Portfólio Flanantes 2020

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(coletivo: grupo aberto de indivíduos "afins", isto é, cujo tipo de experiência sejam da mesma natureza em que o ponto comum seriam as surpresas do desconhecido guiados por uma não imposição de uma idéia estética grupal e a fuga de um condicionamento social opressivo, dando-lhe através da prática uma nova dimensão que encontre uma resposta no seu comportamento, ou seja, a descoberta da vontade pelo exercício experimental da liberdade.)

É um coletivo audiovisual fundado por Murilo Romão que hoje atua como skatista profissional, comunicador social, videomaker e diretor. Faz parte do coletivo também os skatitas Luís Apelão, Diego Wanks, Leonardo Fagunes, Gustavo Dias, Pedro Volpi, André Porto (que também é designer e diretor de arte), Klaus Bohms e Daniel Marques (que criam também nas trilhas sonoras), além de vários colaboradores pelo Brasil, que enviam imagens que podem ser usadas nos vídeos. O Flanantes surgiu de forma espontânea em meados de 2015 após a lançamento de "Ser do Centro" que foi a primeira produção do coletivo que questiona o direito a cidade, através das sessões de skate pelas ruas e praças da cidade, muitos conflitos e debates são levantados principalmente após a estréia da nova Praça Roosevelt que restaurou a noção de espaço público na área central. É um grupo aberto que busca inspiração na arte de flanar e ler a cidade, torná-la um objeto de investigação e apropriação. Flanantes fazem "botânica no asfalto”, buscam re-inventar o cotidiano através das descobertas de novos lugares e possibilidades para a prática do skate, registrando essas sessões de maneira fiel, potente e com movimentos dinâmicos de câmera para conseguir acompanhar os caminhos feitos pelos skatistas, assim como as manobras. É uma busca constante de alterar e ser alterado no espaço urbano, é brincar com a materialidade da urbe e talvez se perder, buscando o que alguns urbanistas modernos se esquecem diante de tantas preocupações e que é imprescindível para os amantes das grandes cidades: poetizar o urbano. Os vídeos, mostras e eventos buscam o reconhecimento, por parte dos espectadores e atores, de seus direitos humanos, sociais e culturais, principalmente para aqueles os quais a oferta de serviços públicos e de cultura é precária.Tornar espectadores em atores que moldam os usos e se apropriam do meio; mentes criativas transgressoras à regra.


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Portfólio Flanantes 2020 by Paulla Mattos - Issuu