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Prefácio
Agradecimentos
Queremos, em primeiro lugar, agradecer a todos os participantes do projeto, na época alunos e alunas do Ateliê de Criatividade Sílvia Matos, pela persistência em superar todas as dificuldades inerentes a uma experiência inovadora como essa. Desejamos listá-los aqui em ordem alfabética, a saber: Alcina C. Veras, Alessandra L. Croquevielle, Amélia M. S. Marshall, Ana Maria F. de Oliveira, Ana Possenti, Beatriz Cuyabano, Carina Naufel, Carolina C. Machado, Carolina F. Fonseca Ribeiro, Isabel N. dos Reis, Laura Mayrink-Sabinson, Lia Sabinson, Lurdes Coelho, Lúcia R. Barnabé, Luiz Fernando Rubio, M. Olímpia Nogueira, M. Sílvia Von Zastrow Aerny, Mariana N. dos Reis, Marilandi L. Carvalho, Marilei de Paiva Lopes, Marlei G. Nascimento, Mauro S. Ribeiro, Nara Ursolino, Sônia Pressa, Teo G. E. Mata, Vera Costa e Walma Magalhães.
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Devemos agradecer de modo enfático a Roberto Moya, na época proprietário do Lake House Restaurante, que, além de construir o muro sobre o qual foi colocado o Painel Vida em Expansão, pagar os serviços dos trabalhadores que colocaram as placas de argila no lugar, repor o dinheiro gasto na compra de argila, ainda fez a festa de inauguração do mesmo. O senhor Roberto Moya sempre mostrou interesse em promover a cultura em seu restaurante, desde a inauguração do mesmo em 03 de novembro de 1994, quando promoveu a exposição de esculturas de Nair Kremer e de pinturas e objetos de Sílvia Matos. Mais tarde, por meio do Roberto Moya Eventos, em conjunto com a Frutaria Rio das Pedras, ajudou na comemoração do décimo aniversário desse painel.
Um agradecimento especial devemos fazer a Maria Laura T. Mayrink-Sabinson pelo comovente texto escrito por ela em outubro de 1995, descrevendo a experiência dela e de outros artistas no desenvolvimento e realização do projeto desse painel. Vejam esse documento no Apêndice C.
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Prefácio
Desejamos descrever neste texto todo o trabalho desenvolvido no Ateliê de Criatividade Sílvia Matos por um grupo de alunos, artistas voluntários, para preparar, desenvolver e executar o projeto de um painel de terracota, que atualmente constitui um monumento colocado na frente da Casa do Lago na UNICAMP.
Nesta introdução, nos parece instrutivo e esclarecedor fazer a transcrição de parte do conteúdo das páginas manuscritas por Sílvia Matos em um caderno no final do ano de 1993 e nos primeiros meses de 1994.
PAINEL
O projeto do painel começou a ser pensado no segundo semestre de 1993. Eu, como todo mundo, andava com a cabeça cheia pela falta de respeito ao ser humano, às suas ideias e à natureza. A crise política no Brasil ajudava bastante este clima, assim como também as pregações neonazistas.
A princípio pretendia fazer um painel para colocar na parede do terreno do Ateliê (um sonho antigo que tenho é encher todo esse espaço com obras de arte). Mas, conversa vai, conversa vem, os alunos sugeriram colocar o painel num espaço em Barão Geraldo. Saí à procura de uma parede grande em que fosse possível colocar o painel. Não foi fácil.
Paralelamente fiz vários projetos do painel com as medidas de 3,20 m por 2,20 m, ideais para a parede do Ateliê. Discuti com os alunos qual a melhor proposta para “amarrar esse painel”. O propósito sempre foi de que cada um dos alunos participasse do painel desenvolvendo o tema “respeito”, do modo que quisesse e, ao mesmo tempo, eu “amarrasse” suas propostas para llhes dar unidade artística. Em princípio o painel pareceria como uma colcha de retalhos com as diferenças bem marcadas. Mas a ideia que vingou foi a de que a unificação se faria por curvas circulares ao longo das imagens como se
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fossem ondas provocadas por um pingo d’água. Assim resolvi batizar o painel com o título “Vida em Expansão”.
Sílvia fez um desenho preliminar do projeto que tinha em mente, usando giz de cera, para apresentar aos alunos.
Logo depois da elaboração desse desenho, a mentora do projeto resolveu fazer uma maquete do mesmo em argila, que apresentamos acima na foto do lado esquerdo.
Voltemos ao manuscrito para mais alguns detalhes dos acontecimentos.

Em dezembro fui fazer umas compras na Galeria Páttaro. Em conversa com a Rita, dona de uma das lojas, vi que nela haviam vários quadros pintados por ela. Aproveitei para falar da nossa ideia. Ela achou ótima e me mostrou uma parede que poderia ser utilizada. Fiquei de fazer uma maquete e depois conversar com os outros donos de lojas. Passadas as férias, com a maquete em cerâmica pronta, fui com Walma falar com o diretor da associação dos
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