Vitrine da Conjuntura - v.9, n. 4, junho 2016

Page 1

EDITORIAL

O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário apresenta o periódico eletrônico mensal Vitrine da Conjuntura, relativo a junho de 2016, com quatro textos, englobando temas da economia brasileira, além das partes fixas do Panorama Econômico e dos Indicadores. O primeiro artigo interpreta, de forma breve, os resultados do produto interno bruto (PIB) do País, do primeiro trimestre de 2016, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstrando o tamanho do buraco recessivo. O segundo texto, descreve os detalhes da proposta econômica do governo interino de Michel Temer. Já, a terceira reflexão avalia a elevação e disseminação do desemprego pelas regiões brasileiras. Por fim, a quarta incursão destaca os componentes explicativos dos elevados e ineficientes gastos públicos na nação.

Ótima leitura. Gilmar Mendes Lourenço Editor

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 1


EQUIPE TÉCNICA

Carlos Ilton Cleto Economista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor da FAE.

Gilmar Mendes Lourenço Economista, mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da FAE, eleito “O Economista Paranaense Acadêmico do Ano de 2011”, pelo Corecon/PR, e vencedor do Prêmio “Imprensa”, em 2011, 2012, 2013 e 2014, na categoria gestor de empresa pública, oferecidos pelo grupo Quality TV & Jornais.

Gustavo Nunes Mourão Economista, mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá e professor da FAE.

Vitrine da Conjuntura, Curit iba, v. 9, n. 4, junho 2016


DOIS ANOS DE RECESSÃO ECONÔMICA NO BRASIL Gilmar Mendes Lourenço

As estatísticas do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, ao registrar recuo de -5,4% do produto interno bruto (PIB), no intervalo janeiro-março de 2016, frente a igual período de 2015, a economia brasileira está mergulhada, por dois anos, ininterruptos, em uma profunda recessão, avaliada como a maior e mais prolongada da história. Por uma observação setorial percebe-se que a queda foi determinada pela performance desfavorável da indústria (-7,3%). Afinal, a recessão constitui um fenômeno tipicamente industrial, espraiando-se pelos demais segmentos do aparelho de produção e de negócios, por intermédio dos desdobramentos multiplicadores para frente e para trás. A agropecuária e os serviços retrocederam -3,7% e o comércio -10,7%. O comportamento negativo do complexo de transformação foi puxado pela produção de bens de capital (-28,9%) e de consumo duráveis (-29,3%), reflexo, respectivamente, do enfraquecimento do investimento - plantas fabris, estabelecimentos comerciais e de serviços, obras de infraestrutura, etc. – devido à deterioração da confiança no futuro, e da conjugação entre escassez e encarecimento do crédito e encurtamento da renda das famílias, por conta da impulsão do endividamento, desemprego e inflação. A retração constatada em bens intermediários (-10,3%) pode ser imputada à contração da demanda dos segmentos da ponta (capital e duráveis), à diminuição da demanda externa, com a perda de embalo da China, e à paralisação ou redução das inversões e da produção em algumas cadeias produtivas, com várias empresas envolvidas direta e indiretamente nos escândalos da operação Lava Jato. A piora em não duráveis (-4,5%) e semiduráveis de consumo, os chamados bens salário, repousa na contração da massa de rendimentos das famílias, associada à subida do desemprego (junto com o receio de perda o posto de trabalho), e a descida dos salários, cujo poder de compra vem sendo comprimido drasticamente pela resistência da espiral de preços. Pela ótica da demanda agregada, as quedas mais intensas ocorreram nas importações (-21,7%) e na formação bruta de capital fixo (-17,5%), traduzindo a compressão do consumo e do investimento. A taxa de investimento regrediu para 16,9% do PIB, o pior nível desde 2003. Os gastos de consumo da administração pública e das famílias caíram -1,4% e -6,3%, exprimindo as limitações financeiras do governo e a pauperização do mercado de ocupações, respectivamente. Aliás, as informações do comportamento do mercado de trabalho brasileiro, levantadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, relativas ao trimestre móvel fevereiro -março-abril de 2016, mostram que a taxa de desemprego atingiu 11,2% da população economicamente ativa (PEA), a maior da história, contra 8,0% da PEA, no mesmo trimestre de 2015. Haveria 11,4 milhões de pessoas sem emprego e procurando trabalho no País e aqueles que ainda possuem ocupação auferiram rendimento médio -3,3% inferior ao obtido entre fevereiro e abril de 2015. A exceção ao panorama caótico brotou das exportações que cresceram 13,0%, em virtude, fundamentalmente, da ampliação dos fluxos de renda decorrente dos efeitos da desvalorização do real. No indicador acumulado em doze meses, a variação do PIB foi de -4,7%, a maior da série disponibilizada pelo IBGE, nesta base de cotejo, superando até o decréscimo de -4,35% apurado em 1990, ocasião da vultosa retenção de somas das aplicações em ativos financeiros, promovida pelo governo Collor, em uma tentativa frustrada de eliminação da hiperinflação.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 1


Um exame atento dos indicadores da trajetória

Em síntese, um exame atento dos indicadores da trajetória recente do PIB do País permite avaliar o preço pago pela sociedade com o absoluto abandono, desde fins de 2008, pelas autoridades palacianas, dos pilares da estabilização macroeconômica, fundados em 1994, com o Plano Real,

corrigidos em 1999, com a instituição do sistema de metas de inflação, do regime de câmbio flutuante e da estratégica de permite avaliar o preço pago geração de superávits fiscais primários, e consolidados, a partir de 2000, com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). pela sociedade com o Mais precisamente, a aplicação da receita populistaabsoluto abandono dos redistributivista, reconhecidamente fracassada em outras praças, pilares da estabilização centrada na destruição das variáveis de estabilização, desprezo aos parâmetros de desenvolvimento e intervenção direta do Estado no macroeconômica. funcionamento da microeconomia, serviu apenas para atender ou acomodar demandas político-partidárias contrárias aos interesses da esmagadora maioria da sociedade. Daí a perversa e persistente conjugação entre recessão, desemprego e inflação. Tal fenômeno estaria na raiz da eliminação da postura passiva dos agentes sociais, com a exaustão do ciclo de consumo movido a inclusão e mobilidade social, a desindustrialização, o sucateamento da infraestrutura, a ausência de incentivos à ciência e tecnologia, a marginalização da educação e a ideologização do ensino, a inserção internacional baseada em articulações com nações de terceira grandeza, entre outras incongruências.

recente do PIB do País

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 2


A ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO GOVERNO INTERINO Gilmar Mendes Lourenço

Uma das características básicas da equipe econômica do presidente interino, Michel Temer, repousa na combinação entre reduzido grau de academicismo, pronunciado pragmatismo e plena aderência à evolução do ciclo político. Pelo conjunto de objetivos e intenções para a área, anunciado em 24 de Maio de 2016, percebe -se que mesmo com enormes chances de contribuir para a recuperação da confiança e previsibilidade dos agentes, o emprego inicial dessa marca revelou parcialidade e deixou lacunas nada desprezíveis. É necessário reconhecer que, apesar de diferir da regra estabelecida no elenco de instrumentos corretivos convencionais, rico em providências imediatas, o bloco de ideias divulgado contém, implicitamente, o diagnóstico da fragilidade fiscal e financeira do setor público, como principal causa dos descalabros apresentados pelo País, desde o final do governo Lula, e maior obstáculo à retomada do crescimento e à geração de empregos. A contabilidade das finanças governamentais, no conceito primário, deve registrar um déficit equivalente a -2,8% do produto interno bruto (PIB), segundo a meta fiscal, revista e chancelada pelo Congresso, contra superávit de 2,8% do PIB, em 2010. No cálculo nominal, que inclui os juros da dívida, o desequilíbrio deverá superar os -9% do PIB, no corrente ano, versus -2,6% do PIB, em 2010. Já o passivo líquido do setor público, passou de 38% do PIB, em 2010, para 42,2% do PIB, em 2016. Na verdade, o conteúdo bastante genérico do plano anunciado reproduz os efeitos dos embaraços observados na composição do grupo de ministros e a necessidade de acomodação de interesses, subjacentes à diminuição do número de pastas, surgidos no interior do novo governo e fora dele, tendo como exemplo patético e prático a extinção e recriação do ministério da cultura. A hesitação e o recuo decorreram da revolta, protagonizada por uma parcela de atores, músicos e cineastas, avessos ao uso de procedimentos contemporâneos de administração financeira na alocação de somas oficiais e à definição de escalas e modalidades de incentivo oficial ao setor, e ferrenhos defensores de esquemas clientelistas de captura de verbas públicas para a cultura. A natureza demasiadamente agregada das pretensões econômicas do executivo reflete também a saída precoce, do time de Temer, do titular do planejamento, senador Romero Jucá, dada a insustentabilidade de manutenção no posto, depois do vazamento de conversas telefônicas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, repletas de indicações de receios com os desdobramentos das investigações realizadas no âmbito da operação Lava Jato. Logo, a comunicação mais tangível constituiu a exposição da já referida revisão da meta fiscal para 2016, aprovada no dia seguinte pelo Congresso, configurando déficit de –R$ 170,5 bilhões, ante –R$ 96,7 bilhões, expressos pela gestão Dilma, e que propicia não apenas o escape das armadilhadas, ou tentações, representadas pelas pedaladas, mas, principalmente, condições para abrandamento do panorama recessivo via desaceleração das maldades fiscais, em um ano de rearranjos acoplados às eleições municipais. A ampliação do tamanho do rombo das contas públicas para 2016 consubstancia uma espécie de acomodação do estágio de partida, com a preservação dos fluxos de dispêndios já programados, englobando a derrubada dos contingenciamentos de R$ 21,2 bilhões e a não inclusão de fontes de arrecadação incertas, para a adoção de um garrote fiscal, efetivo e radical, de 2017 em diante.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 1


Um esforço de interpretação dos recados

Até porque, um esforço de interpretação dos recados transmitidos pelo presidente, e autoridades econômicas, permite supor o delineamento de drástica modificação do curso dos dispêndios públicos, por meio de emenda constitucional que, se aprovada por 3/5 do Congresso Nacional, deverá instituir critério

transmitidos pelo

(ou restrição legal, teto) para expansão não superior à variação de preços do exercício antecedente, sem indexação automática. presidente, e autoridades Tal iniciativa denota não apenas a inexistência de acréscimo real econômicas, permite de despesas, mas a possibilidade de incrementos inferiores à inflação. É interessante lembrar que a variação real dos gastos públicos primários supor o delineamento de no Brasil foi o dobro da evolução do PIB, nas últimas duas décadas. drástica modificação do A aplicação da regra, que pode significar compressão gradual da dimensão do estado, praticamente anularia a rigidez contida em curso dos dispêndios rubricas obrigatórias - como saúde e educação, carimbadas com públicos no Brasil. participações fixas na arrecadação, subindo nas etapas ascendentes do circuito econômico, sem recuar nas fases cadentes da receita tributária -, oportunizando a desvinculação de aproximadamente 30% das receitas orçamentárias. No caso da previdência social, a proposta a ser defendida por ocasião das negociações da reforma, inclusive com os movimentos sindicais, será a desvinculação do piso das aposentadorias, pensões e outros benefícios, do salário mínimo (SM). O mínimo é atualizado pela incorporação da inflação acumulada em doze meses, mensurada pelo índice nacional de preços ao consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acrescida da variação do PIB de dois anos antes, calculado pelas Contas Nacionais Trimestrais, igualmente do IBGE. Outro mecanismo de contração de despesas futuras, ainda subordinado à avaliação jurídica, por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), para verificação de pertinência à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), diz respeito à antecipação da devolução de parte (R$ 100,0 bilhões) dos R$ 480,0 bilhões transferidos pelo Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no último quinquênio, aliviando cerca de R$ 7,0 bilhões da conta de subsídios. Adicionalmente, o arsenal de proposições definiu a extinção do fundo soberano, criado para absorver recursos do pré-sal, estimado em R$ 2,0 bilhões. No entanto, no afã de assegurar demasiada objetividade no lançamento das iniciativas, o staff econômico de Temer assumiu uma postura absolutamente omissa quanto à premência de outras ações de caráter estrutural, dirigidas à compressão de custos e elevação da eficiência m acro e microeconômica da nação, como o encaminhamento de negociações das reforma tributária e financeira e de um novo pacto federativo. No que se refere ao aspecto tributário, é pouco provável que os homens do presidente considerem adequado o funcionamento de um aparelho de negócios apoiado em carga de 33% do PIB - amparada no perfil regressivo de impostos indiretos, incidentes sobre consumo e produção -, diante de capacidade de suporte da sociedade de aproximadamente 25% do PIB. No quesito financeiro, a equipe econômica também não deve se conformar com a enorme distância entre os elevados juros primários (Selic), de 14,25% ao ano, e as taxas médias cobradas de pessoas físicas, no cheque especial e cartão de crédito, chegaram, em abril de 2016, a 308,7% a.a. e 448,6% a.a., respectivamente, conforme o Banco Central. Não precisa ser um arguto economista para constatar que o declínio dos juros no Brasil requer ajuste fiscal, como bloqueio à subida da dívida pública, e aprofundamento da concorrência interbancária. Quanto ao embaraço federativo, não bastam tratativas para a criação de margens fiscais que favoreçam o alongamento dos prazos das dívidas dos estados, com carência de parte expressiva dos encargos por dois anos, em troca de hercúleos esforços de compressão de gastos das instâncias regionais. É preciso estabelecer sintonia fina entre o debate federativo e as sugestões de modificações no arcabouço tributário, por meio do redesenho das receitas e atribuições entre os entes envolvidos e, sobretudo, a reforma do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS).

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 2


A gestão Temer dispõe de exíguo tempo para a produção de meios de tratamento das contas governamentais objetivando o encaixe do estado dentro do orçamento, o que torna imprescindível o reequilíbrio de caixa, a contenção potencial dos gastos, o reexame de ações obsoletas e a multiplicação de eficiência. Isso exigirá firme capacidade de desinterdição dos debates, com articulação e negociação do novo núcleo do palácio do planalto com um legislativo enfraquecido, em credibilidade e legitimidade, pelo envolvimento generalizado em falcatruas com haveres das peças orçamentárias e das estatais.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 3


RECESSÃO GENERALIZADA: SETORIAL E REGIONAL Gilmar Mendes Lourenço

O cenário recessivo, impregnado na economia brasileira desde 2014, vem acumulando um enorme passivo, superando inclusive as expectativas negativas dos analistas mais céticos quanto às possibilidades de êxito da orientação macroeconômica, levada a cabo pela presidente afastada, Dilma Rousseff, se é que ela existia. Os desdobramentos da contração econômica não encontram precedentes na história da nação e abrangem recuos recordes na utilização da capacidade instalada das fábricas, nas vendas do comércio varejista, nas receitas dos serviços e no fechamento de empresas. No tecido social, a crise se manifesta pelo aumento do endividamento das famílias e a abrupta queda da massa de rendimentos do fator trabalho, de maneira espalhada pelo território do País, como resultado, essencialmente, do movimento de rápida e pronunciada escalada do desemprego e declínio das remunerações reais. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 2012, em 3.500 municípios, com divulgação dos resultados por trimestres móveis, a taxa de desocupação subiu de 7,9% da população economicamente ativa (PEA), entre janeiro e março de 2015, para 10,9% da PEA, no mesmo intervalo de 2016, o que equivale a 11,1 milhões de pessoas sem emprego a procura de trabalho. O fenômeno da impulsão da eliminação de vagas atingiu as cinco grandes regiões brasileiras, revelando maior dramaticidade no Nordeste, passando de 9,6% para 12,8% da PEA, no intervalo em pauta, e Sudeste (de 9,0% para 11,4% da PEA), reflexo da flagrante exaustão do ciclo de consumo, puxado por inclusão social, ensejada primordialmente por transferências oficiais diretas de renda, e da fragilização do setor industrial, respectivamente. Não menos relevante foi a ascensão do desemprego no Norte (de 8,7% para 10,5% da PEA), por conta da redução da atividade da Zona Franca de Manaus, motivada pelo enfraquecimento da demanda interna por bens de consumo duráveis, movida a crédito abundante e caro e expansão dos salários reais acima da produtividade, e da mineração, explicada pelo encolhimento do mercado externo, principalmente com a desaceleração da economia da China. No caso da Zona Franca, as vendas industriais (valoradas em dólares) decresceram -37% no primeiro trimestre de 2016, contra idêntico intervalo de 2015, e, no final de março de 2016, o contingente ocupado correspondia a 80% do apurado em dezembro de 2015, retrocedendo aos níveis verificados no começo da década de 2000. Mesmo os espaços geográficos ainda fortemente dominados pela dinâmica dos ramos mais articulados ao agronegócio, que vem sendo favorecido pela combinação entre produção recorde de grãos e depreciação do real, acusaram tendência de apreciável deterioração do mercado laboral. A desocupação saltou de 5,1% para 7,3% da PEA, no Sul e, de 7,3% para 9,7% da PEA, no Centro Oeste. Um exame mais desagregado dos indicadores da PNAD permite apreender que, dentre as vinte e sete unidades federativas, o desemprego registrou estabilidade no Acre e declínio em Roraima. Nas demais, houve substancial elevação da desocupação, com ênfase para Bahia, chegando a 15,5% da PEA, Amapá e Rio Grande do Norte (14,3%), Pernambuco (13,3%), Alagoas (12,8%), Amazonas (12,7%) e São Paulo (12,0%). As menores proporções de trabalhadores sem emprego foram identificadas em Santa Catarina (6,0%), Rondônia e Rio Grande do Sul (7,5%), Mato Grosso do Sul (7,8%) e Paraná (8,1%), territórios que ainda tem demonstrado resistência à crise, graças aos ganhos de eficiência contabilizados pelo agronegócio, com forte presença e participação das cooperativas e de outras iniciativas do setor privado, além dos esforços empreendidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ao se observar o conjunto de vinte e um estados, que possuem regiões metropolitanas institucionalizadas, em somente dois deles, Piauí e Natal, constataram-se taxas de desocupação total superiores, por pequena margem, aquela registrada pela metrópole. Nos demais, a reprodução do viés recessivo da gestão econômica do executivo federal ocorreu de forma mais acentuada nos aglomerados metropolitanos, afetando em cheio o comércio varejista, a indústria e os serviços. Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 1


A impulsão do agronegócio ainda vem compensando os

Ao mesmo tempo, a impulsão do agronegócio ainda vem compensando os impactos negativos, sobretudo nas localidades interioranas, da drástica queda dos gastos e investimentos diretos do governo central, sobretudo na área de infraestrutura, com a falência fiscal e financeira do setor público, e da

impactos negativos da

paralisação de obras de empreiteiras envolvidas nos inúmeros escândalos de corrupção, protagonizados pelas principais drástica queda dos gastos e companhias estatais brasileiras. investimentos diretos do No âmbito metropolitano, o topo do desemprego coube a Salvador (18,4% da PEA), São Luiz (16,5%), Manaus (15,7%), Macapá governo central, sobretudo (15,6%), Belo Horizonte (14,2%) e Natal (14,1%), sendo que em na área de infraestrutura. quinze Rms a desocupação suplantou 10,0% da PEA. No grupo oposto, embora demonstrando desocupação ascendente, figuram as regiões de Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba, que apresentaram taxas de 6,3%, 8,3% e 9,0% da PEA, respectivamente. Em onze, das vinte e seis 26 capitais (exceto Brasília), o desemprego suplantou a média do Estado, com destaque para Salvador (17,4% da PEA), Manaus e Macapá (16,6%), São Luiz (16,4%). Em dezesseis, a taxa de desocupação situou-se acima de 10,0%, retratando a compressão da renda dos ramos fabris, comerciais e de serviços. As menores taxas couberam a Florianópolis (5,9%), Campo Grande (7,4%) e Porto Velho (7,9%). Como se vê o desemprego se alastra em velocidade assustadora pelo País, em consequência da mistura perversa entre injunções de política econômica e multiplicação dos embaraços políticos e institucionais. Trata-se de problemas que se arrastam há tempos, sem que se possam vislumbrar saídas ou alternativas de superação negociadas, em curto e médio prazo. Porém, parece lícito admitir que a reversão do panorama caótico depende, de um lado, da aplicação de um arsenal macroeconômico que propicie a sinalização de recuperação da solvência do setor público, e, de outro, a priorização e estímulos a segmentos portadores de condições de alavancagem da retomada do crescimento econômico. Sem negligenciar o papel crucial de uma abrangente e consistente política industrial, de imediato, mereceriam especial atenção cadeias do agronegócio e da infraestrutura, esta última com repercussões diretas na construção civil, reduto de contratação de trabalhadores de menor qualificação e rendimentos, justamente os mais atingidos pela prolongada e profunda recessão. Nessas circunstâncias, seria prudente sublinhar um dos prognósticos do atual ministro da fazenda, Henrique Meirelles, acerca das chances de o desemprego chegar a 14% da PEA, se nada for feito ou nenhuma providência for tomada para alterar a marcha da dívida pública e da inflação e resgatar a confiança dos agentes.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 2


A REDUZIDA EFICIÊNCIA DOS ELEVADOS GASTOS PÚBLICOS NO BRASIL Gilmar Mendes Lourenço

Resultados de pesquisa recente, realizada pelo banco Credit Suisse, confirmam o diagnóstico corrente, defendido pela esmagadora maioria dos analistas econômicos que preservam posições independentes do triunfalismo transmitido reiteradamente pelas autoridades do palácio do planalto, sublinhando as barreiras impostas pelos vultosos e pouco eficientes dispêndios governamentais ao crescimento econômico brasileiro. A orientação geral dos estudos da respeitada agência financeira permitiu o exercício de cotejo entre despesas públicas e expansão dos níveis de atividade de distintas nações, o que enseja a promoção de avaliações, ainda que preliminares, acerca da consistência e eficácia dos respectivos arcabouços macroeconômicos. Em linhas bastante sumárias, a observação do relatório montado pelo banco propicia denotar, no intervalo de tempo compreendido entre 1999 e 2014, três faixas de países que delineiam relações diametralmente opostas quando comparados performance dos negócios e intervenções financeiras do estado. Em um primeiro bloco figuram alguns mercados em desenvolvimento que experimentaram taxas de variação do produto interno bruto (PIB) superiores a 5% ao ano e participação média dos dispêndios dos governos na geração do produto social de 25%. Em uma linha intermediária aparecem os centros que exprimiram crescimento do PIB entre 3,5% a.a. e 4,9% a.a. e alocações governamentais médias de 29,2% do PIB. Ao mesmo tempo, espaços geográficos que acusaram acréscimo anual do PIB inferior a 3,5%, no período em tela, exibiram consumo público médio que suplantou 33% do PIB. O Brasil integra o grupo de menor dinamismo econômico e pífia produtividade das despesas governamentais, ao apresentar incremento anual de 3,1% do PIB e aportes governamentais de 38% do PIB. Mais que isso, segundo a entidade financeira, o País ocuparia o 28º posto, num painel de 39 países em eficiência das despesas públicas. Ademais, seria o 24º em desempenho econômico, o 29º em estabilidade institucional, o 31º em gestão pública, o 33º em educação e o 34º em saúde. Só a título de ilustração, levantamentos feitos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que o Brasil ostenta despesas em educação semelhantes às contabilizadas por países avançados, porém colhe resultados parecidos aos de nações do chamado terceiro mundo. Ressalte-se que o comportamento da gestão governamental foi aferido a partir combinação entre o peso do setor público no PIB e uma cesta de indicadores mais sensíveis à atuação da administração estatal, abarcando grandes itens como corrupção, carga burocrática e qualidade do poder judiciário, e aspectos específicos ligados à mortalidade infantil e esperança de vida.

O Brasil passou por um apreciável aprendizado de feitura de políticas sociais, calcado no processo de desinflação e na aplicação de programas oficiais de transferência de renda.

Em contraposição, o País situou-se em 14º lugar em distribuição de renda (proporcionado pela leitura do índice de Gini, que varia entre zero e a unidade, indicando melhor apropriação do resultado do esforço produtivo à medida que se distancia de um), o que pode ser imputado, de forma direta, aos menores dispêndios direcionados à diminuição da desigualdade vis a vis os demais países, por conta do acerto na formulação e execução das estratégicas de inclusão social, especialmente depois das alterações no marco institucional brasileiro, plantadas na Carta Magna de 1988. Na verdade, a nação passou por um apreciável aprendizado de feitura de políticas sociais, calcado no processo de desinflação e na aplicação de programas oficiais de transferência de renda, lançados nos anos 1990 e aprofundados na década de 2000, especialmente com a aposentadoria rural, o benefício de prestação continuada/lei orgânica de assistência social (BPC/LOAS), o bolsa família e a valorização do salário mínimo. Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 1


Esse conjunto de avanços oportunizou expressivos ganhos de rendimentos das famílias integrantes da base da pirâmide social, e respectivo suprimento da demanda reprimida por décadas de práticas excludentes e de perpetuação da pobreza. Igualmente relevantes foram os movimentos de mobilidade, evidenciados pela ascensão de massas da população das categorias E e D para a classe C da sociedade, considerada média e que, aliás, dobrou de dimensão em pouco mais de dois decênios, que tiveram como ponto de partida a fixação dos pilares do plano real, em março de 1994, com a instituição da unidade real de valor (URV). Por essa descrição, é curioso notar que as áreas menos absorvedoras de haveres oficiais despontam como detentoras de maior capacidade de resposta aos parcos estímulos, tendo como exemplo emblemático o bolsa família, agraciado com menos de 0,5% do PIB, por ano, contra a destinação de 7,4% do PIB para cobertura dos encargos para rolagem do passivo governamental líquido, que representa quase 40% do PIB. O mais gritante, porém, é que ao se apurar uma carga tributária de 33% do PIB - contra suporte contributivo de famílias e empresas estimado em 25% do PIB, por consultorias domésticas e internacionais, ao confrontar a situação do Brasil com a dos demais países de renda média – e déficit público nominal de quase 10% do PIB, verifica-se que mais de 43% do excedente gerado pelo sistema de produção e transações é apropriado pelo governo, com parcos retornos sociais. Tal patologia deriva da prevalência de esquemas políticos, ancorados em articulações promíscuas entre executivo e legislativo, montados para a perpetuação de procedimentos arcaicos de gerenciamento dos orçamentos públicos e dos fluxos de caixa das companhias estatais, que venham a favorecer o aparelhamento partidário das instâncias decisórias e a subsequente multiplicação de desvios de recursos voltados ao atendimento de objetivos dissociados dos anseios e interesses coletivos.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 2


Panorama Econômico – Maio/2016 Carlos Ilton Cleto

Comércio Internacional Balança Comercial Mensal (Maio/2016) – MDIC Fato Em maio a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 6,44 bilhões, resultado de exportações de US$ 17,57 bilhões e importações de US$ 11,13 bilhões. No ano o superávit é de US$ 19,68 bilhões, resultado de exportações de US$ 73,51 bilhões e importações de US$ 53,83 bilhões. No mês, a corrente do comércio foi de US$ 28,71 bilhões e no ano US$ 127,35 bilhões.

25.000 19.628

17.571

20.000 16.049

15.485

15.101

16.783

12.796

11.134

15.374

14.053

13.348

15.000

10.543

10.513

10.305

10.000

5.000

0 jun/15

jul/15

ago/15 Exp o r t açõ es

set/15

out/15

nov/15

dez/15

Imp o r t açõ es

jan/16

fev/16

mar/16

abr/16

mai/16

Sald o d a B C em U S$ milhõ es

FONTE: MDIC

Causa Utilizando o critério da média diária, com relação ao mesmo mês do ano anterior, as exportações apresentaram queda de 0,2%, e as importações de 24,3%. Pelo mesmo critério, na comparação com o mês imediatamente anterior, houve crescimento de 8,8% nas exportações, e de 0,9% nas importações. A corrente do comércio registrou recuo de 11,2% com relação ao mesmo mês do ano anterior e crescimento de 5,6% na comparação com abril de 2016. Em maio, na comparação com igual mês do ano anterior, houve queda nas exportações de produtos básicos, 8,0%, por outro lado ocorreu expansão nas exportações de manufaturados, 8,9% e semimanufaturados, 9,0%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Suíça e Países Baixos. Pelo mesmo critério de comparação, houve recuo de 44,3% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 26,4%, nos bens de consumo, 27,1%, nos bens de capital e 19,2% nos bens intermediários. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: Estados Unidos, China, Alemanha, Argentina e Coréia do Sul. No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior o recuo nas exportações foi de 2,6% determinada por queda nos produtos básicos, 4,1% e semimanufaturados, 10,8%, enquanto cresceram as vendas de manufaturados 0,6%. Nesta comparação as importações recuaram 30,8%, devido à queda em combustíveis e lubrificantes, 48,7%, bens de capital, 29,1%, bens intermediários, 28,1% e bens de consumo, 27,0%. Ainda no acumulado do ano, os principais destinos das exportações brasileiras foram China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Japão, e os nossos principais fornecedores foram, China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coréia do Sul. Consequências O saldo comercial exterior segue apontando expansão, porém o resultado é principalmente influenciado pelo fraco desempenho das importações, tendo em vista que o crescimento das exportações nos valores acumulados e nas comparações interanuais apresenta taxas negativas. No mês destaca-se a expansão nas exportações de manufaturados, resultado da venda de plataforma para extração de petróleo e aviões.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 1


Atividade PIB – Indicadores de Volume e Valores Correntes (1o Trimestre 2016) - IBGE. Fato O Produto Interno Bruto - PIB a preços de mercado caiu 0,3% no primeiro trimestre de 2016, frente ao último trimestre de 2015, chegando a R$ 1.473,8 bilhões. Com relação ao primeiro trimestre de 2015, houve recuo de 5,4%, e no acumulado dos últimos quatro trimestres a retração foi de 4,7%.

PIB pm - Volume Trim. (1995=100) 220 200 180 160 140 120 100 80

96 96 97 98 99 99 00 01 02 02 03 04 05 05 06 07 08 08 09 10 11 11 12 13 14 14 15 19 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º

FONTE: IBGE - Índice Série encadeada do índice de volume trimestral com ajuste sazonal (Base: média 1995 = 100) (Número índice)

Causa Dentre os componentes da oferta, no primeiro trimestre, frente ao trimestre imediatamente anterior, as quedas ocorreram na Indústria, 1,2%, nos Serviços 0,2% e na Agropecuária 0,3%. A retração na Indústria foi puxada pela Extrativa Mineral, 1,1%, Transformação, 0,3% e Construção, 1,0%. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, teve expansão de 1,9%. Nos Serviços os destaques negativos foram o Comércio, com variação negativa de 1,0%, Intermediação Financeira e Seguros queda de 0,8%, e Serviços de Informação recuo de 0,7%. Pelo lado da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo recuou 2,7%, décimo trimestre consecutivo nessa base de comparação, a Despesa de Consumo das Famílias diminuiu 1,7%, quinto trimestre consecutivo e o Consumo da Administração Pública cresceu 1,1%. No setor externo as Importações recuaram 5,6% e as Exportações tiveram crescimento de 6,5%. No confronto com o primeiro trimestre de 2015, a Agropecuária apresentou queda de 3,7%, devido à retração em alguns produtos que possuem safra significativa no trimestre: fumo em folha, arroz em casca e milho em grão. A Indústria apresentou retração de 7,3%, decorrente principalmente dos recuos em Indústria de Transformação, 10,5% e Construção Civil 6,2%. Os Serviços tiveram retração de 3,7%, com destaque para a queda no Comércio, 10,7% e Transporte, Armazenagem e Correio, 7,4%. Na demanda, também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, pelo quinto trimestre consecutivo, todos os componentes da demanda interna apresentaram recuo o Consumo das Famílias recuou 6,3%, a Formação Bruta de Capital Fixo, 17,5% e o Consumo da Administração Pública 1,4%. As Exportações registraram aumento de 13,0%, e as Importações caíram 21,7%. No acumulado dos quatro trimestres, houve desempenho negativo na Agropecuária, 1,0%, na Indústria, 6,9% e Serviços, 4,7%. Pelo lado da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo, caiu 15,9%, a Despesa de Consumo das Famílias 5,2% e a Despesa de Consumo da Administração Pública 1,3%. No setor externo, as Exportações cresceram 8,3%, e as Importações caíram 18,3%. A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2016 foi de 16,9% do PIB, abaixo do observado no mesmo trimestre do ano anterior, 19,5%. A taxa de poupança foi de 14,3%, ante 16,2% no mesmo período de 2015. Consequências O PIB aponta que a atividade econômica permanece em queda, não existindo para os próximos períodos expectativa de retomada do crescimento, ainda que alguma recuperação ocorra ao longo do ano, o resultado de 2016, deverá oscila em torno de negativos 4,0%.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 2


Atividade Produção Industrial Mensal (Março/2015) – IBGE Fato Em março, a produção industrial cresceu 1,4% com relação ao mês anterior. Frente a março de 2015 o recuo foi de 11,4% e no acumulado dos últimos doze meses houve retração de 9,7%. Causa Na comparação com o mês anterior, bens de capital registrou o avanço mais acentuado, 2,2%, a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período ganho de 3,1%. Todavia, estes três meses de crescimento vieram após três meses de queda, período no qual acumularam outros três meses consecutivos de queda, quando acumularam retração de 11,2%. Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis, 0,9%, bens de consumo duráveis, 0,3% e de bens intermediários, 0,1%, também ampliaram a produção no mês, embora abaixo da média nacional. Com relação a março de 2015, a produção industrial apresentou a maior retração em bens de capital, 24,5%, seguido pelos bens de consumo duráveis, 24,3% Os segmentos de bens intermediários e de bens de consumo semi e nãoduráveis também apontaram taxas negativas 10,9%, o primeiro e 3,8% o segundo, mas com intensidade menor do que a média nacional, 11,4%. Produção Indus trial BRASIL

115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan

f ev

mar 2012

abr 2013

mai

jun 2014

jul

ago 2015

set

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE - Índice de base fixa sem ajuste sazonal (Base: média de 2012 = 100) (Número índice)

Consequência A produção industrial começa a ameaçar alguma recuperação, fato este apontado pelo crescimento mais expressivo dos bens de capital, embora nas comparações interanuais os valores ainda sejam bastante negativos. Para o ano, existe de alguma recuperação, porem não são esperadas variações muito intensas.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 3


Atividade Pesquisa Industrial - Regional – Brasil (Março/2016) - IBGE Fato Entre fevereiro e março, a produção industrial cresceu em dez dos quatorze locais pesquisados e na comparação com março de 2015, treze das quinze regiões pesquisadas registraram variação negativa. No Paraná a produção industrial apresentou avanço de 2,8%, frente ao mês anterior. Na comparação com março de 2015 houve retração de 6,0%, em doze meses o recuo foi de 8,9% e no acumulado do ano, 8,7%. Produção Industrial BRASIL

115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan

f ev

mar 2012

abr

mai

2013

jun

jul

2014

ago 2015

set

out

nov

dez

2016

Produção Industrial PARANÁ

130 120 110 100 90 80 70 60 50 jan

f ev

mar 2012

abr

mai 2013

jun

jul 2014

ago

set 2015

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE - Índice de base fixa sem ajuste sazonal (Base: média de 2012 = 100) (Número índice)

Causa Na comparação com o mês anterior os locais que registraram maior avanço foram: Amazonas, Bahia, Região Nordeste, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. Por outro lado os recuos ocorreram em Goiás, Pará, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Na comparação com março de 2015, as maiores quedas foram: Pernambuco, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo. Os crescimentos mais intensos foram registrados no Amazonas, Pará, Paraná, Santa Catarina e Ceará. No Estado do Paraná, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, das treze atividades pesquisadas, dez registraram queda. Os maiores impactos negativos vieram de coque, derivados de petróleo e bicombustíveis, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, veículos automotores, reboques e carrocerias, outros produtos químicos, produtos de metal e móveis. Por outro lado, a maior variações positivas foram em produtos alimentícios.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 4


Consequência De forma semelhante ao que ocorreu nacionalmente a indústria paranaense avançou em março, frente ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi a nona taxa negativa consecutiva. Para os próximos meses a indústria paranaense deve apresentar recuperação, todavia, de forma semelhante ao resultado nacional, não devem ser esperados avanços muito contundentes. Atividade PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Trimestre – fev.-mar-abr. de 2016) – IBGE Fato A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio apontou, para o trimestre encerrado em abril de 2016, taxa de desocupação de 11,2%, com crescimento de 3,2 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior e expansão de 1,7 p.p. na comparação com o trimestre encerrado em janeiro. O rendimento médio real habitualmente recebido foi de R$ 1.962 caindo 0,7%, frente ao trimestre encerrado em janeiro e 3,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Causa No trimestre a população desocupada cresceu em ambas as comparações, 18,6% em relação ao trimestre encerrado em janeiro e 42,1% frente ao mesmo trimestre em 2015. O número de empregados no setor privado com carteira assinada recuou nas duas comparações, 1,8% na comparação com janeiro e 4,3% frente a abril de 2016. 12,0

11,0

10,0

9,0

8,0

7,0

6,0

5,0

iro ne a J

ro ei er v Fe

ço ar M

A

il br

o ai M

n Ju

ho

2 0 13

o lh Ju

A

2 0 14

o st go

m te Se

2 0 15

o br O

u ut

o br N

em ov

o br D

o br m e ez

2 0 16

Consequência O desemprego segue em expansão e o rendimento real habitual em queda, não existindo motivos para a mudança nesta tendência, que dependerá de sinalizadores de Política Econômica ou fatores de mercado para a esperada recuperação. Atividade Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Abril/2016) – IBGE Previsão da Safra de Grãos Fato Em abril, a estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, foi de uma produção de 205,4 milhões de toneladas, 1,9% inferior à safra de 2015 e 2,2 %, abaixo da previsão de março. A área a ser colhida, 58,5 milhões de hectares, está 1,6% acima da registrada no ano passado.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 5


Causa Com relação à produção de 2015, as três principais culturas, o arroz, o milho e a soja que juntos representam 92,9% do total da produção nacional, registrou avanço na produção de 1,3% para soja e retração de 7,6%, para o arroz e de 5,0% para o milho. O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva para treze dos vinte e seis produtos analisados: amendoim em casca 1ª safra, aveia em grão, batata-inglesa 1ª, e 2ª safras, cacau em amêndoa, café em grão – arábica, cevada em grão, feijão em grão 1ª e 2ª safras, mamona em baga, soja em grão, trigo em grão e triticale em grão. Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: algodão herbáceo em caroço, amendoim em casca 2ª safra, arroz em casca, batata-inglesa 3ª safra, café em grão – canéphora, cana-deaçúcar, cebola, feijão em grão 3ª safra, laranja, mandioca, milho em grão 1ª e 2ª safras e sorgo em grão. Regionalmente, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas está assim distribuída: Centro-Oeste, 87,0 milhões de toneladas, Sul, 74,6 milhões, Sudeste, 20,9 milhões, Nordeste, 15,8 milhões, e Norte, 7,1 milhões. O Estado do Mato Grosso do Sul, mantém a posição de liderança na produção nacional de grãos, com participação de 25,1%, seguido pelo Estado do Paraná, com 18,3%. Consequência De acordo com prognóstico das áreas plantadas, realizado pelo IBGE em abril, a safra de grãos em 2016 será inferior a do ano anterior. Este prognóstico poderá apresentar recuperação ao longo do ano, estando condicionado, ao regime de chuvas em áreas importantes para a produção nacional. Atividade Sondagem da Indústria (Maio/2016) – FGV Fato Na passagem de abril para maio, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação ICI, registrou avanço de 1,7 p.p., passando de 77,5 para 79,2 pontos. A verificação apresentou crescimento tanto no Índice da Situação Atual – ISA, 0,7 pontos, como no Índice de Expectativas – IE, 2,6 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada – NUCI apresentou queda frente ao mês anterior, 0,5 p.p, chegando a 73,8%, apenas 0,2 p.p. acima do mínimo histórico registrado em fevereiro.

Índic e de Confianç a

Índic e da Situaç ão Atual

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

100,0 95,0 90,0 85,0 80,0 75,0 70,0

Índic e de Expec tativas

FONTE: FGV

90,0

79,1

78,3

76,7

75,4

75,1

74,8

74,1

73,7

73,8

70,0 50,0 30,0

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

-10,0

dez/14

10,0

Ní ve l de Utiliz a ç ã o da Ca pa c ida de Insta la da - NUCI

FONTE: FGV

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 6


Causa Em junho o ISA passou de 79,8 para 80,5 pontos. O quesito que mede o a satisfação atual dos negócios com a segunda alta consecutiva, cresceu 1,4 ponto atingindo 76,8 pontos. Também a percepção com relação à demanda interna contribuiu para a melhora no índice, com aumento de 1,5 ponto e chegando a 77,3 pontos. O IE avançou de 75,6 para 78,2 pontos, com o indicador que mede as perspectivas para a produção nos três meses seguintes crescendo 5,1 pontos, chegando a 83,7 pontos. O percentual de empresas prevendo reduzir a produção nos meses seguintes caiu 3,8 p.p., chegando a 28,7% e a parcela que pretende aumentar a produção, permaneceu estável em 23,4%. Consequências A indústria começa a apresentar redução no pessimismo, todavia ainda existem incertezas com relação à continuidade da recuperação, condicionada principalmente pelo crescimento do consumo interno e estabilidade política. Atividade Sondagem de Serviços (Maio/2016) – FGV Fato O Índice de Confiança de Serviços - ICS subiu 1,2 ponto na comparação com o mês anterior atingindo 70,5 pontos, o maior nível desde julho do ano passado. Na mesma comparação, o Índice da Situação Atual – ISA caiu 0,7 ponto, passando para 66,5 pontos, o menor nível da série histórica. O Índice de Expectativas - IE avançou 3,0 pontos, atingindo 75,0 pontos. 90,0 80,0 70,0 60,0

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

Índice da Situação A tual

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

Índice de Co nfiança

Índice de Expectativas

FONTE: FGV

Causa No ISA, destacou-se a avaliação negativa sobre o volume de demanda atual, que caiu 2,0 pontos. Nas expectativas, houve crescimento de 2,5 pontos no volume de demanda prevista e de 3,6 pontos na situação dos negócios para os próximos meses. Consequência O setor de serviços apresentou a terceira alta seguida, sendo, porém, esta reação condicionada pelas expectativas, inexistindo por enquanto alteração no quadro desfavorável presente. Atividade ICC – Índice de Confiança do Consumidor (Maio/2016) – FGV Fato Entre os meses de abril e maio, o ICC avançou 3,5 pontos passando de 64,4 para 67,9 pontos. O índice da Situação Atual cresceu 0,8 ponto, de 64,7 para 65,5 pontos, e o Índice das Expectativas avançou 5,3 pontos de 65,8 para 71,1 pontos.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 7


100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0

mai/16

abr/16

mar/16

Í ndic e da S itua ç ã o Atua l

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

Í ndic e de Confia nç a

Í ndic e de Expe c ta tiva s

FONTE: FGV

Causa Com referência a situação presente, o indicador que mede o grau de satisfação em relação à situação financeira da família subiu 2,7 pontos em maior, refletindo acomodação, após ter recuado nos dois meses anteriores e atingido o mínimo histórico em abril. Nas expectativas, o indicador que mede o otimismo em relação à economia nos meses seguintes subiu 14,4 pontos, o melhor resultado desde dezembro de 2013. A parcela de consumidores projetando melhora avançou de 9,9 p.p. e a dos que prevêem piora recuou 10,8 p. p. Consequência Apesar da expressiva alta no mês ainda é cedo para apontar uma alteração na trajetória do indicador, que se encontra próximo dos mínimos históricos. Atividade Sondagem do Comércio (Maio/2016) – FGV Fato O Índice de Confiança do Comércio - ICom avançou 4,3 pontos entre abril e maio, passando de 66,6 para 70,9 pontos. O Índice da Situação Atual – ISA teve aumento de 2,7 pontos, chegando a 62,5 pontos, e o Índice de Expectativas - IE cresceu 5,5 pontos atingindo 80,3 pontos. 95,0 85,0 75,0 65,0 55,0 45,0

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

Í ndic e da S itua ç ã o Atua l

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

mar/00

Í ndic e de Confia nç a

Í ndic e de Expe c ta tiva s

FONTE: FGV

Causa No ISA a alta mais acentuada ocorreu no quesito que mede o grau de satisfação com o volume atual da demanda, que avançou 4,2 pontos em relação ao mês anterior, alcançando 64,2 pontos. No IE o grau de otimismo com a evolução das vendas nos três meses seguintes foi o que mais cresceu, 5,8 pontos, atingindo 79,9 pontos.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 8


Consequência Apesar da evolução é prematuro afirmar tratar-se de uma alteração na trajetória de queda e o indicador ainda segue em um patamar muito baixo em termos históricos. Atividade Pesquisa Mensal do Comércio (Março/2016) – IBGE Fato No mês de março, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, frente ao mês anterior, caiu 0,9%, e a receita nominal 0,4%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de negativos 5,7% sobre março de 2015 e 5,8% no acumulado dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de 6,2% com relação a igual mês de 2015 e 3,1% no acumulado em doze meses. No acumulado do trimestre o volume de vendas, atingiu variação negativa de 7,0%, e a receita nominal, positiva de 4,7%. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de Construção, as variações para o volume de vendas foram: negativos 1,1% em relação ao mês anterior, negativos 7,9%, frente a março de 2015, negativos 9,4% no acumulado do trimestre e negativos 9,6% nos últimos doze meses. Para a receita nominal as variações foram: queda de 0,8% em relação ao mês anterior, variação positiva de 0,6%, frente a março de 2015, queda 0,7% no acumulado do trimestre e de 2,2% nos últimos doze meses.

160 150 140 130 120 110 100 90 80

jan

fev

mar 2014

abr

mai

jun

jul

ago

set

2015

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE - Índices de volume de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

Causa Na série ajustada do comércio varejista, calculada com relação ao mês anterior, seis das dez atividades pesquisadas tiveram queda no volume de vendas: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 1,7%, Móveis e eletrodomésticos, 1,1%, Combustíveis e lubrificantes, 1,2%, Tecidos, vestuário e calçados, 3,6%, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 2,5% e Livros, jornais, revistas e papelaria, 1,1%. Por outro lado, mostraram aumento no volume de vendas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 6,1% e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 0,7%. Considerando o comércio varejista ampliado ocorreram quedas em Veículos e motos, partes e peças, 0,5% e Material de Construção, 0,3%, Consequência Seguindo o exemplo de outros setores o comércio varejista apresenta os resultados do desaquecimento econômico. Alguma recuperação deverá ser vista nos próximos meses, porém sem registrar grande intensidade.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 9


Atividade Pesquisa Mensal de Serviços (Março/2016) – IBGE Fato No mês de março frente a igual mês do ano anterior, o volume de serviços caiu 5,9% e a receita nominal dos serviços diminuiu 0,4%. No acumulado em doze meses a taxa do volume de serviços ficou em negativos 4,4% e a receita nominal aumentou 0,7%. 170

150

130

110 90

70

50 jan

fev 2 0 12

m ar

abr 2 0 13

m ai

jun 2 0 14

jul

ago

set

out

2 0 15

nov

dez

2 0 16

FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

Causa No confronto com março de 2015, com relação ao volume de serviços, as quedas foram em: Serviços Prestados às Famílias, 3,8%, Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, 6,8% e Transportes, Serviços Auxiliares, dos Transportes e Correio, 7,2% Por outro lado, Outros Serviços. Serviços de Informação cresceu 2,6%. Consequência O segmento de Serviços segue apresentando variações negativas, não sendo esperada recuperação para os próximos meses. Inflação IGP-10 (Maio/2016) – FGV Fato O IGP-10 registrou variação de 0,60% em maio, aumentando 0,20 p.p. com relação a abril. No acumulado em doze meses à variação é de 10,91%.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 10


2,5% 2,0%

1,88% 1,55%

1,5%

1,27%

1,0%

0,98% 0,31%

0,5%

0,43%

0,34%

0,69%

0,40%

0,0% -0,5%

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov/14

out/14

set/14

ago/14

jul/14

mai/14

jun/14

-0,67%

-1,0%

FONTE: FGV

Causa No mês de maio, dentre os componentes do IGP, a variação do IPA, cresceu 0,29 p.p., apresentando variação de 0,64%. Neste, a maior aceleração foi proveniente das Matérias-Primas Brutas, com variação 0,83 p.p. acima do registrado em abril, chegando ao percentual de 1,98%. Contribuiu para este acréscimo soja, mandioca e algodão. Os Bens Intermediários tiveram variação negativa de 0,11%, 0,62 p.p. maior do que a variação de abril, com destaque para materiais e componentes para a manufatura. Os Bens Finais tiveram recuo de 0,51 p.p., com variação de 0,26%. A maior desaceleração foi originada em alimentos in natura. O IPC teve aceleração de 0,17 p.p. com o grupo Saúde e Cuidados Pessoais sendo o principal responsável pela maior variação do índice, neste grupo sobressaiu-se o item medicamentos em geral. Os grupos Habitação, Vestuário e Despesas Diversas também apresentaram variações maiores nos preços. O INCC apresentou recuo de, 0,34 p.p., com menor variação em todos os seus componentes. Consequência O IGP-10 apresentou maior no mês, principalmente em decorrência da maior variação em Matérias-Primas Brutas no IPA e de medicamentos em geral, no IPC. Para os próximos meses, a expectativa é de retomada da trajetória de recuo dos índices de inflação. Inflação IGP-M (Maio/2015) – FGV Fato O IGP-M registrou variação de 0,82% em maio, crescendo 0,49 p.p. com relação a abril. Em doze meses o acumulado é 11,09%. Causa Dos índices que compõe o IGP-M, o IPA, que tem a maior participação na composição do IGP-M (60%), apresentou aceleração de 0,69 p.p., com variação de 0,98%. A maior variação foi consequência principalmente do aquecimento em Bens Intermediários, 1,32 p.p., com destaque para materiais e componentes para a manufatura. As MatériasPrimas Brutas avançaram 0,86 p.p., decorrente de soja, mandioca e milho. Os Bens Finais tiveram variação 0,09 p.p. menor, em decorrência da menor variação em bens de consumo não duráveis. O IPC variou 0,65% em maio, avançando 0,26 p.p., com maior variação em Habitação, dado aquecimento em tarifa de eletricidade residencial. Também foram computados acréscimos em Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Diversas, Vestuário e Comunicação. No INCC a variação foi 0,22 p.p. inferior à registrada no mês anterior, com desaquecimento em todos os componentes.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 11


2,50 2,00

1,89

1,50 1,00

1,29

1,17

0,98

0,50

0,49

0,28

0,27

0,00

0,82

-0,74

-0,50

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov/14

out/14

set/14

ago/14

jul/14

mai/14

jun/14

-1,00

FONTE: FGV

Consequência Após o desaquecimento dos dois últimos meses o índice voltou a avançar, decorrente principalmente em decorrência de: materiais e componentes para a manufatura e tarifa de eletricidade residencial. Inflação IGP-DI (Abril/2016) – FGV Fato O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna - IGP-DI registrou variação de 0,36% em abril, desacelerando-se 0,07 p.p. frente ao mês anterior. Nos últimos doze meses, o índice acumula alta de 10,46%. Causa Na composição do IGP-DI, o IPA reduziu sua taxa de variação em 0,08 p.p., atingindo 0,29%. Os Bens Finais foram as responsáveis pelo recuo, registrando variação 1,38 p.p. menor do que no mês anterior, com destaque descendente para alimentos in natura. Os Bens Intermediários tiveram aceleração de 0,23 p.p., apesar de ter apresentado índice negativo de 0,60%, sendo o principal responsável por este movimento subgrupo materiais e componentes para a manufatura. As Matérias-Primas Brutas aumentaram a taxa de variação em 1,14 p.p., por conta de soja, milho e bovinos. No IPC houve desaquecimento de 0,01 p.p., decorrente da desaceleração nos preços do grupo Alimentação, em decorrência da menor variação do item hortaliças e legumes. Também apresentaram menor variação: Habitação, Transportes, Educação, Leitura e Recreação, Comunicação e Despesas Diversas. Em contrapartida apresentaram acréscimo: Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário. O INCC registrou desaceleração de 0,09 p.p., com avanço em Materiais, Equipamentos e Serviços e recuo em Mão de Obra. 2,0% 1,76% 1,53%

1,5% 1,21%

1,14%

1,0%

0,36% 0,5%

0,44%

0,40%

0,38%

0,0% -0,5% -0,63%

-1,0%

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov/14

out/14

set/14

ago/14

jul/14

jun/14

mai/14

abr/14

FONTE: FGV

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 12


Consequência O IGP-DI voltou a apresentar desaceleração no mês, principalmente decorrente do recuo no IPA decorrente do preço dos Bens Finais. Como o índice aponta principalmente a variação dos preços no varejo, a expectativas para os próximos períodos é de recuo, também, para os preços ao consumidor. Inflação IPCA (Abril/2016) – IBGE Fato O IPCA variou 0,61% em abril, 0,18 p.p. acima da variação de março. O índice acumulado em doze meses é de 9,28%, 0,11 p.p. menor do registrado nos doze meses imediatamente anteriores. No ano, o acumulado ficou em 3,25%, abaixo do acumulado no mesmo período do ano passado, 4,56%. Em Curitiba o índice aumentou 0,18 p.p., registrando variação de 0,75% em abril, 2,89% no ano e 9,70% em doze meses. Causa O principal motivo para a menor variação em abril, veio dos grupos Alimentação e Bebidas, com alta de 1,09% e contribuição de 0,28 p.p. e Saúde e Cuidados Pessoas, com variação de 2,33% e contribuição de 0,26 p.p., somados estes grupos foram responsáveis por 89% do índice no mês, o equivalente a 0,54 p.p. Em Alimentação e Bebidas, as principais altas foram em batata-inglesa e açaí. A maior variação dos remédios foi o principal responsável pelo aumento em Saúde e Cuidados Pessoais. 12,00

1,40

10,00

1,20 1,00

8,00 0,80 6,00 0,60 4,00 0,40 2,00

0,20

0,00

0,00

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov /15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/ 15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov /14

out/14

set/14

ago/14

jul/14

jun/ 14

mai/14

abr/14

IP CA acumulado em 12 meses

IP CA variação mensal

FONTE: IBGE

Consequência Após dois meses de recuo, o IPCA voltou a apresentar aceleração, para os próximos períodos é esperada retomada na trajetória de queda, ficando, porém, condicionada ao comportamento dos Alimentos. Inflação IPCA - 15 (Maio/2016) – IBGE Fato O IPCA – 15 registrou variação de 0,86% em maio, 0,35 p.p. acima do registrado em abril. Nos últimos doze meses o acumulado é de 9,62%, e no ano, 4,21%. Em Curitiba a variação foi de 0,81%, 0,34 p.p. superior ao registrado em abril, acumulando 3,55% no ano e 9,71% em doze meses. Causa A aceleração do índice foi influenciada principalmente pelos grupos Alimentação e Bebidas e Saúde e Cuidados Pessoais, que tiveram variações de 1,03% e 2,54%, respectivamente. No primeiro os destaques foram batata-inglesa, feijão-carioca, farinha de mandioca e o leite. Em Saúde e Cuidados Pessoais, os remédios aumentaram 6,50% em maio, após crescerem 2,64% no mês anterior, acumulando nestes dois meses, 9,31%, reflexo do reajuste de 12,5% em vigor a partir do dia 1º de abril. Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 13


Consequência No mês o índice apresentou aceleração, principalmente em decorrência da variação dos preços dos remédios. Para os próximos meses as expectativas são de continuidade no arrefecimento, embora de forma pouco intensa. Inflação Custos e Índices da Construção Civil (Abril/2016) – IBGE - Caixa Econômica Federal Fato O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,46% em abril, 0,36 p.p. abaixo do resultado de março. Em doze meses, o acumulado é de 7,14%, menor do que o registrado nos doze meses imediatamente anteriores, 7,18%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 984,81, em março, para R$ 989,37 em abril sendo R$ 526,78 relativos aos materiais e R$ 462,59 à mão-de-obra. No Estado do Paraná, as variações foram de 0,20% no mês, 1,84% no ano e 8,17% em doze meses, e o custo médio atingiu R$ 1.014,62.

1,50 1,00 0,50 0,00 jan

fev

m ar

abr

m ai 2014

jun

jul 2015

ago

set

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE e CAIXA

Causa Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,27%, 0,08 p.p. abaixo do índice de março, e a componente mão-de-obra, recuou 0,66 p.p., passando de 1,35% em março para 0,69% em abril. Nos últimos doze meses, os acumulados foram: 4,88% para materiais e 9,80% para mão-de-obra. No mês as variações regionais foram: 0,14% na Região Norte, 1,30% na Região Nordeste, 0,00% no Sudeste, 0,47% no Centro-Oeste, e 0,23% no Sul. Ainda na verificação regional, os custos foram os seguintes: Sudeste, R$ 1.026,93, Sul, R$ 1.020,59, Norte, R$ 1.010,81, CentroOeste, R$ 993,31 e Nordeste R$ 924,25. Consequência No mês a maior pressão foi decorrente do reajuste salarial do acordo coletivo no Estado da Bahia. Para maio deverá ocorrer aquecimento sazonal decorrente do dissídio coletivo da categoria em São Paulo, para o restante do ano não deverão ocorrer grandes sobressaltos. Inflação IPP - Índices de Preço ao Produtor (Abril/2016) – IBGE Fato O IPP apresentou variação de negativa de 0,35% em abril, ficando, portanto superior à variação do mês anterior, que havia sido de negativos 1,20%. No acumulado em 12 meses a variação atingiu 4,66%, frente a 5,26% em março. No acumulado do ano a variação foi de negativos 1,50% em abril, contra negativos 1,15% no mês anterior. Causa No mês, onze das vinte e quatro atividades apresentaram variações positivas, as maiores variações foram em indústrias extrativas, farmacêutica, fumo e impressão. Ainda na comparação mensal, tiveram maiores influencias indústrias extrativas, outros produtos químicos, refino de petróleo e produto de álcool e veículos automotores. No indicador acumulado do ano, sobressaíram-se as variações positivas em outros produtos químicos, confecção e artigos do vestuário e acessórios, refino de petróleo e produção de álcool e fumo. No ano as maiores influências vieram de outros produtos químicos, refino de petróleo e produção de álcool, papel e celulose e produtos de metal. Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 14


Consequência A desaceleração dos preços ao produtor em abril deve se configurar em menores pressões inflacionárias por meio do maior repasse para os preços no varejo. Operações de Crédito Nota à Imprensa (Abril/2016) - BACEN Fato O estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.143 bilhões em abril. A relação entre o crédito total e o PIB caiu 0,5 p.p. frente ao mês anterior e na comparação com abril de 2015. A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados alcançou 32,4% a.a, e a taxa de inadimplência, 3,7%. Causa O volume total das operações de crédito em abril apresentou recuo de 0,6% no mês e crescimento de 2,7% em doze meses. Os empréstimos contratados com recursos livres, que representam 50,2% do total, atingiram R$ 1.578 bilhões, diminuindo 0,9% no mês e aumentando 0,2% com relação a abril de 2015. No segmento de pessoa jurídica, houve queda de 1,3% no mês chegando à R$ 781 bilhões. Os empréstimos realizados às pessoas físicas diminuíram 0,4% no mês atingindo R$ 797 bilhões. No crédito direcionado houve diminuição de 0,2% no mês e aumento de 5,3% em doze meses, chegando a R$ 1.565 bilhões. Esse desempenho resultou de decréscimos de 0,8% para pessoas jurídicas e aumento de 0,4% no crédito para pessoas físicas. No segmento de pessoas jurídicas destacou-se o efeito da variação cambial nos financiamentos para investimentos do BNDES. No segmento a pessoas físicas a redução reflete as contrações em aquisição de veículos e cartão de crédito. As taxas médias geral de juros aumentaram 0,4 p.p no mês e 5,9 p.p. nos últimos doze meses. Para pessoa física a taxa média de juros atingiu 41,3% a.a., com avanço de 0,7 p.p. no mês e 7,3 p.p. em doze meses. Nas pessoas jurídicas, foi registrada recuo de 0,2 p.p. em relação ao mês anterior e cresceu 3,5 p.p frente a abril de 2015, chegando a 22% a.a. A taxa de inadimplência do sistema financeiro chegou em 3,7%, com avanço de 0,2 p.p. no mês e 0,7 p.p. no confronto com abril de 2015. A taxa de inadimplência relativa às pessoas físicas manteve-se estável no mês e para pessoas físicas houve aumento de 0,2p.p, situando-se respectivamente em 4,3% e 3,1%, respectivamente. Consequência Ao longo do ano o indicador não deverá mostrar em expansão, devendo permanecer estável, refletindo a desaceleração da atividade econômica. Setor Externo Nota à Imprensa (Abril/2016) - BACEN Fato Em abril, o Saldo de Transações Correntes registrou déficit de US$ 412 milhões. As reservas internacionais no conceito de liquidez cresceram US$ 1,5 bilhão, totalizando US$ 376,7 bilhões e a dívida externa somou US$ 337,8 bilhões, diminuindo US$ 400 milhões, em relação à posição apurada no mês anterior. Causa No que tange ao Balanço de Pagamentos, o saldo da conta de transações correntes foi negativo em US$ 412 milhões, e a conta capital e financeira registrou entrada líquida de US$ 784 milhões, destacando-se no mês, o ingresso líquido de US$ 6,8 bilhões em investimentos diretos no país. A movimentação das reservas, durante o mês de abril foi consequência, principalmente, de operações de recompra, receitas de remuneração de reservas e variações por paridades e por preços, esta última variação, contribuindo negativamente. A dívida externa de médio e longo prazo cresceu US$ 263 milhões, atingindo US$ 274,8 bilhões e a de curto prazo chegou em US$ 63 bilhões, com redução de US$ 662 milhões. Consequência Os indicadores externos da economia brasileira apresentam estabilidade e apesar de significativa melhora, segue a preocupação como o ainda excessivo déficit em transações correntes, que monta US$ 34,1 bilhões em doze meses, equivalente a 1,97% como proporção do PIB. Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 15


Política Fiscal Nota à Imprensa (Abril/2016) - BACEN Fato Em abril, o setor público não financeiro registrou superávit primário de R$ 10,2 bilhões. No acumulado no ano o superávit atingiu R$ 4,4 bilhões, e considerando o fluxo de doze meses o déficit é de R$ 139,3 bilhões (2,33% do PIB). A dívida líquida do setor público alcançou R$ 2.356,6 bilhões (39,4% do PIB), elevando-se 0,5 p.p. do PIB no confronto com o mês anterior. No ano, a relação dívida líquida/PIB registrou crescimento correspondente a 3,2 p.p. do PIB. O montante dos juros apropriados atingiu R$ 23,3 bilhões, no mês, e R$ 464,4 bilhões, em doze meses (7,76% do PIB). O resultado nominal registrou déficit de R$ 13,2 bilhões no mês, de R$ 104,3 bilhões no ano e 603,7 bilhões, 10,08% do PIB em doze meses. Causa Na composição do superávit primário, no mês, o Governo Central e os Governos Regionais registraram superávit de R$ 8,7 bilhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente. As empresas estatais por outro lado tiveram déficit de R$ 131 milhões. Com relação aos juros apropriados em doze meses, como proporção do PIB, houve crescimento de 0,32 p.p. em relação a março. Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, no ano, o avanço foi consequência da incorporação dos juros, e da valorização cambial. O crescimento do PIB nominal, o ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa e o superávit primário, mitigaram este crescimento. Consequência Como consequência da desaceleração da atividade econômica e de adoção de políticas expansionistas num passado recente, o resultado de déficit acumulado tem se repetido nos últimos meses. Para os próximos períodos é esperada continuidade na geração de superávit primário mensal.

Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 9, n. 4, junho 2016 | 16


INDICADORES

EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO - 2016-2020 ANO

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB

TAXA DE JUROS SELIC

TAXA DE CÂMBIO R$/US$

TAXA DE INFLAÇÃO IPCA

2016

-3,85

13,01

3,65

7,07

2017

0,80

11,40

3,84

5,48

2018

1,84

10,86

3,93

4,99

2019

2,20

10,53

3,99

4,79

2020

2,38

10,17

3,95

4,73

FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 27/05/2016 NOTA: Meta para taxa de juros SELIC e taxa de câmbio para o final do ano.

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% PIB) – COMPARAÇÃO MENSAL ÚLTIMOS 10 ANOS – ABRIL 2006-2016 ABR/

GOVERNOS ESTADUAIS

BACEN

2006

30,04

0,50

15,61

1,06

47,20

2007

29,64

0,32

14,33

0,80

45,09

2008

28,43

0,17

13,45

0,77

42,82

2009

25,60

-0,67

12,87

0,84

38,65

2010

28,30

-1,20

11,72

0,66

39,48

2011

26,73

-1,14

11,23

0,62

37,43

2012

23,51

-0,99

10,46

0,55

33,53

2013

22,36

-1,23

10,50

0,58

32,21

2014

20,72

-0,97

10,64

0,59

30,98

2015

22,65

-2,03

11,52

0,74

32,88

2016

28,93

-2,61

12,14

0,91

39,36

E MUNICIPAIS

EMPRESAS ESTATAIS

SETOR PÚBLICO

GOVERNO FEDERAL

ANO

CONSOLIDADO

FONTE: Banco Central do Brasil, DEPEC.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) –MAI/2015–ABR/2016 FEV/16

MAR/16

ABR/16

1 2

DIA

JAN/16

40570,03 38596,16

44121,79 44893,48

50561,52

3

39588,81

47193,39 49084,86

4

42141,03

40821,73

5

42419,32

40592,09

6

41773,14

7

40694,72

8

40612,20

9

MAI/15

58051,61

48096,24

57103,14

52149,37

49246,10

48513,10

56921,39

52343,71

49102,13

50292,92

57149,33

49638,67

39318,30

12

39513,32

39808,04

13

38944,44

14

39500,10

15

38569,12

52519,40

57353,98

49571,10

39950,49

53522,90

49053,61

40376,58

11

JUL/15 52.757,53 53.108,18

48779,98

48665,09

10

JUN/15 53.031,31 54.236,43

52973,37

52809,63

AGO/15

45.477,06 46.463,96 50138,04

47.365,87

50058,48

46.497,72

50287,27

60.681,98

49072,34

46.400,50

47065,01

45262,72

48388,04

56.927,81

53119,47

48009,56

48867,33

52411,01

56656,57

53239,17

47508,40

40092,89

47130,02

53227,74

57248,63

16

40947,69

17

41630,81

50814,65

18

37937,27

41477,63

19

38057,01

41543,40

20

37645,47

21

37717,10

22

38031,22

51171,54

46883,57 47.362.63

46517,03

47.281,01

46.710,43

44747,31

47.364,06

47.161,15

44872,06

48.553,09

47.236,10

46846,87

45015,84

47217,42

48.551,07

47247,80

45261,47

47.264,08

47435,57

43910,59

52894,07

56204,23

54238,59

47450,58

53710,04

55498,82

53749,41

46588,39

53630,93

54901,92

51600,07

46649,23

52907,87

55112,05

51474,28

45719,64

47.447,31

48138,88

47.076,55 46.590,19

47.025,86

43199,95 43469,51

43234,85

51010,19

23

42520,94

49690,04

24

42084,55

49657,39

44336,47

45.291,96

48284,18

25

41887,90

51861,71

54609,25

53175,66

44544,85

44.831,46

46266,63

41593,07

53082,50

53629,78

54016,97

46038,07

47.209,32

47145,63

54477,78

54236,25

48735,54

47715,27

47.042,94

45872,41

50838,22

54311,96

53976,27

49601,59

47153,86

51154,99

53910,50

52760,47

26

37497,47

27

38376,36

28

38630,19

29

40405,99

42793,86

30

51248,92

31 MÍNIMO MÁXIMO

54377,29

46108,02 45630,70

53347,53

52341,80

44443,25 46194,92 46206,56

56372,04

53,069,75

49.338,41

46.503,99

56792,05

53248,54

49.106,55

46.657,09

45222,69

49553,00

53149,84

53702,15

45360,75

48.914,32

52001,86

50913,78

47710,09

48577,32

53688,51

47763,43

46393,26

46918,51

57197,10

5290828

48053,66

47.735,11

46.762,07

53863,67

50915,78

46.264,60

47.772,14

53772,43

49806,62

45.340,11

47.596,58

53842,53

49245,84

38596,16 43234,85

44121,79 51248,92

48150,27

44014,93

43.956,92

46.740,84

43764,33

53014,21

50245,14

44.131,82

45,628,35

43653,96

53080,88

49897,40

45.059,84

45.868,81

45120,36

43349,96

52809,63 54238,59

48735,54 53239,17

43.956,62 48.553,09

45.313,27 49.338,41

45120,36 48284,18

43199,95 46393,26

50055,27 37.497,47 42.419,32

DEZ/15 45076,45 44914,06

50011,32

50165,47

53137,53

NOV/15

45.313,27 47.033,46

48046,75

51781,74

52590,72

OUT/15

47.598,06

52815,99 53876,44

SET/15

50864,77 48096,24 54477,78

52760,47 58051,61

44336,47 50287,27

FONTE: Bovespa NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS – DEZ/2000–ABR/2016 PERÍODO

SÃO PAULO

PARANÁ

Arroz (30 kg)

Feijão Preto (30 kg)

Soja (em farelo) ( t)

Trigo (em grão) (60 kg)

Dez/2000 Dez/2001 Dez/2002 Dez/2003 Dez/2004 Dez/2005 Dez/2006 Dez/2007 Dez/2008 Dez/2009 Dez/2010 Dez/2011 Dez/2012 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Set/2015 Out/2015 Nov/2015

20,69 28,00 38,00 52,36 33,78 30,00 34,01 43,67 52,54 48,34 54,40 44,28 65,00 59,51 60,36 59,91 54,80 62,02 61,07 61,67 61,78 61,23 58,00 58,46 60,00 60,00 60,07 60,10 60,35 62,05 67,60 74,88 74,70 74,05 74,85 77,40 58,98

19,08 49,95 48,47 43,16 48,65 60,01 33,47 72,29 85,72 44,14 56,57 52,75 80,81 92,71 89,62 87,40 94,41 95,37 88,74 81,73 80,26 79,91 80,77 78,43 77,84 78,69 87,87 89,11 84,95 80,90 77,91 73,80 74,08 75,75 77,42 80,63 81,41

434,03 496,42 745,55 756,77 522,76 513,04 506,57 682,33 736,91 740,11 734,82 584,62 1.239,97 1.298,74 1.230,87 1.202,97 1.209,69 1.186,52 1.165,31 1.170,80 1.062,62 1.083,22 1.047,49 1.050,81 1.164,19 1.174,61 1.132,40 1089,72 1152,64 1108,53 1046,36 1047,04 1143,47 1186,26 1.323,52 1.393,83 1370,71

15,03 17,80 34,94 28,58 21,26 21,96 29,23 34,35 28,50 27,50 27,40 26,43 41,50 47,27 45,64 46,29 46,76 49,57 49,94 48,41 44,43 36,71 34,56 32,19 33,54 34,32 34,37 34,51 35,94 40,36 41,54 40,00 38,97 38,90 39,33 42,20 43,48

10,30 11,78 24,37 17,73 15,00 14,26 19,44 28,69 17,93 17,66 22,69 23,20 31,00 22,54 23,50 24,39 27,02 27,27 25,85 23,90 22,20 21,44 20,90 21,07 23,99 24,95 24,43 24,39 25,01 24,69 23,00 23,32 24,54 24,96 27,30 28,93 28,71

Dez/2015

62,10

87,64

1314,07

43,30

29,39

Jan/2016

66,85

106,78

1397,50

44,10

36,59 38,67

Milho (60 kg)

Fev/2016

68,55

100,91

1404,32

45,16

Mar/2016

69,97

96,83

1140,93

45,29

41,08

1110,13

46,60

46,10

Abr/2016

69,89

98,09

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulhinha.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL BRASIL DATA

2005 (DEZ) 2006 (DEZ) 2007 (DEZ) 2008 (DEZ) 2009 (DEZ) 2010 (DEZ) 2011 (DEZ) 2012 (DEZ) Jan/2013 Fev/2013 Mar/2013 Abr/2013 Mai/2013 Jun/2013 Jul/2013 Ago/2013 Set/2013 Out/2013 Nov/2013 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Set/2015 Out/2015 Nov/2015 Dez/2015 Jan/2016 Fev/2016 Mar/2016 Abr/2016

Fundo de Investimento Financeiro – FIF (PL mensal, R$ milhões) 7837(1) 653.714 794.875 912.869 917.297 1.086.267 1.286.654 1.501.728 1.786.186 1.836.788 1.852.863 1.864.287 1.877.294 1.895.304 1.880.342 1.904.243 1.914.304 1.919.844 1.923.553 1.921.603 1.939.384 1.934.332 1.952.954 1.979.747 1.983.269 2.017.747 2.045.954 2.067.374 2.107.037 2.130.781 2.149.367 2.166.487 2.156.887 2.192.912 2.226.999 2.260.558 2.282.144 2.235.805 2.355.165 2.388.160 2.425.397 2.343.942 2.448.624 2.465.544 2.472.963 2.522.931 2.553.705 2.600.246 2.635.683

EUA

Índice Ibovespa Emissão Primária Valor das empresas fechamento de Debêntures listadas no Ibovespa mensal 7841 (R$ (R$ bilhões) 7848(3) (pontos) 7845 (2) milhões) 841 33.455 41.538 1.181 44.473 69.463 1.765 63.886 46.535 1.088 37.550 37.458 1.740 68.588 2.720 2.071 69.304 2.025 1.834 56.754 220 1.962 60.952 850 1.983 59.761 0 1.918 57.424 2.141 1.932 56.352 2.160 1.925 55.910 2.551 1.907 53.506 0 1.740 47.457 0 1.779 48.234 1.465 1.792 50.011 0 1.898 52.338 0 1.995 54.256 2.328 1.947 52.482 0 1.890 51.507 300 1.803 47.638 0 1.789 47.094 1.000 1.901 50.514 250 1.940 51.626 1.098 1.902 51,239 0 1.961 53,168 0 2.037 55.829 481 2.224 61.288 0 1.979 54.115 0 1.980 54.628 845 1.992 54.724 0 1.824 50.007 0 1.745 46.907 10.000 1.897 51.583 551 1.885 51.150 321 2.066 56.229 4.600 1.949 52.760 0 1.973 53.080 0 1.903 50.864 740 1.754 46.625 0 1.700 45.059 1.350 1.679 45.868 1.892 1.659 45.120 0 1.591 43.349 1.185 1.506 40.405 0 42.793 0 1.795 50.055 0 1.918 53.910 0

Dow Jones – NYSE fechamento (pontos) 7846 (3) 10.718 12.463 13.265 8.776 10.428 11.578 12.218 13.104 13.861 14.054 14.579 14.804 15.116 14.910 15.500 14.810 15.130 15.546 16.086 16.577 15.699 16.322 16.458 16.581 16.717 16.827 16.563 17.098 17.043 17.391 17.828 17.823 17.165 18.133 17.776 17.841 18.011 17.620 17.690 16.528 16.285 17.664 17.720 17.425 16.466 16.517 17.685 17.831

Nasdaq fechamento (pontos) 7847 (4) 2.205 2.415 2.652 1.577 2.269 2.653 2.605 3.020 3.142 3.160 3.268 3.329 3.456 3.403 3.626 3.590 3.771 3.920 4.060 4.177 4.104 4.308 4.199 4.115 4.243 4.408 4.370 4.580 4.493 4.631 4.792 4.736 4.635 4.964 4.901 4.941 5.070 4.987 5.128 4.777 4.620 5.054 5.109 5.007 4.614 4.558 4.870 4.775

FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq NOTA: Para os anos de 2005 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1996-2016

(Em US$ 1.000 FOB - ACUMULADO - e variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X)

ANO

IMPORTAÇÃO (M)

Var. %

Var. %

SALDO (X-M) VALOR

1996

Valor 4.245.905

47

Valor 2.434.733

2

1.811.172

1997

4.853.587

14

3.306.968

36

1.546.619

1998

4.227.995

(13)

4.057.589

23

170.406

1999

3.932.659

(7)

3.699.490

(9)

233.169

2000

4.394.162

12

4.686.229

27

-292.067

2001

5.320.211

21

4.928.952

5

391.259

2002

5.703.081

7

3.333.392

(32)

2.369.689

2003

7.157.853

26

3.486.051

5

3.671.802

2004

9.405.026

31

4.026.146

15

5.378.879

2005

10.033.533

7

4.527.237

12

5.506.296

2006

10.016.338

(0)

5.977.971

32

4.038.367

2007

12.352.857

23

9.017.988

51

3.334.870

2008

15.247.252

23

14.570.222

62

677.030

2009

11.222.827

(26)

9.620.837

(34)

1.601.990

2010

14.176.010

26

13.956.180

2011

17.394.228

22,70

18.766.895

45 34,46

219.831 -1.372.667

2012

17.709.585

1,81

19.387.410

3,30

-1.677.825

2013 2014

18.239.202

2,99

19.343.839

-0,23

-1.104.637

16.332.120

-10,46

17.293.735

-10,61

-961.614

2015

14.909.081

-8,71

12.448.504

-28,03

2.460.577

JAN-ABR /2016

4.864.203

10,88

3.288.208

-22,80

1.575.996

FONTE: MDIC/SECEX

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1996-2016 ANO 1996

(Em US$ 1.000 FOB – ACUMULADO - e variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X) Valor Var. % 47.746.728

...

IMPORTAÇÃO (M) Valor Var. % 53.345.767

...

SALDO (X-M) Valor -5.599.039

Var. % ...

1997

52.982.726

10,97

59.747.227

12,00

-6.764.501

20,82

1998

51.139.862

(3,48)

1999

48.012.790

(6,11)

57.763.476

(3,32)

-6.623.614

(2,08)

49.301.558

(14,65)

-1.288.768

(80,54)

2000

55.118.920

14,80

55.850.663

13,28

-731.743

(43,22)

2001

58.286.593

5,75

55.601.758

(0,45)

2.684.835

(466,91)

2002

60.438.653

3,69

47.242.654

(15,03)

13.195.999

391,50

2003

73.203.222

21,12

48.325.567

2,29

24.877.655

88,52

2004

96.677.497

32,07

62.835.616

30,03

33.841.882

36,03

2005

118.529.184

22,60

73.600.376

17,13

44.928.809

32,76

2006

137.807.470

16,26

91.350.841

24,12

46.456.629

3,40

2007

160.649.073

16,58

120.617.446

32,04

40.031.627

(13,83)

2008

197.942.443

23,21

172.984.768

43,42

24.957.675

(37,66)

2009

152.994.743

(22,71)

127.715.293

(26,17)

25.279.450

1,29

2010

201.915.285

31,98

181.722.623

42,28

20.192.662

(20,12)

2011

256.039.575

26,81

226.245.113

24,47

29.794.462

...

2012

242.579.776

-5,26

223.154.429

-1,37

19.425.346

...

2013

242. 033.575

-0,22

239.631.216

7,37

2.402.358

...

2014

225.100.885

-7,00

229.060.058

-4,46

-3.959.173

...

2015 JAN-ABR/2016

191.134.325 55.941.903

-15,09 -3,43

171.449.050 42.697.961

-25,18 -32,22

19.685.274 13.243.942

... ...

FONTE: MDIC/SECEX Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS (COMPLEXO SOJA E TRIGO) - SAFRAS 2009/2016 CULTURA

Algodão em Pluma

Arroz em Casca

Feijão

Milho

Soja em Grãos

Farelo de Soja

Óleo de Soja

Trigo

SAFRA

ESTOQUE INICIAL

PRODUÇÃO

IMPORTAÇÃO

SUPRIMENTO

CONSUMO

(Mil toneladas)

EXPORTAÇÃO

ESTOQUE FINAL

2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16

394,2 76,0 521,7 470,5 305,1 438,5 349,1

1.194,1 1.959,8 1.893,3 1.310,3 1.734,0 1.562,8 1.441,1

39,2 144,2 3,5 17,4 31,5 2,1 5,0

1.627,5 2.180,0 2.418,5 1.798,2 2.070,6 2003,4 1795,2

1.039,0 900,0 895,2 920,2 850,0 820,0 800,0

512,5 758,3 1.052,8 572,9 748,6 834,3 740,0

76,0 521,7 470,5 305,1 472,0 349,1 255,2

2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16

2.531,5 2.457,3 2.569,5 2.125,3 1.082,1 868,3 758,0 317,7 366,9 686,4 373,8 129,2 303,8 103,2 7.112,8 5.589,1 5.963,0 5.514,2 8.258,9 11.835,5 10506,7 674,4 2.607,2 3.016,5 444,0 910,3 1414,8 792,9 1.903,2 1967,9 3.177,8 868,7 447,1 268,8 835,3

11.660,9 13.613,1 11.599,5 11.819,7 12.121,6 12.448,6 10998,1 3.322,5 3.732,8 2.918,4 2.806,3 3453,7 3115,3 3182,7 56.018,1 57.406,9 72.979,5 81.505,7 80.052,0 84.672,4 79955,2 68.688,2 75.324,3 66.383,0 81.499,4 86.120,8 96.228,0 96.905,1 26.719,0 29.298,5 26.026,0 27.258,0 28.336,0 30.492,2 30.415,0

1.044,8 825,4 1.068,0 965,5 1.000,0 550,0 1200,0 181,2 207,1 312,3 304,4 135,9 110,0 200 391,9 764,4 774,0 911,4 800,0 350,0 1500,0 117,8 41,0 266,5 282,8 630,0 324,1 300,0 39,5 24,8 5,0 3,9 1,0 1,0 1,0

15.237,2 16.895,8 15.237,0 14.910,5 14.203,7 13.866,9 12956,1 3.821,4 4.306,8 3.917,1 3.484,5 3718,8 3529,1 3485,9 63.522,8 63.760,4 79.716,5 87.931,3 89.110,9 96.857,9 91961,9 69.480,4 77.972,5 69.666,0 82.226,2 87.661,1 97.966,9 97.998,0 28.661,7 31.291,2 29.208,8 28.130,6 28.784,4 30.762,0 31.251,3

12.152,5 12.236,7 11.656,5 12.617,7 12.000,0 11900,0 11600,0 3.450,0 3.600,0 3.500,0 3.320,0 3.350,0 3.350,0 3300,0 46.967,6 48.485,5 51.888,6 53.498,3 53.905,6 55.959,5 58.391,0 37.800,0 41.970,0 36.754,0 38.524,0 39.935,8 42.850,0 42.500,0 12.944,0 13.758,0 14.051,0 14.350,0 14.799,3 15.100,0 15.500,0

627,4 2.089,6 1.455,2 1.210,7 1.200,0 1.300,0 1.100,0 4,5 20,4 43,3 35,3 65,0 90,0 65,0 10.966,1 9.311,9 22.313,7 26.174,1 20.913,8 30.877,7 28.400,0 29.073,2 32.986,0 31.468,0 42.791,9 45.691,0 54.324,0 55000,0 13.668,6 14.289,0 14.289,0 13.333,5 13.716,0 14.826,7 15.200,0

2.457,3 2.569,5 2.125,3 1.082,1 1.003,7 666,9 256,1 366,9 686,4 373,8 129,2 303,8 89,1 120,9 5.589,1 5.963,0 5.514,2 8.258,9 14.291,5 10.020,7 5.170,9 2.607,2 3.016,5 444,0 740,1 1414,8 792,9 498,0 2.049,1 3.177,8 868,7 447,1 268,8 835,3 551,3

2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16

302,2 676,6 988,5 651,0 640,2 580,5 298,6

6.766,5 7.419,8 6.591,0 6.903,0 7.176,0 7.722,0 7.702,5

16,2 0,1 1,0 5,0 0,1 25,2 12,0

7.084,9 8.096,5 7.580,5 7.559,0 7.816,3 8.327,7 8.013,1

4.980,0 5.367,0 5.172,4 5.556,3 5.930,8 6.359,2 6.380,0

1.563,8 1.741,0 1.757,1 1.362,5 1.305,0 1.669,9 1.400,0

541,1 988,5 651,0 640,2 580,5 298,6 233,1

2.879,9 2.201,6 1.956,1 1.527,6 2.268,9 1.174,6

5.881,6 5.788,6 4.379,5 5.527,8 5.971,1 5.534,9

5.922,2 5.771,9 6.011,8 7.010,2 5.328,8 5.380,0

14.559,9 14.002,0 13.345,8 13.697,8 13.568,8 12.089,5

9.842,4 10.144,9 10.134,3 11.381,5 10.713,7 10.217,3

2.515,9 1.901,0 1.683,9 47,4 1.680,5 1.100,0

2.201,6 1.956,1 1.527,6 2.268,9 1.174,6 772,2

2010 2011 2012 2013 2014 2015

FONTE: CONAB – Levantamento 8 - MAI/2016 (disponível em: www.conab.gov.br) Nota: Estoque de passagem – Algodão, feijão e soja: 31 de dezembro – Arroz 28 de fevereiro – Milho 31 de janeiro e Trigo 31 de julho.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1989-2016

(Mil toneladas e mil hectares)

BRASIL ANO

Produção

Área Colhida

MAIORES ESTADOS PRODUTORES Rendimento Médio (kg/ha)

Mato Grosso Produção

Área Colhida

Paraná Produção

Goiás

Área Colhida

Produção

Mato Grosso do Sul

Área Colhida

Produção

Área colhida

Minas Gerais Produção

Área colhida

1989/1990

20.101

11.551

1.740,16

2.901

1.503

4.572

2.286

1.411

941

1.934

1.209

875

583

1990/1991

15.395

9.743

1.580,00

2.607

1.100

3.617

1.966

1.659

790

2.300

1.013

963

472

1991/1992

19.419

9.582

2.027,00

3.485

1.452

3.415

1.798

1.804

820

1.929

970

1.003

456

1992/1993

23.042

10.717

2.150,00

4.198

1.713

4.720

2.000

1.968

984

2.229

1.067

1.159

552

1993/1994

25.059

11.502

2.179,00

4.970

1.996

5.328

2.110

2.387

1.090

2.440

1.109

1.234

600

1994/1995

25.934

11.679

2.221,00

5.440

2.295

5.535

2.121

2.133

1.123

2.426

1.098

1.188

600

1995/1996

23.190

10.663

2.175,00

4.687

1.905

6.241

2.312

2.046

909

2.046

845

1.040

528

1996/1997

26.160

11.381

2.299,00

5.721

2.096

6.566

2.496

2.478

991

2.156

862

1.176

523

1997/1998

31.370

13.158

2.384,00

7.150

2.600

7.191

2.820

3.372

1.338

2.282

1.087

1.383

601

1998/1999

30.765

12.995

2.367,00

7.134

2.548

7.723

2.769

3.418

1.325

2.740

1.054

1.336

577

1999/2000

32.890

13.623

2.414,00

8.801

2.905

7.130

2.833

4.073

1.455

2.501

1.107

1.397

594

2000/2001

38.432

13.970

2.751,00

9.641

3.120

8.623

2.818

4.158

1.540

3.130

1.065

1.496

642

2001/2002

42.230

16.386

2.577,00

11.733

3.853

9.502

3.291

5.420

1.902

3.279

1.192

1.949

719

2002/2003

52.018

18.475

2.816,00

12.949

4.420

10.971

3.638

6.360

2.171

4.104

1.415

2.333

874

2003/2004

49.793

21.376

2.329,00

15.009

5.241

10.037

3.936

6.147

2.572

3.325

1.797

2.659

1.066

2004/2005

52.305

23.301

2.245,00

17.937

6.105

9.707

4.148

6.985

2.662

3.863

2.031

3.022

1.119

2005/2006

55.027

22.749

2.419,00

16.700

6.197

9.646

3.983

6.534

2.542

4.445

1.950

2.483

1.061

2006/2007

58.392

20.687

2.822,66

15.359

5.125

11.916

3.979

6.114

2.191

4.881

1.737

2.568

930

2007/2008

60.018

21.313

2.816,00

17.848

5.675

11.896

3.977

6.544

2.180

4.569

1.731

2.537

870

2008/2009

57.166

21.743

2.629,00

17.963

5.828

9.510

4.069

6.836

2.307

4.180

1.716

2.751

929

2009/2010

68.688

23.468

2.927,00

18.767

6.225

14.079

4.485

7.343

2.550

5.308

1.712

2.872

1.019

2013/2014

86.121

30.173

2.854,00

26.442

8.616

14.781

5.010

8.995

3.102

6.148

2.120

3.327

1.238

2014/2015

96.228

32.093

2.998,00

28.018

8.934

17.210

5.225

8.625

3.325

7.178

2.301

3.507

1.319

2015/2016

96.905

33.082

2.929,00

27.018

9.140

17.109

5.446

10.250

3.285

7.266

2.430

4.702

1.469

FONTE: CONAB

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2014 PAÍSES

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

3,5

5,0

3,9

5,0

4,9

2,2

-0,4

5,0

3,7

2,9

3,0

2,6

África do Sul

3,0

4,5

5,3

5,6

5,6

3,6

-1,7

2,8

3,3

3,1

2,0

...

Alemanha

-0,7

0,7

0,9

3,9

3,4

0,8

-5,6

3,9

3,7

0,6

0,2

1,58

Argentina

8,8

9,0

9,2

8,4

8,0

3,1

0,1

9,1

8,6

0,9

2,9

...

Bolívia

2,7

4,2

4,4

4,8

4,6

6,1

3,4

4,1

5,2

5,2

6,8

5,46

Brasil

1,1

5,7

3,2

4,0

6,1

5,2

-0,3

7,5

2,7

...

...

...

Canadá

1,9

3,1

3,2

2,6

2,0

1,2

-2,7

3,4

3,0

1,9

2,0

2,44

Mundo

Chile

3,8

7,0

6,2

5,7

5,2

3,3

-1,0

5,8

5,8

5,4

4,1

1,89

China

10,0

10,1

11,3

12,7

14,2

9,6

9,2

10,3

9,3

7,8

...

...

Colômbia

3,9

5,3

4,7

6,7

6,9

3,5

1,5

4,3

...

...

...

...

Coréia do Sul

2,9

4,9

3,9

5,2

5,5

2,8

0,7

6,5

3,7

2,3

3,0

3,31

Equador

2,7

8,2

5,3

4,4

2,2

6,4

1,0

3,3

8,0

3,6

5,7

3,80

Estados Unidos

2,8

3,8

3,3

2,7

1,8

-0,3

-2,8

2,5

1,6

2,3

2,2

2,39

França

0,8

2,6

1,6

2,6

2,3

0,1

-2,9

1,9

2,1

0,4

0,4

0,39

Índia

8,0

7,0

9,5

9,6

9,3

6,7

8,6

9,3

6,3

4,5

6,6

7,2

Indonésia

4,8

5,0

5,7

5,5

6,3

6,0

4,6

6,2

6,5

6,2

5,8

5,02

Itália

0,2

1,4

1,2

2,1

1,3

-1,1

-5,5

1,7

0,7

-2,3

-1,9

-0,65

Japão

1,7

2,4

1,3

1,7

2,2

-1,1

-5,5

4,7

-0,4

1,7

1,6

-0,15

México

1,4

4,2

3,1

5,0

3,2

1,4

-4,7

5,2

3,9

4,0

1,4

2,15

Paraguai

4,3

4,1

2,1

4,8

5,4

6,4

-4,0

13,1

4,3

-1,2

14,3

4,23

Peru

4,0

5,6

6,3

7,5

8,5

9,1

1,0

8,5

6,5

6,0

5,8

2,34

Reino Unido

4,3

2,5

2,8

3,0

2,6

-0,3

-4,3

1,9

1,6

0,7

1,7

2,82

Rússia

7,4

7,2

6,4

8,2

8,5

5,3

-7,8

4,5

4,3

3,4

7,4

0,63

Tailândia

7,0

6,2

4,5

5,6

4,9

2,5

-2,3

7,8

0,1

6,5

2,9

0,73

Uruguai

0,8

5,0

7,5

4,1

6,5

7,2

2,4

8,4

7,3

3,7

4,4

...

-7.76

18.29

10.32

9.87

8.75

5.28

-3.20

-1.49

4.18

...

...

...

Venezuela

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


INDICADORES

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2014 PAÍSES

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014 3,22

Mundo

3,91

4,86

4,90

4,37

4,83

4,73

1,47

4,69

4,97

2,87

3,65

África do Sul

5,86

1,39

3,40

4,64

7,10

11,54

7,13

4,26

5,00

5,65

5,45

Alemanha

1,44

1,05

0,60

0,31

1,62

0,81

1,70

0,96

0,97

1,78

2,56

Argentina

6,38 0,91

10,50

9,22

8,82

13,53

14,95

23,94

10,28

15,40

17,62

16,39

...

....

Bolívia

6,33

7,97

5,94

13,66

7,37

10,38

-2,42

8,78

14,57

6,91

6,01

5,78

Brasil

13,72

8,04

7,21

6,15

5,87

8,33

7,19

8,23

6,97

...

...

6,33

Canadá

3,18

2,99

2,83

2,47

4,31

3,42

-2,01

2,68

2,94

3,76

1,37

1,91

Chile

4,97

7,47

7,15

12,65

4,84

0,47

3,84

8,83

3,33

1,30

1,73

4,40

China

1,16

3,88

1,82

1,46

4,75

5,86

-0,70

3,31

5,41

2,65

2,63

1,99

Colômbia

6,47

5,13

15,86

5,78

5,04

7,56

3,41

3,86

6,73

3,17

1,52

2,88

Coréia do Sul

3,40

2,98

1,03

-0,14

2,40

2,96

3,54

3,16

1,58

1,04

0,70

1,27

Equador

10,59

4,26

7,73

8,00

6,65

13,85

-1,36

6,75

6,71

4,40

4,95

3,57

EUA

1,99

2,75

3,22

3,07

2,66

1,96

0,76

1,22

2,06

1,80

1,49

1,62

França

2,09

1,44

2,11

2,24

2,51

2,25

0,51

0,73

1,23

1,20

1,02

0,51

Índia

3,81

3,77

4,25

6,15

6,37

8,35

10,88

11,99

8,86

9,31

10,91

6,35

Indonésia

5,49

8,55

14,33

14,09

11,26

18,15

8,27

8,26

8,12

4,53

4,16

6,39

Itália

2,89

2,59

1,74

1,87

2,60

2,44

2,07

0,40

1,20

1,50

1,53

0,24

Japão

-1,71

-1,35

-1,27

-1,11

-0,91

-1,24

-0,51

-2,19

-1,89

-1,20

-0,62

2,75

México

21,14

8,36

5,21

6,34

4,97

6,06

3,40

4,46

5,37

3,23

1,63

4,02

Paraguai

12,21

8,99

10,08

6,08

9,77

9,34

2,04

6,10

9,83

5,55

-3,80

5,03

Peru

2,30

1,99

2,10

8,29

2,39

1,94

1,56

6,01

5,17

2,08

1,73

3,23

Reino Unido

2,17

2,91

2,81

2,69

2,87

2,89

1,99

3,17

2,13

1,66

1,79

1,46

1,29

7,83

Rússia Tailândia

1,63

3,31

4,56

4,69

3,55

3,84

1,92

3,66

4,25

1,33

1,67

1,90

Uruguai

16,54

10,10

0,68

6,53

9,42

8,02

5,58

4,66

8,98

7,37

7,62

8,88

Venezuela

34,93

33,95

29,60

17,90

15,45

30,13

7,83

45,94

28,15

14,06

...

62,17

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 4, junho de 2016


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.