Vitrine da Conjuntura - v. 9, n. 10, dezembro 2016

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EDITORIAL

O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário lança a derradeira edição de 2016 da revista eletrônica mensal Vitrine da Conjuntura, correspondente a dezembro, contendo três textos abordando aspetos da economia mundial e nacional, além das partes permanentes do Panorama Econômico e dos Indicadores. O primeiro artigo trata dos resultados do produto interno bruto (PIB) brasileiro, relativos ao terceiro trimestre de 2016, confirmando dois anos e meio de situação recessiva. A segunda abordagem levanta as explicações e os efeitos da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A terceira incursão destaca a recente conquista da FAE, marcada pela obtenção, pelo Curso de Economia, do selo de melhor do Paraná, entre o elenco de instituições de ensino privadas, conferido pelo Ranking Universitário do Jornal Folha de São Paulo (RUF). A equipe do periódico que, por sinal, completa dez anos em março de 2017, deseja, a todos, um Abençoado Natal e um Feliz Ano Novo.

Ótima leitura. Gilmar Mendes Lourenço Editor.

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Equipe Técnica

Carlos Ilton Cleto Economista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor da FAE.

Gilmar Mendes Lourenço Economista, mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da FAE, eleito “O Economista Paranaense Acadêmico do Ano de 2011”, pelo Corecon/PR, e vencedor do Prêmio “Imprensa”, em 2011, 2012, 2013 e 2014, na categoria gestor de empresa pública, oferecidos pelo grupo Quality TV & Jornais.

Gustavo Nunes Mourão Economista, mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá e professor da FAE.

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O POÇO RECESSIVO BRASILEIRO: EMPREITADA DE DEZ TRIMESTRES Gilmar Mendes Lourenço

De acordo com os dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira completou, no intervalo compreendido entre julho e setembro de 2016, dez trimestres consecutivos de recessão, a mais profunda e prolongada da história republicana. Contrariando os prognósticos otimistas reinantes nos meios oficiais e ambientes especializados, preparados predominantemente entre os meses de maio e setembro de 2016, fortemente influenciados pela discreta melhora dos indicadores qualitativos, ligados à confiança de empresários (já abrandada em outubro e novembro) e consumidores, sinalizadores de diminuição do pessimismo, o produto interno bruto (PIB) do País encolheu -2,9%, no terceiro trimestre de 2016, em relação ao mesmo período de 2015, sendo o pior desempenho de um elenco de 39 países que já disponibilizaram as inferências. Para os indicadores acumulados entre janeiro e setembro e em doze meses a retração foi de -4,0% e -4,4%, respectivamente. A continuidade da rota cadente foi generalizada setorialmente, com redução de -6,0% na agropecuária, -2,9% na indústria, -3,5% na transformação, -2,2% nos serviços e -4,4% no comércio. Pela ótica da demanda final, houve contração de -3,4% no consumo das famílias, -0,8% nos dispêndios governamentais, -8,4% no investimento e acréscimo de 0,2% nas exportações. O consumo privado vem despencando desde o início de 2015, por conta da fragilização do mercado de trabalho, caracterizada pela impulsão do desemprego e compressão dos rendimentos, com desocupação e subutilização (desemprego, desalento e subocupação por insuficiência de horas) da mão de obra atingindo 11,8% e 21,2% da população economicamente ativa (PEA), respectivamente. Enquanto isso, a taxa de investimento, abalada pela queda dos lucros corporativos e a deterioração fiscal e financeira do setor público, caiu de 18,2% do PIB, no terceiro trimestre de 2015, para 16,5% do PIB, no mesmo período de 2016, o que explica o recuo de -6,8% das importações. Trata-se da mais intensa e longa contração produtiva já registrada pela nação, constatando-se baixa de -10,0%, entre abril de 2014 e setembro de 2016; contra declínio de -5,4%, em 1929 e 1930, por ocasião dos efeitos conjugados da Grande Depressão mundial e da crise de superprodução de café; -6,2%, entre 1981 e 1983, devido aos equívocos de política econômica doméstica, pós-choque do petróleo e dos juros mundiais, em fins de 1979, que resultaram em falência do Estado e interrupção do crédito voluntário externo; e -3,9%, no período 1990-1992, quando Fernando Collor lançou um programa de combate à inflação centrado na retenção de 80% do meio circulante. No entanto, diferentemente daquelas instabilidades, que foram superadas pela deflagração de robusto elenco de providências e programas estruturantes, o estágio atual vem sendo marcado pela carência de formulação e execução de propostas de saídas consistentes, prejudicadas pelas acentuadas flutuações das variáveis políticas, mesmo depois do desfecho do processo de impeachment. Apenas para recordar, os remédios às mazelas pretéritas repousaram no desencadeamento do programa de industrialização por substituição de importações, nos anos 1930; e na transferência líquida de recursos reais ao exterior, por meio da alavanca exportadora, na primeira metade da década de 1980, viabilizada pela maturação dos megaprojetos de investimentos, implantados durante a gestão do presidente Geisel, entre 1974 e 1979. De seu turno, o plano real e as mudanças instituições (abertura comercial, desregulamentação dos mercados, flexibilização dos monopólios, regulamentação das concessões dos serviços públicos, privatizações, responsabilidade fiscal, etc.), aplicados nos anos 1990, sobretudo na segunda metade, sob a batuta dos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso; respectivamente, propiciaram o retorno da previsibilidade no cálculo econômico.

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Por certo, o escape do abismo presente abarca a restauração das bases e organização de uma agenda de O escape do abismo presente desenvolvimento nacional, englobando o reequilíbrio estrutural das finanças públicas, de modo a fazer com que o Estado caiba abarca a restauração das bases novamente no orçamento; e a nova geração de reformas e organização de uma agenda microeconômicas, especialmente tributária, financeira, de desenvolvimento nacional. administrativa, trabalhista, previdenciária, patrimonial, com o restabelecimento de condições propícias às privatizações e concessões, e do judiciário. Com respeito ao judiciário, cabe observar que suas despesas representam 1,8% do PIB, no Brasil, versus 0,14%, nos Estados Unidos (EUA), 0,20%, no Chile, e menos de 1%, na Europa. Além disso, o Supremo Tribunal Federal ostenta aproximadamente 300 funcionários para cada juiz e a Justiça do Trabalho teria concedido, em 2015, R$ 8,0 bilhões em benefícios, aos trabalhadores brasileiros que a ela recorreram, e gasto R$ 17,0 bilhões com sua estrutura de funcionamento. Os registros administrativos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, permitem denotar que, em 2015, 13.149 servidores públicos (federais, estaduais e municipais) receberam montante de salários e remunerações médias mensais superiores ao teto do funcionalismo (R$ 33.763,00), sendo 4.121 (31,3%) pertencentes ao judiciário. Igualmente relevante seria a desobstrução dos gargalos infraestruturais, capaz de transformar o Brasil em um verdadeiro canteiro de obras; a continuidade da inclusão social, menos por consumo privado e mais pela provisão de serviços públicos de qualidade; e a adoção de políticas comerciais mais pragmáticas, desatreladas de interesses ideológicos e com câmbio competitivo. É também essencial a busca da reindustrialização, amparada em estratégias públicas horizontais, focadas na perseguição da multiplicação dos ganhos de eficiência, através de expressivas inversões no binômio formado por educação e inovação. A contribuição da indústria de transformação no PIB diminuiu de 17,8%, em 2004, para 11,8%, em 2015. Além disso, a produtividade do trabalhador brasileiro corresponde a menos de ¼ do americano, 40% do sulcoreano, 51% do chileno e 59% do russo, tendo crescido apenas 0,4% ao ano, desde 2003, versus mais de 5% a.a., dos asiáticos, 3,0% a.a., dos europeus, e mais de 4,0% a.a., dos norte-americanos. Na mesma linha, o Brasil destina 1,1% do PIB a.a. para aplicações em ciência e tecnologia, contra mais de 3% do PIB a.a., nos mercados avançados. Por essa perspectiva, ainda que dolorosa em curto e médio prazo, a aprovação e implantação da proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece teto para os gastos públicos representa apenas o começo de um árduo esforço coletivo de reconstrução de uma aliança hegemônica de poder, definidora de ganhadores e perdedores diretos de um novo ciclo de expansão da economia brasileira.

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TRIUNFO DE DONALD TRUMP: MENSAGENS E SIGNIFICADO Gilmar Mendes Lourenço

A despeito das manifestações de surpresa de membros da academia, analistas políticos e formadores de opinião, e medo e indignação de parte da população mundial, o triunfo de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos (EUA), traz algumas mensagens extremamente relevantes, se forem considerados a natureza racional de sua expressiva massa de eleitores, a envergadura e solidez das instituições daquele País, especialmente do Congresso, a necessidade de aprimoramentos nos diálogos não traumáticos com a Rússia e a ascensão de uma espécie de novo populismo, avesso aos preceitos democráticos mais elementares. É fácil perceber a proliferação de uma demagogia de extrema direita, sintetizada nas ações da influente francesa Marine Le Pen, da Frente Nacional, de Vladimir Putin (mandatário da Rússia) e de Recep Tayyip Erdogan (presidente da Turquia), que vem garimpando encorpadas revoltas contra a drástica redução do ritmo de expansão econômica das nações centrais (EUA e União Europeia), traduzidas na descoberta e escolha de inimigos, como companhias transnacionais e imigrantes, que estariam debilitando os mercados de ocupações locais. Os recados das urnas norte-americanas referendaram a proposta de revisão dos princípios aplicados à estratégia de intensificação da globalização dos mercados, desde fins dos anos 1980, que serviram para catapultar a China para o posto de maior exportador do planeta e ocasionar a perda de esplendor industrial sem precedentes na história econômica dos EUA, evidenciada pelo deslocamento de atividades para o continente asiático na busca de menores custos de mão de obra. O êxito eleitoral do rótulo de não político de Trump, destacado durante a campanha, representou uma fragorosa derrocada da política tradicional, comandada a partir dos interesses sediados na capital nacional. Não por acaso, as regras de funcionamento do sistema capitalista mundial, em mercados avançados e emergentes (encarregados de promover, rápida e definitivamente, a abertura comercial e financeira e a desregulamentação), foram fincadas pelo Consenso de Washington, em novembro de 1989. Por certo, a população americana aproveitou o espaço eleitoral para exprimir elevado grau de insatisfação com a centralização de poder no exercício de tomada de decisões estratégicas e a negligência oficial com a acentuação da heterogeneidade do tecido social, da fragilização da matriz produtiva e das disparidades inter-regionais de geração de emprego e renda, não revertida com os esforços de superação das agruras provocadas pela instabilidade causada pela crise do subprime, em 2007 e 2008. Há também que considerar a derrocada da esmagadora maioria das fábricas da “indústria de pesquisas” de intenções de voto, endossadas por veículos de comunicação de expressão, que erraram feio e serviram como suporte à artificial multiplicação das chances de vitória de uma plataforma conservadora, intervencionista e negligente com os ensaios de confrontação internacional, defendida pela candidata democrata. Em resposta aos equívocos dos resultados dos inquéritos, que ultrapassaram, em larga proporção, as margens de tolerância, e das projeções, alguns institutos apresentaram de pronto como desculpa a omissão ou silêncio na declaração de desejo de sufrágio, por parte dos eleitores de Trump, até por vergonha ou temor de intimidação. Seriam os trumpistas escondidos. A ciência política até respalda esse tipo de explicação. Estudo preparado nos anos 1970 pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann denotou a posição silenciosa a respeito de determinado tema, assumida por frações da sociedade, baseada na crença de tratar-se de opinião polêmica e minoritária. Seria a “espiral do silêncio” que também justificaria a vitória do Brexit, decisão de saída do Reino Unido da União Europeia, tomada em 2016, contrariando as previsões dos meios especializados.

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Soaria mais correto admitir a obsolescência dos procedimentos de captura de confissões de voto,

Parece mais correto admitir a

centrados em investigações telefônicas, e a elitização

obsolescência dos procedimentos

das sondagens efetuadas pelas redes sociais que, no

de captura de confissões de voto e a

caso dos EUA, não teriam captado as preferências do

elitização das sondagens efetuadas pelas redes sociais.

“cinturão da ferrugem”, área baseada na indústria pesada e manufatureira, situada no nordeste, e nas regiões dos grandes lagos e dos montes apalaches, que empobreceram com o encerramento de atividades de plantas fabris e o fechamento de vagas de trabalho.

A exceção coube ao jornal Los Angeles Times, da Califórnia. Ao longo de quatro meses, o periódico, em parceria com a Universidade da Carolina do Sul, apurou, em média, seis pontos percentuais a mais nas intenções em favor de Trump, em relação aos resultados dos levantamentos feitos pelos demais institutos. Por ocasião do voto, a interferência crucial coube à presença maciça dos eleitores de Trump – predominantemente homens brancos com reduzida escolaridade, habitantes das regiões deprimidas do meio oeste (Wisconsin e Michigan) e da Pensilvânia – e da menor participação, em relação aos pleitos anteriores que alçaram o democrata Obama, dos simpatizantes de Hillary Clinton, notadamente jovens e negros. No final das contas, o que se viu foi enorme discrepância entre os diagnósticos brotados do ambiente universitário e de formadores de opinião e o comportamento predominante nas ruas, ocupadas por eleitores americanos, precisamente a faixa considerada média e composta notadamente por trabalhadores afastados do moroso processo de recuperação econômica, iniciado em 2009. O discurso de vitória de Trump, consagrada pela regra indireta do colégio eleitoral, instituído na constituição de 1787, foi, surpreendentemente, não agressivo, carregado de acenos conciliatórios, e os reconhecimentos de derrota de Obama e Hilary foram meramente protocolares e, exatamente por isso, muito bons, na direção da restauração do diálogo e da interpretação criteriosa e adequada da voz surgida das apurações. É cedo para imaginar os passos do futuro governo de um presidente que está longe de constituir unanimidade em sua própria agremiação e atirou para todos os lados no período de disputa. Convém lembrar que o abandono de parcela relevante dos princípios do partido republicano, durante o ciclo eleitoral, atendeu não apenas aos propósitos de recuperação do cargo de presidente, mas viabilizou a maioria da legenda no legislativo e até na Suprema Corte, dado que caberá a Trump a designação do nono juiz que ensejará o desempate entre liberais e conservadores, naquele ambiente decisório. Resta aguardar a composição da equipe de secretários de estado do ocupante da Casa Branca a partir de 20 de janeiro de 2017. Se impregnada de adeptos e executores da agenda e pauta levantada nos palanques, repleta de pontos pouco consistentes e até extravagantes, inseridos em uma agressiva empreitada geopolítica antiglobalização, poderá ocasionar ferimentos na ordem econômica mundial e, por isso, dará enorme trabalho ao Congresso, guardião da estabilidade institucional. Já, se tiver feições republicanas, ortodoxas e, doravante, mais nacionalistas e com dirigismo estatal, facilitada pela provável ponte a ser construída pelo vice-presidente Mike Pence, poderá servir de freio ao cumprimento de vários “compromissos” estapafúrdios assumidos, especialmente as ideias de cancelar programas sociais como o Obamacare, criado pelo presidente Obama para área da saúde. Igualmente carente de visão ampla e justificativa convincente seriam as proposições de radical revisão do tratado de livre comércio da América do Norte (NAFTA), com Canadá e México, e a suspensão da ratificação da parceria trans-pacífico (PTP), celebrada com as nações asiáticas e latino-americanas, que, se levadas adiante, podem provocar profunda desorganização nas redes de comércio e cadeias de valor globais. Embora com apreciável apelo popular, o manejo de instrumentos voltados à reindustrialização dos EUA e ao reordenamento geográfico do eixo dinâmico da economia mundial, com a supressão do protagonismo asiático, que representa 2/3 da população mundial, possuem reduzidas chances de concretização, ao reprovarem em qualquer teste microeconômico de otimização. Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro 2016| 2


No mesmo elenco de teses complexas aparece a eliminação dos acordos de suspensão do programa nuclear com o Irã, o fim do tratado de Paris (assinado em 2015, para limitar as emissões de CO2), o reexame da participação americana na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o aumento da produção doméstica de carvão mineral em detrimento das energias renováveis como solar e eólica. No terreno da política econômica, parece provável a ativação de mecanismos dirigidos à ampliação do protecionismo (elevação das Na política econômica, é alíquotas de importação e das barreiras não tarifárias), diminuição da provável a ativação de carga tributária (de uma alíquota máxima de 39,2% para 25%) e expansão líquida dos dispêndios governamentais (acréscimo em mecanismos dirigidos à estradas, túneis, portos, aeroportos e defesa e declínio em saúde e ampliação do protecionismo, previdência), estimada em US$ 7 trilhões, o que, em circunstâncias de diminuição da carga tributária rota cadente do desemprego, forçará a elevação dos juros, valorização e expansão líquida dos dólar e pronunciado rearranjo das carteiras de ativos financeiros globais dispêndios governamentais. em favor do mercado norte-americano, o que deve comprimir e encarecer o financiamento internacional, estreitando as margens de manobra das nações com finanças públicas arruinadas. Mesmo sendo duramente afetado pelo inevitável recuo das vendas externas e das cotações das commodities minerais, metálicas e agrícolas, por conta do menor crescimento da economia mundial, o Brasil é pouco dependente de acordos comerciais.

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O GLAMOUR DO MELHOR CURSO DE ECONOMIA DO PARANÁ Gilmar Mendes Lourenço

O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário foi agraciado, em setembro de 2016, com a comenda de melhor qualidade de ensino, pesquisa e extensão, entre aqueles mantidos por instituições privadas de educação de terceiro grau, atuantes no Paraná. O selo foi conferido pelo Ranking Universitário do Jornal Folha de São Paulo (RUF), depois de exaustiva pesquisa realizada pelo veículo de comunicação, no triênio 2014-2016, envolvendo apreciações técnicas de professores avaliadores, credenciados pelo Ministério da Educação, e opiniões emitidas por profissionais do mercado corporativo. De acordo com os critérios de aferição do RUF, no conjunto de entidades dedicadas à preparação e formação de futuros economistas no Estado, a experiência de plantio de sementes de mais de seis décadas da FAE, a deixaria atrás apenas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), em sofisticada multiplicação de transmissão de conhecimentos, e correspondente aprendizado de estudantes e, por extensão, inserção plena destes no terreno de ocupações e de atividades empreendedoras. A bela conquista da escola não possui segredos ou mistérios. A obtenção do primeiro posto na corrida das organizações privadas resulta da contínua busca de aproveitamento de alguns elementos virtuosos e bônus, expressos em constante modernização das instalações, capacitação e valorização do quadro de docentes e demais colaboradores, além do envolvimento do corpo discente. Em paralelo sobressai o empenho da direção da instituição, apoiada em um grupo de professores - com um pé no mercado e o outro na academia - de primeira grandeza, e na identificação de necessidades de correções de rotas, imprescindíveis à atualização, renovação e multiplicação de descobertas, em fase com os crescentes e substanciais avanços científicos e tecnológicos e as radicais alterações na dinâmica de operação dos entes demandantes do produto FAE. De fato, a tônica do curso da FAE repousa no perene trabalho de articulação entre os projetos pedagógicos e as matrizes curriculares e a realidade do mercado, em um panorama de acirramento da concorrência intercapitalista, multidisciplinar e encaixado nos paradigmas da Terceira Revolução Industrial, da financeirização da riqueza e do desenvolvimento sustentável, centrado na edificação de consciências cidadãs.

A constituição de uma espécie de glamour do Curso de Economia da FAE está diretamente relacionada ao assíduo treinamento e preparação de times com potencial competitivo.

Mais que isso, a constituição de uma espécie de glamour do curso está diretamente relacionada ao assíduo treinamento e preparação de times com potencial competitivo, em diferentes partes dos balcões de oportunidades, que foram também disputados e ocupados por elementos com formação em administração, engenharia, contabilidade, legislação, finanças, matemática financeira, dentre outras áreas, representando, em não raros casos, uma verdadeira invasão da área de atuação exclusiva do economista. Para tanto, foi crucial a flexibilização das estruturas curriculares, na direção da produção de um profissional mais próximo das exigências e especificações determinadas pela radical mutação verificada no eixo de ocupações e dos interesses empreendedores, ao longo das últimas três décadas, alargando o terreno do segmento privado e encolhendo a demanda do setor público.

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Igualmente relevante foi a multiplicação da oferta de conteúdos multidisciplinares devido à ampliação e diversificação dos compartimentos de trabalho comuns e em rede entre distintas categorias profissionais especialmente em meio ambiente, regulação e perícia -, e a preservação organizada dos estoques e fluxos de compreensão propiciados pela retaguarda histórica, metodológica, estatística e social, característica da equipe dos cientistas sociais, da qual o economista faz parte. Isso sem perder de vista a importância estratégica de priorização de linhas de pesquisa que funcionem como autênticas caixas de ressonância da sociedade. Nessa perspectiva emerge a publicação eletrônica mensal do Curso, chamada Vitrine da Conjuntura, que, há quase dez anos, emprega metodologia contemporânea para abordagem, discussão e entendimento dos movimentos de curto prazo do sistema econômico brasileiro e regional. Por fim, o protagonismo da Economia da FAE coincide com um estágio em que a classe dos economistas – capitaneada pelas entidades dedicadas ao ensino e pesquisa e dos organismos de representação - empenha-se em resgatar seu papel chave na formulação e execução de programas de desenvolvimento para o País, depois da brutal supressão do privilegiado espaço das atividades subjacentes ao planejamento e ao poder de coordenação e de indução do estado, ou mais precisamente ao erguimento de programas públicos e privados, com prolongado horizonte temporal de maturação, típicas do economista. Essencialmente, em tempos em que os “olhos de águia” esforçam-se para recuperar o lugar reservado, por quase quatro decênios, às planilhas financeiras – na busca do robustecimento dos lucros das organizações pela impulsão da renda variável, propiciada pela hiperinflação indexada e/ou pelos juros reais elevados -, os economistas tornam-se novamente peças fundamentais nas tarefas de proposição e intervenção visando à conciliação entre maximização da eficiência produtiva e homogeneização do tecido social. O doce regresso da combinação entre ciência econômica e explicitação e negociação coletiva de um projeto de nação passa, invariavelmente, pela concepção e implementação de providências amargas, centradas no ajuste fiscal de abrangente e longo alcance, reformas estruturais e restauração da lógica determinada pela produtividade. Ao economista cabe interferência decisiva nesse processo, no qual o Curso de Economia da FAE está na dianteira. Até porque, é prudente não esquecer a existência de forte correlação entre o charme de uma instituição de educação superior e a excelência de seu ensino em Ciências Econômicas.

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INDICADORES

EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO – 2016-2020 ANO

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB

TAXA DE JUROS SELIC

TAXA DE CÂMBIO R$/US$

TAXA DE INFLAÇÃO IPCA

2016

-3,44

13,69

3,33

6,73

2017

0,96

10,67

3,41

4,96

2018

2,36

10,02

3,52

4,59

2019

2,45

9,76

3,60

4,50

2020

2,47

9,44

3,68

4,44

FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 25/11/2016 NOTA: Meta para taxa de juros SELIC e taxa de câmbio para o final do ano.

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% PIB) – COMPARAÇÃO MENSAL ÚLTIMOS 10 ANOS – OUTUBRO 2006-2016 OUT/

GOVERNOS ESTADUAIS

BACEN

2006

29,94

0,35

15,01

0,88

46,19

2007

29,45

0,77

13,61

0,76

44,59

2008

24,97

-0,69

13,25

0,79

38,31

2009

29,44

-1,08

12,39

0,72

41,46

2010

26,87

-1,05

11,44

0,61

37,88

2011

25,38

-1,09

10,79

0,58

35,66

2012

22,26

-1,09

10,82

0,53

32,51

2013

21,63

-1,13

10,59

0,59

31,68

2014

22,53

-1,29

10,79

0,64

32,68

2015

23,09

-2,94

12,59

0,85

33,60

2016

33,69

-2,53

12,18

0,88

44,22

E MUNICIPAIS

EMPRESAS ESTATAIS

SETOR PÚBLICO

GOVERNO FEDERAL

ANO

CONSOLIDADO

FONTE: Banco Central do Brasil, DEPEC

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INDICADORES

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM CURITIBA – OUTUBRO/2016 MOVIMENTAÇÃO AGREGADA

CURITIBA

%

MICRO REGIÃO

%

PARANÁ

%

BRASIL

ADMISSÕES

23.720

72,01

32.942

28,56

83.039

2,15

1.104.431

DESLIGAMENTOS

23.401

70,70

33.101

28,05

83.426

1,98

1.179.179

Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2016

713.234

70,85

1.006.653

26,88

2.653.120

1,80

39.693.050

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

152.030

71,80

211.733

23,28

653.176

1,85

8.197.918

VARIAÇÃO ABSOLUTA

319

-

-159

-

-387

-

-74.748

FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de Curitiba em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – OUTUBRO/2016 MOVIMENTAÇÃO AGREGADA

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

%

MICRO REGIÃO

%

PARANÁ

%

BRASIL

ADMISSÕES

2.628

7,98

32.942

3,16

83.039

0,24

1.104.431

DESLIGAMENTOS

2.615

7,90

33.101

3,13

83.426

0,22

1.179.179

Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2016

87.252

8,67

1.006.653

3,29

2.653.120

1,80

39.693.050

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

14.206

6,71

211.733

2,17

653.176

1,85

8.197.918

VARIAÇÃO ABSOLUTA

13

-

-159

-

-387

-

-74.748

FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de São José dos Pinhais em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM ARAUCÁRIA – OUTUBRO/2016 MOVIMENTAÇÃO AGREGADA

ARAUCÁRIA

%

MICRO REGIÃO

%

PARANÁ

%

BRASIL

ADMISSÕES

1.040

3,16

32.942

1,25

83.039

0,09

1.104.431

DESLIGAMENTOS

1.307

3,95

33.101

1,57

83.426

0,11

1.179.179

Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2016

38.214

3,80

1.006.653

1,44

2.653.120

0,10

39.693.050

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

5.767

2,72

211.733

0,88

653.176

0,07

8.197.918

VARIAÇÃO ABSOLUTA

-267

-

-159

-

-387

-

-74.748

FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de Araucária em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES

EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) – NOV/2015-OUT/2016 DIA

JAN/16

FEV/16

MAR/16

ABR/16 50561,52

1

40570,03

44121,79

2

38596,16

44893,48

3

MAI/16

JUN/16

JUL/16

49.012,65

52.233,04

53561,53

49.887,24

52260,18

50619,49

48053,66

46393,26 45360,75

51.842,27

57661,14

42419,32

40592,09

41773,14

7

40694,72

49246,10

48513,10

50487,35

52.014,65

8

40612,20

49102,13

50292,92

51629,29

53.140,74

9 10

51118,46

57689,41

49422,15

56919,77

49638,67

39318,30

13

38944,44 39500,10 38569,12

40092,89

50165,47

52764,46

53.960,11

58299,57

52001,86

53241,31

54.256,40

58298,40

53149,84

51804,30

49660,79

54.598,28

48867,33

52411,01

48648,29

55.480,86

47130,02

53227,74

48914,74

55.578,23

47763,43

51802,92

49411,61

58855,43

41630,81

50913,78

50839,44

49533,84

59323,83

50814,65

37937,27

41477,63

38057,01

41543,40

20

37645,47

21

37717,10

22

38031,22

51171,54

52894,07

50561,70

56.484,21

59166,01

53710,04

50132,53

56.698,06

59098,92

53630,93

49722,74

52907,87

43234,85

51010,19

42520,94

49690,04

24

42084,55

49657,39

25

41887,90

51861,71

41593,07

53082,50

23

26

37497,47

27

38376,36

28

38630,19

29

40405,99

54477,78

42793,86

30

50838,22

54311,96

51154,99

53910,50

51248,92

31

50055,27

61767,21

63782,20

47435,57

43910,59

63505,60

48138,88

63837,85

50156,30

57.022,08

50105,26

49482,85

44747,31

45261,47

64108,08

49345,18

46517,03

45015,84

58393,92

58697,00

45262,72

47247,80

57736,45

58994,16

47065,01

46846,87

56.641,48

58020,03

45630,70

62696,10

56.578,04

57781,24

46108,02

46206,56

44872,06

50837,80

51559,81

48964,34

57059,46

50329,36

49330,42

49051,49

61118,58

57350,37

46194,92

46883,57

56820,77

57079,75

40947,69

17

19

61021,84 58586,11

57909,48

45222,69 44443,25

61668,33

59145,97

16

18

46918,51

57999,72

50990,06

39808,04

48046,75

60644,24 61108,98

53070,90

39513,32

60.254,34

60231,65

49571,10

39950,49

59566,34 60129,43

57635,42

48665,09

12

15

51.901,80

40376,58

11

14

50431,80

44914,06

47710,09

6

51671,04

45076,45

59.339,22

5

51717,82

59616,39

DEZ/15

59.461,22

49084,86

49053,61

58.236,26

NOV/15

57076,91

40821,73

48096,24

56755,76 56162,38

OUT/16

57593,89

47193,39

42141,03

52552,79

SET/16

52.568,65

39588,81

4

48779,98

AGO/16

43199,95 43469,51 48150,27

57717,88

64059,89

48284,18

56.872,22

57722,13

63866,20

46266,63

56.782,75

57716,24

58053,53

63825,68

47145,63

49245,53

56.852,84

58382,48

64249,50

45872,41

50006,56

56.667,11

59355,76

64307,63

51001,90

57.308,20

51526,92

48471,70

58610,39

58350,56

58575,42

58367,04

44014,93

43764,33 43653,96 45120,36

43349,96

64924,51

57901,10

MÍNIMO

37.497,47

38596,16

44121,79

48096,24

48471,70

48648,29

51,842,27

56162,38

56820,77

59339,22

45120,36

43199,95

MÁXIMO

42.419,32

43234,85

51248,92

54477,78

53561,53

51629,29

57.308,20

59323,83

60231,65

64924,51

48284,18

46393,26

FONTE: BM&FBovespa NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).

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INDICADORES

PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS – DEZ/2000-OUT/2016 PERÍODO

SÃO PAULO Arroz (30 kg)

Dez/2000 Dez/2001 Dez/2002 Dez/2003 Dez/2004 Dez/2005 Dez/2006 Dez/2007 Dez/2008 Dez/2009 Dez/2010 Dez/2011 Dez/2012 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Set/2015 Out/2015 Nov/2015 Dez/2015

20,69 28,00 38,00 52,36 33,78 30,00 34,01 43,67 52,54 48,34 54,40 44,28 65,00 59,51 60,36 59,91 54,80 62,02 61,07 61,67 61,78 61,23 58,00 58,46 60,00 60,00 60,07 60,10 60,35 62,05 67,60 74,88 74,70 74,05 74,85 77,40 58,98

Jan/2016

PARANÁ Feijão Preto (30 kg)

Soja (em farelo) ( t)

19,08 49,95 48,47 43,16 48,65 60,01 33,47 72,29 85,72 44,14 56,57 52,75 80,81 92,71 89,62 87,40 94,41 95,37 88,74 81,73 80,26 79,91 80,77 78,43 77,84 78,69 87,87 89,11 84,95 80,90 77,91 73,80 74,08 75,75 77,42 80,63 81,41

434,03 496,42 745,55 756,77 522,76 513,04 506,57 682,33 736,91 740,11 734,82 584,62 1.239,97 1.298,74 1.230,87 1.202,97 1.209,69 1.186,52 1.165,31 1.170,80 1.062,62 1.083,22 1.047,49 1.050,81 1.164,19 1.174,61 1.132,40 1089,72 1152,64 1108,53 1046,36 1047,04 1143,47 1186,26 1.323,52 1.393,83 1370,71

62,10

87,64

66,85

106,78

Fev/2016

68,55

100,91

Mar/2016

69,97

Abr/2016

Trigo (em grão) (60 kg)

Milho (60 kg)

1314,07

15,03 17,80 34,94 28,58 21,26 21,96 29,23 34,35 28,50 27,50 27,40 26,43 41,50 47,27 45,64 46,29 46,76 49,57 49,94 48,41 44,43 36,71 34,56 32,19 33,54 34,32 34,37 34,51 35,94 40,36 41,54 40,00 38,97 38,90 39,33 42,20 43,48 43,30

10,30 11,78 24,37 17,73 15,00 14,26 19,44 28,69 17,93 17,66 22,69 23,20 31,00 22,54 23,50 24,39 27,02 27,27 25,85 23,90 22,20 21,44 20,90 21,07 23,99 24,95 24,43 24,39 25,01 24,69 23,00 23,32 24,54 24,96 27,30 28,93 28,71 29,39

1397,50

44,10

36,59

1404,32

45,16

38,67

96,83

1140,93

45,29

41,08

69,89

98,09

1110,13

46,60

46,10

Mai/2016

71,45

107,83

1319,96

46,19

49,96

Jun/2016

73,02

131,01

1572,48

53,74

49,13

Jul/2016

69,81

158,53

1489,45

53,68

41,15

Ago/2016

74,62

152,55

1353,58

50,77

40,86

Set/2016

77,21

148,65

1281,50

43,34

37,86

Out/2016

77,58

161,76

1211,86

39,45

38,32

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulhinha. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES

INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL BRASIL DATA

2005 (DEZ) 2006 (DEZ) 2007 (DEZ) 2008 (DEZ) 2009 (DEZ) 2010 (DEZ) 2011 (DEZ) 2012 (DEZ) Jan/2013 Fev/2013 Mar/2013 Abr/2013 Mai/2013 Jun/2013 Jul/2013 Ago/2013 Set/2013 Out/2013 Nov/2013 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Set/2015 Out/2015 Nov/2015 Dez/2015 Jan/2016 Fev/2016 Mar/2016 Abr/2016 Mai/2016 Jun/2016 Jul/2016 Ago/2016 Set/2016 Out/2016

EUA

Fundo de Investimento Financeiro – FIF (PL mensal, R$ milhões) 7837(1)

Valor das empresas listadas no Ibovespa (R$ bilhões) 7848(3)

Índice Ibovespa fechamento mensal (pontos) 7845 (2)

653.714 794.875 912.869 917.297 1.086.267 1.286.654 1.501.728 1.786.186 1.836.788 1.852.863 1.864.287 1.877.294 1.895.304 1.880.342 1.904.243 1.914.304 1.919.844 1.923.553 1.921.603 1.939.384 1.934.332 1.952.954 1.979.747 1.983.269 2.017.747 2.045.954 2.067.374 2.107.037 2.130.781 2.149.367 2.166.487 2.156.887 2.192.912 2.226.999 2.260.558 2.282.144 2.235.805 2.355.165 2.388.160 2.425.397 2.343.942 2.448.624 2.465.544 2.472.963 2.522.931 2.553.705 2.600.246 2.635.683 2.670.626 2.690.456 2.738.202 2.795.674 2.820.714 2.860.310

841 1.181 1.765 1.088 1.740 2.071 1.834 1.962 1.983 1.918 1.932 1.925 1.907 1.740 1.779 1.792 1.898 1.995 1.947 1.890 1.803 1.789 1.901 1.940 1.902 1.961 2.037 2.224 1.979 1.980 1.992 1.824 1.745 1.897 1.885 2.066 1.949 1.973 1.903 1.754 1.700 1.679 1.659 1.591 1.506 1.561 1.795 1.918 1.740 1.821 2.004 2.029 2.045 2.181

33.455 44.473 63.886 37.550 68.588 69.304 56.754 60.952 59.761 57.424 56.352 55.910 53.506 47.457 48.234 50.011 52.338 54.256 52.482 51.507 47.638 47.094 50.514 51.626 51,239 53,168 55.829 61.288 54.115 54.628 54.724 50.007 46.907 51.583 51.150 56.229 52.760 53.080 50.864 46.625 45.059 45.868 45.120 43.349 40.405 42.793 50.055 53.910 48.471 51.526 57.308 57.901 58.367 64.924

Emissão Primária de Debêntures 7841 (R$ milhões) 41.538 69.463 46.535 37.458 2.720 2.025 220 850 0 2.141 2.160 2.551 0 0 1.465 0 0 2.328 0 300 0 1.000 250 1.098 0 0 481 0 0 845 0 0 10.000 551 321 4.600 0 0 740 0 1.350 1.892 0 1.185 0 0 20.000 0 0 0 0 0 0 878

Dow Jones – NYSE fechamento (pontos) 7846 (3)

Nasdaq fechamento (pontos) 7847 (4)

10.718 12.463 13.265 8.776 10.428 11.578 12.218 13.104 13.861 14.054 14.579 14.804 15.116 14.910 15.500 14.810 15.130 15.546 16.086 16.577 15.699 16.322 16.458 16.581 16.717 16.827 16.563 17.098 17.043 17.391 17.828 17.823 17.165 18.133 17.776 17.841 18.011 17.620 17.690 16.528 16.285 17.664 17.720 17.425 16.466 16.517 17.685 17.831 17.787 17.930 18.432 18.401 18.308

2.205 2.415 2.652 1.577 2.269 2.653 2.605 3.020 3.142 3.160 3.268 3.329 3.456 3.403 3.626 3.590 3.771 3.920 4.060 4.177 4.104 4.308 4.199 4.115 4.243 4.408 4.370 4.580 4.493 4.631 4.792 4.736 4.635 4.964 4.901 4.941 5.070 4.987 5.128 4.777 4.620 5.054 5.109 5.007 4.614 4.558 4.870 4.775 4.948 4.843 5.162 5.213 5.312

18.142

5.190

FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq NOTA: Para os anos de 2005 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES

BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1996-2016

(Em US$ 1.000 FOB - ACUMULADO - e variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X)

ANO

IMPORTAÇÃO (M)

Var. % 47

Valor 2.434.733

4.853.587

14

3.306.968

4.227.995

(13)

4.057.589

3.932.659

(7)

3.699.490

4.394.162

12

4.686.229

5.320.211

21

4.928.952

5.703.081

7

3.333.392

7.157.853

26

3.486.051

9.405.026

31

4.026.146

10.033.533

7

4.527.237

10.016.338

(0)

5.977.971

12.352.857

23

9.017.988

15.247.252

23

14.570.222

11.222.827

(26)

9.620.837

14.176.010

26

13.956.180

17.394.228

22,70

18.766.895

2012

17.709.585

1,81

19.387.410

3,30

-1.677.825

2013 2014

18.239.202

2,99

19.343.839

-0,23

-1.104.637

16.332.120

-10,46

17.293.735

-10,61

-961.614

2015

14.909.081

-8,71

12.448.504

-28,03

2.460.577

JAN-OUT /2016

12.894.677

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

1,00

Var. %

SALDO (X-M) VALOR

Valor 4.245.905

9.194.022

2

1.811.172

36

1.546.619

23

170.406

(9)

233.169

27

-292.067

5

391.259

(32)

2.369.689

5

3.671.802

15

5.378.879

12

5.506.296

32

4.038.367

51

3.334.870

62

677.030

(34)

1.601.990

45 34,46

219.831 -1.372.667

-15,15

3.700.655

FONTE: MDIC/SECEX BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1996-2016 ANO

(Em US$ 1.000 FOB – ACUMULADO - e variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X) Valor

IMPORTAÇÃO (M)

Var. %

Valor

SALDO (X-M)

Var. %

Valor

Var. %

1996

47.746.728

...

53.345.767

...

-5.599.039

...

1997

52.982.726

10,97

59.747.227

12,00

-6.764.501

20,82

1998

51.139.862

(3,48)

57.763.476

(3,32)

-6.623.614

(2,08)

1999

48.012.790

(6,11)

49.301.558

(14,65)

-1.288.768

(80,54)

2000

55.118.920

14,80

55.850.663

13,28

-731.743

(43,22)

2001

58.286.593

5,75

55.601.758

(0,45)

2.684.835

(466,91)

2002

60.438.653

3,69

47.242.654

(15,03)

13.195.999

391,50

2003

73.203.222

21,12

48.325.567

2,29

24.877.655

88,52

2004

96.677.497

32,07

62.835.616

30,03

33.841.882

36,03

2005

118.529.184

22,60

73.600.376

17,13

44.928.809

32,76

2006

137.807.470

16,26

91.350.841

24,12

46.456.629

3,40

2007

160.649.073

16,58

120.617.446

32,04

40.031.627

(13,83)

2008

197.942.443

23,21

172.984.768

43,42

24.957.675

(37,66)

2009

152.994.743

(22,71)

127.715.293

(26,17)

25.279.450

1,29

2010

201.915.285

31,98

181.722.623

42,28

20.192.662

(20,12)

2011

256.039.575

26,81

226.245.113

24,47

29.794.462

...

2012

242.579.776

-5,26

223.154.429

-1,37

19.425.346

...

2013

242. 033.575

-0,22

239.631.216

7,37

2.402.358

...

2014

225.100.885

-7,00

229.060.058

-4,46

-3.959.173

...

2015 JAN-OUT/2016

191.134.325 153.086.674

-15,09 -4,65

171.449.050 114.562.108

-25,18 -22,75

19.685.274 38.524.566

... ...

FONTE: MDIC/SECEX Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES

OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS (COMPLEXO SOJA E TRIGO) - SAFRAS 2010/2017 CULTURA

Algodão em Pluma

Arroz em Casca

Feijão

Milho

Soja em Grãos

Farelo de Soja

Óleo de Soja

Trigo

SAFRA 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

ESTOQUE INICIAL 76,0 521,7 470,5 305,1 438,5 349,1 233,6 2.457,3 2.569,5 2.125,3 1.082,1 868,3 962,9 315,8 366,9 686,4 373,8 129,2 303,8 198,1 113,9 5.589,1 5.963,0 5.514,2 8.258,9 11.835,5 10.401,2 7.284,3 2.607,2 3.016,5 444,0 910,3 1414,8 925,7 1660,3 1967,9 3.177,8 868,7 447,1 268,8 835,3 2190,3 676,6 988,5 651,0 640,2 580,5 298,6 417,7 2.879,9 2.201,6 1.956,1 1.527,6 2.268,9 1174,6 809,3

PRODUÇÃO 1.959,8 1.893,3 1.310,3 1.734,0 1.562,8 1.289,5 1436,1 13.613,1 11.599,5 11.819,7 12.121,6 12.448,6 10.602,9 11.798,3 3.732,8 2.918,4 2.806,3 3453,7 3115,3 2.515,8 3.074,0 57.406,9 72.979,5 81.505,7 80.052,0 84.672,4 66.979,5 83.882,0 75.324,3 66.383,0 81.499,4 86.120,8 96.228,0 95.934,6 102554,5 29.298,5 26.026,0 27.258,0 28.336,0 30.492,2 30.415,0 32340,0 7.419,8 6.591,0 6.903,0 7.176,0 7.722,0 7.702,5 8.190 5.881,6 5.788,6 4.379,5 5.527,8 5.971,1 5.534,9 6300,8

IMPORTAÇÃO 144,2 3,5 17,4 31,5 2,1 20,0 30 825,4 1.068,0 965,5 1.000,0 550,0 1300,0 1.100,0 207,1 312,3 304,4 135,9 110,0 200,0 200,0 764,4 774,0 911,4 800,0 350,0 1500,0 500,0 41,0 266,5 282,8 630,0 324,1 700,0 300,0 24,8 5,0 3,9 1,0 1,0 1,0 1,0 0,1 1,0 5,0 0,1 25,2 50,0 40,0 5.922,2 5.771,9 6.011,8 7.010,2 5.328,8 5517,6 5300,0

SUPRIMENTO

CONSUMO

2.180,0 2.418,5 1.798,2 2.070,6 2003,4 1.658,6 1699,7 16.895,8 15.237,0 14.910,5 14.203,7 13.866,9 12.865,8 13.204,9 4.306,8 3.917,1 3.484,5 3718,8 3529,1 2.913,9 3.387,9 63.760,4 79.716,5 87.931,3 89.110,9 96.857,9 78.880,7 91666,2 77.972,5 69.666,0 82.226,2 87.661,1 97.966,9 97060,3 104514,8 31.291,2 29.208,8 28.130,6 28.784,4 30.762,0 31.251,3 34531,3 8.096,5 7.580,5 7.559,0 7.816,3 8.327,7 8.051,1 8647,7 14.559,9 14.002,0 13.345,8 13.697,8 13.568,8 12227,1 12410,1

900,0 895,2 920,2 850,0 820,0 720,0 750,0 12.236,7 11.656,5 12.617,7 12.000,0 11900,0 11450,0 11.500,0 3.600,0 3.500,0 3.320,0 3.350,0 3.350,0 2800,0 3.200,0 48.485,5 51.888,6 53.498,3 53.905,6 55.959,5 53.387,8 55500,0 41.970,0 36.754,0 38.524,0 39.935,8 42.850,0 42.500,0 45250,0 13.758,0 14.051,0 14.350,0 14.799,3 15.100,0 15.500,0 16000,0 5.367,0 5.172,4 5.556,3 5.930,8 6.359,2 6.380,0 6600,0 9.842,4 10.144,9 10.134,3 11.381,5 10.713,7 10367,3 10717,4

(Mil toneladas) EXPORTAÇÃO

ESTOQUE FINAL

758,3 1.052,8 572,9 748,6 834,3 740,0 670,0 2.089,6 1.455,2 1.210,7 1.200,0 1.300,0 1100,0 1.100,0 20,4 43,3 35,3 65,0 90,0 65 50 9.311,9 22.313,7 26.174,1 20.913,8 30.877,7 20000,0 24000,0 32.986,0 31.468,0 42.791,9 45.691,0 54.324,0 54100,0 57000,0 14.289,0 14.289,0 13.333,5 13.716,0 14.826,7 15.200,0 15900,0 1.741,0 1.757,1 1.362,5 1.305,0 1.669,9 1.400,0 1550,0 2.515,9 1.901,0 1.683,9 47,4 1.680,5 1050,5 700,0

521,7 470,5 305,1 472,0 349,1 233,6 279,6 2.569,5 2.125,3 1.082,1 1.003,7 953,0 315,8 604,9 686,4 373,8 129,2 303,8 209,2 113,9 137,9 5.963,0 5.514,2 8.258,9 14.291,5 10.020,7 5.492,9 12.166,2 3.016,5 444,0 740,1 1414,8 792,9 460,3 2.264,8 3.177,8 868,7 447,1 268,8 835,3 551,3 2631,3 988,5 651,0 640,2 580,5 298,6 271,1 497,7 2.201,6 1.956,1 1.527,6 2.268,9 1.174,6 809,3 992,7

FONTE: CONAB – Levantamento 2 – NOV/2016 (disponível em: www.conab.gov.br) Nota: Estoque de passagem – Algodão, feijão e soja: 31 de dezembro – Arroz 28 de fevereiro – Milho 31 de janeiro e Trigo 31 de julho.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1989-2017

(Mil toneladas e mil hectares)

BRASIL ANO

Produção

Área Colhida

MAIORES ESTADOS PRODUTORES Rendimento Médio (kg/ha)

Mato Grosso Produção

Área Colhida

Paraná Produção

Goiás

Área Colhida

Produção

Mato Grosso do Sul

Área Colhida

Produção

Área colhida

1989/1990

20.101

11.551

1.740,16

2.901

1.503

4.572

2.286

1.411

941

1.934

1.209

1990/1991

15.395

9.743

1.580,00

2.607

1.100

3.617

1.966

1.659

790

2.300

1991/1992

19.419

9.582

2.027,00

3.485

1.452

3.415

1.798

1.804

820

1.929

1992/1993

23.042

10.717

2.150,00

4.198

1.713

4.720

2.000

1.968

984

1993/1994

25.059

11.502

2.179,00

4.970

1.996

5.328

2.110

2.387

1994/1995

25.934

11.679

2.221,00

5.440

2.295

5.535

2.121

1995/1996

23.190

10.663

2.175,00

4.687

1.905

6.241

1996/1997

26.160

11.381

2.299,00

5.721

2.096

6.566

1997/1998

31.370

13.158

2.384,00

7.150

2.600

1998/1999

30.765

12.995

2.367,00

7.134

1999/2000

32.890

13.623

2.414,00

2000/2001

38.432

13.970

2001/2002

42.230

2002/2003

52.018

2003/2004

Minas Gerais Produção

Área colhida

875

583

1.013

963

472

970

1.003

456

2.229

1.067

1.159

552

1.090

2.440

1.109

1.234

600

2.133

1.123

2.426

1.098

1.188

600

2.312

2.046

909

2.046

845

1.040

528

2.496

2.478

991

2.156

862

1.176

523

7.191

2.820

3.372

1.338

2.282

1.087

1.383

601

2.548

7.723

2.769

3.418

1.325

2.740

1.054

1.336

577

8.801

2.905

7.130

2.833

4.073

1.455

2.501

1.107

1.397

594

2.751,00

9.641

3.120

8.623

2.818

4.158

1.540

3.130

1.065

1.496

642

16.386

2.577,00

11.733

3.853

9.502

3.291

5.420

1.902

3.279

1.192

1.949

719

18.475

2.816,00

12.949

4.420

10.971

3.638

6.360

2.171

4.104

1.415

2.333

874

49.793

21.376

2.329,00

15.009

5.241

10.037

3.936

6.147

2.572

3.325

1.797

2.659

1.066

2004/2005

52.305

23.301

2.245,00

17.937

6.105

9.707

4.148

6.985

2.662

3.863

2.031

3.022

1.119

2005/2006

55.027

22.749

2.419,00

16.700

6.197

9.646

3.983

6.534

2.542

4.445

1.950

2.483

1.061

2006/2007

58.392

20.687

2.822,66

15.359

5.125

11.916

3.979

6.114

2.191

4.881

1.737

2.568

930

2007/2008

60.018

21.313

2.816,00

17.848

5.675

11.896

3.977

6.544

2.180

4.569

1.731

2.537

870

2008/2009

57.166

21.743

2.629,00

17.963

5.828

9.510

4.069

6.836

2.307

4.180

1.716

2.751

929

2009/2010

68.688

23.468

2.927,00

18.767

6.225

14.079

4.485

7.343

2.550

5.308

1.712

2.872

1.019

2013/2014

86.121

30.173

2.854,00

26.442

8.616

14.781

5.010

8.995

3.102

6.148

2.120

3.327

1.238

2014/2015

96.228

32.093

2.998,00

28.018

8.934

17.210

5.225

8.625

3.325

7.178

2.301

3.507

1.319

2015/2016

95.434

33.251

2.870,00

26.031

9.140

16.845

5.451

10.250

3.285

7.241

2.430

4.731

1.469

2016/2017

101.596

33.360

3.045,00

28.904

9.231

16.600

5.233

9.928

3.285

7.559

2.454

4.433

1.428

FONTE: CONAB Nota: Previsão de produção e área colhida 2016/17 pelo limite inferior

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2015 PAÍSES

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

3,5

5,0

3,9

5,0

4,9

2,2

-0,4

5,0

3,7

2,9

3,0

2,6

2,76

África do Sul

3,0

4,5

5,3

5,6

5,6

3,6

-1,7

2,8

3,3

3,1

2,0

...

Alemanha

-0,7

0,7

0,9

3,9

3,4

0,8

-5,6

3,9

3,7

0,6

0,2

1,58

Mundo

1,19 1,45

Argentina

8,8

9,0

9,2

8,4

8,0

3,1

0,1

9,1

8,6

0,9

2,9

0,38

...

Bolívia

2,7

4,2

4,4

4,8

4,6

6,1

3,4

4,1

5,2

5,2

6,8

5,46

4,85

Brasil

1,1

5,7

3,2

4,0

6,1

5,2

-0,3

7,5

2,7

...

...

...

...

Canadá

1,9

3,1

3,2

2,6

2,0

1,2

-2,7

3,4

3,0

1,9

2,0

2,44

1,08

Chile

3,8

7,0

6,2

5,7

5,2

3,3

-1,0

5,8

5,8

5,4

4,1

1,89

2,07

China

10,0

10,1

11,3

12,7

14,2

9,6

9,2

10,3

9,3

7,8

3,98

1,88

2,07

Colômbia

3,9

5,3

4,7

6,7

6,9

3,5

1,5

4,3

...

...

...

...

...

Coréia do Sul

2,9

4,9

3,9

5,2

5,5

2,8

0,7

6,5

3,7

2,3

3,0

3,31

2,61

Equador

2,7

8,2

5,3

4,4

2,2

6,4

1,0

3,3

8,0

3,6

5,7

3,80

0,29

Estados Unidos

2,8

3,8

3,3

2,7

1,8

-0,3

-2,8

2,5

1,6

2,3

2,2

2,39

2,43

França

0,8

2,6

1,6

2,6

2,3

0,1

-2,9

1,9

2,1

0,4

0,4

0,39

1,10

Índia

8,0

7,0

9,5

9,6

9,3

6,7

8,6

9,3

6,3

4,5

6,6

7,2

...

Indonésia

4,8

5,0

5,7

5,5

6,3

6,0

4,6

6,2

6,5

6,2

5,8

5,02

4,79

Itália

0,2

1,4

1,2

2,1

1,3

-1,1

-5,5

1,7

0,7

-2,3

-1,9

-0,65

0,51

Japão

1,7

2,4

1,3

1,7

2,2

-1,1

-5,5

4,7

-0,4

1,7

1,6

-0,15

0,61

México

1,4

4,2

3,1

5,0

3,2

1,4

-4,7

5,2

3,9

4,0

1,4

2,15

2,58

Paraguai

4,3

4,1

2,1

4,8

5,4

6,4

-4,0

13,1

4,3

-1,2

14,3

4,23

...

Peru

4,0

5,6

6,3

7,5

8,5

9,1

1,0

8,5

6,5

6,0

5,8

2,34

...

Reino Unido

4,3

2,5

2,8

3,0

2,6

-0,3

-4,3

1,9

1,6

0,7

1,7

2,82

2,33

Rússia

7,4

7,2

6,4

8,2

8,5

5,3

-7,8

4,5

4,3

3,4

7,4

0,63

...

Tailândia

7,0

6,2

4,5

5,6

4,9

2,5

-2,3

7,8

0,1

6,5

2,9

0,73

2,82

Uruguai

0,8

5,0

7,5

4,1

6,5

7,2

2,4

8,4

7,3

3,7

4,4

3,24

0,98

-7.76

18.29

10.32

9.87

8.75

5.28

-3.20

-1.49

4.18

5,63

1,34

-3,89

...

Venezuela

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


INDICADORES

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS (PREÇOS AO CONSUMIDOR) 2003-2015 PAÍSES

2003

2004

Mundo

3,91

4,86

África do Sul

5,86

1,39

Alemanha

1,44

1,05

Argentina

2005 4,90

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014 3,22

4,37

4,83

4,73

1,47

4,69

4,97

2,87

3,65

3,40

4,64

7,10

11,54

7,13

4,26

5,00

5,65

5,45

0,60

0,31

1,62

0,81

1,70

0,96

0,97

1,78

2,56

6,38 0,91

2015 2,77 4,59 0,23

10,50

9,22

8,82

13,53

14,95

23,94

10,28

15,40

17,62

16,39

10,62

....

...

Bolívia

6,33

7,97

5,94

13,66

7,37

10,38

-2,42

8,78

14,57

6,91

6,01

5,78

4,06

Brasil

13,72

8,04

7,21

6,15

5,87

8,33

7,19

8,23

6,97

5,40

6,20

6,33

9,03

Canadá

3,18

2,99

2,83

2,47

4,31

3,42

-2,01

2,68

2,94

3,76

1,37

1,91

1,13

Chile

4,97

7,47

7,15

12,65

4,84

0,47

3,84

8,83

3,33

1,30

1,73

4,40

4,35

China

1,16

3,88

1,82

1,46

4,75

5,86

-0,70

3,31

5,41

2,65

2,63

1,99

1,44

Colômbia

6,47

5,13

15,86

5,78

5,04

7,56

3,41

3,86

6,73

3,17

1,52

2,88

5,01

Coréia do Sul

3,40

2,98

1,03

-0,14

2,40

2,96

3,54

3,16

1,58

1,04

0,70

1,27

0,71

Equador

10,59

4,26

7,73

8,00

6,65

13,85

-1,36

6,75

6,71

4,40

4,95

3,57

3,97

EUA

1,99

2,75

3,22

3,07

2,66

1,96

0,76

1,22

2,06

1,80

1,49

1,62

0,12

França

2,09

1,44

2,11

2,24

2,51

2,25

0,51

0,73

1,23

1,20

1,02

0,51

0,04

Índia

3,81

3,77

4,25

6,15

6,37

8,35

10,88

11,99

8,86

9,31

10,91

6,35

4,91

Indonésia

5,49

8,55

14,33

14,09

11,26

18,15

8,27

8,26

8,12

4,53

4,16

6,39

6,36

Itália

2,89

2,59

1,74

1,87

2,60

2,44

2,07

0,40

1,20

1,50

1,53

0,24

0,04

Japão

-1,71

-1,35

-1,27

-1,11

-0,91

-1,24

-0,51

-2,19

-1,89

-1,20

-0,62

2,75

0,79

México

21,14

8,36

5,21

6,34

4,97

6,06

3,40

4,46

5,37

3,23

1,63

4,02

2,72

Paraguai

12,21

8,99

10,08

6,08

9,77

9,34

2,04

6,10

9,83

5,55

-3,80

5,03

3,13

Peru

2,30

1,99

2,10

8,29

2,39

1,94

1,56

6,01

5,17

2,08

1,73

3,23

3,56

Reino Unido

2,17

2,91

2,81

2,69

2,87

2,89

1,99

3,17

2,13

1,66

1,79

1,46

0,05

...

...

12,68

9,69

8,99

14,11

11,67

6,84

8,43

5,08

6,78

7,83

15,53

Rússia Tailândia

1,63

3,31

4,56

4,69

3,55

3,84

1,92

3,66

4,25

1,33

1,67

1,90

-0,90

Uruguai

16,54

10,10

0,68

6,53

9,42

8,02

5,58

4,66

8,98

7,37

7,62

8,88

8,67

Venezuela

34,93

33,95

29,60

17,90

15,45

30,13

7,83

45,94

28,15

14,06

40,64

62,17

121,74

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro de 2016


Panorama Econômico – Novembro/2016 Carlos Ilton Cleto Comércio Internacional. Balança Comercial Mensal (Novembro/2016) – MDIC Fato Em novembro, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 4,76 bilhões resultado de exportações de US$ 16,22 bilhões e importações de US$ 11,46 bilhões. A corrente do comércio atingiu US$ 27,68 bilhões, no mês e US$ 295,33 bilhões no ano. O superávit comercial acumulado no ano é de US$ 43,28 bilhões.

20.000 18.000

16.783

16.989

16.743 15.374

16.000 13.348

14.000 10.543

12.000

13.721

12.849

12.770

11.375

10.513

10.305

10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 dez/15

jan/16

fev/16 Exp o r t açõ es

mar/16

abr/16

mai/16 Imp o r t açõ es

jun/16

jul/16

ago/16

set/16

out/16

nov/16

Sald o d a B C em U S$ milhõ es

FONTE: MDIC

Causa Utilizando o critério da média diária, com relação ao mesmo mês do ano anterior, as exportações apresentaram crescimento de 17,5%, e as importações queda de 9,1%. Pelo mesmo critério, na comparação com outubro de 2016, houve elevação de 18,2% nas exportações e de 0,8% nas importações. No acumulado no ano, as exportações tiveram redução de 3,3% sobre igual período de 2015, e as importações, na mesma comparação, diminuíram 22,0%. Em novembro de 2016, na comparação com igual mês do ano anterior houve avanço nas exportações de manufaturados, 41,8%, e semimanufaturados 21,3%, por outro lado ocorreu queda nas exportações de produtos básicos, 5,5%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Cingapura, Argentina e Países Baixos. Pelo mesmo critério de comparação, houve redução de 46,9% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 22,4% nos bens de capital, e 0,8% nos bens de consumo. As compras de bens intermediários cresceram 1,2%. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha e Coréia do Sul. Consequências Tanto as exportações como das importações seguem apresentando resultados inferiores aos do ano anterior, apontado que os efeitos da crise financeira internacional e o desaquecimento da atividade econômica interna. O saldo comercial do ano deverá fechar em torno de US$ 46 bilhões.

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Atividade PIB – Indicadores de Volume e Valores Correntes (3o Trimestre 2016) - IBGE. Fato O Produto Interno Bruto - PIB a preços de mercado caiu 0,8% no terceiro trimestre de 2016, frente ao segundo trimestre, chegando a R$ 1,58 trilhão. Com relação ao terceiro trimestre de 2015, houve recuo de 2,9%, no acumulado dos últimos quatro trimestres, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores a queda foi de 4,4%.

PIB pm - Volume Trim. (1995=100) 240 220 200 180 160 140 120 100

1º T 4º 199 T 6 3º 199 T 6 2º 199 T 7 1º 199 T 8 4º 199 T 9 3º 199 T 9 2º 200 T 0 1º 200 T 1 4º 200 T 2 3º 200 T 2 2º 200 T 3 1º 200 T 4 4º 200 T 5 3º 200 T 5 2º 200 T 6 1º 200 T 7 4º 200 T 8 3º 200 T 8 2º 200 T 9 1º 201 T 0 4º 201 T 1 3º 201 T 1 2º 201 T 2 1º 201 T 3 4º 201 T 4 3º 201 T 4 2º 201 T 5 20 16

80

FONTE: IBGE - Índice Série encadeada do índice de volume trimestral com ajuste sazonal (Base: média 1995 = 100) (Número índice)

Causa Dentre os componentes da oferta, no terceiro trimestre, frente ao trimestre imediatamente anterior, a Indústria teve variação negativa de 1,3%. Agropecuária e Serviços recuaram 1,4% e 0,6%, respectivamente. Pelo lado da demanda, o resultado negativo foi decorrente principalmente da queda na Formação Bruta de Capital Fixo, 3,1%, seguido pelo recuo na Despesa de Consumo das Famílias, 0,6% e a Despesa de Consumo do Governo caiu 0,3%. No setor externo as Exportações de Bens e Serviços tiveram queda de 2,8% e as Importações recuaram 3,1%. No confronto com o terceiro trimestre de 2015, a Agropecuária apresentou queda de 6,0%, entre os produtos que registraram desempenho desfavorável destacaram-se: milho, algodão, laranja e cana de açúcar. Por outro lado, café e mandioca tiveram variações positivas. A Indústria recuou 2,9%, influenciada de forma negativa, principalmente pela Indústria de Transformação. O setor de Serviços registrou queda de 2,2%, no qual tiveram maior evidência Transporte, Armazenagem e Correio. Pelo lado da demanda, também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a Formação Bruta de Capital teve a maior queda 8,4%, a Despesa de Consumo das Famílias recuou 3,4%, e a Despesa de Consumo da Administração Pública, registrou retração de 0,8%. Pela demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços registraram recuo de 0,2%, e as Importações recuo de 6,8%. Consequências O resultado do PIB do terceiro trimestre reflete o desaquecimento da atividade econômica, não existindo expectativas de recuperação mais intensa ao longo do ano, devendo o resultado final apresentar retração.

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Atividade Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil (Setembro/2015) Fato Em setembro, a Produção Industrial cresceu 0,5% frente a agosto. Na comparação com setembro de 2015, o recuo foi de 4,8%. Considerando o acumulado em doze meses, houve queda de 8,8%, e no acumulado do ano 7,8%.

Produção Indus trial BRASIL

115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan

f ev

mar 2012

abr 2013

mai

jun 2014

jul

ago 2015

set

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE

Causa Frente ao mês imediatamente anterior, considerando a classificação por categorias de uso o maior avanço foi na produção de bens de consumo duráveis, 1,9%, seguido de bens intermediário, 1,2%, eliminando parte das perdas de agosto, 6,4% e 3,6%, respectivamente. O segmento de bens de capital foi o que apresentou a queda mais acentuada, 5,1%, terceiro resultado negativo, consecutivo e o de bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuou 1,0%. Na comparação com setembro de 2015, entre as categorias de uso, os maiores recuos foram em bens de capital, 7,2% e bens de consumo duráveis, 6,5%. O primeiro segmento foi influenciado, em sentido descendente, principalmente por bens de capital para fins industriais e equipamentos de transporte. O segmento de bens de consumo duráveis foi particularmente influenciado pela menor fabricação de motocicletas e eletrodomésticos. A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis teve variação negativa de 5,5% e o de bens de intermediários, 4,1%. No resultado acumulado do ano, o menor dinamismo foi registrado em bens de consumo duráveis, 18,6%, seguido por bens de capital, 15,0%, pressionados, respectivamente pela menor produção de automóveis e eletrodomésticos e bens de capital para equipamentos de transporte e para fins industriais. A produção de bens intermediários recuou 7,6%e de bens de consumo semiduráveis e não duráveis 3,1%. Consequência Apesar do breve avanço frente ao mês imediatamente anterior, a atividade industrial segue em patamar baixo, registrando quedas nas demais comparações. Para os próximos meses, decorrente de fatores sazonais e da crise econômica, a Produção Industrial não deverá apresentar variações muito intensas.

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Atividade Pesquisa Industrial - Regional – Brasil (Setembro/2016) - IBGE Fato Entre agosto e setembro de 2016, a produção industrial avançou em nove dos quatorze locais pesquisados e na comparação com setembro de 2015, treze das quinze regiões pesquisadas registraram variação negativa. No Paraná a produção industrial não apresentou variação frente ao mês anterior, após ter acumulado perda de 8,7% nos últimos dois meses. Na comparação com setembro de 2015, a queda foi de 9,1%.

Produção Indus trial BRASIL

115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan

f ev

mar 2012

abr

mai

2013

jun

jul

ago

2014

2015

set

out

nov

dez

2016

Produção Industrial PARANÁ

130 120 110 100 90 80 70 60 50 jan

f ev

mar 2012

abr

mai 2013

jun

jul

ago

2014

set 2015

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100)

Causa Na comparação com o mês anterior os locais que registraram os maiores avanços foram: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Região Nordeste, Amazonas e Pará. Por outro lado os recuos mais intensos foram no Ceará e Bahia. Na comparação com setembro de 2015, os destaques negativos foram: Espírito Santo, Goiás, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Bahia e Ceará. Os avanços ocorreram no Pará e Santa Catarina. No Estado do Paraná, na comparação com o mesmo mês no ano anterior, ocorreu a segunda taxa negativa consecutiva. Das treze atividades pesquisadas oito registraram recuo. Os maiores impactos negativos vieram de coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis, minerais não metálicos, veículos automotores, reboques e carrocerias e de outros produtos químicos. Em sentido oposto os setores de máquinas e equipamentos, produtos alimentícios e produtos de madeira exerceram as influências positivas mais importantes. Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro 2016 | 4


Consequência Apesar da elevação na comparação com o mês anterior, de forma similar ao que ocorre no cenário nacional a indústria paranaense segue apresentando desempenho pífio. Os próximos meses devem apresentar recuo condicionado principalmente por questões sazonais. Atividade PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Trimestre –-ago-set-out de 2016) – IBGE Fato A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio apontou, para o trimestre encerrado em outubro de 2016, taxa de desocupação de 11,8%, com crescimento de 0,2 p.p. frente ao trimestre encerrado em julho de 2016 e expansão de 2,9 p.p. na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O rendimento médio real habitualmente recebido foi de R$ 2.025 com aumento de 0,9% frente ao trimestre encerrado em julho de 2016 e queda de 1,3% na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2015. Causa No trimestre havia 12,0 milhões de pessoas desocupadas, permanecendo estável frente ao trimestre imediatamente anterior e aumentando 32,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 89,9 milhões, com queda de 0,7% na comparação com o trimestre de maio a julho e recuo de 2,6% frente à igual trimestre de 2015. 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0

2 0 13

2 0 14

2 0 15

ez em br o D

ov em

br o

br o N

ut u O

br o Se te m

go st o A

Ju lh o

ho Ju n

M ai o

br il A

M ar ço

Fe ve re iro

Ja ne iro

5,0

2 0 16

Consequência O desemprego segue em alta, reflexo do desaquecimento da atividade econômica. A expectativa para os próximos meses é de continuidade no crescimento desta taxa.

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Atividade Sondagem da Indústria (Novembro/2016) – FGV Fato Na passagem de outubro para novembro, o Índice de Confiança da Indústria, avançou 1,6 pontos atingindo 87,0 pontos. Com relação ao mês anterior o Índice da Situação Atual, teve aumento 0,2 ponto de 84,9 para 85,1 pontos. O Índice de Expectativas avançou 0,5 pontos chegando a 88,9 pontos. A utilização da capacidade instalada diminuiu 0,3 p.p. chegando a 74,0%.

Índic e de Confianç a

90,0

75,4

75,1

Índic e da Situaç ão Atual

74,8

74,1

73,7

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

100,0 95,0 90,0 85,0 80,0 75,0 70,0

Índic e de Expec tativas

74,3

73,8

74,7

74,0

70,0 50,0 30,0

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

-10,0

jun/15

10,0

Ní ve l de Utiliz a ç ã o da Ca pa c ida de Insta la da - NUCI

FONTE: FGV

Causa No índice pertinente a situação atual – ISA, o percentual de empresas avaliando o nível de demanda como fraco caiu de 38,7% para 35,5%, ao mesmo tempo, a parcela de empresas que consideram o nível de demanda forte cresceu de 6,0% para 9,0%. No que tange ao Índice das Expectativas - IE, a evolução de produção para os três meses seguintes exerceu a maior contribuição para a melhora, com queda de 1,8 pontos, para 19,6 pontos na parcela de empresas prevendo produção menor e avanço de 0,7 pontos para 29,5% no percentual de empresas que prevêem ampliação da produção nos três meses seguintes. Consequências Apesar da melhora no mês o indicador segue em patamar historicamente baixo, mostrando que o ritmo de recuperação do segmento industrial será bastante lento.

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Atividade Sondagem de Serviços (Novembro/2016) – FGV Fato O Índice de Confiança de Serviços – ICS recuou 1,7 pontos em novembro, passando de 78,9 para 77,5 pontos. O Índice da Situação Atual – ISA diminuiu 0,6 pontos, chegando a 70,9 pontos. O Índice de Expectativas - IE recuou 2,2 pontos atingindo 84,5 pontos. 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

Índice da Situação A tual

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

Índice de Co nfiança

Índice de Expectativas

FONTE: FGV

Causa No ISA, o indicador que avalia a situação atual dos negócios foi a que mais contribuiu para a piora, com queda de 1,8 pontos, chegando a 71,0 pontos. Nas expectativas, houve diminuição de 3,9 pontos no indicador que mede a demanda prevista, atingindo o nível de 82,4 pontos. Consequência O resultado aponta desconfiança do setor ante o lento ritmo de recuperação da atividade econômica, não existindo expectativas de que a recuperação venha a ser mais intensa. Atividade ICC – Índice de Confiança do Consumidor (Novembro/2016) – FGV Fato Entre os meses de outubro e novembro, o ICC recuou 303 pontos, passando de 82,4 para 79,1 pontos. O índice da Situação Atual diminuiu 1,1 pontos passando de 69,0 para 67,9 pontos. O Índice das Expectativas ficou 4,9 pontos menor, atingindo 87,7 pontos. 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0

nov/16

out/16

set/16

ago/16

Í ndic e da S itua ç ã o Atua l

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

Í ndic e de Confia nç a

Í ndic e de Expe c ta tiva s

FONTE: FGV

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Causa Com referência a situação presente, o indicador que mede o grau de satisfação em relação à Situação Financeira das Famílias caiu 1,2 pontos, atingindo 62,4 pontos. No que tange ao futuro, o indicador que mais contribuiu para a queda foi o que mede o otimismo em relação à Situação Econômica Geral no Futuro, que acumula perdas de 6,2 pontos no bimestre outubro-novembro. Consequência O recuo no ICC ocorreu após seis altas consecutivas, refletindo a falta de notícias econômicas positivas e da deterioração do mercado de trabalho, causando perdas tanto na percepção com relação à situação presente, como nas expectativas frente ao futuro. Atividade ICom - Sondagem do Comércio (Novembro/2016) – FGV Fato O Índice de Confiança do Comércio - ICom recuou 3,6 pontos em novembro, ao passar de 81,9 para 78,3 pontos. O Índice a Situação Atual – ISA caiu 6,0 pontos atingindo 68,1 pontos, e o Índice de Expectativas - IE diminuiu 1,2 ponto, chegando a 89,4 pontos. 105,0 95,0 85,0 75,0 65,0 55,0 45,0

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

Í ndic e da S itua ç ã o Atua l

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

Í ndic e de Confia nç a

Í ndic e de Expe c ta tiva s

FONTE: FGV

Causa Nas expectativas, a maior contribuição para a queda da confiança foi dada pelo indicador que mede o volume da demanda atual, com queda de 8,5 pontos, alcançando 64,8 pontos. O indicador que mede o otimismo com as vendas nos três meses seguintes recuou 1,2 pontos e a tendência dos negócios, nos próximos seis meses, caiu 1,1 pontos. Consequência O índice apresentou piora, demonstrando desanimo com as perspectivas das vendas no período natalino e pouca confiança na tendência de melhora na demanda. Atividade Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Outubro/2016) – IBGE Previsão da Safra de Grãos Fato Em outubro, a estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas foi de uma produção de 183,8 milhões de toneladas, 12,3% inferior à safra de 2015 e 0,1% inferior a previsão de setembro. A área a ser colhida, 57,2 milhões de hectares, está 0,7% abaixo da registrada no ano passado. O primeiro prognóstico da safra para 2017 aponta avanço de 13,9%, frente à produção de 2016.

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Causa Com relação à produção de 2016, as três principais culturas, arroz, milho e soja, que juntos representam 92,5% do total da produção nacional, tiveram variações negativas de 1,5% para a soja, 15,5% para o arroz e 25,5% para o milho. O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva, em relação ao ano anterior, para oito dos vinte e seis produtos analisados: aveia em grão, café em grão-arábica, cebola, cevada em grão, feijão em grão 3ª safra, mandioca, trigo em grão e triticale em grão. Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: algodão herbáceo em caroço, amendoim em casca 1ª e 2ª safras, arroz em casca, batata-inglesa 1ª, 2ª e 3ª safras, cacau em amêndoa, café em grão – canephora, cana-de-açúcar, feijão em grão 1ª e 2ª safras, laranja, mamona em baga, milho em grão 1ª e 2ª safras, soja em grão e sorgo em grão. Regionalmente, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas está assim distribuída: Sul, 72,8 milhões de toneladas, Centro-Oeste, 75,0 milhões, Sudeste, 19,7 milhões, Nordeste, 9,8 milhões e Norte, 6,6 milhões. Em 2016 o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 23,9%, seguido pelo Paraná com participação de 19,2%. Consequência Ao longo do ano o prognóstico da produção agrícola vem apresentando recuos e deverá surpreender negativamente. Para 2017 o prognóstico aponta para 209,4 milhões de toneladas. Atividade Pesquisa Mensal do Comércio (Setembro/2016) – IBGE Fato No mês de setembro, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, caiu 1,0% em relação a agosto. Nesta análise a receita nominal recuou 0,3%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de negativo 5,9% sobre setembro de 2015, negativo 6,5% no acumulado do ano e de negativo 6,6% no acumulado dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de 5,7% com relação à igual mês de 2015, 5,1% no acumulado no ano e 6,6% no acumulado em doze meses. Considerando o comércio varejista ampliado as variações no volume de vendas foram: de negativo 0,1% frente ao mês anterior, negativo 8,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, negativo 9,2% no acumulado em 2016 e negativo 10,0% no acumulado em doze meses. A receita nominal cresceu 0,3% relativamente a agosto de 2016, diminuiu 0,3% frente a setembro de 2015, 0,6% no acumulado no ano e 1,6% em doze meses. 160 150 140 130 120 110 100 90 80

jan

fev

mar 2014

abr

mai

jun

jul

ago

set

2015

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

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Causa No confronto com agosto de 2016, seis das oito atividades tiveram variações negativas no volume de vendas, conforme segue: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 1,4%, Móveis e eletrodomésticos, 2,1%, Livros, jornais, revistas e papelaria, 2,0%, Tecidos, vestuário e calçados, 0,7%, Combustíveis e lubrificantes, 0,5% e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 0,3%. Por outro lado, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve crescimento de 1,0% e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, não apresentou variação. Considerando o comércio varejista ampliado Veículos, motos, partes e peças, registrou crescimento de 2,9% e, Material de Construção, queda de 3,1%. Frente ao mesmo mês do ano anterior, todas as oito atividades do varejo tiveram queda: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 2,6%, Móveis e eletrodomésticos, 13,4%, Combustíveis e lubrificantes, 9,0%, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 0,9%, Tecidos, vestuário e calçados, 10,3%, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 3,7%, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 11,9% e Livros, jornais, revistas e papelaria, 18,0%. No o comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças teve queda de 14,4% e, Material de Construção, 10,8%. Consequência O Comércio Varejista apontou queda frente ao mês anterior pelo terceiro mês consecutivo. Não existem sinalizações para recuperação nos próximos meses, mesmo com as festas de final de ano e do dia das crianças em outubro, que prometem ser fracos. Atividade Pesquisa Mensal de Serviços (Setembro/2016) – IBGE Fato No mês de setembro frente a agosto, o volume de serviços recuou 0,3%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior à queda foi de 4,9%, décima oitava taxa negativa consecutiva nessa comparação. No ano o recuo foi de 4,7% e em doze meses 5,0%. A receita nominal dos serviços, frente ao mês anterior recuou 0,7% e na comparação com igual mês do ano anterior, o recuo foi de 0,2%. Em doze meses a variação foi positiva de 0,2% e no ano 0,4%. 170

150

130

110 90

70

50 jan

fev 2 0 12

m ar

abr 2 0 13

m ai

jun 2 0 14

jul

ago

set 2 0 15

out

nov

dez

2 0 16

FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

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Causa No confronto com setembro de 2015, as quedas no volume de serviços, por ordem de variação foram: Transportes, Serviços Auxiliares, dos Transportes e Correio, 9,0%, Serviços Prestados às Famílias, 5,7%, Outros Serviços, 4,9%, Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, 3,8%, e Serviços de Informação e Comunicação, 1,9%. Consequência O desempenho do setor de serviços tem sido condicionado principalmente pelo recuo da massa salarial, que tem ficado mais intenso ao longo dos meses. Inflação IGP-10 (Novembro/2016) – FGV Fato O IGP-10 registrou variação 0,06% em novembro, recuando 0,06 p.p. com relação a outubro. No acumulado em doze meses à variação é de 7,61%, e no ano 9,65%.

2,0%

1,88% 1,55%

1,5%

1,42%

1,27% 1,0% 0,69% 0,5%

0,60%

0,34%

0,42%

0,06%

0,0% -0,27%

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov/14

-0,5%

FONTE: FGV

Causa No mês de novembro, dentre os componentes do IGP, o IPA, diminuiu 0,18 p.p., apresentando variação negativa de 0,06%. Neste, a maior desaceleração foi proveniente dos Bens Finais, com variação negativa de 0,57%, 0,61 p.p. menor do que a variação de outubro, com destaque para alimentos processados. Os Bens Intermediários tiveram variação 0,24 p.p. menor do que no mês anterior, chegando a negativos 0,26%, com forte contribuição de combustíveis e lubrificantes. Por outro lado as Matérias-Primas Brutas tiveram avanço de 0,40 p.p., com destaque para milho, minério de ferro e cana-de-açúcar. O IPC teve avanço de 0,27 p.p., com o grupo Transporte sendo o principal responsável pelo movimento no índice, neste grupo vale ressaltar o comportamento da gasolina, que saiu de negativos 0,36% em outubro para positivos 0,89% em novembro. Os grupos Alimentação, Educação, Leitura e Recreação, Comunicação, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Diversas e Vestuário, também apresentaram maior variação nos preços. O INCC teve desaceleração de 0,06 p.p., com menor variação em Materiais, Equipamentos, e Serviços, 0,20 p.p. e aceleração em Mão-de-Obra 0,06 p.p.

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Consequência Apesar do elevado patamar que se encontram os valores acumulados, as variações mensais seguem apresentando retração. Para os próximos períodos a expectativa é de continuidade nesta trajetória. Inflação IGP-M (Novembro/2016) – FGV Fato O IGP-M de novembro registrou variação de negativos 0,03%, 0,19 p.p. abaixo da variação de outubro. Em doze meses o acumulado é de 7,12%, e no ano, 6,60%. Causa Dos índices que compõe o IGP-M. O IPA apresentou desaceleração de 0,31 p.p., com variação negativa de 0,16%. Neste componente os grupos tiveram o seguinte comportamento Bens Finais, com retração de 0,89 p.p. com decréscimo no subgrupo alimentos processados. Os Bens Intermediários registraram recuo de 0,47 p.p., principalmente em decorrência de combustíveis e lubrificantes. As Matérias-Primas Brutas apresentaram variação 0,54 p.p. maior do que no mês anterior, em decorrência da aceleração em minério de ferro, café e cana-de-açúcar. O IPC acelerou-se 0,09 p.p., atingindo 0,26%, com destaque para Educação, Leitura e Recreação, no qual chama a atenção o item show musical. Também tiveram maior variação: Alimentação, Saúde e Cuidados Pessoais, Transportes e Despesas Diversas. Na composição do INCC, que registrou a mesma variação do mês anterior, houve recuo em Materiais, Equipamentos e Serviços, 0,08 p.p. e avanço em Mão de Obra 0,06 p.p.

2,00

1,89

1,69

1,50 1,29

1,17

1,00 0,50

0,41

0,27

0,49

0,28

0,16

0,33

0,00

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

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fev/15

jan/15

dez/14

nov/14

-0,50

FONTE: FGV

Consequência A inflação vem apresentando desaceleração, para os próximos períodos, a expectativa é de continuidade na acomodação da taxa. Inflação IGP-DI (Outubro/2016) – FGV Fato O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação de 0,13% em outubro, acelerando 0,10 p.p. ante a inflação registrada em setembro, em doze meses o acumulado é de 7,99% e no ano, 6,24%.

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Causa Em outubro, o IPA apresentou variação de 0,04%, crescendo 0,07 p.p. frente ao mês anterior em decorrência do avanço em Matérias-Primas Brutas, 0,52 p.p., com destaque para milho, mandioca e bovinos. Os Bens Finais também apresentaram aceleração, 0,03 p.p. destacando-se o avanço nos preços dos alimentos in natura. Os Bens Intermediários tiveram desaceleração de 0,30 p.p. causada pela menor variação de preços nos materiais e componentes para a manufatura. O IPC avançou 0,27 p.p., influenciado pela maior variação em Transportes, com destaque para, gasolina. Também tiveram variações maiores, Comunicação, Alimentação, Habitação, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Diversas e Educação, Leitura e Recreação. O INCC teve recuo na taxa de variação de 0,12 p.p., com desaceleração em Mão de Obra e estabilidade em Materiais, Equipamentos e Serviços.

2,0% 1,76%

1,63%

1,53%

1,5% 1,21%

1,14%

1,0% 0,5%

0,44%

0,40%

0,38%

0,43%

0,36%

0,0% -0,39%

-0,5%

out/16

set/16

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ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov/14

out/14 FONTE: FGV

Consequência O índice apresentou breve avanço em outubro, embora permaneça em patamar comportado. Para os próximos meses a expectativa é de acomodação. Inflação IPCA (Outubro/2016) – IBGE Fato O IPCA variou 0,26% em outubro, 0,18 p.p. acima do registrado em setembro, no acumulado em doze meses o índice chegou a 7,87%, diminuindo 0,61 p.p., frente ao registrado nos doze meses imediatamente anteriores, e no acumulado do ano a inflação está em 5,78%, bastante abaixo dos 8,52% registrados no mesmo período em 2015. Em Curitiba, a variação foi de negativos 0,02%, 0,16 p.p. inferior a de setembro, acumulando alta de 4,12% no ano e 6,45% em doze meses.

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Causa O grupo Transportes apresentou a maior variação no mês, sendo responsável o principal responsável pelo aquecimento. Neste grupo os itens etanol, gasolina e passagens aéreas apresentaram aumentos de 6,09%, 1,22% e 10,06%, respectivamente. Por outro lado, Alimentação e Bebidas e Artigos de Residência registraram queda. 12,00

1,40

10,00

1,20 1,00

8,00 0,80 6,00 0,60 4,00 0,40 2,00

0,20

0,00

0,00

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dez/15

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jun/ 15

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abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

dez/14

nov /14

out/14

IP CA acumulado em 12 meses

IP CA variação mensal

FONTE: IBGE

Consequência Após dois meses consecutivos de queda o IPCA apresentou aceleração, porém a inflação permanece em patamar acomodado, trazendo os valores acumulados para níveis mais aceitáveis. Inflação IPCA - 15 (Novembro/2016) – IBGE Fato O IPCA – 15 registrou variação de 0,26% em novembro, 0,07 p.p. acima do registrado em outubro. Nos últimos doze meses o acumulado é de 7,64%, e no ano, 6,38%. Em Curitiba a variação foi de 0,23%, 0,49 p.p., maior do que a de outubro, acumulando 4,67% no ano e 6,03% em doze meses. Causa No mês, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve a variação mais elevada, por outro lado Alimentação e Bebidas e Vestuário tiveram queda. Nos Alimentos, o leite longa vida passou a custar 10,52% menos, exercendo o principal impacto para baixo no índice do mês, outros alimentos que se destacaram foram feijão-carioca, feijão-mulatinho, tomate e cenoura. O principal destaque de alta no mês foi por conta do etanol, cujo preço do litro ficou 7,29% mais caro, exercendo o maior impacto individual no mês. Consequência Apesar da alta no mês os índices inflacionários continuam comportados nas variações frente aos meses imediatamente anteriores, porém apesar do recuo observado nos últimos meses, nos valores acumulados ainda apresenta patamar elevado. Para os próximos períodos a trajetória deverá seguir com recuo.

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Inflação Custos e Índices da Construção Civil (Outubro/2016) – IBGE - Caixa Econômica Federal Fato O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,64% em outubro, 0,38 p.p. acima da variação de setembro, e 0,37 p.p. maior do que a de outubro de 2015. Em doze meses, o acumulado é de 6,37%, e no ano, 6,01%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 1.014,80, em setembro, para R$ 1.021,25 em outubro, sendo R$ 531,49 relativos aos materiais e R$ 489,76 à mão-de-obra. No Paraná, as variações foram de negativos 0,03% no mês, 1,72% no ano e 2,31% em doze meses, o custo médio da construção, no Estado é de R$ 1.013,43.

1,50 1,00 0,50 0,00 jan

fev

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jun

jul 2015

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set

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE e CAIXA

Causa Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,10%, 0,49 p.p. abaixo do mês anterior e a componente mãode-obra, 1,23%, crescendo 1,33 p.p. em relação a setembro. Nos últimos doze meses, os acumulados foram: 3,51% para materiais e 9,62% para mão-de-obra, e no ano, os materiais subiram, 2,97%, e a mão-de-obra 9,47%. No mês as variações regionais foram: 0,16% na Região Nordeste, 1,63% na Região Norte, 0,16% no Centro-Oeste, 0,81% no Sudeste e 0,84% no Sul. Ainda na verificação regional, os acumulados em doze meses foram: Nordeste, 6,07%, Norte, 5,11%, Centro-Oeste, 6,07%, Sudeste, 7,33% e Sul 5,13%. Consequência O resultado no mês foi influenciado pela pressão exercida pelo reajuste salarial do acordo coletivo, no Estado do Pará que teve alta de 3,64%. Os estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo, também tiveram forte influencia no índice, decorrente do impacto da segunda parcela de reajuste prevista na convenção coletiva. Inflação IPP - Índices de Preço ao Produtor (Outubro/2016) – IBGE Fato O IPP apresentou variação de 0,10% em outubro, ficando, portanto 0,37 p.p. inferior à variação do mês anterior e 1,67 p.p. menor do que a do mesmo mês do ano anterior. No acumulado em doze meses a variação foi de negativos 1,13%, e no ano negativos 0,36%. Causa No mês, nove das vinte e quatro atividades apresentaram variações positivas, as maiores variações foram em bebidas, perfumaria, sabões e produtos de limpeza, indústrias extrativas, e fumo, as maiores influências vieram de bebidas, metalurgia, alimentos e refino de petróleo e produtos de álcool.

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No acumulado no ano, as maiores variações ocorreram em outros produtos químicos, fumo, outros equipamentos de transporte e indústrias extrativas. As maiores influências vieram de alimentos, outros produtos químicos, refino de petróleo e produção de álcool e veículos automotores. Consequência O índice de preços ao produtor apresentou recuo no mês e nos valores acumulados segue em patamar negativo, o que deve influenciar o comportamento futuro dos preços no varejo. Operações de Crédito Nota à Imprensa (Outubro/2016) - BACEN Fato O total do estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.095 bilhões em outubro, com reduções de 0,5% no mês e 2% em doze meses, atingindo 50,8% na relação com o PIB, 0,5 p.p. abaixo do mês anterior, e 3,5 p.p. menor do que outubro de 2014. As taxas médias de juros atingiram 33,3%. Causa Os empréstimos contratados com recursos livres, que correspondem a 49,9% do total do sistema financeiro, atingiram R$ 1.544 bilhões, diminuindo 0,2% no mês e 3,7% em doze meses. Os empréstimos realizados às pessoas físicas aumentaram 0,2% no mês, atingindo R$ 802 bilhões, impulsionados pela demanda por cartão de crédito a vista. Nos empréstimos realizados às pessoas jurídicas, houve recuo de 0,6% no mês, chegando a R$ 741 bilhões. No crédito direcionado, houve queda de 0,7% no mês e 0,2% em doze meses, totalizando R$ 1.552 bilhões. O resultado foi determinado basicamente pelos financiamentos imobiliários para pessoas físicas e investimentos com recursos do BNDES, para pessoas jurídicas. As taxas médias de juros avançaram 0,3 p.p. no mês e 2,8 p.p. em doze meses, atingindo 33,3%. O custo médio dos empréstimos para pessoas físicas cresceu 0,2 p.p. no mês, e 4,0 p.p. em doze meses, atingindo 42,7% a.a. Para as empresas, os encargos médios aumentaram 0,3 p.p., no mês, e 0,2 p.p. em doze meses, situando-se em 21,7% a.a. A taxa de inadimplência da carteira de crédito referencial aumentou 0,2 p.p., no mês e 0,7 p.p. em doze meses, alcançando 3,9%, sendo 4,2% para pessoas físicas e 3,6% para pessoas jurídicas. Consequência A expectativa para os dois últimos meses do ano é de continuidade na redução do crédito, conseqüência do comprometimento orçamentário das famílias, do desemprego e do lento ritmo de recuperação da atividade econômica. Setor Externo Nota à Imprensa (Outubro/2016) - BACEN Fato Em outubro, as Transações Correntes registraram déficit de US$ 3,3 bilhões. As reservas internacionais no conceito de liquidez diminuíram US$ 2,4 bilhões, totalizando US$ 375,4 bilhões e a dívida externa somou US$ 335,4 bilhões com decréscimo de US$ 1,1 bilhão em relação à posição de setembro. Causa O saldo da conta de transações correntes acumula déficit de US$ 22,3 bilhões nos últimos doze meses. A conta de serviços apresentou déficit de US$ 2,8 bilhões. Na conta capital e financeira destacaram-se os ingressos líquidos em investimentos diretos no país, US$ 8,4 bilhões e redução de US$ 1,7 bilhão nos passivos de investimentos em carteira. A movimentação das reservas, durante o mês foi positivamente afetada pelo estoque de linhas com recompra, US$ 7,9 bilhões e por receitas de remuneração de reservas, por outro lado, as variações por preço reduziram o estoque em US$ 836 milhões e por paridade em US$ 1,7 bilhão. Em outubro, a dívida externa de médio e longo prazo diminuiu US$ 3,2 bilhões, atingindo US$ 269,5 bilhões e a de curto prazo cresceu US$ 2,1 bilhões atingindo em US$ 65,9 bilhões. Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 9, n. 10, dezembro 2016 | 16


Consequência Embora tenha diminuído a preocupação com o déficit em transações correntes, a redução do volume de reservas e o encurtamento do prazo da dívida externa não são resultados favoráveis. Política Fiscal Nota à Imprensa (Outubro/2016) - BACEN Fato Em outubro, o setor público não financeiro registrou superávit de R$ 39,6 bilhões. No acumulado em doze meses o déficit é de R$ 137,2 bilhões (2,23% do PIB). O resultado nominal teve superávit de R$ 3,4 bilhões, acumulando negativos R$ 544 bilhões (8,83% do PIB), em doze meses. A dívida líquida do setor público alcançou R$ 2.722,9 bilhões (44,2% do PIB). O montante dos juros apropriados atingiu R$ 36,2 bilhões, no mês e R$ 406,8 bilhões no acumulado em doze meses (6,61% do PIB). Causa Na composição do superávit primário no mês, o Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais registraram superávit de R$ 39,1 bilhões, R$ 296 milhões e R$ 166 milhões, respectivamente. Com relação aos juros apropriados em outubro, houve redução de R$ 4,3 bilhões contribuindo para esta queda o menor número de dias úteis e o resultado favorável nas operações de swap cambial. No ano o déficit nominal alcançou R$ 377,2 bilhões, diminuindo R$ 69,0 bilhões em relação ao mesmo período de 2015. Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, houve aumento de 0,1 p.p., na comparação com o mês anterior. No ano, esta relação teve crescimento de 8,0 p.p. Contribuíram para o aumento, os juros nominais apropriados, a valorização cambial e o déficit primário, valores parcialmente compensados pelo crescimento do PIB nominal e pela o ajuste de paridade da dívida externa líquida. Consequência Para os próximos períodos, tendo em vista a maior austeridade fiscal que vem sendo prometida pelo governo, a expectativa é de resultados positivos para o setor público.

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