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BANCA

Academia PME+. O universo das MPME nacionais já tem uma academia própria de formação em vários domínios da gestão de negócios. Lançado a 19 de Abril pelo Banco Único, em parceria com a Financial Sector Deepening (FDS Moçambique – voltada para a promoção da inclusão financeira), a Academia PME+ apresenta-se como um primeiro passo da solução de alguns dos principais obstáculos aos negócios deste segmento empresarial, nomeadamente o fraco domínio das técnicas de gestão e a consequente dificuldade de acesso ao financiamento e ao melhor capital humano. Por isso, espera-se que, através de mais esta ferramenta, as MPME possam ampliar significativamente o seu efeito multiplicador na economia, visto tratar-se do segmento com maior potencial de geração de postos de trabalho e por representar cerca de 98% do tecido empresarial do país. A Academia PME+ será ministrada pela portuguesa Nova School of Business & Economics (Nova SBE), a mais importante escola de negócios em Portugal. Direccionada a clientes (e também não clientes do Banco Único), a academia é dirigida a gestores de topo das PME, quadros superiores e jovens empreendedores

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Relatório e contas. O Millennium bim, anunciou, em Relatório e Contas, um resultado líquido positivo na ordem de 5,5 mil milhões de meticais em 2017, um crescimento de 23,6%, face ao período homólogo. O Millenium bim reconhece que “os efeitos dos choques económicos” que o banco enfrentou desde 2016 “implicaram a adopção de uma postura creditícia conservadora do sistema, com reflexos “no arrefecimento do crédito à economia ao longo de 2017”. Após anos de crescimento, o crédito a clientes caiu assim 21,6% no ano passado, fixando-se em 61 mil milhões de meticais. A percentagem de crédito em incumprimento sofreu com isso, e subiu de 4,04% para 5,55% em 2017, sendo que o custo de risco escalou de 188 pontos base para 262.

Distinção. O Standard Bank foi, pela terceira vez consecutiva, distinguido pela Autoridade Tributária de Moçambique (AT) como o 2º maior contribuinte fiscal moçambicano, em 2017, na categoria do “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas Liquidado sobre o Lucro”. A instituição recebeu da AT uma menção honrosa pelas suas contribuições fiscais.

FINANÇAS

Dívida externa. A China e a Índia alargaram de 2028 para 2033 o período de graça concedido a Moçambique para pagar a dívida bilateral que supera os 2,2 mil milhões de dólares. Segundo a directora-adjunta de Coordenação Institucional e Imagem do Ministério da Economia e Finanças, Stélia Neta, os períodos de amortização foram mantidos, bem como as taxas de juro, que são de 1,75% no caso da China e de 2% no caso da Índia. A dívida de Moçambique para com a Índia era de mais de 177,3 milhões de dólares no final de 2017. Com a China, país que perdoou 34 milhões da dívida nacional no ano passado, situava-se nos 2,02 mil milhões de dólares.

Negócios. As consultoras Mergermarket e Control Risks assinalam que o risco político e as preocupações com a transparência são os “principais obstáculos aos negócios em África,” continente onde as fusões e aquisições desceram 26% na primeira metade de 2017, período em que foram registadas 101 transacções que valeram 13 mil milhões de dólares, o que representa uma queda de 25% em volume comparativamente com a segunda metade de 2016. O maior negócio em África no ano passado foi feito precisamente em Moçambique, com uma operação financeira no valor de 2,8 mil milhões de dólares, representada pela entrada da Exxon Mobil no capital do consórcio de exploração de gás natural liderado pela ENI na Área 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

INDÚStrIA

Rubis. A empresa australiana Mustang Resources anunciou a descoberta de um novo depósito de rubis localizado a apenas 3 500 metros da sua unidade de processamento do projecto de Montepuez, província de Cabo Delgado, informou a empresa em comunicado. A descoberta ocorreu no decurso de uma campanha alargada de escavação de 196 poços de exploração, efectuada na região durante o passado mês de Março . O rubi de Moçambique é reconhecido internacionalmente e tem rendido várias dezenas de milhões de dólares em leilões, sobretudo nos mercados orientais, sendo que o depósito de Cabo Delgado é um dos maiores do mundo.

Concessões. A empresa australiana MRG Metals anunciou a aquisição de três concessões de exploração de areias pesadas, depois de assinar um acordo com a também australiana Sofala Resources Pty Ltd. O presidente da empresa australiana, Andrew Van Der Zwan afirma, em comunicado, que a empresa analisou mais de 70 possíveis negócios “tendo esta aquisição potencial para responder aos objectivos estabelecidos.”

INFrA-eStruturAS

Linha férrea. Botsuana e Zimbabué movimentaram-se nas últimas semanas para avançar com o projecto do porto de Techobanine, Maputo. A notícia surge na sequência de conversações inter-governamentais que, parecem dar sequência ao ambicioso projecto ferroviário de 1 500 quilómetros (custo anunciado de 600 milhões de dólares), que vai ligar Francistown, no Botswana, Bulawayo, no Zimbabué, e o porto moçambicano de Techobanine (Maputo), para promover o reforço do comércio inter-regional. De acordo com o memorando assinado pelos três países, espera-se que cada um invista 200 milhões de dólares no custo do projecto. Após a conclusão, o empreendimento facilitará o comércio através do movimento do tráfego ferroviário de passageiros e até 12 milhões de toneladas de mercadorias por ano através dos três países. “Este é um projeto que ainda está na fase inicial mas o encontro mantido serve como uma forma de aferir como as discussões podem ser levadas ao próximo nível para que o

projecto possa efectivamente iniciar-se”, disse à imprensa Gaeimelwe Goitsemang, secretário permanente do ministro dos negócios estrangeiros do Botsuana.

Solar. Arrancam já este mês as obras de instalação da primeira central solar em Moçambique, na província da Zambézia, zona Centro do país. O projecto conta com financiamento garantido, no valor de 76 milhões de dólares e deverá estar operacional no início de 2019, scontribuindo para a minimização do défice energético do país, actualmente estimado em 74%. A central vai ser instalada numa área total de 126 hectares, no distrito de Mocuba. Espera-se que a obra empregue 200 pessoas ao longo da fase de construção.

Porto de Maputo. A portuguesa Mota-Engil garantiu a realização da obra de reabilitação de um quilómetro de cais de acostagem (orçada em cerca de 60 milhões de dólares) no Porto de Maputo. A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC, sigla em inglês) anunciou que estes trabalhos permitirão um aumento de 40% da capacidade de carga em Maputo e de 55% da capacidade de carga na Matola. A sociedade que gere a infra-estrutura registou em 2017 um aumento de 22% dos volumes manuseados, com 18,2 milhões de toneladas de carga face aos 14,9 milhões do ano anterior. Este ano, prevêm-se 22 milhões de toneladas de carga. Hidroeléctrica. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa anunciou um prejuízo avaliado em 1 milhão de dólares causado pela interrupção do fornecimento de energia nas regiões Centro e Norte do país e em alguns países vizinhos (África do Sul e Zimbabué), ocorrida ao longo de alguns dias de Abril último. O corte foi causado por uma perturbação no processo de modernização dos servidores do sistema de controlo dos grupos geradores da empresa. Nos últimos meses, a HCB vem desenvolvendo um programa de investimentos denominado Capex Vital, que visa restabelecer a vitalidade do sistema electroprodutor que está no limite de vida útil, advertendo, no entanto, para “eventuais falhas” que o processo possa causar aos utentes.

INVeStIMeNtO PerSPeCtIVAS De PrODuÇãO e PreÇO De MIlhO NA ZAMBéZIA

Sector privado. O Reino Unido vai disponibilizar cerca de 2 mil milhões de libras esterlinas (cerca de 171 mil milhões de meticais) para um pacote de investimento no sector privado em Moçambique, anunciou o Secretário de Estado britânico para o Comércio Internacional, Liam Fox. Durante um encontro das delegações de Moçambique (chefiadas pelo Presidente Filipe Nyusi) e da Grã Bretanha, ficou expressa a intenção de multiplicar os investimentos britânicos nas áreas do turismo, agro-negócio, educação, gás e petróleo. A BMM realizou, entre Março e Abril de 2018, um Inquérito aos produtores dos distritos de Alto Molócué, Gurué, Mocuba e Milange na Província da Zambézia. O objectivo do inquérito era colher as expectativas dos produtores sobre a colheita e a sua comercialização face ao ataque da praga de funil. Usando uma metodologia de baixo custo (convenience sampling), foi possível apurar que a praga de funil é uma praga migratória e, que deu os primeiros sinais da sua presença em Moçambique na época passada nos distritos fronteiriços (com Malawi). Ficou evidente o alto nível de danos na região de Milange onde se espera uma queda na produção de milho. Para os restantes distritos visitados, a praga chegou mais tarde tendo afectado apenas o milho semeado tardiamente (princípios de Janeiro), onde pode considerar-se baixo o nível de danos e consequentemente a queda poderá não ser significativa. No que tange aos preços, estes poderão ser afectados principalmente pelo facto da comercialização de produtos agrícolas em Milange (onde o ataque foi elevado), ser na sua maioria suportada pelos malawianos que oferecem preços ligeiramente mais altos. Este cenário pode fazer com que a preferência dos produtores para venda ao exterior aumente (quer directamente, quer por via de intermediários nacionais). O outro factor que poderá afectar o nível de preços deste cereal é a especulação. Foi comum ouvir no seio dos comerciantes locais a ascensão no preço de milho como resultado do ataque da praga de funil mesmo não sabendo a total dimensão dos estragos.

Stock de mercadoriaS exiStente noS complexoS de SiloS

Complexode SiloS

Sofala NhamataNda

Sofala GoroNGoSa

ZambéZia muGema

Nampula malema

CabodelGado NaNjua

tete ÚloNGuè

milho prinCipaiSprodutoSem (Kg)

Feijão Boer gergelim Feijão nhemBa

- 579.397,01 15.879,39 -

16.546,84 -

- 45.426,81 -

221.222,53 82.460,82 - 160,02

Soja

1.012.573,76 7.997,60 - 45.135,24 -

281.325,64 -

- - 8.961,89

total/produto 1.531.668,77 715.282,24 15.879,39 45.295,26 8.961,89

Fonte Direcção de operações da BMM

Maputo, Bairro da Coop - Rua E, Nº 13 Telefone: + (258) 21902503 - (258) 843203371 Email: info@bmm.co.mz

RADAR

Agricultura. O Banco Mundial anunciou o desembolso de 80 milhões de dólares direccionados para o Projecto de Irrigação e Acesso a Mercados para Agricultores, a partir de Julho deste ano, no Centro e Norte do país. Com o desenvolvimento da irrigação, espera-se que os produtores deixem de depender apenas da estação das chuvas para a sua actividade, passando a produzir durante todo o ano, (o que tem sido desafiador devido às mudanças climáticas). O incentivo será desembolsado ao longo de um período de seis anos e o projecto vai abranger uma área decerca de sete mil hectares em benefício de aproximadamente 14 mil agricultores e respectivas famílias.

Turismo. A VI edição da Feira Internacional de Turismo de Moçambique ainda não tem data marcada mas, tem já um lema definitivo: “Reflectir sobre as tendências do mercado de viagens assim como impulsionar a criação de novos pólos turísticos, bem como o desenvolvimento dos já existentes no país”. Assim, promete-se a reflexão sobre a maximização do potencial do sector por parte da entidade organizadora do evento - o Ministério da Cultura e Turismo através do INATUR. Para o presente ano, o evento, que se realiza desde 2013, promete, “inovar adicionando criatividade na maneira como os agentes turísticos expõem os seus produtos”.

Ambiente. A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) lançou em Abril o curso online de Adaptação às Mudanças Climáticas, anunciado como tendo “o abjectivo de promover e facilitar o acesso ao conhecimento sobre as medidas de adaptação a esta situação.” Esta área de conhecimento, será financiada pelo governo dos Estados Unidos de América através da USAID.

PAÍS

Salário mínimo. O rendimento mínimo nacional aumentou entre 6% e 18% na sequência dos acordos dos principais sindicatos com o Governo. De acordo com o secretário-geral da Confederação dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique (CONSILMO), Jeremias Timana, os números acordados entre Governo, empregadores e sindicatos em sede da Comissão Consultiva de Trabalho, tomaram em conta a situação pouco favorável da economia nacional. Ainda assim, as negociações dos sindicatos para os aumentos salariais vão continuar ao nível dos oito sectores existentes no país . Actualmente, o salário mínimo mais baixo no país está fixado em 4 142 meticais para os sectores da agricultura, pecuária, caça e silvicultura e o mais elevado é de 11 897 meticais para o sector dos serviços financeiros.

Emprego. O Instituto Nacional de Emprego anunciou a criação de 957 mil postos de trabalho nos últimos três anos, um volume aquém do previsto, que seriam 1,4 milhões de novos postos de trabalho para o quinquénio 2015-2019. Do total dos postos de emprego já criados, 9 mil foram resultado da alocação de 3 200 kits de auto-emprego, iniciativa que está a ser desenvolvida através de Parceria Público-Privada à escala nacional. Estes dados foram tornados públicos a 9 de Abril passado, em Maputo, durante a realização da primeira reunião entre o INEP e os seus parceiros, evento que decorreu sob o lema “Criando Sinergias para a Promoção do Emprego em Moçambique”.

Combustíveis. A Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) anunciou o lançamento de um concurso público internacional para a contratação de um fornecedor de produtos petrolíferos refinados. A previsão é de que o país importe 912 mil toneladas métricas de produtos petrolíferos, a serem descarregados nos portos de Maputo, Beira, Nacala e Pemba. Em Moçambique, o concurso internacional para seleccionar o fornecedor de petróleos tem lugar duas vezes por ano. Em 2017, o país importou combustíveis líquidos no valor de 794 milhões de dólares norte-americanos, contra os 584 milhões de dólares em 2016.

Segurança alimentar. Um estudo recente (de 2017) intitulado “O custo da fome em África”, concluiu que Moçambique perde mais de 10,9% do Produto Interno Bruto (PIB) anual devido à desnutrição crónica. Para ajudar a superar esta realidade, o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) e o Programa Mundial da Alimentação apresentaram os resultados da análise “Preencher a lacuna de nutrientes” que fornece recomendações do caminho a seguir.

Empreendedorismo. A seguradora Fidelidade Moçambique está a promover um concurso nacional para incentivar o empreendedorismo na área das tecnologias, através de um programa denominado “Protechting”, que será apresentado na MozTech. O “Protechting” é uma iniciativa conjunta da Fidelidade Portugal e da Fosun. EMATUM. Os 24 barcos da frota adquirida pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) ancorados no Porto de Maputo, poderão operar a partir deste ano, através da Tunamar, uma empresa criada pela EMATUM e pela Frontier Services Group, empresa do norte-americano Erik Prince (fundador da Blackwater, empresa de segurança privada norte-americana). Ao avançar com esta informação, em Abril passado, o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário não especificou para que fim serão utilizadas as embarcações, nem os pormenores financeiros da operação.

AgeNDA

CE-CPLP. Realiza-se a 9 e 10 de Maio, em Maputo, a “1ª Conferência Económica do Mercado CPLP”. A Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP) organiza esta conferência para abordar “a caracterização do mercado e a criação de grupos de trabalho para as áreas do reconhecimento e mobilidade profissional, harmonização das relações fiscais; e a constituição de um Centro de Arbitragem.”

OPINIÃO

Quem põe o guizo ao gato

Rogério Samo Gudo • PCA da Escopil Internacional

numa das suas fábulas o escritor francês Jean de La Fontaine (1621-1695) conta que os ratos decidiram em assembleia pôr um guizo no pescoço do gato, o eterno inimigo. Assim, quando o gato se aproximasse, eles fugiriam a tempo de não serem apanhados. Um rato velho, calado durante toda discussão, endossou o plano, mas fez uma pergunta que tornou-se famosa: quem vai pôr o guizo no pescoço do gato? Assim a expressão “quem vai pôr o guizo no gato?” ficou consagrada como aquele que em prol do bem comum, mesmo diante de um risco pessoal, procura evitar que este continue a apanhar todos de surpresa. O mercado Moçambicano é constituído por vários circuitos económicos e também por vários intervenientes, o Estado como regulador, os grandes investimentos em recursos naturais, e por fim a economia doméstica, maioritariamente dominada pelas Micro Pequenas e Médias Empresas, portanto cada segmento constitui um circuito com interesses próprios e com enorme potencial na contribuição para o crescimento do mercado nacional. E é assim, no contexto da economia Moçambicana que a analogia com o Gato representa o risco do mercado. A frustração nestes circuitos económicos em fóruns de discussão sobre os desafios do mercado são evidentes, e a pergunta que não quer calar é quem vai pôr o Guizo no Gato. Sob o ponto de vista estrutural, quem tem poder e instrumentos para estruturar o mercado é o regulador, através de reformas contínuas de políticas pro desenvolvimento, incluindo as que estimulam o Financiamento Directo Estrangeiro e o desenvolvimento de infraestruturas através de PPP’s. Com mais de 40 anos de independência, a economia Moçambicana foi mais uma vez posta à prova através do contexto das dívidas ocultas e ficou claro que a contribuição externa de mais de 50% sobre o Orçamento do Estado não só é crítica, bem como foi o factor determinante para a tornar frágil. A falta da resiliência da economia, expõe também a fragilidade institucional, o que claramente leva a concluir que a contribuição do Estado na resolução dos problemas do mercado ainda está longe de ser alcançada. Por outro lado temos os grandes investimentos de exploração de recursos naturais, que identificam Moçambique como um dos seus mercados para operar, onde esperam que os custos dos factores de produção (e de fazer negócio) sejam mais competitivos, como os custos de distribuição, de matéria-prima, de energia eléctrica, de mão-de-obra local, de água, etc. O Mercado Moçambicano, compete com mais 53 países africanos para atrair estes investimentos, onde na maioria destes os problemas encontrados são similares, sendo a diferença, na forma como cada Estado lida com os problemas, o que constitui uma vantagem comparativa na atracção destes investimentos. No caso de Moçambique, o acesso à matéria-prima e a sua posição geográfica face aos principais mercados internacionais é uma vantagem comparativa, o que tem atraído diversos investimentos. Portanto os problemas do mercado podem encontrar solução se estes investimentos comprarem os seus bens e serviços localmente, onde a consolidação do volume de compras locais, é suficiente para criar uma massa critica que vai viabilizar a cadeia de valor na economia Moçambicana. Por fim, temos a economia doméstica, dominada pelas MPME’s, com vários desafios em como sair da sua extrema dependência, tendo como único cliente o Estado, que no contexto actual em que está, não consegue cumprir com os seus deveres contratuais, no pagamento de bens e serviços fornecidos, uma das razões para a situação de falência em que a maioria das empresas se encontra. As MPME’S são hoje, factores incontornavelmente determinantes para as economias de todo o mundo em desenvolvimento, e no caso de Moçambique, as ligações entre estes e os grandes investimentos, representarão um enorme potencial de desenvolvimento do mercado, o que possibilitará a que os grandes investimentos através das compras locais possam servir de factor catalisador, na criação da cadeia de valores de processamento de matéria-prima (industrialização), sobretudo no sector de agro-processamento que estimula o crescimento da MPME’s moçambicanas.

Os problemas do mercado podem encontrar solução se estes investimentos comprarem os seus bens e serviços localmente, onde a consolidação do volume de compras locais é suficiente para criar uma massa crítica que vai viabilizar a cadeia de valor na economia Moçambicana

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