Vitrine da Conjuntura - v. 10, n. 1, março 2017

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EDITORIAL

O Curso de Economia da FAE Centro Universitário apresenta a primeira edição do décimo ano do periódico eletrônico mensal Vitrine da Conjuntura, referente ao mês de março de 2017. Além das seções permanentes, do Panorama Econômico e dos Indicadores, a publicação contém seis artigos. No primeiro texto, o editor da revista descreve os pontos relevantes registrados na trajetória de dez anos do periódico, sublinhando o caráter diversificado e controverso das abordagens voltadas à ampliação da visibilidade do curso e da própria FAE. O segundo artigo, preparado pelo professor Carlos Ilton Cleto, avalia a natureza distinta do clima conjuntural que marcou o começo da Vitrine daquele prevalecente nos dias atuais, caracterizado pelo esfacelamento do estado brasileiro, por conta da intensificação da crise fiscal. A terceira incursão reúne belos depoimentos de ex-alunos da FAE - Aline Carinhas, Ana Sílvia Martins Franco, Camila Kaizer, Diego Pelegrino, Francisco Roberto Fuentes Tavares de Lira, Jaqueline Teleginski e Maria Augusta Peixoto - escorados em relatos de suas experiências na confecção de artigos científicos para a revista. O quarto e o quinto artigos analisam, respectivamente, a situação recessiva da economia brasileira e as conexões entre queda dos juros e recuperação do crédito. Por fim, a sexta contribuição busca relativizar o modismo ensejado pela economia criativa.

Excelente leitura. Gilmar Mendes Lourenço Editor.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2016| 1


Equipe Técnica

Carlos Ilton Cleto Economista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor da FAE.

Gilmar Mendes Lourenço Economista, mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da FAE, eleito “O Economista Paranaense Acadêmico do Ano de 2011”, pelo Corecon/PR, e vencedor do Prêmio “Imprensa”, em 2011, 2012, 2013 e 2014, na categoria gestor de empresa pública, oferecidos pelo grupo Quality TV & Jornais.

Gustavo Nunes Mourão Economista, mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá e professor da FAE.

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VITRINE DA CONJUNTURA DA FAE – CAMINHADA DE DEZ ANOS Gilmar Mendes Lourenço

A Vitrine da Conjuntura, veículo eletrônico mensal de Economia da FAE, completa uma década neste ano de 2017, tendo sido concebida em 2007 e se tornado publicação oficial da instituição em março de 2008. Na época, o encerramento das atividades do portal FAE Intelligentia, magistralmente conduzidas pela saudosa professora doutora Eliana Beatriz Donoso Velasco (a Chilena), que envolvia a Escola de Negócios, deixou uma espécie de vazio no campo das reflexões econômicas de “tiro curto”, capazes de propiciar uma visão panorâmica do cotidiano da economia brasileira e paranaense. Ao mesmo tempo, consolidava-se a firme convicção, entre os professores, coordenação e direção da FAE, acerca da necessidade de conferir maior visibilidade ao Curso de Ciências Econômicas e à própria escola, no ambiente externo e interno, por meio do estreitamento dos laços com a comunidade. Ao contrário do que supunham os marqueteiros de plantão, tratava-se de um modo diferente de compreender, retratar e debater a realidade, longe de representar um novo mecanismo de propaganda da FAE. O instrumento escolhido para a viabilização desse objetivo foi o desencadeamento de um processo de discussões de assuntos relacionados ao clima econômico, político e social, em dimensão global, nacional e local, a ser agrupado e divulgado, de forma rápida e precisa, em uma revista de conjuntura, de periocidade mensal, que assumiria o papel de autêntica caixa de ressonância do ambiente acadêmico e empresarial, especialmente no âmbito do Estado do Paraná. Mesmo com a participação predominante de docentes e discentes da FAE, a publicação estaria permanentemente aberta a contribuições de representantes de diferentes segmentos da sociedade. Desde então, optou-se pela perseguição da produção ininterrupta de dez edições anuais, cobrindo o intervalo de tempo compreendido entre março e dezembro do ano corrente, coincidindo com o calendário letivo da FAE. O procedimento padrão da Revista consiste na busca de incorporação de artigos e colaborações que cubram temas multidisciplinares, reforçados por estatísticas e incursões macroeconômicas que propiciem, ao leitor (usuário), visões múltiplas e articuladas da conjuntura planetária, brasileira e paranaense. É igualmente destinado espaço privilegiado aos ensaios preparados pelos estudantes, brotados notadamente de participações em diferentes disciplinas, depois de avaliação pormenorizada, por parte dos professores - liderados até 2015 pelo mestre em História Política, Semi Cavalcante de Oliveira -, e inserção de várias recomendações e aprimoramentos. Afinal de contas, qualquer exposição, em Vitrine, deve priorizar a atração de incontáveis interessados. Inclusive, algumas contribuições serviram de alicerce para a realização de seminários, abertos ao público interno e externo, voltados ao debate dos rumos da conjuntura e do pensamento econômico brasileiro. Há também duas partes permanentes, expressas no panorama e nos indicadores econômicos. A primeira representa um maravilhoso guia prático de análise de conjuntura, desenvolvido pelo professor doutor Carlos Ilton Cleto, ainda quando exercia as funções de Consultor Econômico do Gabinete da Presidência da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Aliás, a perfeição é a peculiaridade dos trabalhos do Cleto. Já a segunda base perene oferece aos interessados uma gama diversificada de séries temporais, essenciais para a formulação de hipóteses e cenários econômicos. Os parâmetros dessa atividade foram definidos pelo professor doutor Christian Luiz da Silva, operados pelo professor doutor Lucas Lautert Dezordi e professora mestre Leide Albergoni Bilinski, revistos e aprofundados pelas professoras doutora Heloisa Puppi e mestra Solidia Elizabeth dos Santos, e implantados e consolidados, com excelência técnica, pelo professor Gustavo Nunes Mourão, mestre e doutorando em Economia. Dos seis, quatro (Christian, Heloisa, Solidia e Gustavo) são “pratas da casa”, formados pela FAE.

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Operacionalmente, a Revista funciona de maneira diferenciada das tradicionais abordagens conjunturais que, normalmente, apresentam esboços de pautas pré-definidas e A Vitrine funciona de maneira seções fixas, baseadas na categorização de indicadores. diferenciada das tradicionais O funcionamento da Vitrine reproduz maior flexibilidade, abordagens conjunturais ao permitindo que os assuntos aflorem ao sabor dos acontecimentos econômicos mais relevantes, tangenciados pelos ventos políticos. permitir que os assuntos O tratamento dispensado a cada tema mostra-se aflorem ao sabor dos essencialmente polêmico e até provocativo, justamente na perspectiva de despertar o salutar confronto de ideias e o cotejo acontecimentos econômicos de opiniões, aspectos fundamentais para o fortalecimento de mais relevantes, tangenciados ações voltadas à melhor compreensão das flutuações cíclicas da pelos ventos políticos. economia, da sociedade e da política, à feitura de cenários prospectivos e à subsequente tomada de decisão dos agentes sociais. Quanto mais farta a mesa de opções mais adequadas e acertadas serão as escolhas estratégicas. Por outro ângulo de descrição, o surgimento da Vitrine ocorreu em um momento de fadiga do movimento de financeirização da riqueza, em escala internacional, protagonizado desde os anos 1980 e que passou a exibir rota cadente desde fins de 2006, chegando ao vale em setembro de 2008, com a quebra do banco de investimentos norte americano Lehman Brothers, no ápice da crise do subprime, ou mercado hipotecário de segunda linha dos Estados Unidos. Em paralelo, a política econômica brasileira, depois de ter eliminado a hiperinflação e ensejado a aplicação do maior programa oficial de transferências de renda de que se tem notícia no mundo, a partir de 1994, começou, em 2005, a, deliberadamente, destruir os fundamentos da estabilização, favorecer o mergulho do setor público em um oceano de crise fiscal, sem precedentes na história republicana, e induzir ao aborto de um ciclo sustentado de crescimento. A consideração analítica de tais perturbações passou a fazer parte da rotina da Vitrine e fortalecer o papel histórico do Curso de Economia da FAE, representado pelo acompanhamento criterioso dos eventos e questões, sintetizados em oportunidades e ameaças, relevantes ao desenvolvimento econômico e social do País e do Paraná. Não por ocaso, trata-se do melhor ensino privado de economia no Estado, segundo avaliação realizada pelo Ranking Universitário do Jornal Folha de São Paulo (RUF), em 2016. Por fim, convém sublinhar que a consolidação do periódico impõe árduos esforços no sentido da ampliação da participação de alunos e professores da FAE nos debates de problemas que afligem a sociedade brasileira e local. Curiosamente, é fácil perceber, a par do acirramento das manifestações e do debate democráticos, verificado nos últimos tempos no País, a escassez de produções de ideias e proposições acadêmicas consistentes, desprovidas de radicalismos ideológicos. Urge virar esse jogo, sobretudo se se deseja construir um projeto de nação para a próxima década. Por essa ordem de desafios, é alentador constatar que o Curso de Economia da FAE, em geral, e a Vitrine, em particular, reúnem todas as condições técnicas e operacionais para capitanear uma empreitada dessa natureza que poderá reunir intelectuais, técnicos, professores, representantes das classes política, empresarial e dos trabalhadores. Até porque, não seria ocioso destacar que o periódico tem servido como elemento útil no suprimento de três vetores de demanda: a facilitação do entendimento da evolução das principais variáveis econômicas (em escala mundial, nacional e local); a realização e/ou aprofundamento de estudos e pesquisas; e a elaboração de previsões macroeconômicas e exercícios de definições de ações, por agentes públicos e privados. Por tudo isso, a publicação armazena um arsenal nada desprezível de dados, informações e indicadores, quantitativos e qualitativos, com o qual especificamente os estudantes poderão confirmar e aprofundar ou até negar os aspectos capturados em classe, e, por meio da montagem de pressuposições, apreenderem a edificar os pilares do planejamento, a marca registrada dos profissionais economistas.

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DÉCIMO ANO DA VITRINE DA CONJUNTURA Carlos Ilton Cleto

Com muito orgulho comemoro a entrada no décimo ano da Vitrine da Conjuntura. Coloco-me, com alguma prepotência, como um dos idealizadores deste veículo. Lembro-me dos idos de 2006, quando retornei à FAE, após um tempo de gratificante experiência profissional em Brasília e fui fraternalmente recebido pelos amigos Eliana, de quem sempre recordo com especial carinho, Gilmar, Christian, Semi, Lucas, Heloísa, entre outros tantos colegas de dedicação acadêmica. Retornei em setembro daquele ano e no início de outubro já estava novamente em sala, na minha segunda casa, a FAE. Em conversa com os já citados pares, idealizávamos uma publicação econômica da FAE. Cercado de pessoas a quem sempre admirei, montamos a Vitrine. A intenção era realizar uma publicação eletrônica mensal que trabalhasse a conjuntura econômica nacional e regional, permeando com as dificuldades estruturais da economia brasileira. Minha contribuição, desde o início, foi centrada no Panorama Econômico, que trata a grande parte dos indicadores econômicos que servem como termômetro da situação econômica. Algumas considerações sobre as condições econômicas de quando teve início a Vitrine da Conjuntura, comparadas com o quadro econômico atual tornam-se interessantes. Em 2007, os indicadores econômicos apontavam para um retrato muito mais positivo do que a atual, pois o produto interno bruto (PIB) daquele ano apresentou taxa de crescimento de 6,07%, sendo sucedido em 2008, por variação de 5,09%, diminuindo para negativos -0,13% em 2009 e crescendo, com muitos gastos fiscais e política monetária e de crédito extremamente frouxas, para 7,53% em 2010. Enquanto isso, a inflação, medida pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) foi de 4,46%, no fechamento de 2007, com uma taxa de juros SELIC (sempre alta) de 13,25% ao ano, em janeiro, chegando a 11,25% a.a., em dezembro. Ao longo deste período o percentual mais baixo da SELIC foi de 7,25% a.a., entre o final de 2012 e início de 2013. Atualmente o PIB de 2016 fechou com queda de cerca de -3,5%, seguindo declínio de -3,77% em 2015, a inflação do ano passado foi de 6,29%, casualmente dentro da meta, uma vez que projeções anteriores do próprio Banco Central apontavam que este patamar somente seria atingido ao longo de 2017. Em 2015 a inflação chegou a 10,67%. Salientando que apesar da profunda recessão, a taxa SELIC, apesar das reduções recentes, segue em 12,25% a.a. Os resultados fiscais daquele ano se mostravam muito mais saudáveis do que os atuais, o resultado primário do Setor Público, em 2007, foi superavitário em 3,24% do PIB, e o resultado nominal apresentou déficit de apenas 2,47% do PIB. Nos dias atuais, a degradação fiscal alcança padrões assustadores. De superávits primários obtidos até 2013, em 2014, passou-se para um déficit primário de -0,56% do PIB, crescendo A degradação fiscal alcança para -1,85%, em 2015, e chegando a -2,47%, em 2016, como consequência de uma política de gastos exagerados e inócuos padrões assustadores, sobre o sistema econômico. Os resultados nominais, sempre como consequência de uma deficitários foram 5,95% do PIB, em 2014, atingindo absurdos política de gastos públicos 10,22%, em 2015, e recuando, apesar de ainda em patamar extremamente elevado, para 8,93%, em 2016. exagerados e inócuos sobre A dívida líquida total do setor público foi de 44,55% do PIB, em o sistema econômico. 2007, lembrando que ela vinha em queda desde 2002, quando havia chegado a 59,93% do PIB. A dívida atual não difere muito da de 2007, estando em 45,91%, porém, vem apresentando crescimento como proporção do PIB desde 2013, quando chegou a 30,5%.

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O presente panorama fiscal requer parcimônia e austeridade, o que deve agravar a recessão econômica, uma vez que imporá elevação da carga tributária e corte de gastos públicos. Ou seja, os condutores da política econômica perderam o seu “braço fiscal”, ao menos no que tange a um eventual estímulo sobre os níveis de atividade.

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O DÉCIMO ANO DA VITRINE – DEPOIMENTOS DE EX-ALUNOS DA FAE Aline Carinhas Décimo ano de Revista. É um marco e deve ser comemorado, ainda mais se olharmos para cada um que teve a oportunidade de nela publicar e todos os seus desdobramentos acadêmicos após sua publicação. Como não seria plausível falar pelos demais, conto a minha breve história com o periódico e como ela foi um divisor de águas para as minhas experiências acadêmicas dentro da instituição de ensino FAE. Sempre tive o costume de escrever minhas percepções sobre os acontecimentos, fossem eles históricos ou não, mas em momento algum, em minha adolescência e vida adulta, imaginei que isso seria um diferencial. Longe disso, tratava esse costume como um hobby. Logo no começo da faculdade, tive o prazer de ter como mestre em sala de aula, o professor Gilmar Lourenço que, em um de seus trabalhos para a nossa classe, solicitou que respondêssemos algumas perguntas e entregássemos a ele. Naquele momento, fiz o meu melhor para responder todas as questões e colocar complementos literários e demais percepções, claro que visando uma excelente avaliação. Minha surpresa veio quando, além da “boa nota”, fui convidada para colocar aquelas respostas em formato de artigo, para a revista econômica da faculdade. O artigo foi publicado e recebi felicitações até de outros professores da instituição, que leram o texto e gostaram dos meus apontamentos. Por causa desse artigo, escrevi mais um e parti para uma tentativa de ser escolhida para o Programa de Iniciação Científica da FAE, que seria mais um desafio, já que, a meu ver, seria quase um TCC com uma doutora. Fui aceita, mas tenho ciência de que não o seria se não tivesse publicado aqueles dois artigos, e não apenas por ter isso no currículo, mas pelos ensinamentos que tive ao longo do processo de produção do texto e do PAIC. Tenho muito a agradecer à Revista que, para mim, foi um divisor de águas que me colocou nos trilhos das publicações e me fez refletir o que eu gostaria de fazer ao longo de minha carreira. Ana Sílvia Martins Franco A Vitrine da Conjuntura contempla excelentes artigos acerca do cenário econômico do Paraná, do Brasil e do mundo. Aborda temas concernentes à indústria, emprego, comércio, inflação, comércio exterior, políticas macroeconômicas, com análises sobre as principais pesquisas de divulgação mensal. Os textos servem de embasamento tanto para acadêmicos do curso de Economia e profissionais da área, quanto para empresários, em suas tomadas de decisões, bem como para a sociedade em geral, para a compreensão da dinâmica dos agentes econômicos. É uma importante ferramenta para que docentes, discentes e demais cidadãos exponham seus artigos e debatam sobre assuntos concernentes ao panorama econômico. Desde que era aluna da FAE, acompanho as publicações para me inteirar, atualizar ou aprofundar nas questões conjunturais. Fico muito feliz em ter dado minha contribuição para a revista, que considero um dos melhores periódicos de Economia. Camila Kaizer Participar da revista Vitrine da Conjuntura foi uma experiência muito gratificante. A oportunidade de contribuir com um veículo que nos oferece um quadro atualizado do momento econômico e traz reflexões para a prática profissional e acadêmica foi expressiva para o entendimento e aprofundamento das questões com que nos deparamos diariamente. A par da extrema competência na atuação do grupo da Revista, a abertura deste espaço para envolvimento dos acadêmicos na produção das pesquisas ressalta o comprometimento da equipe na posição de docentes e, ao mesmo tempo, a qualidade da nossa formação. Parabéns a todos os envolvidos pelo excelente trabalho realizado ao longo destes dez anos!

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Diego Pelegrino Foi com muita satisfação que pude, junto com minhas colegas, contribuir com a edição da revista eletrônica Vitrine da Conjuntura. O professor mestre Gilmar Lourenço nos incentivou e nos deu todo o suporte durante o processo de elaboração do artigo acadêmico “Cooperativas do Paraná: Uma Abordagem Histórica”. Com isso, criou uma atmosfera que fez com que nos interessássemos em pesquisar e descobrir mais conteúdos e dados envolvendo o assunto proposto. Assim, nossa equipe pôde trabalhar de modo produtivo, trocando conhecimentos, exercitando e aprimorando nossa capacidade analítica para que pudéssemos cruzar os dados históricos com as teorias econômicas. Além de contribuir com a revista, que traz periodicamente análises de indicadores e da conjuntura econômica, pude me aprimorar e aplicar na prática o que aprendi em sala de aula. Por isso, foi uma enorme honra ter, na edição do mês de agosto de 2016, um artigo publicado dentre os trabalhos realizados pela brilhante equipe técnica da revista. Francisco Roberto Fuentes Tavares de Lira Quando estava FAE, me dedicava a estudar com o propósito de me tornar um economista - ingenuamente, mal sabia que estudar não é um meio, mas o fim para um economista - me foi apresentada a oportunidade de escrever para a Vitrine da Conjuntura. As minhas contribuições para o espaço ajudaram na minha formação como economista, ao permitirem a construção de senso critico, porém, mais importante, me oportunizaram praticar a escrita. Diz-se que um economista que não escreve é como um engenheiro que não sabe física: incompleto. O tempo mostrou que esse ditado era verdadeiro, pois, apesar das diversas demandas do mercado pelo economista, é imprescindível para a profissão a capacidade de colocar no papel os mais complexos pensamentos e, mais importante, de maneira simples. Posso dizer que a Vitrine da Conjuntura contribuiu para eu ser o economista que sou hoje. Jaqueline Teleginski Participar da Vitrine da Conjuntura foi uma experiência gratificante. Cursava o 4º ano do curso de Ciências Econômicas e o pensamento constante era trabalho de conclusão de curso. Fazer parte da revista ajudou muito no processo de desenvolvimento da escrita e posterior apresentação do trabalho, pois além da publicação do artigo naquele ano (2010), houve a apresentação do mesmo em um Seminário especial, preparado pelo Curso de Economia da FAE. Bela lembrança do meu tempo de estudante. Meu tema foi Gudin e o Pensamento Liberal. Nunca esqueci. Tal evento desencadeou emoções: medo de falar em público, insegurança de apresentar um artigo escrito meramente como atividade curricular e ansiedade antes das primeiras palavras. Mas, ao final, os alunos participantes, assim como eu, sentiram-se realizados por serem capazes de expor um pouco do aprendizado em sala de aula diante de um auditório repleto de colegas de curso e professores. Em uma segunda oportunidade participei do projeto com a publicação de um trabalho em grupo, desenvolvido com alguns colegas de sala, que hoje são amigos para a vida toda. Escrevemos um artigo sobre o Produto Interno Bruto do País, tema sempre presente durante a formação dos economistas e de expressiva importância para todos os brasileiros em seu cotidiano. Afinal, mensura nossas rendas e também expõe a desigualdade e a incapacidade gestacional com que elas são usadas. A Vitrine da Conjuntura vem oferecendo aos alunos a oportunidade de aprender fazendo, deixando-os mais próximos dos assuntos econômicos do momento, e partilhar índices econômicos relevantes para uso durante a vida acadêmica e, posteriormente, no dia a dia profissional e pessoal, ao longo de seus 10 anos de publicações.

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Maria Augusta Peixoto O envolvimento de discentes na elaboração da Vitrine da Conjuntura, por meio da produção dos textos componentes da revista, é uma experiência de grande valia. No meu caso, representou a oportunidade de aprofundar conhecimentos relativos a um tópico inicialmente abordado em sala de aula, do qual, para mim, acrescia especial interesse. A elaboração do artigo retratou a possibilidade de criação conjunta, ao lado de colegas queridos e associada às valiosas sugestões e correções do professor Gilmar. Ao habilitar a publicação da contribuição acadêmica de estudantes, na Vitrine, o professor proporciona, aos interessados em cooperar, a participação no debate e reflexão de questões econômicas, além da chance de permutar informações, construir entendimentos e expandir compreensões acerca da história e atualidade da economia regional e brasileira.

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FIM DA RECESSÃO BRASILEIRA? Gilmar Mendes Lourenço

A identificação de indicadores econômicos positivos, no final de 2016, ainda que localizados e de reduzida magnitude, ao lado de sinalizações de retorno da confiança de empresários e consumidores, neste começo de 2017, sob a influência, sobretudo, da ação acertada, embora demorada, do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), de construir uma rota de corte mais pronunciados nos juros, oportunizou a feitura de diagnósticos de que a instabilidade teria chegado ao fundo do poço e o País estaria finalmente escapando do abismo recessivo. Do ponto de vista técnico, o quadro depressivo desaparecerá quando, de maneira generalizada, as estatísticas das diversas variáveis subjacentes aos níveis de atividade superarem as verificadas no mesmo período do ano antecedente. Nessa perspectiva, parece até razoável admitir e projetar a ocorrência desse fenômeno ainda no primeiro trimestre de 2017, auxiliada pela base de comparação bastante deprimida, erguida entre janeiro e março de 2016. Contudo, convém advertir que o comportamento da produção e dos negócios no princípio do ano é tradicionalmente determinado pela ampliação das encomendas do comércio à indústria, visando à recomposição dos estoques comerciais, desovados com a movimentação de vendas de final de ano que, por sinal, em 2016, revelaram a pior performance desde que a conjuntura de varejo é alvo de mensuração pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há igualmente a apreciável interferência da colheita, comercialização, processamento industrial e exportação dos produtos do agronegócio que, em tempos de estabilização de preços nos mercados globais, devem ativar os fluxos de renda, de uma forma pulverizada geograficamente, e provocar efeitos multiplicadores em um número nada desprezível de cadeias de valor acopladas a esse segmento. No fundo, o efeito do agro, no primeiro trimestre, abarca a repetição do que ocorre praticamente em todos os anos, exceto por ocasião de frustrações de safra, associadas a problemas climáticos, ou compressão das cotações internacionais dos alimentos, costumeiramente motivada por declínio de demanda ou circunstâncias de oferta excessiva. Até porque, não fosse a produtividade e competitividade do agronegócio, cada vem menos preso às amarras da ineficiência governamental, as contas externas da nação estariam em situação de irremediável colapso. Por certo, no plano doméstico, a combinação de alguns elementos virtuosos, em paralelo ao lançamento de uma agenda de reformas, gestados em 2016, permite a captação e observação de horizontes menos turvos, a eliminação da sensação de barco à deriva e, por extensão, o regresso dos componentes essenciais ao alargamento temporal da previsibilidade dos agentes. Dentre os itens favoráveis, sobressai o acentuado decréscimo da inflação, surpreendendo os mercados e a própria equipe econômica, oportunizado por recessão inédita, em intensidade e duração, que ensejou o abrandamento das posturas conservadoras da autoridade monetária. Apenas para ilustrar, a inflação, medida pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) foi de 5,35% no ano encerrado em janeiro de 2017, versus 6,29% nos doze meses imediatamente anteriores. Já o produto interno bruto (PIB) caiu -9,5% entre abril de 2014 e dezembro de 2016. Os demais ativos reúnem a prospecção de posições fiscais de restauração do equilíbrio orçamentário, em longo prazo, fruto da imposição de tetos constitucionais à evolução dos gastos públicos federais, e encaminhamento, pelo executivo ao legislativo, de indiscutíveis avanços institucionais, como a proposta de um novo arcabouço previdenciário e a reforma de aspectos da legislação trabalhista. Só que a legitimidade de tais empreitadas esbarra no desenrolar das investigações da operação Lava Jato que, a julgar pela multiplicação das delações premiadas dos executivos das corporações públicas e privadas envolvidas deve, paradoxalmente, atingir apreciável fração dos parlamentares encarregados da discussão e formulação de modificações no modus operandi do tecido econômico e social do País.

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Por tudo isso, a retomada do fôlego da economia brasileira, sem o uso contínuo de aparelhos, deve ser recebida com redobrada cautela. Na melhor das hipóteses, será um estágio de A retomada do fôlego da reerguimento amparado na ocupação das enormes margens de economia brasileira, sem o ociosidade, acumuladas durante a fase de prolongada retração, em um ambiente de massa de salários cadente, com o desemprego uso contínuo de aparelhos, recorde e o encolhimento dos rendimentos reais, mesmo com a deve ser recebida com queda da inflação, e endividamento e inadimplência ainda em patamares extremamente elevados. redobrada cautela. Levantamento efetuado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que 46% dos brasileiros atrasaram ou suspenderam a quitação de pelo menos uma conta em 2016, contra 53% em 2015. Os pagamentos mais afetados foram cartão de crédito (19%), conta de luz (17%) e internet (13%). Deste universo, 65% tiveram ou estão negativados, versus 68% no ano anterior, especialmente aqueles integrantes das categorias sociais C, D e E (69%). Em fins de 2016, 58,3 milhões de pessoas (39% da população adulta) figuravam em relações de inadimplentes. Sem contar as incertezas oriundas do front externo, determinadas pelas posições nocivas ao funcionamento do comércio global, manifestadas pelo novo governo dos Estados Unidos que, em uma pressuposição otimista, devem brecar acenos de sincronização da recuperação econômica mundial e punir estados com finanças públicas cronicamente abaladas.

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NÃO HÁ CAPITALISMO SEM CRÉDITO Gilmar Mendes Lourenço

A nova redução de 0,75 ponto percentual da taxa Selic, representando recuo de 13,0% ao ano para 12,25% a.a., definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, no encontro de 22 de fevereiro de 2017, confirma a continuidade do afrouxamento do garrote monetário, iniciado de forma moderada em fins de 2016 e intensificado neste começo de ano. Trata-se do quarto corte seguido, que serviu para colocar os juros básicos do País no menor patamar desde janeiro de 2015. Mais uma vez a autoridade monetária demonstrou firme convicção acerca da consistente trajetória de declínio da inflação, propiciada pela profunda e prolongada recessão que atinge o País desde o princípio de 2014 e que, ao contrário do que avalia parcela expressiva dos meios especializados, defendendo que os negócios já desenhariam um ciclo de retomada, parece aproximar-se de uma situação de “nado no do fundo do poço”. A esmagadora maioria dos indicadores correntes aponta que, na mais tolerante interpretação, o quadro econômico teria parado de piorar. Ademais, o elevado grau de endividamento e inadimplência dos consumidores, as taxas recordes de desemprego, a multiplicação do passivo das empresas e a enorme capacidade produtiva ociosa do parque industrial representam barreiras nada desprezíveis à recuperação da demanda doméstica (consumo e investimento). Sem contar que a condição de Estado quebrado, em face da combinação entre deterioração da gestão e malversação dos recursos, agravada pelo fortalecimento das cadeias de corrupção, formadas especialmente por representantes dos poderes constituídos e grandes empreiteiras, inibe e, em certos casos anula, a capacidade de inversão do setor público, em clima ainda inóspito às privatizações, conduzidas institucionalmente por um quase ministro citado em delações premiadas da Lava Jato. Nessas circunstâncias, a conduta do BC constitui exceção, não regra, de uma orientação econômica expansiva. Por certo, a superação da depressão exige expressiva ampliação e barateamento da oferta de crédito. Conforme o BC, a relação crédito/PIB decresceu de 53,2% do PIB, em janeiro de 2016, para 48,7% do PIB, em janeiro de 2017. Até porque, a ciência econômica ainda não conseguiu inventar capitalismo sem crédito. Por isso, a dimensão do decréscimo da Selic precisa contaminar os demais elos e modalidades de financiamento. Enquanto a taxa média de juros situava-se, em janeiro de 2017, em 32,8% a.a., as praticadas no desconto de duplicatas, crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito rotativo estavam em 34,7% a.a., 61,6% a.a., 328,3% a.a. e 486,8% a.a., respectivamente. É importante reconhecer que a inadimplência é alta, por conta da queda da massa de salários (diminuição dos rendimentos e subida da desocupação). Mas é impossível ignorar o poder de mercado do oligopólio bancário no Brasil, amparado em estilo de funcionamento propenso às operações de tesouraria, atreladas à rolagem da dívida mobiliária federal, desprovida de riscos, que rendem lucros estratosféricos, inibem a competição e encurtam e encarecem o volume de recursos destinados ao giro da roda da economia real. Apenas como ilustração, quatro entidades (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Caixa Econômica Federal) atuantes por aqui detêm 72,4% dos ativos do sistema no Brasil, contra 43%, no ano de 2000, o que permite o levantamento da hipótese, pouco confortável, de que, sem amplas alterações no arcabouço financeiro vigente, o desencadeamento de ondas descendentes da Selic pode não beneficiar o tomador final, notadamente em situação de arrefecimento das pressões inflacionárias que, produz, inclusive, a subida dos juros reais. A reativação sustentada dos níveis de atividade também requer a colaboração da perna fiscal, ainda presa a promessas de ajuste, ancoradas na aplicação do teto dos gastos e na reforma da previdência, em tramitação no Congresso Nacional, instância de credibilidade, na melhor das hipóteses, duvidosa.

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Na verdade, sem uma abrangente agenda de modificações estruturais (tributária, administrativa, financeira, patrimonial e do judiciário), dirigida à Sem uma abrangente agenda de compressão do tamanho e à impulsão da gestão do estado modificações estruturais, qualquer brasileiro, qualquer indicação de reerguimento das transações pode ser confundida, pelos agentes, como indicação de reerguimento das simples faísca, comprometendo a confiança no futuro. transações pode ser confundida, Nessa perspectiva, outra fonte de perturbação corresponde à taxa de câmbio. Se, de um lado, o retorno pelos agentes, como simples da marcha de valorização da moeda nacional constitui faísca, comprometendo a apreciável auxílio no combate à inflação, de outro, confiança no futuro. prejudica a competitividade das exportações, particularmente aquelas realizadas pela indústria, setor mais afetado pela conjuntura de contração econômica. Mais que isso. De acordo com as inferências internacionais, o Brasil figura no elenco das nações de renda média. O preocupante é que nenhum País conseguiu a proeza de passar para o andar de cima, e integrar o seleto bloco de renda alta no panorama global, sem dispor de um vigoroso e diversificado segmento exportador.

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ECONOMIA CRIATIVA: ENVOLVIMENTO COM MODERAÇÃO Gilmar Mendes Lourenço

No final de 2016 tive o privilégio de participar do Fórum “Economia Criativa”, promovido pela Coordenação de Inovação da Companhia Paranaense de Energia (Copel), na perspectiva de debater as chances de o segmento, que abarca as áreas de tecnologia, mídias, cultura, moda, design, arquitetura e publicidade, vir a representar uma das alavancas do processo de retomada sustentada do crescimento econômico brasileiro. É preciso entender que por tratar-se de um campo de estudos relativamente novo, definido há menos de duas décadas, portador de pronunciado conteúdo de conhecimento, tecnologia e poder de transbordamento sobre as demais atividades do sistema econômico e social, predominam enormes dificuldades à sua categorização e mensuração. Os esparsos dados e informações existentes, para intervalos de tempo não tão recentes, atestam que o segmento contribuiria com mais de 5,0% do produto interno bruto (PIB), na média de 40 países acompanhados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), e de 2,7% do PIB, no Brasil, em 2012, de acordo com estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com as divisões de audiovisual, comunicação e mídia impressa, gerando mais de ¾ do valor adicionado setorial. Incursões mais específicas indicariam que a atividade exibe maior velocidade de expansão que o restante do aparelho de produção e de negócios e paga salários mais elevados, por conta dos diferenciais de escolaridade, o que poderia sinalizar a abertura de flancos para a obtenção de saltos na produtividade agregada. No entanto, tais inferências parecem insuficientes para permitir a construção de um modelo de compreensão mais adequado das oportunidades, desafios e conexões da economia criativa, que venha a escapar da prepotência implícita em parte expressiva das iniciativas de marketing. De fato, o ramo carece de um inventário qualitativo, escorado na montagem de uma conta satélite, no Sistema de Contas Nacionais (SCN), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como já efetuado para saúde e turismo, a partir do emprego do modelo insumo-produto, seguido de um diagnóstico detalhado, capaz de demonstrar composição, peso na economia, absorção e grau de escolarização e informalidade da mão de obra, performance na crise, produtividade e eficácia dos vultosos subsídios oficiais nele aportados. Até porque, a criatividade que notabilizou o País nos últimos tempos esteve associada menos a fatores de progresso e mais a elementos econômicos de perturbação. Dentre aquelas patologias A criatividade que sobressai a maquiagem das contas públicas, escoradas nas pedaladas notabilizou o País nos fiscais, que ensejaram o financiamento dos déficits do tesouro nacional por bancos oficiais, e a articulação promíscua entre grandes últimos tempos esteve empreiteiras e membros dos poderes executivo e legislativo voltada à associada menos a destruição dos procedimentos de gestão e, por extensão, ao desvio de expressivas somas de recursos das companhias estatais. fatores de progresso e Ressalte-se que a multiplicação de provas, envolvendo a mais a elementos participação daqueles agentes em encorpados escândalos de econômicos de corrupção, favoreceu (ou forçou) a manifestação de escolhas de delações premiadas e imediatos acenos de marketing centrados em perturbação. arrependimentos e na apologia de uma trajetória de gloriosos serviços prestados à nação. Também não soa descabido argumentar, principalmente em época de penoso esforço fiscal, que parcela não desprezível da produção cultural brasileira, patrocinada por instâncias públicas, estaria mais para “lixo tóxico” do que para algo que pudesse pleitear o rótulo de criativo. Em paralelo, salta

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aos olhos que serviços de informação, uma das âncoras do segmento, acusaram decréscimo na formação do PIB nacional de 4,6%, em 2005, para 3,2%, em 2015. Por fim, convém não transferir à economia criativa a missão de salvadora da pátria, transformando-a no mais novo modismo. Na maioria dos casos, lampejos de criatividade não conseguem reproduzir as conhecidas economias de escala da microeconomia, absolutamente imprescindíveis para a maximização da agregação de valor, mensurada pela macroeconomia. Em outras circunstâncias, incursões criativas exigem o aporte de vultosos recursos a ponto de não resistirem a criteriosos cálculos de viabilidade. Por essa ordem de argumentação, não seria ocioso recordar o episódio da Nova Economia, capitaneada pelas empresas de tecnologia de informação, nos EUA, no decênio de 1990, ápice da terceira revolução industrial, quando a economia daquele País experimentou taxas de variação do PIB superiores a 5% a.a. Tal dinamismo esteve assentado na impulsão do investimento das corporações ponto com e no consumo privado, movido essencialmente pela subida dos rendimentos variáveis das famílias, associada à valorização das ações das empresas líderes, mensurada pelo índice Nasdaq. Uma fração da academia chegou a sentenciar o fim dos ciclos, na medida em que as companhias de vanguarda não estariam submetidas às agruras macroeconômicas que costumavam vitimar, de tempos em tempos, os setores tradicionais. A descoberta das fraudes contábeis praticadas por Worldcom e Enron, ignoradas pelas auditorias internacionais, serviu para recolocar o capitalismo nos eixos tradicionais, operando em linha descendente até 2003, quando teve início o boom das commodities, motivado pela demanda chinesa. Mas essa é outra história.

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INDICADORES

EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO - 2016-2021 ANO

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB

TAXA DE JUROS SELIC

TAXA DE CÂMBIO R$/US$

TAXA DE INFLAÇÃO IPCA

2016

-3,50

...

...

...

2017

0,45

9,27

3,30

4,35

2018

2,39

8,97

3,42

4,43

2019

2,52

9,04

3,47

4,36

2020

2,49

8,85

3,55

4,32

3,59

4,24

2021 8,71 ... FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 24/02/2017 NOTA: Meta para taxa de juros SELIC e taxa de câmbio para o final do ano. Sinal convencional utilizado: ... dado não disponível

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% PIB) – COMPARAÇÃO MENSAL ÚLTIMOS 10 ANOS – JANEIRO 2007-2017 JAN/

GOVERNOS ESTADUAIS

BACEN

2007

30,38

-0,19

14,90

0,84

45,94

2008

28,99

0,22

13,73

0,78

43,71

2009

24,98

-0,96

13,22

0,81

38,04

2010

28,12

-1,32

12,06

0,73

39,60

2011

26,61

-1,14

11,46

0,64

37,56

2012

25,01

-1,17

10,62

0,55

35,02

2013

22,21

-1,33

10,69

0,59

32,16

2014

20,08

-1,29

10,62

0,59

30,00

2015

22,36

-1,53

11,00

0,69

32,51

2016

25,15

-3,65

12,90

0,90

35,30

2017

36,57

-2,78

11,70

0,89

46,38

E MUNICIPAIS

EMPRESAS ESTATAIS

SETOR PÚBLICO

GOVERNO FEDERAL

ANO

CONSOLIDADO

FONTE: Banco Central do Brasil, DEPEC.

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INDICADORES

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM CURITIBA – DEZEMBRO/2016 MOVIMENTAÇÃO AGREGADA

CURITIBA

%

MICRO REGIÃO

%

PARANÁ

%

BRASIL

ADMISSÕES

18.602

74,07

25.115

29,50

63.065

2,14

869.439

DESLIGAMENTOS

26.304

73,71

35.685

28,13

93.522

1,98

1.331.805

Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2016

713.234

70,85

1.006.653

26,88

2.653.120

1,80

39.693.050

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

152.030

71,80

211.733

23,28

653.176

1,85

8.197.918

VARIAÇÃO ABSOLUTA

-7.702

-

-10.570

-

-30.457

-

-462.366

FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de Curitiba em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - DEZEMBRO/2016 MOVIMENTAÇÃO AGREGADA

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

%

MICRO REGIÃO

%

PARANÁ

%

BRASIL

ADMISSÕES

2.066

8,23

25.115

3,28

63.065

0,24

869.439

DESLIGAMENTOS

2.652

7,43

35.685

2,84

93.522

0,20

1.331.805

Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2016

87.252

8,67

1.006.653

3,29

2.653.120

0,22

39.693.050

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

14.206

6,71

211.733

2,17

653.176

0,17

8.197.918

VARIAÇÃO ABSOLUTA

-586

-

-10.570

-

-30.457

-

-462.366

FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de São José dos Pinhais em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM ARAUCÁRIA – DEZEMBRO/2016 MOVIMENTAÇÃO AGREGADA

ARAUCÁRIA

%

MICRO REGIÃO

%

PARANÁ

%

BRASIL

ADMISSÕES

796

3,17

25.115

1,26

63.065

0,09

869.439

DESLIGAMENTOS

1.332

3,73

35.685

1,42

93.522

0,10

1.331.805

Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2016

38.214

3,80

1.006.653

1,44

2.653.120

0,10

39.693.050

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

5.767

2,72

211.733

0,88

653.176

0,07

8.197.918

VARIAÇÃO ABSOLUTA

-536

-

-10.570

-

-30.457

-

-462.366

FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de Araucária em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

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INDICADORES

EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) -FEV/2016–JAN/2017 DIA

JAN/16

FEV/16

MAR/16

ABR/16

40570,03 38596,16

44121,79 44893,48

50561,52

59588,70

3

61813,83

39588,81

47193,39

4

61589,05

40821,73

49084,86

5

62070,98

40592,09

6

61665,36

1 2

MAI/16

JUN/16

JUL/16

AGO/16

SET/16

49.012,65 49.887,24

52.233,04

53561,53

56755,76 56162,38

58.236,26 59616,39

52260,18

50619,49

59.461,22

61750,17

57593,89

59.339,22

61598,39

49053,61

51671,04

51.842,27

57661,14

48096,24

51717,82

50431,80

51.901,80

48513,10

50487,35

52.014,65

50292,92

51629,29

53.140,74

11 12 13

63651,51

60644,24

61088,24 61414,40

64157,67

60676,56

57999,72

63258,26

60500,61

40376,58

49571,10

53070,90

49422,15

56919,77

62446,26

39318,30

49638,67

63953,93

39808,04

50165,47

52764,46

53.960,11

58299,57

52001,86

53241,31

54.256,40

58298,40

53149,84

51804,30

53227,74

60129,43

64051,65

57689,41

15

59831,72

61108,98

51118,46

52411,01

60.254,34

60231,65

50990,06

48867,33

59566,34

57635,42

48665,09

14

59506,54 60316,12

57076,91

49102,13

62131,80

63326,41

52.568,65

49246,10

10

DEZ/16

52552,79

8 61700,29

NOV/16

48779,98

7

9

OUT/16

61668,33

61200,95

61021,84

59183,50

58586,11

59178,61

49660,79

54.598,28

56820,77

61118,58

48648,29

55.480,86

57059,46

61767,21

48914,74

55.578,23

59280,57 59657,46

40092,89

47130,02

59145,97

57909,48

16

63831,27

40947,69

47763,43

51802,92

49411,61

58855,43

57079,75

17

64354,33

41630,81

50913,78

50839,44

49533,84

59323,83

62696,10

59770,47

18

64149,57

41477,63

50814,65

56.484,21

59166,01

63782,20

59961,76

19

63950,86

41543,40

56.698,06

59098,92

20

64521,18

21

51171,54

22

43234,85

51010,19

52894,07

50561,70

53710,04

50132,53

53630,93

49722,74

52907,87

58396,16 60759,31

57350,37

63505,60

57110,99

56.578,04

57736,45

63837,85

57582,89

50837,80

56.641,48

58393,92

64108,08

50156,30

57.022,08

57781,24

58994,16 58697,00

61070,27

57646,52

61954,47

57255,22

61985,90

57937,10

65748,62

42520,94

49690,04

49330,42

51559,81

58020,03

24

65840,09

42084,55

49657,39

49345,18

50105,26

57717,88

64059,89

61395,53

56.872,22

57722,13

63866,20

61559,07

56.782,75

57716,24

26

66190,62

27

66033,98

41887,90

51861,71

41593,07

53082,50 54477,78

28 29 30

42793,86 64301,73

31

64670,78

MÍNIMO MÁXIMO

59588,70 66190,62

58053,53

63825,68

49245,53

56.852,84

58382,48

64249,50

50838,22

54311,96

50006,56

56.667,11

59355,76

64307,63

51154,99

53910,50

51001,90

57.308,20

51248,92

48964,34

50055,27 38596,16 43234,85

49482,85

44121,79 51248,92

49051,49

51526,92

48471,70 48096,24 54477,78

48471,70 53561,53

58389,04

50329,36

23

25

58212,11

51,842,27 57.308,20

58696,69 62855,49

59781,63 60227,28

58610,39

58350,56

60986,51

58575,42

58367,04

61906,35

57901,10 48648,29 51629,29

58620,26

56162,38 59323,83

64924,51 56820,77 60231,65

59339,22 64924,51

59183,50 64157,67

57110,99 61414,40

FONTE: BM&FBovespa NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017


INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, marรงo 2017


INDICADORES

PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS – DEZ/2000–JAN/2017 PERÍODO

SÃO PAULO

PARANÁ

Arroz (30 kg)

Feijão Preto (30 kg)

Soja (em farelo) ( t)

Trigo (em grão) (60 kg)

Milho (60 kg)

Dez/2000 Dez/2001 Dez/2002 Dez/2003 Dez/2004 Dez/2005 Dez/2006 Dez/2007 Dez/2008 Dez/2009 Dez/2010 Dez/2011 Dez/2012 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Set/2015 Out/2015 Nov/2015

20,69 28,00 38,00 52,36 33,78 30,00 34,01 43,67 52,54 48,34 54,40 44,28 65,00 59,51 60,36 59,91 54,80 62,02 61,07 61,67 61,78 61,23 58,00 58,46 60,00 60,00 60,07 60,10 60,35 62,05 67,60 74,88 74,70 74,05 74,85 77,40 58,98

19,08 49,95 48,47 43,16 48,65 60,01 33,47 72,29 85,72 44,14 56,57 52,75 80,81 92,71 89,62 87,40 94,41 95,37 88,74 81,73 80,26 79,91 80,77 78,43 77,84 78,69 87,87 89,11 84,95 80,90 77,91 73,80 74,08 75,75 77,42 80,63 81,41

434,03 496,42 745,55 756,77 522,76 513,04 506,57 682,33 736,91 740,11 734,82 584,62 1.239,97 1.298,74 1.230,87 1.202,97 1.209,69 1.186,52 1.165,31 1.170,80 1.062,62 1.083,22 1.047,49 1.050,81 1.164,19 1.174,61 1.132,40 1089,72 1152,64 1108,53 1046,36 1047,04 1143,47 1186,26 1.323,52 1.393,83 1370,71

15,03 17,80 34,94 28,58 21,26 21,96 29,23 34,35 28,50 27,50 27,40 26,43 41,50 47,27 45,64 46,29 46,76 49,57 49,94 48,41 44,43 36,71 34,56 32,19 33,54 34,32 34,37 34,51 35,94 40,36 41,54 40,00 38,97 38,90 39,33 42,20 43,48

10,30 11,78 24,37 17,73 15,00 14,26 19,44 28,69 17,93 17,66 22,69 23,20 31,00 22,54 23,50 24,39 27,02 27,27 25,85 23,90 22,20 21,44 20,90 21,07 23,99 24,95 24,43 24,39 25,01 24,69 23,00 23,32 24,54 24,96 27,30 28,93 28,71

Dez/2015

62,10

87,64

1314,07

43,30

29,39 36,59

Jan/2016

66,85

106,78

1397,50

44,10

Fev/2016

68,55

100,91

1404,32

45,16

38,67 41,08

Mar/2016

69,97

96,83

1140,93

45,29

Abr/2016

69,89

98,09

1110,13

46,60

46,10 49,96

Mai/2016

71,45

107,83

1319,96

46,19

Jun/2016

73,02

131,01

1572,48

53,74

49,13 41,15

Jul/2016

69,81

158,53

1489,45

53,68

Ago/2016

74,62

152,55

1353,58

50,77

40,86 37,86

Set/2016

77,21

148,65

1281,50

43,34

Out/2016

77,58

161,76

1211,86

39,45

38,32 35,63

Nov/2016

...

155,06

1220,52

38,25

Dez/2016

...

147,81

1212,32

37,62

34,81

37,19

34,81

Jan/2017

... 125,18 1153,42 FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulhinha. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível

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INDICADORES

INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL BRASIL

EUA

Emissão Fundo de Investimento Índice Ibovespa Primária de Valor das empresas Dow Jones – NYSE Nasdaq DATA Financeiro – FIF fechamento listadas no Ibovespa Debêntures fechamento fechamento (PL mensal, R$ milhões) mensal (R$ bilhões) 7848(3) 7841 (R$ (pontos) 7846 (3) (pontos) 7847 (4) 7837(1) (pontos) 7845 (2) milhões) 2005 (DEZ) 653.714 841 33.455 41.538 10.718 2.205 2006 (DEZ) 794.875 1.181 44.473 69.463 12.463 2.415 2007 (DEZ) 912.869 1.765 63.886 46.535 13.265 2.652 2008 (DEZ) 917.297 1.088 37.550 37.458 8.776 1.577 2009 (DEZ) 1.086.267 1.740 68.588 2.720 10.428 2.269 2010 (DEZ) 1.286.654 2.071 69.304 2.025 11.578 2.653 2011 (DEZ) 1.501.728 1.834 56.754 220 12.218 2.605 2012 (DEZ) 1.786.186 1.962 60.952 850 13.104 3.020 Jan/2013 1.836.788 1.983 59.761 0 13.861 3.142 Fev/2013 1.852.863 1.918 57.424 2.141 14.054 3.160 Mar/2013 1.864.287 1.932 56.352 2.160 14.579 3.268 Abr/2013 1.877.294 1.925 55.910 2.551 14.804 3.329 Mai/2013 1.895.304 1.907 53.506 0 15.116 3.456 Jun/2013 1.880.342 1.740 47.457 0 14.910 3.403 Jul/2013 1.904.243 1.779 48.234 1.465 15.500 3.626 Ago/2013 1.914.304 1.792 50.011 0 14.810 3.590 Set/2013 1.919.844 1.898 52.338 0 15.130 3.771 Out/2013 1.923.553 1.995 54.256 2.328 15.546 3.920 Nov/2013 1.921.603 1.947 52.482 0 16.086 4.060 Dez/2013 1.939.384 1.890 51.507 300 16.577 4.177 Jan/2014 1.934.332 1.803 47.638 0 15.699 4.104 Fev/2014 1.952.954 1.789 47.094 1.000 16.322 4.308 Mar/2014 1.979.747 1.901 50.514 250 16.458 4.199 Abr/2014 1.983.269 1.940 51.626 1.098 16.581 4.115 Mai/2014 2.017.747 1.902 51,239 0 16.717 4.243 Jun/2014 2.045.954 1.961 53,168 0 16.827 4.408 Jul/2014 2.067.374 2.037 55.829 481 16.563 4.370 Ago/2014 2.107.037 2.224 61.288 0 17.098 4.580 Set/2014 2.130.781 1.979 54.115 0 17.043 4.493 Out/2014 2.149.367 1.980 54.628 845 17.391 4.631 Nov/2014 2.166.487 1.992 54.724 0 17.828 4.792 Dez/2014 2.156.887 1.824 50.007 0 17.823 4.736 Jan/2015 2.192.912 1.745 46.907 10.000 17.165 4.635 Fev/2015 2.226.999 1.897 51.583 551 18.133 4.964 Mar/2015 2.260.558 1.885 51.150 321 17.776 4.901 Abr/2015 2.282.144 2.066 56.229 4.600 17.841 4.941 Mai/2015 2.235.805 1.949 52.760 0 18.011 5.070 Jun/2015 2.355.165 1.973 53.080 0 17.620 4.987 Jul/2015 2.388.160 1.903 50.864 740 17.690 5.128 Ago/2015 2.425.397 1.754 46.625 0 16.528 4.777 Set/2015 2.343.942 1.700 45.059 1.350 16.285 4.620 Out/2015 2.448.624 1.679 45.868 1.892 17.664 5.054 Nov/2015 2.465.544 1.659 45.120 0 17.720 5.109 Dez/2015 2.472.963 1.591 43.349 1.185 17.425 5.007 Jan/2016 2.522.931 1.506 40.405 0 16.466 4.614 Fev/2016 2.553.705 1.561 42.793 0 16.517 4.558 Mar/2016 2.600.246 1.795 50.055 20.000 17.685 4.870 Abr/2016 2.635.683 1.918 53.910 0 17.831 4.775 Mai/2016 2.670.626 1.740 48.471 0 17.787 4.948 Jun/2016 2.690.456 1.821 51.526 0 17.930 4.843 Jul/2016 2.738.202 2.004 57.308 0 18.432 5.162 Ago/2016 2.795.674 2.029 57.901 0 18.401 5.213 Set/2016 2.820.714 2.045 58.367 0 18.308 5.312 Out/2016 2.860.310 2.181 64.924 878 18.142 5.190 Nov/2016 2.887.156 2.135 61.906 0 19.124 5.324 Dez/2016 2.953.369 2.078 60.227 975 19.763 5.383 Jan/2017 3.035.796 2.239 64.670 0 19.864 5.615 FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq NOTA: Para os anos de 2005 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

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INDICADORES

BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1997-2017

(Em US$ 1.000 FOB - ACUMULADO - e variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X)

ANO

IMPORTAÇÃO (M)

1997

Var. % 14

Valor 3.306.968

36

1.546.619

1998

4.227.995

(13)

4.057.589

23

170.406

1999

3.932.659

(7)

3.699.490

(9)

233.169

2000

4.394.162

12

4.686.229

27

-292.067

2001

5.320.211

21

4.928.952

5

391.259

2002

5.703.081

7

3.333.392

(32)

2.369.689

2003

7.157.853

26

3.486.051

5

3.671.802

2004

9.405.026

31

4.026.146

15

5.378.879

2005

10.033.533

7

4.527.237

12

5.506.296

2006

10.016.338

(0)

5.977.971

32

4.038.367

2007

12.352.857

23

9.017.988

51

3.334.870

2008

15.247.252

23

14.570.222

62

677.030

2009

11.222.827

(26)

9.620.837

(34)

1.601.990

2010

14.176.010

26

13.956.180

2011

17.394.228

22,70

18.766.895

45 34,46

219.831 -1.372.667

2012

17.709.585

1,81

19.387.410

3,30

-1.677.825

2013 2014

18.239.202

2,99

19.343.839

-0,23

-1.104.637

16.332.120

-10,46

17.293.735

-10,61

-961.614

2015

14.909.081

-8,71

12.448.504

-28,03

2.460.577

2016

15.171.100

1,76

11.092.307

-10,89

4.078.792

958.871

30,00

JAN/2017

965.627

10,84

Var. %

SALDO (X-M) VALOR

Valor 4.853.587

6.757

FONTE: MDIC/SECEX

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1997-2017 ANO 1997

(Em US$ 1.000 FOB – ACUMULADO - e variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X) Valor Var. % 52.982.726 10,97

IMPORTAÇÃO (M) Valor Var. % 59.747.227 12,00

SALDO (X-M) Valor -6.764.501

Var. % 20,82

1998

51.139.862

(3,48)

57.763.476

(3,32)

-6.623.614

(2,08)

1999

48.012.790

(6,11)

49.301.558

(14,65)

-1.288.768

(80,54)

2000

55.118.920

14,80

55.850.663

13,28

-731.743

(43,22)

2001

58.286.593

5,75

55.601.758

(0,45)

2.684.835

(466,91)

2002

60.438.653

3,69

47.242.654

(15,03)

13.195.999

391,50

2003

73.203.222

21,12

48.325.567

2,29

24.877.655

88,52

2004

96.677.497

32,07

62.835.616

30,03

33.841.882

36,03

2005

118.529.184

22,60

73.600.376

17,13

44.928.809

32,76

2006

137.807.470

16,26

91.350.841

24,12

46.456.629

3,40

2007

160.649.073

16,58

120.617.446

32,04

40.031.627

(13,83)

2008

197.942.443

23,21

172.984.768

43,42

24.957.675

(37,66)

2009

152.994.743

(22,71)

127.715.293

(26,17)

25.279.450

1,29

2010

201.915.285

31,98

181.722.623

42,28

20.192.662

(20,12)

2011

256.039.575

26,81

226.245.113

24,47

29.794.462

...

2012

242.579.776

-5,26

223.154.429

-1,37

19.425.346

...

2013

242. 033.575

-0,22

239.631.216

7,37

2.402.358

...

2014

225.100.885

-7,00

229.060.058

-4,46

-3.959.173

...

2015

191.134.325

-15,09

171.449.050

-25,18

19.685.274

...

2016 JAN/2017

185.235.401 14.911.477

-3,09 32,69

137.552.003 12.186.526

-19,77 18,06

47.683.398 2.724.951

... ...

FONTE: MDIC/SECEX Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017


INDICADORES

OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS (COMPLEXO SOJA E TRIGO) - SAFRAS 2010/2017 CULTURA SAFRA ESTOQUE INICIAL PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO 2010/11 76,0 1.959,8 144,2 2.180,0 900,0 2011/12 521,7 1.893,3 3,5 2.418,5 895,2 2012/13 470,5 1.310,3 17,4 1.798,2 920,2 Algodão em Pluma 2013/14 305,1 1.734,0 31,5 2.070,6 850,0 2014/15 438,5 1.562,8 2,1 2003,4 820,0 2015/16 349,1 1.289,5 20,0 1.658,6 720,0 2016/17 162,9 1421,3 45 1629,2 750,0 2010/11 2.457,3 13.613,1 825,4 16.895,8 12.236,7 2011/12 2.569,5 11.599,5 1.068,0 15.237,0 11.656,5 2012/13 2.125,3 11.819,7 965,5 14.910,5 12.617,7 Arroz em Casca 2013/14 1.082,1 12.121,6 1.000,0 14.203,7 12.000,0 2014/15 868,3 12.448,6 550,0 13.866,9 11900,0 2015/16 962,9 10.602,9 1300,0 12.865,8 11450,0 2016/17 515,8 11865,2 1.100,0 13.481 11.500,0 2010/11 366,9 3.732,8 207,1 4.306,8 3.600,0 2011/12 686,4 2.918,4 312,3 3.917,1 3.500,0 2012/13 373,8 2.806,3 304,4 3.484,5 3.320,0 Feijão 2013/14 129,2 3453,7 135,9 3718,8 3.350,0 2014/15 303,8 3115,3 110,0 3529,1 3.350,0 2015/16 198,1 2.515,8 200,0 2.913,9 2800,0 2016/17 186,0 3276,7 150,0 3612,7 3.200,0 2010/11 5.589,1 57.406,9 764,4 63.760,4 48.485,5 2011/12 5.963,0 72.979,5 774,0 79.716,5 51.888,6 2012/13 5.514,2 81.505,7 911,4 87.931,3 53.498,3 Milho 2013/14 8.258,9 80.052,0 800,0 89.110,9 53.905,6 2014/15 11.835,5 84.672,4 350,0 96.857,9 55.959,5 2015/16 10.401,2 66.979,5 1500,0 78.880,7 53.387,8 2016/17 7748,2 87408,5 500,0 95656,7 56100,0 2010/11 2.607,2 75.324,3 41,0 77.972,5 41.970,0 2011/12 3.016,5 66.383,0 266,5 69.666,0 36.754,0 2012/13 444,0 81.499,4 282,8 82.226,2 38.524,0 Soja em Grãos 2013/14 910,3 86.120,8 630,0 87.661,1 39.935,8 2014/15 1414,8 96.228,0 324,1 97.966,9 42.850,0 2015/16 925,7 95.934,6 700,0 97060,3 42.500,0 2016/17 1478,2 105558,2 300,0 107336,4 46500,0 2010/11 1967,9 29.298,5 24,8 31.291,2 13.758,0 2011/12 3.177,8 26.026,0 5,0 29.208,8 14.051,0 2012/13 868,7 27.258,0 3,9 28.130,6 14.350,0 Farelo de Soja 2013/14 447,1 28.336,0 1,0 28.784,4 14.799,3 2014/15 268,8 30.492,2 1,0 30.762,0 15.100,0 2015/16 835,3 30.415,0 1,0 31.251,3 15.500,0 2016/17 2190,3 33110,0 1,0 35301,1 17000,0 2010/11 676,6 7.419,8 0,1 8.096,5 5.367,0 2011/12 988,5 6.591,0 1,0 7.580,5 5.172,4 2012/13 651,0 6.903,0 5,0 7.559,0 5.556,3 Óleo de Soja 2013/14 640,2 7.176,0 0,1 7.816,3 5.930,8 2014/15 580,5 7.722,0 25,2 8.327,7 6.359,2 2015/16 298,6 7.702,5 50,0 8.051,1 6.380,0 2016/17 427,7 8385,0 40,0 8852,7 6800,0 2010 2.879,9 5.881,6 5.922,2 14.559,9 9.842,4 2011 2.201,6 5.788,6 5.771,9 14.002,0 10.144,9 2012 1.956,1 4.379,5 6.011,8 13.345,8 10.134,3 Trigo 2013 1.527,6 5.527,8 7.010,2 13.697,8 11.381,5 2014 2.268,9 5.971,1 5.328,8 13.568,8 10.713,7 2015 1174,6 5.534,9 5517,6 12227,1 10367,3 2016 809,3 6726,8 5950,0 13486,1 10717,3 FONTE: CONAB – Levantamento 5 – FEV/2017 (disponível em: www.conab.gov.br) Nota: Estoque de passagem – Algodão, feijão e soja: 31 de dezembro – Arroz 28 de fevereiro – Milho 31 de janeiro e Trigo 31 de julho.

(Mil toneladas) EXPORTAÇÃO ESTOQUE FINAL 758,3 1.052,8 572,9 748,6 834,3 740,0 600 2.089,6 1.455,2 1.210,7 1.200,0 1.300,0 1100,0 1.100,0 20,4 43,3 35,3 65,0 90,0 65 120 9.311,9 22.313,7 26.174,1 20.913,8 30.877,7 20000,0 24000,0 32.986,0 31.468,0 42.791,9 45.691,0 54.324,0 54100,0 59078,0 14.289,0 14.289,0 13.333,5 13.716,0 14.826,7 15.200,0 15900,0 1.741,0 1.757,1 1.362,5 1.305,0 1.669,9 1.400,0 1550,0 2.515,9 1.901,0 1.683,9 47,4 1.680,5 1050,5 700,0

521,7 470,5 305,1 472,0 349,1 233,6 279,2 2.569,5 2.125,3 1.082,1 1.003,7 953,0 315,8 881,0 686,4 373,8 129,2 303,8 209,2 113,9 292,7 5.963,0 5.514,2 8.258,9 14.291,5 10.020,7 5.492,9 15556,7 3.016,5 444,0 740,1 1414,8 792,9 460,3 1758,4 3.177,8 868,7 447,1 268,8 835,3 551,3 2401,1 988,5 651,0 640,2 580,5 298,6 271,1 502,7 2.201,6 1.956,1 1.527,6 2.268,9 1.174,6 809,3 2068,8

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017


INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, marรงo 2017


INDICADORES PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1989-2017

(Mil toneladas e mil hectares)

BRASIL ANO

Produção

Área Colhida

MAIORES ESTADOS PRODUTORES Rendimento Médio (kg/ha)

Mato Grosso Produção

Área Colhida

Paraná Produção

Goiás

Área Colhida

Produção

Mato Grosso do Sul

Área Colhida

Produção

Área colhida

1989/1990

20.101

11.551

1.740,16

2.901

1.503

4.572

2.286

1.411

941

1.934

1.209

1990/1991

15.395

9.743

1.580,00

2.607

1.100

3.617

1.966

1.659

790

2.300

1991/1992

19.419

9.582

2.027,00

3.485

1.452

3.415

1.798

1.804

820

1.929

1992/1993

23.042

10.717

2.150,00

4.198

1.713

4.720

2.000

1.968

984

1993/1994

25.059

11.502

2.179,00

4.970

1.996

5.328

2.110

2.387

1994/1995

25.934

11.679

2.221,00

5.440

2.295

5.535

2.121

1995/1996

23.190

10.663

2.175,00

4.687

1.905

6.241

1996/1997

26.160

11.381

2.299,00

5.721

2.096

6.566

1997/1998

31.370

13.158

2.384,00

7.150

2.600

1998/1999

30.765

12.995

2.367,00

7.134

1999/2000

32.890

13.623

2.414,00

2000/2001

38.432

13.970

2001/2002

42.230

2002/2003

52.018

2003/2004

Minas Gerais Produção

Área colhida

875

583

1.013

963

472

970

1.003

456

2.229

1.067

1.159

552

1.090

2.440

1.109

1.234

600

2.133

1.123

2.426

1.098

1.188

600

2.312

2.046

909

2.046

845

1.040

528

2.496

2.478

991

2.156

862

1.176

523

7.191

2.820

3.372

1.338

2.282

1.087

1.383

601

2.548

7.723

2.769

3.418

1.325

2.740

1.054

1.336

577

8.801

2.905

7.130

2.833

4.073

1.455

2.501

1.107

1.397

594

2.751,00

9.641

3.120

8.623

2.818

4.158

1.540

3.130

1.065

1.496

642

16.386

2.577,00

11.733

3.853

9.502

3.291

5.420

1.902

3.279

1.192

1.949

719

18.475

2.816,00

12.949

4.420

10.971

3.638

6.360

2.171

4.104

1.415

2.333

874

49.793

21.376

2.329,00

15.009

5.241

10.037

3.936

6.147

2.572

3.325

1.797

2.659

1.066

2004/2005

52.305

23.301

2.245,00

17.937

6.105

9.707

4.148

6.985

2.662

3.863

2.031

3.022

1.119

2005/2006

55.027

22.749

2.419,00

16.700

6.197

9.646

3.983

6.534

2.542

4.445

1.950

2.483

1.061

2006/2007

58.392

20.687

2.822,66

15.359

5.125

11.916

3.979

6.114

2.191

4.881

1.737

2.568

930

2007/2008

60.018

21.313

2.816,00

17.848

5.675

11.896

3.977

6.544

2.180

4.569

1.731

2.537

870

2008/2009

57.166

21.743

2.629,00

17.963

5.828

9.510

4.069

6.836

2.307

4.180

1.716

2.751

929

2009/2010

68.688

23.468

2.927,00

18.767

6.225

14.079

4.485

7.343

2.550

5.308

1.712

2.872

1.019

2013/2014

86.121

30.173

2.854,00

26.442

8.616

14.781

5.010

8.995

3.102

6.148

2.120

3.327

1.238

2014/2015

96.228

32.093

2.998,00

28.018

8.934

17.210

5.225

8.625

3.325

7.178

2.301

3.507

1.319

2015/2016

95.434

33.251

2.870,00

26.031

9.140

16.845

5.451

10.250

3.285

7.241

2.430

4.731

1.469

2016/2017

91.170

33.776

3.125,00

30342

9.259

17.602

5.239

10234

3.280

7.818

2.522

4.515

1.447

FONTE: CONAB

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017


INDICADORES

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2015 PAÍSES

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

3,5

5,0

3,9

5,0

4,9

2,2

-0,4

5,0

3,7

2,9

3,0

2,6

2,76

África do Sul

3,0

4,5

5,3

5,6

5,6

3,6

-1,7

2,8

3,3

3,1

2,0

...

Alemanha

-0,7

0,7

0,9

3,9

3,4

0,8

-5,6

3,9

3,7

0,6

0,2

1,58

Argentina

8,8

9,0

9,2

8,4

8,0

3,1

0,1

9,1

8,6

0,9

2,9

0,38

...

Bolívia

2,7

4,2

4,4

4,8

4,6

6,1

3,4

4,1

5,2

5,2

6,8

5,46

4,85

Brasil

1,1

5,7

3,2

4,0

6,1

5,2

-0,3

7,5

2,7

...

...

...

...

Canadá

1,9

3,1

3,2

2,6

2,0

1,2

-2,7

3,4

3,0

1,9

2,0

2,44

1,08

Mundo

1,19 1,45

Chile

3,8

7,0

6,2

5,7

5,2

3,3

-1,0

5,8

5,8

5,4

4,1

1,89

2,07

China

10,0

10,1

11,3

12,7

14,2

9,6

9,2

10,3

9,3

7,8

3,98

1,88

2,07

Colômbia

3,9

5,3

4,7

6,7

6,9

3,5

1,5

4,3

...

...

...

...

...

Coréia do Sul

2,9

4,9

3,9

5,2

5,5

2,8

0,7

6,5

3,7

2,3

3,0

3,31

2,61

Equador

2,7

8,2

5,3

4,4

2,2

6,4

1,0

3,3

8,0

3,6

5,7

3,80

0,29

Estados Unidos

2,8

3,8

3,3

2,7

1,8

-0,3

-2,8

2,5

1,6

2,3

2,2

2,39

2,43

França

0,8

2,6

1,6

2,6

2,3

0,1

-2,9

1,9

2,1

0,4

0,4

0,39

1,10

Índia

8,0

7,0

9,5

9,6

9,3

6,7

8,6

9,3

6,3

4,5

6,6

7,2

...

Indonésia

4,8

5,0

5,7

5,5

6,3

6,0

4,6

6,2

6,5

6,2

5,8

5,02

4,79

Itália

0,2

1,4

1,2

2,1

1,3

-1,1

-5,5

1,7

0,7

-2,3

-1,9

-0,65

0,51

Japão

1,7

2,4

1,3

1,7

2,2

-1,1

-5,5

4,7

-0,4

1,7

1,6

-0,15

0,61

México

1,4

4,2

3,1

5,0

3,2

1,4

-4,7

5,2

3,9

4,0

1,4

2,15

2,58

Paraguai

4,3

4,1

2,1

4,8

5,4

6,4

-4,0

13,1

4,3

-1,2

14,3

4,23

...

Peru

4,0

5,6

6,3

7,5

8,5

9,1

1,0

8,5

6,5

6,0

5,8

2,34

...

Reino Unido

4,3

2,5

2,8

3,0

2,6

-0,3

-4,3

1,9

1,6

0,7

1,7

2,82

2,33

Rússia

7,4

7,2

6,4

8,2

8,5

5,3

-7,8

4,5

4,3

3,4

7,4

0,63

...

Tailândia

7,0

6,2

4,5

5,6

4,9

2,5

-2,3

7,8

0,1

6,5

2,9

0,73

2,82

Uruguai

0,8

5,0

7,5

4,1

6,5

7,2

2,4

8,4

7,3

3,7

4,4

3,24

0,98

-7.76

18.29

10.32

9.87

8.75

5.28

-3.20

-1.49

4.18

5,63

1,34

-3,89

...

Venezuela

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017


INDICADORES

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS (PREÇOS AO CONSUMIDOR) 2003-2015 PAÍSES

2003

2004

Mundo

3,91

4,86

África do Sul

5,86

1,39

Alemanha

1,44

1,05

Argentina

2005 4,90

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014 3,22

4,37

4,83

4,73

1,47

4,69

4,97

2,87

3,65

3,40

4,64

7,10

11,54

7,13

4,26

5,00

5,65

5,45

0,60

0,31

1,62

0,81

1,70

0,96

0,97

1,78

2,56

6,38 0,91

2015 2,77 4,59 0,23

10,50

9,22

8,82

13,53

14,95

23,94

10,28

15,40

17,62

16,39

10,62

....

...

Bolívia

6,33

7,97

5,94

13,66

7,37

10,38

-2,42

8,78

14,57

6,91

6,01

5,78

4,06

Brasil

13,72

8,04

7,21

6,15

5,87

8,33

7,19

8,23

6,97

5,40

6,20

6,33

9,03

Canadá

3,18

2,99

2,83

2,47

4,31

3,42

-2,01

2,68

2,94

3,76

1,37

1,91

1,13

Chile

4,97

7,47

7,15

12,65

4,84

0,47

3,84

8,83

3,33

1,30

1,73

4,40

4,35

China

1,16

3,88

1,82

1,46

4,75

5,86

-0,70

3,31

5,41

2,65

2,63

1,99

1,44

Colômbia

6,47

5,13

15,86

5,78

5,04

7,56

3,41

3,86

6,73

3,17

1,52

2,88

5,01

Coréia do Sul

3,40

2,98

1,03

-0,14

2,40

2,96

3,54

3,16

1,58

1,04

0,70

1,27

0,71

Equador

10,59

4,26

7,73

8,00

6,65

13,85

-1,36

6,75

6,71

4,40

4,95

3,57

3,97

EUA

1,99

2,75

3,22

3,07

2,66

1,96

0,76

1,22

2,06

1,80

1,49

1,62

0,12

França

2,09

1,44

2,11

2,24

2,51

2,25

0,51

0,73

1,23

1,20

1,02

0,51

0,04

Índia

3,81

3,77

4,25

6,15

6,37

8,35

10,88

11,99

8,86

9,31

10,91

6,35

4,91

Indonésia

5,49

8,55

14,33

14,09

11,26

18,15

8,27

8,26

8,12

4,53

4,16

6,39

6,36

Itália

2,89

2,59

1,74

1,87

2,60

2,44

2,07

0,40

1,20

1,50

1,53

0,24

0,04

Japão

-1,71

-1,35

-1,27

-1,11

-0,91

-1,24

-0,51

-2,19

-1,89

-1,20

-0,62

2,75

0,79

México

21,14

8,36

5,21

6,34

4,97

6,06

3,40

4,46

5,37

3,23

1,63

4,02

2,72

Paraguai

12,21

8,99

10,08

6,08

9,77

9,34

2,04

6,10

9,83

5,55

-3,80

5,03

3,13

Peru

2,30

1,99

2,10

8,29

2,39

1,94

1,56

6,01

5,17

2,08

1,73

3,23

3,56

Reino Unido

2,17

2,91

2,81

2,69

2,87

2,89

1,99

3,17

2,13

1,66

1,79

1,46

0,05

...

...

12,68

9,69

8,99

14,11

11,67

6,84

8,43

5,08

6,78

7,83

15,53

Rússia Tailândia

1,63

3,31

4,56

4,69

3,55

3,84

1,92

3,66

4,25

1,33

1,67

1,90

-0,90

Uruguai

16,54

10,10

0,68

6,53

9,42

8,02

5,58

4,66

8,98

7,37

7,62

8,88

8,67

Venezuela

34,93

33,95

29,60

17,90

15,45

30,13

7,83

45,94

28,15

14,06

40,64

62,17

121,74

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017


Panorama Econômico – Fevereiro/2017 Carlos Ilton Cleto Comércio Internacional. Balança Comercial Mensal (Fevereiro/2017) – MDIC Fato Em fevereiro, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 4,56 bilhões, resultado de exportações de US$ 15,47 bilhões e importações de US$ 10,91 bilhões. A corrente do comércio atingiu US$ 26,38 bilhões. Em doze meses as exportações somaram US$ 191,04 bilhões, e as importações US$ 140,03 bilhões, resultando em saldo comercial positivo de US$ 51,01 bilhões e corrente do comércio de US$ 331,07 bilhões.

20.000 17.571

18.000

16.331

15.994

16.220

15.790

16.000

14.911

14.000

11.752

11.559

12.187

11.987

11.463

11.134

12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 mar/16

abr/16

mai/16 Exp o r t açõ es

jun/16

jul/16

ago/16 I mp o r t açõ es

set/16

out/16

nov/16

dez/16

jan/17

fev/17

Sal d o d a B C em U S$ mi l hõ es

FONTE: MDIC

Causa Utilizando o critério da média diária, na comparação com fevereiro de 2016, houve aumento de 22,4% nas exportações e de 11,8% nas importações, a corrente do comércio avançou 17,8%. Frente a janeiro de 2017, as exportações tiveram aumento de 26,8%, as importações de 9,4%, e a corrente do comércio cresceu 19,0%. Em fevereiro, na comparação com igual mês do ano anterior os bens básicos tiveram aumento de 48,3%, os manufaturados 5,7% E os bens semimanufaturados 2,0%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Chile. Pelo mesmo critério de comparação, houve recuo de 9,8% nas importações de bens de capital e de 4,4% nos bens de consumo, Por outro lado cresceram as compras combustíveis e lubrificantes, 34,9% e de bens intermediários, 16,3%. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Índia. Consequências A Balança Comercial segue apresentando saldo positivo, sendo que nos últimos períodos tanto as exportações como as importações têm crescido, sendo que as primeiras em ritmo mais intenso do que as segundas. Para o ano é esperado novo recorde no saldo da Balança Comercial.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017 | 1


Atividade Produção Industrial Mensal (Dezembro/2017) – IBGE Fato Em dezembro, a produção industrial mostrou variação 2,3% com relação ao mês anterior. Frente a dezembro de 2015, o recuo foi de 0,01%. No acumulado dos últimos doze meses a queda foi de 6,6%. Causa Na comparação com o mês anterior, entre as categorias de uso, apenas bens de consumo duráveis, 6,5% e bens de consumo semi e não-duráveis apresentaram os avanços mais acentuados. Os bens intermediários cresceram 1,4% e os bens de capital tiveram queda de 3,2%. Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior os recuos ocorrem nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis 3,6% e nos bens intermediários, 0,5%. Por outro lado os bens de capital registraram crescimento de 17,3% e os bens de consumo duráveis 4,8%. O indicador acumulado no ano, a queda mais forte ocorreu na produção de bens de consumo duráveis 14,7%, pressionado pela redução na produção de automóveis e de eletrodomésticos. Os bens de capital recuaram 11,1%, principalmente em decorrência de bens de capital para equipamentos de transporte e para fins industriais. Os bens intermediários e os bens de consumo semi e não-duráveis também registraram queda, 6,3% e 3,7%, respectivamente. Produção Indus trial BRASIL

115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan

f ev

mar 2012

abr 2013

mai

jun

jul

ago

2014

2015

set

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100)

Consequência Apesar do crescimento frente ao mês anterior, a indústria ao longo dos últimos meses não tem conseguido reagir à crise registrando taxas negativas ou pífias de crescimento.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017 | 2


Atividade Pesquisa Industrial - Regional – Brasil (Dezembro/2017) - IBGE Fato Entre novembro e dezembro de 2016, a produção industrial aumentou em dez dos quatorze locais pesquisados, na comparação com dezembro de 2015, a queda ocorreu em seis regiões, e no acumulado do ano, quatorze dos quinze locais pesquisados, registraram queda. No Paraná a produção industrial avançou 0,8% frente ao mês anterior, 6,5% na comparação com dezembro de 2015 e caiu 4,3% no acumulado no ano. Produção Industrial BRASIL

115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan

f ev

mar 2012

abr

mai

2013

jun

jul

2014

ago 2015

set

out

nov

dez

out

nov

dez

2016

Produção Industrial PARANÁ

130 120 110 100 90 80 70 60 50 jan

f ev

mar 2012

abr

mai 2013

jun

jul

ago

2014

set 2015

2016

FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100)

Causa Na comparação com o mês anterior os locais que registraram as maiores avanços foram: Ceará, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Região Nordeste e Santa Catarina. Os recuos ocorreram no Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, os locais com recuo foram: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Região Nordeste, São Paulo e Rio de Janeiro. Por outro lado, registraram os avanços mais intensos: Pará, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco. No Estado do Paraná, na comparação com o mesmo mês no ano anterior, das treze atividades pesquisadas, oito registraram avanço. Os maiores impactos positivos vieram dos setores de máquinas e equipamentos e veículos automotores, reboques e carrocerias, impulsionados pela maior produção de máquinas para colheita e tratores

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017 | 3


agrícolas, no primeiro; e de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques e motores de explosão e combustão interna para veículos automotores, no segundo. Vale citar ainda os avanços vindos de produtos alimentícios, de outros produtos químicos, de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e de produtos de metal. Consequência O segundo aumento consecutivo no Paraná simboliza algum início de recuperação, todavia, os resultados nos próximos meses devem ser monitorados para verificar a incerta continuidade. Atividade PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Trimestre encerrado em Janeiro/2016) – IBGE Fato A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio apontou, para o trimestre novembro de 2016 a janeiro de 2017, taxa de desocupação de 12,6%, com crescimento de 0,8 p.p., frente ao trimestre encerrado em outubro de 2016, e expansão de 3,1 p.p., na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O rendimento médio real habitualmente recebido ficou em R$ 2.056, 0,8% superior ao trimestre encerrado em outubro e 0,4% maior do que janeiro de 2016. 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0

2 0 13

2 0 14

2 0 15

2 0 16

ez em br o D

N

ov em

br o

br o ut u O

br o Se te m

A

go st o

Ju lh o

ho Ju n

M ai o

br il A

M ar ço

Fe ve re iro

Ja ne iro

5,0

2 0 17

Fonte: IBGE

Causa No trimestre encerrado em janeiro, havia cerca de 12,9 milhões de pessoas desocupadas, 879 mil pessoas a mais em relação ao trimestre encerrado em outubro, portanto houve um acréscimo de 7,3%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2016, o aumento foi de 34,3%, significando um aumento de 3,3 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho. A massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 180,2 bilhões, registrando estabilidade em relação ao trimestre encerrado em outubro e frente ao trimestre encerrado em janeiro de 2016. Consequência Decorrente da forte queda na atividade econômica a taxa de desemprego ainda segue em patamar elevado, não existindo sinalizações para melhora. Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017 | 4


Atividade Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Janeiro/2017) – IBGE Fato O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola apontou para uma produção de 221,4 milhões de toneladas em 2017, 20,3% superior à produção obtida no ano de 2016. A área a ser colhida de 59,9 milhões de hectares apresentou acréscimo de 4,9% frente à área colhida no ano anterior. O Mato Grosso aparece como o maior produtor nacional de grãos, com 24,6% da produção nacional, seguido pelo Paraná, com 18,3% e Rio Grande do Sul, 14,8%, os três Estados somam 57,7% do total da produção. Causa As produções de arroz milho e soja, que correspondem a 87,4% da área plantada e 93,5% do total da produção tiveram as seguintes variações para a produção, crescimento de 11,8% para a soja, 38,9% para o milho e 10,0% para o arroz. O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva para 14 dos 26 produtos pesquisados: algodão herbáceo em caroço, amendoim em casca 2ª safra, arroz em casca, batata-inglesa 1ª e 2ª safras, cacau em amêndoa, café em grão – canephora, feijão em grão 1ª e 2ª safras, milho em grão 1ª e 2ª safras, soja em grão, sorgo em grão e triticale em grão Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: amendoim em casca 1ª safra, aveia em grão, batata-inglesa 3ª safra, café em grão – arábica, cana-de-açúcar, cebola, cevada em grão, feijão em grão 3ª safra, laranja, mamona em baga, mandioca e trigo em grão. A distribuição regional da safra ficou da seguinte forma: Centro-Oeste, 94 milhões de toneladas, Região Sul, 79,9 milhões de toneladas, Sudeste, 21,6 milhões de toneladas, Nordeste, 18 milhões de toneladas e Norte, 7,8 milhões de toneladas. Consequência O prognóstico apresenta em 2017 uma produção superior a de 2016 e a expectativa é que neste ano deveremos apresentar safra agrícola recorde.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017 | 5


Atividade Sondagem da Indústria (Fevereiro/2016) – FGV Fato Na passagem de janeiro para fevereiro, o Índice de Confiança da Indústria recuou 1,2 pontos, passando de 89,0 para 87,8 pontos, após avançar 4,3 pontos no mês anterior. O Índice da Situação Atual diminuiu 0,6 pontos para 89,3 pontos e o Índice de Expectativas caiu de 91,0 para 89,3 pontos. A utilização da capacidade instalada recuou 0,3 pontos, atingindo 74,3%.

Índic e de Confianç a

90,0

74,9

74,7

Índic e da Situaç ão Atual

73,9

74,3

74,0

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

100,0 95,0 90,0 85,0 80,0 75,0 70,0

Índic e de Expec tativas

73,9

73,7

74,3

72,9

70,0 50,0 30,0

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

-10,0

set/15

10,0

Ní ve l de Utiliz a ç ã o da Ca pa c ida de Insta la da - NUCI

FONTE: FGV

Causa No índice pertinente a situação atual – ISA, houve piora na percepção com relação ao nível de demanda atual, com queda de 2,3 pontos, para 82,9 pontos, o menor nível histórico. No que tange ao Índice das Expectativas - IE, o indicador que mede a produção nos três meses seguintes foi o que exerceu a maior influencia negativa, com recuo de 2,0 pontos. Consequências A queda no ICI mensal representa acomodação, após período de crescimento mais intenso iniciado em abril do ano passado. Para os próximos meses a expectativa é de continuidade na recuperação, ainda que de forma lenta.

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 1, março 2017 | 6


Atividade ICom - Sondagem do Comércio (Fevereiro/2016) – FGV Fato O Índice de Confiança do Comércio - ICom subiu 3,6 pontos frente ao mês anterior, atingindo 82,5 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015. O Índice a Situação Atual – ISA cresceu 5,5 pontos, atingindo 74,3 pontos, e o Índice de Expectativas - IE cresceu 1,6 ponto, chegando a 91,5 pontos. 95,0 85,0 75,0 65,0 55,0 45,0

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

set/16

ago/16

Í ndic e da S itua ç ã o Atua l

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

Í ndic e de Confia nç a

Í ndic e de Expe c ta tiva s

Fonte: FGV

Causa O avanço do ISA-Com no mês deve-se principalmente pela melhora da percepção dos empresários em relação ao grau de satisfação com o volume de demanda atual, que subiu 5,7 pontos para 75,4 pontos. No IE-Com destacou-se a avaliação mais favorável sobre a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que aumentou 4,0 pontos. Consequência Apesar de apresentar ainda alguma fragilidade, a tendência de alta gradual deve se manter nos próximos meses, principalmente por conta do arrefecimento inflacionário e da redução da taxa de juros.

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Atividade Sondagem de Serviços (Fevereiro/2016) – FGV Fato O Índice de Confiança de Serviços - ICS subiu 0,5 pontos entre janeiro e fevereiro, passando de 86,6 para 88,5 pontos. O Índice da Situação Atual – ISA caiu 0,8 pontos passando de 74,3 para 73,5 pontos. O Índice de Expectativas - IE cresceu 1,9 pontos atingindo 88,5 pontos. 90,0 80,0 70,0 60,0

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

Índice da Situação A tual

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

Índice de Co nfiança

Índice de Expectativas

85,0 83,6

84,0

83,4

83,0

82,7

82,6

82,4

82,6

82,8

82,5

82,1

82,0 81,0

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

80,0

Ní ve l de Utiliza ç ã o da Ca pa c ida de Insta la da - NUCI

FONTE: FGV

Causa No ISA, destacou-se a avaliação menos favorável sobre a situação atual dos negócios, com recuo de 1,0 pontos. Nas expectativas, houve avanço de 1,9 pontos no indicador que mede o grau de otimismo em relação à evolução da demanda prevista. Consequência O indicador retrata um setor em início de recuperação, porém, frágil e ainda não apresentando consistência. Para os próximos meses é esperada continuidade na trajetória de recuperação.

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Atividade ICC – Índice de Confiança do Consumidor (Fevereiro/2016) – FGV Fato Entre os meses de janeiro e fevereiro, o ICC cresceu 2,5 pontos passando de 79,3 para 81,8 pontos. O índice da Situação Atual avançou 2,2 pontos, de 68,1 para 70,3 pontos, e o Índice das Expectativas subiu 2,5 pontos, de 88,1 para 90,6 pontos.

100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

Í ndic e da S itua ç ã o Atua l

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

Í ndic e de Confia nç a

Í ndic e de Expe c ta tiva s

FONTE: FGV

Causa Com referência a situação presente, o indicador que mede a situação financeira familiar atual aumentou 4,0 pontos, atingindo 65,6 pontos, o mesmo nível registrado em fevereiro do ano passado. O quesito que mais contribuiu para o resultado favorável do ICC está relacionado com o ímpeto para compras de bens duráveis nos próximos meses. O indicador que mede a intenção de compras passou de 69,4 pontos, para 73,3 pontos, o maior nível desde maio de 2015. Consequência A confiança do consumidor apresentou alguma reação se mostrando menos pessimista, todavia, ainda é cedo para apontar uma tendência de melhora consistente no cenário.

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Atividade Pesquisa Mensal do Comércio (Dezembro/2017) – IBGE Fato No mês de dezembro frente ao mês anterior, o volume de vendas do comércio varejista diminuiu 2,1%, e a receita nominal caiu, também, 2,1%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de negativos 4,9% sobre dezembro de 2015 e negativos 6,2% no acumulado do ano. A receita nominal obteve taxas de 2,0% com relação a igual mês de 2015 e 4,5% no acumulado no ano. No comércio varejista ampliado o volume de vendas apresentou as seguintes variações, queda de 0,1% frente a novembro 2015, recuou de 6,7% no comparativo com o mesmo mês do ano anterior e retração de 8,7% no acumulado no ano. A receita nominal teve variações de negativos 0,3% frente ao mês anterior, negativos 1,2% em relação a dezembro de 2015 e negativos 0,7% no acumulado do ano. 160 150 140 130 120 110 100 90 80

jan

fev

mar 2014

abr

mai

jun 2015

jul

ago

set

out

nov

dez

2016

FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

Causa No confronto com dezembro de 2015, no que tange ao volume de vendas, todas as oito atividades apresentaram variações negativas. Por ordem de contribuição no resultado global, foram: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 2,9%, Móveis e eletrodomésticos, 8,9%, Tecidos, vestuário e calçados, 8,8%, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 4,8% e Combustíveis e lubrificantes, 5,5%, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 5,6%, e Livros, jornais, revistas e papelaria, 12,5% e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 1,2% Considerando ainda a comparação com dezembro de 2016, nas atividades do comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças, teve variação negativa de 13,5% e Material de construção 1,6%. Consequência A atividade comercial apresenta retração que pode ser explicada pela desaceleração do ritmo de crescimento da massa real de salário e piora nas condições de acesso ao crédito.

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Atividade Pesquisa Mensal de Serviços (Dezembro/2017) – IBGE Fato No mês de dezembro frente ao mês imediatamente anterior, o volume de serviços cresceu 0,6% e a receita nominal dos serviços 0,5%. Frente a igual mês do ano anterior o volume caiu 5,7%, e a receita nominal diminuiu 1,5%. No acumulado do ano a taxa do volume de serviços ficou em negativos 5,0%, e a da receita nominal cresceu 0,1%. 170

150

130

110 90

70

50 jan

fev 2 0 12

m ar

abr 2 0 13

m ai

jun 2 0 14

jul

ago

set 2 0 15

out

nov

dez

2 0 16

FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

Causa Nos valores acumulados no ano confronto com dezembro de 2015, todos os segmentos para o volume tiveram queda a maior contribuição negativa veio de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio com 7,6%, com destaque para transporte terrestre. Também teve contribuição negativa expressiva, Serviços profissionais, administrativos e complementares, 5,5%. Consequência Apesar do breve aumento registrado na comparação frente ao mês anterior, nas demais comparações o comportamento do setor de serviços segue negativo. O desempenho ao longo do ano foi condicionado principalmente pelo recuo da massa salarial.

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Inflação IGP-10 (Fevereiro/2017) – FGV Fato Em fevereiro, o IGP-10 registrou variação de 0,14%, 0,74 p.p. abaixo da inflação de janeiro. Em doze meses, o índice acumula variação de 5,67%. Causa No mês de janeiro, o IPA apresentou variação inferior ao do mês anterior em 1,11 p.p., apresentando variação de negativos 0,03%. Na composição deste índice as Matérias-Primas Brutas recuaram 2,11 p.p., atingindo valor de negativos 0,56%, com destaque para minério de ferro, aves e milho. Os Bens Finais reduziram a taxa de variação em 1,34 p.p., chegando a negativos 0,81%, no qual se sobressaiu o subgrupo alimentos processados. O grupo Bens Intermediários avançaram 0,08 p.p., decorrente de materiais e componentes para a manufatura. O IPC registrou repetiu a variação ocorrida no mês anterior 0,54%, com o principal avanço em Habitação, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial. Também registraram acréscimos em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação e Comunicação. O INCC teve aquecimento de 0,06 p.p., com aceleração em Materiais, Equipamentos e Serviços e recuo em Mão de Obra. 2,0%

1,88% 1,55%

1,5%

1,42%

1,27% 1,0%

0,88% 0,69%

0,5%

0,34%

0,0% -0,27%

fev/17

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

-0,5%

FONTE: FGV

Consequência O IGP-10 apresentou forte desaceleração e o patamar reduzido traz reflexos nos valores acumulados, podendo influenciar em uma condução mais flexível da Política Econômica.

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Inflação IGP-M (Fevereiro/2014) – FGV Fato O IGP-M variou 0,08%, em fevereiro, 0,56 p.p. abaixo da variação de janeiro. Em doze meses o acumulado é de 5,38%. Causa Dos índices que compõe o IGP-M, o IPA, que responde por 60% na composição do índice, registrou desaceleração de 0,79 p.p., com destaque para Matérias-Primas Brutas, que recuou 1,55 p.p., decorrente principalmente da variação dos preços de: minério de ferro, bovinos e aves e dos Bens Finais que tiveram variação 0,79 p.p. menor, com alimentos processados sendo o principal responsável pelo desaquecimento. Os Bens Intermediários recuaram 0,06 p.p. decorrente principalmente da redução nos preços dos combustíveis e lubrificantes para a produção. O IPC recuou 0,25 p.p., com o principal decréscimo em Alimentação, como conseqüência do comportamento das carnes bovinas. Também apresentaram recuo em suas taxas de variação: Transportes, Educação, Leitura e Recreação, Comunicação e Despesas Diversas. O INCC apresentou aceleração de 0,24 p.p., com avanços em Materiais e Equipamentos, e Serviços 0,32 p.p. e Mão de Obra, 0,17 p.p.

2,00

1,89

1,69

1,50 1,29

1,17

1,00 0,50

0,64

0,49

0,28

0,33

0,00

fev/17

jan/17

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

dez/16

-0,03

-0,50

FONTE: FGV

Consequência Após duas breves altas consecutivas o IGP-M volta a recuar e a exemplo de outros índices inflacionários, segue em patamar comportado.

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Inflação IGP-DI (Janeiro/2017) – FGV Fato O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação 0,43% em janeiro, desacelerando 0,40 p.p. ante a inflação registrada em dezembro. Em doze meses a variação foi de 6,02%. Causa Em janeiro, o IPA apresentou variação de 0,34%, diminuindo 0,76 p.p. frente ao mês anterior, em decorrência do recuo nas Matérias-Primas Brutas, 1,84 p.p., com destaque para minério de ferro, soja e aves. Os Bens Intermediários apresentaram aceleração de 0,36 p.p., destacando-se o aumento nos preços dos combustíveis e lubrificantes e os Bens Finais tiveram variação 0,85 p.p. menor, causada pela queda nos preços de alimentos in natura. O IPC avançou 0,36 p.p., influenciado pela maior variação em Educação, Leitura e Recreação com destaque para cursos formais. Também tiveram variações maiores, Habitação, Transportes e Comunicação. O INCC teve aceleração de 0,06 p.p., com avanço em Materiais, Equipamentos e Serviços e recuo em Mão de Obra.

2,0% 1,76%

1,63%

1,53%

1,5% 1,21% 1,0%

0,83% 0,53%

0,5%

0,40%

0,44%

0,40%

0,36%

0,0% 0,05% -0,39%

-0,5%

jan/17

dez/16

nov/16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15 FONTE: FGV

Consequência Após o avanço em dezembro o índice voltou a ter desaquecimento, condicionado principalmente pelas MatériasPrimas Brutas. Para os próximos meses a expectativa é de continuidade na trajetória de queda.

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Inflação IPCA (Janeiro/2017) – IBGE Fato O IPCA variou 0,38% em janeiro, 0,08 p.p. acima da variação de dezembro, sendo o menor índice para o mês de janeiro desde 1994. O índice acumulado em doze meses é de 5,35%, inferior ao registrado nos doze meses imediatamente anteriores, 6,29%. Em Curitiba o índice acelerou 0,17 p.p., registrando variação de 0,31%. Causa A maior variação registrada no mês se deve principalmente ao grupo Transportes, com variação de 0,77% e impacto de 0,14 p.p. no IPCA, decorrente substancialmente das tarifas dos ônibus urbanos, que subiram 2,84% e lideraram o impacto individual 0,07 p.p. Os combustíveis com variação de 1,28% também pressionaram as despesas com transporte. Os grupos Alimentação e Bebidas que foram de 0,08% para 0,35%, e Habitação de -0,59% para 0,17%, também contribuíram para elevar o IPCA. 12,00

1,40

10,00

1,20 1,00

8,00 0,80 6,00 0,60 4,00 0,40 2,00

0,20

0,00

0,00

jan/17

dez/16

nov /16

out/16

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

nov /15

out/15

set/15

ago/15

jul/15

jun/15

mai/15

abr/15

mar/15

fev/15

jan/15

IP CA acumulado em 12 meses

IP CA variação mensal

FONTE: IBGE

Consequência O aumento no IPCA frente ao mês anterior tem fortes componentes sazonais, porém na comparação com igual período do mês anterior e nos valores acumulados o índice apresenta arrefecimento. Tal fato pode ensejar um ciclo de redução da taxa de juros ainda mais intenso.

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Inflação IPCA - 15 (Fevereiro/2017) – IBGE Fato O IPCA – 15 registrou variação de 0,54% em fevereiro, apresentando elevação de 0,3 p.p. frente ao mês anterior. No ano e nos últimos doze meses os acumulados são 0,85% e 5,02%, respectivamente. Em Curitiba a variação foi de 0,25%, 0,02 p.p. abaixo do registrado no mês anterior, acumulando 0,52% no ano e 3,60% em 12 meses. Causa A pressão mais forte sobre o índice veio do grupo Educação, 5,17% e impacto de 0,24 p.p., decorrente dos reajustes praticados no início do ano letivo. Além de Educação, chama a atenção o grupo Transportes, com elevação de 0,66%, conseqüência do aumento nas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram, por ordem, 3,24% e 3,84%. Por outro lado, os alimentos após terem aumentado 0,28% em janeiro em fevereiro tiveram queda de 0,07%, com destaque para a queda no preço do feijão-carioca, da batata-inglesa e do tomate. Consequência O aumento no mês deveu-se a fatores sazonais, notadamente o item cursos regulares, porém a inflação encontra-se em patamar comportado e deverá trazer repercussões sobre a política de juros do Banco Central.

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Inflação Custos e Índices da Construção Civil (Janeiro/2017) – IBGE - Caixa Econômica Federal Fato O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,38% em janeiro, 0,11 p.p. abaixo da variação de dezembro, em doze meses a variação foi de 6,46%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 1.027,30, em dezembro, para R$ 1.031,21 em janeiro sendo R$ 531,93 relativos aos materiais e R$ 499,28 à mão-de-obra. No Estado do Paraná, a variação mensal foi de 0,21% e em doze meses 5,92%, chegando o custo por metro quadrado a R$ 1.059,18.

1,50 1,00 0,50 0,00 jan

fev

m ar

abr

m ai 2014

jun

jul 2015

ago 2016

set

out

nov

dez

2017

FONTE: IBGE e CAIXA

Causa Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,14%, 0,13 p.p. acima do índice de dezembro, e a componente mão-de-obra, diminuiu a taxa de variação em 0,38 p.p., passando de 1,02% em dezembro para 0,64% em janeiro. Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.075,93 no Sudeste, R$ 1.049,45 no Norte, R$ 1.039,08 no Centro-Oeste, R$ 1.069,08 no Sul e R$ 954,49 no Nordeste. Consequência Em fevereiro o índice não deverá apresentar aceleração mais intensa, o que só deve ocorrer em março, decorrente do reajuste salarial em alguns Estados, o que irá se repetir com intensidade maior em maio, como conseqüência do dissídio da categoria em São Paulo.

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Inflação IPP - Índices de Preço ao Produtor (Dezembro/2016) – IBGE Fato O IPP apresentou variação de 1,28% em dezembro, ficando, portanto 0,48 p.p. superior à variação do mês anterior e 1,63 p.p. maior do que a do mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano à variação foi de 1,71%. Causa No mês, frente ao mês imediatamente anterior, as maiores variações foram em indústrias extrativas, impressão, refino de petróleo e produtos de álcool, metalurgia e fumo e as maiores influências vieram de indústrias extrativas, refino de petróleo e produtos de álcool, metalurgia e veículos automotores. No acumulado do ano, as maiores variações ocorreram em indústrias extrativas, outros produtos químicos, impressão e perfumaria, sabões e produtos de limpeza. As maiores influências vieram de alimentos, outros produtos químicos, indústrias extrativas, e metalurgia. Consequência Apesar do avanço no mês, o índice de preços ao produtor acumulado em doze meses fechou em patamar moderado, o que deve influenciar o comportamento futuro dos preços no varejo. Operações de Crédito Nota à Imprensa (Janeiro/2016) - BACEN Fato O estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.074 bilhões em janeiro. A relação entre o crédito total e o PIB situou-se em 48,7%, caindo 4,5 p.p. frente a janeiro de 2016. A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados atingiu 32,8% a.a., e a taxa de inadimplência, 3,7%. Causa O volume total das operações de crédito em janeiro diminuiu 1,0% frente ao mês anterior e 3,9% em doze meses. Os empréstimos contratados com recursos livres, que representam 49,8% do total, atingiram R$ 1.532 bilhões, caindo 1,5% no mês e 5,1% com relação a janeiro de 2016. No segmento de pessoa jurídica, houve retração de 3,2% no mês, totalizando R$ 723 bilhões. Os empréstimos realizados às pessoas físicas permaneceram praticamente estável em R$ 809 bilhões. No crédito direcionado houve recuo de 0,5% no mês e de 2,7% em doze meses, chegando a R$ 1.541 bilhões. Resultado de crescimento mensal 0,6% nos financiamentos a pessoas físicas e recuo de 1,6% para pessoas jurídicas. No segmento de pessoas físicas destacaram os financiamentos de crédito rural e imobiliários. No segmento a pessoas jurídicas houve ênfase nas liquidações de créditos com recursos do BNDES. As taxas médias geral de juros aumentaram 0,8 p.p. no mês e 1,5 p.p. nos últimos doze meses. Para pessoa física a taxa média de juros atingiu 41,9% a.a., com elevação de 0,3 p.p. no mês e 2,5 p.p. em doze meses. Nas pessoas jurídicas, houve acréscimo de 1,2 p.p. no mês e queda de 1,4 p.p. em doze meses, atingindo 21,1% a.a. No spread bancário ocorreu crescimento de 1,3 p.p. no mês e 3,8 p.p. em doze meses, alcançando 23,8 p.p., sendo 12,3 p.p. para pessoas jurídicas e 32,8 p.p. para pessoas físicas. A taxa de inadimplência do sistema financeiro situouse em 3,7%, com estabilidade no mês e crescimento de 0,2 p.p. em doze meses. Para pessoas físicas a inadimplência é de 4,0% e para pessoas jurídicas, 3,5%. Consequência O crédito segue em desaceleração, principalmente em decorrência do baixo ritmo de retomada da atividade econômica, para os próximos períodos a tendência é de crescimento marginal.

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Setor Externo Nota à Imprensa (Janeiro/2016) - BACEN Fato Em janeiro, as Transações Correntes registraram déficit de US$ 5,1 bilhões. As reservas internacionais aumentaram US$ 2,7 bilhões, totalizando US$ 374,9 bilhões e a dívida externa somou US$ 316,7 bilhões, diminuindo US$ 3,1 bilhões frente ao mês anterior. Causa Nos últimos doze meses o saldo da conta de transações correntes acumula déficit de US$ 23,8 bilhões nos últimos doze meses, equivalente a 1,30% do PIB. A conta de serviços registrou déficit de US$ 2,4 bilhões no mês, com elevação de 74,9% na comparação com janeiro de 2016. As despesas líquidas de renda primária somaram US$ 5,3 bilhões, com acréscimo de 23,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A conta capital e financeira registrou entrada líquida de US$ 4,7 bilhões. Destacaram-se no mês, o ingresso líquido em investimentos diretos no país, US$ 11,5 bilhões. A movimentação das reservas, durante o mês de abril foi conseqüência, principalmente, da receita da remuneração de reservas,variações por preço e ganhos por paridades. Consequência Diminuem as preocupações com o déficit em transações correntes, decorrente da taxa de cambio e do baixo nível de atividade interna. Política Fiscal Nota à Imprensa (Janeiro/2016) - BACEN Fato Em janeiro, o setor público não financeiro registrou superávit de R$ 36,7 bilhões, considerando o fluxo de doze meses o acumulado atingiu déficit de R$ 147 bilhões (2,33% do PIB). A dívida líquida do setor público alcançou R$ 2.927,6 bilhões (46,4% do PIB), aumentando 0,4 p.p. como proporção do PIB, em relação ao mês anterior. O montante dos juros apropriados atingiu R$ 36,4 bilhões, no mês, e R$ 387,2 bilhões (6,13% do PIB), em doze meses. O resultado nominal registrou déficit de R$ 299 milhões e no acumulado em doze meses, o déficit atingiu R$ 534,2 bilhões, 8,46% do PIB. Causa Na composição do superávit primário, o superávit do Governo Central atingiu R$ 26,3 bilhões e o dos governos regionais, R$ 10,8 bilhões, por outro lado as empresas estatais tiveram déficit de R$ 384 milhões. Com relação aos juros apropriados em janeiro, R$ 36,4 bilhões, houve crescimento de R$ 1,9 bilhão em relação ao total apropriado em dezembro. Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, o crescimento no mês, foi conseqüência, dos juros nominais e da valorização cambial. Em sentido contrário o superávit primário contribuiu para a redução. Consequência Apesar do superávit primário obtido no mês, os resultados do setor público ainda apontam deterioração fiscal. Para os próximos meses é esperado continuidade no corte dos gastos.

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