Textos d 1º periodo

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBUFEIRA

LIVRO DE TEXTOS DA TURMA 12º D

DISCIPLINA DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 16/17 PROF. FERNANDA LAMY


INTRODUÇÃO Bem-vindo! Este livro foi elaborado a partir das apresentações orais do 12ºD. O projeto surgiu no âmbito da disciplina de Português e tem como objetivos deixar um legado da nossa turma num documento escrito e mostrar a todos os que queiram usufruir desta leitura os trabalhos realizados pelos alunos. Tudo começou com a distribuição de números pelos alunos, atribuídos respetivamente a um artigo de jornal. Posteriormente, o processo continuou com a recolha de informação retirada do artigo e analisada pelos alunos, pois estes precisavam da mesma para a produção do texto a partilhar com o seu tutor e finalmente enviar à professora para indicações de reescrita. Seguidamente realizaram-se as comunicações orais na sala de aula e a entrega dos respetivos discursos ao delegado de turma, que os enviou à professora para esta compilar o documento final. O processo terminou com a ilustração dos textos pelos alunos, através de imagens recolhidas da Internet, e a conversão em ebook. Esperamos que estes textos agradem a todos os leitores e boas leituras! Helena Faísca e Gonçalo Pessôa


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Cultura em nós Este discurso foi elaborado a partir do texto “Cultura como valor” de Guilherme D’Oliveira Martins e recolhido do “Jornal de Letras”. A cultura não consiste apenas na conservação património,

do mas

também, e cada vez mais, na sua criação. Hoje em dia, a cultura é vista como uma designação muito geral que engloba as artes e que se foca em preservar o nosso património e, por isso, podemos estar certos quando pensamos que a cultura consiste naquilo que herdámos e que ao longo do tempo preservámos, como é o caso de vários monumentos, entre eles o Mosteiro dos Jerónimos ou a Torre de Belém. No entanto, devemos ter em conta que a cultura é muito mais do que um pedaço da nossa história, pois ela relaciona-se com as nossas vivências na atualidade e terá um impacto no nosso futuro, isto é, o nosso legado, aquilo que fizermos e modernizarmos há-de influenciar as futuras gerações, tornando-se parte da sua cultura. Exemplo disso são as obras de vários autores, tais como Fernando Pessoa e Luís de Camões, que hoje em dia são grandes símbolos do património

português,

embora

nessa

altura

eles

provavelmente

não

o

imaginassem possível. Em conclusão, devemos deixar de ter uma visão tão objetiva em relação ao conceito de cultura, pois esta tem-se vindo a tornar cada vez mais complexa, englobando não só a nossa história, mas também o nosso contributo da atualidade bem como os contributos futuros. Ana Rodrigues **************************** O mundo feminino Este discurso foi elaborado a partir do texto “ As Nails das Barbies” de Clara Ferreira Alves e foi recolhido do jornal “Expresso”.


A camada jovem feminina de hoje aparenta dar mais importância às festas e aos famosos mais importantes da atualidade do que propriamente a enriquecer a sua cultura geral. Primeiramente,

no

momento

em

que

ligamos

a

televisão

somos

confrontados com notícias que despertam o nosso lado mais curioso mas que no entanto não fortalecem o nosso conhecimento, notícias essas que nos levam a saber mais sobre a vida pessoal e escolhas menos acertadas de várias personagens televisivas, como por exemplo a tão falada separação de Angelina Jolie e Brad Pitt. Convém

salientar

igualmente

que

as

raparigas

de

hoje

têm

um

conhecimento bastante avultado sobre as celebridades atuais, sobre os programas de televisão ou reality shows mais badalados e ainda as últimas tendências da moda, porém esquecem-se de dar importância a assuntos que realmente interessam para as suas vidas, tanto no presente como no futuro, como por exemplo o Brexit, que consiste na saída de Inglaterra da União Europeia e que tantas portas irá fechar ao mundo. No entanto, nem todas as raparigas são assim e preocupam-se em estudar e em investir na sua carreira, pensando então no seu futuro, por isso muitas são as mulheres que vão chegando ao poder e controlo do mundo. Em conclusão, é fácil perceber que as mulheres são seres imprescindíveis, basta saber se nos queremos juntar a esse grupo como seres pensantes e geniais ou como meras fofoqueiras e intrometidas. Ana Rita Paulo


Férias offline Este discurso foi elaborado a partir do texto “A vida offline” e foi escrito por Manuel Halpern. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado em agosto de 2016. Hoje em dia, a dependência da internet é cada vez mais frequente e dá a sensação que já não conseguiríamos viver sem ela. Há que considerar que vivermos online pode ser útil e importante, pois é um meio de contacto com o mundo, é uma forma de aprendermos mais e conhecer outras culturas, outras pessoas e, claro, dar-nos a conhecer também a nós próprios. Isto tudo sem termos que sair do sítio. Por exemplo, agora nos E.U.A. decorrem

as

eleições

presidenciais e, para se promover, Hillary Clinton usa as redes sociais com o objetivo de alcançar um maior número de pessoas que apoiam a candidata. Contudo, entender

como

é

difícil é

que,

atualmente, a sociedade acha que necessita da internet para ter qualidade de vida, se em tempos passados, quando ainda era só uma ideia, as pessoas conseguiam viver bem, estudavam, tinham empregos, casas, casavam, etc. Por exemplo, uma celebridade tem que ter todo o tipo de rede social para ganhar mais fãs e promover o seu trabalho, no entanto nos anos 50, sem internet, Marylin Monroe influenciava o mundo inteiro e a carreira da atriz foi bem sucedida e até hoje é admirada por todos, sem ter utilizado qualquer meio online. Assim, em conclusão, a vida offline nos dias de hoje é complicada, mas sempre podemos tirar umas férias na realidade por uns dias e prestar atenção ao que nos rodeia. Carlota Barbosa ***************************************** Há burros e burros Este discurso for elaborado a partir do texto “Há burros e burros” e foi escrito por Manuel Halpern, foi recolhido do “Jornal de Letras”.


Pensar é essencial, mas também pode ser prejudicial. Primeiramente, pode ser prejudicial porque por vezes, ao pensarmos demasiado, quando chega a altura de agir já é tarde demais, mas também é essencial porque se não pensarmos e agirmos no momento acabamos por sofrer com as consequências. Por exemplo, os cavalos, quando ficam assustados, começam logo a correr e não pensam nas consequências futuras, enquanto os burros demoram muito tempo a pensar e quando vão agir já é tarde demais. Seguidamente, pode-se considerer que as pessoas deviam ser mais como os burros. Estes, quando têm um objetivo em mente, não desistem dele e fazem tudo por tudo para o alcançar, mas no entanto pensam sempre antes de agir, para que o seu grande esforço não seja em vão. Por exemplo, os governantes, muitos deles têm um objetivo muito claro e também fazem tudo por tudo para o alcançar, mas agem sem pensar e muitas vezes o esforço é em vão e o grande objetivo desaparece. Em suma, o pensamento é um bem essencial que faz alargar os nossos horizontes. Carolina Nickols

**************************************************** Descobertas Este discurso foi elaborado a partir do texto “Descobrir” e foi escrito por Helder Macedo. Foi recolhido do “Jornal de Letras” e publicado entre os dias 17 de fevereiro a um de 11 de março de 2016. A minha tese é: descobrir significa encontrar o que já lá estava, mas não se sabia que estava.


Na verdade, muitas descobertas têm sido feitas ao longo dos séculos, sendo a palavra “descoberta” muito subjetiva, pois podemos estar a falar da descoberta em relação às ciências, à saúde, a novas tecnologias, etc. No entanto, o facto de terem sido descobertas não quer dizer nunca tenham existido, nós apenas é que não sabíamos da sua existência. Por exemplo, na era dos descobrimentos em que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, este que já tinha bastantes habitantes mesmo antes de ter sido descoberto. Portanto, a cada dia que passa mais uma descoberta é feita, ou seja, mais próximos estamos de encontrar algo que já existe, apenas desconhecemos. É como algo invisível que só se torna visível despois de descoberto e o entendermos. Revela-se assim um mundo onde não existem regras fixas, sendo impossível determinar com rigor o que estamos para encontrar e o que descobriremos. Temos o exemplo dos físicos do CERN, tendo estes descoberto a “Partícula de Deus” que já existia, mas todos desconhecíamos. Então que mais coisas existem que ainda não foram descobertas? Catarina Carrilho ************************************************** Dependência agrícola O artigo do jornal que li tem como título “Portugal, tempo de regressar à terra”, e foi escrito por Viriato Marques no “Jornal de Letras”.

Existe pobreza por todo o mundo e consequência disso são a fome e a falta de alimentos. O preços dos alimentos são influenciados pela especulação financeira e apesar de em 2007 e 2008 a produção de alimentos ter aumentado 5% a nível mundial, a população também aumentou cronicamente cerca de 150 milhões. Portugal encontra-se encurralado numa estratégia errada às respostas da crise e um défice alimentar faz com que tenhamos que importar mais de 3 biliões de euros em produtos alimentares.


Essa mesma dependência faz-se notar na população e numa falta de terrenos agrícolas alimentares cultivados, seja um simples quintalzinho ou muitos hectares de terreno. A

iniciativa

hortas

e

de

promover

terrenos

com

culturas, iria levar a não só a uma

alimentação

mais

variada e equilibrada mas também a um equilíbrio na balança comercial do pauis. Eduardo Pestana *********************************************** O tempo O ser humano tem a necessidade constante de contar o tempo e visto que ainda não se chegou a um acordo certo quanto ao tempo que o planeta leva a fazer

os

rotativos, algo

seus evidencia

nas

contas

movimentos que

está

a

faltar

matemáticas

e

científicas em relação

ao tema em causa.

Por exemplo, como é

possível explicar as

seis horas que sobram

todos os anos após

os 365 dias? Pois são

estas seis horas que

se

durante quatro anos

vão

assimilando

até formar o ano bissexto, dando origem ao dia 29 de fevereiro nesse ano. Por outro lado, se o ser humano ainda não foi capaz de compreender o tempo quer meteorológico quer cronológico, seria errado acreditar no que nos é transmitido online, noticiários, etc sobre previsões feitas diariamente, pois não saberíamos se estaríamos a ser enganados ou estas estariam erradas, colocandonos isto tudo numa posição em que não saberíamos a estação de ano, o dia e o mês. Para concluir, é possível dizer que muitas vezes as coisas que aparentam ser insignificantes e mínimas podem ter um impacto maior do que parece. Todos os dias pessoas lutam contra o tempo e só percebem o pouco que têm e o quão


rápido ele passa quando se começa a esgotar, afetando a vida destas mesmas, algumas vezes para melhor outras para pior. Gabriel Neves **************************************

O futuro perdido O artigo que li foi “Civilizar os resíduos/ A Experiência portuguesa” escrito por Viriato Soromenho Marques e publicado pelo “Jornal de Letras” em 2012. A minha tese é: a civilização também se representa pelos resíduos que produz e estes ajudam-nos a perceber como fomos no passado, através dos arqueólogos de hoje e do passado, mas no futuro é provável que não seja assim. Graças à evolução energética que estamos a testemunhar, que inclui energias nucleares e indústria química, os resíduos que deixamos podem ter efeitos letais para quem se atrever a descobri-los e já no presente nos afetam, criando o aquecimento global e atacando a vida na Terra. Por exemplo, já existem grandes zonas urbanas na China, como Hong Kong, em que o ar é de tal modo poluído graças ao SEMOG, que para se sair à rua são necessárias máscaras para não se adoecer.

Pedro Almeida Vieira escreveu um ensaio muito bem desenvolvido e com uma ampla pesquisa sobre este mesmo assunto, mas tendo como base Portugal, sendo assim um enorme contributo para a compreensão deste fenómeno, visto que nos apresenta várias causas e os múltiplos atores que criam estes resíduos. Mas ainda mais importante, mostra como travá-los e como prevenir esta destruição do nosso planeta, como por exemplo o governo português incentivar todos os habitantes a tomar decisões e precauções amigas do ambiente, como a reciclagem e a adoção de energias renováveis.


Em suma, a nossa evolução também traz prejuízos para o planeta, e por isso para a Humanidade, mas podemos combater isso com ações mínimas embora de gigantesca importância, como reciclar ou apanhar uma simples garrafa de plástico do chão e meter no lixo. No entanto, para funcionar é necessário o contributo de todos e quando se diz todos é mesmo todos. Giuseppe Alessandria ************************************** Prós e contras da eutanásia Este discurso foi elaborado a partir do texto “Eutanásia” e foi escrito por Válter Hugo Mãe. Foi recolhido no “Jornal de Letras” e publicado no dia 5 de Março de 2014. A legalização da eutanásia implica uma confiança perigosa em mecanismos de decisões que podem ser ou não vantajosas. Este aspeto levará a uma maior vontade de morrer, confundida gravemente com a obrigação de morrer, e que pode facilmente tornar-se num dispositivo motivador de desistência, que em muitos casos poderá vir de um sentimento de culpa, como por exemplo, as pessoas que são doentes sentirem-se um fardo para as que as acompanham diariamente e quererem vê-las sem o problema de as manter vivas.

Por outro lado, a eutanásia é um cenário colocado em casos excecionais, que não passarão pelas infâncias de crianças normais, assim sendo, é errado dar a escolher a uma criança se quer viver ou morrer, visto que, por serem crianças ainda, não são donas delas mesmas para lhes ser dada a possibilidade de tomar tal decisão. Por mais que se sintam culpadas por tudo o que acontece, tal como situações de divórcios e discussões, entre outras desgraças familiares, decidir morrer não é da natureza da infância.


Em suma, a eutanásia deve ser rejeitada, pois as pessoas que se deparam com essa situação não podem ter condições psicológicas para tomar a opção mais correta, o que pode ser catastrófico em muitos casos. Gonçalo Pessoa ************************************** Escrever sara feridas Este discurso foi elaborado a partir do texto “Quer sarar uma ferida? Escreva !” e foi escrito por José Cardoso. Foi recolhido na Revista do “Expresso” e publicado a 10 de agosto de 2013. A escrita serve como um antídoto capaz de curar feridas emocionais e físicas. Verter para o papel acontecimentos traumáticos ocorridos na nossa vida pode ajudar a minorar esses mesmos efeitos, visto que, ao escrever, preenche-se de alguma forma o vazio, tal e qual como a folha vai ficando preenchida. A perda de um ente querido ou um grande desgosto são alguns dos exemplos. Contar a uma folha de papel as nossas preocupações, os nossos sentimentos e emoções pode ajudar-nos a sarar feridas profundas e a melhorar o nosso sistema imunológico, uma vez que, ao escrevermos, estamos a libertar a nossa alma, estamos a libertar-nos de nós próprios. Pode tratar não só feridas profundas, mas também problemas de saúde, tais como stress e a depressão, pois a escrita funciona de forma cicatrizante. Concluindo, exprimir, de forma escrita, emoções e sentimentos em relação a um certo evento traumatizante, pode ajudar não só a ultrapassar feridas emocionais, mas também a saúde física em geral. Para quem não sabe como acabar com uma ferida, o remédio é escrever. Helena Faísca


Portugal, um país de força O artigo em que se baseou este discurso chama-se ''Significado de uma vitória'', que foi escrito por Guilherme D'Oliveira Martins e publicado no ''Jornal de Letras'' a 20 de julho de 2016. A partir deste artigo pode-se verificar a importância que uma vitória pode ter para o nosso país. A vitória portuguesa no Europeu de futebol foi um marco importante no contexto europeu como é o de hoje, não só pelo amor que temos ao nosso país, mas também pelo facto de termos presente em nós um certo complexo de inferioridade em relação a outros países da Europa. A partir desta conquista conseguimos provar que não somos assim tão fracos como nos tomam e que apesar das dificuldades apresentadas, com bastante trabalho e preparação conseguimos superar qualquer obstáculo. Um exemplo disso é Renato Sanches, que foi considerado o melhor jovem jogador do Campeonato da Europa 2016. Por outro lado, não é só o futebol que nos caracteriza, temos também importantíssimos escritores, artistas, desportistas, entre outros, que trazem ao nosso país bastante mérito e reconhecimento, bem como a nossa língua, que está espalhada pelo mundo, sem esquecer a nossa história. Temos como exemplo Fernando Pessoa, Amália Rodrigues, Vasco da Gama, Luís de Camões e a lista contínua... Concluindo, esta vitória teve um enorme impacto a nível mundial, contudo não é apenas isso que nos define e na verdade não temos nada a provar, porque nós não somos nem melhores, nem piores, somos simplesmente nós mesmos. Inês Guerreiro ******************************************* Amor aos livros Este discurso foi elaborado a partir do texto “Biblios” e foi escrito por Ana Cristina Leonardo. Foi recolhido do jornal “Expresso”, a 2 de Outubro de 2015. Há muitos leitores que sentem imensa dificuldade em separarem-se dos livros que possuem. Os livros são algo que nos ajuda a abstrair do mundo, no momento em que os começamos a ler, a nossa concentração vai


toda para o livro, tornando-se este um refúgio. É daí que vem a dificuldade de nos separarmos dos livros, pois mesmo já os tendo lido, queremos sempre tê-los connosco caso nos dê vontade de os ler novamente. Mesmo que não seja para ler o livro todo, queremos tê-los guardados no topo daquela prateleira do escritório, ainda que para apenas o consultar em pequenas ocasiões. Exemplo será o livro das mezinhas que algumas pessoas poderão ter, em que essas curas raramente são necessárias porque hoje em dia os tratamentos já são feitos de outra maneira. Apesar disso, nem sempre gostamos dos livros e nem sempre estes nos podem “ajudar” futuramente, fazendo assim deles algo que só nos ocupa espaço em casa, no quarto e na prateleira. No entanto, não é preciso jogá-los fora, podemos passar os livros para outra pessoa que achamos que irá gostar da leitura, dar a instituições ou até mesmo fazer uma troca de livros. Exemplificando, provavelmente cada um de nós tem livros pelos quais já não se interessa e que acaba por dar a parentes mais novos. Podemos então concluir que as pessoas são muito agarradas aos livros e mesmo as que não o sejam, não precisam de jogar o livro fora, dando-lhe reutilização. Íris Nunes ********************************************* Longe mas perto Viajar pelo mundo e conhecer novas culturas é o sonho de toda a Humanidade, mas viajar tem um preço muito caro. Em primeiro lugar,

ao percorrer o mundo as

pessoas esquecem-se que

escaparão

especiais, detalhes da vida

dos

devido à ausência marcada

pelo descobrimento do

desconhecido,

nenhum

ou

seja,

a

mais

datas queridos

regresso

é

completo e recuperamos

apenas as sobras. Por

exemplo, celebrar o Natal

com a família é uma

tradição que muita gente

cumpre

mas

quem

exerce a profissão de hospedeira, por vezes pode ter que passar esta data longe.


Em segundo lugar, não adianta pensar que as pessoas seguem sempre nos corações porque isso é apenas uma desculpa para a partida. O amor é como um exercício físico, precisa de “flexibilidade”, ou seja, o amor precisa de capacidade de movimentação não provocando danos. Por exemplo, por vezes é necessário testar as relações: partir, a saudade apertar e assim ser ainda melhor voltar para o companheiro. Concluindo, viajar tem o poder de afastar famílias, amigos e apaixonados, mas isso é apenas um aspeto dos muitos a considerar, pois uma viagem fortalecenos as relações verdadeiras e noutros casos, como pessoas, evoluimos a nossa sabedoria. Margarida Bitoque ****************************************** Presos no presente Este discurso foi elaborado a partir do texto “Futuro Perdido” de Manuel Halpern e foi recolhido no “Jornal de Letras”, publicado em 2012. A ideia de que o nosso universo passa como um sonho de gigante que mais se assemelha a um mundo fictício é plenamente uma ilusão.

Em primeiro lugar, fomos especialmente enganados pela nossa própria tecnologia, que nos levou a imaginar e a sonhar vários mundos, mil e uma aventuras e criaturas estranhas que por aí existem e passam na televisão. Por exemplo, a Terra algum dia viria a ser invadida pelos seres pequenos e verdes, aos quais chamamos marcianos ou seres extraterrestres, como nos filmes de ficção científica. Em segundo lugar, fizeram-nos acreditar num futuro evoluído à base de magia, buracos negros e raios lazer de todas as cores, mas além disso, com o passar do tempo ficamos apenas presos e encalhados no presente, por aí a discutir crise e política, enquanto vemos os nossos sonhos a ser esmagados.


Vivemos assim num mundo neorrealista. Por exemplo, décadas após o filme “Uma Odisseia do Espaço” nada mudou no nosso mundo. Concluindo, o mundo fictício é representado como uma interrogação e nunca, em definitivo, como uma resposta a todas as nossas perguntas sobre este mundo que tanto esperamos um dia saber responder. Marta Leonor *********************************** Realidade humana versus realidade virtual Desde que os videojogos apareceram, existiram efeitos negativos e positivos do seu uso. Como sabemos, os jogos são para todas as idades, crianças, adolescentes e até adultos e consoante as idades, os efeitos que podem ter variam. Por exemplo, as crianças nasceram na era da tecnologia, esta faz parte do dia-a-dia de nós todos. Mas há que considerar que, por vezes, entregar a uma criança uma PS ou uma

Nintendo afasta-as das atividades que

normalmente

deveriam ter:

andar/correr lá fora ou brincar com os amigos. Limitam-se a um aparelho e passam horas a jogar nele.

Para além disso, os videojogos podem afetar a parte psicológica da criança, que ainda se está a desenvolver e o mesmo acontece com os adolescentes, embora

haja

alguns

que

conseguem

dosear

melhor

o

tempo

do

jogar/estudar/conviver, nestes os efeitos são os mesmos e talvez mais, como o vício. E sim, os videojogos podem servir de método de trabalhar a parte cognitiva


do cérebro (ao qual recorrem muito para tratar dos mais idosos), ou seja, concentração, agilidade, memória, etc. Para além destes factos, existe também o de os videojogos serem utilizados como refúgio. Isto porque na idade mais adulta, ou não, mas com mais frequência nessas idades, existe quem use os videojogos como um refúgio da realidade em que vive. Utilizar os jogos para este fim pode levar a graves depressões, agressividade, isolação do “mundo lá fora” e vício. Portanto, há que encarar os videojogos como algo trivial, jogando com moderação e de uma forma divertida e equilibrada, para que não nos percamos na realidade virtual e vivamos a nossa. Marta Branco ***********************************************

Selfies falsas O meu trabalho foi elaborado a partir do texto “Selfies falsas” escrito por Manuel Halpern. As diferenças encontradas entre as fotos de antigamente, quando a tecnologia não era tão avançada, e as fotos da atualidade são alvo de grande comparação.

Em primeiro lugar, a falta de tecnologia e uso do “temporizador” nas fotos antigas faziam com que elas fossem uma grande confusão. Primeiro escolher uma posição para a câmara de uma maneira que todos fossem capturados pela lente, correr para a posição e fazer a pose, tudo em menos de 10 segundos e esperar que a foto fosse no mínimo perfeita. Tudo isto fazia com que as mesmas, ao invés de serem uma coisa simples, fossem algo de outro mundo. Em segundo lugar, as fotos atuais que usufruem de grande tecnologia, como as selfies e o bastão de selfie, ajudam-nos a tirar fotos mais facilmente, com alta


definição,

com maior

tranquilidade, comodidade,

enquadrando todos os

elementos paisagísticos e todas as pessoas numa foto com apenas um “clique” ou, por exemplo, uma pessoa que esteja sozinha consegue tirar uma foto a si mesma, apanhando todo o ambiente necessário sem precisar de uma segunda pessoa. Para concluir, a tecnologia dá-nos uma grande liberdade, facilitando a nossa vida quer em aspetos importantes quer em aspetos banais como uma simples foto, tornando-as mais fáceis e com melhor qualidade. Nathalia Borges ******************************************* De Pirata a Capitão O texto base tem como nome “De Pirata a Capitão”, foi retirado do “Jornal de Letras”, publicado a 28 de outubro de 2015, e escrito por Manuel Halpern, crítico e escritor deste jornal.

O conceito inicial de internet consistia numa plataforma de livre acesso para todas as pessoas, sendo assim, aceder a qualquer obra aí colocada é completamente livre. Então porquê colocar a questão do download ilegal? Antes de mais, é de salientar que o download ilegal já provou ser benéfico para muitos artistas, pis é através da internet que algumas das músicas ou filmes que conhecemos se tornaram “virais”, isto é, conseguiram obter milhões de visualizações num curto espaço de tempo. Com efeito, nem todas as pessoas têm a possibilidade de comprar um disco ou deslocar-se ao cinema, desse modo, o permite-lhes ultrapassar as questões financeiras e usufruir dos mesmos produtos, e ainda vezes e vezes sem conta. Tome-se como exemplo o último álbum dos U2, que em vez de ter sido gravado em disco foi libertado na internet, pois assim é muito mais ouvido e partilhado.


Em sentido contrário, existe o problema dos direitos de autor. Muitos dos

sites piratas ganham dinheiro com publicidades, alguns deles pedem dinheiro para fazer login, e os artistas que concebem o produto não recebem nada. Por exemplo, se um realizador gasta 10 milhões a fazer um filme, e quando o vai comercializar já todas as pessoas o visualizaram, como é que se vai recuperar o dinheiro que efetivamente se investiu? Em suma, tal como nos séculos XVI e XVII foi necessário lutar contra os piratas dos mares, também hoje é preciso encontrar formas de lutar contra os piratas virtuais, para garantirmos que não somos prejudicados com a divulgação das nossas obras na internet. Rita Cavaco ************************************** A complexidade da religião O meu discurso é baseado na crónica “Os bons e os Maus”, escrita por Hélder Macedo, e publicada no “Jornal de Letras” de 12 de junho de 2013. Agora, talvez mais do que nunca, a religião é um assunto complicado de explicar, algumas pessoas não acreditam em nenhuma e outras querem impor a sua fé aos outros que as rodeiam. À medida que existem mais

cada

vez

religiões,

ninguém sabe em que

acreditar,

acabamos vezes

por até

desconfiar todas, podem

e

a de estas ainda

causar divisões entre cidadãos. Por exemplo, no caso das religiões mais restritas, alguém que se torne Testemunha de Jeová vai ter de deixar de comparecer aos jantares de Natal da sua família católica, visto que já não poderá celebrar esta ocasião. Por outro lado, quando alguém tenta forçar implanter a sua doutrina noutras pessoas, para que haja apenas uma religião no mundo, raramente é algo que


aconteça pacificamente, estas pessoas têm uma mentalidade radical

e

consideram que toda a gente deve acreditar no que eles acreditam, mas muitas das vezes a maneira que utilizam para tentar que tal aconteça é simplesmente matando outros cidadãos. Temos como exemplo os ataques terroristas que têm acontecido em várias partes do mundo. Concluindo, agora que já existem tantas religiões, tentar eliminar todas e deixar apenas uma, qualquer que seja, é algo que é impossível de acontecer, mas enquanto alguns seres humanos não aprenderem a respeitar a existência de outras doutrinas, irão continuar a haver conflitos e perseguições à volta deste assunto. Simone Gonga


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