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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBUFEIRA

LIVRO DE TEXTOS DA TURMA 12º G

DISCIPLINA DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 16/17 PROF. FERNANDA LAMY


Passados três anos a realizar apresentações orais surgiu uma ideia inovadora na nossa mente: a realização de um livro que reunisse os textos expositivo-argumentativos realizados pelos vários elementos da turma no primeiro período do 12º ano. Após todo o trabalho que tivemos, achamos por bem que este deveria ser valorizado e visualizado por quem está mais perto de nós. Com base nas comunicações orais feitas na sala de aula, a professora agrupou todos os textos escritos após serem por nós corrigidos e reescritos depois das indicações da professora e finalmente a turma foi dividida em grupos para ilustrá-los. Ficaram, então, prontos para serem divulgados. Deste modo, mais tarde podemos voltar a ver estes trabalhos e relembrar os esforços que desenvolvemos ao escrevê-los. Uma vez que a oralidade reveste cada vez mais importância quer na empregabilidade quer no meio escolar, esperamos que gostem de ler os nossos textos, feitos com carinho e empenho máximo. Podem não ser os melhores textos, pois não somos escritores, mas daqui a uns anos veremos... Inês Assis e Tatiana Martins


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O mau uso dos alimentos Este discurso foi elaborado a partir do texto “Portugal: tempo de regressar à terra” e foi escrito por Viriato Soromenho Marques. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado entre 8 a 21 de junho de 2016. Num mundo onde a tecnologia está cada vez melhor e onde os países estão a desenvolver-se na secção da alimentação, ainda existe uma percentagem da população pobre e com fome. Em primeiro lugar, vê-se que apesar de a produção de alimentos ter crescido, existem cada vez mais pessoas subalimentadas. Isto deve-se ao facto de a população estar mais pobre, o que faz com que não tenham tanto dinheiro para comprar os alimentos. Isto verifica-se com os milhares de crianças em África que têm fome. Em segundo lugar, uma outra razão de haver mais fome no mundo é que, apesar de a produção alimentar ter subido, parte dela é utilizada para outros meios além da alimentação, como é o caso de parte da produção do milho americano, sendo este também usado para o fabrico de biocombustíveis. Concluindo, existe mais fome no Mundo e, apesar dos esforços de organizações como a ONU, esta situação só poderá parar quando começarmos a dar mais valor às pessoas pobres e a ajudá-las. Alexandre Rafael ******************************************** A terapia da escrita

O artigo que serviu de base a este texto foi publicado a 10 de agosto de 2013, pelo escritor José Cardoso. A minha tese é que é possível sarar feridas através da escrita.


Habitualmente é bastante normal uma pessoa andar stressada no seu dia a dia, devido às inúmeras atividades que tem que fazer praticamente ao mesmo tempo, acabando por quase nem ter um tempo para si. Muitas pessoas não se sentem à vontade em partilhar os seus problemas, sentimentos, raiva, tristeza, escolhendo então a escrita como forma de curativo, ajudando a curar as feridas, não só psicologica como também fisicamente. Elizabeth

Broadbent,

a

especialista

que

dirigiu

uma

experiência

de

acompanhamento de 49 pessoas dos 64 aos 97 anos, a quem foi feita uma biópsia que lhes deixou uma ferida no braço. Foi pedido então a todas elas que escrevessem 20 minutos por dia. Ao 11º dia 76,2% das pessoas já tinham o braço curado. A especialista referiu que "o stress e a depressão estão relacionados com uma cura mais lenta das feridas", ou seja, sempre que uma pessoa está deprimida o seu sistema também o fica. Em suma, se a depressão é aliviada por meio da escrita, o sistema também melhora, sendo extraordinária a simplicidade da solução. Amanda *******************************************

Piratas modernos Este discurso foi elaborado a partir do texto “De pirata a capitão” e foi escrito por Manuel Halpern. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado entre 28 de Outubro a 10 de Novembro de 2015. Atualmente é-nos proporcionada uma panóplia de sites que permitem fazer ilegalmente downloads, os quais parecem ser impossíveis de extinguir.

Um facto é que apenas à distância de um clique temos possibilidade de ver o último filme na Netflix, ouvir a nossa música favorita no Spotify e baixar torrentes a partir do PirateBay. No ano passado sites que disponibilizam conteúdos que violam os direitos de autor foram banidos, então porque continuamos todos a aceder exatamente às mesmas fontes do costume? Parece sempre haver quem encontre maneira de contornar as restrições. Porém, por exemplo, na Índia, o estado prometeu 3 anos de prisão a quem


continuasse a alimentar a onda de downloads ilegais. Neste caso ia quase toda a população portuguesa presa e depois quem faria descontos para este país? A guerra à pirataria é à escala mundial mas é também verdade que as medidas tomadas são facilmente ultrapassadas pelos utilizadores. Há quem considere que é cultura partilhada electronicamente mas, juridicamente, é violação do direito de autor. Para se resolver esta partilha gratuita tem de ser feito algo semelhante ao que foi feito com a música. É o caso da diminuição drástica da pirataria de música, pois é paga através da publicidade ou por subscrições a preços muito interessantes aos ouvintes de música regularmente. Algo parecido tem de ser feito para filmes e séries. Portanto, é reconhecido que a responsabilidade é toda de quem publica e tem estes conteúdos ilegais em servidores. A internet não poderá ser limitada. Pagamos para ter acesso à rede. Porém há uns anos, antes de um filme no cinema aparecia uma publicidade onde isto estava bem explícito: fazer download é crime. Beatriz Inês ********************************* Desvantagens da Internet O meu texto expositivo-argumentativo foi elaborado tendo em conta o texto “A vida offline”, escrito por Manuel Halpern, que foi retirado do “Jornal de Letras” onde foi publicado a 3 de agosto de 2016. Hoje em dia, a internet está bastante presente nas nossas vidas, o que nos permite ter um acesso mais facilitado à informação de que necessitamos. Contudo, a internet também traz desvantagens.

Atualmente vivemos num planeta onde a pornografia e a pedofilia representam uma ameaça à vida de todos, principalmente à dos menores de idade, pois pode provocar desequilíbrios e inúmeros distúrbios na mente sã desses jovens. Todos nós sabemos que existem centenas, ou até milhares, de páginas pornográficas na internet, às quais podemos ter um acesso facilitado, sendo por isso necessário muito cuidado e uma maior atenção por parte de um adulto responsável. É graças a esses adultos responsáveis que


temos por exemplo o ano de 2011, durante o qual cerca de 30.600 casos foram reportados à Safernet, uma ONG, dos quais 44% eram referentes a pornografia infantil na internet. Para além disso, temos também o “cyberbullying” que serve para intimidar e hostilizar um colega, um professor ou até mesmo um conhecido, difamando-o ou insultando-o. O “cyberbullying” é mais fácil de utilizar por parte do agressor, pois este pode fazê-lo de uma forma anónima em diversas redes sociais. Por exemplo, temos o caso de Julia Gabriele, uma estudante brasileira de 12 anos que sofreu de “cyberbullying” através do “facebook” por as sobrancelhas dela serem maiores do que o habitual e acabou por se enforcar. Tendo em conta estas duas desvantagens, podemos concluir que, atualmente, devemos ter um cuidado redobrado com as fotografias que colocamos na internet ou com as pessoas com quem falamos e devemos denunciar qualquer caso de pedofilia, pornografia ou “cyberbullying” que conheçamos a um adulto responsável, para que não existam mais casos como os de Julia ou de muitos outros jovens. Ana Catarina Oliveira ********************************************* Livros a montes Este discurso foi elaborado a partir do texto “Biblos” e foi escrito por Ana Cristina Leonardo. Foi recolhido na revista “Expresso” e publicado a 2 de outubro de 2015. Em cada casa existe uma remessa de objetos aos quais criámos ligações emocionais e dos quais não nos conseguimos livrar. A dúvida reside no porquê deste acontecimento.

Os livros são como aqueles sapatos que já ninguém usa e já quase não nos servem mas não conseguimos dar. Por vezes são livros que já lemos há anos e de que gostamos imenso. No entanto se lêssemos agora já não seria a mesma coisa, mas devido


ao impacto que tiveram antes dão-nos uma espécie de ligação aos mesmos. São exemplo aqueles livros que explicam assuntos da pré-adolescência, que os pais nos compravam com medo de que estivéssemos confusos. Antes explicavam exatamente o que nos estava a acontecer na altura, agora não se adequam, mas mantemo-los na estante só pelo caso da dúvida. Existe todo um mundo de bibliotecas e livrarias recheadas de livros “à espera” de serem lidos. Visto deste ponto, podemos perceber que é um erro mantermos as estantes cheias e refutarmos o caso de fazer uma limpeza para que novos livros as encham novamente. Uma boa solução será fazer troca de livros com amigos e assim sabemos sempre que podemos aceder aos livros velhos. Concluindo, a nossa mente, por vezes, não nos deixa aceitar que uma coisa velha saia para que uma nova entre. No entanto, temos de aceitar mudanças e um bom começo está em doar e dar. Helena Segura ******************************************** O perdido que ficou nas nossas costas Este discurso foi elaborado a partir do texto “Estar longe” e foi escrito por Valter Hugo Mãe. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado entre 8 a 21 de junho de 2016. A distância das pessoas que amamos está cada vez mais presente nas nossas vidas, afetando as relações familiares. Mas quais são os benefícios e as desvantagens da distância?

Primeiramente, note-se que estar longe dos nossos familiares conduz a uma procura de novos caminhos que nem sempre são os melhores e, apesar de deixarmos sempre um pouco de nós, levamos também algo do outro, mas nunca iremos recuperar o “perdido” que ficou nas nossas costas, uma vez que a distância provoca um afastamento inevitável, jamais conseguindo voltar a ser o que era. A família só é real quando fisicamente presente, nas alegrias e nas tristezas que desta fazem parte. Por exemplo,


veja-se o caso da emigração que acarreta uma separação de pais e filhos (por vezes), mas apesar da ligação forte existente, há um afastamento inevitável. Contudo, é com a distância que aprendemos a dar mais valor ao amor familiar, visto que convivendo diariamente com os parentes esquecemo-nos de os valorizar. Estar longe de quem amamos traz saudades e isso leva-nos a dar-lhes valor e aos momentos partilhados com eles, relembrando-nos de que nada é eterno e que deveríamos passar mais tempo na sua companhia. A título de exemplo, este facto verifica-se entre os casais, pois a distância consegue fortalecer as relações conjugais valorizando-se mais o parceiro. Em suma, nós só somos onde estamos, ou seja, a separação física da família conduz a uma mudança dessa relação, pois embora o afastamento nos faça valorizar, a afinidade nunca voltará a ser a mesma. Inês Assis *************************************************** Politicamente Incorreto

Este discurso foi elaborado a partir do texto Descobrir" de Hélder Macedo. Foi recolhido do "Jornal de Letras" na edição de 17 de fevereiro a 1 de Março de 2016, pode ser consultado também no site jornaldeletras.sapo.pt. Na atualidade, muito devido à propaganda dos media, o politicamente correto é muito sobrevalorizado na sociedade de hoje. Em primeiro lugar, há que considerar que grande parte da população fixa-se mais na utilização ou não do politicamente correto, ignorando muitas das vezes a mensagem principal que está a tentar ser transmitida por alguém, exemplo disso são os discursos de Donald Trump, em que as pessoas consideraram racista o ato da construção do muro, pois juntaram essa proposta aos insultos que tinha feito anteriormente. Além disso, é importante também referir que a juventude de hoje em dia está, de um modo geral, cada vez mais sensível, vulnerável e também "fraca", pois não tem


proteções contra as palavras ou insultos, um bom exemplo é a crescente procura de espaços seguros nas universidades para fugir à realidade. Convém salientar igualmente que a sociedade é quase obrigada a ser politicamente correta e isto pode acabar por nos retirar um direito que temos pelo simples facto de existirmos, o direito da liberdade expressão. Um bom elemento exemplificativo disto será a comunidade LGBT Canadiana, que está a tentar passar uma lei que obriga a sociedade a tratar os membros dessa comunidade por "they" em vez de "he" ou "she". Após o que foi aqui apresentado, podemos concluir que o uso do politicamente correto também tem os seus pontos negativos, é importante, por isso, pensar antes de começar uma discussão sobre a qual não sabemos os dois lados da moeda. João Coelho

************************************************ Recusa do voto eletrónico Este discurso foi elaborado a partir do texto "Votos", escrito por Manuel Halpern, e foi retirado do “Jornal de Letras”. De acordo com as eleições legislativas realizadas desde 1980, em Portugal verificam-se níveis de abstenção muito elevados e uma das razões disso poderá ser a recusa do uso do voto eletrónico. É evidente que todos podemos ou até devemos votar para ajudar a escolher o melhor candidato para governar o nosso país, por vezes isso pode não acontecer da forma mais correta, uma vez que a abstenção dá-nos o direito de não votar. Já se questionaram que a percentagem de pessoas que não votou podia ter alterado completamente o resultado final? Referindo como exemplo, no ano passado em Portugal a abstenção subiu até aos 43,07%, isso revela que se essa percentagem de pessoas tivesse votado talvez tivesse modificado o seu resultado.


Além disso, em Portugal, como ainda não passamos da idade moderna, continuamos a recorrer ao papel e à caneta para efetuarmos o nosso voto e a seguir ainda aguardamos o dia inteiro para ele ser registado. É óbvio que a maioria das pessoas não irá perder tempo desse modo, já para não referir os que nem se interessam pela política. Por exemplo, nos Estados Unidos recorre-se a equipamentos eletrónicos para se registar o voto, assim é muito mais fácil e mais rápido, talvez com o voto eletrónico as pessoas no nosso país passassem a votar mais, o que faria descer os níveis de abstenção. Em suma, um voto poderá fazer toda a diferença no futuro do nosso país, apesar da verificação de níveis de abstenção altos, cada um de nós tem influência sobre isso, apenas não devemos ignorar o que podemos melhorar. Khrys Vieira *************************************************** A adolescência Este discurso foi elaborado a partir do texto "Adolescência" e foi escrito por Miguel Real. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado entre 17 a 30 de abril de 2013. A adolescência de hoje em dia tem duas formas de ser vivida: a vivida pelos próprios adolescentes em forma de tragédia ou a adolescência vivida em forma de drama social.


Primeiramente, surgiu a necessidade de nascer um "herói", pois todos os heróis são bondosos, firmes, atenciosos, valentes entre outros adjetivos positivos, o que faz com que os adolescentes queiram espelhar-se nos mesmos. Estes veem as figuras televisivas, ou até mesmo de livros, como modelo a seguir. Por exemplo, os livros e filmes do Harry Potter estão presentes na vida de muitos adolescentes, o que faz com que os mesmos tenham vontade de ter atos tão heroicos como os seus heróis. Contudo, a adolescência de cada um depende da educação dos pais e do apoio e suporte dado por estes, porque se um adolescente não tiver um tipo de educação adequada e presente, a adolescência deste pode ser condicionada e perturbada. Por exemplo, hoje em dia existem vários depoimentos de entrevistas realizadas na SIC que mostram que a maior parte dos adolescentes que efetua furtos ou até crimes mais pesados, não tiveram uma adolescência nem uma infância saudável. Por conseguinte, é possível concluir que os adolescentes precisam de um modelo a seguir, tanto pode ser um herói televisivo como um parente, uma educação adequada, e sobretudo de muito amor para poderem tornar-se pessoas de bem. Larissa Martins ************************************************** Factos abafados

Vivemos no que é porventura a época sexualmente mais permissiva da civilização ocidental. Se a identidade sexual de cada um é usurpada e a liberdade sexual de cada um é aprisionada então isso é um crime. Por vezes, crimes desse tipo são facilmente abafados e esquecidos, como por exemplo as pedofilias da casa pia, com processos arrastando-se a mais de dez anos. Outro exemplo é o caso de Jimmy Savile, que de celebrado mentiroso de caridades públicas passou a pedófilo. Jimmy Savile praticou crimes sexuais não só em crianças mas também em paraplégicos e cadáveres e para disfarçar exercia caridades em prisões e hospitais. Morreu em glória, exeto num programa televisivo da BBC, que tinha preparado


uma investigação que questionava a integridade de Jimmy, porém esta matéria nunca foi adiante e o diretor da mesma foi despedido após receber várias críticas por estar a julgar e acusar um suposto inocente. Concluindo, a confusão tem sido dar mais importância aos mensageiros do que às mensagens, a focar-se mais nos erros dos jornais do que nos próprios crimes cometidos. Luíz Silva ********************************************* A importância da educação

Esta exposição foi elaborada a partir do artigo “A escola pública” de Valter Hugo Mãe, que dá a conhecer a sua opinião sobre a importância da escola e da educação. A educação é quase sagrada é a partir dela que moldamos a nossa individualidade, os nossos comportamentos em sociedade, os nossos afetos e o nosso conceito de justiça nas várias dimensões da nossa vida. A escola é fundamental na medida em que grande parte da nossa vida é passada nesta instituição. São cerca de doze anos que estão instituídos como obrigatórios, com um bom ou mau ensino, mas este é tido como um direito fundamental. Todos têm o mesmo direito e dever, o que altera é a forma como é feito o acesso ao ensino, que deveria ser igual para todos mas que na realidade nunca foi. O número de alunos que não prossegue o ensino superior tem vindo a aumentar, pois a perspetiva de desemprego faz com que os jovens fiquem menos motivados para continuar os estudos e os recursos das famílias também não é o mais favorável tendo um grande impacto nas escolhas dos alunos. Hoje em dia, aqueles que acabam os estudos


procuram trabalho fora do país, por exemplo, os jovens emigrantes, que devido à situação do país decidem trabalhar fora do seu país. A escola de hoje é vista como se não fosse a base do nosso futuro. As turmas são cada vez maiores, com alunos carregados de problemas a todos os níveis. Os professores não são valorizados e acabam por ser vistos como “bichos de sete cabeças”, devido aos conteúdos extensos e obrigatórios de lecionar. Por exemplo, existe uma grande “guerra” entre pais e professores, pois os pais culpam os professores pelas notas dos filhos baixarem.

Assim, em conclusão, será necessário mudar, pois provavelmente no futuro, existirão dois tipos de pessoas, os que tiveram acesso ao ensino e os que não tiveram, criando uma grande rivalidade entre estes dois grupos, formando-se assim uma sociedade agressiva, pouco democrática, impaciente. Será preciso dinheiro para melhorar estas assimetrias, mas mais importante é a vontade de corrigir o que está mal, e principalmente não continuarmos a servir os que estão na sua zona de conforte e instalados nos “melhores barcos”, mas que todos tenham o direito de embarcar e que ninguém fique de fora. Mariana Afonso ********************************************** A não relação entre a política e o futebol Relativamente ao ensaio de Guilherme D´Oliveira Martins, os portugueses não precisam do contributo que foi a nossa vitória no campeonato da Europa de Futebol. A Europa está numa grande carência de sentido para ela própria, a “nossa” Europa é liderada pela Alemanha, seguida da França e da Itália. Isto acontece porque todos os outros países não têm capacidade nem desenvolvimento económico para fazer valer os seus direitos. No caso português, e ao contrário do que refere o autor, não somos


invariavelmente melhores quando temos desafios muito exigentes e por isso não alcançamos resultados positivos apesar do muito trabalho, planeamento, organização e vontade.

A equipa nacional portuguesa formou-se essencialmente com atletas vindos de várias equipas europeias, com a sua experiência e técnica inatas. Poderá assim dizer-se que a equipa estava recheada de figuras extraordinárias. que se juntaram para vencer a competição. Isto não acontece com a classe política, pois não conseguem (querem), unirse para vencerem este desafio que é enfrentar a Europa do ponto de vista políticoeconómico. Assim, o hábito de jogar bonito e ter vitórias morais nunca deu lugar ao compromisso político de chegar aos objetivos propostos. Independentemente de todos os grandes políticos, poetas, historiadores e escritores que já tivemos não conseguimos alimentar os atuais dirigentes com a necessidade de serem patriotas acima de tudo. Efetivamente, somos uma nação geograficamente pequena, com exceção da desaproveitada atividade piscatória e do ponto de vista social (educação e saúde) ainda somos mais pequenos.


Em resumo: a vitória portuguesa no campeonato Europeu deu-nos uma alegria imensa!!! Essa alegria foi ainda maior se tivermos em consideração que vivemos num país bastante pobre. É um facto inegável que a manifestação popular, por termos atingido a vitória foi ainda mais efusiva se observarmos a situação atual do nosso país. Vem à memória a expressão do nosso poeta quando referiu “aqueles que por obras valorosas, se vão da lei da morte libertando...” Pedro Simões ********************************************* Inovação tecnológica Este discurso foi elaborado a partir do texto “Selfies falsas”, escrito por Manuel Halpern. A tecnologia está maioritariamente presente em tudo o que fazemos, a nossa vida é dominada pela tecnologia.

Nas últimas décadas nós, seres humanos, temos assistido a um crescente desenvolvimento das inovações tecnológicas em quase todas as áreas, desde a agricultura à medicina. Deste modo, a inovação tecnológica tem nos dias de hoje um tremendo valor e uma enorme importância, tendo feito com que a vida se tornasse muito mais fácil e cómoda para o Homem. Um dos vários exemplos dessa facilidade foi o facto de terem inventado o telemóvel, que permitiu às pessoas comunicarem de forma mais eficaz e mais rápida, a utilização da internet, a partilha de vários momentos nas redes sociais e entre outros. A tecnologia trouxe vários benefícios para a nossa vida, porém a sua presença em demasia tornou-se viciante ao ponto de já não se conseguir viver sem ela e a mesma acabou por substituir a maior parte das ações quotidianas, fazendo com que as pessoas esquecessem o seu lado humano, deixando de se relacionar umas com as outras


diretamente. Exemplo disso é o facto de os indivíduos estarem cada vez mais isoladas no seu próprio mundo internauta, comunicando via vídeo chamada quando estão tao próximos uns dos outros. Em suma, vivemos num mundo onde a interação com a tecnologia é imprescindível, tendo assim uma grande importância na nossa vida, não só como busca de novos conhecimentos, mas também como uma grande necessidade. Ricardo Cardoso

*************************************************** Revolução! Esta é a nossa decisão Este discurso foi elaborado a partir do texto “Por um défice mais feliz”, escrito por Manuel Halpern. Foi recolhido do “Jornal de Letras”. As melhores coisas da vida não dão lucro, mas pormenores essenciais fazem valer a pena viver. Primeiramente, os governos deveriam zelar pela qualidade de vida dos cidadãos, aumentando assim os níveis de desenvolvimento económico que derivam de aspetos qualitativos, do nível de bem-estar da população. Contudo, não o fazem, pois não dá bons resultados numa simples folha de Excel. Os governantes têm que se lembrar que o que importa são as pessoas e não a cegueira pelo lucro. Um bom exemplo para este argumento é que em Portugal desinvestem na saúde, nos transportes, na educação e na cultura sem reterem os pedidos da população. Acabam por não se aperceber do grande prejuízo que terão.


Certamente muitas pessoas de fato e gravata pensam que se derem carinho aos filhos, pagarem-lhes comida e educação, aumentam a probabilidade de serem bemsucedidos na vida e talvez ganhem dinheiro suficiente para cuidarem deles quando forem velhos. Todavia assim pensam no bem-estar e não nos ganhos obtidos. Contrariamente podem dar um beijo seco aos filhos e mais tarde apresentar-lhes as contas das despesas, assim que eles finalmente arranjarem o primeiro emprego. Na Bélgica resolveram iluminar as autoestradas chegando à conclusão que a melhoria das condições de segurança na via compensava financeiramente, poupando-se em vidas humanas e em tratamentos hospitalares. Em suma, o problema não é a folha do Excel, mas sim a formula utilizada. Nós somos superiores a qualquer lucro. Tal como diz Álvaro de Campos “Fiz de mim o que não soube, e o que podia fazer de mim não o fiz”, isto salienta o retrato do nosso necessitado país. Tatiana Martins

*************************************** Alcançar a paz religiosamente Este discurso foi elaborado a partir do texto “Os bons e os maus” e foi escrito por Hélder Macedo, poeta e romancista. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado no dia 25 de junho de 2013. O respeito pelas diferentes religiões e suas crenças é um dos principais caminhos para alcançar a paz no mundo. A religião é como uma teoria política que vai encontrando seguidores com diversas opiniões, formando grupos com entendimentos diferentes em relação à sua origem. Num


mundo cada vez mais dividido de opiniões, é imperativo haver conhecimento, compreensão e respeito mútuo. Por exemplo: hoje em dia, a religião cristã é a que reúne mais seguidores no mundo e o seu líder, que é o Papa Francisco, visitou Israel reunindose com líderes de outras religiões com o intuito de invocar a paz no mundo entre as diversas crenças. No entanto, infelizmente, atualmente pode-se verificar que ainda existem seguidores de religiões com a mente fechada, isto é, que entendem as escrituras antigas como se as mesmas fossem escritas para a época atual. É o caso de alguns grupos seguidores do Alcorão (Daesh, Al Qaeda ou Isis) que matam, destroem e espalham terror em nome do seu Deus. Em suma, o caminho da paz constrói-se com união, respeito e consideração independentemente das ideias e crenças de cada um de nós. Rui Ramos


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