o vereador que “é uma necessidade que consideramos evidente”, sendo um local junto ao agrupamento escolar e onde decorrem várias atividades. Por outro lado, acrescentou Pedro Duque, “e isto tem a ver com cidadania e pela falta deste equipa -

mento, há ali um espaço a que as pessoas recorrem para satisfazer as suas necessidades fisiológicas (...) e onde o cheiro é nauseabundo, ainda por cima próximo de um comércio”.

Para o vereador socialista, esta questão “nem me parece de muito difícil execução visto os esgotos passarem relativamente próximos”.

Na conversa com o presidente da Câmara, Miguel Borges reconheceu que esta situação “não é nada agradável para os moradores ali da zona” e assumiu que esse é um tema que está em análise e que até já tinha sugerido que alguém apresentasse uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo. No entanto, “não foi feito mas é um dos assuntos que temos em análise e justifica-se, até porque temos um conjunto de atividades que vão sendo lá feitas. Por exemplo, este ano a partida do Trail vai ser lá e é sempre bom que tenhamos ali alguma estrutura de apoio”.

5 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES PUBLICIDADE
/ Turismo de Portugal passa a representar Município na articulação com interessados na Casa Grande
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Ministra inaugurou Lar em Vale das Mós

// É o maior financiamento do PRR do distrito de Santarém na área social. A Associação Social “A Mó e a Água” inaugurou o seu lar de idosos “Todos Irmãos”, conhecido como lar do Padre Zé da Graça.

Sexta-feira, dia 5 de maio. Pouco antes das 16 horas o espaço exterior do lar de idosos de Vale das Mós estava apinhado. Entre os habitantes da terra e as dezenas de convidados, todos esperavam a chegada da hora de abertura das portas de uma instituição que foi pensada ou sonhada há 40 anos.

A Associação Social “A Mó e a Água” avançou com este projeto que todos chamam lar do Padre Zé da Graça. Foi precisamente há 40 anos que José da Graça, então pároco de Vale das Mós sonhou este lar porque, como diz, o ministério da Igreja para ele só faz sentido com obra social e em prol dos outros Com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o diretor da Segurança Social de Santarém, Renato Bento, e o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, o Cónego José da Graça confidenciou como levou a obra avante. Primeiro com as responsabilidades de “construir” um empreendimento de 3 milhões de euros. Depois sobre as responsabilidades financeiras. No meio a informação de que a obra está feita e a direção ainda tem na conta 5 mil euros para o arranque da atividade assistencial.

A ministra que tutela a Segurança Social, Ana Mendes Godinho presidiu à cerimónia de inauguração deste lar, que representa, nesta altura, o maior apoio no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na área social no distrito de Santarém. Conta com um apoio de 1 milhão e 600 mil euros e é, também segundo a governante, o terceiro projeto apoiado pela bazuca europeia a ser inaugurado. Ana Mendes Godinho deixou a nota que neste momento Portugal tem cerca de 6 centenas de projetos em andamento, que serão apoiados no âmbito do PRR.

Este lar foi pensado há 40 anos, quando o Pároco de Vale das Mós era o Padre Zé da Graça. Foi ali que começou a sua primeira obra social, que continua a funcionar: Centro Social de Vale das Mós. Depois o padre seguiu para outras paróquias e o lar continuou no campo dos sonhos ou desejos de “um dia quem sabe?”

A vida dá voltas, e o agora Cónego José da Graça, volta a Vale das Mós e encontra na associação A Mó e a Água a vontade e a entidade que precisava para colocar no terreno, em obra e a funcionar o projeto do lar sonhado, já lá vão 40 anos.

O lar “Todos Irmãos”, porque José da Graça recusou dar o seu nome à instituição, está construído e começa a funcionar dia 1 de junho. Tem 32 quartos, 24 duplos e 8 privados, com lotação total para 56 utentes, mas que pode crescer para 60. O processo de ampliação da lotação já está pedido à Segurança Social. A abertura está decidida, 1

de junho, vai empregar 25 a 30 pessoas, de Vale das Mós na maioria, e já tem uma lista com 40 idosos inscritos.

O processo foi complexo e com a pandemia a subida de preços dos materiais nuns foi entrave para a obra ficar suspensa. Florbela Aranha, a presidente da “A Mó e a Água”, explicou que o padre Zé da Graça consegue sempre antecipar as necessidades burocráticas das candidaturas e dos programas onde podem ir buscar os financiamentos. E deixou uma nota para o Ministério, e Segurança Social de Santarém, que constituíram a base para que a obra pudesse nascer e ser concluída.

Já após a inauguração e visita às instalações com a ministra o presidente da Câmara de Abrantes disse aos jornalistas que há muita obra social a acontecer no concelho quer através de financiamento do PRR e do programa PARES. São investimentos que vêm dotar os

lares de idosos de diversas freguesias do concelho de Abrantes de melhores condições. É um trabalho fundamental, disse o autarca, ainda para mais em territórios com um índice elevado do envelhecimento da população.

De referir que a Câmara de Abrantes apoiou a associação com uma verba de 60 mil euros para aquisição de equipamento para a cozinha e para a lavandaria da instituição.

Já a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho destacou que este lar de Vale das Mós é o projeto com maior apoio aprovado pelo PRR no distrito de Santarém, com financiamento de 1 milhão e 600 mil euros. A governante mostrou satisfação porque é, no país, o terceiro projeto a ser apoiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Ana Mendes Godinho destacou o aproveitamento do programa feito pela instituição, mesmo com as

dificuldades nos tempos de pandemia.

Por outro lado, a ministra disse que é uma área crítica para o país. “Nunca houve um investimento na área social tão grande. Tempos 600 projetos aprovados no âmbito do PRR e do PARES.”

Um sonho com 40 anos José da Graça teve momentos em que, notoriamente, se emocionou. Foi mesmo, apesar de dizer que abriu a porta para a Bênção com naturalidade, uma cerimónia de emoções. Pela longevidade da ideia, pela dificuldade (em tempo de pandemia) de construir o lar com valor de 3 milhões de euros, e pelas palavras que ouviu. Aliás, a sala de estar do lar, sendo de uma dimensão considerável, não chegou para acolher todos os convidados que quiseram estar na festa.

José da Graça revelou que houve uma altura em que o empreiteiro transmitiu-lhe um aumento no valor global da construção de 400 mil euros por isso, queria saber se iria parar os trabalhos. E o Cónego, segundo disse, respondeu-lhe que não podia parar. “Se pararmos nunca mais a recomeçamos. Felizmente foi aprovada.”

Mesmo assim José da Graça disse que a meio ainda teve um revés que poderia deitar por terra todo o projeto. Houve um momento em que a candidatura esteve para ser anulada. Mas salientou que não renegociação. “Não podia ser rejeitada porque foi toda apresentada de acordo com a lei.”

O Lar “Todos irmãos” abre dia 1 de junho, vai empregar 25 a 30 pessoas, custou 3 milhões de euros, teve apoio do PRR de 1 milhão 600 mil euros, apoio do Município de 60 mil euros na compra do equipamento para a cozinha e lavandaria.

7 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Abrantes
Jerónimo Belo Jorge
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/ Ana Mendes Godinho inaugurou lar sonhado há 40 anos

Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários comemorou 10 anos

// São já 10 anos de uma história que começou ainda no século XIX com a Sociedade de Bombeiros Voluntários de Abrantes.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes comemorou o seu aniversário com uma cerimónia oficial que condecorou bombeiros, mas também onde ficou a saber que irá receber a Medalha de Mérito Municipal no Dia da Cidade.

A cerimónia que assinalou os 10 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes (AHBVA) teve início com a promoção de dois bombeiros “que concluíram com sucesso a sua formação e vão ser promovidos ao posto imediato”. Viram assim a sua promoção a Bombeiros de 1.ª os bombeiros Hélio Madeiras e Tiago Marques.

António Manuel Jesus, comandante dos Voluntários de Abrantes, agradeceu a presença de todos, especialmente dos familiares dos bombeiros que fizeram questão de marcar presença “neste dia de início de comemorações do 10.º aniversário de um corpo de bombeiros bastante jovem”. Teve ainda uma palavra “especial para os recrutas, possivelmente os melhores recrutas que tive até hoje”.

A aproximação do verão e da chamada época de incêndios não foi esquecida por António Manuel Jesus que lembrou “os homens que assumiram um compromisso com a população e a necessidade de cumprirmos essa missão” e com quem disse contar.

João Furtado Pereira, presidente da Direção da AHBVA, afirmou que ao longo destes 10 anos, “foi possível aos Bombeiros de Abrantes enfrentar todas as adversidades com competência, empenho e a audácia que sempre os caracterizou”. Disse o presidente que “durante este tempo procurámos reunir consensos, agrupar sinergias e trabalhar com todos em prol das nossas populações”.

João Furtado Pereira lembrou que a Sociedade de Bombeiros Voluntários de Abrantes foi constituída em 1860 e “mais tarde transformada em Bombeiros Municipais. Hoje, somos uma Associação Humanitária”. Disse entender “a importância do

passado mas o nosso foco está no futuro”. Para o presidente da Direção, “preparar o futuro é dignificar a função de bombeiro” e anunciou que “negociámos um acordo coletivo que queremos desenvolver na medida das nossas capacidades financeiras”.

Acrescentou que “preparar o futuro é inovar” e que a aposta tem que passar pela tecnologia e pela ciência “para obtermos mais eficácia nas nossas intervenções operacionais”. É ainda “apostar na formação profissional”, na requalificação dos bombeiros, formação profissional nas empresas “e à população em particular”. Preparar o futuro é também “trabalhar em rede com o Município, com as Juntas de Freguesia, com as autoridades envolvidas na nossa missão”.

João Furtado Pereira falou dos desafios que o futuro trará com o agravamento dos fenómenos climáticos e da adaptação que tem que ser feita. Contudo, referiu que “a causa humanitária e o socorro às populações necessita de todos. Bombeiros, Município, Juntas de Freguesia, mas também de uma resposta nacional adequada”.

“Todos somos poucos”, concluiu o presidente da AHBVA.

Na cerimónia foi ainda entre -

gue uma medalha comemorativa do 10.º aniversário, recebida pelo presidente da Câmara de Abrantes, pelos órgãos sociais da AHBVA e pelo comandante dos Bombeiros de Abrantes, presidentes de Junta presentes e bombeiros.

Associação Humanitária vai ser distinguida com Medalha de Mérito no Dia da Cidade

O discurso final foi do presidente da Câmara Municipal de Abrantes cujas primeiras palavras foram para

“aqueles que estão em formação e que expressam esta vontade de fazer parte desta grande equipa”. Relembrou também que a AHBVA tem apenas 10 anos mas que a corporação já “tem uma longa história de homens e mulheres que, ao longo de mais de um século, foram protegendo a nossa comunidade”.

Manuel Jorge Valamatos realçou a importância “do nosso corpo de bombeiros do ponto de vista organizacional para a nossa comunidade”, tendo “testemunhado de forma muito continuada a capacidade e a

competência que pomos ao serviço dos nossos cidadãos, não apenas em Abrantes mas em toda a região, mesmo no país e até no estrangeiro”. Os elogios deixados por observadores europeus no último exercício internacional que decorreu no concelho também foram objeto de referência por parte do autarca. O trabalho “extraordinário” e a “coragem” dos bombeiros em cenários difíceis como os incêndios florestais ou a ação durante a pandemia foram alvo de agradecimento.

É todo esse trabalho da AHBVA que leva a que as cerimónias oficias do Dia da Cidade, a 14 de junho, sejam este ano no Quartel dos Bombeiros “para dar uma grande relevância e uma importância maior com a atribuição da Medalha de Mérito à Associação Humanitária. Uma medalha para todos estes homens e mulheres”. Assegurou que a estrutura “é importantíssima” mas, nesse dia, há que “elevar e elogiar a prontidão, a forma como se dispõem e entregam a sua vida para defender os outros todos os dias”.

“Estarei sempre convosco, ao vosso lado, porque sei que nunca abandonam a nossa comunidade”, asseverou Manuel Jorge Valamatos.

8 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 REGIÃO / Abrantes
/ A Sociedade de Bombeiros Voluntários de Abrantes foi constituída em 1860 / Carlos Grácio (CMA) / Carlos Grácio (CMA) / Manuel Jorge Valamatos destaca a forma como “entregam a sua vida para defender os outros todos os dias”

Abrantes apresentou Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais 2023

// O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) do concelho de Abrantes para o verão de 2023 está definido e foi apresentado na semana passada com as novidades de passar a contar com mais uma Junta de Freguesia, Fontes, e com 4 associações de caçadores.

O DECIR Municipal começou a funcionar a 15 de maio e com as novas entidades a entrar no dispositivo, o concelho ganha mais cinco viaturas para a primeira intervenção em caso de ignição.

Recorde-se que, ao abrigo do DECIR, sempre que o risco de incêndio rural estiver em nível laranja ou vermelho estas viaturas de primeira intervenção das freguesias e caçadores ficam á disposição do comandante dos Bombeiros de Abrantes que os poderá pré-posicionar no território.

De notar que estes kits de primeira intervenção não tem operacionais equiparados a bombeiros, mas todos tiveram para poder operar no terreno. São viaturas ligeiras, todo-o-terreno equipadas com depósitos de 600 litros de água que, em muitos casos, constituem a intervenção imediata, nas suas

/ Os bombeiros são a principal força operacional do DECIR 2023

freguesias, no caso de haver uma ignição. Todas estão equipadas com rádios que permite serem acionadas na hora. A sua atuação acon-

tece sempre ao abrigo da ativação feita pelo comandante dos Bombeiros de Abrantes.

As Juntas de Freguesia de

Abrantes e Alferrarede, Aldeia do Mato e Souto, Bemposta, Carvalhal, Fontes, Mouriscas, Pego, Rio de Moinhos, São Facundo e Vale das Mós e Tramagal têm estas equipas operacionais até 30 de outubro e a almofada financeira para a sua constituição resulta de contratos interadministrativos assinados com o Município num investimento de 165 mil euros, que corresponde a 15 mil euros por cada kit de 1.ª intervenção, sendo que a União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede dispõe de 2 kits.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, a apresentação do DECIR Municipal “é um momento muito importante para nós porque marca verdadeiramente o dispositivo e a capacidade que temos de intervir na prevenção e no combate aos incêndios”.

O DECIR Municipal de Abrantes para o verão deste ano conta com o Serviço Municipal de Proteção Civil, a Divisão de Logística da Câmara Municipal de Abrantes, Bombeiros Voluntários de Abrantes, Cruz Vermelha Portuguesa, GNR e Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS), PSP, Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), Sapadores Florestais da Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal, Sapadores Florestais da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Altri, Gestiverde, Juntas de Freguesia (Abrantes e Alferrarede, Aldeia do Mato e Souto, S. Facundo e Vale das Mós, Bemposta, Carvalhal, Fontes, Mouriscas, Pego, Rio de Moinhos e Tramagal), e depois as associações de caçadores de Arreciadas, Martinchel, Mouriscas e S. Facundo.

O DECIR está dividido por várias fases, sendo o período com mais meios envolvidos de 1 de junho a 30 de setembro.

Neste período está definido o maior empenhamento de meios, estando este ano ao dispor 13.891 operacionais de 3.084 equipas e 2.990 viaturas. O DECIR para este ano prevê ainda, para o período de 1 de junho a 30 de setembro, 72 meios aéreos, mais 12 do que em anos anteriores.

Jerónimo Belo Jorge

9 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Abrantes PUBLICIDADE Selecçõesdo R adersDigest

Endesa mantém plano de

Se temos mil hectares de terrenos temos que abrir espaço a outros parceiros e à biodiversidade. Podemos ter a agricultura nos nossos terrenos, assim como, por exemplo, podemos ter poupança de água.”

E depois acrescentou que haverá uma outra ideia base de “formar jovens para fazer a carreira. Já estamos a trabalhar aqui na formação. Esperamos começar a trabalhar noutras áreas como a investigação.”

Abrantes é “Zona Livre Tecnológica” para renováveis

O encerramento da central a carvão do Pego provocou uma perda de 90 milhões de euros e lançou para o desemprego 420 trabalhadores.

Foi por isso que a União Europeia definiu o Fundo para uma Transição Justa (FTJ) que, no Médio Tejo, já tem 8 candidaturas em avaliação com 18,5 Milhões de Euros cativos para apoio aos projetos que vierem a ser selecionados.

são económica e na biodiversidade”, sustentou o gestor.

Pedro Almeida Fernandes apontou depois, em exclusivo ao Jornal de Abrantes, “temos um desafio que são as pessoas. Os trabalhadores da central não têm culpa de haver uma

mudança. Ninguém pode ficar para trás.” O gestor indicou que “não começamos logo a ganhar, começamos a perder e temos de saber ultrapassar isso.”

E depois há o desafio que assenta no conhecimento, na investigação.

De acordo com Pedro Almeida Fernandes, está em curso um investimento de 600 milhões de euros e como tal “vamos ter de fixar pessoas. Vamos criar um polo de investigação e inovação em energias renováveis. Temos de pensar como é que podemos ocupar o solo criando mais valor [juntar outras atividades agrícolas ou pecuárias nos parques de produção] em vez de retirar valor.

Neste momento a Endesa tem 14 pessoas a trabalhar em Abrantes, 8 delas que vêm da central a carvão. “Estamos a lançar formação para capacitar as pessoas para estas áreas, pelo que no final de 2024 teremos 60 empregados e em 2025 serão 75.”

Pedro Almeida Fernandes indica que a empresa traz é “um efeito escala. Nós chegamos na Transição Justa, mas há outros players.”

E deixou outra nota, que é ao mesmo tempo, uma preocupação, que assentava na investigação para dar destino aos materiais utilizados nos parques quando entram em fim de vida. “Hoje quase 95 por cento das pás eólicas são valorizadas. Queremos criar condições para melhorar ainda mais. Por exemplo, como podemos reciclar as pás eólicas e dar circularidade a estes produtos que são riquíssimos.”

Outra grande preocupação é o armazenamento, tanto mais que a Endesa vai instalar na região baterias que permitiram armazenar quase 200 Megawats de energia. “Temos de melhorar a tecnologia desta matéria”, indicou ainda o gestor.

Pedro Almeida Fernandes garantiu ainda que com o “nosso polo de investigação vai ser feito o mesmo que a Zona Livre Tecnológica. Temos áreas dos nossos parques que terão tecnologia experimental. Assim como vamos ter áreas de experimentação para o hidrogénio verde.”

E acrescentou ainda que vai ser constituída uma equipa de investigação que vai ficar em Abrantes e que terá como objetivo “a investigação e a inovação. Pensamos construir a equipa em 2024 para em 2025 iniciarmos a exploração, de forma concreta.”

Pedro Almeida Fernandes só não indicou as localizações dos vários parques de produção na região, que serão anunciados na altura própria. Jerónimo Belo Jorge

Neste primeiro aviso para os apoios a conceder ao abrigo do FTJ estão projetos ligados à transição energética e climáticas, projetos de transferência de I&D e ainda o reforço da capacitação empresarial.

Entretanto, ainda este ano, deverá sair um novo aviso para candidaturas para empresas não PME.

E é ao abrigo da organização do Sistema Elétrico Nacional que foi criada uma Zona Livre Tecnológica (ZLT) para as energias renováveis no município de Abrantes. O objetivo, de acordo com o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Miguel Pombeiro, é que esta ZLT possa atrair ‘startups’ e ‘players’ deste setor. E havendo uma ZLT e um FTJ pode haver aqui uma possibilidade de fazerem a inovação e aceder, em simultâneo, a financiamentos.

Haverá uma intenção de potenciar esta área das renováreis, uma vez que o Ponto de Injeção na Rede, do Pego, ainda tem metade da sua capacidade disponível, porque a Endesa só vai ocupar essa parte. Ou seja, há possibilidade para haver mais projetos de renováveis na região.

Ainda de acordo com Miguel Pombeiro esta ZLT não vai trazer nenhum pacote de apoios, traz é “uma forma mais rápida para excecionar e dar andamento aos projetos de inovação nesta área concreta.”

Tudo isto está previsto em dois pontos que integram o Capítulo XV, artigo 218.º do Decreto Lei 15/2022, de 14 de janeiro que “Estabelece a organização e o funcionamento do Sistema Elétrico Nacional, transpondo a Diretiva (UE) 2019/944 e a Diretiva (UE) 2018/2001”

O Artigo 218.º refere-se aos “projetos-piloto com recurso a fontes de energia renováveis no

território continental. 1 - É criada uma ZLT de energias renováveis a localizar no município de Abrantes, destinada ao estabelecimento de projetos de inovação e desenvolvimento para a produção, armazenamento e autoconsumo de eletricidade a partir de energias renováveis, a desenvolver no âmbito do processo de descomissionamento da central termoelétrica a carvão ali existente. 2 - A delimitação da ZLT referida no número anterior é efetuada por portaria do membro do Governo responsável pela área da energia mediante proposta apresentada pela DGEG, elaborada em colaboração com os operadores da RNT e da RND.”

As Zonas Livres Tecnológicas (ZLT) foram criadas com o objetivo de promover o posicionamento de Portugal em atividades de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e a participação nacional em projetos internacionais, assim como permitir o desenvolvimento de produtos inovadores e acelerar a sua entrada no mercado, atraindo projetos inovadores e investimento estrangeiro relacionado com tecnologias emergentes.

As ZLT destinam-se a permitir o teste e a experimentação de tecnologias, produtos, serviços e processos baseados na tecnologia, de forma real ou quase real, com controlo direto e permanente por parte das autoridades reguladoras competentes, nomeadamente em termos de testes, fornecimento de informações, diretrizes e recomendações.

De acordo com as explicações de Miguel Pombeiro, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, nestes espaços, as empresas podem testar produtos, serviços, modelos empresariais e mecanismos de entrega inovadores sem incorrer imediatamente em todas as normais consequências regulamentares relacionadas com a atividade em questão.

10 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 REGIÃO / Abrantes PUBLICIDADE
As ZLT destinamse a permitir o teste e a experimentação de tecnologias, produtos e serviços
Jerónimo Belo Jorge / Pedro Almeida Fernandes
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SOCIEDADE /

Confrades do Pego prometem «fazer das tripas coração» a defender o bucho e tripas

// Se não fossem “A Petisqueira do Pego” mais conhecida por “Pechalha”, a “Ti Beatriz” ou TiBitriz [em sotaque verbal pegacho que só eles sabem pronunciar], o “Ti Pedro”, “O Bento” e o “Claudino”, talvez o momento que se viveu na Igreja de Santa Luzia, no dia 20 de maio, não existisse.

O Pego tem a tradição dos petiscos e dentro do variado leque de iguarias que o porco pode dar, o bucho e as tripas, cozidos na água das morcelas e com muito sabor a cominhos tornou-se tão “normal” que, falar das quartas-feiras do bucho no Pego, passou a ser um “quase lugar-comum”.

Foi por isso que em 2018 surgiu uma nova associação no Pego. Agora já lhe chamam “Os Azuis”, porque o traje oficial é um capote azul e um chapéu de aba larga azul. Os capotes são pontuados com os cavalhinhos, em metal, tal como as casacas do rancho, lá dos anos 20 do século passado, e ao peito ostentam uma insínia que tem inscrita as seguintes frases: “Confraria do Bucho e Tripas” E “Pego – Aldeia das Casas Baixas. Desde 2018”.

Esta Confraria nasceu com o objetivo de preservar, divulgar, reconhecer e dignificar o “nosso Prato-Rei”, ou seja, o Bucho e as Tripas. É um “petisco” confecionado há décadas “pelas nossas gentes” e que torna o Pego no “destino de eleição das quartas-feiras do ano”.

Em novembro de 2019, aquando da entronização dos confrades fundadores, já o Padre Adelino Cardoso tinha “confessado” à Antena Livre que conheceu o Pego e as traseiras da Igreja [onde existia uma das casas de petiscos que durante anos foi uma “marca” pegacha] longe de imaginar que viria a ser Pároco da aldeia. Claro que conheceu o petisco mais famoso da terra.

Na altura, o Padre Adelino deixou uma mensagem para os confrades: “Às vezes com a crítica o mais fácil é desistir. Mas não esqueçam que só não é criticado quem não faz nada”.

Entronizados os três novos confrades, foram também homenageados os confrades de honra. “A Petisqueira do Pego”, a “Ti Beatriz”, o “Ti Pedro”, “O Bento” e o “Claudino” foram agraciados com a medalha da Confraria. Eles que tiveram nos anos 30 do século passado os seus antepassados a “abrir” as tabernas para petiscar o bucho e a tripa, e que são casas, algumas, que já vão na terceira geração.

Alcides Nóbrega, presidente da Federação das Confrarias Gastronómicas de Portugal, começou por destacar o trabalho desta Confraria que conta com o apoio de uma Câ-

mara e de uma Junta de Freguesia e mostra o apego ao Pego. Depois agradeceu o convite para estar presente, apesar de a Confraria do Bucho e Tripas ainda não ser federada, e deixou a mensagem de esperança que isso possa acontecer até à realização do 3.º Capitulo. “Queremos na Fe deração gente que pense diferen te, a panela da Federação precisa de ser mexida, para representar melhor Portugal.”

“Bia” Salgueiro, presidente da Junta de Freguesia, mostrava a sua satisfação pela “festa” onde estava. É que esta é uma forma de “levar mais além o Pego e trazer tanta gente boa e com sorriso.”

Luís Filipe Dias, vereador com o pelouro da Cultura e do Turismo saudou o tecido associativo do Pego que, “unido, tem conseguido fazer algo de extraordinário porque há muita dinâmica social nesta freguesia.” E não esqueceu o apoio que o Município concede às associações, mas esse é o compromisso das autarquias.

Luís Filipe Dias vincou depois o trabalho da Confraria como bandeira do concelho de Abrantes e deixou dois desafios aos confrades: “Temos uma Carta Gastronómica do Pego para terminar e temos também uma casa típica para construir, que é um desejo de muitos e muitos pegachos.”

Daniela Canha, a “Grão-Mes -

sidente da direção da Confrariacionada e não o escondeu quando subiu ao púlpito da igreja para, em primeiro lugar, agradecer amerando-as, e reforçando que “o trabalho em rede das associações está a funcionar. E só o Pego é que

Em declarações ao Jornal de-Mestre” da Confraria do Buchoportância deste segundo capítulo que representa a entrada de mais três confrades, que se juntam aos fundadores.

Desde 2018, Daniela Canha explicou que tentaram estar presentes no máximo de capítulos possível para poderem criar relações com outras confrarias. E em cinco anos, com o tempo em que estivemos “fechados” por causa da pandemia, foi conseguido um resultado que resultou neste encontro com 21 confrarias.

-

Daniela Canha confirmou que o processo de adesão à Federação está em marcha, mas revelou que “tem um bocadinho mais de burocracia do que aquilo que pensávamos e isso exige alguma documentação que não estávamos à espera. Mas prevemos ainda este ano ser federados.”

Daniela Canha confirmou que um dos próximos momentos da Confraria será a conclusão da Carta Gastronómica do Pego, um documento que está a ser “confecionado” e que pode vir a deixar uma marca para o futuro, naquilo que são as tradições da gastronomia pegacha.

E nestas coisas de gastronomia é simples, “ou ama-se ou odeia-se”, porque são sabores intensos onde não há meios-termos. Uma coisa continua a ser certa no Pego, com mais ou menos petisqueiras: “A quarta-feira é o dia de Bucho e Tripas no Pego” e há quem faça “das tripas coração” para que a tradição perdure por muitos e longos anos.

Jerónimo Belo Jorge

12 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
/ A entronização de novos confrades constitui um momento de grande emoção para toda a Confraria

ESPECIAL FEIRA DO TEJO 2023 / Vila Nova da Barquinha

Local: Parque Ribeirinho

20h00 - TurisAlmourol - canoagem (Clube Náutico Barquinhense)

Local: Rio Tejo

20h30 - Des le e Festival de Folclore (Grupo Etnográ co de Vila Praia de Âncora; Rancho Folclórico de Santo Estevão - Tavira;Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vila de Angeja - Albergaria-a-Velha; Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos”)

9 de junho | sexta-feira

18h00 - Abertura O cial da Feira do Tejo

Local: Parque Ribeirinho

18h00 - Fotografar com propósito | Photo walkdesa o fotográ co

Local: Centro de Estudos de Arte

Contemporânea

19h00 - Conversa com o escritor Telmo Mendes

Local: Centro de Estudos de Arte

Contemporânea

21h30 - Danças de Salão (CIR Ex-Tuna)

Local: Aquapalco

22h30 - I LOVE BAILE FUNK

Local: Palco Principal

00h00 - Concerto - Sempre Abrir

Local: Palco Ribeirinho

10 de Junho | sábado

10h00 - Aula aberta Krav Maga (FEKM)

Local: Parque Ribeirinho

10h00 - Workshop de iniciação à Fotogra a (inscrições obrigatórias - joao.alves@cmvnbarquinha.pt)

Local: Centro de Estudos de Arte

Contemporânea

15h00 - Banda de Música dos Bombeiros

Voluntários de VN Barquinha (AHBVB)

Local: Auditório do Centro Cultural

15h00 - 19.ª Concentração Vespalmourol (Vespa Clube VN Barquinha)

Local: Sede VespaClube

15h00-16h00 - Agostinho e Felicidadeanimação de rua (Boca de Cão)

Local: Parque Ribeirinho

15h00 - Fotogra a e as redes sociais | palestra sobre fotogra a com Bernardo Alves dos In

ChromaStudio

Local: Centro de Estudos de Arte

Contemporânea

15h30-18h30 - Workshop de Canoagem (Clube Náutico Barquinhense)

Local: Parque Ribeirinho

16h00-20h00 - Insu áveis

Local: Parque Ribeirinho

16h30 - XIV Encontro de Grupos de Música

Tradicional - Grupo Coral e Instrumental os Flamingos - Arrentela - Seixal; Grupo de Cantares Tradicionais de Abragão - Pena el; Grupo de Cantares Populares de BusteloAguada de Cima, Águeda; Grupo de Cantares

Barquinha Saudosa - Vila Nova da Barquinha

Local: Palco Santo António

17h00-19h00 - Workshop de desenho

“Esculturas mutantes” com Marília Aquino Lopes (Inscrições obrigatórias - joao.alves@cmvnbarquinha.pt)

Local: Centro de Estudos de Arte

Contemporânea

18h00-19h00 - Bicimariofone - animação de rua (Boca de Cão)

Local: Palco Stº António

22h30 - Concerto - AUREA

Local: Palco Principal

00h00 - Concerto - Rocket

Local: Palco Ribeirinho

Local: Parque Ribeirinho

15h00-17h00 - Xadrez - atelier livre

Local: Centro de Estudos de Arte Contemporânea 16h00-20h00 - Insu áveis

Local: Parque Ribeirinho

16h00 - Grupo de Cantares “Casa do Povo” (CUR Moita do Norte)

Local: Palco Santo António

17h00 - Escola de Música de Vila Nova da Barquinha (Quadras e Partituras)

Local: Palco Santo António 17h00Workshop de desenho “Esculturas mutantes” com Marília Aquino Lopes (Inscrições obrigatórias - joao.alves@cm-vnbarquinha.pt)

Local: Centro de Estudos de Arte Contemporânea

18h00 - 19h00 - Bicimariofone - animação de rua (Boca de Cão)

Local: Parque Ribeirinho

22h30 - Concerto - THE PEORTH

Local: Palco Principal

00h00 - Concerto - Classics Band

Local: Palco Ribeirinho

11 de junho | domingo

09h00 - 19.ª Concentração Vespalmourol (Vespa

Clube VN Barquinha)

Local: Largo 1.º Dezembro

10h00 - PEETI Fit (Ass. Pais ECV)

Local: concentração junto ao Centro Cultural

10h00 - Workshop de iniciação à Fotogra a (inscrições obrigatórias - joao.alves@cmvnbarquinha.pt)

Local: Centro de Estudos de Arte Contemporânea

10h00 - Visita guiada ao Parque de Escultura de Arte Contemporânea (PECA)

Local: concentração junto ao Centro Cultural

10h00 - Hora do conto | Atelier para crianças dos 6 aos 12 anos (Inscrições obrigatórias - joao. alves@cm-vnbarquinha.pt)

Local: Centro de Estudos de Arte

Contemporânea

10h30 - Yoga no Parque

Local: Parque Ribeirinho14h30 - Entrega de diplomas - Formação Ocupacional de Seniores com atuação da FOS Tuna e Turma de Cavaquinhos (Essência da Partilha)

Local: Auditório 15h00-16h00 - Agostinho e Felicidade - animação de rua (Boca de Cão)

12 de junho | segunda-feira

14h00 - 21h00 - CEAC aberto - visitas orientadas e exibição do vídeo de Abílio Leitão sobre o PECA

Local: Centro de Estudos de Arte Contemporânea

18h00 - Leitura de portfólio do Photo Walk

Local: Centro de Estudos de Arte Contemporânea

21h00 - Marchas Populares - Associações de Pais: Jardim de Infância de Atalaia, Jardim de Infância de Moita do Norte, Jardim de Infância de Vila Nova da Barquinha, Escola Ciência Viva; EB1 + JI de Praia do Ribatejo; Centro Social Paroquial de Atalaia; Fundação Dr. Francisco

Cruz

Local: Palco Santo António

22h30 - Concerto - RUI DRUMOND AND THE SOUL JOURNEY

Local: Palco Principal

00h00 - Concerto - Arregaita

Local: Palco Ribeirinho

13 de junho | terça-feira

09h00 - Hastear da Bandeira

Local: Praça da República

15h00 - Entrega de diplomas - Concurso Meu Querido Santo António (Paróquia VN Barquinha)

Local: Auditório

15h30-18h30 - Workshop de Canoagem (Clube Náutico Barquinhense)

Local: Parque Ribeirinho

16h00-18h00 - Farratuga - animação de rua

Local: Parque Ribeirinho

18h00 - Mostra de Pintura

Local: Restaurante Loreto

18h30 - Missa em Honra de Stº António, seguida de Procissão

Local: Igreja Matriz Vila Nova da Barquinha

21h00 - ETRIX/ADU - dança (CIR Ex-Tuna)

Local: Largo 1.º Dezembro

22h00 - Concerto - ORQUESTRA LIGEIRA DO EXÉRCITO

Local: Palco Principal

Dias 9 a 13 junho

Tasquinhas, artesanato, marchas populares, animação de rua, insu áveis, desporto, música, dança

Horário da Feira do Tejo:

Dias 9 e 12: 18h00-24h00

Dias 10, 11 e 13: 15h00-24h00

Dias 10 e 13 junho

Visitas orientadas ao Castelo de Almourol (inscrições obrigatórias - máx. 15 participantes: turismo@cm-vnbarquinha.pt)

Horários: 11h00; 15h30; 17h00

13 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES

“Temos 3 milhões e 100 mil euros” para investir em habitação

// Com a população a aumentar, a procura a superar a oferta em termos empresariais, com a requalificação da vila, Vila Nova da Barquinha tem razões para estar em festa. E elas estão aí, a Feira do Tejo foi o mote para a entrevista ao presidente da Câmara, Fernando Freire.

Um cartaz musical para chegar aos mais diversos públicos. Está satisfeito?

Inteiramente satisfeitos nunca estamos, mas o cartaz tem que refletir aquilo que é a despesa pública. Nos dias que correm temos que ter alguma parcimónia, até porque os valores dos artistas também dispararam e há outras coisas. A cultura é importante mas também há outros investimentos. Mas é um bom cartaz, diversificado, em áreas transversais da cultura e da arte. Mas o importante é o convívio entre as pessoas, a participação das associações do concelho, da mostra do que vamos fazendo durante o ano e da nossa vivência e do nosso sentir enquanto vila e enquanto comunidade.

Durante muito tempo falámos da instalação de artistas na Barquinha. Essa procura acalmou? Não, não acalmou. Continuam a vir, nomeadamente os artistas nómadas, esta nova realidade que temos no nossos território. Há muitos que já estão instalados, que se adaptam à vivência e ao sentir da própria vila, que é sentir ciência e arte. Vão ficando e vão transmitindo. Não há melhor divulgação que a boca a boca, o cativar e o aproximar. E eles têm feito essa proximidade e participado com intensidade nos eventos do concelho e no nosso dia a dia.

Agora o tema é habitação. Neste caso, a falta dela, nomeadamente na vila. Como está o Município a lidar com esta questão, sendo que tem que lidar com a habitação de luxo por um lado e da falta de habitação para famílias carenciadas por outro?

Temos uma questão de grande expansão de habitação na zona da Atalaia, aliás, reflexo dos próprios censos, da dinâmica empresarial que está a acontecer e não podemos esquecer da sua proximidade à A13 e à A23. É a única freguesia do concelho que viu a sua população aumentar. Têm de facto, vindo ali a nascer muitos prédios e urbanizações que estão com uma dinâmica significativa. E estamos a falar de iniciativa privada. Por outro lado, já há projetos a virem para o lado da Moita do Norte,

Houve uma situação exponencial em termos de investimento, o que é muito bom

confinante com a Atalaia, de urbanizações que já aprovámos em reunião de Câmara. Para além da enorme regeneração em Vila Nova da Barquinha que, felizmente, muito poucas casas tem para ocupar.

E a que tem a ver com a questão pública?

Neste momento temos 3 milhões e 100 mil euros, no âmbito do PRR para investirmos até 2026. Este valor surge do acordo que fizemos com o INH - Instituto Nacional de Habitação, designadamente no programa 1.º Direito, na questão dos bairros sociais. Também estamos a trabalhar no chamado Arrendamento Acessível.

A Câmara Municipal tem alguns fogos, nomeadamente na zona de expansão da Moita do Norte,

alguns andares que necessitam de requalificação, a escola da Moita do Norte e também os antigos lavadouros. Nesta primeira fase, estes são os locais onde vamos intervir para acudir às questões da habitação. Temos também a possibilidade de construir dois prédios na zona da Santa Casa da Misericórdia para Arrendamento Acessível, para albergar 12 agregados familiares por prédio. É o que o Município pode fazer. Vila Nova da Barquinha é o Município que menos recebe do Orçamento Geral do Estado e temos que gerir a receita com parcimónia e reduzir a dívida, embora tenha saído nova Lei que diz que as autarquias se podem endividar até 40%. Vamos com ponderação, vendo quais são as necessidades porque também não podemos hipotecar o

futuro dos vindouros e da Câmara Municipal.

Também o espaço para a instalação de empresas terá que aumentar. Não chega “para as encomendas”...

Pois não, não dá. O Centro de Negócios foi extinto e a Câmara Municipal assumiu essas novas funções e estamos a analisar as possibilidades de expansão. Neste momento, temos os terrenos do projeto BioPark, a norte, onde 37 hectares são do Município de Vila Nova da Barquinha, sem encargos ou ónus. Do lado sul, há terrenos que são pertença de Jacques Rodrigues e com os quais estamos em negociação e, no lado poente, há 132 hectares que são de Manuel Rodrigues e família, do grupo Águas de S. Silvestre. Já reuni com todos, não são processos de fácil negociação, mas estamos atentos porque há uma necessidade premente. Em 2018, quem diria que em 2023 estávamos a falar sobre isto... Houve realmente, uma situação exponencial em termos de investimento o que é muito bom. Na última candidatura do Fundo de Transição Justa para Vila Nova da Barquinha vêm 28 milhões de investimento e ainda não abriu o 2030, ou seja, temos que nos posicionar porque há uma grande procura. Isto também tem a ver com a proximidade à Doca Seca dos Riachos (abastecimento ferroviário), a proximidade aos nós da A13 e da A23 e, para além, disso, somos o último concelho em zona de baixa densidade. Os fundos comunitários permitem

que, em zonas de baixa densidade, haja um benefício que varia entre 5 e 10% de majoração no investimento e no financiamento a fundo perdido. Daí a atração. Fica perto de tudo, é central e está em zona de baixa densidade. É por isso que os investimentos vão crescendo cada vez mais. Tomara eu ter o triplo do terreno. Precisava de 200 ou 300 hectares. Aliás, há um projeto de um empresário que me pediu 100 hectares para se instalar. Não tenho e neste momento é impossível. Há normas de ordenamento do território (...) e os PDM’s nem sequer estão preparados para uma procura deste tipo. Quantas empresas estão no Centro de Negócios?

O Centro de Negócios, atualmente, conta com 17 empresas. Mas temos mais 17 empresas no Espaço Empresarial CAIS e mais 5 empresas no Sílex. Estamos a necessitar de expandir. O que eu gostava também, não de fazer mas de deixar orientado, era a intervenção no Armazém dos Azeites. Estamos a pedir à Administração Central para que nos ceda esse espaço que pertence ao Ministério da Agricultura, cedido por 50 anos, para que se possa fazer um investimento, mais tarde, que face à realidade atual, se indicia que possam vir a ser espaços empresariais. Faz todo o sentido, face à necessidade e à dinâmica que temos.

O saneamento básico na freguesia de Praia do Ribatejo era o que faltava para ter o concelho quase todo com cobertura total?

Uma das lacunas do concelho era a questão do saneamento básico, essencialmente na zona da Praia do Ribatejo. Foi mais fácil fazer porque é espaço confinante, há casas contínuas e porque houve financiamentos no âmbito do POSEUR. Foi possível intervir também na zona das Madeiras e, agora, na zona das Limeiras. É impossível, e no interior do país ainda mais, que não haja situações de fossas sépticas. Há situações em que é, em termos financeiros, satisfazer as populações. Mas, com esta intervenção, vamos ficar muito perto dos 97% de saneamento básico no nosso concelho.

14 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 ESPECIAL / FEIRA DO TEJO 2023 VILA NOVA DA BARQUINHA
/ Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha // por Patrícia Seixas Pode ler esta entrevista na íntegra, a partir de 9 de junho, em jornaldeabrantes.sapo.pt

Vila Nova da Barquinha integra Rota dos 5 Rios

// No âmbito do projeto “Turismo de Observação de Aves no Paul do Boquilobo e Rota dos Cinco Rios para E-Bikes”, desenvolvido

pela Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte (ADIRN), foi apresentada ao público a “Rota do Rio Tejo” e a respectiva App.

A Rota do Rio Tejo inicia no Fluviário Foz do Zêzere, de onde segue ao longo das proximidades do rio até à reserva natural do Boquilobo. A linha da rota atravessa localidades como Tancos, Vila Nova da Barquinha, Pedregoso, São Caetano, Golegã e Quinta do Paúl do Boquilobo e passa por locais turísticos como o Fluviário Foz do Zêzere, Castelo de Almourol, Convento de Nossa Senhora do Loreto, Jardim Ribeirinho e Cais de Tancos, Barquinha Parque, Quinta e Castelo da Cardiga e Casa-Estúdio Carlos Relvas, terminando na reserva natural do Boquilobo.

Ao longo do percurso, são vários os pontos de vistas panorâmicas sobre o rio Tejo.

Para Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, “poder andar de bicicleta, com as bicicletas que temos disponíveis, e percorrer, desde a foz do rio Zêzere, através do Trilho Panorâmico do Tejo, e ir até à Reserva da Biosfera no Paúl do Boquilobo, é uma oportunidade de visitar e observar toda a beleza do espaço envolvente. É um convite e tanto...”

O projeto é da ADIRN, Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, e é “uma atração ao turismo sustentável e ao turismo de qualidade, como é a prática desportiva”.

Pretende-se percorrer os 25 quilómetros com o auxílio de bicicleta elétrica, por caminhos que se compreendem de terra batida, ou lamacentos, ou com gravilha e/ ou alguns elementos soltos, com ou sem declive e também de estrada asfaltada onde o troço poderá ser coincidente com circulação automóvel e sem ciclovia definida.

É, portanto, uma rota de fácil execução em qualquer época do ano, com bicicleta elétrica, à exceção de época de cheias em que

visitbarquinha.pt: portal de turismo é um sucesso

Lançado em dezembro de 2022, o novo portal do turismo do concelho de Vila Nova da Barquinha visitbarquinha.pt é um sucesso na promoção do concelho, com cerca de 20.000 visitantes nos primeiros seis meses online.

mos que ter novas ofertas, rápidas, eficientes e eficazes, de pesquisa. E o visitbarquinha é uma nova apresentação do nosso concelho”.

Explica o autarca que o portal “engloba os Trilhos Panorâmicos do Tejo, a requalificação da Igreja da Atalaia e todos os projetos feitos nos últimos mandatos”.

“É uma porta aberta para o nosso concelho e que as pessoas podem consultar e ficar a saber onde dormir, onde comer, onde praticar atividades... o que quiserem”, afirma.

A constante valorização do território permitirá um aumento da captação de novos visitantes, mas também moradores e investidores, reconhecendo Vila Nova da Barquinha como destino de excelência, com uma enorme diversidade de oferta turística.

O novo site, agregador da informação turística do concelho, pretende dar a descobrir os segredos mais bem guardados de Vila Nova da Barquinha. Desde tesouros e lendas de um passado templário até às mais recentes obras de arte contemporânea. Um concelho tão pequeno quanto rico e surpreendente, onde nos perdemos nos cenários idílicos da paisagem ribeirinha. Onde respiramos cultura. Onde temos boa gastronomia, espaços de ciência e de partilha do conhecimento. Onde há lugar às experiências e à aventura. Onde temos algumas das mais belas vistas de Portugal.

Bem-vindo a Vila Nova da Barquinha!

poderá ficar intransitável e/ou escorregadio nas zonas ribeirinhas.

A App “Rotas dos 5 Rios em e-Bike” é uma aplicação que permite explorar e desfrutar da natureza e da vida selvagem no Ribatejo Norte. Com seis rotas diferentes com o Boquilobo como destino, poderá descobrir as aves que habitam a região e conhecer mais sobre elas.

/ Rota do Rio Tejo - Ficha Técnica

Distância: 25Km

Duração em bicicleta eléctrica:

1h30m/2h

Desnível acumulado: +314m; -331m

Altitude máx/mín: 41m; 13m

Grau de di culdade: Fácil

Exequível em qualquer época do ano

Início: Fluviário Foz do Zêzere

Fim: Centro de interpretação da Reserva Natural do Paul do Boquilobo

15 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
ESPECIAL / FEIRA DO TEJO 2023 VILA NOVA DA BARQUINHA
/

Rota dos Templários proporciona visita imersiva ao Castelo de Almourol

// Após a criação do primeiro Centro de Interpretação em Portugal dedicado à temática dos Templários, em 2018, Vila Nova da Barquinha integrou o projeto “Rota dos Templários no Médio Tejo”, candidatado ao programa Valorização Turística do Interior pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, tendo como parceiros os Municípios de Ferreira do Zêzere e de Tomar.

É a grande novidade dos próximos tempos...

Em fase final de implementação no edifício do Centro Cultural / Posto de Turismo / Centro de Interpretação Templário de Almou rol (CITA), a vertente imersiva da “Rota dos templários – Vila Nova da Barquinha”, abrirá ao público no início do verão.

A nova “Sala de visita imersiva ao Castelo de Almourol” é uma experiência que proporciona a visita ao monumento num ecrã 180º, garantindo a acessibilidade quer informativa quer a pessoas de mobilidade condicionada, sendo um verdadeiro atrativo para os turistas que procuram a temática dos Templários, valorizando o território numa visão intrínseca e na perspetiva da narrativa, destacando os pontos emocionais dos factos com recurso à tecnologia.

Trata-se de uma nova visão da interpretação do património enquanto oportunidade para o desenvolvimento de produtos turísticos, capazes de estabelecer uma comunicação única com o visitante, permitindo-lhe relacionar-se com o destino de uma forma inovadora, pessoal e enriquecedora, influenciando o processo interpretativo.

“A musealização virtual está a ser terminada e é o último projeto da Rota dos Templários”, confirma o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. “É um espaço para quem não pode ir ao Castelo” e é um projeto que integra a Rota dos Templários, projeto intermunicipal de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha sendo que “Vila Nova da Barquinha é o município que está mais avançado no programa”.

Fernando Freire lembrou também que “estamos a preparar o futuro Congresso Internacional dos Templários que vai ser em outubro”.

A ligação estreita entre o território do concelho de Vila Nova da Barquinha e a temática templária está espelhada no CITA, um espaço com exposição permanente, suportada em elementos gráficos como fotografias, ilustrações, infografia e textos, espaço de exposições temporárias dotado de vitrinas para exibição de peças e uma sala de projeção de filmes sobre a temática templária.

A intervenção, proposta no projeto “Centro de Interpretação Templário de Almourol”, contribui para, em complemento com a oferta cultural e artística existente, promover a criação e a atração de novos públicos ao centro da Vila, acrescentando a temática templária à arte e à vertente ambiental existente no parque ribeirinho. Potencia a visitação do centro histórico, alavancando os investimentos privados existentes na área da hotelaria e da restauração, ao mesmo tempo que cria novas oportunidades de negócio interligadas com esta temática e o turismo cultural e religioso, fomentando a criação de novos postos de trabalho.

Por outro lado, a “Biblioteca/ Arquivo” incluída no CITA constitui um projeto inovador a nível nacional, sendo a primeira Biblioteca/

A nova “Sala de visita imersiva ao Castelo de Almourol” é uma experiência que proporciona a visita ao monumento num ecrã 180º

Arquivo aberta ao público, única e exclusivamente sobre a temática templária. Trata-se de uma iniciativa de valorização do património existente na região, verificado pela necessidade de compilação de publicações e obras sobre o tema.

Num só espaço, será possível a consulta de obras, bem como a visitação de um centro que se irá apresentar ao público com uma perspetiva interativa.

Como complemento ao investimento inicial no CITA, o projeto “Rota dos Templários” representa um investimento de cerca de 50.600,00€ elegíveis, co-financiado igualmente pelo Turismo de Portugal em 70%.

A Rota dos Templários terá, em breve, um site e uma app própria e sinalética a condizer.

Vila Nova da Barquinha é um dos municípios que assinou o pro-

tocolo de colaboração, juntamente com outros municípios e entidades do setor, para a implementação da ‘Rota dos Templários’ em Portugal, uma rede que tem condições para integrar a Rota Templária Europeia. Assinaram o referido protocolo o Turismo de Portugal, a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, o Município de Arronches, o Município de Castelo Branco, o Município de Ferreira do Zêzere, o Município de Mogadouro, o Município de Nisa, o Município de Pombal, o Município de Sabugal, o Município de Soure, o Município de Tomar, o Município de Vila Nova da Barquinha e o Município de Vila Velha de Ródão.

16 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
NOVA
ESPECIAL / FEIRA DO TEJO 2023 VILA
DA BARQUINHA
/ Sala de visita imersiva ao Castelo de Almourol

As nossas Festas de Abrantes vão decorrer de 7 a 14 de junho.

Venham e divirtam-se!

Na edição deste ano das Festas de Abrantes, aliamos um dos melhores programas de sempre à arte de bem-receber e ao espírito de confraternização e união que nos caracteriza.

Venha com a sua família e divirta-se. Temos espaços dedicados aos mais novos onde não vão faltar muitas atividades e espetáculos. Delicie-se com a gastronomia nas tasquinhas, ao som das nossas bandas e artistas. Usufrua do grande cartaz de concertos com os melhores artistas nacionais. Venha recordar as nossas tradições com ranchos, marchas populares, bandas larmónicas e espetáculos de rua.

Os nossos jovens têm sunset’s e dj’s para desfrutar pela noite fora, mas antes, parem no VisitAbrantes e conheçam o nosso potencial turístico.

Explore o artesanato, a nossa doçaria tradicional e participe nas diversas atividades desportivas e culturais que preparamos para si.

Fechamos com um magní co fogo de arti cio e com as cerimónias do Dia da Cidade.

De 7 a 14 de junho junte-se a nós naquela que será uma celebração memorável do 107.º aniversário de Abrantes.

17 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
ESPECIAL
/ FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES 2023

ESPECIAL / FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES 2023

Pode ler esta entrevista na íntegra, a partir de 7 de junho, em jornaldeabrantes.sapo.pt

Manuel Jorge Valamatos: “Terá que haver uma ponte”

// Estão aí as Festas da Cidade de Abrantes, este ano com algumas alterações no modelo. Sobre as Festas, as obras em cursos e as desejadas e novos projetos, o JA entrevistou o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos.

As Festas da Cidade cresceram e têm mais um dia este ano...

É verdade, vamos ter mais um dia, o que obriga a mais logística e a um maior envolvimento das pessoas mas este é verdadeiramente o ano pós-pandemia. Temos diversidade de espetáculos nos palcos e nas praças, uma multiplicidade de parceiros, desde logo as associações que têm um papel importante

da Cidade serão no Quartel dos Bombeiros. Quais as razões das Medalhas de Mérito Municipal deste ano?

As cerimónias oficiais serão no Quartel dos Bombeiros porque a nossa Associação Humanitária está a celebrar 10 anos. Como temos vindo a fazer nos último anos, continuamos a valorizar o trabalho das diferentes instituições e este ano, distinguimos os homens

e as mulheres que garantem a nossa segurança 24 horas por dia, 365 dias por ano. São os que nos defendem e protegem. A Câmara entende que os devíamos homenagear desta forma, entregando uma Medalha de Mérito Municipal ao nosso corpo de Bombeiros que todos os dias nos ajudam a ultrapassar as dificuldades e que fazem um trabalho extraordinários. Simultaneamente, porque o escu -

tismo em Portugal faz 100 anos, e porque o Agrupamento de Escuteiros 172 de Abrantes também comemora este ano os seus 60 anos e o Agrupamento 273 de Tramagal comemora 55 anos, entendemos que era importante homenagear estas instituições que trabalham sobretudo com os mais novos e que também fazem um trabalho extraordinário nas Mouriscas, no Rossio, em Tramagal, na Chainça

/ “Temos vindo a estruturar o modelo das Festas em função daquilo que as pessoas vão sentindo e nos vão dizendo”

e em Abrantes. Têm muitos jovens a quem proporcionam educação, formação, sensibilização, num trabalho de grande proximidade e cuidado. Vamos então homenagear os nossos Agrupamentos de Escuteiros.

Há dias, esteve na presença do primeiro-ministro na Mitsubishi e ouviu o CEO da empresa pedir a nova travessia. Reforçou este pedido? Que lhe disse António

As comemorações oficiais do Dia

fazer e que foram prometidas.

18 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
// por Patrícia Seixas

ESPECIAL / FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES 2023

A requalificação da EN118 ainda está em cima da mesa?

Em cima da mesa está a conclusão do IC 9 mas, antes disso porque vai demorar tempo, temos que ter soluções mais rápidas para resolver a questão da Zona Industrial do Tramagal. É que não é só a Mitsubishi. Temos ali empresas muito relevantes, com tantos trabalhadores como a Mitsubishi e eu tenho que olhar para a floresta e não apenas para a árvore. Aquela zona precisa, urgentemente, de uma alternativa viável.

Mas essa solução rápida passa, ou não, pela ponte?

Terá que haver uma ponte e terá que haver ligações com a Zona Industrial de Tramagal.

Ainda nas infraestruturas, qual é o ponto de situação da desclassificação do troço da EN2, na António Farinha Pereira, em Alferrarede?

Sempre achei, até antes de ser presidente da Câmara, que a desclassificação da EN2 fosse um processo mais fácil. Já percebi que não é. Eu fui eleito para ser justo e honesto e não ando a inventar questões para fugir aos temas. A questão na EN2, desde o nó do Olho de Boi até às Barreiras do Tejo, segundo o senhor secretário de Estado explicou, não vai ser fácil por questões legais. Contudo, podemos chegar a um acordo. Para nós, desclassificação ou um protocolo de entendimento, é igual. O importante é conseguir servir bem os nossos cidadãos porque aquela estrada está num estado lamentável. Disse, inclusive, ao secretário de Estado que quer no âmbito do PRR ou do Portugal 2030, há abertura para que possamos fazer até corredores pedonais e cicláveis a acompanhar a intervenção na Farinha Pereira. E é isso que queremos fazer. Estamos a avançar com esses projetos que ainda incluem passeios e iluminação. Mas é importante referir que nós só podemos fazer uma candidatura quando tivermos o protocolo assinado ou a desclassificação, mas já vi que não é por aí. Vamos esperar que a Infraestruturas de Portugal se responsabilizem por parte deste processo.

A transformação do antigo edifício do Mercado Diário para Pavilhão Multiusos também está na calha?

Mais do que na calha. Naquela

zona temos dois projetos: o multiusos e a rotunda do Hospital. Estamos à espera que terminem as obras onde eram as Consultas Externas e desejosos para entrar em obras nas Urgências. Estou confiante que possa acontecer para breve e o que o Município se tinha comprometido com o Centro Hospitalar era avançar com a rotunda. Mas é preciso compatibilizar as duas obras e ainda obedecer a timings dos fundos comunitários. Esta obra é fundamental porque o Hospital de Abrantes é a Urgência de toda a região e, de noite, para quem não conhece, há quem entre em sentido contrário, outros que não conseguem sair do parque de estacionamento, há quem não consiga entrar para dentro do hospital. Para nós, de Abrantes, é fácil mas torna-se confuso para quem não conhece. Os parques de estacionamento também estão desatualizados, precisamos de algo contemporâneo, com estruturas de apoio aos carros elétricos, por exemplo. Mas não só. Essa rotunda será o início de uma nova ligação ao Liceu. Não será para já, evidentemente, mas teremos que avançar com projetos para essa ligação porque precisamos de outra fluidez nessa rua.

E o Mercado Diário?

Temos um projeto que foi vencedor de um concurso no âmbito da Ordem dos Arquitetos. Já me comprometi a fazer a apresentação pública desse projeto que é extre-

mamente capaz de responder a uma enorme necessidade da cidade e do concelho. Precisamos de um espaço multiusos para, principalmente no inverno mas também no verão, podermos ter um conjunto de eventos. Sobretudo os nossos jovens que não têm um espaço na cidade. Até agora fomos tendo a Quimigal como solução mas os pavilhões também vão entrar em obras para a nova Escola Superior de Tecnologia. Estamos a falar de intervenções na ordem dos 4 milhões de euros. Só com o orçamento do Município eram impossíveis de concretizar e temos oportunidades de financiamento europeu para este tipo de situações. Este Multiusos vai ter um elevador e uma zona pedonal que vai mudar a vida da cidade, com outras acessibilidades ao Vale da Fontinha. Não temos datas para avançar porque, neste momento, está-se a estruturar o Portugal 2030 e as janelas de oportunidade vão começar a abrir dentro em pouco. À medida que forem abrindo, avançamos até porque os projetos estão feitos.

Vamos à Creche Municipal. Sabemos que a candidatura foi aprovada no âmbito do PRR. Quais os valores da comparticipação? O projeto vai avançar como previsto?

Nós ficámos muito felizes de termos visto esta candidatura aprovada. Não ficámos muitos felizes com o valor do financiamento.

/ “Já me comprometi a fazer a apresentação pública desse projeto [antigo Mercado Diário] que é extremamente capaz de responder a uma enorme necessidade da cidade e do concelho”

Estamos a falar de uma obra de cerca de 2 milhões de euros onde temos 400 mil euros e qualquer coisa de financiamento, para já. A garantia da senhora ministra é a de que ia tentar rever esses valores e procurar aumentá-los de forma substancial. Mas uma coisa nós sabemos: a creche é fundamental. Vamos transformar a antiga Escola N.º 2 para acolher ali 100 crianças e criar postos de trabalho. É isso que queremos. Claro que quanto mais financiamento tivermos, menor é o esforço da Câmara mas a Câmara tem essa capacidade. Óbvio que quanto menos investirmos, mais sobra para outras coisas. Vamos continuar a procurar mais financiamentos e reunir a equipa para a responsabilidade de avançarmos com uma obra deste tipo.

Na saúde, a USF para o norte do concelho avança? Quando e onde?

Tem que avançar. Em principio, temos estabilizado o local, quando tivermos o projeto concluído, anunciarei publicamente a sua localização. Temos que jogar com o que temos e com as oportunidades que surgem. Só temos duas hipóteses: ou fazemos de raiz ou requalificamos qualquer coisa. É isso que vamos fazer.

Falamos da Escola das Hortas, em Alferrarede?

Sim. Estamos a trabalhar nesse

projeto com os nossos técnicos e com a ARS Vale do Tejo. Vamo-nos assumir como donos de obra, obviamente que queremos financiamento, nomeadamente do PRR, mas estamos a fazer a nossa parte. O que compete às autarquias, estamos a fazer. Depois, a parte técnica de colocar lá médicos e enfermeiros, compete ao Ministério da Saúde. Fazendo a nossa parte, podemos ter moralidade para responsabilizar os outros a fazer a parte que lhes compete. Fundo de Transição Justa. Já há novidades na aprovação de projetos?

Já houve um primeiro aviso e um conjunto de empresas que foram notificadas no sentido de serem financiadas. Essas empresas estão a estudar as respostas, a decidir se vão ou não avançar. Existe um outro aviso, que está para sair em breve, e que a Câmara Municipal e a Comunidade Intermunicipal estão a acompanhar. Destina-se a outro tipo de empresas, antes foi apenas para PME e agora já se podem candidatar grandes empresas. Estamos a trabalhar em conjunto com a CIMT, a CCDR, o IAPMEI e a AICEP, estruturas que nos podem ajudar a alavancar ou a fazer acontecer projetos de desenvolvimento económico na nossa região. O importante era que, rapidamente, pudéssemos começar a ver aparecer projetos aqui em Abrantes e noutros locais do Médio Tejo, resultado desta possibilidade do Fundo de Transição Justa.

O aumento da zona industrial será feito? Como está a compra de terrenos?

Ainda há poucos meses levámos a aquisição de mais terrenos a reunião de Câmara. Temos vindo a comprar algumas parcelas, aquelas que se apresentam com possibilidade de compra e com valores adequados. Porque nós temos que gerir o dinheiro público com muito cuidado e atenção, não pode haver especulação. Esse é um processo que temos vindo a fazer paulatinamente e com muita serenidade, comprando o que é possível comprar e que se ajuste às necessidades. Nós ainda temos disponibilidade nas zonas industriais de Tramagal e do Pego, comprámos terrenos na zona industrial de Alferrarede e vamos comprando e adquirindo em função das necessidades.

19 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
“Medalha de Mérito Municipal ao nosso corpo de Bombeiros que todos os dias nos ajudam a ultrapassar as dificuldades e que fazem um trabalho extraordinários”
“O que eu vi foi a preocupação (...) e a deixar-me a mim alguma responsabilidade para, junto do Governo, continuar a fazer o trabalho que estamos a fazer para resolver o assunto”

ESPECIAL / FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES 2023

FinAbrantes apoia 78 associações com 850 mil euros

// Este ano a sede da Casa do Povo de Rio de Moinhos foi palco da cerimónia de assinatura dos contratos-programa do FinAbrantes - o Programa de Apoio a Coletividades do Concelho de Abrantes. A cerimónia juntou grande parte das associações do concelho.

O apoio, num total de 851.874,243 euros, contemplou 78 coletividades, que viram aprovadas as suas candidaturas nas medidas Cultura, Desporto, Juventude, Social, Eventos e também na medida Investimento. Esta última medida foi recentemente introduzida no regulamento e permite apoiar a conservação/ beneficiação e construção de infraestruturas e a aquisição de equipamentos e de viaturas, essenciais ao desenvolvimento da atividade associativa, que este ano contemplou 21 candidaturas.

Este ano foram validados 175 de 78 associações.

Quer isto dizer que este ano de 2023, se todas as propostas forem executadas, há um financiamento do Município de 850 mil euros. Significa que, no global, o movimento associativo do concelho de Abrantes vai movimentar muito mais do que um milhão de euros nas mais diversas vertentes.

“Em anos tão difíceis para as coletividades e associações, temos vindo a responder com aumentos recorrentes dos apoios no âmbito do programa Finabrantes, investimento que contribuiu para o fortalecimento destas instituições que prestam um extraordinário serviço à comunidade”, disse o presidente da Câmara.

Manuel Jorge Valamatos deixou uma ideia, um quase anúncio, que esta medida investimento deverá continuar no FinAbrantes mesmo quando o Orçamento Participativo regressar, num novo modelo.

O autarca destacou ao Jornal de Abrantes o valor investido nas associações do concelho desde o início do programa FinAbrantes, nos moldes que tem atualmente. Em nove anos o valor transferido para as associações foi de 5,3 milhões de euros. Manuel Jorge Valamatos destacou este valor

como “o elemento chave para se perceber o respeito que temos pelas nossas associações”, ao mesmo tempo que notou que o tecido associativo mostra o seu dina -

mismo, “num concelho enorme” como é o concelho de Abrantes.

Posteriormente à celebração dos contratos, foi aprovado o montante de 41.283,61€ relativo a proposta de

reaprovação de candidaturas, após reapreciação da equipa técnica e uma outra proposta de reforço das candidaturas anteriormente aprovadas. Somando ao valor já contratualizado, o FinAbrantes totaliza o apoio ao movimento associativo em 893.157,84€ para o período de 2022-23.

Este apoio municipal anual “reflete a vitalidade do movimento associativo no concelho de Abrantes”, enquanto entidades – clubes, coletividades e associações – que fazem acontecer muitas e diversas atividades, “sendo pilares fundamentais de coesão social e do apoio aos interesses e necessidades das comunidades locais”.

Este programa vem, por outro lado, “obrigar” as associações a fazer um trabalho de planeamento que, possivelmente, poderia não ser feito de forma tão apurada se não existissem as candidaturas ao programa.

// Entre contratos interadministrativos com as freguesias para a realização de obras, o apoio com kit’s de primeira intervenção no combate a incêndios e apoios financeiros a médicos que se instalem nas USF do concelho, a Câmara de Abrantes tem contratos celebrados de mais de 1 milhão e 300 mil euros.

A Câmara Municipal aprovou o montante de 1.060.020,00€ para celebração de contratos interadministrativos com as Juntas de Freguesia do Concelho para a realização de diversas obras nos respetivos territórios, durante o ano de 2023.

Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, “são dezenas de intervenções que queremos ver resolvidas até ao final do ano para bem da nossa comunidade que resultam de reuniões com as juntas de freguesia para perceber o que é mais importante e urgente executar”, agradecendo o empenho

e dedicação de todas as juntas de freguesia.

As verbas são atribuídas e função das prioridades identificadas pelos próprios executivos de cada uma das juntas de freguesia, sendo as mesmas discutidas e articuladas entre todos os presidentes de Junta e a Câmara Municipal. Os montantes não têm qualquer relação com a dimensão de cada um dos territórios, mas antes com as necessidades de cada Freguesia em concreto.

Desde 2016, o valor de investimento nestes contratos interadministrativos totaliza já os 6.100.975€.

165.000,00€, para apoio aos Kits de combate a incêndios

E dez das 13 juntas de freguesia do concelho de Abrantes integram este ano o dispositivo municipal de combate a incêndios rurais, colocando no terreno viaturas equipadas com 'kits' de primeira intervenção e rádios de comunicação.

“As Juntas de Freguesia têm feito um trabalho extraordinário no âmbito da prevenção, controlo, vigilância e de combate inicial a um fogo nascente, evitando, em muitos casos, que um incêndio tome grandes proporções”, disse

o presidente da autarquia, Manuel Jorge Valamatos.

O objetivo é responder de forma rápida e eficaz no combate aos incêndios, na sua fase inicial, até que cheguem os reforços ao local do incêndio, sendo uma mais-valia pela sua proximidade e rapidez.

As freguesias que não disponham dos recursos necessários para levar a cabo estas ações não deixam, por isso, de estar protegi-

alocados em caso de necessidade. Os contratos interadministrativos para melhor desempenho de atribuições em matéria de Proteção Civil foram este ano celebrados com as Juntas de Freguesia de Abrantes e Alferrarede, Pego, Aldeia do Mato e Souto, Bemposta, Mouriscas, Fontes, Carvalhal, São Facundo e Vale das Mós, Rio de Moinhos e Tramagal.

Entre 2019 e 2023, o Município investiu um total 742.000€ nos kits de primeira intervenção.

Desde 2022, o Município também é promotor de protocolos com 4 Associações de Caçadores do concelho que já dispõem de kits de primeira intervenção, cabendo ao município uma comparticipação

estabelecido com as associações de caçadores de Mouriscas, Martinchel, São Facundo e Vale das Mós e Arreciadas.

Incentivos aos médicos que se estabeleçam nas USF do concelho Em vigor desde 2015 está o incentivo financeiro de 11.250€/ano (valor individual) que a Autarquia atribui a médicos com a especialidade de Medicina Geral e Familiar que se radiquem no concelho e integrem uma das Unidades de Saúde Familiar de Abrantes: USF D. Francisco de Almeida e USF Beira Tejo. O incentivo financeiro mantém-se por três anos, podendo ser prorrogado por deliberação expressa da Câmara por mais um ano ou até à passagem para modelo B. Presentemente, existem 10 médicos abrangidos pelo referido regulamento (seis na USF D. Francisco de Almeida e quatro na USF Beira Tejo)

Em 2022, o investimento global no Programa de Incentivo à Fixação de Médicos foi de 100.843,75€. Para lá dos incentivos financeiros a médicos que se instalem no concelho para integrarem equipas das USF’s, há a registar “o grande investimento que a Câmara fez na última década para criar melhores condições no acesso à saúde, investindo em novos equipamentos, melhoria nos equipamentos já existentes, aquisição de viaturas para apoio dos cuidados de saúde ao domicilio e no Gabinete de Saúde Oral”.

22 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
/ Em nove anos, o valor transferido para as associações foi de 5,3 milhões de euros interadministrativos totaliza já os 6.100.975€.
Apoios às freguesias e à fixação de médicos é aposta na “democratização do território”

Abertura do MAC concluirá Rede de Museus de Abrantes

// À atual constelação de museus, brevemente juntar-se-á o MAC – Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida, que a Autarquia conta ter terminado nos próximos meses, ficando assim concluída a Rede de Museus de Abrantes.

O mítico Edifício Carneiro está a ser requalificado para ser guardião da atividade artística do escultor Charters de Almeida. Com a abertura do MAC – Museu de Arte Con temporânea Charters de Almeida, o concelho de Abrantes passará a ter um produto cultural integrado no centro histórico da cidade e na vila do Tramagal, reforçando o interesse turístico incontornável para a região.

Quando a obra estiver concretiza da, passará a ser púbico o acervo de obras representativas das várias fa ses do percurso artístico de Charters de Almeida, doadas por sua vontade à Câmara Municipal. As obras do artista ficarão expostas no interior e no exterior do edifício, uma vez que toda a zona exterior envolvente do logradouro está a ser tratada com a finalidade de ser a porta de entrada para a criação de um percurso de exposição ao ar livre até à entrada do Jardim do Castelo.

Neste espaço será instalado o acervo doado por Charters de Al meida, constituído por peças repre sentativas do percurso do escultor, com formulações e materiais distin tos, como o ferro, o aço, o bronze, a pedra e o betão. O acervo é ainda

constituído por desenhos originais, posters, cartas e outros documentos com interesse na conceção, construção, implementação e inauguração dos trabalhos, bem como dados biográficos e fotobiografias, compilação de críticas e trabalhos escritos de reflexão da obra.

A obra de reabilitação do Edifício Carneiro, na Rua de S. Pedro, junto ao Castelo, tem um valor de 2.088.881,49€, sendo que o financiamento aprovado através do programa Portugal 2020 foi de 1.974.733,40€. O projeto de arquitetura e projeto museológico têm a assinatura do arquiteto Victor Mestre.

O espaço do MAC vai ter 17 salas, na sua maioria expositivas, um anfiteatro com cerca de 53 lugares sentados e terá ainda um laboratório de restauro e investigação, que abrirá porta aos estudos e ciência, e à ligação que se pretende ter com o ensino superior e as Belas Artes.

Com obra de dimensão arquitetónica espalhada por vários continentes, sendo também um medalhista reconhecido, João Charters de Almeida mantém uma relação afetiva com Abrantes. É descendente da antiga família dos 'Almeida', condes de Abrantes (século XV), que durante cerca de dois séculos foram também senhores do Sardoal.

Está representado em Museus, Fundações e Coleções particulares em Portugal e noutros países da Europa, USA, Brasil, Canadá e Japão.

Tem trabalhos de grande escala em espaços públicos em Portugal, Bélgica, USA, Canadá e China, conhecidas por “Cidades Imaginárias”, que chegam a atingir os 40 metros de altura. / Requali cação

Câmara apoia obras em ERPI com candidaturas aprovadas no PRR ou no PARES

Através do PRR, Plano de Recuperação e Resiliência, ou no âmbito do PARES 3.0, Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais 3ª Geração, várias ERPI, Estrutura Residencial para Pessoas Idosas do concelho viram as suas candidaturas aprovadas. A Câmara de Abrantes apoiou igualmente estas instituições.

Como o financiamento destes programas (PRR e PARES) não cobre todo o investimento programado, o apoio municipal contribui para a concretização de diferentes componentes das respetivas obras e “resulta do diálogo com as entidades promotoras, com o objetivo de aferir quais as maiores carências de cada resposta social que não tenham sido abrangidas pelos respetivos financiamentos”.

As instituições que viram os seus projetos aprovados foram o Centro

Social e Paroquial de Nossa Senhora da Oliveira, em Tramagal, “que vai, de facto, construir um novo Lar, de raiz” mas para o qual ainda aguarda deliberação, o Centro Social Paroquial de Rossio ao Sul do Tejo “que sofreu obras de requalificação de toda a sua infraestrutura e valorização do espaço” e que a Autarquia apoiou em 40.750,00€, o Centro de Solidariedade Social do Souto “também com um trabalho extraordinário de requalificação e valorização do edifício” e que contou com um apoio de 40.000,00€, e também a ACATIM – Associação Comunitária de Apoio à Terceira Idade de Mouriscas, “que viu um projeto aprovado no âmbito da eficiência energética e da melhoria das suas instalações” e em que a Câmara concedeu um apoio de 10.000,00€.

Em Rossio ao Sul do Tejo, Souto e Mouriscas trata-se “de valorizar

o que já existe e melhoria das condições estruturais e organizativas que têm, mantendo postos de trabalho e criar dinâmicas de apoio aos nossos idosos, que é o que te-

mos que apoiar e nos preocupa. Temos que estar ao lado destas instituições que estão a fazer um grande investimento e estamos a falar de mais de dois milhões de euros nestas quatro instituições”, disse o presidente da Câmara, Manuel Jorge Valamatos.

Já a Associação Social “A Mó e a Água”, de Vale das Mós, já viu inaugurado o lar de idosos “Todos Irmãos”. A cerimónia de inauguração

contou com a presença da ministra que tutela a Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que afirmou que este lar, “nesta altura, representa o maior apoio no âmbito do PRR na área social no distrito de Santarém. Conta com um apoio de 1 milhão e 600 mil euros e foi, também segundo a governante, o terceiro projeto apoiado pela bazuca europeia a ser inaugurado. A Câmara de Abrantes apoiou a associação de Vale das Mós com uma verba de 60 mil euros para aquisição de equipamento para a cozinha e para a lavandaria da instituição.

Também a Santa Casa da Misericórdia de Abrantes tem em conclusão a obra de ampliação de 16 unidades de alojamento em ERPI. Conta com o apoio de 30 mil euros da Câmara Municipal.

“A defesa daqueles que já tanto deram à nossa comunidade ao longo de uma vida inteira de trabalho, é uma responsabilidade de toda a comunidade, e na qual a Câmara Municipal de Abrantes continua a trabalhar com convicção, dentro das nossas competências legais”, afirmou Manuel Jorge Valamatos.

23 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
ESPECIAL / FESTAS DA
CIDADE DE ABRANTES 2023
do Edifício Carneiro vai dar lugar ao MAC / Associação Comunitária de Apoio à Terceira Idade de Mouriscas

ESPECIAL / FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES 2023

Parque Escolar “de excelência, ao nível do melhor que existe no país”

// Numa aposta contínua de Abrantes “como concelho educador e de referência na região”, foram oficialmente inauguradas no dia 10 de maio, a Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo, antigo Colégio de Fátima, em Abrantes, e as obras de requalificação da Escola Básica de Alvega com as presenças do ministro da Educação,

“Este é de facto um dia muito feliz para todos, com a inauguração da nossa Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo. Um marco extraordinário para o presente e futuro dos nossos jovens e da nossa comunidade”, salientou, na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos.

“Um legado histórico que tínhamos obrigação de defender e preservar, concretizado pelo município através da compra deste edifício, numa decisão assente na estratégia municipal de proteção do nosso património, realizada através de um grande projeto que teve sempre como prioridade a manutenção da traça original do edificado”, reforçou o presidente do Município, destacando o papel fundamental da atual ministra da Agricultura, na altura presidente da Câmara Municipal de Abrantes, “que olhou para este edifício e a sua história e o repensou”.

“Um projeto que é igualmente importante em termos de regeneração urbana, possibilitando a manutenção desta escola no coração do nosso centro histórico, reforçando a nossa tradição educativa”, mencionou Manuel Jorge Valamatos

Neste ano letivo 2022/2023, a Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo acolhe 50 alunos do Pré-Escolar e 150 alunos do 1º Ciclo. A Escola Básica de Abrantes Maria de Lourdes Pintasilgo, representou um investimento de 1,6 ME na aquisição do imóvel à congregação das Irmãs Doroteias e uma intervenção na requalificação e readaptação do edifício de 2,9 ME, sendo 1,1 ME financiados pela União Europeia.

Esta nova escola aglutinou o Jardim de Infância de S. João Batista, a Escola Básica Nº1 (Quinchosos) e Escola Básica n.º 2 (Alto de Santo António).

Depois de Abrantes seguiu-se a viagem até Alvega para a inauguração das obras de requalificação da Escola Básica, que nasceu naquele que foi o “colégio”, designação dos habitantes da freguesia.

Jorge Costa, diretor do Agrupamento, destacou o investimento na requalificação de uma escola que já apresentava níveis de degradação elevados. E sobre algumas questões que se podem levantar sobre um investimento tão grande para tão poucos alunos o diretor diz que

sim, “valeu a pena.”

Manuel Jorge Valamatos, lembrou-se que Alvega foi uma das primeiras escolas onde deu aulas, mesmo sem condições para a prática das atividades físicas.

O autarca referiu-se ao investimento em Alvega como coesão territorial e democratização do território, numa expressão que usa muitas vezes.

Esta escola tem 16 alunos do pré-escolar e 18 do 1.º ciclo. Conta ainda com três professores e cinco auxiliares.

A requalificação da Escola Básica de Alvega representou um investimento de 700 mil euros e tem um parque infantil, que não existia.

Requalificação da escola do Tramagal arranca no final do ano letivo

As obras de requalificação da Escola Básica e Secundária de Tramagal arrancam no final deste ano letivo, num investimento de um milhão de euros.

Com um investimento total de 955.590,86 euros, acrescido de IVA, a empreitada de requalificação da Escola Básica e Secundária de Tramagal terá apoio comunitário de 85%, correspondente a um valor de 633.842,77 euros, no âmbito do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER), no seguimento da candidatura aprovada, cabendo ao município de Abrantes

um investimento que ascende a 300 mil euros.

Com um prazo de execução de 180 dias, a empreitada de requalificação e modernização da Escola Secundária de Tramagal prevê a requalificação de 11 salas de aula, 16 salas de atividades, três laboratórios, um auditório, uma sala de professores, a biblioteca, copa, duas cozinhas e dois refeitórios.

“Há muito que desejávamos que este processo pudesse estar concluído em termos de aprovação de financiamento e que o Tribunal de Contas exigia para que se pudesse avançar com a obra”, disse o presidente da Câmara de Abrantes, tendo explicado que, “agora, com a aprovação por parte da CCDRC [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], estão reunidas todas as condições para avançar” com a empreitada.

A intervenção na escola prevê “trabalhos nos quatro blocos” do estabelecimento, estruturas que apresentam, na generalidade, “sinais de degradação física e diversas anomalias construtivas ao nível das platibandas, pavimentos, caixilharias e pinturas, bem como as coberturas com fibras de amianto, infraestruturas degradadas, desadequadas, insuficientes e inexistentes”.

A empreitada prevê ainda resposta às atuais “condições de acessibilidade, insuficientes e adequadas para pessoas com mobilidade condicionada”, e que “obrigam a trabalhos de reabilitação de modo a melhorar os níveis de qualidade, conforto e segurança para os seus utilizadores”.

Manuel Jorge Valamatos disse ainda estar “a articular” com o empreiteiro para que, “logo que termine o ano letivo, se possam iniciar os trabalhos”, tendo destacado uma requalificação “necessária” e “há muito desejada pela comunidade educativa e pela comunidade em geral”.

A Escola Básica e Secundária Octávio Duarte Ferreira, com cerca de 220 alunos, pertencente ao Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes, tem atualmente, além do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, o ensino secundário, com oferta formativa de cursos profissionais que possibilitam o prosseguimento de estudos no ensino superior ou em cursos de especialização tecnológica.

24 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
/ Escola Básica de Alvega / Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo / Escola Básica e Secundária de Tramagal João Costa, e da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

PROGRAMA*

QUARTA-FEIRA, 28 de junho

18h30 - Abertura Oficial da 28ª FEIRA

MOSTRA, da XXII FEIRA DO LIVRO e do ESPAÇO RADICAL / INSUFLÁVEIS

20h30 - TORNEIO DE SUECA - Org.: CMM / Centro Cultural de S. José das Matas

- Restaurante do C. Dia S. José das Matas

23h00 - Atuação da Orquestra TODOS

23h00 - Encerramento do ESPAÇO

RADICAL / INSUFLÁVEIS

01h00 - Encerramento dos Espaços de Exposição

QUINTA-FEIRA, 29 de junho

18h00 - Abertura da 28ª FEIRA MOSTRA, da XXII FEIRA DO LIVRO e do ESPAÇO

RADICAL / INSUFLÁVEIS

23h00 - Atuação de TOY

23h00 - Encerramento do ESPAÇO

RADICAL / INSUFLÁVEIS

01h00 – Atuação de ATHIS

01h00 - Encerramento dos Espaços de Exposição

SEXTA-FEIRA, 30 de junho

18h15 - Arruada da Sociedade

Filarmónica União Maçaense

18h00 - Abertura da 28ª FEIRA MOSTRA, da XXII FEIRA DO LIVRO e do ESPAÇO

RADICAL / INSUFLÁVEIS

18h00 - Inauguração da 28ª FEIRA

MOSTRA com a presença do Senhor

Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, Eng. João Paulo

Catarino

- VISITA OFICIAL à Feira por entidades e convidados

23h00 - Encerramento do ESPAÇO

RADICAL / INSUFLÁVEIS

23h00 - Atuação de CALEMA

01h00 - Encerramento dos Espaços de Exposição

SÁBADO, 6 de julho

08h30 - DOWN TOWN – Org.: CMM /

C. C. R. Queixoperra – Alto do Calvário, Mação

08h30 - XI PASSEIO DE CICLOTURISMO –Org.: CMM / G.D.R. de Carvoeiro - Partida

do Recinto da Feira Mostra

09h00 - ENCONTRO DE CÃES DE PARAR com largada de perdizes – CasteloOrg.: CMM / A. C. R. dos Caçadores do Castelo

10H00 - ATELIER DE ARTES PLÁSTICAS

– Org.: CMM / A. C. e R. de Santos no stand da C. M. M.

15h00 - TORNEIO DE MALHA – Org.: CMM / G. de Cicloturismo de São José das Matas - Recinto da Feira Mostra

16h00 - Abertura da 28ª FEIRA MOSTRA, da XXII FEIRA DO LIVRO e do ESPAÇO RADICAL / INSUFLÁVEIS

16h00 – Sessão Super Relaxamento - Yoga para adultos - todos os níveisRecinto da Feira Mostra

17h00 - COLOR RUN - Org.: CMM / Grupo D. C. R. de Penhascoso

17h00 - EXPERIÊNCIA TT - Org.: CMM / Rui Gonçalo Marques

19h00 - BTT GUIADO – Org.: CMM / São Miguel Bike

21h30 - Atuação do Grupo de Cantares do Grupo Cultural Os Maçaenses – Palco

2

23h00 - Encerramento do ESPAÇO RADICAL / INSUFLÁVEIS

23h30 - Atuação de TAXI

01H00 - Encerramento dos Espaços de Exposição

DOMINGO, 7 de julho

09h00 - TRAIL DAS ZAGAIAS – Partida do Recinto da Feira Org.: CMM / BTZ Mação e ARC Chão de Codes

09h00 - X PASSEIO DE MOTOS E MOTORIZADAS ANTIGAS – Org.: CMM / C. S. C. D. de Envendos/Amigos das Velhas Máquinas de Envendos - Partida do Recinto da Feira Mostra

09h00 - CANOAGEM – Autocarro Mação – Ortiga – Org.: CMM / Amigos da Estação

09h00 - Passeio Pedestre ROTA DAS FONTES – Org. CMM / Centro C. Queixoperra

10h00 - MATRAQUILHOS HUMANOS –Org. CMM / ACR Santo António

16h00 - Abertura da 28ª FEIRA MOSTRA, da XXII FEIRA DO LIVRO e do ESPAÇO RADICAL / INSUFLÁVEIS

16h00 - ABusiness Reunion, pela SPathys - Management Consulting – Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira

16h00 - DEMONSTRAÇÃO DE ORIENTAÇÃO – Org. CMM / Rotas de Mação

16h30 - FINAIS DO TORNEIO INTER ASSOCIAÇÕES DE FUTSAL – Finais –Org.: CMM / Mação F.C.

18h00 - MARCHAS POPULARES – Idosos da SCMM

18h30 - “PALHAÇO SORRISO”

Espectáculo Infantil

22h00 - Encerramento do ESPAÇO RADICAL / INSUFLÁVEIS

22h30 - Atuação de JOSÉ CID

24h00 - Encerramento da XXII FEIRA DO LIVRO

- Encerramento dos STANDS DE EXPOSIÇÃO

- Encerramento da 28ª FEIRA MOSTRA DO CONCELHO DE MAÇÃO

* Programa sujeito a alterações.

25 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
2023
ESPECIAL / FEIRA MOSTRA DE MAÇÃO

// Local de encontro de maçaenses, a Feira Mostra de Mação regressa ao Largo da Feira para mais um evento em que o melhor do que se faz no concelho vai estar em destaque. Mas há muito mais a acontecer em Mação e foi isso que fomos saber em entrevista com Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal.

Mais uma Feira Mostra em Mação. Há alguma alteração no modelo?

A Feira segue a linha dos anos anteriores. Vamos ter alguma reformulação de espaço, relativamente ao ano passado, na disposição do palco que vai mudar de local. Era nossa intenção termos a reabertura do Piso 0 do Museu mas, infelizmente, não vai ser possível, uma vez que a obra não estará concluída a tempo. Diria que o grande destaque deste ano tem a ver com um enfoque muito especial na área florestal, um pouco mais do que nos anos anteriores, fruto do processo que o concelho de Mação está a viver com as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP). Penso que, nesse âmbito, estamos a viver um momento histórico para o concelho - e vamos aproveitá-lopara dar a conhecer àquelas pessoas que, eventualmente, ainda tenham algumas dúvidas relativamente a este processo e, por outro lado, a outras que possam estar interessadas em ter mais informação, para termos ali um local de esclarecimento profundo relativamente à mesma. Razão pela qual convidei, e aceitou, o senhor secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, para vir presidir à inauguração formal da Feira no dia 30.

A aposta continua a ser privilegiar as atividades económicas do concelho?

Sim, temos essa pretensão. Serão cerca de 80 stands, não contando com o stand da Câmara onde vão estar representados mais um conjunto de agentes económicos. Obviamente que tentamos privilegiar aquilo que é a nossa atividade económica, cultural, artesanal, social... no fundo, a Mostra de todo o concelho e da nossa realidade.

Com o Cine-Teatro a funcionar, está completa a rede de infraestruturas culturais?

Não, ainda há coisas a fazer. Falo, nomeadamente, do Núcleo Museológico de Envendos, ligado à arte do presunto. Nós adquirimos uma antiga fábrica de presuntos em Envendos, foi feita uma análise estrutural ao edifício para percebermos se era passível de reabilitação como estava, para recriarmos o espaço mas não

há essa capacidade. Ou seja, vamos mandar abaixo e reconstruir, dentro do possível, uma réplica do que existia. Por razões de segurança e também económicas, faz mais sentido reconstruir. É um processo que irá ter início ainda este ano e é um dos objetivos do mandato ter também este espaço reabilitado, bem como outras pequenas intervenções em termos patrimoniais/culturais como a recuperação da torre da Igreja Matriz de Cardigos, a igreja velha, que também é um local de interesse e que faz todo o sentido que a Câmara possa reabilitar. Pelo menos, estes dois locais vão ter intervenção, sem prejuízo de algo que possamos vir também a fazer em Carvoeiro, que ainda está em estudo.

A Câmara já chegou a alguma conclusão sobre o que se vai passar com os passadiços de Ortiga?

Adjudicámos a remoção de todo o material que lá está, foi feita uma candidatura no âmbito do Fundo de Emergência Municipal para as intempéries que aconteceram naquela altura do ano e foi feita uma vistoria pelas entidades competentes para analisarem a situação. Aguardamos o resultado dessa candidatura e depois vamos conversar, nomeadamente com as entidades licenciadoras para percebermos como é que vamos reconstruir os passadiços, com a aprendizagem daquilo que aconte-

ceu especificamente naqueles dois ou três dias do mês de dezembro. Será, portanto, prematuro dizer o que vai ser feito e como vai ser feito.

A nível empresarial, Mação ganhou novo fôlego com a instalação de empresas do ramo da cannabis. Em que ponto estão estas empresas e as zonas industriais? Neste momento, temos a Zona Industrial de Mação praticamente lotada. Estamos a trabalhar na expansão da mesma, prevista no PDM que está em final de revisão, e temos também a Zona Industrial de Ortiga que está totalmente ocupada por uma das empresas da área da cannabis. Essa já está em processo de pré-laboração, de licenciamento, e já com alguns postos de trabalho. Penso que as coisas estão a correr dentro da normalidade. O outro investimento, mais perto de Mação, na Caldeirinha, também está praticamente na sua conclusão. A informação que tenho é que ainda durante o verão, estão em condições de começar a pedir os licenciamentos junto do INFARMED. É intenção da empresa, até final do ano, estar a laborar em pleno. Houve ainda uma outra empresa nesta área que tinha um projeto aprovado, junto à entrada de Mação, mas que não arrancou. Contudo, temos mais um contrato assinado com uma outra empresa que tem um terreno mu-

efetivamente, falar em Praia Fluvial na Ortiga?

Pois, esse é um processo interessante. Ainda há dias fui revisitar essa matéria. A Câmara, há mais de dois anos, que pediu o respetivo licenciamento - aquela questão de se é praia ou não é praia - com todos os documentos que nos foram pedidos e, até hoje, não temos resposta por parte das entidades competentes. Aliás, já contactei o vice-presidente da APA nesse sentido para perceber o que se está a passar. Relativamente à praia em si e às infraestruturas, está com um novo visual, com mais condições de segurança e acho que é um local que vale a pena visitar este ano. Acredito que tudo o que ali fizemos vem valorizar muito aquele local, que era um investimento que estava previsto. Este era uma candidatura una, um único projeto que incluía os passadiços e que aliava aquelas duas zonas. Foi esse o objetivo e acho que vamos conseguir que isso aconteça.

Mas há mais praias e piscinas no concelho...

nicipal reservado para o efeito, também junto à entrada de Mação. Diria que, neste momento, as coisas estão a correr de acordo com aquilo que eram as expetativas, sendo certo que este mercado da cannabis sofreu alguns contratempos, o que fez com que, provavelmente, alguns investimentos refreassem um bocadinho o ímpeto com que estavam. Isso foi público a nível nacional, com alguns projetos a caírem por terra, outros a reconfigurarem-se, mas eu tenho esperança que, pelo menos aqueles dois que já estão construídos, possam prosperar e atingir os seus objetivos.

Quanto à expansão da Zona Industrial, já começou a compra terrenos?

Sim, já temos grande parte dos terrenos comprados, praticamente até à Pista de Autocross. Se não estou em erro, faltam dois ou três terrenos. Mas também vamos entrar num processo de aquisição de mais terrenos na área para a A23, que é onde entendemos que faz sentido que possam vir a nascer alguns espaços aptos para a indústria. Estamos a tratar desses processos.

Verão em Mação. A Bandeira Azul vai continuar hasteada no Carvoeiro mas este ano a Praia Fluvial de Ortiga também surge com outra cara. E já podemos,

Há praias, há piscinas, há miradouros, há ribeiras, há um conjunto de boas razões para se ir a Mação. Há festas nas nossas aldeias, praticamente todos os fins de semana e, portanto, estão reunidas todas as condições para ser um verão agradável em Mação. Esperemos que não haja contratempos, daqueles que às vezes há no nosso concelho. A diversidade que temos nas nossas três praias fluviais - Cardigos, Carvoeiro e Ortiga - muito diferentes entre si, com as piscinas descobertas requalificadas e um sem número de outros atrativos, fazem com que valha a pena ir a Mação este verão.

Tocou no tema dos incêndios e sabemos que a Proteção Civil está preocupada com as perspetivas para este verão. A nível municipal, o que se pode ter pronto, está pronto?

Nós achamos sempre que fizemos bem o nosso trabalho, portanto, nesse sentido, as coisas estão a ser preparadas na linha daquilo que aconteceu em anos anteriores. Pelo menos, naquilo que depende de nós, que esteja preparado para alguma ocorrência, mas... a história também nos diz que todas as grandes ocorrências que têm acontecido no nosso concelho, são fruto de incêndios que vêm de fora, descontrolados. São coisas que acontecem, sem culpar nada nem ninguém, mas são situações incontroláveis. Compete-nos tentar fazer o melhor possível, sabendo que alguma coisa de mal pode acontecer. Em muitos locais do concelho estão reunidas condições para haver problemas sérios, quer venham de fora ou incêndios nascentes no nosso concelho.

26 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 ESPECIAL / FEIRA MOSTRA DE MAÇÃO 2023
“A diversidade que temos, faz com que valha a pena vir a Mação este verão”
Pode ler esta entrevista na íntegra, a partir de 28 de junho, em jornaldeabrantes.sapo.pt // por Patrícia Seixas / Vasco Estrela a rma já ter “grande parte dos terrenos comprados” para a expansão da Zona Industrial

Propostas das 9 AIGP já foram entregues

// Há um ano, em junho de 2022, o Município de Mação estava a organizar ações de esclarecimento em todas as freguesias, em todas as aldeias que vão ter uma AIGP. Esta quarta-feira, 31 de maio, foi um dia histórico, com a entrega dos processos de constituição das 9 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) do concelho de Mação.

Um ano depois, o dia 31 de maio, fica na história do concelho com a entrega da primeira OIGP, ou seja, foi dado o passo seguinte na entrega do processo de Operação Integrada de Gestão da Paisagem de Envendos. E o que isto que dizer é que poderá faltar um ou dois meses para esta OIGP ser analisada aprovada, financiada e para que máquinas possam entrar nos terrenos a rasgar aquilo que é a situação atual.

António Louro, vice-presidente da Câmara de Mação, explicou que conseguiram contactar e “convencer” os proprietários e mais de 50% dos donos dos terrenos a intervencionar estão integrados na operação.

E o que vai ser feito em Envendos é numa área de 2.800 hectares criar as zonas florestais, que continuam a ser a grande fatia de produção, mas voltar a colocar os vales ao serviço da agricultura ou da pecuária. “É voltar a colocar

aquelas áreas como existiam há 50 ou 60 anos”.

António Louro indicou ainda que as próximas OIGP’s a serem entregues são as de Ortiga, Penhascoso, Castelo e Amêndoa ficando

para uma segunda fase, até meados do verão, as de Mação, Cardigos, Caorvoeiro e Aboboreira. Ao todo há uma intervenção de 23 mil hectares em todo o concelho.

O autarca, que desde 2003 de-

fende este tipo de intervenção está orgulhoso porque das cerca de 70 AIGP aprovadas em todo o país, Mação apresentou a primeira OIGP.

E quando questionado sobre os envelopes financeiros, António Louro revelou que as ajudas estão todas consolidadas e que não haverá falta de dinheiro para estes processos. O governo alocou 27 milhões de euros para estes projetos de modificação da paisagem. “A grande dúvida, e preocupação, é com os tempos de execução dos projetos. Uma vez que são financiados pelo PRR (Programa de Recuperação e Resiliência), têm prazos de execução muito apertados”, explicou o autarca de Mação, que insistiu em que este é o momento decisivo para esta alteração da forma de ordenamento da floresta no concelho de Mação.

O projeto de criação das 9 AIGP é um desafio enorme, mas é, também, “o passo limite para mudarmos a nossa paisagem e o futuro do concelho de Mação”, refere o

Município que enumera as 5 vantagens: ordenar o território; gestão sustentável; fazer das áreas florestais e agrícolas a maior riqueza do nosso concelho; olhar para o futuro e uma injeção de cerca de 36 milhões de euros na paisagem; olhar para o território nas suas mais variadas valências e potencialidades, e tirar o melhor partido delas. Não apenas em termos florestais, mas também em termos agrícolas, turísticos, valorizar a pastorícia e ainda aproveitar a capacidade de produção energética, através de parques eólicos ou solares.

Há uma outra garantia, é que há financiamento já assegurado de 100% do custo das operações agrícolas e florestais das 9 AIGP, o que irá permitir níveis de execução nunca antes possíveis.

Ainda de acordo com o vereador este é o momento “sonhado” em 2003 e que pode finalmente passar do sonho à realidade.

Jerónimo Belo Jorge

27 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES ESPECIAL / FEIRA MOSTRA DE MAÇÃO 2023
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Nutrição faz de Mação “Autarquia do Ano”

// A Câmara Municipal de Mação recebeu no mês de maio o "Prémio Autarquia do Ano", na categoria Desporto e Vida Saudável – Apoio às Boas Práticas de Nutrição, com o projeto "Nutri Mação em Ação".

Esta é a segunda vez que Mação recebe tal distinção, sendo que em 2021 o Prémio Autarquia do Ano de Mação teve como base o trabalho desenvolvido no projeto Mação, Concelho Amigo do Idoso.

A Câmara Municipal de Mação esteve representada da gala de entrega dos prémios pela vereadora Margarida Lopes e por duas técnicas do Serviço de Ação Social.

Este evento premeia anualmente o melhor que se faz nas Autarquias em Portugal. São atribuídos Prémios, Grandes Prémios e Menções Honrosas às iniciativas e práticas inovadoras que marcam diariamente o nosso país.

A Câmara Municipal de Mação tem “como uma das suas principais missões a promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos seus munícipes, praticando um serviço público de muita proximidade, atenção e prevenção”.

“Atenta às necessidades da população” e no âmbito das ações que desenvolve junto da comunidade, a Autarquia dispõe de uma nutricionista que ajuda a implementar hábitos de alimentação saudáveis, através de iniciativas destinadas a todas as faixas etárias.

O NutriMação em Ação é um projeto promovido pela Câmara Municipal de Mação numa parceria conjunta com o Agrupamento de Escolas Verde Horizonte.

Destina-se a todas as crianças do

Mação rima sempre com verão

Em Mação sentamo-nos à mesa e provamos o Portugal mais típico, entre o que nos dá o rio e o que nos dão os fumeiros. Sem esquecer o queijo, o azeite, os bolos, as deliciosas Fofas de Mação. É à volta da mesa que se aprumam convívios, que se enriquece o ser.

O descanso e lazer conseguimos nas Praias Fluviais, que são três, distribuídas pelos 400 km’s2 de terra, de natureza, de uma nature-

Novas escavações arqueológicas no Vale do Junco para abrir a visitas

do Junco que “mostraram o grande potencial deste espaço”, conhecido desde os anos 40 do século passado e que tem vindo a sofrer diversos trabalhos de investigação.

Em dezembro do ano transato, foi inaugurada no Núcleo Museológico de Ortiga a exposição temporária e ainda vigente “Vale do Junco e o Passado Romano no Território de Mação”, na qual constam diversos objetos do espólio encontrado no balneário romano da freguesia, como vários fragmentos de cerâmica comum, vidro, metal e algumas moedas romanas do Baixo Império.

1.º ciclo do concelho e visa a redução dos casos de excesso de peso infantil através de ações de sensibilização para a importância da aquisição de conhecimentos e hábitos alimentares saudáveis.

O NutriMação em Ação arrancou no início deste ano letivo, tendo sido avaliado o estado nutricional das 109 crianças autorizadas a participar no projeto.

Também no Clube Sénior, a nutricionista apresenta e confeciona receitas saudáveis, com os idosos, apresentando alternativas às receitas tradicionais a que estão habituados ou até novos ingredientes.

Desenvolve também atividades

com o intuito de melhorar os seus conhecimentos sobre alimentação saudável, como o jogo do semáforo, o questionário “Quem quer ser Saudável’” e o “Mitos e Verdades sobre Alimentação”.

A par destes, são várias as ações de acompanhamento e aconselhamento sobre saúde e bem-estar, sobre boas práticas alimentares e nutricionais.

Por este trabalho, foi a Câmara Municipal de Mação novamente premiada como Autarquia do Ano, confirmando e reforçando as opções tomadas e os projetos promovidos para melhorar a qualidade de vida de quem vive no concelho de Mação.

A Estação Arqueológica de Vale do Junco situa-se na freguesia de Ortiga, encontra-se classificado e trata-se de um povoado com ocupação romana, possivelmente ligado à exploração aurífera, que atinge cerca de dois hectares. É de salientar que a poucos metros das margens do Tejo existem vestígios de conheira. No povoado, são visíveis vestígios de um complexo termal que data do século III/IV D.C., escavado nos anos 50 por Calado Rodrigues. No local existem também à superfície vários fragmentos de cerâmica comum e de construção romana, bem como vestígios de algumas sepulturas possivelmente visigóticas. Os muros romanos rectilíneos do balneário são perfeitamente visíveis, bem como os pavimentos de opus signinum.

O Município de Mação, seguindo a premissa de “valorizar, em contínuo, os seus sítios arqueológicos” e com “o intuito de recolher mais informação sobre este sítio romano, através do seu Museu”, está a promover uma campanha de escavações arqueológicas que “responda à vontade expressa dos maçaenses em dotar o espaço de condições para visitas”.

No último trimestre de 2022 foram realizadas prospeções geoelétricas no sítio arqueológico de Vale

servida com um belíssimo espelho de água. Dispõe de parque de merendas coberto com churrasqueiras e diversas mesas, além de um bar de apoio com esplanada e rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida. Tem Galardão

Qualidade de Ouro.

A Praia Fluvial de Ortiga recebeu, em 2023, o Prémio 5 Estrelas. Tem piscina flutuante, um campo de futebol de praia, uma torre de escalada e a possibilidade de alugar canoas e gaivotas. Tem um parque de merendas coberto, com grelhadores e mesas de apoio, além de um snack-bar com esplanada.

A exposição pode, depois, ser visitada nos dias normais de funcionamento do Núcleo: quarta: manhã - das 9h30 às 12h30; sexta: tarde - das 14h30 às 17h30; Sábado: manhã - das 10h00 às 13h00; Domingo: manhã - das 14h30 às 17h00. O Núcleo Museológico de Ortiga está encerrado nos feriados.

E como “é do interesse do Município valorizar o seu património através da integração e interação da comunidade em ações conjuntas que promovam a aquisição e partilha de conhecimentos”, o Município de Mação convida a população a participar na próxima campanha de escavações arqueológicas. Os interessados devem contactar o Museu para se juntarem à equipa de trabalho até ao dia 6 de junho.

za que teima estar, em voltar, em renascer, apesar de tudo.

As Tradições são outro atrativo. Festas de verão, festividades religiosas, a Feira Mostra no início

de julho, a Feira dos Santos no dia próprio. Mês após mês comemoramos a vida.

A Praia Fluvial de Cardigos está envolvida num ambiente único,

A Praia Fluvial de Carvoeiro tem um extenso espelho de água, bons acessos, piscina para adultos e crianças e dispõe de cadeira anfíbia. Tem parque de merendas, churrasqueira, casas de banho com balneários,

chapéus de palha e espreguiçadeiras e é uma praia vigiada por nadadores-salvadores. Tem Bandeira Azul consecutivamente desde 2006, é Praia Acessível e tem Galardão Qualidade de Ouro desde 2010.

As Piscinas Municipais Descobertas de Mação abriram no verão de 2022 “como novas”, após obras de requalificação e afirmaram-se como um local obrigatório no verão em Mação. Têm tanque para adultos, piscina para crianças, espaços verdes e balneários com duches. Já com instalações próprias e adequadas, as Piscinas voltaram a ter serviço de bar e esplanada.

Mação é um convite em si. Porque nos fica no coração, pois é, desde sempre, onde reside o coração de Portugal. Quem chega a Mação sabe que é bem-vindo. Porque chegou ao seu destino.

28 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
/
SOCIEDADE
/ Vereadora Margarida Lopes e técnicas do Serviço de Ação Social / Piscinas Municipais Descobertas abriram no verão de 2022 “como novas”, após obras de requali cação

Pomonas Camonianas voltam para homenagear Camões

// Nos próximos dias 9 e 10 de junho, Constância recebe as XXVI Pomonas Camonianas, um grandioso evento cultural que pretende homenagear Camões, a época em que o épico viveu e a sua ligação à vila de Constância.

Constância tem com Camões uma muito antiga e arreigada relação de afeto, fundada na plurissecular tradição de que o épico terá vivido na vila durante algum tempo, aqui escrito na vila parte da sua produção poética. Sobre as ruínas que o povo aponta como tendo sido as da casa que o acolheu, foi erguida a Casa-Memória de Camões que visa perpetuar a memória do poeta em Constância.

Em Constância evocam igualmente o épico português, o Monumento a Camões do mestre Lagoa Henriques e o Jardim-Horto Camoniano, desenhado pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, que apresenta a maior parte das plantas referidas por Camões na sua obra e é considerado um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta.

Todos os anos pelo 10 de Junho, Dia de Camões, Constância celebra Camões e a sua relação

com exposição e venda de frutos e ores referidos por Camões na sua obra e ores

com o épico, realizando as Pomonas Camonianas.

Tendo por inspiradora Pomona, a divindade romana dos pomares e dos jardins, que Camões também cantou, o evento apresen-

ta, na sua essência, um mercado quinhentista, com exposição e venda de frutos e flores referidos por Camões na sua obra, e vários espetáculos teatrais, poéticos e musicais.

São protagonistas os alunos de todos estabelecimentos de ensino do concelho, que, com a colaboração dos seus professores, dos pais e encarregados de educação, das animadoras e do pessoal não

docente, representam figuras da época, animam o mercado, declamam poesia e apresentam danças quinhentistas, numa manifestação festiva de apropriação coletiva da memória de Camões.

Integram ainda o programa uma prova de orientação noturna, uma feira de antiguidades e velharias, duas palestras sobre a vida do poeta e os sinais da sua presença em Constância, a deposição de coroas de flores no Monumento a Camões, animação histórica, um concurso de pintura ao ar livre, exposições e o funcionamento de uma taberna quinhentista.

Integram ainda o programa uma prova de orientação noturna, uma feira de antiguidades e velharias, duas palestras sobre a vida do poeta e os sinais da sua presença em Constância, a deposição de coroas de flores no Monumento a Camões, animação histórica, um concurso de pintura ao ar livre, exposições e o funcionamento de uma taberna quinhentista.

29 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Constância PUBLICIDADE
/ Mercado Quinhentista

/ Descerramento da Placa Comemorativa do Centenário

quando comemora 100 anos

// O Sporting Clube de Abrantes chegou aos 100 anos de vida no dia 18 de maio. Foi fundado a 18 de maio de 1923, sendo a Filial n.º 7 do Sporting Clube de Portugal.

Depois de um largo período de profunda crise diretiva, a nova Direção do Clube tomou posse no dia 5 de março. Em funções há 75 dias e, segundo o presidente do Clube, José Belém, o Sporting de Abrantes estava “em coma e em sério risco de morrer”.

“Não é todos os dias que se fazem 100 anos e para uma instituição como o Sporting Clube de Abrantes, abrirmos as portas da nossa casa à cidade - porque é um símbolo da cidade e a cidade merece este símbolo - é um orgulho imenso”, disse o presidente que acrescentou que “não é só para sportinguistas, é uma casa para todos”. O espaço, “emblemático e que tanta história tem” quer voltar a estar de portas abertas e ser «devolvido» à cidade pois “faz parte do ADN de Abrantes”.

José Belém não escondeu que “inicialmente, tive algum receio, porque nunca tive nenhuma experiência diretiva”, mas conseguiu reunir uma equipa de “15 malucos” que dão agora novo fôlego a este Clube histórico. Ser o presidente do Centenário “é-me muito grato”.

Para além do atletismo, “que felizmente nunca desapareceu, nunca deixou cair o Clube e é a alma do Sporting”, o Clube conta agora com o ténis de mesa, “que já foi uma modalidade ícone do Clube” e “estamos a envidar todos os esforços para voltarmos a ter novamente o xadrez”.

José Belém confirmou que o número de atletas inscritos no Clube tem aumentado desde que a nova

Direção tomou posse. “O ténis de mesa começou com sete e agora está com 19 atletas, isto no espaço de três semanas. No atletismo, quase que duplicámos o número e estamos com perto de 30 atletas”, afirmou o presidente.

Um dos riscos que o Sporting Clube de Abrantes correu foi mesmo a perda da sua sede, na Rua Capitão Correia de Lacerda. José Belém ex

CORPOS SOCIAIS SCA (2023/2025)

ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Rui Baptista dos Santos

1.° Secretário: Liliana Rufo

2.° Secretário: Pedro Redondeiro

DIREÇÃO

Presidente: José Belém

Vice-Presidente: Susana Estriga

Secretário: António Almeida

Tesoureiro: João Paulo Bioucas

Vogais: Telmo Correia, Sérgio

Nunes, João Bento

Suplentes: Fernando Esteves e Marta Helena Silva

CONSELHO FISCAL

Presidente: António José Pereira

1.° Secretário: Maria Filomena Vieira

2.° Secretário: Artur Marques

plicou que “se naquele dia, a 19 de fevereiro, não tem aparecido uma lista, as chaves teriam de ser entregues ao proprietário” do imóvel e o espólio “à Câmara Municipal de Abrantes”.

“Abrantes não merecia isso”, declarou. José Belém esclareceu que um dos objetivos desta Direção será adquirir o edifício, visto o Orfeão de Abrantes estar de saída e desocupar o 1.º andar. “Estamos em contacto com a família proprietária do imóvel e essa era a melhor prenda de Centenário. A bola agora está do lado da família e vamos esperar pelo que têm para nos dizer mas temos grandes esperanças”, disse.

Para já, a sede está de «cara lavada» mas “não podemos mexer mais no prédio enquanto não for nosso”. Um dos objetivos desta Direção é que a sede do Sporting de Abrantes volte a estar aberta e proporcione mais um espaço de convívio em pleno Centro Histórico.

No discurso de aniversário, o vereador do desporto na Câmara de Abrantes, Luís Filipe Dias, lembrou que o Sporting Clube de Abrantes faz parte da história da cidade.

“100 anos não se fazem em 75 dias” desta Direção e “é uma história que se confunde com a história do desporto em Abrantes e com a história desta cidade centenária”.

O vereador saudou “a audácia” de José Belém e restante equipa que “tiveram a ousadia de agarrar nesta coletividade agora centenária” e pediu a Luís Silvério que se juntasse aos restantes porque, como afirmou, “o senhor é uma instituição em Abrantes”. Homenageou todos os que ao longo de um século têm construído a história do Sporting Clube de Abrantes e congratulou-se pelo facto da sede estar a ganhar vida.

Luís Filipe Dias pediu o compromisso “de todos, seja o poder político, autárquico ou associativo” para poder “fazer valer estes 100 anos de história e, de alguma maneira, marcar os próximos 100”.

Olhando para o símbolo do Sporting, o vereador, também ele sportinguista, lembrou que “só com esforço, dedicação e devoção” é que se chega “à glória”.

O vereador assumiu que o Município apoiará “incondicionalmente” a atividade do Clube. Disse que o Sporting de Abrantes pode contar “com o nosso suporte diário para a vossa atividade regular, para a vossa existência, para fazer singrar aquilo que são as belas páginas de história do Sporting Clube de Abrantes” e deixou o desafio de se criar uma edição que documente esta longa caminhada de 100 anos.

Os 100 anos de história do Sporting Clube de Abrantes foram comemorados com o descerrar da placa do Centenário. Cantaram-se os parabéns e houve velas e bolo.

O jantar comemorativo realizou-se no dia 27 de maio.

30 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 SOCIEDADE /
Sporting Clube de Abrantes ganha novo fôlego
/ Conseguir comprar o edifício onde está a sede do SCA é o objetivo da Direção

José Falcão Tavares lançou «Dinizlândia»

// Há um mundo, ou melhor, havia um mundo que tinha um governador chamado José Diniz, ou “Zeca” Diniz para a família ou amigos mais próximos.

Em 2010, José Falcão Tavares começou com as conversas com o José Diniz, um homem que encon trava muitas vezes em Abrantes, nos seus percursos e sempre cheio de coisas para fazer “porque tinha que governar o mundo da fantasia.” E é assim que o autor desfila muitas histórias de um homem que não era, meramente, alguém que andava a distribuir ou emprestar livros. José Diniz quando dava os livros [aos lei tores] dava sempre a semente [da leitura].

Não é, por isso, de estranhar que José Luís Peixoto escreve que “este é um livro onde existe o desejo verda deiro de conhecer o outro, de fazer viver a palavra escrita.” E conclui a escrever: “Não tenho dúvidas de que José Diniz teria gostado muito de ler este livro.” É que o, agora escritor premiado, foi um dos jovens a quem José Diniz, na biblioteca itinerante, deixou a semente que José Falcão Tavares revela no seu livro.

“Muitas pessoas que receberam os livros dele rasgaram os céus das suas vidas e sonharam outros mundos”, disse o autor que logo de se-

/ José Falcão Tavares começou a conversar com José Diniz em 2010

guida disse que o José Diniz era, na família com quem vivia, o Zeca Diniz. Ele acabou o liceu aos 26 anos. José Falcão Tavares diz que o José Diniz era um homem que via nas ruas de Abrantes sem saber para onde ia ou de onde vinha. Mas revela que ele teve uma vida fantástica e muito variada, de onde vêm as suas histórias. Mas vem também de uma vontade muito grande de

criar um mundo novo, um mundo com humor, em que “brincássemos uns com os outros.”

O livro de José Falcão Tavares tem 38 capítulos, ou seja, outras tantas histórias que foram sendo recolhidas em conversas que começaram ali por volta de 2011. Segundo o autor há outras conversas que não puderam ser publicadas por vários motivos.

Ainda sobre o livro, José Falcão Tavares aponta a um trabalho gráfico de grande qualidade e que as palavras nos fazem levar para épocas já passadas e que já não voltam, sobre pessoas que já não estão cá. Mas com um sabor e uma graça “que tenho a honra de ter juntado.”

O José Diniz faleceu em janeiro de 2021 e as recolhas começaram na véspera de Natal de 2011, de forma paulatina. No ano do centenário de Abrantes, 2016, não houve a conversa entre os dois. Este foi um livro, explica o autor, feito a partir da memória. As histórias foram contadas pelo José Diniz e guardadas na memória de José Falcão Tavares. Depois “ia registado depois no meu diário. Mas houve uma altura que tive de dizer-lhe. Eu não tomava nota. Era tudo de memória.”

José Falcão Tavares diz que o seu protagonista nunca suspeitou dessas conversas porque “isso era o mundo dele. Porque ele vivia nesse mundo que governava e que lhe permitia estar ausente do mundo real.”

Apesar de nunca ter sido político “era um homem da oposição. Teve a coragem de andar pelo MDP-CDE e até teve dois convites para ir viver para a Rússia. A filha era diabética e até tinham tudo preparado para ela poder ir para um centro de diabéticos que tinham lá (na Rússia).” Mas José Tavares disse que foi uma vez à Rússia e andou, na política, nos tempos de fundação do PRD.

O autor diz, no entanto, que ainda não é o passo para a imortalização de José Diniz. “Acho que podemos dar ainda mais a esse reino da fantasia.”

O autor revela que este seu livro não vai chegar apenas a pessoas que conviveram com ele ou com a biblioteca. Irá chegar a muitas outras que nem sabem quem ele é. Mas José Falcão Tavares explica que tem tido muitas reações, através da rede social Facebook, de pessoas que tiveram contacto com o José Diniz. Pessoas que através desse contacto mudaram as suas vidas com o “mestre de cerimónias que os fez entrar nesse mundo da fantasia.”

Recorde-se que José Joaquim César da Cruz Diniz, nasceu na freguesia de S. João, em Abrantes, em 17 de setembro de 1933 e faleceu a 11 de janeiro de 2021, em Coimbra, com 87 anos.

Jerónimo Belo Jorge

31 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES SOCIEDADE /
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EDUCAÇÃO/

Ana Rico é a nova diretora do Agrupamento de Escolas N.º1

// Já tomou posse a nova diretora do Agrupamento de Escolas N.º1 de Abrantes. Ana Rico irá dirigir o Agrupamento no quadriénio 2023/2027 e a cerimónia decorreu no auditório da Escola Dr. Solano de Abreu. De destacar o facto da eleição de Ana Rico ter sido por unanimidade.

O novo mandato da Direção do Agrupamento de Escolas N.º1 de Abrantes, para o quadriénio 2023/2027, teve início no dia 16 de maio. A cerimónia da tomada de posse decorreu no auditório da Escola Dr. Solano de Abreu a a professora Ana Rico assumiu as suas novas funções na liderança do Agrupamento Escolar.

João Vítor Pedro, presidente do Conselho Geral, começou por destacar o facto da eleição de Ana Rico ter sido por unanimidade, “com a totalidade dos votos a favor, ou seja, não houve qualquer desconfian ça ou voto não favorável da parte do Conselho Geral. E por isso, ela merece, e bem, estas felicitações”.

Agradeceu à nova diretora “a disponibilidade e a generosidade que manifesta ao assumir esta fun ção”, num Agrupamento “disperso” e “razoavelmente grande” onde “não há, nem houve e com certeza não vai haver anos fáceis”. O que lhe vai ser exigido, segundo João Vítor Pedro, “é uma entrega total e permanente, sujeita a enormes pressões e que vão chegar de todos os lados e a todo o momento”. Por outro lado, continuou, “sabe que o reconhecimento, bem como a valorização material desta função, não são proporcionais nem justos em relação às exigências que lhe são colocadas”.

Deixou ainda uma mensagem de “confiança: na pessoa, no currículo, nas capacidades e no projeto de intervenção”, o que leva a estar convicto de que “a professora Ana Rico vai ter sucesso no desempenho das funções que agora assume”. Para além dos muitos anos de experiência que Ana Rico tem em direção de escolas, João Vítor destacou “a qualidade das propostas” que a nova diretora apresentou no seu projeto de intervenção. “Primeiro aspeto, esta candidatura tem a humildade e a dignidade de se apresentar com um propósito de continuidade (...) com o reforço do trabalho realizado” onde aparecem propostas como a instalação do Centro Tecnológico de Informática, o projeto de Certificação e de aprofundamento das relações internacionais através do Programa Erasmus +, a dimensão inclusiva da escola em atos como dar continuidade e reforçar as medidas de apoio “face ao agravamento da situação

de muitos alunos mais desfavorecidos” e ao aumento do números de alunos migrantes “que vêm colocar à escola novas dificuldades e para as quais nem sempre as escolas dispõem de recursos adequados”.

No discurso de João Vítor Pedro houve ainda “uma palavra de reconhecimento e gratidão aos elementos que integraram a anterior equipa diretiva”, presidida por Jorge Costa e que esteve em funções ao longo de mais de 10 anos, e de quem disse que “em resultado do vosso trabalho, o futuro do Agrupamento não fica com certeza livre de riscos, mas fica, seguramente, mais desanuviado”.

No seu discurso, Ana Rico começou por agradecer “o voto de confiança que se traduziu na expressiva votação da minha eleição e com o qual espero corresponder às vossas expetativas, comprometendo-me tudo fazer para ser merecedora desta confiança e, com humildade, responsabilidade, dedicação e trabalho, poder prestar à comunidade o serviço educativo que merece”.

“A minha candidatura à Direção do Agrupamento foi movida apenas por um imperativo de cidadania: retribuir o muito que o Agrupamento me deu, tanto a

nível pessoal como profissional, e esta é certamente a via possível de o faze”, considerou a nova diretora.

Ana Rico dedicou parte da sua alocução aos “colegas da Direção que agora cessa”, agradecendo “a caminhada que fizemos juntos durante nove anos, recheada de bons e menos bons momentos, em conjunturas difíceis e em que ninguém alguma vez pensou trabalhar”. Ao diretor Jorge Costa, que cessou funções, “com quem muito aprendi, com quem pude trabalhar e privar

percursos de vida específicos de cada um”.

Ana Rico falou de um projeto de continuidade, “mas não de estagnação”, tendo os olhos postos no futuro. Destacou “o nível de sucesso e a evolução obtida” nos últimos anos que “serão determinantes para nos ajudar a enfrentar os próximos quatro anos”. Do papel do diretor, disse ser “essencial”, uma vez que “o seu contributo é claramente o de unir e de mobilizar a comunidade educativa em redor de um projeto educativo, que não só planeie o presente, mas que igualmente prepare e desenhe o futuro”.

Apesar de ser agora diretora, referiu que será sempre professora e prometeu uma “liderança aberta, partilhada, com capacidade de diálogo e ciente do papel social que a educação tem nos dias de hoje, em concomitância com um projeto educativo participado, procurando o que nos une, que defina a identidade do Agrupamento e que expresse a nossa estrutura organizacional”.

Como “missão”, Ana Rico definiu a continuidade da aposta “de prestar um serviço educativo de qualidade, assente no conhecimento, na valorização do trabalho, na promoção da inclusão e na formação integral de cidadãos empreendedores e críticos, capacitados a construir um mundo mais humanista e mais sustentável”.

Ana Rico deixou ainda uma palavra aos pais dos alunos, para que participem mais, e às suas colegas diretoras das outras escolas do concelho com quem disse querer continuar a trabalhar para “aperfeiçoar o que de muito bom se faz em todas as escolas”.

“O sucesso de todos, é o nosso sucesso”, declarou a diretora que disse ainda não querer “só um Agrupamento de sucesso, mas de pessoas felizes e realizadas”.

Ana Rico terminou a afirmar que “os desafios são grandes e não são menores as expetativas” e citou José Saramago: “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”.

profissionalmente, como professora ou membro da Direção, que sempre se pautou pelos princípios de rigor e de total respeito pelos outros”, agradeceu o empenho e a dedicação.

Quanto ao que motiva a nova diretora, “são claramente os alunos” e que “isso está na vontade que sinto ter na mobilização de esforços e no envolvimento de todos para continuar a promover um Agrupamento que sirva os interesses de todos, capaz de valorizar as características individuais e os

Para além de Ana Rico, compõem a equipa diretiva do Agrupamento de Escolas N.º1, as professoras Dora Barata - que será a sub-diretora, Ana Paula Lopes, Margarida Marques e Maria Fernanda Louro.

O Agrupamento de Escolas N.º1 de Abrantes agrega a Escola Básica e Secundária Dr. Solano de Abreu, a Escola Básica e Secundária D. Miguel de Almeida, Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo, Escola Básica Maria Lucília Moita, Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo, Escola Básica do Pego, Escola Básica de Alvega, Escola Básica de Mouriscas e Jardim de Infância de Mouriscas e Escola Básica de Bemposta.

32 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
/ Direção do Agrupamento de Escolas N.º1 de Abrantes / Ana Rico assina a Tomada de Posse ao lado do presidente do Conselho Geral, João Vítor Pedro

MIAA arrecada Prémio Museu do Ano 2023

// A cerimónia aconteceu no dia 26 de maio no Museu do Ar, em Sintra, e o Prémio Museu do Ano 2023 foi entregue ao Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes.

O galardão foi anunciado numa cerimónia realizada pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), com a presença de dezenas de profissionais do setor dos museus e museologia, nomeadamente a presidente do Conselho Internacional de Museus (ICOM),Emma Nardi.

O prémio foi entregue ao presidente da Câmara Municipal de Abrantes que esteve na cerimónia acompanhado pelo vereador responsável pelo pelouro da Cultura, Luís Filipe Dias, e por várias pessoas ligadas ao MIAA e à Rede de Museus de Abrantes, incluindo o autor do projeto de museologia, Fernando António Baptista Pereira.

O prémio foi entregue a Manuel Jorge Valamatos pela responsável

do Museu Municipal da Covilhã, vencedor da edição 2022.

Na ocasião, após receber o prémio, o autarca de Abrantes, referiu que este prémio “tem a ver com uma comunidade inteira, com uma cidade, com uma região [Médio Tejo]. Este Museu começou a ser pensado há mais de 15 anos. Foi um museu que nasceu de uma coleção de um senhor que não está entre nós [João Estrada, que deu lugar

EPDRA comemora 33 anos e exibe-se como Eco-Escola

A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) assinalou no dia 23 de maio o 33.º aniversário, tendo aproveitado o dia para hastear, pela primeira vez, a bandeira Eco-Escola.

O aniversário era assinalado em março, mas foi alterado para maio por forma a permitir ter todos os alunos nas atividades que são desenvolvidas neste dia que conta sempre com a festa onde se cantam os parabéns e onde os alunos do Curso de Cozinha e Pastelaria po-

dem presentar os colegas, profes sores, auxiliares e convidados com um bolo confecionado no âmbito do curso.

Marly Serras, diretora da EP DRA, destacou a importância do projeto Eco-Escolas ter chegado a um estabelecimento de ensino que vive da natureza, do campo, onde o grande polo escolar é uma herdade agrícola.

Já em relação ao próximo ano letivo, a escola mantém as mesmas ofertas formativas (Gestão Agríco-

à Fundação Estrada], mas estará muito orgulhoso” porque a coleção da Fundação Estrada, de acordo com autarca, foi o pilar fundamental para o arranque do MIAA.

Manuel Jorge Valamatos não esqueceu o processo financeiro, que teve financiamentos europeus, acima de 6 Milhões de Euros, do investimento global.

“Este Prémio é uma honra, mas é uma grande responsabilidade.

Não vamos abdicar dessa responsabilidade com todo o cuidado e atenção que o Museu merece.” Manuel Jorge Valamatos indicou que já em 2018 o Município de Abrantes tinha estado naquela cerimónia para receber o Prémio Museu do Ano 2018 com o Museu Metalúrgica Duarte Ferreira, para logo de segunda referir a abertura, em breve, do Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida.

O principal prémio do palmarés com 25 categorias tinha também como finalista o Museu do Caramulo, no concelho de Tondela, que recebeu uma menção honrosa, indicou a organização.

O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) foi inaugurado a 08 de dezembro de 2021, ocupando parte significativa do antigo Convento de S. Domingos, naquela cidade, num edifício do século XVI.

Ali foram concentrados os acervos de arqueologia e arte do município de Abrantes e da Coleção Estrada, bem como a obra da pintora Maria Lucília Moita, que têm vindo a ser alvo de exposições.

Para a concretização do museu - que revisita culturas e civilizações através de artefactos e obras de arte da pré-História à atualidade - foi realizado um projeto de reabilitação do edifício pelo arquiteto João Luís Carrilho da Graça.

As exposições permanentes estão organizadas em oito núcleos: “Escultura Romana”, “Pré-História”, “Idades do Bronze e do Ferro”, “Antiguidade”, “Tesouro”, “Arte da Idade Média e Idade Moderna”, “Escultura da Idade Média e do Renascimento em Abrantes”, e “Pintura de Maria Lucília Moita” (1928-2011), artista que fixou residência em Abrantes, em 1954.

Além deste acervo, o MIAA contém a Coleção Estrada, com 1500 peças de arqueologia e arte, cedida à autarquia pelo colecionador João Estrada (1923-2018).

O projeto de museologia é de Luiz Oosterbeek e Fernando António Batista Pereira, concebido em parceria com o Serviço de Património e Museus do Município de Abrantes, segundo informação constante do sítio ‘online’ do MIAA. Jerónimo Belo Jorge c/ Lusa

la, Gestão Equina, Cozinha e Pastelaria e Bombeiro) e acrescenta uma outra área, diferente do mundo rural, mas a olhar para o mercado de trabalho. Trata-se de um curso de logística.

Quando ao projeto Eco-Escolas culminou um processo de candidatura, de criação do conselho Eco-Escolas com representação da comunidade escolar e entidades externas, de promoção de práticas ambientais e implementação de alguns projetos de defesa do ambiente.

Francelina Sousa, a coordenadora deste projeto, espera no próximo ano alargar as atividades para fora dos “muros” da EPDRA e, naturalmente, manter a bandeira hasteada à entrada da Herdade de Murteira.

33 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Abrantes
Rua de Angola, nº 35 - 2205-674 Tramagal - Abrantes Tel. 241 890 330 - Fax: 241 890 333 - Tm: 91 499 27 19 geral@abrancop.pt - www.abrancop.pt A ABRANCOP está a recrutar trabalhadores na área da construçao civil Precisa de trabalho? Consulte-nos: 914 992 719 PUBLICIDADE
/ A EPDRA estreia-se como Eco-Escola / Equipa do MIAA e da Rede de Museus de Abrantes

Papelaria Fernandes abriu Cash & Carry em Abrantes

// O empresário José Henriques abriu, em 2015, a Papelaria Fernandes em Abrantes. Na Av. D. João I, em frente ao Posto de Abastecimento de combustível Alves Bandeira, a loja abriu portas com dois funcionários.

Volvidos 8 anos a Papelaria Fernandes abriu novas instalações e com outro conceito. E passou de 2 para 8 funcionários. A abertura no Parque Industrial de Abrantes aconteceu no dia 24 de maio e para além da loja de venda direta ao público o empresário José Henriques juntou o armazém e a venda grossista.

O empresário revela que tem as lojas em Lisboa e na Covilhã, mas é Abrantes, ou melhor, Alferrarede Velha, de onde é natural, que é a sua “capital”. E foi em Abrantes, onde teve sempre a empresa sedeada, que pretendeu avançar de forma assertiva.

Como fez questão de salientar na abertura do novo espaço, para o qual convidou clientes, parceiros e amigos, “os outros podem não ter, mas a Papelaria Fernandes tem”, vincando que ele é apenas um intermediário que vai ajeitando o negócio entre os seus colaboradores e os clientes.

José Henriques destacou o facto de ter uma empresa em que ele não “percebe dos produtos”, mas tem quem perceba e quem faça essa ponte fundamental para quem procura este tipo de produtos.

presário tenha avançado para este novo espaço de venda ao público e de armazém grossista porque em 2022, apesar de ser um ano pós pandemia “tivemos um crescimento de 30%.” Pode ser uma percentagem alta, mas o empresário notou que estamos a falar de “produtos” de tostões. Mesmo assim é um valor a ter em conta, tanto mais que o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, convidado para a abertura não deixou de fazer referência que esta é uma empresa que fatura 3 milhões de euros por ano.

Ao Jornal de Abrantes José Henriques foi claro: “Qualquer investimento que se faça é para crescer.” Mas depois deixou a nota de que, sendo de Abrantes, conhece bem a região em que se insere e, paralelamente, o mercado.

José Henriques revelou que a ideia em 2015 foi arrancar com 2 empregados e, pouco tempo depois, aumentar para três para entrar no mercado “B2B” (business-to-business), ou seja, o modelo de negócio em que o cliente final é uma outra empresa e não uma pessoa física. Em Lisboa, quando pegou na Papelaria Fernandes disse que

loja ao consumidor individual, mas em Abrantes alterou o conceito e resultou.

“Começámos com o B2B porque contratámos um vendedor que nos deu esse resultado”, afirmou o empresário que revelou o sucesso da loja de Abrantes “senão não estávamos a fazer este investimento.”

Mesmo assim, José Henriques revelou que o modelo B2B é fundamental. E explicou: “começámos o primeiro ano civil com cento e poucos mil euros de vendas e terminamos o ano passado com 745 mil euros.”

Quando a este investimento, numa nave no Parque Industrial, o pensamento foi diferente. “Pensámos em fazer daqui a nossa base e, daqui, partirmos para o resto do país.”

E a aposta pretende também dizer às empresas de Abrantes que, neste segmento, passam a ter uma opção com produto e preços competitivos. “As empresas, nomeadamente, de Abrantes não compram em Abrantes, compram fora. O que estamos a dizer é que em Abrantes temos produto e preços competitivos e que não é preciso ir longe fazer as compras.”

Jerónimo Belo Jorge

A diversidade

Numa coisa estamos, sem dúvida, de acordo: a nossa região tem vindo a acolher novos habitantes que aumentam a nossa diversidade. Os (novos) ucranianos chegaram com mais visibilidade, mas os africanos, os asiáticos e os sul-americanos também têm crescido bastante entre nós. Estas pessoas trazem novos modos de pensar, sentir e agir, logo novas experiências e tradições de resolver problemas. Queiramos ou não, isso traz um acréscimo de con itualidade, tanto para as pessoas que chegam como para a comunidade que os recebe. Dá muito mais trabalho conjugar pessoas diferentes que pessoas muito parecidas. Mas…

Mostra-nos a natureza vegetal e animal que a diversidade é fator de criatividade e de resiliência. Os fenómenos da vida começaram nos seres unicelulares e foram criando as novas soluções que hoje povoam o mundo, com uma enorme paleta de adaptações a novas situações, ou seja, de resolução de novos e perigosos problemas.

O mesmo para os seres humanos e as suas comunidades: quanto maior a diversidade, maiores são as suas possibilidades de criatividade e de construção de soluções viáveis.

Os portugueses são o que são e pensam como pensam. Outros, que também são o que são, pensam de modo diferente. Isso é fonte de problemas. Porém, também pode ser – mas apenas se soubermos como lidar com isso – fonte de novos tipos de solução.

Os problemas são automáticos, mas o poder de resolvê-los tem de ser criado. Dito de outro modo, enquanto essas “outras” pessoas forem deixadas à margem da organização social, não poderão contribuir para a criação de uma nova inteligência colectiva.

Repetindo: se os habitantes de novas origens forem deixados à margem, são fonte de novos problemas, logo de rejeição e de descontentamento social e de crescente repulsa, mas, se forem integrados nos vários níveis do tecido social, poderão dar inesperados contributos para uma capacidade acrescida de criar vida nova. E

OPINIÃO

não apenas do ponto de vista demográ co, esse que nos salta de imediato à imaginação.

Há aqui um problema: não se gere a diversidade como se gere a homogeneidade. Se todos somos mais ou menos iguais, pensamos de forma muito próxima e as expectativas são também semelhantes. Por isso, às vezes nem precisamos de nos explicar bem, nem de ouvir com atenção, pois “metade” do que está em jogo é suposto. Se somos muito diferentes, é o contrário, mesmo as coisas mais simples precisam de ser explicadas e mesmo assim por vezes intrometemse suposições que se revelam destruidoras.

Se gerir e, mais ainda, liderar, é conjugar expectativas e comportamentos para gerar resultados, vemos como uma diversidade maior se traduz em maior complexidade. Mas se a natureza sabe resolver esse problema com e cácia, nós, que também somos natureza, saberemos resolvê-lo também se aprendermos com ela e não nos armarmos em carta fora do baralho natural. A cultura pode ser entendida como uma forma de a natureza criar um novo patamar no mundo da vida. Mas para isso temos de não estragar a nossa pertença com ilusões de que já conhecemos (talvez pouco) o mau resultado.

O momento histórico que estamos a viver em comunidade é fonte de problemas e de oportunidades. O resultado depende do que zermos e não zermos, da inteligência que pusermos nos nossos processos de decisão e acção a todos os níveis da comunidade. Ver como a natureza lida com a diversidade é uma boa forma de começar.

34 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 ECONOMIA /
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Ver como a natureza lida com a diversidade é uma boa forma de começar.

Primeiro-ministro no lançamento da Mitshubishi eCanter 100% elétrica

// O primeiro-ministro, António Costa, presidiu em Tramagal ao início da produção do novo eCanter - veículo 100% elétrico da Mitsubishi Fuso -, num setor que declarou “decisivo” para o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2050.

“Quero felicitar a Fuso Canter por estes dois momentos muito importantes, por um lado a produção de 250 mil viaturas e, por outro lado, assinalarem este momento com a produção de uma nova viatura, 100% elétrica, e em que a fábrica do Tramagal vai ser o local de produção para toda a Europa do eCanter 100% elétrico”, afirmou António Costa, tendo feito notar a necessidade de responder aos desafios das alterações climáticas e da transição energética.

O primeiro-ministro lembrou que “70%, das emissões de carbono” resultam da mobilidade, sendo que o “setor da indústria automóvel é da maior importância e é decisivo” para que, tal como acontece agora no Tramagal, distrito de Santarém, o país se adapte “aos novos desafios (…)”.

“Para atingirmos a neutralidade carbónica em 2050 não basta esperarmos que o tempo passe, é preciso tomarmos hoje as decisões e fazer hoje o que é necessário para que as nossas sociedades sejam neutrais em carbono em 2050”, afirmou Costa, tendo sublinhado que hoje, em Tramagal, é dado “um passo da maior importância para esse objetivo”, ao começar-se “a produzir o primeiro eCanter 100% elétrico”.

“São dois momentos históricos, muito importantes, e que mostram

bem todo o potencial desta unidade fabril”, relevou António Costa, tendo destacado a “longa tradição de colaboração na área industrial entre Portugal e a Alemanha e a industrial automóvel japonesa”.

António Costa destacou a história que a Alemanha tem em Portugal nos automóveis e depois a aposta da Daimler em tecnologia. Há, de acordo com o primeiro-ministro 62 mil empregos em Portugal em fábricas de componentes para fábricas automóveis. “Não há na Europa uma única viatura que não tenha uma peça produzida no nosso país.”

Ainda no que diz respeito à economia o líder do governo destacou ainda o investimento na formação profissional para elogiar a capacidade de recursos humanos de Portugal. “Havia muitos locais na Europa para produzir este eCanter. Esta viatura soma a qualidade dos recursos humanos à qualidade da tecnologia.”

Já Arne Barden, CEO da Mitsubishi Fuso Truck Europe, iniciou a sua intervenção com uma abordagem histórica. E entre a história sublinhou que “agora produzimos numa semana o que a fábrica produzia em 60.” Nos dias atuais “a cada 8 minutos sai uma Canter” na linha do Tramagal

Arne Barden destacou a com -

binação de tecnologia japonesa e alemã. “São cinco gerações da Canter”, vincou o diretor da fábrica, referindo que o “Tramagal é já uma referência na produção do modelo Canter.”

Arne Barden virou-se depois para o primeiro-ministro português, António Costa para lhe pedir que atenda à necessidade de construção de uma nova ponte sobre o Tejo, algures próximo de Constância, que permita ligar a fábrica à A23. Porque a fábrica tem sido, ao longo de mais de 60 anos, a ligar o Japão e a Europa a Tramagal. Além do mais, esta ponte significaria, igualmente, um grande benefício para toda a região.

Com toda a pompa e circunstância. Foi assim a apresentação da nova Canter, uma viatura 100% elétrica e apetrechada com tecnologia.

O novo eCanter terá apenas dois centros de produção a nível mundial, a fábrica do Tramagal e a de Kawasaki, no Japão, tendo o governante marcado presença no momento em que a fábrica da Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE) assinalou a meta de produção de 250 mil veículos Canter, modelo fabricado desde 1980 na unidade fabril, dia que marcou também o início da produção da nova geração da Fuso eCanter.

Jerónimo Belo Jorge

Em 2017 o Jornal de Abrantes deu-me a honra e oportunidade de poder preencher esta coluna com crónicas minhas sobre a análise da atualidade internacional. Escrever sobre Relações Internacionais na nossa região parecia ser um desa o inglório à partida, dado o desconhecimento que boa parte das pessoas têm da área. Felizmente, a persistência superou a estranheza e pouco a pouco os leitores começaram a abordar-me, curiosos, sobre de que se trata as Relações Internacionais ou qual seria o tema da próxima crónica. Dizer, de forma sucinta, de que se trata as Relações Internacionais sempre foi um desa o para mim, dadas as imensas e vastas áreas de estudo que são abrangidas. Contudo, regressar às origens das Relações Internacionais talvez ajude.

No rescaldo da I guerra Mundial, o Lorde britânico, David Davies, fundou a cátedra Woodrow Wilson, na Universidade galesa de Aberystwith. A intenção era produzir conhecimento académico que ajudasse a impedir que um novo con ito armado colocasse em causa a existência da própria civilização humana, através da sua auto-destruição. Vendo as coisas desde prisma, o fundamento das Relações Internacionais pretende contribuir para a sobrevivência, evolução e prosperidade da civilização humana, como um todo, sem distinção de fés, idiomas ou cores de pele. E, se assim é, atrevo-me a dizer que tive o privilégio de estudar a mais nobre das ciências. Infelizmente, muitos outros con itos voltaram a surgir desde então, o que signi ca que os nossos alertas são tidos como pessimismo desmesurado ou são simplesmente ignorados. Esta crónica tem um sabor especial. Obrigações pessoais levam-me a suspender, temporariamente, a publicação das minhas crónicas. Brevemente, espero, estarei de volta com mais.

Mas até lá, torno públicas as minhas preocupações pessoais, em jeito de provocação e re exão. Temos de evoluir urgentemente enquanto sociedade. Precisamos e temos de ser melhores que isto. O modelo económico que nos trouxe até aqui proporcionou-nos conforto como nunca, mas está gasto, ultrapassado e, na sua moribunda decadência, gera cada vez mais desigualdade social e a exaustão dos recursos de que necessitamos para a nossa sobrevivência. As alterações climáticas estão aí para car em força e não fazem distinções entre pobres e ricos ou entre fronteiras. Um número inimaginável irá morrer devido ao que estamos a fazer ao clima e ao meio ambiente, mas continuamos a olhar para o lado, como se a culpa fosse do outro. O racismo e a xenofobia estão de volta. Somos todos seres humanos e iguais entre nós. Porque razão um crescente número entre nós se sente no direito ou arrogância de se achar um ser humano de primeira e os outros de segunda? Por último, terminamos na política. Winston Churchill dizia que a democracia era o menos mau de todas as formas de governação conhecidas. Até hoje, serviu-nos bem, mas temos sido ingratos para com ela. E, na nossa ingratidão e indiferença, fragilizamos os alicerces da nossa própria sociedade. Hoje, precisamos mais do que a democracia do costume. Mas se a democracia re ete o povo que temos, então temos de ser melhores do que temos sido até hoje. Um grande obrigado a todos e até breve!

35 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES ECONOMIA Fisabrantes Centro de Fisioterapia Unipessoal, Lda. Médico Fisiatra Dr. Jorge Manuel B. Monteiro Fisioterapeuta Teresinha M. M. Gueifão Terapia da Fala Dr.ª Sara Pereira Psicóloga Clínica Aconselhamento Ana Lúcia Silvério Audiologia / aparelhos auditivos Dr.ª Helena Inocêncio Acordos: C.G.D., SAMS, PSP, SEGUROS, PT - Consultas pela ADSE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Telef./Fax 241 372 082 Praceta Arq. Raul Lino, Sala 6, Piso 1 - 2200 ABRANTES PUBLICIDADE
Até JA!
/ Nuno Alves / MESTRE EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS / nmalves@sapo.pt
OPINIÃO /

Município distinguido como ‘Município Amigo da Juventude’

// O Município de Vila de Rei recebeu, no dia 26 de maio, a distinção de ‘Município Amigo da Juventude’ –categoria quatro estrelas – atribuído pela FNAJ - Federação Nacional das Associações Juvenis.

A entrega das distinções decorreu na cidade de Pinhel, durante o terceiro Encontro Nacional de Município Amigos da Juventude.

Vila de Rei foi assim agraciada com a entrega da Bandeira e do Selo de ‘Município Amigo da Juventude’ na categoria de quatro estrelas, por ter cumprido com sete dos nove critérios existentes para a atribuição desta distinção.

O vice-presidente da Autarquia de Vila de Rei e responsável pelo pelouro da Juventude, Paulo César Luís, esteve presente no evento e destacou “a importância da realização desta iniciativa, que permitiu a partilha de boas práticas municipais e de reflexão conjunta para boas políticas locais de juventude. A entrega da bandeira de ‘Município Amigo da Juventude’ é um enorme orgulho para nós e reforça o compromisso de impulsionar as melhores políticas locais ao serviço dos nossos jovens e na criação de novas políticas amigas da juventude”.

A FNAJ é uma estrutura representativa de mais de mil Associações Juvenis de base local e regional em Portugal e que, por sua vez, movimentam um universo de cerca de meio milhão de jovens. Em 2020, fundou a Rede Nacional de Municípios Amigos da Juventude, uma plataforma de contacto que pretende

impulsionar a implementação de políticas de juventude estruturantes, sustentáveis e articuladas com a estratégia e visão dos jovens. Esta rede, que conta com mais de 150 mu-

nicípios, é pioneira na sua conceção e encontra-se assente em três eixos: estratégias de políticas de juventude, boas práticas municipais e sinergias de políticas locais de juventude.

NOTARIADO PORTUGUÊS

CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

---Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezoito de Abril de dois mil e vinte e três, exarada a folhas uma verso e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas DUZENTOS E TRINTA E TRÊS - A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, na qual os Senhores MARIA DA CONCEIÇÃO MARQUES LOPES e marido ANTÓNIO MANUEL DE MATOS MARQUES, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Mouriscas, do concelho de Abrantes, e ele da freguesia de Amêndoa, do concelho de Mação, residentes na Travessa Coronel Luís Jorge e Mena e Silva, número 25, primeiro andar frente, em Abrantes, RUI MANUEL MARQUES LOPES, e mulher ANA MARIA TIMÓTEO

FALCÃO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Mouriscas, do concelho de Abrantes, residentes na Rua Dom Lopo de Almeida, lote 77, primeiro andar esquerdo, em Vale de Rãs, Abrantes, DECLARARAM, que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, EM COMUM, do seguinte prédio:

---Prédio misto, sito em Cabrais, na freguesia de Mouriscas, do concelho de Abrantes, que se compõe na parte urbana de casa térrea, com a área de coberta de cento e quinze metros quadrados e quintal com a área de oitocentos metros quadrados e na parte rústica de figueiras e oliveiras, com a área total de mil e seiscentos metros quadrados, a confrontar de Norte com Luísa de Matos, de Sul e Poente com Caminho Publico e de Nascente com António Lopes

Policarpo, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz urbana sob o artigo 1407 e na matriz rústica sob o artigo 134 da secção M.

---Que são possuidores do prédio acima identificado desde, pelo menos, o ano de dois mil, o qual veio à sua posse por partilha meramente verbal de seus pais e sogros António Lopes Mainha e mulher Maria Graciete de Matos Marques, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes em Mouriscas, Abrantes, não tendo, porém, celebrado a respectiva escritura.

---Que a matriz urbana e rústica se encontra em nome dos justificantes.

---Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de beneficiação, amanhando-o, lavrando a terra, semeando e colhendo a fruta, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verificando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião, título este que, por natureza não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

---Esta conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

---Abrantes, 18 de Abril de 2023

CERTIFICO, PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO:

--------- Que, em vinte e quatro de maio de dois mil e vinte e três, perante mim, Carla Isabel dos Santos Sousa Feitor, Notária com Cartório, na Rua Victor Cordon, números vinte e três e vinte e cinco, em Vila Nova da Barquinha, foi lavrada a folhas cento e três, do livro número DEZASSEIS, de notas para escrituras diversas deste Cartório, uma escritura de justificação, outorgada por FRANCISCO ALVES LOPES, NIF 130.705.128, natural da freguesia e concelho de Ponte de Sor e mulher, AUGUSTA DE OLIVEIRA DOS SANTOS LOPES, NIF 124.910.866, natural da freguesia de Bemposta, concelho de Abrantes, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Rua de São Luís, número 18, Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, declararam:---------------------------------------------

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, de um prédio rústico, composto por terra de cultura arvense e olival, com a área de quinze mil metros quadrados, denominado “Baralho”, freguesia de Bemposta, concelho de Abrantes, a confrontar do norte, com Casimiro Alves Bernardino; do sul, com José Dias, Armindo de Magalhães e outros; do nascente, com caminho de ferro; e, do poente, com Casal da Arrancada, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, sendo possuidores os ora justificantes; primeiros ante-possuidores, Álvaro Lizardo Neves e mulher, Maria Teresa Galveias de Carvalho Abreu Lizardo Neves, casados sob o regime da comunhão geral; e segundos ante-possuidores desconhecidos por falta de elementos, prédio inscrito na matriz sob artigo 24, secção E, daquela freguesia (desconhece-se proveniência), com o valor patrimonial tributário de 936,13€, a que atribuem igual valor, não incidindo sobre o direito ora justificado quaisquer inscrições de aquisição em vigor.

--------- Que, o prédio rústico veio à posse dos justificantes, por compra e venda verbal, feita em dia e mês que não conseguem precisar, do ano de mil novecentos e setenta e cinco, a Álvaro Lizardo Neves e mulher, Maria Teresa Galveias de Carvalho Abreu Lizardo Neves, residentes em Lisboa, sem que dela ficassem a dispor de título suficiente e formal que lhe permitam fazer o respectivo registo.

--------- Que, possuem o prédio, em nome próprio, há mais de vinte anos, desde o seu início, posse que sempre exerceram, com a consciência de que nunca prejudicaram qualquer direito alheio, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem a menor interrupção ou oposição de quem quer que fosse, posse que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de Bemposta, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, mandando-o cultivar, recolher os respectivos frutos, limpar o mato e pagando o imposto correspondente, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, pelo que o adquiriram por usucapião..-----

Cartório Notarial de Vila Nova da Barquinha, a cargo da Notária Carla Isabel dos Santos Sousa Feitor, vinte e quatro de maio de dois mil e vinte e três.

A Colaboradora autorizada pela Notária em 27/09/2019, Cláudia Vieira Arrabaça

CARTÓRIO NOTARIAL DE ODIVELAS DE CATARINA SILVA

PUBLICAÇÃO

Catarina Sofia Martins da Costa Silva, Notária com Cartório sito na Rua Alfredo Roque Gameiro, 20 A, em Odivelas, faz saber que no dia dezassete de maio de dois mil e vinte e três, no referido Cartório Notarial, foi celebrada escritura pública de Justificação, lavrada a folhas 53 e seguintes do Livro 500-A: --

JUSTIFICANTES: António Pedro Ferreira Júnior, contribuinte fiscal número 108137465, e mulher, Maria Alice de Matos Marques Ferreira, contribuinte fiscal número 108137457, naturais ele da freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, e ela da freguesia e concelho de Mação, casados sob o regime de comunhão geral, residentes na Rua Prof. Aires de Sousa nº7, 5º B, em Lisboa, são donos e legítimos possuidores do seguinte bem imóvel: -------

PRÉDIO: Prédio rústico, composto por cultura arvense de regadio, com a área de 0,260000 hectares, sito em Vale do Pisão, freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, confrontado a norte, a sul e a poente com Carlos Alberto Ferreira e a nascente com ribeira, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz urbana da respetiva freguesia sob o artigo 51, secção U1, com o valor patrimonial de 17,86

MODO DE AQUISIÇÃO: Que adquiriram por por doação meramente verbal efetuada por António Pedro Ferreira em data que não sabe precisar mas há mais de vinte anos. ------

Odivelas, 24 de maio de 2023

A notária, Catarina Sofia Martins da Costa

JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023
/ Vila de Rei
REGIÃO

Esta rua situada a sul do centro histórico e que percorremos habitualmente quando nos dirigimos ao Jardim do Castelo, foi conhecida outrora por rua dos Coelheiros, sendo este um topónimo bastante antigo pois já surge num documento de 1301, associado a um outro – Quinchosos – largo ainda hoje com o mesmo nome e que se situa nas traseiras desta rua. Signi ca pequeno quintal ou hortinha e havendo muitos outros em Abrantes, este foi o único que, como topónimo, resistiu às várias motivações políticas e religiosas que o passar do tempo foi trazendo. É sabido que na Idade Média as pro ssões se agrupavam por ruas e in uenciavam fortemente a toponímia, mas a designação de Coelheiros é bastante abrangente, não se sabendo se se refere a caçadores de coelhos bravos, a criadores dos domésticos ou àqueles que compravam e vendiam as suas peles, para depois de tratadas serem utilizadas na confeção de vestuário. A designação actual de rua de S. Pedro já vem referida num documento de 1722, sinal de que por essa altura já ali existia a igreja que lhe deu o nome. Era chamada de S. Pedro-o-Velho, para a distinguir da de S. Pedro - o – Novo, (esta construída onde está hoje o Teatro de S. Pedro) e teve o seu primeiro assento fora das muralhas, no Outeiro de S. Pedro, sabendo-se que já ali existia em 1301. Mais tarde, possivelmente em nais do século XVII, por se encontrar já muito degradada, foi transferida para dentro da povoação, precisamente para esta rua. No prédio nº 14, encontra-se um painel de azulejos informando que no local existiu uma igreja paroquial, que em 1834 foi fechada por falta de fregueses, cando depois anexada à igreja de S. João.

A partir daí com falta de manutenção, foi-se progressivamente degradando e passado não muito tempo foi destruída, restando dela apenas o topónimo e o referido, azulejo a assinalar a sua existência.

Havia outrora no interior da então vila de Abrantes muitas capelas, das quais hoje não encontramos vestígios, algumas nem na toponímia. Além desta de S. Pedro-o-Velho, havia como referimos já a de S. Pedro-o-Novo, a do Socorro, de S. Sebastião, de São Julião, de Santo Amaro, de Santa Iria…todas

elas totalmente destruídas, no que foram acompanhadas pelos conventos de Santo António e da Graça. E não foram só as paredes que desapareceram, também a maior parte do que preenchia o seu interior foi delapidado, ou por desleixo deixaram que fosse roubado. Isto deveu-se em parte às ideologias dominantes no tempo, mas também porque, os que na altura detinham o poder de decisão sobre o destino a dar a esse património, não tiveram a visão su ciente para saber distinguir o que tinha interesse do que o não tinha, nem sabedoria bastante para se aconselhar com quem podia fazer essa destrinça. Em nome de uma falsa ideia de progresso que de mistura com muita ignorância considerava que velho é sinónimo de desinteressante, atrasado ou pouco rentável, muito do nosso património religioso (e não só) desapareceu sem deixar rasto. No Sardoal as capelas foram quase todas conservadas, encontram-se estimadas, mantém as suas tradições e hoje, muito visitadas por altura da Semana Santa são um dos ex libris do concelho.

Em Abrantes não foi assim, estavam a incomodar em função de um qualquer m que se pretendia, destruíam-se e pronto, era mais fácil que tentar encontrar outras soluções. Dos conventos restaram do Convento da Esperança alguns espaços arquitetónicos mas vazios e o de S. Domingos teve também a sentença lida, salvando-se à última hora quase milagrosamente.

E hoje bem aproveitado e restaurado é, como se pode ver, o espaço cultural mais signi cativo da cidade.

Das pequenas igrejas restam Santa Ana, Santa Maria do Castelo e, já na periferia da cidade, S. Lourenço. Esta última, fechada ao culto já há uns anos por não oferecer segurança, por ali se encontra triste e degradada, constituindo um péssimo cartão-de-visita para os muitos frequentadores e visitantes do parque urbano a que o seu orago dá o nome. Se as entidades competentes não lhe acodem, dentro em breve será mais uma ruina a juntar-se a tantas outras que por aí se encontram.

Voltando à rua de S. Pedro, ao cimo do lado direito, já perto do Jardim do Castelo está o Edifício Carneiro, imóvel emblemático não só desta rua mas até da cidade e que presentemente se encontra em obras, para nele ser instalado um dos polos museológicos da cidade. Embora o edifício não seja muito antigo, data dos primeiros anos do século XX, tem já uma história longa, pois nele habitaram várias instituições, entre as quais a antiga Escola Industrial e Comercial, o Liceu e a Universidade Internacional.

Consultas:

- Campos, Eduardo, Toponímia Abrantina, edição C.M.A.,1989

- Morato, Manuel António e Mota, João da Fonseca, Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes, edição C.M.A.,1981

37 Junho 2023 / JORNAL DE ABRANTES
NOMES COM HISTÓRIA / Rua de S. Pedro (antiga rua dos Coelheiros) PUBLICIDADE Grupo uma nova forma de comunicar. ligados por natureza. 241 360 170 . geral@mediaon.com.pt www.mediaon.com.pt Regularize o pagamento dos portes de envio do seu jornal através da nossa redação ou por transferência bancária: NIB 0036 0059 99100093265 67 PATRIMÓNIO /
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A Depressão é uma doença que afeta mais de 322 milhões de pessoas diagnosticadas em todo o mundo, e que é causa de morte, por suicídio, de 800 mil vidas anualmente. Sem meias palavras, é apelidada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “mal do Século”.

Em 2022 foram identificados mais 50 milhões de casos em todo o planeta, havendo intensa investigação científica em todo o mundo que procura estabelecer as relações desta com pandemia da Covid-19. Nas projeções da OMS, a Depressão deverá tornar-se a doença mais comum do mundo até 2030, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, superando assim o cancro e as doenças cardíacas.

Atualmente é vista como uma doença sistémica, ou seja, que não está limitada a sintomas psicológicos, contribuindo para o desenvolvimento de doenças, entre as quais a obesidade, a hi -

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Do ponto de vista epidemiológico, é uma doença que incide mais sobre as mulheres. Estabelece-se a partir da adolescência e tem uma evolução recorrente, com alternância de períodos de doença com outros sem sintomas importantes, muito embora seja relativamente comum a manutenção de queixas.

Trata-se de uma doença que interfere no dia a dia de quem a tenta superar as mais elementares tarefas do quotidiano: trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida, a família e os amigos.

Pode estar acompanhada de ansiedade ou agitação. O raciocínio torna-se mais lento, os pensamentos circunscrevem-se em torno de um único tema. A pessoa

doente pode tornar-se mal-humorada, mais agressiva e, por vezes, pode evoluir com o consumo álcool e drogas, para aliviar alguns sintomas mais desagradáveis (ansiedade, agitação, sono), numa escalada que acaba por conduzir às adições. Em casos graves, podem surgir sintomas psicóticos, como ciúmes, ideações persecutórias.

A boa notícia é que se consegue intervir na Depressão – moderada, recorrente ou grave. O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, envolvendo o apoio médico especializado e

psicoterapêutico, para além de outras medidas a serem equacionadas caso a caso.

Os fármacos que atuam no sistema nervoso são muitas vezes necessários, sobretudo na doença moderada a grave. Estes medicamentos intervêm no funcionamento das redes neuronais, esbatendo sintomas e proporcionando a integração de pensamentos e comportamentos saudáveis. Devem ser tomados por períodos de tempo prolongados, entre seis meses a dois anos. A medicação pode também assumir uma fun-

ção preventiva, evitando assim novos episódios.

Uma vez que a suspensão dos tratamentos conduz em algumas pessoas ao aparecimento de um novo episódio depressivo, criou-se a falsa ideia de que os antidepressivos criam habituação e, por isso, alguns doentes têm maior resistência em procurar apoio. Não é verdade. Estes fármacos não produzem efeito imediato e não pretendem promover uma alteração do estado de consciência, tendo apenas como intuito o retorno ao funcionamento prévio.

“Anima-te”, “Vá, não fiques assim”, “tens de contrariar esses pensamentos”, são coisas que dizemos às pessoas que sofrem de Depressão. Seguramente fazemo-lo com boas intenções, confundido aquilo que é uma doença de um estado de tristeza.

Só que ao contrário de um estado de alma passageiro, na Depressão a pessoa doente torna-se incapaz de sentir alegria.

Aprender a conviver com uma pessoa deprimida exige que se compreenda que quem sofre de Depressão não é “preguiçoso”. Não pedimos a quem tem um cancro que se encha apenas de força de vontade para o vencer. Porque o fazemos a quem tem uma doença do foro mental?

Envolva-se de forma amigável, mostrando-se apoiante e fazendo parte da recuperação.

Sol & Saúde

O Sol traz bem-estar e tem benefícios para a saúde física e psicológica. Não temos de encarar o sol como “o mau da ta”, que não é! São os comportamentos inadequados que levam aos efeitos nocivos do sol. A exposição solar excessiva conduz a queimaduras solares, fotoenvelhecimento da pele, lesões oculares e cancro da pele a longo prazo. A melhor proteção para a pele é o uso de roupa, chapéu e óculos de sol. As zonas do corpo não cobertas por roupa devem ser protegidas de forma regular, com protetor solar UVA e UVB de cerca de 30. Evite a exposição solar entre as 11 e as 16 horas ou use a regra da sombra: quando a sua sombra for maior que a sua altura.

O Índice UV é uma ferramenta importante e de fácil acesso que dá uma

orientação sobre as medidas de proteção a usar no dia. É um indicador numérico simples da radiação solar ultravioleta (UV) máxima recebida na superfície da Terra num determinado momento e dia. A escala de UV distribui-se de Zero a mais de 20. Quando apresenta valores acima de dois já exige medidas de proteção adequadas e, acima de seis, o risco já é considerado elevado. Valores de UV superiores a 8 desaconselha-se a exposição solar. Cada nível de UV signi ca medidas de proteção adequadas da pele e olhos. São exemplo, o uso de protetor solar UVA e UVB (a ser aplicado e reaplicado após suar, nadar ou após qualquer atividade que possa remover o protetor solar), uso de roupas protetoras, incluindo um chapéu de abas largas e

óculos de sol, a procurar sombra. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPA) é um dos locais onde pode consultar este índice - https://www.ipma. pt/pt/otempo/prev.uv/locais/index-iuvlocal.jsp. Também a OMS lançou em 2022, um aplicativo gratuito para telemóveis, a aplicação SunSmart https://www. sunsmart.com.au/resources/sunsmartapp. Esta aplicação fornece informações sobre os níveis de radiação ultravioleta em determinado local e horas e as respetivas medicas de proteção, de acordo com o Índice. Esta é uma forma de contribuir para a redução da carga global de cancro da pele e lesões oculares relacionada com os raios UV.

Apanhe Sol, mas lembre-se da segurança.

38 JORNAL DE ABRANTES / Junho 2023 SAÚDE /
/ Paula Gil Enfermeira, Unidade Saúde Pública do ACES Médio Tejo

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