De coração 24

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De coração

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AGOSTO 2011

AnoVI

| Clássicos de hoje | Adapte, reutilize e multiplique a funcionalidade de cada peça | Listas de Casamento na Matobra: uma opção para toda a sua casa | Porque o seu espaço é precioso, multiplique-o com Duravit openspace | Cerâmica Sensitiva, da Revigrés


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Presidente do Conselho de Administração da Matobra

De coração | AGOSTO 2011

EDITORIA L

A sabedoria popular tem o mérito de simplificar as mais intrincadas questões em fórmulas que têm tanto de simples como de eficazes e no momento que o país atravessa, parece-me especialmente adequado o adágio “Casa em que não há pão… Todos ralham e ninguém tem razão”. De facto, perante o actual contexto de recessão, parece trazer-nos algum conforto dissertarmos sobre os “verdadeiros culpados”, como se, não podendo a justiça efectiva acontecer, encabeçássemos uma espécie de ajuste de contas pessoal, em que a pena é cumprida com uma boa dose de insultos. Mas quem são, afinal, os réus? Uma margem significativa encontra resposta na fraca performance dos nossos políticos. Outros, de visão mais internacional, oscilam entre a crise do subprime, importada dos Estados Unidos e a entrada no euro. Há ainda uma ala, a que poderíamos chamar mais tradicional, que usa o argumento recorrente do sector público e todos os que nele trabalham. E, por fim, há a incontornável acusação aos ricos, onde se destacam como espécies mais endemoniadas os banqueiros e os empresários da construção civil. Claro que todos estes argumentos sofrem do mal das generalizações, terão a sua dose de verdade, mas não deixam de ser demasiado estereotipados, julgando todos os indivíduos como iguais. Entre estes, e porque a construção é o sector para o qual a Matobra está orientada, interessa-me particularmente o caso da construção. Salvo detalhes que variam consoante o narrador, a história é, no essencial, contada com um protagonista ganancioso e especulador que, perante a actual falta de poder de compra, se viu a braços com um leque de imóveis por vender. O episódio termina com o dito empresário a manter a sua fortuna pessoal enquanto ignora despreocupadamente os credores com uma abertura de falência. Como em quase tudo na vida, não há verdades absolutas, a história poderá ser um relato fiel em alguns casos, mas a maioria dos empresários do sector são gente séria, que vê o insucesso das suas empresas como uma desonra pessoal. E ainda que, para o leitor, esta afirmação possa ser entendida como uma visão pessoal e subjectiva, não falta qualquer objectividade à ideia de que a construção é um sector de investimento importantíssimo para a economia de um país, fazendo girar à sua volta uma série de outros agentes económicos que dela dependem e, por isso mesmo, gerando riqueza, investimento e emprego, a montante e a jusante. Ora é precisamente na conjugação destes três factores que estará o caminho da retoma. A política de austeridade, ainda que necessária a curto prazo, é um paliativo, não a cura. A solução está necessariamente no crescimento económico. E é por isso que a construção não pode ser vista como parte do problema, mas antes da solução. O mesmo é dizer que deve ser acarinhada pelo Estado, criando incentivos, que o sector se encarregará de retribuir. Veja-se, por exemplo, o caso do governo espanhol, que desceu fortemente o IVA para a construção civil.

EDITORIAL

De coração

EDITORIAL 03


FICHA TÉCNICA Entidade proprietária | Matobra - materiais de construção e decoração, S.A. Coordenação | Marta Rio-Torto Textos | Claúdio Domingos e Marta Rio-Torto

Paginação e Projecto gráfico | Alexandre Saraiva Tiragem | 2000 exemplares Periodicidade | Trimestral Impressão | FIG - Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020 Coimbra Isenta de registo no I.E.S. mediante decreto regulamentar 8/99 de 9/06 art. 12º nº 1 a)

Índice 3 Editorial 7 Entrevista De coração | João Silva 18 Com assinatura Matobra 18 | Puramente clássico 20 | Ambiente Cliper 22 | Clássicos de hoje 24 | Adapte, reutilize e multiplique a funcionalidade de cada peça

26 Ideias e soluções 26 | Listas de Casamento na Matobra: uma opção para toda a sua casa 28 | Franke propõe escorredor de louça multi-usos 30 | Espelho meu, espelho meu...

32 Entrevista |Bertolino Santos 38 Estilus 38 | O novo lava-louças da Rodi 40 | Porque o seu espaço é precioso, multiplique-o com Duravit, openspace 42 | Ariane Teca: Funcionalidade XL para cozinhas de tamanho S

47 Entrevista | Mário Jordão 54 Galeria Matobra 54 | Cerâmica Sensitiva, da Revigrés

Siga-nos no facebook

Rua Luís Ramos | Adémia Apartado 3021-901 Coimbra | Portugal | Tel.: 239 433 777 | Fax: 239 433 769 | mail@matobra.pt | www.matobra.pt

Fotografia | Danilo Pavone


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De coração | AGOSTO 2011

João Silva é o homem do leme num navio com tanto mar para percorrer. O actual presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra (AHBVC) tem um percurso ligado à causa pública, tanto a nível profissional como nas actuais funções. Licenciado em Historia, pela Universidade de Coimbra, desempenhou funções de vereador e deputado municipal, onde absorveu os reais problemas diários das pessoas, mas foi no sector da Saúde que se sentiu como peixe na água. Um quartel velho transformado em novo, digno de Coimbra e com uma postura urbana é a sua actual luta, que quer vencer na cidade que escolheu ser sua. Foi em nome dessa causa, que dirigiu uma carta aberta à cidade para que a actividade dos bombeiros, numa instituição de 122 anos de história, tenha o reconhecimento devido. Diz que foi um grito da alma porque há um amor que é fogo que arde e não se apaga. Nesta entrevista, abordou temas tão diversos como o estado dos partidos, a crença nas novas gerações, a missão dos bombeiros, os factores de risco da cidade e a responsabilidade das empresas em prol de um bem comum, num discurso marcado de simplicidade e pintado de sabedoria.

A sirene que toca para a cidade ouvir

ENTREVISTA 07


08 ENTREVISTA

Pelo seu percurso profissional denoto

Serviço Nacional de Saúde que, ainda

uma ligação especial à causa pública...

hoje, é bastante elogiado…

Cedo demonstrei um gosto ligado à

É reconhecido como um dos serviços

actividade

primeiro

públicos essenciais em termos sociais e

emprego, na freguesia de Eiras. Mais

homogéneos do país, porque permite que os

tarde, com a criação do Serviço Nacional

cidadãos tenham um conjunto de garantias

de Saúde (SNS) e com a separação da

e seguranças e porque conseguimos atingir

Saúde e da Segurança Social, passei a

objectivos extremamente positivos na saúde

membro de gestão dos Serviços Medico-

publica e na mortalidade perinatal. O nosso

Sociais, durante catorze anos, tendo depois

SNS tem prestado uma função inestimável

incorporado a Administração Regional de

aos portugueses e eu sinto-me bastante

Saúde de Coimbra (ARSC), para além de

feliz por ter participado activamente na sua

ter passado nove anos a exercer funções

concepção e na sua estruturação, a nível

na Câmara Municipal de Coimbra, primeiro

distrital.

como vereador e, depois, como deputado

municipal ao longo de quatro anos. Antes

Foi vereador autárquico e deputado

de me aposentar ainda regressei às minhas

municipal durante alguns anos. Em que

funções na ARSC, onde finalizei o meu

medida essas experiências políticas o

percurso profissional.

tornaram mais sensível à causa pública?

pública.

O

meu

De coração | AGOSTO 2011

Fui vereador durante nove anos e tive muitas Na sua formação académica sentia já

e variadas responsabilidades na autarquia,

essa aptidão pela causa pública?

desde funções na área financeira, no sector

A minha ambição era fazer o curso de

das obras, nos serviços, na administração,

Direito, até porque fiz a prova de aptidão

no

antes de ter cumprido o serviço militar,

pessoal. Essa sobrecarga deu-me uma visão

onde estive durante trinta e nove meses.

muito multifacetada dos problemas da

Quando regressei ao curso surge o 25 de

cidade e da própria câmara. Mas é evidente

Abril e com toda uma actividade social

que o contacto diário com as pessoas e

intensa, já que estava incorporado na

os seus problemas, na vertente das obras

Caixa de Previdência, não tive hipóteses de

particulares,

o finalizar e optei pelo curso de História.

conjunto de situações muito complexas e

O meu percurso profissional foi passado

interessantes, por vezes, que possibilitavam

maioritariamente na Saúde, onde exerci

melhores condições de vida para as famílias,

funções de responsabilidade na gestão

mas que não estavam contempladas na lei.

e na qual sou Técnico Superior da Saúde.

São

É uma área de que gosto muito e

responsabilidade

onde tive o privilegio de participar na

aprova uma habitação estamos a tomar

criação

uma decisão para centenas de anos e

e

desenvolvimento

do

SNS

património,

departamento

levou-me

áreas

a

no

que

a

absorver

exigem

porque

condicionar

um

enorme

quando

se

com o professor Correia de Campos.

estamos

Foi um trabalho muito rico e interessante,

a ocupação do solo, que é a coisa

por vezes, ao olhar para trás, sinto uma certa

mais

frustração por ver que alguns dos nossos

É evidente que todas estas decisões

sonhos e projectos não se concretizaram

são

e que as características iniciais se estão a

técnicas e especializadas, mas nalgumas

perder.

situações é fundamental ter o sentido de

valiosa tomadas

que

e

do

podemos

mediante

determinar comprar. aprovações


De coração | AGOSTO 2011

ENTREVISTA 09


10 ENTREVISTA

responsabilidade e de serviço público. Após

Não nos podemos esquecer que os partidos

atingido?...

o 25 de Abril, os projectos urbanistas tinham

têm a função de seleccionar indivíduos para

Os jovens não acreditam que o sistema

um aspecto um pouco anárquico. Seguiu-se

exercer cargos, o problema é o modelo de

permite uma regeneração e mudança, mas

um período de renovação, reconversão e

selecção, porque as pessoas acabaram por

eles estão mais bem preparadas do que nós

ainda que continuemos a encontrar muitos

usar os partidos políticos para formar os

estávamos. Encontraram um país desigual

erros, a verdade é que houve uma melhoria

seus próprios exércitos e para apostarem

e ainda a sofrer os reflexos de profundas

considerável no desenvolvimento urbanista

numa progressão de carreira, sem o mínimo

transformações resultantes da revolução,

da cidade de Coimbra.

conhecimento da realidade e do terreno,

tais como as reformas sucessivas no ensino e

em vez de estarem em cargos políticos para

essa instabilidade perturba muito a tomada

A actividade política, hoje em dia,

fomentar o debate e o confronto de ideias,

de decisões. Depois, o mundo tornou-se mais

está muito direccionada aos interesses

a fim de encontrarem as melhores soluções

rápido, as coisas acontecem a uma grande

económicos e partidários. Concorda que

para servirem as cidades e o país. A palavra

velocidade e existe um enorme manancial de

esse factor torna os nossos políticos

forte é mesmo generosidade, trabalhar

informação, o que torna difícil a capacidade

mais distantes dos problemas sociais?

em prol do serviço público, com mais

de seleccionar o essencial do acessório. Hoje

Sou militante do Partido Socialista (PS) mas

capacidade de combate contra as injustiças

existe tanto para ver, para ler e estudar que

resolvi afastar-me das responsabilidades

e situações que tinham sido determinantes

não há tempo para aprender. Mas estas

e estruturas locais porque tenho uma

para a forma miserável como os nossos pais

novas gerações já deram provas de ter uma

discordância total em relação ao modo

viveram. E a minha geração nunca pensou

grande qualidade a nível internacional, tanto

como se foi actuando em termos políticos

chegar a este ponto, porque imaginámos

na investigação científica como noutras

e perdeu-se o sentido de serviço público.

um país substancialmente diferente e

áreas importantes. Na própria cidade, que

A política é uma arte e uma actividade

melhor para os nossos filhos.

nós acusamos de comodista, a verdade é

nobre que tem a ver com a gestão do bem

que nós temos cada vez mais empresas

público, com a preocupação permanente

Para ter uma consciência económica

que apostam nas novas tecnologias, que

com as pessoas, o ambiente, as condições

e social global da cidade, do país e do

são altamente qualificadas e que têm nos

de vida e de desenvolvimento e não se tem

mundo, foi importante ter exercido

seus quadros, profissionais formados na sua

seguido esse caminho. A actividade política

cargos políticos?

Universidade. Não acredito que gente com

acabou por ser instrumentalizada e usada

Ter um sentido de responsabilidade e o

esta capacidade esteja alheada da actividade

por pessoas para terem alguns interesses,

dever de tomar decisões faz com que nos

politica e dos problemas sociais. Pela minha

para estarem em lugares de disputa.

vamos apercebendo de uma realidade muito

experiência, posso dizer que nas actividades

Mas tenho esperança que estes momentos

dura porque temos de analisar problemas,

de natureza voluntária, existe sempre a

de crise actual sejam regeneradores e que

ponderar questões que influenciam a

presença de centenas ou milhares de jovens

nós consigamos uma mudança que permita

vida das pessoas e tomar as decisões mais

e isso quer dizer que eles têm vontade de

elevarmos os ideais certos de democracia, o

adequadas. É evidente que isso nos obriga

participar, porque sentem que as coisas são

de virmos para a politica pela generosidade

a ter uma reflexão profunda da sociedade

feitas de coração puro, de mãos limpas,

e por um sentido humano de se exercer o

e dos desafios que ela nos coloca e sobre

com generosidade e que se afastam. Mas

bem publico, a causa publica, com abertura,

todos os desequilíbrios, assim como se

também se afastam quando percebem que

transparência e lisura e, sobretudo, com

torna profundamente chocante o nível de

existem situações sem clareza e correcção.

sentido de serviço.

desigualdade social e económica entre as

As chamadas “máquinas partidárias”,

classes sociais, que nós nunca sonhámos

Estando na direcção de uma actividade

que viéssemos a atingir.

de

De coração | AGOSTO 2011

que funcionam como uma grande

natureza

voluntária

não

sente

qualquer desinteresse por parte dos

empresa em que o objectivo dos

Em relação às novas gerações, qual é

jovens conimbricenses?

militantes é alcançar o topo da pirâmide.

a sua visão face ao alheamento dos

Temos a sorte de contar com muitos

Entre serviço público e carreira política

nossos jovens pela actividade política,

jovens que abdicaram do seu tempo

existe uma grande diferença?

pelos valores que a abstenção tem

livre

e

que

resolveram

apostar

na


ENTREVISTA 11

aprendizagem em técnicas de prevenção

até porque os bombeiros voluntários foram

do tipo de acidente, mobilizam os meios e

e de ataque a incêndios e que estão

criados e liderados pelos grandes comerciais

solicitam o apoio dos voluntários, daí que

disponíveis para exercer este voluntariado.

e industriais de Coimbra. Tem de existir

exista um trabalho conjunto e solidário

A AHBVC é uma casa com cento e vinte e

uma co-responsabilização entre todos os

entre as duas companhias, com o mesmo

dois anos de história, com graves problemas

agentes para que sejamos capazes de criar

grau de intervenção e de capacidade.

logísticos, mas em que a estrutura humana

uma das cidades mais seguras e protegidas

funciona na perfeição porque são sempre os

do país, para lá de uma cidade cultural, com

O

mais humildes e os mais simples, a serem os

universidades e hospitais de excelência. A

proporcionado

mais generosos a este nível. É uma actividade

carta aberta é um grito da alma para que os

profissionais acabou por prejudicar os

que envolve riscos variados e é mais do que

cidadãos, os empresários, os comerciantes

voluntários?

uma profissão, é um voluntariado e uma

e os responsáveis políticos, possam ouvir

Antes da construção do novo quartel,

generosidade que não são entendidos e

a nossa revolta e coloquem a actividade

os bombeiros sapadores viveram, uma

o que noto é que existe um alheamento

dos bombeiros voluntários como uma das

situação dramática a nível de instalações e

da cidade em relação aos seus bombeiros

suas preocupações sociais. Se a maioria

não se verificava um forte investimento nos

voluntários. Nós temos uma carga tremenda

das empresas nos ajudasse com cem euros

bombeiros voluntários. O que existiu foi

de problemas na cidade, temos uma

anuais, tínhamos condições para poder

um alheamento considerável em relação a

forte componente hospitalar, com vários

usufruir de melhores equipamentos e, se em

esta área da protecção civil e da segurança

laboratórios de diversas naturezas, com

vez de sete mil sócios pagantes contássemos

e é fundamental que a cidade tenha uma

tecnologias e materiais complexos, que

com treze mil, que seria cerca de 10% da

excelente companhia de sapadores e é

utilizam substâncias reagentes, nós temos

população do município, isso iria permitir

preciso que se aposte também nos seus

uma penitenciaria, temos um rio e um

uma situação de perfeita sustentabilidade.

bombeiros voluntários, até porque têm uma

aeródromo, existe uma parte da cidade

alto

investimento aos

que

foi

bombeiros

característica diferente. Os profissionais

extremamente envelhecida com gravíssimos

Conseguiu que a carta agitasse as

concorrem, candidatam-se, são admitidos,

problemas

consciências dos poderes da cidade?

têm um estatuto, têm outra área de

dos bens e das pessoas. Contamos com

O diagnóstico foi feito e a experiência diz

enquadramento e, obviamente que os

uma excelente companhia de Bombeiros

que é preciso muito tempo de perseverança,

voluntários têm uma função social muito

Sapadores, que são profissionais, mas que

de teimosia e insistência porque é preciso

importante, de sociabilização, de integração

têm de ser devidamente apoiados por nós.

tempo para mudar mentalidades. Temos

das pessoas, portanto, é um trabalho que

de continuar com esse trabalho minucioso,

não é feito pelos outros. São cidadãos

Daí que no dia da cidade de Coimbra

de alerta permanente e de chamada de

que de livre vontade aqui aparecem, sem

resolveu enviar uma carta aberta com

atenção constante, mas admito que já

vencimento e num exercício de grande

vários destinatários. Essa iniciativa foi

existiram progressos, nomeadamente no

generosidade. Devo dizer que nos últimos

um murro na mesa ou um desabafo?

aumento de número de sócios. Encaramos

anos o investimento dos sapadores também

Queremos colocar a nossa actividade na

esta fase como uma sementeira, em que se

deu azo a que houvesse uma maior

agenda da cidade, não é uma mensagem

lançam as primeiras sementes e temos de as

comparticipação autárquica para com os

de pedinchice mas é uma lembrança

regar e cuidar para que os frutos apareçam

voluntários, ainda há dias subscrevi com o

segurança

e

protecção

da responsabilidade de todos nós. É

senhor presidente da câmara um protocolo

evidente que a câmara é o poder político,

A cidade tem um peso cultural e social

de financiamento de apoio para a nossa

é o governo da cidade e tem uma palavra

que exige uma protecção rigorosa

actividade corrente.

fundamental sobre a organização, nos seus

e competente. De que forma é que

equipamentos e nos apoios que pode dar

essas competências são divididas entre

Porque é que diz na carta que tem o pior

porque gere dinheiros públicos que recebe

bombeiros profissionais e voluntários?

quartel de bombeiros do país?

dos nossos impostos. O recado também foi

Todas as comunicações que existam de

Porque

dirigido ao tecido económico, porque as

incidentes são canalizadas para os bombeiros

dizer que os conheço a todos mas pelos

empresas têm uma responsabilidade social,

sapadores e eles imediatamente e em função

contactos que vou estabelecendo posso

é

uma

evidência,

não

posso

De coração | AGOSTO 2011

na


12 ENTREVISTA

afirmá-lo convictamente. Algumas pessoas

para podermos passar à fase seguinte dos

até olham para a fachada e verificam que o

projectos.

estado não é assim tão degradante, porque efectuámos aqui uma operação de lifting

Coimbra é uma cidade devidamente

e passámos um pó de arroz numa velha

protegida?

senhora de cento e vinte e dois anos. Mas

A cidade devia ter mais condições de

a parte interior está em péssimas condições,

segurança e protecção e não estou a

não temos espaço para as viaturas estarem

dramatizar

devidamente protegidas, as camaratas e

evolução significativa nos últimos anos com

locais de convívio apresentam-se bastante

um novo quartel de bombeiros sapadores,

degradadas. O nosso caso é excepcional

com uma aposta na preparação e nos

porque o que verificamos é que existiu uma

meios mas a verdade é que nos vivemos

renovação e uma enorme construção de

numa cidade que tem tido sorte no meio

quartéis por esse país fora, alguns até com

de tudo isto, porque se olharmos para a

condições excessivas.

parte histórica e para a baixa, verificamos

ou

exagerar.

Houve

uma

| Convite ao povo da cidade para visitar o quartel

que somos uma cidade com riscos imensos, E essa aposta passa pela renovação

porque temos ruas demasiado estreitas e

deste espaço ou colocam a possibilidade

com casas desabitadas, casas de comercio

de mudança de instalações?

com espaços superiores às lojas que são

No passado já se pensou em vender este

pequenos armazéns, portanto, temos uma

espaço a fim de canalizar esse dinheiro para

situação de risco muito intensa. Depois

um novo quartel dos bombeiros voluntários

na parte cultural encontramos espaços

na periferia da cidade, até existiram

fantásticos, tais como a Biblioteca Joanina, a

varias peripécias com terrenos cedidos,

Biblioteca Geral do Arquivo da Universidade

com primeiras pedras lançadas e futuras

de Coimbra, o Museu Machado de Castro,

localizações e com alguns protocolos pelo

os edifícios das Matemáticas, o Edifício

meio. Quando iniciei estas funções, uma

Chiado com espólios preciosos. Temos uma

das minhas primeiras preocupações era

carga brutal de estruturas públicas com um

a de saber se, tecnicamente, era viável

valor inestimável e temos a obrigação de

o quartel continuar aqui porque é essa

precaver eventuais acidentes nestes locais

a nossa vontade, sairmos da baixa seria

e de questionar a existência dos meios

uma traição aos nossos fundadores e

disponíveis e as formas de intervenção para

aos nossos parceiros e vizinhos, como os

fazer face a essas possíveis situações.

De coração | AGOSTO 2011

comerciantes e habitantes mais idosos que vivem aqui e para as empresas e serviços

A

característica

públicos. Agora temos é de torná-lo um

juntamente com os difíceis acessos

espaço de uma verdadeira corporação de

podia ser catastrófico…

bombeiros urbana, com uma componente

Um

marcadamente urbana e moderna e, se

características com os materiais envolventes,

possível, com um projecto arquitectónico

tem de ser devidamente planeado, porque

marcante, que se tornasse atractivo para

não se trata de um fogo florestal em que

a própria cidade. Esperamos uma opinião

se pode jogar com o vento e onde temos

fundamentada por parte de uma equipa de

muita experiência, até porque existem

arquitectos que contratámos, no sentido de

outros factores de risco como a canalização

saber o grau de viabilidade deste edifício

da água ou a parte eléctrica. Um dos

ataque

a

desses

um

edifícios,

incêndio

destas

| O primeiro cinema da cidade existiu no quartel dos bombeiros


| Algumas preciosidades históricas recuperadas por um técnico de arquivo

De coração | AGOSTO 2011

ENTREVISTA 13


14 ENTREVISTA

nossos objectivos para o próximo ano é

novas de risco, de dificuldades. Muitos

apostar na aquisição de uma viatura para

dos

intervenção rápida nas ruas estreitas da

lembranças que trazem dos locais onde

baixinha e que possa subir aquelas ruelas

foram combater incêndios, muitas das suas

tão estreitas. Queremos caminhar para

horas de conversa são sobre esses episódios

esse tipo de corporação com uma visão

que lhes ficam marcados. É um soldado

urbana que visa a preparação adequada

que tem um orgulho enorme nas suas

para incidentes que possam surgir no

pequenas vitórias, são indivíduos com uma

parque cultural e na baixa da cidade.

sensibilidade especial porque defendem os

bombeiros

coleccionam

pequenas

bens e a segurança dos outros e os seus Não sente que, pelo facto, dos bombeiros

inimigos são tudo aquilo que colocam essa

serem

defesa em causa.

voluntários,

exista

uma

imagem ligada a uma colectividade de solidariedade o que, economicamente,

Para ser bombeiro é preciso ter um

se torna danoso para a associação?

conjunto

Aquilo que torna difícil a vida da instituição

ou, por outro lado, uma capacidade

é garantir o normal funcionamento das

de aprendizagem para lidar com a

instalações,

protecção das pessoas e dos bens?

dos

equipamentos

e

das

de

interessante

características

verificar

viaturas porque é preciso renovar o parque

É

automóvel, é necessário ter equipamentos

componente

de ponta e apostar em equipamentos de

até nos próprios sapadores que fazem

protecção individual, que são materiais

concursos de recrutamento muito rigorosos.

muito dispendiosos e que se degradam com

É uma missão que se herda porque os

relativa facilidade. É uma estrutura que, em

filhos habituaram-se a acompanhar os pais

termos humanos é muito ligeira, porque

nos convívios ou nas festas de Natal dos

não nos obriga a grandes gastos mas exige

bombeiros. Também existem situações de

uma permanente atenção e actualização em

recrutamento em que aparecem trinta ou

relação aos equipamentos e às viaturas.

quarenta jovens e depois ficam uns dez

familiar

que

inatas

muito

| Algumas distinções da Associação, nas quais se destaca a do Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada

uma

marcante,

até ao final, porque ficam desiludidos e O que torna o bombeiro um soldado da

porque tinham uma visão muito ligeira do

paz?

peso que é ser bombeiro e não se querem

É inexplicável a dedicação e o gosto que

sujeitar a passar uma noite inteira a treinar

sentem a desempenhar a sua actividade, é

intensamente com extintores e com moto-

quase como explicar o porquê de sermos

serras e, como é obvio, também é necessária

adepto de um clube de futebol. As pessoas

uma boa condição física para se ter um bom

vêm à procura de uma certa realização

desempenho.

De coração | AGOSTO 2011

pessoal, de confraternização, de amizade, até de risco, de generosidade e, portanto,

Quais os desafios mais nobres que um

acaba por ser uma forma muito particular de

bombeiro pode alcançar?

estar na vida e que leva a que se goste deste

Não sendo bombeiro sinto-me da família e o

ambiente servindo os outros. Desempenha-

que posso dizer é que eles ficam realizados

se estas funções apenas por paixão, primeiro

através de uma pequena ou grande acção,

apaixonam-se por uma ideia ou determinada

às vezes é nas situações que aos olhos dos

imagem e depois apaixonam-se por aquilo

outros parecem residuais que eles se sentem

que fazem e por encontrarem situações

mais realizados, como ajudar um idoso que

| Filmes que foram passados no cinema do quartel


ENTREVISTA 15

está isolado em casa ou salvar um animal

existe um foco sobre o essencial e não no

que corre perigo de vida num incêndio. Dão

acessório e isso é uma lição com vários

autenticas lições de humanidade que eles

episódios diários.

só sabem expressar por actos e sem estar

| Diploma de sócio honorário

à espera que alguém lhe agradeça. E isso

No futuro, como gostaria de deixar esta

também pode ser um erro porque acabam

instituição?

por não reivindicar os seus direitos mas é

Ambicionamos ter uma solução definitiva

uma forma de estar muito interessante,

para o quartel. Um projecto aprovado e em

é um sentido de desprendimento e de

condições de ser lançado para uma obra

generosidade muito grande, nunca ouço

neste local, que seja benéfico para a cidade

lamentos naquilo que fazem.

e, se possível, com um lado arquitectónico interessante, que marque a historia de uma

O 11 de Setembro trouxe para os ecrãs

instituição tão nobre.

mundiais a imagem dos bombeiros O que tem dado e recebido da AHBVC?

modo como vemos os bombeiros foi

Tento

alterado com esse acontecimento?

conhecimentos

Muito sinceramente penso que não, desde

minha cidade aquilo que ela me deu.

sempre que as pessoas sentem uma grande

Não nasci aqui mas como disse Marguerite

consideração

porque

Yourcenar, somos da cidade, do espaço ou

reconhecem a sua importância. Penso que a

do sitio onde tivemos consciência de quem

mais sincera gratidão que tem existido para

somos e isso aconteceu comigo. Aceitei este

com os bombeiros são as várias sondagens

desafio do anterior presidente da Direcção,

e estudos em geral que consideram a sua

Dr. Fausto Garcia, no pressuposto de que a

actividade como a mais digna de confiança

cidade só tinha a ganhar com uns bombeiros

para os portugueses. O que pode ter

voluntários mais fortes e dinâmicos e que eu

surgido com esse acontecimento fatídico,

poderia ter alguma utilidade e dar algum

foi um reforço dessa ideia de herói de todos

contributo valioso. O que tenho recebido

os dias, em que são os primeiros a encarar

é bastante, sobretudo o contacto com

o perigo.

pessoas muito generosas, dotadas deste

pelos

bombeiros

dar

alguns adquiridos,

dos

meu

retribuir

à

espírito de desprendimento, de desinteresse Que lição ou lições tem tirado desta

material, com um sentido de missão, de

função?

servir os outros.

São sempre as pessoas mais simples e mais humildes as mais generosas a todos os níveis e numa sociedade cada vez mais

claudio_domingos@matobra.pt

egoísta e competitiva é uma lição que todos devemos enaltecer, reconhecer e até tentar compreender. É impressionante o

que

para

as

além

pessoas das

disponibilidade

suas com

conseguem profissões que

o

dar e

a

fazem.

Aqui vive-se com o mínimo dos mínimos, não há exigências de conforto ou de luxo, sem qualquer angústia de ostentação, aqui

De coração | AGOSTO 2011

| A estrutura do quartel em madeira, executada por um antigo membro da direcção

como uns heróis, em todo o mundo. O


16 ENTREVISTA

BREVES

O escritor que gostaria de ter sido Eça de Queirós Um livro de referência Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar A canção da sua vida What a wonderful world, do Louis Armstrong A cidade perfeita Coimbra Um local a visitar A Grande Muralha da China Uma personalidade que admira Nelson Mandela Um percurso exemplar de vida O dos meus pais Um provérbio, uma frase feita Eu não posso mudar a direcção do vento mas posso ajustar as velas

De coração | AGOSTO 2011

A notícia que quer ouvir Que o projecto do quartel foi aprovado


Coluna YnMax 565€ + IVA

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Viva o banho ao seu estilo


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18 COM ASSINATURA MATOBRA


COM ASSINATURA MATOBRA 19

Puramente clássico

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Alheios a tendências e flutuações de moda, os puristas do clássico continuam aí. Fiéis aos valores da tradição e do requinte, o passar dos anos não abala a firmeza das suas convicções: madeiras nobres, tonalidades sóbrias, tecidos sofisticados e preferência pelos lisos ou padrões discretos. Foi a pensar nos que procuram este tipo de ambientes que a equipa de decoração da Matobra se inspirou para esta proposta de quarto. A intemporalidade das peças justifica o maior investimento na qualidade dos materiais. O mobiliário em pau-ferro, com aplicações em níquel, segue uma linha neoclássica, que atribui maior contemporaneidade a esta escolha. Bege e preto dão o mote para este quarto, opções que valem por si só, mas que associam a vantagem de permitir a introdução de outras cores com facilidade. Os tons são sóbrios e, mais do que o impacto, é valorizada a harmonia e coerência da composição. Apostou-se nos lisos, com opções que misturam materiais com diferentes texturas e brilhos. Nas paredes, destaque para introdução de um papel que simula pele de cobra e para o contraste criado no nicho sobre a cama, a que a escolha do preto atribui maior profundidade. Nos tecidos, a combinação de chenille, cetim e pele ajuda a criar ritmo, acrescentando interesse visual. Os acessórios decorativos reforçam a paleta de cores e são peças escolhidas de forma criteriosa, impondo-se pela qualidade. É o caso das bolas e da jarra em madrepérola que são aqui elementos chave. marta_riotorto@matobra.pt


20 COM ASSINATURA MATOBRA

O Ambiente Cliper Na nossa exposição, vai encontrar escolhas surpreendentes para casas de banho com assinatura Matobra. O ambiente Cliper traz aos seus sentidos o conjunto de vários elementos que, na totalidade, inventam um espaço zen, feminino e envolvente. Nos cerâmicos, o Shamal Cinza 32x58,5 Rectificado, da Cliper, coloca todo o seu glamour na parede, com o semi-polido, e no chão, em pedra natural. Depois, a interacção perfeita com o bidé e a sanita You and Me, da Hátria, bem como a bancada wengué, com lavatório de vidro incorporado e espelho com moldura wengué, da Hac. O jogo de sedução não termina sem os pormenores que fazem deste espaço um local de conforto e de pura criação, com o surgimento da pastilha Gávea bege, da Ketch, a misturadora ao chão Deametrotrentacinque Ritmonio, da Grenos e o tapete Drop em cortiça, da Simple Forms. O manequim lembra a alma de mulher que deve estar presente em todas as decorações de interiores, porque não é de um espaço feminino que se trata, mas sim de um lado feminino presente num ambiente especial.

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claudio_domingos@matobra.pt


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22 COM ASSINATURA MATOBRA

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Clássicos de hoje Para muitos de nós, o preto continua a ser a cor de eleição. É especialmente procurado para a decoração de divisões que têm associada uma componente social, como uma sala, onde habitualmente se procura um ambiente mais sofisticado do que noutras zonas da casa, que não têm uma função de convívio com amigos e familiares, e onde, por esse motivo, o conforto é mais privilegiado. Neste caso, o desafio da equipa de decoração da Matobra dizia respeito a uma sala de jantar. O objectivo era uma decoração contemporânea, que não abdicasse de uma sobriedade que lhe garantisse ser uma opção estética para perdurar ao longo do tempo. Para a mesa, a escolha foi um modelo de vidro, com pé em madeira lacada a preto. Sendo uma peça mais leve, foi possível eleger umas cadeiras de costa alta, uma opção que exige alguma prudência. Por norma, devem ser combinadas com uma mesa mais depurada, para não resultar numa composição demasiado cheia, sobretudo quando se tratam de divisões com áreas limitadas. As cadeiras escolhidas são uma recriação de um modelo clássico que cria um contraste com as linhas mais estilizadas do aparador. Nesta peça, o preto é repetido e sintetizam-se os dois materiais escolhidos, pela madeira e vidro usado nas portas. Trata-se de um móvel com boa arrumação e que permite ter à mão os serviços a usar na refeição, facilitando as rotinas dos seus utilizadores. Para criar ritmo, mas mantendo um ambiente de suavidade, foi escolhido o bege para o papel que reveste a parede e o sofá incorporado na divisão. Havendo espaço disponível e porque no final da refeição é confortável saborear o café ou um digestivo em ambiente de maior descontracção, optou-se por incluir um modelo de 4 lugares, apoiado por uma mesa de centro para pousar um tabuleiro. marta_riotorto@matobra.pt


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24 COM ASSINATURA MATOBRA

Adapte, reutilize e multiplique a funcionalidade de cada peça

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Seja no emprego, na vida social ou familiar, na arte, na moda e na cultura o tempo é de mudança. Nunca como agora a nossa capacidade de adaptação foi tão posta à prova e a versatilidade tornou-se um valor fundamental. Também dentro de casa estes valores estão presentes. Seja porque uma nova oportunidade de trabalho exige uma mudança de residência, uma alteração no agregado familiar cria novas necessidades funcionais numa divisão ou, simplesmente, porque mudar a disposição do mobiliário é uma forma de renovar a decoração do ambiente, é importante que ao fazer uma compra saiba apostar na versatilidade das peças que escolhe. A melhor escolha será sempre aquela que, para além de se adaptar a diferentes funcionalidades, possa também ser incluída em diversas

variações de decoração. A consola aqui seleccionada é um bom exemplo de como uma mesma peça pode ser enquadrada em diversos ambientes e servir diferentes usos. Uma peça em inox tem a vantagem de ser facilmente conjugada com diferentes tipos e tonalidades de mobiliário e, neste caso, as linhas simples ampliam essa mais-valia. Quanto à funcionalidade, as possibilidades são múltiplas: na sala, para apoio a uma mesa de refeições; em zonas de passagem, como um hall ou corredor; num quarto como toucador ou secretária. Na Matobra, encontrará esta e outras peças, assim como os conselhos da nossa equipa de decoração que o ajudará a fazer a compra certa para a sua casa. marta_riotorto@matobra.pt


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26 IDEIAS E SOLUÇÕES

Listas de Casamento na Matobra Uma opção para toda a sua casa Na Matobra, tem a possibilidade de fazer uma lista de casamento

Através deste serviço e com uma palavra passe fornecida pelos

única.

noivos, os convidados têm a possibilidade de aceder online à lista de

Em vez de estar limitado a baixelas, pequenos electrodomésticos de

casamento, permitindo a consulta dos produtos, com descritivo de

cozinha e alguns acessórios decorativos, aqui dispõe de uma gama

características e respectivo preço.

de soluções para toda a sua casa, que permite aos noivos encontrar

A partir do momento em que um artigo é oferecido, será removido

aquilo que realmente lhes fará falta na sua nova vida em conjunto.

da lista, garantindo que não há duplicação de ofertas.

Na verdade, a gama de escolhas é tão vasta que rapidamente

Os noivos recebem periodicamente informação actualizada sobre

vai perceber a utilidade do nosso guia de compras. O colchão,

a sua lista, para que saibam exactamente o que já foi adquirido e

a cama ou outra peça de mobiliário para o quarto? A colcha ou

quem ofereceu o quê.

os cortinados? Uma poltrona para a sala ou a secretária para o

Como alternativa à oferta de um presente, os convidados poderão

escritório? Um bengaleiro para a sua entrada? A mesa de refeições

optar por oferecer um vale de compras Matobra.

ou cadeiras para a sua cozinha? Ou mesmo o lava-louças ou um

Os noivos beneficiam ainda de uma série de regalias exclusivas,

electrodoméstico? A pensar na sua casa de banho, um espelho,

como um serviço gratuito de entrega dos presentes e um vale

toalheiro, aquecedor de toalhas ou balança?

de compras com valor proporcional ao volume total de compras

As opções multiplicam-se à medida das suas necessidades e das

efectuadas, a descontar pelos recém-casados no prazo de um ano.

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funcionalidades pretendidas para todas as divisões da casa.

marta_riotorto@matobra.pt


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IDEIAS E SOLUÇÕES 27


28 IDEIAS E SOLUÇÕES

Franke propõe escorredor de louça multi-usos É uma peça multi-funcional que é, em simultâneo, um escorredor para a louça, uma base para tachos e até um prático suporte para lavar os alimentos em água corrente. É um utensílio extremamente versátil que o vai apoiar desde o início da confecção até ao fim da sua refeição. Primeiro, para lavar os alimentos que irá cozinhar, colocando o suporte directamente por baixo da torneira, depois como base para os tachos ainda quentes e por fim, para deixar a louça lavada a escorrer. Especialmente útil para quando a bancada de apoio ao lava-louças é totalmente lisa, o que é frequente nos modelos de cozinha mais recentes, é uma solução eficaz e elegante, sem o impacto visual dos escorredores de louça comuns, habitualmente demasiado volumosos e por isso mesmo, difíceis de guardar num armário quando não estão a ser utilizados. Em aço inox, tem a vantagem adicional de ter uma estrutura articulada, permitindo transformá-lo num rolo compacto, que o torna extremamente fácil de arrumar.

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marta_riotorto@matobra.pt


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IDEIAS E SOLUÇÕES 29


30 IDEIAS E SOLUÇÕES

Espelho meu, espelho meu… Se é uma remodelação que está a levar a cabo ou apenas o rejuvenescimento do seu espaço interior, então deverá saber que no Mercado Popular, o outlet da Matobra, existem espelhos de grande qualidade, que o vão surpreender, tanto no design como no preço. Os espelhos dão espaço ao espaço que parece não existir e trazem luz às divisões que necessitam dela. Olhar um espelho é procurar no interior os seus segredos e é essa busca que sugerimos que faça, ao levar um artigo tão original e tão reconfortante ao mesmo tempo. Ver para crer ou ver para querer. claudio_domingos@matobra.pt

De coração | AGOSTO 2011

a partir de 54.00€


Sujeito ao stock existente Aos preços indicados acresce IVA à taxa em vigor

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IDEIAS E SOLUÇÕES 31


32 ENTREVISTA

De coração | AGOSTO 2011

“Falta voz às empresas construtoras” A Venecasa Construções é uma empresa familiar que não abdica de se desenvolver na zona que a viu nascer. Foi Bertolino Santos que falou à revista “De Coração” mas é juntamente com os irmãos, César Santos e Manuel Augusto Santos, que faz da empresa um dos melhores cartões de visita no mercado de construção da Gafanha da Nazaré, de Ílhavo, Vagos e Aveiro. Em conjunto, admitem que a cidade de Aveiro passou uma longa travessia no deserto, esquecida no tempo, mas conseguiu um lugar de destaque fruto de um poder conquistado pelas próprias mãos. A qualidade dos materiais, a aposta constante no design e técnicas de construção, para lá da enorme experiência que têm no sector são marcas vincadas nos genes da empresa. Acreditam no mercado da requalificação para o bem das empresas, do sector e do próprio país, assim quem decida coloque esta como uma das grandes prioridades nacionais.


ENTREVISTA 33

Lembra-se de quando tomou a decisão de avançar com a abertura da empresa? Nessa altura já estávamos no mercado com a outra empresa do grupo e devido à expansão no volume de mercado, depois de uma recessão, resolvemos lançar uma nova firma, apostando em novos desafios numa zona estratégica de praias e muito ligada ao sector marítimo, especializada na pesca do bacalhau e onde chegavam pessoas de muitos locais do país para trabalhar. Verificava-se uma escassez de casas, de modo que estavam reunidas as condições para apostar na criação de uma construtora. Estamos a falar de uma empresa marcadamente familiar? A empresa é composta por três sócios, que também são irmãos: Bertolino Santos, César Santos e Manuel Augusto Santos. Podemos dizer que estamos numa segunda fase de experiência no sector, já que estamos juntos há cerca de vinte e cinco anos mas fazemos parte deste mercado há trinta e cinco anos. O que é que a Venecasa trouxe ao mercado de Aveiro? Verificamos que existe um enorme desenvolvimento desde que nos implementámos na Gafanha da Nazaré, que

era uma pequena freguesia. Lembro-me, por exemplo, que nesta rua principal onde estamos sedeados só existia um ou dois prédios e, actualmente, assistimos a um numero de edifícios comerciais e de habitação muito marcante, numa cidade desenvolvida e não tenho duvidas que a Venecasa tem uma enorme quota de responsabilidade neste campo porque, na sua maioria, fomos nós que os desenvolvemos. O que distingue a Venecasa das muitas outras construtoras nesta zona, qual é a vossa especialidade? Para fazermos parte do mercado é preciso estar muito adaptado aos altos níveis de exigência por parte dos compradores, muitas vezes, as suas escolhas já estão tomadas antes de visitar a obra, tal a informação que absorveram. Existe, da nossa parte, uma tentativa constante em acompanhar a evolução deste sector e das suas regras, daí que temos a obrigação de apostar no desenvolvimento das técnicas de construção e em materiais de elevada qualidade e colocando cada vez mais importância no design, na modernidade e na funcionalidade dos nossos empreendimentos, o que se traduz num produto acabado de excelência. Por todos estes factores apostámos numa colaboração constante de um gabinete técnico que nos presta um grande serviço em todas estas matérias, para lá do conhecimento do historial da empresa que transmite a confiança necessária aos clientes. Pela vossa experiência como caracterizam o actual mercado de construção civil, no país? O mercado esta a atravessar uma fase muito difícil, notamos que a construção civil está em forte recessão dadas as conjunturas económicas actuais, nomeadamente com

a falta de condições de investimento neste sector. Por outro lado, a falta de incentivos no desenvolvimento das pequenas e medias empresas gerou desemprego e sem ordenado não se avança para a aquisição de um imóvel. Porque é que existem tantas empresas de construção na cidade de Aveiro? Os aveirenses foram os portugueses que mais emigraram para o exterior, mais especificamente para países como o Brasil, Venezuela, França, Alemanha e outros países da Europa e América Latina, daí que exista sempre um tempo de regresso, o que fez que muitas pessoas que trabalhavam no sector da construção se implementassem, ora com a criação de empresas, ora como pequenos empreiteiros, aproveitando a experiência que traziam. Mas verifica-se que, muitos dos que estão no mercado, são mais empresários do que profissionais de construção civil, embora já tenham existido mais volume de empresas do que actualmente. A cidade é uma mais valia para se viver e para se construir? Se analisarmos todo o envolvimento e as suas potencialidades podemos afirmar que a cidade foi marginalizada, ao nível do poder central, durante os anos setenta, em que foi absorvida por Coimbra, por ser considerada uma zona privilegiada e uma cidade universitária. De algum tempo a esta parte, Aveiro tem vindo a recuperar a sua posição de destaque porque as nossas condições são excelentes a nível industrial, temos uma actividade turística muito intensa, com uma localização de praias de grande qualidade e tem sido à sua custa que cidade é olhada de forma diferente. Hoje já temos uma cidade universitária de grande importância, com provas dadas no país e na Europa, dado a

De coração | AGOSTO 2011

Para início de conversa pode fazer uma breve apresentação da Venecasa? Somos uma empresa que tem a sua actividade na construção, seja de raiz ou na reparação de prédios. Trabalhamos também na mediação imobiliária mas com outra empresa do grupo, a César & Gonçalves. A Venecasa surge, em 1993, actuando especificamente no mercado de Aveiro, Albergaria, Praia da Barra, Gafanha da Nazaré, Ílhavo, Vagos e toda esta zona envolvente, desde então devemos ter um historial de cerca de meia centena de obras.


34 ENTREVISTA

aposta num ensino inovador, prático e de grande qualidade, com reais mais valias para as empresas da zona. Para além de um factor de grande relevância, que é a existência da taxa de desemprego mais baixa do país, o que é um privilégio. Durante a vivência da empresa houve alguma mudança de estratégia desde o seu início? As empresas que querem continuar num mercado tão difícil quanto este têm de criar os seus próprios mecanismos de actualização constante. Ao longo destes anos, vamos fazendo diferentes apostas consoante as regras do mercado, ora na construção em altura, numa estratégia mais comercial, nos apartamentos e lojas, ora numa estratégia com outro tipo de enquadramento, em vivendas e moradias para clientes específicos. Para além desta região central têm feito trabalhos noutras cidades? Começámos há muitos anos nesta zona e com uma intensidade bastante grande. Chegámos a construir cerca de cem casas em simultâneo, o que fez com que não tivéssemos a oportunidade de trabalhar noutras zonas do país. Mas foi também uma opção nossa, a de desenvolvermos a empresa à volta do meio em seu redor. Devo dizer que essa hipótese continua a não se colocar mas ,mais facilmente apostávamos no mercado externo do que no mercado nacional, dada a postura económica do país.

De coração | AGOSTO 2011

Sente que ainda existem diferenças nos preços das casas de Aveiro para Coimbra? Se formos analisar os centros urbanos das duas cidades ainda existe uma enorme discrepância nessa matéria, é uma questão factual que Coimbra tem valores mais

elevados porque talvez se tenha criado uma imagem diferente em termos de excelência e de estatuto, por ser uma cidade universitária e de uma zona privilegiada. Qual é a importância na escolha dos materiais para a Venecasa? O cliente actual quando visita uma obra já tem um nível de conhecimento muito elevado, conhece grande parte dos materiais disponíveis no mercado, tanto nas louças sanitárias, como nas madeiras e acabamentos, assim como nos pavimentos e revestimentos, na estrutura eléctrica e energética, ou seja, vai ver uma obra para verificar a qualidade dos materiais, já é muito difícil surpreender os clientes porque eles já levam as expectativas elevadas, daí a necessidade de as empresas se adaptarem a esse grau de exigência porque actualmente o importante é a qualidade e não a quantidade. O que receia mais no actual estado da economia? As notícias que nos chegam diariamente são assustadoras e não tem existido uma política que possa despertar o poder de compra, principalmente para os bens essenciais, como a habitação, alimentação, transportes. Depois existe uma realidade que nos trouxe um paradigma totalmente diferente do que nos incutiram nos últimos anos, que é o facto da banca se ter fechado ao mercado e às famílias, isso faz com que tenhamos problemas porque, por um lado, não promovem a economia das empresas e do país e, por outro lado, apresentam-se como um forte concorrente no mercado imobiliário, através dos leilões que nos obrigam a ter margens apertadas nas vendas, devido a uma fraca procura. É necessário uma abertura política e no sector bancário para que as famílias e as empresas

sintam que têm a possibilidade de encarar os seus problemas com responsabilidade e alguma segurança. Como é que as empresas se devem organizar para combater este estado? A carga de impostos está a atrofiar as empresas bem como as taxas camarárias para a construção de empreendimentos, o que encareçe muito o custo da obra. Talvez a criação de uma associação que representasse todas as empresas construtoras fosse importante nesta altura, para que tivéssemos uma voz mais forte e para que se fomentasse, de verdade, a competitividade da industria nacional. Mas essa associação já existe?... Parece que sim mas não oiço falar na Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas (AECOP) há muito tempo, ainda para mais num momento em que o sector da construção perdeu cerca de cento e cinquenta mil funcionários e, no mínimo, é estranho ninguém se pronunciar. A mensagem que passa é que é uma associação totalmente acomodada com a grave situação económica do país e isso não defende os nossos interesses. O comportamento dos clientes tem-se alterado com esta crise? Sinto uma preocupação por um preço mais acessível mas nunca descurando a qualidade porque a desvalorização de um imóvel tem tudo a ver com falta de excelência nos materiais escolhidos pelo construtor. O cliente quando se desloca ao nosso escritório já sabe que pode comprar, ainda para mais neste momento, e tenta garantir o seu investimento no equilíbrio dos factores preço e qualidade. O mercado de reconstrução na cidade


César Santos | Bertolino Santos

De coração | AGOSTO 2011

ENTREVISTA 35


36 ENTREVISTA

de Aveiro tem sido uma aposta? Penso que não tem sido uma das apostas, mas é um mercado que tem de surgir em pujança como aconteceu no resto da Europa. A verdade é que os nossos centros urbanos e o nosso parque de habitação estão bastante degradados e a requalificação é tão importante quanto necessária porque temos de tornar as nossas zonas históricas mais competitivas, mais atractivas e mais visitadas pelos turistas e para o próprio enriquecimento das cidades e população envolvente. Espero que as nossas politicas, quer pelo poder central ou local, de facto decidam apostar nesta área, porque é um dever e um direito. Penso que até já existiu essa vontade no governo de Pedro Santana Lopes mas depois disso e até hoje… O que acontece, na prática, é que nessas zonas existe um edifício degradado com cerca de dez ou quinze inquilinos e que mal pagam renda, pelo que o senhorio não tem qualquer possibilidade de suportar esses custos porque não tem rendimentos para isso. Construir de novo apresenta-se cada vez mais difícil, as empresas são obrigadas a criar novos mercados. Isso é positivo ou atrofia ainda mais o próprio mercado? As empresas têm duas opções: ou abrandam o seu ritmo e vão construindo consoante aquilo que o mercado permita ou então dedicam-se a outro tipo de construção, como a requalificação das zonas mais degradadas e antigas, daí que vejo este mercado como um dos aspectos fundamentais de investimento no sector.

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Como espera que a Venecasa se vá comportar nos próximos anos? Temos de analisar como é que o mercado vai reagir a esta intervenção da Troika, em Portugal e, mediante isso, tentar tomar as

medidas necessárias. Se o sector abrir novos horizontes e outras perspectivas de se voltar a apostar na construção, então vamos tentar manter o nosso ritmo de trabalho, caso contrario, teremos de ponderar muito bem as situações porque não queremos aumentar o stock de casas do país sem ser uma mais valia para a própria economia. Mas é importante termos uma visão optimista, talvez esta fase de mudança do governo possa favorecer a economia do país, aliado a uma aposta constante no trabalho de qualidade, numa mentalidade inovadora por parte das empresas.

fazer. O trabalho constante e uma gestão capaz definem o sucesso das empresas. Gosto muito do que faço porque estamos em constante aprendizagem, os produtos mudam constantemente, as construções são cada vez mais inovadoras, é um mercado camaleónico. Temos que tentar perceber o tipo de produto que o cliente procura, porque neste mercado de preço médio em que trabalhamos existe uma quantidade enorme de imóveis.

Que características deve ter um empresário de construção civil, hoje em dia? Tem que ser uma pessoa determinada mas cautelosa, com uma visão alargada do mercado e que aposte num produto original, inovador e de grande qualidade para que possa surpreender e cativar novos clientes.

claudio_domingos@matobra.pt

Existem empresários desses no país?... As empresas de construção civil têm vindo a diminuir, mas verifico que temos excelentes empresários neste sector, não só no país como em toda a Europa. São empresas com provas dadas e que têm grande procura por grupos de construção de grande dimensão, o que diz bem da sua capacidade criativa e de uma gestão rigorosa e eficiente. Que lição de vida tem retirado da empresa? Não há nada definido nem terminado nas empresas, porque têm os seus altos e baixos, temos é de estar atentos para tirar as devidas lições, a fim de tomar as medidas necessárias. É preciso lutar contra as ideias fixas e ter uma mentalidade aberta porque, muitas vezes, a solução é o que nunca tínhamos pensado


ENTREVISTA 37

BREVES Uma refeição dos deuses Cabrito assado Um vinho de eleição Quinta do Carvalho, da região do Dão Um autor que aprecie José Rodrigues dos Santos Uma voz que o emocione Mariza Uma personalidade que o marcou Aníbal Cavaco Silva A viagem da sua vida Índia

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Uma notícia que quer ouvir A retoma económica


38 ESTILUS

O novo lava-louças da Rodi A Rodi continua a sua busca por nos dar o melhor aço inoxidável em forma de lava-louças, fruto da sua liderança de mercado e da sua experiência ao longo de cinquenta anos. Com os novos estilos de vida, a cozinha tornou-se na principal divisão da casa e factores como a versatilidade, funcionalidade e ergonomia, tornaram o lava-louças o equipamento mais utilizado pela importância de servir os outros. Desta vez, a marca apresenta a solução Box Lux de linhas contemporâneas e minimalistas que se apresentam reforçadas com novas configurações, disponíveis em diversas formas de aplicação. A preocupação da Rodi é que todas as soluções possuam um conjunto de acessórios, tais como uma gama completa de misturadoras de elevada qualidade, um doseador de detergente ou uma válvula automática. Para que ajudem e facilitem as suas tarefas diárias e para que despenda o menor tempo possível com o maior prazer alcançado. A escolha ideal para si, à distância de uma visita à exposição da Matobra.

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claudio_domingos@matobra.pt


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40 ESTILUS

Porque o seu espaço é precioso, multiplique-o com Duravit, OpenSpace Uma cabine de duche é uma peça de funcionalidade inegável, que facilita em muito as rotinas de higiene diárias. Porém, considerando as áreas reduzidas de grande parte das casas de banho, comporta uma desvantagem considerável – o espaço ocupado. A Duravit propõe uma solução que altera o que até agora era inquestionável, com um sistema que permite transformar uma cabine de duche numa peça para usar e “arrumar” quando não está a ser necessária, possibilitando a reutilização deste espaço. O conceito desenvolvido em OpenSpace é surpreendente simples, mas igualmente eficaz: trata-se de uma cabine de canto, assente numa grande moldura em cromado brilhante, onde os dois painéis em vidro que criam o efeito “caixa” correm facilmente até ficarem completamente encostados à parede. A torneira e eventuais acessórios de duche ficam protegidos por um dos painéis e a casa de banho torna-se, desta forma, visivelmente maior, sensação que pode ainda ser ampliada optando por um painel em vidro espelhado.

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marta_riotorto@matobra.pt


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42 ESTILUS

Ariane Teca FUNCIONALIDADE XL PARA COZINHAS DE TAMANHO S Na maioria das casas, potenciar o aproveitamento do espaço é uma necessidade. Sobretudo numa divisão como a cozinha, de uso intensivo para as famílias e com um grande volume de utensílios para organizar, conseguir a máxima capacidade e funcionalidade, numa área que é muitas vezes mínima, é fundamental. A Ariane Teca, da Santos, é um modelo especialmente concebido em função da optimização do espaço. Pensada para áreas limitadas, propõe soluções que ajudam a tirar o máximo proveito de cada centímetro disponível. Os móveis de 81 cm de altura, equipados com gavetas de 65 cm de profundidade, aumentam a capacidade de arrumação. Também a altura do rodapé é reduzida para 9 cm, cedendo espaço a favor do móvel. A acessibilidade e a comodidade são também elementos fundamentais. E, mais uma vez, são os detalhes que fazem a diferença. O tampo dos móveis, com 72,5 cm de profundidade, amplia a superfície de trabalho. As prateleiras de tubo de aço permitem suportar grandes pesos, ao mesmo tempo que garantem um fácil acesso, tornando-se especialmente úteis para os objectos de uso diário. Destaque ainda para o móvel do lava-louça, que incorpora os contentores do lixo no gavetão superior, uma opção que garante maior

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comodidade ao utilizador na eliminação de desperdícios.

marta_riotorto@matobra.pt


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MOOD é a nova madeira da Recer. Uma linha de cerâmica que recria o que de melhor a Floresta nos oferece, a madeira.


ENTREVISTA 47

A marca que veio para marcar

A Lusomapei é a empresa que, em Portugal, coloca uma das marcas mais prestigiantes do planeta no mercado dos impermeabilizantes e produtos químicos para o sector da construção civil. Mário Jordão está na empresa desde o seu início e tem absorvido a filosofia da Mapei, colocando-a ao dispor dos seus clientes, desde o principio da obra até à sua finalização. O seu carácter objectivo e a tendência para descomplicar o que parece complicado, fazem deste director geral um profissional capaz, no sentido de termos um país desejado pelos grandes interesses económicos. Conheça a empresa, o grupo e a marca pela voz de quem a sente.

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descomplexado, que não se resigna ao país onde actua e que está ao dispor para que surja um mercado mais dinâmico e


48 ENTREVISTA

É possível fazer um resumo da história

e às condições climatéricas, no entanto,

tipologia de produtos e no respeito pelo

do grupo Mapei?

também existem produtos, no mercado

ambiente?

Fundada em Milão, em 1937, a Mapei é

português, que são comercializados em

A MAPEI investe anualmente 5% das suas

hoje um dos maiores produtores mundiais

todo o mundo.

receitas e canaliza 12% da sua força de

de adesivos, impermeabilizantes e produtos

trabalho para a investigação científica.

químicos para a construção civil. Nos anos

Qual é a filosofia comercial que a

Em particular, 70% deste valor é dirigido

sessenta, a empresa iniciou a sua estratégia

empresa coloca no nosso mercado?

ao desenvolvimento de produtos eco-

de internacionalização, de forma a poder

Para a maior parte das famílias de produtos,

sustentáveis, que respeitam o ambiente

estar mais perto das exigências locais e

a Mapei aposta claramente na parceria

e a saúde dos utilizadores. Para além

reduzir os custos de transporte. Em 2010,

com distribuidores, filosofia que segue

dos cinquenta e oito laboratórios de

o total facturado atingiu 1,9 mil milhões de

desde 2006. Investimos muito com os

controlo de qualidade, um em cada

euros.

nossos parceiros na eficiência da relação,

fábrica. O grupo soma ainda dez centros

maximizando a utilização dos recursos

de pesquisa e desenvolvimento em países

A empresa foi fundada, em 1937 e aos

de marketing e de assistência técnica, na

como Itália, Canadá, Estados Unidos da

poucos tem alargado o seu raio de acção

formação dos colaboradores e na inovação

América, Noruega, Alemanha e França,

num mercado global. Em que mercados

constante da gama dos próprios produtos.

mais precisamente nas cidades de Milão,

está presente a Mapei?

Para

específicos

Villadossola, Treviso, Laval, Deerfield Beach,

Actualmente, o grupo industrial é composto

desenvolvemos parcerias com aplicadores

Winterhaven, Dalton, Sagstua, Wiesbaden e

por sessenta e três empresas associadas

especializados, mas mantemos sempre esta

Toulose

com cinquenta e oito fábricas que operam

política porque fazemos questão de estar

nos cinco continentes no total de vinte e

presentes em muitos cenários, com variados

Em

sete países. Além disso, a MAPEI tem vindo

produtos, mas com o mesmo espírito.

podemos esperar surpresas por parte

alguns

produtos

às

novas

tecnologias,

da marca?

a desenvolver e a apostar na formação de uma rede de técnicos e comerciais em

Qual a estratégia para os próximos

O

diversos países do mundo, disponibilizando

anos?

compromisso que a Mapei tem, desde

um

assistência

Continuar o investimento na formação,

sempre, com o meio ambiente e com o ser

técnica e apoio nas obras, factores que

maximizar a presença da Mapei em obra,

humano e isso reflecte-se e estende-se às

são

desde o seu momento inicial e com toda

nossas fábricas, na obtenção de melhores

a nossa gama de produtos, com a nossa

produtos e processos, minimizando os

equipa e a dos nossos parceiros, até

resíduos e maximizando a utilização de

Porquê a aposta da Mapei no mercado

estar finalizada. Estarmos próximos dos

material reciclado. Além disso, as actividades

Português?

distribuidores e aplicadores e responder

da nossa investigação e desenvolvimento,

Estamos no mercado português há cerca de

em conjunto ao momento de crise actual,

focalizam-se na formulação de produtos

vinte anos e, obviamente, que Portugal é um

não acreditando numa solução divina para

e sistemas eco-sustentáveis, que prevêem

destino onde naturalmente a Mapei sempre

a crise no sector, teremos de responder

a

desejou estar. Antes de instalarmos a sede,

juntos com perseverança, motivação e

ou poluidores. A Mapei orgulha-se de

já se comercializavam produtos Mapei em

diversificação dos serviços prestados. Para

desenvolver

Portugal, através de diversos intermediários.

ultrapassar esta recessão, contamos com

respeitam o meio ambiente e de propor

novas medidas por parte do poder local e

mais de cento e cinquenta produtos que

A tipologia de produtos, em Portugal,

central, para que finalmente seja assumida

respeitam os requisitos definidos pelo LEED

obedece a alguma especificidade do

uma aposta sustentada na reabilitação e

(Leadership in Energy and Environmental

mercado?

requalificação urbana.

Design), oferecendo a gama mais alargada

excelente

serviço

particularmente

de

apreciados

pelos

projectistas e aplicadores

De coração | AGOSTO 2011

relação

Dentro da ampla gama de produtos,

desenvolvimento

eliminação

de

tecnológico

materiais

soluções

é

o

solventes

inovadoras

que

de produtos que são amigos do ambiente

seleccionamos alguns que se adaptam

Sei que existe uma enorme aposta na

e dos utilizadores. Num período em que

melhor ao mix de produtos tradicionais dos

investigação científica, por parte do

a construção nova apresenta sinais de

clientes, às práticas do sector da construção

grupo. Como é que isso se reflecte na

crise, a aposta do grupo é também nos


De coração | AGOSTO 2011

ENTREVISTA 49


50 ENTREVISTA

produtos para a remodelação do património

Como é que a empresa encara o factor

economia global, esse factor ainda mais

arquitectónico das cidades porque temos

concorrência num mercado limitado

obriga a estarmos de olhos bem abertos e

uma enorme experiência nesta área, com

pela dimensão?

com uma atenção redobrada. Provou-se que

provas dadas na participação constante na

Procuramos no exterior uma janela de

“culpar o sistema” não funcionou para os

requalificação do património arquitectónico

oportunidade

território,

portugueses e que esta lição nos motive a

de Roma, Florença, Veneza, entre outras.

tentamos aproveitar todos os nichos de

que cada um faça o que sabe e pode fazer,

mercado, mantendo a nossa filosofia mas

aprendendo de forma continua, evitando

O nosso mercado tem correspondido às

é uma conjuntura de grande agitação e é

posturas de treinador de bancada porque

expectativas do grupo?

preciso encará-la com algum estoicismo.

verifica-se que existe uma postura diferente,

e

no

nosso

O mercado português tem um mix de

por parte dos nossos trabalhadores, no

produtos aquém do norte da Europa, ainda

A nova realidade do país em que teve

exterior, onde demos provas mais do que

existem restrições de cariz orçamental e

de pedir ajuda ao exterior, assusta as

suficientes das nossas capacidades.

que são próprios da cultura e economia

empresas estrangeiras que estão, em

portuguesas mas os diversos agentes têm

Portugal?

correspondido aos nossos estímulos de

Obviamente que sim e assusta também os

Estando presente em tantos mercados

mudança. Preocupamo-nos em escrever o

agentes económicos que poderiam investir

diferentes como é que a Mapei encara o

futuro com os nossos parceiros, melhorando

em Portugal e não o fazem num momento

actual momento?

a qualidade das soluções utilizadas e,

destes, assim o prova o número de obras

Como empresa global e digna de uma

naturalmente, o resultado das aplicações.

suspenso e o volume de investimentos

história tão extensa, verificamos que existem

imobiliários que não avançaram. Também

períodos de crise em determinados locais e

Como classifica o mercado português

assusta

económico

momentos de expansão noutros destinos,

nesta área de negócio?

português, bem como os cidadãos que

no entanto, o grupo não poderá estar alheio

O cidadão e o consumidor final apercebem-

poderiam investir e não o fazem, teremos

à situação mundial actual, que carece de

se da necessidade de melhoria nesta área

de transformar este susto numa atitude de

uma atenção redobrada.

de negócios porque a construção civil é um

dinamismo e coragem.

o

próprio

tecido

A política da empresa confunde-se com

sector que serve de motor para um país, daí a importância de se fazer bem as coisas e em

Acredita que Portugal vai conseguir

a personalidade do seu director geral?

tempo record, pois torna-se rentável para

estruturar-se e colocar-se como um país

Foi evidente que a liderança e carisma

todos e melhora a imagem de eficiência do

forte e de grande interesse para os

do presidente do grupo e do núcleo da

próprio país. Portugal, está a mudar os seus

grupos económicos?

organização provocaram uma adaptação

hábitos de consumo e todos nós teremos

Teremos que fazer uma introspecção e

positiva, tenho vivido anos muito intensos

de continuar a apostar com perseverança e

determinar se queremos mesmo vencer a

e uma experiência positiva. A personalidade

motivação porque é nesta situação de crise

situação actual, depois aplicar as medidas

tem vindo a fundir-se com a filosofia do

que teremos de aproveitar o momento para

necessárias para conquistar a confiança

grupo, procurando absorver e passar para a

poderemos dar este salto qualitativo que é

dos investidores. Mas ultrapassar esta

equipa, a cultura de empresa.

necessário, ou podemos ficar de fora.

fase

depende

maioritariamente

da

capacidade dos portugueses em aumentar Sente, no mercado nacional, uma forte

a sua produtividade, com autoconfiança,

concorrência neste sector?

com melhores qualificações, com mais

A capacidade produtiva do sector é muito

perseverança e com muito trabalho de

superior à procura e o resultado é uma

todos os cidadãos.

De coração | AGOSTO 2011

concorrência feroz com políticas comerciais pouco sustentadas e de curto prazo. O

Que lição é que devíamos aprender com

equilíbrio financeiro das empresas deveriam

estas crises constantes e globais que

pressupor um reajuste na oferta e nas

colocam o nosso futuro em perigo?

medidas de gestão nesta matéria.

Nós somos um pequeno país e, numa

claudio_domingos@matobra.pt


ENTREVISTA 51

BREVES Uma viagem que não esquece País Basco Um vinho dos deuses Pontual reserva 2004 Uma voz que o embala O mar Uma ementa Cozinha portuguesa e mediterrânea Um professor de vida Tantos

De coração | AGOSTO 2011

A notícia que gostaria de ouvir Que Portugal está no Top 5 mundial em qualidade de vida


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54 GALERIA MATOBRA

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De coração | AGOSTO 2011

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