Centro Educacional de Arte e Cultura - TCC 1

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MARIA LAURA GUAZZELLI RGM 11171102039

Centro Educacional de Arte e Cultura

Mogi das Cruzes, SP 2021

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MARIA LAURA GUAZZELLI

Centro Educacional de Arte e Cultura

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes com parte dos requisitos para colação de grau pretendido.

Mogi das Cruzes, SP 2021

MARIA LAURA GUAZZELLI

Centro Educacional de Arte e Cultura

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes com parte dos requisitos para colação de grau pretendido.

Aprovado em: ......................................

BANCA EXAMINADORA

Professora Orientadora, Silvia Beatriz Zamai Universidade de Mogi das Cruzes

Professor Convidado

Arquiteto Convidado

RESUMO Todo cidadão tem o direito de acesso à cultura, tanto para materializá-la quanto para usufruí-la de diferentes maneiras, e para isso, espaços culturais e artísticos permitem que seus usuários encontrem esse tipo de conhecimento, levando-os à criação e discussão de tais assuntos. A ideia de arte-educação se faz presente como ferramenta pedagógica essencial, desenvolvendo a manifestação de criatividade e a cultivação de novas ideias. O presente trabalho examina a evolução desses locais e sua importância para a evolução de uma comunidade em ambos âmbitos nacional e internacional. Propõe a implantação de um novo Centro Educacional de Arte e Cultura, que visa suprir as necessidades locais, julgando a educação artística e cultural como base intrínseca do aprendizado e contribuindo para com a profissionalização de classe artística local. Com seu foco principalmente comunitário, a ampliação do polo cultural em um município contribui com a criação de empregos e desenvolvimento socioeconômico local. A metodologia aplicada se trata de pesquisas e levantamentos bibliográficos que se mostraram necessários para maior embasamento ao desenvolver tal projeto.

Palavras-chave: Educação. Arte. Auditório. Comunidade. Lazer.

ABSTRACT Every citizen has the right of access to culture, both to materialize it and to enjoy it in different ways, and for this very reason, cultural and artistic spaces allow its users to find this type of knowledge, leading them to the creation and discussion of such matters. The idea of art education is present as an essential pedagogical tool, developing the manifestation of creativity and the cultivation of new ideas. The present work examines the evolution of these places and their importance for the evolution of a community, both nationally and internationally. It proposes the implementation of a new Educational Center for Art and Culture, which aims to supply local needs, considering artistic and cultural education as an intrinsic basis of learning and contributing to the professionalization of the local artistic class. With its main focus being the community, the expansion of the cultural hub in a municipality contributes to the creation of job opportunities and local socioeconomic development. The applied methodology deals with researches and bibliographical surveys that were shown to be necessary for a better foundation when developing such a project.

Keywords: Education. Art. Auditorium. Community. Leisure.

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Execução Centro Cultural São Paulo ........................................................ 27 Figura 2: Centro Cultural São Paulo......................................................................... 27 Figura 3: Edifício Caetano de Campos (1984) ......................................................... 29 Figura 4: CEU Jambeiro, em Guaianases ................................................................ 30 Figura 5: Centro Cultural da Associação Brasileira da Soka Gakai (BSGI) .............. 31 Figura 6: Implantação BSGI ..................................................................................... 32 Figura 7: Abertura Zenital ......................................................................................... 33 Figura 8: Inverno ...................................................................................................... 33 Figura 9: Verão......................................................................................................... 33 Figura 10: Materiais na fachada ............................................................................... 34 Figura 11: Empenas brancas inclinadas .................................................................. 34 Figura 12: Saliências criando volume ....................................................................... 35 Figura 13: Planta Térreo........................................................................................... 36 Figura 14: Planta Pavimento Superior ...................................................................... 36 Figura 15: Corte AA .................................................................................................. 37 Figura 16: Corte BB .................................................................................................. 37 Figura 17: Corte CC ................................................................................................. 38 Figura 18: Corte DD ................................................................................................. 38 Figura 19: Corte EE .................................................................................................. 38 Figura 20: Elevação 1 .............................................................................................. 39 Figura 21: Elevação 2 .............................................................................................. 39 Figura 22: Elevação 3 .............................................................................................. 39 Figura 23: Elevação 4 .............................................................................................. 40

Figura 24: Centro Cultural Univates ......................................................................... 41 Figura 25: Implantação Univates .............................................................................. 42 Figura 26: Iluminação ............................................................................................... 43 Figura 27: Acervo e auditório em chapas metálicas ................................................. 43 Figura 28: Área vazada sob acervo.......................................................................... 44 Figura 29: Planta Térrea........................................................................................... 45 Figura 30: Mezanino ................................................................................................. 45 Figura 31: Acervo ..................................................................................................... 46 Figura 32: Cobertura ............................................................................................... 46 Figura 33: Corte AA .................................................................................................. 46 Figura 34: Detalhe corte Acervo ............................................................................... 47 Figura 35: Fachada .................................................................................................. 47 Figura 36: Centro de Artes Performáticas G.W. Annenberg..................................... 48 Figura 37: Vegetação ao redor ................................................................................. 49 Figura 38: Integração do projeto à vegetação .......................................................... 50 Figura 39: Planta Térrea........................................................................................... 51 Figura 40: Mezanino ................................................................................................. 51 Figura 41: Corte AA .................................................................................................. 52 Figura 42: Corte BB .................................................................................................. 52 Figura 43: Fachada Norte......................................................................................... 53 Figura 44: Fachada Oeste ........................................................................................ 53 Figura 45: Centro de Artes e Música ........................................................................ 54 Figura 46: Implantação ............................................................................................. 55 Figura 47: Janelas de pé direito duplo na ala Norte ................................................. 56

Figura 48: “Guelras”, visão externa .......................................................................... 56 Figura 49: “Guelras”, visão interna ........................................................................... 56 Figura 50: Entrada de aço e vidro ............................................................................ 57 Figura 51: Planta Térrea........................................................................................... 58 Figura 52: Corte ....................................................................................................... 58 Figura 53: Croqui Fachada Oeste ............................................................................ 59 Figura 54: Terreno.................................................................................................... 60 Figura 55: Ciclovia.................................................................................................... 61 Figura 56: Vista do terreno, Serra do Itapeti ao fundo .............................................. 61 Figura 57: Detalhamento .......................................................................................... 62 Figura 58: Corte Longitudinal do Terreno ................................................................. 63 Figura 59: Análise Bioclimática ................................................................................ 64 Figura 60: Mapa de Gabarito de Altura .................................................................... 66 Figura 61: Mapa de Uso e Ocupação do Solo.......................................................... 67 Figura 62: Mapa do Sistema Viário e Principais Equipamentos Urbanos ................ 68 Figura 63: Mapa de Rotas de Ônibus ....................................................................... 69 Figura 64: Mogi das Cruzes em 1645 ...................................................................... 70 Figura 65: Brasão de Mogi das Cruzes .................................................................... 71 Figura 66: Bandeira de Mogi das Cruzes ................................................................. 71 Figura 67: Distritos e Local de Implantação ............................................................. 72 Figura 68: Anúncio em jornal em 1924, anunciando novo loteamento em Villa Paulista .................................................................................................................................. 73 Figura 69: Estação Braz Cubas, 1950 ...................................................................... 73 Figura 70: Estação Braz Cubas, 2000 ...................................................................... 73 Figura 71: Corredor Leste-Oeste.............................................................................. 74

Figura 72: 3 Primeiras Etapas do Corredor Leste-Oeste ......................................... 75 Figura 73: Trecho Avenida das Orquídeas ............................................................... 76 Figura 74: Iluminação em LED ................................................................................. 77 Figura 75: Zoneamento ............................................................................................ 77 Figura 76: Tabela de Parâmetros Técnicos.............................................................. 79 Figura 77: Fluxograma Geral.................................................................................... 98 Figura 78: Fluxograma Setor de Serviço .................................................................. 99 Figura 79: Fluxograma Refeitório e Cozinha Industrial ............................................ 99 Figura 80: Fluxograma Cineteatro/Auditório ........................................................... 100 Figura 81: Fluxograma Centro de Leitura/Acervo................................................... 101 Figura 82: Organograma Esquemático .................................................................. 102 Figura 83: Painel Semântico Arquitetônico............................................................. 106 Figura 84: Painel Semântico Urbanístico ............................................................... 107 Figura 85: Estudos de Volumetria .......................................................................... 119 Figura 86: Croqui da Setorização ........................................................................... 119 Figura 87: Croqui da Implantação .......................................................................... 120

LISTA DE TABELAS Tabela 1: SWOT BSGI ............................................................................................. 40 Tabela 2: SWOT Univates ........................................................................................ 48 Tabela 3: SWOT G. W. Annenberg .......................................................................... 53 Tabela 4: SWOT Centro de Artes e Música .............................................................. 59 Tabela 5: Diretrizes e Premissas .............................................................................. 80 Tabela 6: Agenciamento ......................................................................................... 103 Tabela 7: Programa de Necessidades .................................................................... 108

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BSGI – Brasil Soka Gakkai Internacional IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Art. – Artigo PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais MEC – Ministério da Educação CEU – Centro Educacional Unificado SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) LED – Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz) LEED – Leadership in Energy and Environmental Design CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos PMC – Prefeitura de Mogi das Cruzes LOUOS – Lei de Ordenamento e Uso e Ocupação do Solo ZOC – Zona de Ocupação Condicionada ZOP – Zona de Ocupação Preferencial TO – Taxa Máxima de Ocupação TP – Taxa de Permeabilidade CAb – Coeficiente de Aproveitamento Básico CAm – Coeficiente de Aproveitamento Máximo NBR – Norma Técnica Brasileira PCR – Pessoa em Cadeira de Rodas DML – Depósito de Material de Limpeza Mín – Mínimo

SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 O TEMA E SUA IMPORTÂNCIA .............................................................................. 14 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA.............................................................. 14 PROBLEMATIZAÇÃO .............................................................................................. 15 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 15 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 15 METODOLOGIA ....................................................................................................... 16 1. REVISÃO HISTÓRICA ......................................................................................... 18 1.1 REVISÃO HISTÓRICA DO TEMA ...................................................................... 18 1.1.1 Cultura ........................................................................................................... 18 1.1.1.1 Definição de Cultura ..................................................................................... 18 1.1.1.2 Imigração no Brasil ....................................................................................... 19 1.1.1.3 Miscigenação e formação da cultura brasileira ............................................. 20 1.1.1.4 Turismo Cultural ........................................................................................... 21 1.1.2 Educação e Arte ............................................................................................ 22 1.1.2.1 Educação...................................................................................................... 22 1.1.2.2 Definição de Arte .......................................................................................... 23 1.1.2.3 A educação de Arte na Antiguidade ............................................................. 24 1.1.2.4 A Arte-Educação no Brasil ............................................................................ 25 1.2 REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA ............................................................ 26 1.2.1 Centros Culturais .......................................................................................... 26 1.2.2 Escolas .......................................................................................................... 28 1.2.2.1 Escolas No Brasil.......................................................................................... 28 2. ESTUDOS DE CASO ........................................................................................... 31 2.1 CENTRO CULTURAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SOKA GAKKAI (BSGI) ............................................................................................................................ 31 2.1.1 Ficha Técnica ................................................................................................ 31 2.1.2 Sobre o Projeto ............................................................................................. 31 2.1.3 Bioclimática e Sustentabilidade .................................................................. 32 2.1.4 Volumetria e Partido Arquitetônico ............................................................. 34 2.1.5 Programa de Necessidades ......................................................................... 35

2.1.6 Plantas ........................................................................................................... 35 2.1.7 Cortes ............................................................................................................ 37 2.1.8 Elevações ...................................................................................................... 39 2.1.9 Análise SWOT ............................................................................................... 40 2.2 CENTRO CULTURAL UNIVATES ..................................................................... 41 2.2.1 Ficha Técnica ................................................................................................ 41 2.2.2 Sobre o Projeto ............................................................................................. 41 2.2.3 Bioclimática e Sustentabilidade .................................................................. 42 2.2.4 Volumetria e Partido Arquitetônico ............................................................. 43 2.2.5 Plantas ........................................................................................................... 44 2.2.6 Cortes ............................................................................................................ 46 2.2.7 Elevações ...................................................................................................... 47 2.2.8 Análise SWOT ............................................................................................... 48 2.3 CENTRO DE ARTES PERFORMÁTICAS G.W. ANNENBERG ........................ 48 2.3.1 Ficha Técnica ................................................................................................ 48 2.3.2 Sobre o Projeto ............................................................................................. 49 2.3.3 Volumetria e Partido Arquitetônico ............................................................. 50 2.3.4 Plantas ........................................................................................................... 51 2.3.5 Cortes ............................................................................................................ 52 2.3.6 Elevações ...................................................................................................... 53 2.3.7 Análise SWOT ............................................................................................... 53 2.4 CENTRO DE ARTES E MÚSICA DA FACULDADE WENATCHEE VALLEY ... 54 2.4.1 Ficha Técnica ................................................................................................ 54 2.4.2 Sobre o Projeto ............................................................................................. 54 2.4.3 Bioclimática e Sustentabilidade .................................................................. 55 2.4.4 Volumetria e Partido Arquitetônico ............................................................. 56 2.4.5 Programa de Necessidades ......................................................................... 57 2.4.6 Plantas ........................................................................................................... 57 2.4.7 Cortes ............................................................................................................ 58 2.4.8 Elevações ...................................................................................................... 59 2.4.9 Análise SWOT ............................................................................................... 59 3. LOCAL DE INTERVENÇÃO ................................................................................. 60 3.1 LOCALIZAÇÃO .................................................................................................. 60 3.2 ANÁLISE TOPOGRÁFICA ................................................................................. 62

3.3 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA ................................................................................. 64 3.4 DESCRITIVO DO ENTORNO ............................................................................. 65 3.4.1 Gabarito de Altura......................................................................................... 65 3.4.2 Uso e Ocupação do Solo .............................................................................. 66 3.4.3 Sistema Viário e Principais Equipamentos Urbanos ................................. 67 3.4.4 Rotas de Ônibus ........................................................................................... 69 3.5 ANÁLISE HISTÓRICA DO LOCAL .................................................................... 70 3.5.1 O Município ................................................................................................... 70 3.5.2 O Bairro ......................................................................................................... 72 3.5.3 Avenida das Orquídeas ................................................................................ 74 3.6 ÍNDICES DE ZONEAMENTO ............................................................................. 77 4. DIRETRIZES E PREMISSAS ............................................................................... 80 5. CONCEITUAÇÃO PROJETUAL .......................................................................... 93 5.1 PERFIL DO USUÁRIO ....................................................................................... 93 5.1.1 Público Alvo .................................................................................................. 93 5.1.1.1 Alunos........................................................................................................... 93 5.1.1.2 Público Geral e Visitantes ............................................................................. 95 5.1.2 Funcionários ................................................................................................. 95 5.1.2.1 Setor Escolar ................................................................................................ 95 5.1.2.2 Setor de Serviços ......................................................................................... 96 5.2 FLUXOGRAMAS ................................................................................................ 97 5.3 ORGANOGRAMA ............................................................................................ 102 5.4 AGENCIAMENTO ............................................................................................ 103 6. PROPOSTA PROJETUAL ................................................................................. 104 6.1 CONCEITO ....................................................................................................... 104 6.1.1 Acampamento ............................................................................................. 104 6.1.2 Transparência ............................................................................................. 104 6.1.3 Neuroarquitetura ......................................................................................... 104 6.1.4 Direção e Movimento .................................................................................. 105 6.1.4.1 Traffic Calming............................................................................................ 105 6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO ........................................................................... 106 6.3 PARTIDO URBANÍSTICO ................................................................................ 107 6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................. 108 6.5 ESTUDOS DE MASSA E VOLUMETRIA ......................................................... 119

6.6 SETORIZAÇÃO ................................................................................................ 119 6.7 IMPLANTAÇÃO ............................................................................................... 120 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 121 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 122

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INTRODUÇÃO O TEMA E SUA IMPORTÂNCIA O acesso ao consumo das artes e da cultura é essencial para o desenvolvimento e inclusão social do cidadão na cadeia produtiva cultural, que oferece condições aos que não estão inseridos nela.

Polos de cultura tendem a chamar o público para a prática de atividades baseadas apenas no poder da conexão da população e do bem-estar pessoal simbólico que aquele evento tende a causar, em um ambiente não-comercial, visando apenas o lazer e apreciação artística e cultural.

Em conexão direta com a cultura, está a educação. Tendo em vista também o importante papel destes centros em contribuir com o processo de ancoragem da ideia de profissões na classe artística, a concepção de um espaço onde artistas têm a oportunidade de se educar, criar e apresentar seus trabalhos de forma digna é fundamental. Dito isso, grupos de artistas e centros culturais andam lado a lado. Ao planejar, realizar e avaliar trabalhos a serem distribuídos para a comunidade, visando sempre o aprimoramento de seus elementos, fugindo do imediatismo comercial que parece tão latente na sociedade.

O presente trabalho se dá a partir da proposta arquitetônica de um Centro Educacional de Arte e Cultura no Município de Mogi das Cruzes. Se tratando do maior destino educacional e de lazer da região do Alto Tietê, a cidade possui inúmeras oportunidades de expansão nessas áreas, tornando o ensino e a apreciação cultural algo mais dinâmico e intrínseco na sociedade em que está inserido.

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA A presença de equipamentos urbanos em uma cidade trata-se de algo intrinsicamente importante para o funcionamento dela, já que estes concentram maior parte do fluxo de habitantes dentre seus diversos usos, sendo eles o lazer, cultura, saúde, educação, comércio e serviço. Esses equipamentos tendem a movimentar e alavancar a economia local, trazendo uma vida social ativa a população. Através de pesquisas de campo realizadas no município de Mogi das Cruzes, notou-se que há

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uma certa carência de equipamentos de infraestrutura educacional cultural e artística.

Dessa forma, o Centro Educacional de Arte e Cultura possui papel fundamental em preencher essa lacuna na cidade, de forma a trazer novos propósitos e ambições ao seu público alvo.

PROBLEMATIZAÇÃO A falta de locais que proporcionam educação e lazer do tipo artístico e cultural na região, faz com que a população sinta a necessidade de buscar essa fonte em outros lugares, municípios mais distantes, o que não é ideal, tendo em vista que nem sempre todos estão dispostos ou até mesmo possibilitados de realizar tal deslocamento.

O distanciamento da comunidade de sua região local influencia diretamente na economia e geração de empregos, tendo em vista que toda a movimentação dessa atividade não está em seu raio de alcance rápido.

OBJETIVO GERAL Há a demanda por locais onde se possa exercer atividades de estudo e aprendizado direcionado às artes de maneira mais formal pelo público da região, já que a maioria das instituições que possuem esse tipo de graduação cênica técnica estão situadas na cidade de São Paulo, local muito distante e de alto custo, que existe certo tempo e dinheiro para se locomover.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS •

Criar um polo cultural na cidade de Mogi das Cruzes

•

Concentrar atividades voltadas a cultura e a educação, aliadas a arte e ao lazer

•

Suprir a carência de infraestrutura educacional artística na área

•

Valorizar a formação superior em artes como instrumento para o fortalecimento da cidadania

•

Proporcionar experiencias sensoriais para os usuários

•

Criar de empregos

•

Se tornar referência tanto no município quanto na região do Alto Tietê no que diz respeito a educação artística e cultural.

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METODOLOGIA O Trabalho de Conclusão de Curso aqui apresentado foi desenvolvido em diferentes etapas de pesquisa, análise e criação. Primeiramente, foram realizadas pesquisas históricas, relacionadas tanto ao tema quanto ao tipo de edificação a ser apresentado. Definições técnicas e características importantes são apontadas, de forma a adicionar conteúdo aprofundado ao trabalho.

Adiante, foram analisados 4 diferentes projetos, com temas e objetivos semelhantes ao da autora, como modo de referência e estudo. A realização de visitas técnicas, que antes eram tidas como parte indispensável da pesquisa projetual, foram descartadas no ano de 2021 devido à pandemia do COVID-19.

Em âmbito internacional, foram escolhidos os seguintes projetos: Centro de Música e Artes da Faculdade de Wenatchee Valley, localizado em Wenatchee, Estados Unidos; e o Centro de Artes Performáticas G.W. Annenberg, no Reino Unido. Já no âmbito nacional, foram estudados: o Centro Cultural da Associação Brasileira da Soka Gakkai (BSGI), localizado em Curitiba; e o Centro Cultural Univates, presente no município de Lajeado.

Nesses projetos, foram levados em conta pontos como o fluxo de usuários, setorização, plástica, volumetria, fachada, partido arquitetônico, programa de necessidades e acessos, todos para a melhor implantação e execução deste trabalho que segue, tanto na fase 1 de pesquisa teórica, quanto na fase 2 de execução prática do projeto.

De forma a obter melhor compreensão e base sobre o contexto em que o projeto será implantado, em um primeiro momento foram recolhidas informações sobre o local de intervenção de maneira mais compacta, focada apenas no terreno, por meio de análises bioclimáticas e topográficas. Em seguida, o entorno se tornou o foco de estudo. Foram produzidos mapas de análise, cada um dispondo de diferentes dados que adicionam à pesquisa, como o gabarito de altura, uso e ocupação do solo, sistema viário e rotas de ônibus.

Logo após, julgou-se necessária uma investigação histórica e técnica projetual do distrito de Braz Cubas e do Município de Mogi das Cruzes, apontando principais locais

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remetentes ao tema principal do trabalho, como por exemplo a estação ferroviária que se faz muito presente no local de intervenção. Ademais, foram apresentados dados referentes ao Zoneamento Municipal, através de imagens e tabelas.

Posteriormente, foram recolhidos dados referentes as diretrizes e premissas projetuais, onde se encontram as leis que regem o tipo de edificação a ser implantada, direcionadas aos ambientes e setores do complexo. Depois, de forma mais detalhada e íntima ao projeto, foram analisados os perfis dos usuários e funcionários, assim como ocorreu o desenvolvimento de fluxograma, organograma e agenciamento.

Por fim, se seguiu a etapa de concepção projetual, na qual foram dispostos o conceito, partido arquitetônico e urbanístico do complexo a ser desenvolvido.

Seguidamente do programa de necessidades, estudo de volumetria, setorização e implantação, o trabalho se conclui com as considerações finais de todo o composto.

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1. REVISÃO HISTÓRICA 1.1 REVISÃO HISTÓRICA DO TEMA 1.1.1 Cultura 1.1.1.1

Definição de Cultura

O autor Raymond Williams (1976) aponta três maneiras de se entender e usar o conceito de cultura: a antropológica, a sociológica e a estética.

O ponto de vista antropológico entende cultura como modo de vida, ou seja, o modo como as pessoas pensam, dizem, fazem e fabricam, tentando diminuir o elitismo e o etnocentrismo que vem sendo aplicado na cultura humana, assim como seus particularismos, negando também a redução da cultura às belas artes. O sociólogo entende ainda que, a cultura é um campo de ação específico, juntamente com a economia e a política. Desse ponto de vista, a cultura é um processo que se resulta da participação e da criação coletiva.

Já a maneira sociológica vê a cultura como um campo de conhecimento dos seres humanos, falando do tema como uma relação direta entre produção e consumo cultural, sendo novamente conectado com as políticas culturais, passando a ser entendida como algo em forma de espetáculo. Para esse modo de pensar, a cultura é chamada por Horkheimer (1979), teórico da Escola de Frankfurt, de “indústria cultural”, passando a ser produzida pelas massas e da mesma maneiras que outros bens de consumo.

Por fim, o conceito estético quando aplicado a cultura trata de atividades artísticas intelectuais, como por exemplo a literatura, a música, o teatro, cinema, pintura, esculturas e arquitetura, e é sinônimo de Belas Artes, exigindo nível de educação formal. Esse ponto de vista define as criações artísticas como uma forma de cultivar o espírito humano. Ocorre também uma diferenciação de pessoas que conhecem a prática dessas manifestações e pessoas consideradas “comuns”, sendo atribuída a estas a categoria de “culto” ou “inculto”.

Podemos dizer que cultura é tudo aquilo que não é natureza. Por sua vez, toda ação humana na natureza e com a natureza é cultura. A terra é natureza, mas o plantio é cultura. O mar é natureza, mas a navegação é cultura. As árvores são natureza, mas o papel que delas provem é cultura. (VANNUCCHI, 1999)

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Segundo o dicionário da Oxford Languages, cultura se define como “[...] um conjunto de padrões e comportamentos, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social.” A cultura brasileira é o que se dá como resultado da miscigenação de inúmeros grupos étnicos que participaram direta e indiretamente da formação da população brasileira através da colonização, que devido à grande extensão territorial do país, é contemplado com enorme diversidade cultural. Além do colonialismo português em 1500, vieram também os povos espanhóis de 1580 a 1640, época em que se estabelecia a União Ibérica, ou seja, o domínio da Espanha sobre Portugal. Já nos anos de 1630 a 1654 ocorre a ocupação holandesa no nordeste do país, tendo a colônia aportada ainda por franceses, ingleses e italianos. Entretanto, ainda se deve aos portugueses o recebimento da herança cultural fundamental.

(DIANA, 2012a) 1.1.1.2

Imigração no Brasil

Conforme bacharel em Produção Cultural Daniela Diana (2013), a história da imigração no Brasil começou após a abertura dos portos às nações amigas, feita em 1808 por D. João, possibilitando assim a entrada de imigrantes não portugueses ao país. Com isso, foram recebidas famílias suíças, espanholas, libanesas, polonesas, ucranianas e japonesas, que foram predominantemente estabelecidas no Rio Grande do Sul. Os maiores destaques na imigração, por chegar em grande quantidade, foram alemães e italianos. Percebe-se a maior influência desses povos na região sul e sudeste do país, na arquitetura, língua e culinária. Porém, a efetivação do processo de imigração não começou de fato até o ano de 1850 com o fim do tráfico de pessoas escravizadas.

Com o objetivo principal de pagar um certo vazio escravocrata brasileiro, o governo passa a incentivar a entrada de imigrantes europeus a fim de promover o “branqueamento” da população. De predominância italiana e alemã a cultura vinícola no Brasil apresenta concentração maior na região da serra gaúcha e de campanha.

(BEZERRA, 2015, REALE, 2001) Como se vê, a grande imigração influi poderosamente em nossas formas de vida e trabalho, inclusive no que se refere ao ensino, uma das declarações mais persistentes dos colonos em benefício de seus filhos.

Ademais, a miscigenação alargou-se, ganhando novos elementos, até

20 que se operasse, como se deu, a formação de uma sociedade plural, o imigrante não mais se distinguindo das cepas familiares tradicionais.

(REALE, 2001)

Segundo o Doutor em História Social Odair da Cruz Paiva (2015), a chamada “grande imigração” marcou a ideia de imigração no Brasil. Tendo impacto maior do que somente sua magnitude numérica, essa ideia foi produzida ao analisar três processos criados em períodos diferentes. O primeiro deles analisa o início da produção historiográfica da imigração no país a partir dos anos 1950.

Já o segundo momento se dá devido a criação de inúmeros “museus da imigração” a partir dos anos 1980 e 1990. A criação desses espaços foi uma resposta direta as necessidades encontradas de se reescrever e preservar a cultura daqueles grupos imigrantes dos quais culturas não estão mais tão vivas devido ao avanço da urbanização e da transformação da paisagem.

O terceiro momento ocorre a partir da noção de que as gerações seguintes de imigrantes se encontram num dilema de herdar um patrimônio cultural singular e, por outro lado, viverem na nossa condição nacional, tendo a chance de se integrar com uma comunidade mais ampla.

1.1.1.3

Miscigenação e formação da cultura brasileira

Conforme Professora Juliana Bezerra (2015), “[...] a miscigenação étnica acontece entre pessoas que não possuem as mesmas características de biotipo físico”, ou seja, este fenômeno ocorre quando pessoas de diferentes etnias geram um(a) filho(a). Atualmente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realiza suas pesquisas de cor ou raça no Brasil com base na autodeclaração, e com isso foram adquiridos dados que confirmam a presença de 5 etnias no país, sendo elas: branca, preta, parda, amarela e indígena.

O Brasil, ao observar sua formação histórica, pode ser considerado um país miscigenado cultural e etnicamente. Os portugueses (brancos) tiveram filhos com mulheres índias e negras, e negros por sua vez também se uniram com indígenas.

Cada uma dessas uniões, com o tempo, recebera outros nomes, e, como consequência, foi gerada uma sociedade onde a cor da pele determinava o lugar que o indivíduo devia ocupar. Sobre a cultura brasileira, inúmeros elementos integrados

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da cultura indígena, do negro africano, do português colonizador, assim como de diversos imigrantes, ajudam a formar a imensidão que é o Brasil. (BEZERRA, 2015, DIANA 2012b) O básico de nossa cultura encontra-se em nosso vocabulário, que possui contribuição especialmente indígena. No folclore permaneceram lendas como a de curupira, a sereia iara, saci-pererê, além de toda sua culinária. Já Portugal foi o país do continente Europeu que mais nos trouxe influências ao formar a cultura brasileira.

Como citado anteriormente, para o básico de nosso vocabulário, foi trazida as colônias a língua portuguesa, e em seguida a religião, que tinha como característica principal as festas e procissões. A concepção de vilas e cidades, conglomerados de construções e instituições administrativas, assim como a agricultura, fazem parte dessa herança portuguesa tão fortemente trazida.

O povo negro africano, que foi trazido ao Brasil como escravo, trouxe também incontáveis contribuições culturais em vários setores do que hoje entendemos como sociedade. A cidade de salvador foi a que mais recebeu habitantes negros, e é lá também que vários elementos dessa cultura sobrevivem até os dias atuais. Os famosos “trajes da baiana” com turbantes e saias rendadas, braceletes e colares, a dança da capoeira e os instrumentos tambor, atabaque, cuíca, berimbau entre outros, até mesmo nas manifestações religiosas, trazendo para conhecimento das colônias o candomblé na Bahia, a macumba no Rio de Janeiro e o xangô em alguns estados nordestinos.

1.1.1.4

Turismo cultural

A experiencia do turismo cultural tem seu início na Grécia Antiga, com a proliferação de guias de viagens para, por exemplo, As Sete Maravilhas do Mundo.

Em 1840 já existiam guias turísticos interativos, com a chegada da Revolução Industrial houve a melhoria dos transportes e entradas nas cidades, diminuindo as distancias, criando e regulamentando também a distinção entre o tempo de trabalho e o tempo de lazer, estabelecendo o tempo conhecido como férias. É em meados do século XIX que nasce uma verdadeira indústria turística, incluindo agências de viagem, hotéis, guias etc. (MALKIN, 1999)

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O patrimônio cultural, de forma geral, se gerenciado com cuidado, acaba atraindo investimentos turísticos de forma direta ao local beneficiado, envolvendo a comunidade local sem fazer com que a área desse patrimônio seja danificada. Como consequência, a diversidade cultural, o equilíbrio das sociedades e arquipélagos culturais e naturais recebem efeitos duradouros e positivos, fazendo com que conversas e discussões o desenvolvimento histórico e entre diferentes culturas seja alcançado. (UNESCO, 2019) A UNESCO (2019) diz ainda que o turismo cultural desempenha inúmeros papeis importantes, dentre eles é possível destacar a possibilidade de converter as cidades em lugares seguros, resilientes, inclusivos e sustentáveis; o reconhecimento de culturas e civilizações antes não tão conhecidas e apreciadas; a melhoria das condições de vida diárias do município, criando empregos nesses pontos turísticos, ajudando a reduzir a pobreza; entre outros pontos, demonstrando o quanto essa atividade pode influenciar no desenvolvimento econômico de uma região, sendo responsável por 40% das receitas do turismo mundial.

1.1.2 1.1.2.1

Educação e Arte Educação

Ainda conforme Milton Junior (2018), nos tempos medievais, pode-se perceber a mudança das sociedades com o renascimento de centros urbanos e com ele os comércios. Os negócios precisavam de organização e conhecimento deles para seu controle e administração. Portanto o ensino abriu-se para esse público, com professores, sendo eles membros das igrejas que os lecionavam, porém o saber ainda era destinado a uma pequena parte do povo. Com o passar dos anos o desenvolvimento das instituições foi se aperfeiçoando e abrindo portas para mais públicos as quais elas deveriam ser oferecidas. Com isso as divisões e matérias começaram a ser definidas. Nesse tempo também surgiu a separação de ensino feminino e masculino, sendo assim em grandes casos a escola ficava restrita a pessoas do sexo masculino europeu.

Para a autora Antonia de Jesus Sales (2011), a história da escola segue todas os estágios da evolução humana, desde a educação primitiva até a ministrada atualmente. As formas de educação praticada nos tempos antigos eram de uma base

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informal, intencionando um método de ensino prático da vida coletiva, com foco maior na aprendizagem de padrões culturais da época, não possuindo um lugar específico para estudo pois o mesmo acontecia naturalmente no meio do seu povo e grupos.

Antigamente havia uma grande preocupação comum entre as civilizações sobre a educação infantil. Nos tempos antigos, podíamos observar que a educação das crianças era praticada em casa, e os conhecimentos e valores eram passados de pais para filhos. Com o crescimento da sociedade e o surgimento de cidades mais complexas, veio a política, a economia e práticas sofisticadas e, consequentemente, a educação praticada em casa pelos familiares já não era mais suficiente. Foi neste momento que veio a surgir os professores, educadores e profissionais que se especializavam em conhecimentos para repassá-los. Os professores naquela época eram contratados pelos pais das crianças para ensiná-los, porém essa prática só era realizada por pessoas que possuíam melhores condições, assim os professores recebiam um valor por cada aluno que realizaria a prática. (SALES, 2011) 1.1.2.2

Definição de Arte

Segundo o site História das Artes (2018), arte pode ser definida de inúmeras maneiras, suas variações de conceito foram atribuídas com o passar do tempo.

Derivada do latim ars, artis a palavra “[...] significa maneira de ser ou de agir, profissão, habilidade natural ou adquirida, e, na cultura greco-romana, possuía o sentido de ofício, habilidade.” Ou seja, nesse momento arcaico em que lhe foi concedido esse significado, a arte estava diretamente ligada ao objetivo de se fazer, num aspecto manual de execução. Também é possível atribuir a arte o sentido de contemplação e visão, colocando em segundo plano o exterior e dando-lhe um sentido de formas de conhecimento.

Há ainda uma visão romancista, que define a arte como uma base a todos os elementos em seu exterior e atribuindo a ela o motivo pelas quais a tornam viva, de forma que alinha o objeto artístico criado com os sentimentos ao se produzi-lo.

Margaret Imbroisi (2018) afirma que a história da arte estuda os movimentos artísticos, as alterações feitas no que se diz respeito a valorização estética, os artistas e suas obras. Esse estudo é feito visando a vertente social, religiosa e política da

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época analisada, com o apoio de várias outras ciências como por exemplo a história, sociologia, arqueologia entre outras. É através da história da arte que se é possível compreender o ser humano através da evolução se suas variadas formas de expressão e manifestação artística.

1.1.2.3

A Educação de Arte na Antiguidade

A arte, sendo uma manifestação que acompanha o ser humano desde a antiguidade, se mostrava já fundamental na educação na Grécia Arcaica, antes mesmo do surgimento da filosofia e outros tipos de conhecimento e ensino, através de poesias. Considerava-se esse modelo de educação como um modelo integral, pois se aplicavam três dimensões humanas com as quais os gregos praticavam seus ensinamentos no processo de formação dos homens, sendo elas a dimensão epistêmica (conhecimento), a dimensão ética (moral e política), e a dimensão estética (beleza e arte). (KRAEMER, 2010, SASSE, 2010) Os autores Kraemer e Sasse (2010) explicam ainda que o Estado apoiava e incentivava os poetas trágicos a criar peças artísticas com função pedagógica, através de concursos e apresentações teatrais para o público, tendo como objetivo manter a tradição da arte, além de educar as pessoas nesse aspecto artístico.

Werner Jaeger (2001) descreve que, após o sofismo e aparecimento da filosofia e de sua influência, a educação sofre alterações, sendo criado um terceiro modelo que se distingue dos modelos tanto dos poetas quanto dos sofistas. Esta nova forma de se educar traz como crescente importância a prosa, a literatura filosófica retórica e as ciências, fazendo com que elas tomassem espaço e, consequentemente, enfraquecendo o ensino poético e artístico ainda que estes permanecessem presentes nas práticas educacionais.

O triunfo da prosa sobre a poesia foi obtido graças à aliança entre as vigorosas forças pedagógicas, que já na poesia grega atuavam cada vez em maior grau, e o pensamento racional da época, que penetrava agora cada vez mais fundo nos verdadeiros problemas vitais do Homem. (JAEGER, 2001, p. 489)

Dando neste momento um salto para o período clássico do século XVII, chegamos ao pensamento de Kant, vivendo em um período de consolidação de um novo modelo histórico de educação escolar, fruto direto da revolução industrial. Este modelo novo

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– que privilegiava a dimensão epistêmica ao formar o ser humano, ignorando a dimensão estética e focando no conhecimento científico, diminuindo-a apenas à obrigação de cumprir regras determinadas anteriormente, e, mais tarde, abandonando completamente essa preocupação – apareceu e foi consolidado durante um período de três séculos (XVII, XVIII e XIX), sendo chamado de Pensamento Moderno. É dentro deste período que Kant desenvolve seus livros por voltados à antropologia, filosofia, ética e estética, mostrando-se preocupado com a educação, que no momento se concentrava somente na dimensão epistêmica, argumentando que ambas as dimensões éticas e estéticas também possuíam a mesma importância. (KRAEMER, 2010, SASSE, 2010) 1.1.2.4

A Arte-Educação no Brasil

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de número 5.692/71 (BRASIL, 1971) surgiu em meio a ditadura militar, estabelecendo bases e diretrizes para o ensino de primeiro grau, sendo na época o que correspondia a primeira à oitava série, com alunos de 7 a 14 anos, e o ensino de segundo grau, correspondente ao colegial, para alunos de 15 a 17 anos. O primeiro capítulo da lei de 1971 consta sobre a educação artística: Do Ensino de 1º e 2º graus [...] Art. 7º Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programa de Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1º e 2º graus [...]. (BRASIL, 1971)

Mesmo com a matéria de educação artística sendo obrigatória, ela possuía classificação de atividade educativa, e não como disciplina, não garantindo a inserção dela no currículo. O ensino em meio ao regime militar no país e o aceleramento das licenciaturas de professores em dois curtos anos, que antes tinham apenas a responsabilidade de ensinar sobre desenho, música e artes cênicas e industriais, agora tinham que lecionar sobre artes plásticas, linguagens da educação musical, de maneira que o conteúdo especifico de cada linguagem fosse diluído durante os anos, banalizando a arte nas escolas. (IAVELBERG, 2014) Em 1996, a LDBEN nº 9,394/96 (BRASIL,1996) consolida a arte como área de conhecimento obrigatória, possuindo a partir desse momento conteúdos próprios nas

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escolas, promovendo a formação cultural dos estudantes. Rosa Iavelberg (2014) diz que esta lei toma força ao ser apoiada e associada aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), criada na mesma época, porem a adoção desta não era obrigatória.

A partir desse momento, projetos e atividades interdisciplinares poderiam ser propostos de forma ocasional, respeitando a especificidade de cada linguagem.

Foi a partir dos anos 1980 que se desenvolveu um movimento no Brasil chamado arte-educação, organizado por professores de artes, permitindo que fossem ampliadas as discussões sobre a valorização e o compromisso do professor, e também com que difundisse as novas ideias de maneira a multiplicar o movimento nacionalmente. Ocorreram encontros e eventos promovidos por universidades, entidades públicas e privadas, e associações de educadores, facilitando a prática da mudança de concepções com relação a atuação da arte em diferentes âmbitos.

(BRASIL MEC, 1997)

1.2

REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA

1.2.1 Centros Culturais A construção de lugares destinados a apreciação da cultura ocorreu durante muito tempo em todo o mundo, como bibliotecas, teatros, museus, entre outros, porém foi a partir do século XX que espaços começaram a surgir com o nome de centro cultural, com grande influência francesa. No Brasil, manifestações culturais ocorrem desde o momento de sua descoberta através de elementos encontrados pelos padres jesuítas, que tinham a missão de catequizar os nativos (povos indígenas), tendo como principais aliados os livros, cantigas e peças teatrais. (MILANESI, 2003) A autora Luciene Borges Ramos (2007) diz que, à medida que a globalização e a nova cultura da informação e do conhecimento foram se desenvolvendo, se viu necessária a criação de inúmeros centros culturais, tendência diretamente importada da Europa. Em países como França e Inglaterra, a criação desses centros de cultura era incentivada desde a década de 1970, tendo como proposta a democratização da cultura e trazendo como nova tendência a cultura de massa.

Já em âmbito nacional, por mais que a ideia de centros de cultura fosse presente desde os anos 1960, essa tendência se tornou presente somente a partir dos anos

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1980 com a criação do Centro Cultural São Paulo e do Centro Cultural do Jabaquara, na cidade de São Paulo, ambos sendo financiados pelo Estado. (COELHO, 1986) Figura 1: Execução Centro Cultural São Paulo

Fonte: Acervo Estadão

Figura 2: Centro Cultural São Paulo

Fonte: Arquivo Arq

Não há modelo definido para centros culturais, porém algumas características básicas tornam possível a existência de uma definição, como por exemplo “a reunião de produtos culturais, a possibilidade de discuti-los e a prática de criar novos produtos” (MILANESI, 2003).

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1.2.2 Escolas No século XVIII, veio o movimento iluminista, que tinham discursos que colocavam o ambiente escolar como uma instituição de grande importância. No século seguinte se pode observar a expansão das instituições escolares na Europa, e assim a escola passou a ser acessível a todos os públicos, independente da sua classe social. Nas últimas décadas, pode-se ver o desenvolvimento do avanço da tecnologia e com isso o crescimento dos meios tecnológicos de comunicação, portanto veio a necessidade de repensar no modelo europeu escolar que havia sendo copiado a décadas, e instiga a repensar num novo modelo de escola a se fazer. No século 12 surgem na Europa a primeira escola no modelo que temos nos dias de hoje, com salas de aulas, carteiras, alunos e professores. Essas instituições pertenciam a caridades católicas que junto com o ensino de ler e escrever também praticavam lições do catecismo. (GCN, 2019) 1.2.2.1

Escolas no Brasil

Conforme o autor Luiz Fujita escreve para a revista Super Interessante (2018), foi em 1549 que veio a ser fundada a primeira escola no Brasil, que se localizava em Salvador, pelos jesuítas, um tipo de educação que era exclusiva para a catequização, que tinha como objetivo converter o índio brasileiro para a fé cristã. O ensino era divido entre os índios e os filhos dos colonos. Os índios tinham aula em escolas improvisadas, construídas pelos mesmos, já os filhos dos colonos recebiam conhecimento em colégios mais estruturados. Após alguns anos também fundada pelos jesuítas em 1954 veio a primeira escola em são Paulo. Alguns anos depois os jesuítas foram expulsos pelo primeiro ministro de Portugal, e com isso o sistema de ensino Brasileiro teve uma remodelação total.

A religião foi deixada de lado e com isso novas práticas foram introduzidas nas escolas. Este novo método de educar ocorre formalmente em 1772, logo após o Brasil começa seus primeiros passos na criação de um ensino público, e tornou o professor uma figura central do processo educacional. A história da educação sofre uma importante mudança com a chegada da família real ao Brasil em 1808.

Desembarcaram no Rio de Janeiro e com eles trouxeram mais de 60 mil livros que mais tarde deram origem a Biblioteca Nacional da cidade. A coroa portuguesa investiu muito na área da educação, com isso foram construídas as primeiras escolas do

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ensino superior, que tinham como foco ensinar os filhos da família real. Em 1961 é publicada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Neste mesmo documento, em 1971 impõe-se a obrigação da conclusão do primário e passam a ser chamados de 1º e 2º grau. Em 1966 entra em vigor o Ensino Fundamental e Ensino Médio. (FUJITA, 2018) Segundo o site o governo do estado de São Paulo, a construção da primeira escola normal em 02 de agosto de 1894 é um dos mais importantes marcos do estado de São Paulo. Projetado por Ramos de Azedo, está de pé até os dias atuais o Edifício Caetano de Campos (Figura 3) foi pensado pelo arquiteto para ser um símbolo da educação paulista, onde formou alunos famosos como, Oswald de Andrade, Sergio Buarque de Holanda e Cecília Meirelles. Hoje é considerado um edifício de monumento histórico.

Figura 3: Edifício Caetano de Campos (1984)

Fonte: Daniel Guimarães

Com o passar do tempo veio a evolução tecnológica, onde as escolas passaram por um processo evolutivo, ao qual apresentava apenas um tipo de ensino, pode ser proposto a unificação de ensinos e atividades diversas. Foi então que veio a ser proposto a ideia do projeto de Centros Educacionais Unificados (CEU) pela prefeitura de São Paulo em 2001 na gestão de Marta Suplicy como um projeto Inter secretarial, que segundo o autor Renato Anelli (2004), se inspirou na Escola Parque, que foi desenvolvida entre 1948 e 1952 em São Paulo.

A Prefeitura do Município de São Paulo aponta três objetivos principais desse projeto, sendo eles o desenvolvimento integral das crianças e jovens, a criação de

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novos polos de desenvolvimento da comunidade, assim como a criação de polos de inovação de experiências educacionais.

Este projeto foi desenvolvido em três etapas de CEUs, cada um possuindo um custo e projeto arquitetônico variado. A primeira delas foi concluída ainda na gestão de Marta Suplicy (2001-2004) que entregou 21 escolas, com um custo médio de 13 milhões cada projeto. A segunda etapa foi cancelada pelo prefeito José Serra (20052006), porém foi retomada com a gestão de Gilberto Kassab (2007-2012), que apresentou novas ideias de projeto arquitetônico para estes centros educacionais, entregando um total de 24 CEUs, com custo médio de 25 milhões de reais cada.

Por fim, a terceira e última etapa se iniciou sob gestão do prefeito Fernando Haddad, propondo um novo formato de CEU, contudo apenas um projeto foi entregue, o CEU Heliópolis, por conta de cortes nos orçamentos. Este centro educacional teve um custo médio de 33 milhões de reais. Durante essa terceira etapa surgiram também outros projetos que utilizavam o nome CEU, entretanto eles não incluíam escolas em seu interior, apenas espaços de esporte e artes. (ARNELLI, 2004) Conforme dados cedidos pela Prefeitura de São Paulo, atualmente existem 58 unidades de CEUs distribuídas por distritos do município de São Paulo. O primeiro Centro Educacional Unificado (CEU) foi inaugurado em Guaianazes em 2003, atualmente chamado de CEU Jambeiro.

Figura 4: CEU Jambeiro, em Guaianases

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

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2. ESTUDOS DE CASO 2.1 CENTRO CULTURAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA SOKA GAKKAI (BSGI) Figura 5: Centro Cultural da Associação Brasileira da Soka Gakai (BSGI)

Fonte: Jefferson Carollo Filho

2.1.1 Ficha Técnica Local: Curitiba, PR - Brasil Arquitetos: HARDT Planejamento Área: 2140m² Lote: 6269m² Ano: 2010 (início) – 2015 (conclusão) 2.1.2 Sobre o Projeto Presente em outros 192 países e com inúmeras sedes em diferentes cidades do Brasil, o novo Centro Cultural da Associação Brasileira da Soka Gakkai (BSGI) se tornou um edifício importante, transferindo a comunidade da BSGI de uma sede menor para seu novo centro com mais de 2000m².

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Ocupando a parte central do terreno (Figura 6), esta edificação possui cinco pequenas praças ao seu redor, admitindo de forma estratégica que o projeto admita eventuais ampliações por meio de edifícios anexos. Apresentando formato circular, cada uma dessas cinco praças representa um elemento importante da cultura budista e da Soka Gakkai.

Também na Figura 6, observamos os acessos. Os pedestres realizam a entrada através da parte central da fachada principal, já os veículos acessam o Centro Cultural pelas extremidades do estacionamento em “L”, além de contar também com um acesso especial restrito para autoridades que se localiza próximo ao acesso de pedestres e possui conexão direta ao estacionamento.

Figura 6: Implantação BSGI

Fonte: ArchDaily

2.1.3 Bioclimática e Sustentabilidade Como solução para melhorar sua qualidade ambiental, foi adicionada uma abertura zenital no pavimento superior (Figura 7 na próxima página), que contribui com o controle térmico da edificação, com o auxílio de janelas laterais.

33 Figura 7: Abertura Zenital

Fonte: Jefferson Carollo Filho

Essas janelas basculantes se mantem fechadas no inverno de Curitiba, fazendo com que o calor permaneça dentro da edificação (Figura 8), ao contrário do verão, onde as janelas são deixadas abertas, permitindo a exaustão do ar quente criando um “efeito chaminé”, como demonstrado na Figura 9.

Figura 8: Inverno

Fonte: ArchDaily

Figura 9: Verão

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2.1.4 Volumetria e Partido Arquitetônico A volumetria do Centro Cultural BSGI conta com duas fachadas principais diferentes, compostas por materiais como vidro, granito flameado, e uma cobertura angulada sustentada por empenas brancas inclinadas, com o objetivo de diminuir a incidência solar direta nos ambientes internos. As paredes inclinadas na lateral do auditório protegem, ao mesmo tempo que destacam as saídas de emergência, criando certo movimento, e proporcionando também uma maior identidade a obra. Essas observações podem ser notadas nas Figura 10 e 11.

Figura 10: Materiais na fachada

Figura 11: Empenas brancas inclinadas

Fonte: Jefferson Carollo Filho

Com o objetivo de unir os dois setores do edifício, essa cobertura angulada dinamiza o projeto ainda mais, assim como os volumes avantajados na fachada mostrados na Figura 12 na próxima página, que foram estrategicamente colocados para aumentar a área útil da sala de música e dos escritórios do pavimento superior.

35 Figura 12: Saliências criando volume

Fonte: Jefferson Carollo Filho

O auditório conta ainda com um sistema de controle de ruídos composto por materiais isolantes colocados logo abaixo da telha sanduiche juntamente ao forro.

2.1.5 Programa de Necessidades Este projeto conta com os seguintes ambientes: portaria, lobby, auditórios, camarins, área administrativa, sala restrita para autoridades, hall, salas de aula, sala multiuso e banheiros.

2.1.6 Plantas Possuindo grande área de integração e permeabilidade visual, o pavimento térreo é facilmente integrado ao seu entorno. Com sua entrada principal localizada na porção central do edifício, é possível destacar a presença de uma marquise metálica, onde ao espelhá-la, vemos a localização da entrada secundária também ao centro da edificação. Ao Leste pode-se observar a presença do auditório com capacidade para 500 pessoas, algumas salas técnicas e o acesso de serviços. A Oeste, localiza-se a área administrativa, com sanitários, sala de convidados e um pequeno auditório

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destinado a outros eventos de menor porte, como por exemplo casamentos, tendo capacidade para 200 pessoas. É também na ala oeste que podemos localizar a circulação vertical, voltada para a fachada principal (Figura 13).

Figura 13: Planta Térreo

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

Já no pavimento superior (Figura 14), encontramos a sala multiuso, destinada principalmente às aulas e orações, salas de música, escritórios, e a passarela suspensa sobre o hall que é responsável pela conexão com o 1º balcão. Sobre o auditório localizam-se salas de ensaio.

Figura 14: Planta Pavimento Superior

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

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2.1.7 Cortes Figura 15: Corte AA

Fonte: Galeria da Arquitetura

Figura 16: Corte BB

Fonte: Galeria da Arquitetura

38 Figura 17: Corte CC

Fonte: Galeria da Arquitetura

Figura 18: Corte DD

Fonte: Galeria da Arquitetura

Figura 19: Corte EE

Fonte: Galeria da Arquitetura

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2.1.8 Elevações Figura 20: Elevação 1

Fonte: Galeria da Arquitetura

Figura 21: Elevação 2

Fonte: Galeria da Arquitetura

Figura 22: Elevação 3

Fonte: Galeria da Arquitetura

40 Figura 23: Elevação 4

Fonte: Galeria da Arquitetura

2.1.9 Análise SWOT Tabela 1: SWOT BSGI STRENGHTS (FORÇAS)

WEAKENESSES (FRAQUEZAS)

• Bioclimática • Integração dos ambientes e do entorno

• Materiais poderiam ter sido mais bem trabalhados • Acessibilidade

OPPORTUNITIES (OPORTUNIDADES)

THREATS (AMEAÇAS)

• Ampliação do projeto devido à grande área livre no terreno • Atrair mais visitantes

• Eventual diminuição de incidência solar se houver construções maiores ao redor

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2.2 CENTRO CULTURAL UNIVATES Figura 24: Centro Cultural Univates

Fonte: Estúdio Objetivo

2.2.1 Ficha Técnica Local: Lajeado, RS - Brasil Arquitetos: Tartan Arquitetura e Urbanismo Área: 9501m² Ano: 2012 (início) – 2014 (conclusão) 2.2.2 Sobre o Projeto Segundo o escritório Tartan Arquitetura e Urbanismo, a proposta arquitetônica do projeto consistia em cruzar dois eixos, sendo eles o conceitual, que representa a passagem do tempo, e a comunidade, que é o berço dessa instituição.

Esse

cruzamento foi atingido ao unir os espaços de circulação e contemplação, através de uma praça que agrupa os prédios da Univates que possuem maior valor simbólico na vida acadêmica.

Possibilitando a passagem pela praça de forma mais natural, o projeto é repleto de caminhos e diferentes possibilidades de trajeto, em um espaço generoso com

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espelhos d’água e áreas verdes que aproxima e conecta os setores distintos do campus (Figura 25).

Figura 25: Implantação Univates

Fonte: ArchDaily

2.2.3 Bioclimática e Sustentabilidade Visando o funcionamento perfeito da edificação, foram levadas em consideração algumas soluções bioclimáticas, ou seja, sustentáveis. Para ajudar na incidência solar e produção de calor no projeto, foram criados jardins verticais e horizontais, terraços, fachadas ventiladas e espelhos d’água.

Na cobertura, encontramos um sistema de captação de águas pluviais com capacidade de 60 mil litros, reutilizando a água captada nas atividades diárias do centro. E edificação conta ainda com a presença de torneiras e mictórios com fechamento programado instalados, e um rico projeto luminotécnico automatizado com sistema LED, com sensores de presença, tanto no interior quanto no exterior.

43 Figura 26: Iluminação

Fonte: Estúdio Objetivo

2.2.4 Volumetria e Partido Arquitetônico A composição volumétrica do centro é de grande atenção, tendo como elemento principal a caixa revestida de chapas metálicas, que é onde se encontra o acervo e o auditório. Em baixo encontramos um espaço vazado, por onde atravessa um caminho que guia os usuários pelas entranhas do projeto.

Figura 27: Acervo e auditório em chapas metálicas

Fonte: Estúdio Objetivo

44 Figura 28: Área vazada sob acervo

Fonte: Estúdio Objetivo

Por fora, apesar de o projeto apresentar uma imagem moderna e mais rígida, ao adentrar, nota-se que ele se mostra acolhedor e fluido, leve, com seus caminhos que distribuem os transeuntes pelo Centro Cultural.

Se tratando de um projeto de construção mista (concreto armado e estrutura de aço pré-fabricada), a obra foi concluída rapidamente, destacando o uso de concreto e argamassa usinada, assim como o maior aproveitamento possível do terreno em sua forma natural ao desenvolver a aplicação da plateia do teatro.

2.2.5 Plantas No pavimento térreo do Centro Cultural, encontramos entradas diferenciadas que nos direcionam a dois ambientes distintos, sendo eles o acervo e o auditório (Figura 29 na página seguinte). Logo acima, temos a presença do mezanino do auditório, onde se encontram mais assentos e a parte técnica e funcional do palco, para que haja eventuais ajustes e manutenções (Figura 30 na página seguinte).

45 Figura 29: Planta Térrea

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

Figura 30: Mezanino

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

46 Figura 31: Acervo

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

Figura 32: Cobertura

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

2.2.6 Cortes Figura 33: Corte AA

Fonte: ArchDaily

47 Figura 34: Detalhe corte Acervo

Fonte: ArchDaily

2.2.7 Elevações Figura 35: Fachada

Fonte: Galeria da Arquitetura

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2.2.8 Análise SWOT Tabela 2: SWOT Univates STRENGHTS (FORÇAS)

WEAKENESSES (FRAQUEZAS)

• Acessibilidade • Integração com a natureza

• Áreas silenciosas e caóticas muito próximas

OPPORTUNITIES (OPORTUNIDADES)

THREATS (AMEAÇAS)

• Se tornar atração para eventos importantes da cidade • Bem estar dos usuários locais

• Som ultrapassar de uma área para outra, causando incomodo nos usuários

2.3 CENTRO DE ARTES PERFORMÁTICAS G.W. ANNENBERG Figura 36: Centro de Artes Performáticas G.W. Annenberg

Fonte: Hufton+Crow

2.3.1 Ficha Técnica Local: Crowthorne, Berkshire - Inglaterra Arquitetos: Studio Seilern Architects Área: 2580 m² Ano: 2018

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2.3.2 Sobre o Projeto O novo centro cultural do Wellington College concentra várias atividades, servindo como um centro de artes performáticas com capacidade total para 1.200 pessoas, sendo 900 lugares de assento. O espaço serve como inspiração para os alunos, na forma de educar tanto na didática performática quanto nas artes espontâneas.

Junto a importantes edifícios, o terreno deste projeto está localizado próximo aos limites da floresta de Bracknell, o projeto de encaixa de forma a não chamar tanta atenção no local, se misturando com a paisagem.

Figura 37: Vegetação ao redor

Fonte: Kanipak Photography

Encontramos ainda uma praça pública entre o campus da Wellington College e a floresta, que tem a função de lugar o novo centro de artes ao teatro já existente.

Dotado de muita luz natural devido à presença de grandes janelas com vista para a mata, o espaço não se limita apenas as suas quatro paredes, criando uma integração fluida no projeto, além de se tornar um espaço para futuros eventos artísticos, recebendo música, dança e ensaio teatral.

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2.3.3 Volumetria e Partido Arquitetônico Com inspiração direta nos anfiteatros gregos históricos, a forma circular do auditório principal do edifício cria movimento, não contendo ângulos, incorporando-o com seu ambiente paisagístico. Essa forma também ajuda a, nesse contexto, fazer com que a edificação adquira características modernas neste meio histórico e de extrema importância que é a floresta de Bracknell.

O volume circular ajuda ainda a criar uma atmosfera em que haja a conexão entre os alunos e usuários no geral, permitindo uma maior proximidade das atividades entre si.

Figura 38: Integração do projeto à vegetação

Fonte: Kanipak Photography

Classificado pela equipe projetual como o local ideal para os alunos mostrarem seus diferentes talentos de forma criativa num ambiente mais formalizado, o projeto conta com acústica de alta qualidade e uma área de circulação muito eficiente.

Revestido de madeira, ligando diretamente às texturas dos troncos da floresta a sua volta, ao adentrar o campus os estudantes observam um volume que emerge em meio as arvores, de maneira cuidadosa, não dominando a paisagem mesmo com sua grande escala.

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2.3.4 Plantas Com sua circulação posicionada em torno de todo o perímetro da edificação, ela se torna mais dinâmica, fazendo com que a obra pareça diluída em seu entorno de maneira suave, acomodando a floresta ao seu redor. A plateia do teatro é colocada de forma estratégica com um “efeito afundado” no solo, já que a topografia dispunha de uma forma um pouco regular, sendo aproveitada dessa maneira pela equipe projetual, com a presença de uma longa rampa que contorna também o perímetro do edifício.

Figura 39: Planta Térrea

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

Figura 40: Mezanino

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

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2.3.5 Cortes Figura 41: Corte AA

Fonte: ArchDaily

Figura 42: Corte BB

Fonte: ArchDaily

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2.3.6 Elevações Figura 43: Fachada Norte

Fonte: ArchDaily

Figura 44: Fachada Oeste

Fonte: ArchDaily

2.3.7 Análise SWOT Tabela 3: SWOT G. W. Annenberg STRENGHTS (FORÇAS)

WEAKENESSES (FRAQUEZAS)

• Volumetria inclusiva com o entorno

• Revestimento externo de madeira

OPPORTUNITIES (OPORTUNIDADES)

THREATS (AMEAÇAS)

• Ampliação da identidade do projeto

• Necessidade de manutenção constante do revestimento externo

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2.4 CENTRO DE ARTES E MÚSICA DA FACULDADE WENATCHEE VALLEY Figura 45: Centro de Artes e Música

Fonte: Lara Swimmer Photography

2.4.1 Ficha Técnica Local: Wenatchee, Estados Unidos Arquitetos: Integrus Architecture Ano: 2012 2.4.2 Sobre o Projeto Situado de forma estratégica entre diferentes espécies valiosas de arvores, a equipe projetual se preocupou ao máximo para extrair o menor número possível de árvores. Sendo assim, chegaram ao seguinte acordo: para cada árvore que fosse cortada, três novas seriam plantadas. De maneira geral, a edificação foi implantada para que complementasse a área em que foi inserida, que já possuía essa estética de parque.

55 Figura 46: Implantação

Fonte: ArchDaily

Oferecendo estúdios acusticamente projetados, o projeto compartilha usuários do programa de música e arte, tornando-se receptivo a eventos de classe mundial, tanto para ensaios quanto para apresentações musicais. Dentro da edificação, nota-se atenção específica para diversos pontos, a fim de melhorar a educação de cada departamento que a desfruta. Organizado em duas alas distintas (música ao Sul, e arte ao Norte), o Centro de Wenatchee Valley dispõe de um grande lobby estudantil, fornecendo união entre elas.

2.4.3 Bioclimática e Sustentabilidade Mesmo com a Certificação LEED não sendo prioridade para a equipe de arquitetos e para o proprietário, iniciativas sustentáveis foram aplicadas intencionalmente ao projeto, resultando num edifício eficiente energeticamente. Na ala norte, onde se concentram as salas pertencentes ao programa de arte, são utilizadas grandes janelas

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de vidro com pé direito duplo para a iluminação natural constante e muito necessária, evitando que os equipamentos eletrônicos utilizados superaqueçam no verão.

Figura 47: Janelas de pé direito duplo na ala Norte

Fonte: Lara Swimmer Photography

2.4.4 Volumetria e Partido Arquitetônico Dispondo de portas de garagem aéreas que permitem que haja a expansão da área e acesso ao ar livre em determinados momentos, vemos a versatilidade do projeto. Destacam-se as “guelras” moldadas acusticamente, que refletem luz colorida na parede oeste (Figuras 48 e 49), demonstrando uma maneira diferente de se aplicar a plástica característica do edifício.

Figura 48: “Guelras”, visão externa

Figura 49: “Guelras”, visão interna

Fonte: Lara Swimmer Photography

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Percebe-se o esforço da equipe projetual para que o edificio se tornasse um objeto de arte próprio, com simples paredes de tijolos, paineis de metal e revestimento de aço laminado. Possuindo entrada escultural de aço e vidro (Figura 50), o hall conecta as alas, além de oferecer uma vista para a Well’s House ao Norte do terreno.

Figura 50: Entrada de aço e vidro

Fonte: Lara Swimmer Photography

2.4.5 Programa de Necessidades Este projeto conta com os seguintes ambientes: lobby, sanitários, galeria, estúdio de arte, loja de madeira, salas de computação gráfica, salas de aula, escritórios (administração), sala de recital com 150 lugares, espaço para ensaios, estúdio de gravação, sala de mecânica/eletrônica, pátio de esculturas, salas de cerâmica e pintura, sala de impressão de projetos, e área de exposição.

2.4.6 Plantas A planta setorizada a seguir (Figura 51 na próxima página) demonstra todos os ambientes citados anteriormente agora em forma de legenda. As áreas indicadas como “acesso restrito” se trata das áreas de acesso apenas a funcionários. Como pode se observar, quase 100% do projeto pode ser acessado pelo público, possuindo apenas pequenas áreas com escritórios para administração. Observa-se também que os sanitários se localizam na área central do edifício, facilitando o acesso de todos os usuários.

58 Figura 51: Planta Térrea

Fonte: ArchDaily (editado por Maria Laura Guazzelli)

2.4.7 Cortes Figura 52: Corte

Fonte: ArchDaily

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2.4.8 Elevações Figura 53: Croqui Fachada Oeste

Fonte: ArchDaily

2.4.9 Análise Swot Tabela 4: SWOT Centro de Artes e Música STRENGHTS (FORÇAS)

WEAKENESSES (FRAQUEZAS)

• Grande área útil do projeto

• Falta de controle para áreas administrativas • Falta de acesso independente p/ funcionários

OPPORTUNITIES (OPORTUNIDADES)

THREATS (AMEAÇAS)

• Expansão do projeto por meio de praças abertas, novas áreas de convivência

• Conflito de fluxos

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3. LOCAL DE INTERVENÇÃO 3.1 LOCALIZAÇÃO O terreno escolhido para a implantação do projeto do Centro Educacional de Artes e Cultura fica localizado no município de Mogi das Cruzes, no distrito de Braz Cubas, mais precisamente no bairro Vila Paulista da Estação. Possuindo área de 59.904m², está locado entre a Avenida das Orquídeas (lado Norte) – via recente e importante, completando o Corredor Leste-Oeste, sendo também considerada uma das principais obras de mobilidade urbana da história do município – e a Rua Santa Virgínia (lado Sul), que também é onde se encontra a linha do trem. Abaixo, em uma imagem via satélite, foram delimitados os limites do terreno com traçado vermelho.

Figura 54: Terreno

Fonte: Google Maps (editado por Maria Laura Guazzelli)

Possuindo forma bastante uniforme, sua fachada Norte, direcionada para a Avenida das Orquídeas, apresenta 389,36m de comprimento. Ainda de frente com a

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Avenida, a fachada Oeste possui 132,25m de comprimento. A fachada Sul, voltada para a Rua Santa Virgínia, possui 385,02m de extensão. Já a fachada Leste, que dispõe de 166,41m de comprimento, está em frente ao Córrego dos Canudos, que receberá devida atenção ao implantar o projeto.

Ao visitar o terreno escolhidos, foram registradas imagens do local, inseridas nas Figuras 55 e 56.

Figura 55: Ciclovia

Fonte: Maria Laura Guazzelli

Figura 56: Vista do terreno, Serra do Itapeti ao fundo

Fonte: Maria Laura Guazzelli

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3.2 ANÁLISE TOPOGRÁFICA Como se observa na Figura 57, o terreno possui apenas uma curva de nível que o atravessa apenas em uma pequena porção dele. Há a presença de algumas árvores e vegetação, que podem facilmente ser adaptadas ao projeto, ou até mesmo removidas se posteriormente recompensadas. Observa-se também a presença do Córrego dos Canudos, como já citado anteriormente, na face Leste do terreno.

Figura 57: Detalhamento

Fonte: Google Maps (editado por Maria Laura Guazzelli)

Ditou-se necessária a avaliação do terreno através de um corte longitudinal (Figura 58 na próxima página), no qual evidencia-se a clara distribuição sem muitos obstáculos do terreno, obtendo apenas um pequeno desnível de 1 metro que se distende em sua maioria, se tornando quase imperceptível. O ponto mais alto se encontra no nível 741, e o mais baixo no nível 740.

63 Figura 58: Corte Longitudinal do Terreno

Fonte: Maria Laura Guazzelli

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3.3 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA No mapa representativo da Análise Bioclimática (Figura 59), se observa itens como os ventos predominantes, representados pelas setas azuis, que em Mogi das Cruzes se encaminham da direção Leste. Também neste mesmo mapa analisa-se a trajetória aparente do sol, demonstrada por meio da linha pontilhada amarela, assim como as fontes de ruído, representadas por caixas de som roxas, que apontam a linha do trem como uma grande fonte que merece atenção ao escolher os materiais trabalhados no partido arquitetônico.

Figura 59: Análise Bioclimática

Fonte: Google Maps (editado por Maria Laura Guazzelli)

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3.4 DESCRITIVO DO ENTORNO Para continuar o desenvolvimento, foi realizada uma análise urbana abrangendo um raio de 340 metros a partir da testada do terreno de maneira a criar 4 mapas, agregando conhecimento do entorno para o êxito do projeto. O primeiro deles é o de gabarito de altura, onde se pode observar as diferentes alturas das edificações dentro do raio, variando de edificações térreas a edificações de mais de 3 pavimentos. O segundo mapa refere-se ao de uso e ocupação do solo, se tratando de uma análise que identifica quais os tipos de atividades realizadas na região, variando entre o uso residencial, serviço, comercial, institucional e uso misto. No terceiro mapa, onde foi analisado o sistema viário, são apontados os nomes de cada via que rodeia o terreno em questão, além da classificação delas, podendo ser arterial, coletora ou local. No quarto e último mapa foram apontadas as diferentes rotas de ônibus que acercam o terreno, mostrando quais os locais de maior movimento do público.

3.4.1 Gabarito de Altura Verifica-se que, na área analisada (Figura 60 na página a seguir), há pouca verticalização. A maior parte das edificações possuem apenas um pavimento, correspondendo a 71% da área, distribuídas igualmente ao longo do raio de estudo.

Edificações com dois pavimentos equivalem a 25,5%, e edificações com 3 pavimentos resultam em 3,25% da área. Apenas 0,25% das edificações se configuram como maiores de 3 pavimentos, sendo a maior altura presente no raio estudado.

66 Figura 60: Mapa de Gabarito de Altura

Fonte: Maria Laura Guazzelli

3.4.2 Uso e Ocupação do Solo Na análise de uso e ocupação do solo no raio de 340 metros (Figura 61 na próxima página) , identificou-se uma área majoritariamente residencial, configurando 81,75% do total, tendo a área nordeste quase que exclusivamente voltada a esse uso, mesclando com alguns poucos edifícios de serviço e de uso misto. As edificações de serviço também se mostram bastante presentes na área estudada, resultando em 14% do raio destinado a essa atividade, variando entre oficinas de automóveis e postos de gasolina, entre outros. Há também a presença de edificações de uso misto, podendo juntar atividade de serviço e comércio ou até mesmo residencial e comércio, configurando 1,75% da área. Já sobre as atividades estritamente comerciais, que

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corresponde a 1,5% das edificações locais, possuem maior concentração no decorrer da Avenida Francisco Ferreira Lopes, que é o eixo de maior infraestrutura e fluxo de pessoas da região, resultando na maior visibilidade delas. As edificações de uso institucional correspondem a 1% da área total de lotes.

Figura 61: Mapa de Uso e Ocupação do Solo

Fonte: Maria Laura Guazzelli

3.4.3 Sistema Viário e Principais Equipamentos Urbanos Como já citado anteriormente, o mapa do sistema viário (Figura 62 na próxima página) tem como objetivo indicar as vias, suas classificações, e os principais equipamentos urbanos presentes. Analisando o entorno, foi constatado a presença predominante de vias locais, que se situam próximas as áreas de convívio residencial; duas vias coletoras, correspondentes a Avenida Anchieta e Avenida das Orquídeas,

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sendo esta a que se encontra em uma das frentes do terreno projetual, apresentando grande fluxo de automóveis e transeuntes, pois conta também com uma ciclovia; também contamos com a presença de uma via arterial na parte sudeste da área analisada, tratando-se da Avenida Francisco Ferreira Lopes. Ainda no perímetro do terreno, encontramos ruas estreitas de terra, uma ligada à Avenida das Orquídeas e outra que se distende ao longo da linha do trem, que foram projetadas involuntariamente pela própria população que precisava de um caminho para locomoção no local.

Figura 62: Mapa do Sistema Viário e Principais Equipamentos Urbanos

Fonte: Maria Laura Guazzelli

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3.4.4 Rotas de Ônibus O mapa de rotas de ônibus serve como um bom ponto de estudo, pois de uma forma direta mostra os pontos de maior acesso da população pedestre, que procura os meios de transporte públicos para se locomover na cidade. Observa-se que há um considerável número de pontos de ônibus no raio de 340 metros, tirando a conclusão de que a área possui grande fluxo de transeuntes, que agrega ainda mais ao projeto.

Além da rota municipal comum, o raio estudado conta ainda com dois pontos que recebem os ônibus intermunicipais, que realizam trajetos entre municípios, trazendo usuários de outras regiões para o entorno do terreno projetual.

Figura 63: Mapa de Rotas de Ônibus

Fonte: Maria Laura Guazzelli

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3.5 ANÁLISE HISTÓRICA DO LOCAL 3.5.1 O Município Localizando-se a certa de 50km de São Paulo, o município de Mogi das Cruzes está situado no “coração” do Alto Tietê. Na presença do rio que corta a totalidade do município de leste a oeste, possui mais de 400 mil habitantes, que se caracterizam como uma classe mais jovem, possuindo também um crescimento populacional avantajado.

Segundo os autores Nigre, Alves e Tomio para o site da Prefeitura de Mogi das Cruzes, sendo considerada uma cidade histórica brasileira, em 1560 o município era como um ponto de descanso do bandeirante Braz Cubas em meio as suas longas caminhadas, sendo ele o primeiro a adentrar as matas do território mogiano em busca de ouro. Mais tarde passando a ser utilizada como ponto de repouso por outros bandeirantes, tornou-se rapidamente um povoado, tendo sua primeira estrada construída em 1601, a qual ligava São Paulo a Mogi das Cruzes, possuindo grande favorecimento ao trânsito dos paulistanos para esta região. Alguns destes paulistanos se estabeleceram na cidade, como por exemplo Gaspar Vaz, seu fundador.

Em 17 de agosto, sendo oficializada em 1º de setembro de 1611, o povoado foi elevado à vila, recebendo o nome de “Villa de Sant’Ana de Mogy Morim”. O sítio possuía grande importância no novo projeto de povoamento do Brasil, sendo Mogi uma das 14 vilas já criadas no litoral no século XVI. Pouco tempo depois, essa importante via passou a transportar cada vez mais pessoas e riquezas, fazendo com que a vila se tornasse uma cidade.

Figura 64: Mogi das Cruzes em 1645

Fonte: Maria Bicudo

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Ainda conforme os historiadores Nigre, Alves e Tomio, em 1822 a cidade recebeu a visita de D. Pedro, que após a Proclamação da Independência em 9 de setembro, passou pelo Convento do Carmo para breve descanso, levando consigo em sua partida documentos dos mogianos declarando apoio à Independência do Brasil.

Após a vila ser elevada à Cidade em 1865, e à Comarca em 1874, em 1931 o brasão de armas de Mogi das Cruzes (Figura 65) é idealizado e desenhado por Dr. Afonso Taunay e J. Wasth Rodrigues, respectivamente, sendo instituído pelo Ato nº 48, de 1º de julho do mesmo ano.

Figura 65: Brasão de Mogi das Cruzes

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

Em 1956 foi criada a bandeira de Mogi das Cruzes (Figura 66), instituída e oficializada pela Lei Municipal nº 804 em 29 de novembro do mesmo ano, criada pelo estudante Domingos Geraldo Sica.

Figura 66: Bandeira de Mogi das Cruzes

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

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Nos dias atuais, Mogi é conhecida como acolhedora de diversas colônias de todas as partes do mundo, destacando-se as colônias de origem japonesa, que já se encontra em sua terceira geração na região.

3.5.2 O Bairro O bairro onde o terreno está inserido, Vila Paulista da Estação, se localiza no distrito de Braz Cubas. A Figura 67 demonstra a disposição de parte do distrito de Braz Cubas em amarelo, e parte do distrito de Jundiapeba à esquerda em lilás. Dentro do círculo vermelho está a área a ser trabalhada. Como se pode analisar, mesmo estando locado em Braz Cubas, o projeto será implantado em uma área de transição de distritos, ou seja, recebendo grande trânsito de usuários.

Figura 67: Distritos e Local de Implantação

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (editado por Maria Laura Guazzelli)

Como o próprio nome do bairro já dispõe da ideia, o povoado desta área começou a se desenvolver aos redores da estação ferroviária, que fazia parte da Estrada de Ferro Central do Brasil. Tendo sua estação aberta em 1914, conforma Guia Geral das Estações Ferroviárias do Brasil, inicialmente como posto, em 1937 a mesma foi elevada a parada. Hoje em dia, fazendo parte da CPTM o pequeno prédio do qual se constitui a estação Braz Cubas ainda é um dos mais antigos da linha.

73 Figura 68: Anúncio em jornal em 1924, anunciando novo loteamento em Villa Paulista

Fonte: Estações Ferroviários do Brasil

Figura 69: Estação Braz Cubas, 1950

Fonte: Cessão Alberto del Bianco

Figura 70: Estação Braz Cubas, 2000

Fonte: Ralph M. Giesbrecht

Braz Cubas, o distrito no qual será trabalhado o projeto e segundo maior distrito da cidade, abaixo apenas do Centro, chegou a ser considerado uma Cidade conforme consta na Lei de nº 8.092 de 1964, porém ressurgiu como distrito por volta de 1970 pelo Decreto-Lei de nº 226, de acordo com dados da Prefeitura de Mogi das Cruzes.

Segundo o historiador Glauco Ricciele, em 1960 muitos distritos se emanciparam de suas cidades, e é em 1964 que Braz Cubas inicia seu processo de separação, porém, com o bairro de Jundiapeba sendo de sua posse, estando incluído na área do novo município. A partir deste ponto começam a ocorrer desavenças entre o Poder Público Mogiano, já que havia a possibilidade de um possível aeroporto internacional em um dos

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bairros dessa nova cidade. Como desfecho, Braz Cubas não se emancipou e o aguardado aeroporto foi construído em Guarulhos.

Quanto à mobilidade urbana, o distrito possui inúmeras vias importantes, como a Avenida Francisco Ferreira Lopes (nome do trecho da SP-66 que corta o distrito); Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98); Avenida Japão (que liga a parte sul do distrito até o centro de Mogi das Cruzes e uma das vias de acesso do terreno); Via Perimetral (via axial que liga a Rodovia Ayrton Senna da Silva ou SP-70 até o perímetro urbano de Mogi das Cruzes); e a Avenida das Orquídeas.

3.5.3 Avenida das Orquídeas A Avenida das Orquídeas, parte do chamado Corredor Leste-Oeste, é uma opção para descongestionar o centro, caracterizando-se como uma linha retilínea afastada concluída em 2019, conecta o município de Mogi das Cruzes à Suzano. A nova via serve como forma de facilitar o deslocamento de carros de passeio, ônibus e até mesmo caminhões entre o centro e os distritos de Braz Cubas e Jundiapeba.

Figura 71: Corredor Leste-Oeste

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

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Possuindo 10,5km totais, o Corredor possui diversas divisões em etapas, agora completas. A primeira se iniciou com a recuperação da avenida Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, localizada na Vila Industrial, onde foram implantados novos equipamentos de sinalização e uma nova pavimentação, assim como nova pintura da via. Esta etapa foi finalizada em 2016, garantindo novas opções de transporte de insumos para as empresas que se situam na região. (PMC, 2019) De forma simultânea a etapa anterior, outra avenida era abordada para o mesmo tipo de desenvolvimento na segunda etapa, desta vez a avenida Guilherme George, que conecta as regiões central de Jundiapeba e a divisa com o município de Suzano, possibilitando a ligação com o Rodoanel. Ganhando uma nova pista, guias, sarjetas e retornos para veículos, e a ponte sobre o rio Taiaçupeba, teve seu projeto concluído em 2017.

Ainda conforme a Prefeitura de Mogi das Cruzes, a Avenida Cavalheiro Nami Jafet foi o alvo da terceira etapa deste projeto ambicioso, que incluía a implantação de uma rotatória no seu cruzamento com a avenida Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, conectando a mesma ao terminal central de ônibus municipal. Sendo concluída em 2018, esta etapa garantiu um acesso seguro e moderno aos caminhões que se locomovem pela Mogi-Dutra em direção à Tenente Onofre.

Figura 72: 3 Primeiras Etapas do Corredor Leste-Oeste

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

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Finalmente, a quarta etapa do Corredor Leste-Oeste, a mais complexa segundo a Prefeitura de Mogi das Cruzes, se tratou da Avenida das Orquídeas (Figura 73). Com seus 3,5km de extensão, esta etapa é considerada a mais complexa pelo fato de necessitar da construção de uma nova avenida.

Figura 73: Trecho Avenida das Orquídeas

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (editado por Maria Laura Guazzelli)

Conectando as avenidas David Bobrow (via Perimetral) e Guilherme George, assim como os distritos de Braz Cubas e Jundiapeba, a nova via possui duas pistas, corredor exclusivo para ônibus, ciclovia e calcada para a circulação de pedestres.

Possui ainda três rotatórias e duas pontes, uma sobrepondo o rio Jundiaí e outra sobrepondo o córrego dos Canudos.

Dispondo de tecnologias modernas, a nova via conta com iluminação com 200 lâmpadas de LED (Figura 74 na próxima página), oferecendo grande luminosidade e menor consumo de energia, e piso drenante, tudo projetado de forma a proporcionar conforto e boas condições de deslocamento aos seus diversos usuários, tanto motoristas quanto ciclistas e pedestres. Além disso, o projeto ainda se preocupou em incluir um corredor para animais silvestres que vivem nas matas da região, localizados

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embaixo das pontes, formando ligação direta com essas matas, concedendo assim uma passagem mais segura, diminuindo os riscos de atropelamento.

Figura 74: Iluminação em LED

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

3.6 ÍNDICES DE ZONEAMENTO A Lei de Ordenamento e Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) atual do Município de Mogi das Cruzes, indica que o terreno estudado se localiza em uma Zona de Ocupação Condicionada com classificação viária 2, ou seja, ZOC-2. Como demonstrado na Figura 75, o terreno trabalhado encontra-se na ZOC-2, que se destaca como a área rosa.

Figura 75: Zoneamento

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

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O glossário da Legislação de Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) do Município de Mogi das Cruzes define as diferentes zonas de uso como sendo “porções em que se divide o território, estabelecidas e delimitadas por Lei, para as quais são atribuídas [...] permissões e restrições de uso e ocupação do solo visando o ordenamento geral do assentamento.” Ainda nesta mesma legislação, temos a definição de uma ZOC. As Zonas de Ocupação Condicionada correspondem à “uma parcela do território municipal com baixa intensidade de ocupação e baixa oferta de infraestrutura” (PMC, 2016). Elas têm como objetivo promover a implantação de infraestrutura básica e equipamentos urbanos e regularizar atividades e usos já existentes, com a garantia de que os recursos naturais presentes serão protegidos, dentre outros.

Sendo parta das Zonas de Ocupação Condicionada, a Zona de Ocupação Condicionada 2 se trata de uma área correspondente à ZOP-2, tendo como diferença o fato de sua ocupação ser condicionada à capacidade e/ou à implantação de infraestrutura urbana. (PMC, 2016) A LOUOS também oferece alguns parâmetros condicionais, para que, no futuro, o projeto implantado não apresente nenhum prejuízo aos usuários. Esses parâmetros devem ser seguidos por todos pois servem de guias, de modo a conservar espaços onde ocorrem circulação de pessoas, ventilação e bem-estar, evitando assim o mal-uso da Zona. De maneira mais específicas, esses parâmetros são considerados como Indicies Urbanísticos, Critérios de implantação e a Taxa de Permeabilidade.

Os parâmetros citados se encontram na tabela de Parâmetros Técnicos e Permissão e Uso segundo o Zoneamento Municipal, oferecido no Anexo I da Lei nº 7.426/2018 da Prefeitura de Mogi das Cruzes. Tem-se, na Figura 76 localizada na próxima página, os parâmetros correspondentes a ZOC-2.

79 Figura 76: Tabela de Parâmetros Técnicos

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (editado por Maria Laura Guazzelli)

Conforme dados analisados na tabela, identifica-se que o terreno, de área total equivalente a 59.904m², tem como condicionante de Taxa Máxima de Ocupação (TO), que se define como a área horizontal da edificação, referente a 50% da área total do terreno, ou seja, 29.952m². Já a permeabilidade do terreno tem sua Taxa (TP) definida por 20% da área total do terreno, que corresponde a 11.980,8m² desse total deve permitir a infiltração de água no solo, sendo livre de qualquer edificação. Além disso, o Coeficiente de Aproveitamento Básico (CAb), que se refere a área total a ser construída no lote considerando todos os seus pavimentos, é igual a 1, ou seja, o mesmo valor da área do terreno que é 59.904m². Por fim, o Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAm), que é o valor multiplicado pela área total do lote dando resultado a área máxima a ser construída considerando todos os pavimentos, equivale a 1,5, isto é, 89.856m².

A Legislação de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) define também o recuo frontal, que deve ser equivalente a 7,5m de afastamento mínimo da construção em relação a divisa frontal do lote. Já o recuo lateral corresponde a 1,5m de afastamento mínimo da construção em relação as divisas laterais do lote, e o recuo dos fundos equivale a 2m de afastamento mínimo da construção em relação a divisa do fundo do lote.

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4. DIRETRIZES E PREMISSAS LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Acessos

Código Sanitário do Estado de São Paulo

__

CIRCULAÇÃO

Conforme Art. 36, os corredores não poderão ter largura inferior a 1,50m quando servir até 200 alunos, acrescentando 0,07m por aluno de 200 a 500, 0,05 por aluno de 501 a 1.000, e 0,03 por aluno acima de 1.000; • Pé-direito em corredores e passagens não deve ser inferior a 2,5m.

Corredores

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• Conforme Art. 294, as portas ou janelas terão sua abertura dimensionada na dependência da destinação do compartimento a que servirem, e deverão proporcionar resistência ao fogo, nos casos exigidos, bem como isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústicos, estabilidade e impermeabilidade.

• A entrada de alunos deve estar, preferencialmente, localizada na via de menor fluxo de tráfego de veículos; • Nas edificações e equipamentos urbanos, todas as entradas, bem como as rotas de interligação às funções do edifício, devem ser acessíveis; • A distância entre cada entrada acessível e as demais não pode ser superior a 50 m.

• Corredores de uso coletivo, os que se destinarem ao uso público ou coletivo, devem observar a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

• A rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos e internos de espaços e edificações, e que pode ser utilizada de forma autônoma e segura por todas as pessoas. A rota acessível externa incorpora estacionamentos, calçadas, faixas de travessias de pedestres (elevadas ou não), rampas, escadas, passarelas e outros elementos da circulação. A rota acessível interna incorpora corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores e outros elementos da circulação; • Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas;

81 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Código de Obras de Mogi das Cruzes

• As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; c) 1,50 m para corredores de uso público; d) maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas.

Corredores

CIRCULAÇÃO

• As rampas não poderão apresentar inclinação superior a 12% e serão revestidas com material antiderrapante, sempre acima de 6%; • A largura das rampas será a mesma exigida para escadas (1,20m).

Rampas

NBR 9050 Acessbilidade

• Rampas de uso coletivo, os que se destinarem ao uso público ou coletivo, devem observar a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros); • É obrigatória a construção de rampa de acesso às calçadas junto à faixa de travessia de pedestres nos padrões da Norma Técnica Brasileira de Acessibilidade; • Art. 306. As rampas terão inclinação máxima de 8,33% (oito inteiros e trinta e três centésimos por cento) quando forem meio de escoamento vertical da edificação. §1º Sempre que a inclinação exceder a 5% (cinco por cento), o piso deverá ser revestido com material antiderrapante.

• A rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos e internos de espaços e edificações, e que pode ser utilizada de forma autônoma e segura por todas as pessoas. A rota acessível externa incorpora estacionamentos, calçadas, faixas de travessias de pedestres (elevadas ou não), rampas, escadas, passarelas e outros elementos da circulação. A rota acessível interna incorpora corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores e outros elementos da circulação; • Para inclinação entre 6,25 % e 8,33 %, é recomendado criar áreas de descanso (6.5.) nos patamares, a cada 50 m de percurso;

82 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Código de Obras de Mogi das Cruzes

• Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,33 % (1:12) e o raio mínimo de 3,00 m, medido no perímetro interno à curva; • Art. 307. A largura das rampas deverá ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, com largura livre mínima recomendável de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), sendo o mínimo admissível de 1,20m (um metro e vinte centímetros); • Os patamares no início e no término das rampas devem ter dimensão longitudinal mínima de 1,20 m. Entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares intermediários com dimensão longitudinal mínima de 1,20 m.

CIRCULAÇÃO

Rampas

Escadas

NBR 9050 Acessbilidade

• O parágrafo 2 do Art. 106 mostra que as escadas em âmbitos escolares não poderão apresentar trechos em leque, ou seja, todos os lances devem ser retos, não ultrapassando 16 degraus entre patamares, estes não podendo conter espelho maior que 0,16m, nem piso maior que 0,30m, a patamares com extensão mínima de 1,50m, obrigatoriamente dotadas de corrimão.

• Para escadas de uso privativo restrito, as que se destinarem apenas para locais de acesso eventual e restrito (casa de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico e situações similares) ou nas residências como acesso secundário a um ambiente, sua largura poderá ser reduzida ao mínimo de até 0,60m (sessenta centímetros);

• As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada ou degraus isolados; • A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima para escadas em rotas acessíveis é de 1,20 m; • As escadas devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de desnível e sempre que houver mudança de direção;

83 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

CIRCULAÇÃO

Escadas

Elevadores

• Conforme Art 37, quando não previstas nas referidas normas específicas, aos valores abaixo: I - degraus, com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: 0,60 m: 2e + p 0.65 m: II - larguras: a) quando de uso comum ou coletivo, 1,20 m; b) quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90 m; • As escadas deverão ser dotadas obrigatoriamente de corrimão.

• As escadas terão largura não inferiores a 1,50 m e deverão apresentar lances retos de 16 degraus, no máximo, entre os quais se intercalarão patamares de 1,50 m de extensão, no mínimo.

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• Para escadas de uso coletivo, as que se destinarem ao uso público devem observar a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

• Os corrimãos devem ser instalados em rampas e escadas, em ambos os lados, a 0,92 m e a 0,70 m do piso.

• Art. 283. Os elevadores não poderão constituir o meio exclusivo de acesso aos diversos pavimentos de uma edificação; • Art. 312. Os espaços de circulação para acesso aos elevadores, ou outro equipamento mecânico de transporte vertical, em qualquer pavimento, deverão conter largura não inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros); • Art. 286. Os elevadores de carga e monta-cargas deverão dispor de acesso próprio, independente e separado dos corredores, passagens ou espaços de acesso aos elevadores de passageiros.

• Painéis de chamada de elevadores e plataformas elevatórias devem ter informações em relevo e em Braille de sua operação, devendo haver sinalização tátil e visual informando instrução de uso, fixada próximo à botoeira; indicação da posição para embarque e desembarque; c) indicação dos pavimentos atendidos nas botoeiras e batentes; • As portas, quando abertas, devem ter um vão livre, de no mínimo 0,80 m de largura e 2,10 m de altura. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m; • O percurso máximo entre a vaga e o acesso à edificação ou elevadores deve ser de no máximo 50 m.

__

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SOCIAL

• A área da recepção do setor administrativo deve possuir pelo menos 9m² de área.

Recepção

84 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

SOCIAL

Sanitário p/ Alunos

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• O Art. 107 especifica que as escolas deverão ter sanitários devidamente separados para cada sexo. Nesses sanitários devem estar presentes no mínimo uma bacia sanitária para cada 25 alunas, um mictório para cada 40 alunos, um lavatório para cada 40 alunos e um lavatório para cada 40 alunas.

• As portas desses sanitários devem ser colocadas de forma a deixar vãos livres de 0,15m de altura na parte inferior e 0,30m na parte superior, no mínimo.

• Deve haver uma bacia, um lavatório, um chuveiro e um mictório para cada 25 alunos (por sexo).

• Pelo menos 5% dos sanitários devem ser acessíveis, com no mínimo um sanitário acessível para cada sexo; • Recomenda-se também que pelo menos mais 10% dos sanitários sejam adaptáveis para se tornar acessíveis.

• O Art. 44 diz que a área iluminante dos compartimentos deverá corresponder, no mínimo, 1/5 da área do piso nos locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares.

Centro de Leitura/Acervo

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• Pelo menos 5% sendo no mínimo uma das mesas deve ser acessível, sendo recomendado também pelo menos 10% das outras áreas adaptáveis; • A largura mínima entre estantes deve ser de 0,90m, e nos corredores entre as estantes deve haver um espaço que permita manobra de cadeira de rodas (rotação de 180º) a cada 15m.

85 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

• O Art. 108 diz que é obrigatória a instalação de bebedouros de jato inclinado na proporção de, no mínimo, um a cada 200 alunos, sendo localizados próximos Bebedouros aos sanitários.

SOCIAL

• De acordo com o Art. 138, devem estar dispostos da seguinte forma: uma bacia a cada Sanitário p/ 100 pessoas e um Público Geral lavatório e mictório a cada 200 pessoas.

Bilheteria

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Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• É necessária a instalação de um bebedouro a cada grupo de 100 alunos.

• Todos os mobiliários urbanos presentes na escola devem ser acessíveis, tendo previsto a instalação de 50% dos bebedouros acessíveis por pavimento, respeitando o mínimo de um, localizados em rotas acessíveis. O bebedouro acessível deve possuir altura mínima de 0,73m do piso.

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• É definido que pelo menos 5% do total de peças sanitárias seja acessível a cadeirantes e/ou deficientes.

• Bilheterias devem • As bilheterias e os possuir pé-direito mínimo balcões de informação de 2,60m (dois metros e devem estar próximos às sessenta centímetros); II - entradas, exceto em locais qualquer de suas de grande ruído. Devem dimensões não poderá ser facilmente identificados ser superior a 5,00m e localizados em rotas (cinco metros); III - área acessíveis. máxima de 15,00m2 • Devem possuir superfície (quinze metros com extensão mínima de quadrados); IV - dispor 0,90 m e altura entre 0,90 internamente de m a 1,05 m do piso instalação sanitária de acabado, assegurando-se uso privativo, a ser largura livre mínima sob a considerada no cálculo superfície de 0,80 m. Deve da área máxima referida ser garantida aproximação no inciso anterior. lateral à P.C.R. e • Os acessos às circulação adjacente que bilheterias deverão ser permita giro de 180°. projetados de modo que • Próximo às bilheterias as filas não criem conflito devem ser disponibilizados com o fluxo de acesso às dispositivos organizadores portas principais de de fila, para que as filas de entrada para o público espera não interfiram no acesso de pessoas com mobilidade reduzida e P.C.R.

86 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• Conforme Art. 193, nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 empregados é obrigatória a existência de refeitório, ou local adequado a refeições; • O Art. 194 diz que deve conter piso e parede revestido com material resistente, liso e impermeável; forro de material adequado; água potável; lavatórios individuais ou coletivos; cozinha, no caso de refeições preparadas no estabelecimento, ou local adequado com fogão, estufa ou similar, quando se tratar de simples aquecimento das refeições .

• Conforme Art. 447 parágrafo 1, o refeitório terá área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/10 (um décimo) do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tiver maior número de empregados.

Sendo permitida a redução para 1/20 (um vigésimo) do total de empregados por turno de trabalho, quando for oferecido o benefício de vale-refeição.

• Quando houver refeitório, este deve ser acessível; • Pelo menos 5% das mesas do ambiente devem ser acessíveis a uma pessoa em cadeira de rodas (PCR).

• De acordo com o Art. 38, os auditórios e outros locais de reunião devem ter pé direito mínimo de 6m, podendo ser permitidas reduções até 4m em locais de área menor que 250m²; • Auditórios de capacidades escolares são sujeitos a exigências como área útil não inferior a 0,80m² por pessoa, e ventilação natural ou mecânica de 50m² por pessoa por no mínimo 1 hora.

• As edificações destinadas a locais de reunião que abriguem cinemas, teatros, auditórios e templos religiosos, dotados de assentos fixos dispostos em filas deverão atender aos seguintes requisitos: I - prever número máximo de 16 (dezesseis) assentos na fila, quando tiverem corredores longitudinais em ambos os lados;

• Os corredores de circulação da plateia devem ser livres de obstáculos. Quando apresentarem rampa ou degrau, deve ser instalado pelo menos um corrimão, conforme 4.6.5, na altura de 0,70 m, instalado de um só lado ou no meio da circulação.

SOCIAL

Refeitório

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Auditório

• Admite-se que os corredores de circulação que compõem as rotas acessíveis aos lugares da plateia possuam inclinação máxima de rampa de até 12 %.

87 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

NBR 9050 Acessbilidade

• Os cinemas, teatros, auditórios, centros de convenções, boates, discotecas e assemelhados deverão ser dotados de sistema de renovação mecânica de ar e de instalação de energia elétrica com iluminação de emergência, conforme legislação e normas técnicas de prevenção e combate a incêndios; • Deverão, obrigatoriamente, ser dotados de tratamento acústico, independentemente de sua localização, as boates, discotecas, clubes noturnos e sociais ou outros estabelecimentos de comércio, serviço ou institucional, de qualquer natureza, que apresentem música ao vivo, mecanizada ou qualquer tipo de poluição sonora.

SOCIAL

Auditório

Camarins

Código de Obras de Mogi das Cruzes

• No Art. 137 consta que a área mínima de um camarim deve ser de 4m², e sua ventilação pode ser natural ou mecânica; • Deve haver camarins coletivos e individuais, separados por sexo, com banheiro incluindo bacia, lavatório e chuveiro; • Deve ser colocado 1 banheiro a cada 5 camarins individuais ou a cada 20m² do camarim coletivo.

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• Pelo menos um camarim para cada sexo deve ser acessível; • Quando existir somente um camarim de uso unissex, este deve ser acessível; • Havendo instalações para banho, deve ser prevista também uma superfície para troca de roupas na posição deitada.

88 LEGISLAÇÃO

SOCIAL

SETOR

AMBIENTE

• O Art. 38, diz que nas salas de aula, o valor médio do pé direito deve ser de 3m, permitindo o mínimo de 2,50m em qualquer ponto; • O Art. 102 determina a área mínima de uma sala de 1m² por aluno quando composta por carteiras duplas, e 1,20m² por aluno quando composta por carteiras individuais; • Quanto a ventilação, a sala deve possuir área Sala de Aula mínima igual ou metade da superfície de iluminação, que corresponde a 1/5 da área do piso; • É obrigatória a iluminação natural vinda do lado esquerdo, sendo também permitida a iluminação zenital quando prevenido o ofuscamento.

DML

ADMINISTRATIVO

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Secretaria

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• O Código de Obras de Mogi das Cruzes prevê 1m² por criança nas salas de aula do ensino infantil, com capacidade máxima de 25 alunos, sendo sua área de ventilação mínima de 1/10 e área mínima de iluminação de 1/5; • No caso de salas de aula para ensino fundamental e/ou médio, é previsto 1,20m² por aluno, área de iluminação mínima de 1/5 e ventilação de 1/10; • Em ambos os casos, o pé direito mínimo considerado deve ser de 3m.

• Referente a acessibilidade nas salas de aula, a NBR 9050 prevê pelo menos 1% do total de mesas deve ser acessível a P.C.R., com no mínimo uma para cada duas salas; • No caso de cadeiras universitárias, devem ser disponibilizadas mesas acessíveis a P.C.R. na mesma proporção; • As lousas também devem ser acessíveis e instalaras a uma altura máxima de 0,90m do piso.

• Conforme Art. 71, é obrigatória a existência de depósito de material da limpeza (DML), compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do pessoal de serviço.

• De acordo com o Art. 447, as edificações para usos comerciais e de serviços terão seus compartimentos dimensionamentos, devendo observar o programa mínimo de copas, sanitários, vestiários e Depósito de Material de Limpeza (DML).

• A secretaria e arquivo deve possuir área mínima de 10 m² e pédireito mínimo de 2,70m

• A secretaria deve • A secretaria deve ser possuir áreas mínimas acessível. de insolação e ventilação de 1/10 e 1/20, respectivamente.

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89 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

• A Lei Sanitária também prevê instalações sanitárias para coordenadores, que devem ter, para cada sexo, no mínimo uma Sala de bacia para cada 10 Coordenadore salas de aula, e os s lavatórios devem ser pelo menos um para cada 6 salas de aula.

ADMINISTRATIVO

Sala de Professores

Sala de Reunião

DML

• A Lei Sanitária também prevê instalações sanitárias para professores, que devem ter, para cada sexo, no mínimo uma bacia para cada 10 salas de aula, e os lavatórios devem ser pelo menos um para cada 6 salas de aula.

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• Conforme Art. 71, é obrigatória a existência de depósito de material da limpeza (DML), compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do pessoal de serviço.

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• A sala de coordenadores deve possuir área mínima de 0,10m² pelo total de alunos, sendo 8m² sua área mínima. Quanto às áreas de insolação e ventilação, devem corresponder a 1/10 e 1/20, respectivamente.

• As salas de coordenadores devem ser acessíveis.

• A sala de professores deve possuir área mínima de 0,10m² pelo total de alunos, sendo 8m² sua área mínima.

Quanto às áreas de insolação e ventilação, devem corresponder a 1/10 e 1/20, respectivamente.

• As salas de professores devem ser acessíveis.

• A sala de reuniões deve possuir área mínima de 0,10m² pelo total de alunos, sendo 10m² sua área mínima. Quanto às áreas de insolação e ventilação, devem corresponder a 1/10 e 1/20, respectivamente.

• Os locais de reunião, ou seja, espaços internos ou externos que acomodem grupo de pessoas reunidas para atividades de lazer, cultural, política, social, educacional, religiosa ou para consumo de alimentos e bebidas, devem ser acessíveis.

• De acordo com o Art. 447, as edificações para usos comerciais e de serviços terão seus compartimentos dimensionamentos, devendo observar o programa mínimo de copas, sanitários, vestiários e Depósito de Material de Limpeza (DML).

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90 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

ADMINISTRATIVO

Copa

SERVIÇO

Vestiários

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• As copas-quentes obedecerão às mesmas exigências relativas às cozinhas, com exceção da área, que terá, no mínimo, 4,00 m² e 2,40m de pé direito mínimo.

• A área mínima de insolação e ventilação para essa área deve ser de 0,60m² (1/8).

• Vestiários devem possuir área mínima de 6m².

• Independentemente do sexo, os vestiários devem conter no mínimo bacias e lavatórios na proporção de um para cada 60 homens e um para cada 40 mulheres, mictórios na proporção de um para cada 60 homens, e chuveiros na proporção de um para cada 40 banhistas.

• O Art. 192 diz que os vestiários devem ser separados por sexo, sendo sua área mínima de 0,35m² por empregado e armários de no mínimo 6m².

• O Código de Obras determina uma área mínima de ventilação e insolação de, respectivamente, 0,30m² (1/16) e 0,60m² (1/8).

• Os sanitários e vestiários de uso comum ou uso público devem ter no mínimo 5% do total de cada peça como sendo acessível, sendo no mínimo um. Recomendase também a instalação de uma bacia para uso infantil; • As cabines individuais em vestiários devem ter dimensões mínimas de 1,8m por 1,8m, com superfície para troca de roupa na posição horizontal com dimensões de 0,8m por 1,8m e altura de 0,46m, contendo barra de apoio, espelhos e cabide;

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• Salas referentes ao almoxarifado devem possuir área mínima de 8m², pé direito mínimo de 2,70m, vãos de iluminação mínimos de Almoxarifado 1/10 da área total, e ventilação naturais de 1/20 da superfície do piso.

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91 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

Código Sanitário do Estado de São Paulo

SERVIÇO

• Salas destinadas a manutenção do edifício devem possuir vãos de iluminação e ventilação Sala de naturais, com área Manutenção mínima de 1/6 da superfície do piso, permitindo a aplicação de iluminação zenital.

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

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__

• Conforme Art. 71, é obrigatória a existência de depósito de material da limpeza (DML), compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para DML Central uso exclusivo do pessoal de serviço.

• De acordo com o Art. 447, as edificações para usos comerciais e de serviços terão seus compartimentos dimensionamentos, devendo observar o programa mínimo de copas, sanitários, vestiários e Depósito de Material de Limpeza (DML).

• Conforme Art. 278, todos os estabelecimentos terão, obrigatoriamente, reservatório de água com capacidade mínima correspondente ao consumo diário, Reservatório respeitado o mínimo de Água absoluto de 1.000 litros.

• O Art. 217 diz que, para fins de atendimento da taxa de permeabilidade, poderão ser utilizados os elementos de piso, canteiros e o Reservatório de Águas Pluviais até o limite de 50,00% (cinquenta por cento) da taxa de permeabilidade mínima para o lote, devendo o restante permanecer permeável e vegetado.

Estacionamen to

• As edificações de tipo comercial e serviços devem conter 1 vaga a cada 80m² de área construída, com o pé direito mínimo de 2,30 m.

• Suas dimensões mínimas devem ser 2,40 m de largura por 5,0 m de profundidade.

__

__

• O percurso máximo entre a vaga e o acesso à edificação ou elevadores deve ser de no máximo 50m; • As vagas reservadas devem ser sinalizadas e demarcadas com o símbolo internacional de acesso ou a descrição de idoso, aplicado na vertical e horizontal.

92 LEGISLAÇÃO SETOR

AMBIENTE

SERVIÇO

Estacionamen to

Saída de Emergência

Código Sanitário do Estado de São Paulo

Código de Obras de Mogi das Cruzes

NBR 9050 Acessbilidade

• Se as vagas estiverem posicionadas a 30º, os corredores de circulação devem possuir no mínimo 3,0 m de largura.

Se as vagas estiverem posicionadas a 45º, os corredores de circulação devem possuir no mínimo 3,5 m de largura.

Se estiverem posicionadas a 90º, os corredores de circulação devem possuir 5,0 m de largura; • Conforme Art. 412, as rampas deverão apresentar recuo de 4,00m (quatro metros) do alinhamento dos logradouros, para seu início; declividade máxima de 20% (vinte por cento) quando destinada à circulação de automóveis e utilitários

NBR 9077 – Saída de Emergência em Edifícios • A NBR 9077 especifica que as distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida ou à prova de fumaça) devem ser de 30m a 35m, em caso de o local conter apenas uma única saída, e de 40m a 45m no caso de o local possuir mais de uma saída.

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5. CONCEITUAÇÃO PROJETUAL 5.1

PERFIL DO USUÁRIO

O novo Centro Educacional de Arte e Cultura tem como objetivo atender a estudantes do ensino médio, técnico e superior. Além disso, também assiste famílias e funcionários dos diferentes setores localizados na instituição, como professores, metres da direção, profissionais da limpeza, funcionários da área de administração, coordenadores, especialista da cozinha, supervisor e segurança.

Para realizar projetos e espaços para esse público, seja ele qual for, é necessário entender as suas necessidades e comportamentos, classe social, faixa etária e atividades que os mesmos realizam e realizarão nos diferentes setores deste complexo. De acordo com o estudo já realizado da tipologia do projeto, é possível entender que os usuários ocuparão espaços diferente conforme sua realidade e necessidade, diferenciando assim o público alvo do público necessário para o funcionamento do complexo. Tendo isso em vista, foi visto como preciso apresentálos de acordo com essas diferenças.

5.1.1 Público Alvo Como já dito anteriormente, o objetivo do Centro Educacional de Arte e Cultura é toda a comunidade que circunda o bairro de Vila Paulista da Estação, visando atender principalmente estudantes do ensino médio, técnico e superior.

5.1.1.1

Alunos

Os alunos do ensino médio normalmente entram nessa fase aos 15 anos e saem aos 17 anos, totalizando um prazo de três anos de duração. O foco principal se mantém em alunos de classe média ou classe baixa, os quais em sua maioria residem no próprio município de Mogi das Cruzes em que o projeto está situado, ou até mesmo o público intermunicipal, mais voltado para a área do Alto Tietê. Os alunos terão como opção incluir nos seus planos acadêmicos os cursos técnicos disponíveis no Centro Educacional, sendo eles cursos técnicos em Iluminação Cênica, Iluminação Radialista, Cenografia e Figurino, Técnicas de Palco, Sonoplastia, Atuação, Fotografia e Dança, que tem como objetivo prepará-los para mercado de trabalho no meio artístico performático.

94

Alunos do ensino superior, que geralmente estão entre 17 e 25 anos de idade, também poderão usufruir de cursos técnicos e profissionalizantes do Centro, assim como dos cursos de graduação, que são voltados diretamente ao publico que busca conhecimento dos diferentes tipos de Arte.

Além das salas de aula que os estudantes terão acesso, eles têm disponíveis laboratórios que agregam na sua formação, onde os professores os guiam para esses ambientes para progredir à sua vida acadêmica, como também ao centro de leitura/acervo. Geralmente, uma parcela desses alunos costuma praticar suas atividades ainda em âmbito escolar, por exemplo um aluno que precisa de equipamento para gravar um vídeo para uma aula específica, o Centro Educacional de Arte e Cultura cederá desses equipamentos, possuindo salas de vídeo e de teste cenográfico. Para os estudantes que utilizarem do auditório, estão disponíveis os vestiários divididos para meninos e meninas, para que eles possam trocar de roupa e acessarem seus figurinos.

Todos os três grupos de estudantes, ensino médio, técnico e superior, usualmente são mais independentes e objetivos no que diz respeito à suas respectivas rotinas, onde os mesmos, quando em um dia normal de aula, chegam ao local e já se direcionam às salas de aula ou laboratórios.

Durante os intervalos entre aulas, os alunos costumam buscar o refeitório, onde eles encontram funcionários disponíveis para servi-los, sendo este um espaço no qual os estudantes encontram mesas e cadeiras para realizar suas refeições. Alguns alunos ainda optam por deixar o Centro Educacional para realizar suas refeições fora do complexo. Como é de costume dos tempos modernos, esses alunos tendem a ficar muito tempo conectados em seus aparelhos eletrônicos.

Apesar de buscarem diferentes tipos de aprendizado em diferentes áreas, os alunos convivem em rotinas similares no âmbito escolar, frequentando o complexo nos períodos da manhã, tarde e noite. Até mesmo as famílias que buscam entretenimento em um momento de lazer podem usufruir do espaço nesses mesmos períodos, pelo fato de ocorrerem atividades variadas durante o dia.

95

5.1.1.2

Público Geral e Visitantes

O grupo de familiares é composto por pai, mãe, irmãos e outros membros. Estes, como os estudantes já citados, são de classe média e classe baixa. Os familiares geralmente vão ao complexo para eventos internos como exemplo festas temáticas, palestras, workshops, e apresentações variadas, realizando seu acesso pela entrada principal, que é também por onde os alunos e visitantes entram. Já a comunidade da região, de mesma classe social já citada anteriormente, é composta principalmente pela população dos bairros Vila Paulista da Estação, Braz Cubas, Vila Nova Cintra, abrangendo ainda parte do distrito de Jundiapeba.

Ao sair de tais eventos no complexo, geralmente os grupos de familiares e visitantes tende a realizar alguma refeição no refeitório, que está disponível tanto para o público estudantil quanto para o público geral em horários específicos. Outros espaços que esse grupo busca é área de convivência, que possui mesas de jogos, bancos e poltronas, promovendo o bem estar de quem o usufrui.

5.1.2 Funcionários 5.1.2.1

Setor Escolar

Os funcionários da escola encontram-se na faixa etária média de 25 a 60 anos de idades, e para ocupar seus devidos cargos, eles precisaram de formação em sua área de atuação. Estas são de classe média, de qualquer gênero, incluindo também os funcionários da recepção, secretaria, direção geral, coordenadores voltados aos ensinos médio, técnico e superior, assim como os professores de todos os ensinos.

O profissional da recepção geralmente chega à instituição antes dos alunos e visitantes, realizando suas refeições na copa para funcionários e, logo após, iniciam sua jornada de trabalho. Neste local, o funcionário tem o controle de quem chega à escola com o intuito de falar com algum professor, diretor ou coordenador, por eventuais situações. Dessa forma o indivíduo é instruído pelo recepcionista a esperar ou mesmo dirigir-se a sala referente ao funcionário competente a responder sua dúvida ou problema. Esse profissional trabalha em uma mesa com computador e telefone, onde ele consegue ter contato com o diretor e coordenadores da instituição, assim como a área administrativa.

96

Na direção geral se encontra o responsável pela escola, que geralmente entre os 45 e 60 anos de idade. Suas funções são voltadas a manter a instituição em ordem, sendo responsável também por supervisionar e orientar os professores. O diretor da escola, como líder dessa instituição, está diretamente ligado ao incentivo de projetos ativos, com foco em sempre implementar novos horizontes para os alunos. O diretor da escola além de ficar na sua sala também costuma caminhar pelas dependências escolares, buscando a convivência mais direta com os alunos, facilitando o entendimento das necessidades deles.

Os coordenadores pedagógicos têm como função principal melhorar as práticas dos professores na formação continuada da escola, equilibrando e hierarquizando propostas e competências pedagógicas. Cabe também ao coordenador acompanhar, supervisionar e assessorar as atividades curriculares. Os funcionários da coordenadoria, tanto do ensino médio quanto do ensino técnico e superior, passam o dia em seus escritórios, disponíveis para prestar assistência aos professores e alunos em sua maioria.

Os professores geralmente chegam a escola e passam na copa realizando algum tipo de refeição rápida ou até mesmo organização breve de seus materiais antes das aulas, sendo este o recinto onde todos os docentes se encontram e conversam entre si sobre a didática das aulas, as matérias que eles aplicam aos alunos, as diferenças entre os ensinos etc. Após sair da sala dos professores, eles se direcionam para as suas respectivas classes, e lá passam todo seu planejamento para seus alunos de acordo com a sua organização. Esses mentores levam também os alunos para os laboratórios como uma maneira de dinamizar o assunto dado, possibilitando a realização de aulas práticas.

5.1.2.2

Setor de Serviços

Os funcionários desse grupo estão voltados aos serviços técnicos do complexo, sendo constituído geralmente por pessoas que não possuem ensino superior, de classe média-baixa e classe baixa. Os funcionários da área manutenção usualmente se locomovem até a instituição por meio de transporte público. Ao chegar no âmbito de trabalho eles se direcionam ao vestiário, onde trocam de roupa e vestem o uniforme, se direcionando em seguida ao relógio de ponto. Logo após, os mesmos

97

iniciam sua rotina de trabalho que consiste em reparar os danos necessários apontados no decorrer do dia. Assim como os funcionários responsáveis pela cabine de projeção do auditório, esse grupo possui carga horária menor do que dos outros funcionários do setor de serviço.

5.2

FLUXOGRAMAS

O principal objetivo do desenvolvimento de um fluxograma é o aprofundamento do projeto, de forma a analisar os fluxos e caminhos que tanto os visitantes quanto os funcionários do complexo irão realizar em seu dia a dia. As Figuras 77, 78, 79, 80 e 81 nas páginas seguintes demonstram os 5 fluxogramas desenvolvidos.

O primeiro (Figura 77) se trata de um fluxograma geral do Centro Educacional, de maneira a mostrar todos os seus ambientes e a qual setor cada um pertence, como apontado na legenda. Já a Figura 78 apresenta o fluxograma do setor de serviço, constituído pelo depósito de lixo, DML central, almoxarifado, sala de manutenção e o reservatório de água.

Os últimos 3 fluxogramas (Figuras 79, 80 e 81) representam ambientes já inclusos nos fluxogramas anteriores, porém de maneira mais detalhada. Julga-se importante o detalhamento desses ambientes, pois os mesmos são compostos de alguns subambientes, como será apresentado no Programa de Necessidades mais à frente.

98 Figura 77: Fluxograma Geral

Fonte: Maria Laura Guazzelli

99

Figura 78: Fluxograma Setor de Serviço

Fonte: Maria Laura Guazzelli

Figura 79: Fluxograma Refeitório e Cozinha Industrial

Fonte: Maria Laura Guazzelli

100 Figura 80: Fluxograma Cineteatro/Auditório

Fonte: Maria Laura Guazzelli

101

Figura 81: Fluxograma Centro de Leitura/Acervo

Fonte: Maria Laura Guazzelli

102

5.3 ORGANOGRAMA O principal objetivo de um organograma é demonstrar quais os setores de maior prioridade na implantação do projeto a ser executado. A seguir, na Figura XX, é demonstrado o esquema hierárquico dos setores do Centro Educacional, tal qual seus ambientes.

O setor acadêmico se apresenta como o mais importante do projeto, pois é dele que se ramificam as outras áreas dentro da área implantada, como por exemplo o Cineteatro e o Centro de Leitura. O refeitório se encontra centralizado, por ser um ambiente que será utilizado por todos os tipos de usuários que transitarão pelo complexo, de forma a conectar todos os ambientes ao seu redor. Já o setor administrativo, um pouco abaixo, serve como base e apoio aos outros setores, pois nele ocorrem atividades que organizam e estabelecem formas diferentes de lidar com as inúmeras situações decorridas no âmbito acadêmico e cultural. Por fim, o setor de serviço auxilia todo o complexo, prestando ajuda e manutenção quando necessário.

Figura 82: Organograma Esquemático

Fonte: Maria Laura Guazzelli

103

5.4 AGENCIAMENTO Tabela 6: Agenciamento SETOR ACADÊMICO

CONVIVÊNCIA

ADMINISTRATIVO

- Salas de Aula (6)

- Cineteatro/

- Recepção

- Depósito de

- Salas Multiuso

Auditório

- Secretaria

Material de

- Estúdio p/ Estudo

- Refeitório

- Direção Geral

Limpeza (DML)

Vocal

- Centro de

- Sala de

Central

- Sala p/ Estudo de

Leitura/Acervo

Coordenadores

- Almoxarifado

Figurino

- Telecentro

(Graduação)

- Sala de

- Sala p/ Estudo

- Praças de

- Sala de

Manutenção

Prático de Confecção

Convivência

Coordenadores

- Depósito de

- Sala p/ Estudo de

- Pátios

(Técnico)

Lixo

Maquiagem

Cobertos

- Sala de

- Estacionamento

Professores

- Reservatório de

(Graduação)

Água

- Sala p/ Estudo de AMBIENTES Sonoplastia - Sala p/ Estudo

- Sala de

Luminotécnico

Professores

- Sala de Aula c/

(Técnico)

Computadores

- Sala de Reuniões

- Sala de Projeção

- Copa

- Palco Cenográfico

- Vestiários

- Sanitários

Feminino e

Femininos e

Masculino

Masculinos - Depósitos de Material de Limpeza Fonte: Maria Laura Guazzelli

SERVIÇO

104

6. PROPOSTA PROJETUAL 6.1 CONCEITO 6.1.1 Acampamento Acampamentos são locais geralmente próximos a natureza, aconchegantes, compostos por tendas, barracas e infraestrutura toda levada pelos usuários, no caso os campistas. Conhecido como uma prática de lazer e relaxamento, o campismo é uma prática comum entre aqueles que buscam um momento de conexão com a natureza, longe de aparelhos eletrônicos e da rotina conturbada do dia-a-dia.

Outro ponto positivo do campismo é o aprendizado de valores que são levados para outros âmbitos da vida, como a solidariedade, prestatividade, educação e cooperação em grupo. Dito isso, as características de um acampamento serão implementadas no projeto de forma objetiva, através de volumetrias semelhantes a tendas, barracas e fogueiras, com grande presença de vegetação, e subjetiva, trazendo conforto, incentivando a união da comunidade e a prática dos valores citados anteriormente.

6.1.2 Transparência O uso da transparência no projeto se da à forma como este elemento sugere clareza e até mesmo movimento, se utilizado da forma correta. Ajudando a criar certa conexão entre as edificações que compõem o complexo, a transparência pode ser utilizada ainda ao dar novas dimensões aos ambientes, tornando-os até mesmo mais complexos.

6.1.3 Neuroarquitetura O termo “neuroarquitetura” se refere aos estudos ligados a neurociência quando aplicados na arquitetura, ou seja, quando o ambiente em que estamos afeta nosso cérebro. Tendo em vista que os ambientes que ocupamos estão ligados diretamente à nossas memorias, já que passamos 90% do nosso tempo em lugares construídos por seres humanos, não se deve esquecer de projetá-los de forma adequada, considerando o impacto desses locais em nossa vivência.

105

Visto que, quando aplicado de forma eficaz, a neuroarquitetura pode mudar de forma positiva a qualidade de vida do usuário, este conceito será aplicado de modo geral em todos os setores do projeto. Visando estímulo de produtividade, foco e desempenho, principalmente no setor acadêmico, este conceito vem com a função de conectar todos os conceitos projetuais anteriores, de forma a transformá-los em ideias bem aplicadas e eficazes no subconsciente de seus utentes.

6.1.4 Direção e Movimento Voltando agora ao urbanismo, a direção mostra os caminhos, tendo influência direta no olhar do ser humano. Já o movimento da vida a esses caminhos, trazendo dinamicidade ao projeto urbanístico, claro sem deixar de lado sua funcionalidade.

6.1.4.1

Traffic Calming

Como o próprio nome já sugere, o Traffic Calming (acalmar o trânsito, em português) serve como uma estratégia urbana de melhorar o tráfego de veículos em áreas de maior movimento por meio de medidas construtivas, conceito criado por Sir Alker Tripp, na Inglaterra.

Podendo ser trabalhada de várias formas, neste projeto em específico serão utilizadas estratégias que valorizam os pedestres e ciclistas ao invés de carros, criando políticas de ciclomobilidade na área circundante ao complexo, com ciclovias e caminhos largos para a circulação, atrelados diretamente ao tráfico de pessoas que saem da estação de trem e utilizam os pontos de ônibus próximos. Dessa forma, essa cultura de valorização de pedestres e do bem-estar físico da comunidade se torna cada vez mais presente, principalmente por se tratar de uma área próxima a residências.

106

6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO Figura 83: Painel Semântico Arquitetônico

Fonte: Maria Laura Guazzelli

107

6.3 PARTIDO URBANÍSTICO Figura 84: Painel Semântico Urbanístico

Fonte: Maria Laura Guazzelli

108

6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES PROGRAMA DE NECESSIDADES AMBIENTE

GRADUAÇÃO - ARTES CÊNICAS

ACADÊMICO

SETOR

FUNÇÃO

QUANT.

Sala de Aula

Local onde ocorrerão as aulas teóricas, separadas de acordo com o módulo em que o aluno está cursando no momento.

10

Sala Multiuso

As salas multiuso são destinadas a todas as aulas que demandam maior espaço para a sua prática, como por exemplo as aulas de Ritmo e Música, Dança e Coreografia, entre outras.

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Carteiras, mesa, cadeira, armários e quadro branco.

41m² cada

410m²

7

Armários, guardavolume, espelhos e quadro branco.

80m² cada

560m²

Estúdio p/ Estudo Vocal

Salas destinadas ao uso específico de aulas práticas vocais, como as de canto, dublagem e locução, quando necessitarem de algum tipo de gravação.

1

Cadeiras, mesas, equipamentos musicais como mesa de som, microfones, fones e caixas de som.

30m²

30m²

Sala p/ Estudo de Figurino

Sala destinada ao estudo prático de figurinos.

1

Araras, mesas, máquinas de costura, cadeiras.

30m²

30m²

1

Mesas, cadeiras, armários, prateleiras, bancadas.

60m²

60m²

1

Bancadas, espelhos iluminados com LED, cadeiras, armários, prateleiras.

41m²

41m²

Sala destinada à confecção de projetos Sala p/ Estudo Prático manuais, que demandam espaços maiores de Confecção e livres para trabalhar.

Sala p/ Estudo de Maquiagem

Sala destinada à aulas práticas de aplicação de maquiagem

MOBILIÁRIO

109 AMBIENTE

GRADUAÇÃO - ARTES CÊNICAS

ACADÊMICO

SETOR

FUNÇÃO

QUANT.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Sala p/ Estudo de Sonoplastia

Sala para aplicação prática de estudos dos alunos do curso de graduação em Artes Cênicas de sonoplastia, assim como gravação quando professor julgar necessário. Este ambiente também será utilizado por alunos do curso técnico em Sonoplastia.

1

Material sonoplasta, mesas, microfones, cadeiras, aparelho projetor e caixa de som.

30m²

30m²

Sala p/ Estudo Luminotécnico

Sala destinada ao estudo luminotécnico voltado para palcos e estúdios de gravação televisiva. Este ambiente também será utilizado pelos alunos dos cursos técnicos em Iluminação Cênica e Iluminação Radialista.

1

Mesas, cadeiras, olofotes, mesa de controle de iluminação.

90m²

90m²

Sala de Aula c/ Computadores

Sala destinada ao estudo prático de softwares para a disciplina do curso de graduação em Artes Cênicas de arte digital virutal e imersiva. Este ambiente também será utilizado por alunos do curso técnico em Fotografia.

1

Mesas, cadeiras, computadores e equipamentos específicos.

30m²

30m²

Sala de Projeção

Sala com projetores para a utilização de professores e alunos, caso necessário para uma apresentação. Também será utilizada por alunos durante a disciplina de teledramaturgia. Utilizada também pelos alunos e professores dos cursos técnicos.

2

Projetor, caixa de som, mesas e cadeiras.

41m²

82m²

Palco Cenográfico

Local destinado à prática das disciplinas de cenografia, criação de cena e iluminação teatral. Utilizado também pelos alunos dos cursos técnicos em Cenografia e Figurino.

1

Materiais cenográficos, cadeiras, mesas, peças para montagem.

120m²

120m²

110 AMBIENTE

CURSOS TÉCNICOS

ACADÊMICO

GRADUAÇÃO - ARTES CÊNICAS

SETOR

FUNÇÃO

QUANT.

Sanitário Feminino

Espaço destinado ao uso do sanitário feminino, restrito para as alunas do curso de graduação.

1

Sanitário Masculino

Espaço destinado ao uso do sanitário masculino, restrito para os alunos do curso de graduação.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Cuba com pias e box de sanitários.

20m²

20m²

1

Cuba com pias e box de sanitários.

20m²

20m²

DML

Local destinado ao armazenamento de produtos utilizados na limpeza dos ambientes acadêmicos do curso de graduação.

1

Prateleiras, armários, tanque e suporte para vassouras e rodo.

2,5m²

2,5m²

Salas de Aula

Local onde ocorrerão as aulas teóricas, separadas de acordo com o módulo em que o aluno está cursando no momento.

10

Carteiras, mesa, cadeira, armários e quadro branco.

41m² cada

410m²

Sala Multiuso

As salas multiuso são destinadas a todas as aulas que demandam maior espaço para a sua prática, como por exemplo as aulasdos cursos técnicos em Dança, Cenografia e Figurino e Atuação.

2

Armários, guardavolume, araras, espelhos e quadro branco.

80m² cada

160m²

Sanitário Feminino

Espaço destinado ao uso do sanitário feminino, restrito para as alunas dos cursos técnicos.

1

Cuba com pias e box de sanitários.

20m²

20m²

111 AMBIENTE

CURSOS TÉCNICOS

ACADÊMICO

SETOR

Sanitário Masculino

Espaço destinado ao uso do sanitário masculino, restrito para os alunos dos cursos técnicos.

DML

Subambientes (Cineteatro/Auditório)

QUANT.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

1

Cuba com pias e box de sanitários.

20m²

20m²

Local destinado ao armazenamento de produtos utilizados na limpeza dos ambientes acadêmicos dos cursos técnicos.

1

Prateleiras, armários, tanque e suporte para vassouras e rodo.

2,5m²

2,5m²

Local destinado a apresentação de eventos culturais , como musicais, concertos, palestras, entre outros, destinado aos alunos e a comunidade.

1

Poltronas, caixa de som.

400m²

400m²

Palco

Área destinada a apresentação principal de algum evento. Este ambiente também será utilizado pelos alunos dos cursos de graduação e cursos técnicos.

1

Elementos de áudio, como amplificadores, microfones, estante de partitura, entre outros.

40m²

40m²

Camarins

Espaço para os convidados, para que possam se arrumar e se preparar antes e depois da apresentação. Geralmente também serve como áreas de descanso e relaxamento, com uma pequena copa.

3

Poltrona de descanso, penteadeira, armário e balcão.

15m² cada

45m²

Cineteatro/Auditório

CONVIVÊNCIA

FUNÇÃO

112 AMBIENTE

Subambientes (Cineteatro/Auditório)

CONVIVÊNCIA

SETOR

FUNÇÃO

QUANT.

Sanitários p/ Camarins

Espaço destinado a higiene pessoal, restrito aos convidados e divididos entre feminino e masculino.

2

Sanitários p/ Público

Espaço destinado ao uso dos visitantes e espectadores de eventos, dividido entre feminino e masculino.

Sala de Comando

Depósito de Materiais

Refeitório

Cozinha Industrial

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Cuba com pias, box de sanitários e ducha.

20m² cada

40m²

2

Cuba com pias e box de sanitários.

20m² cada

40m²

Local onde são realizadas atividades como regulagem de som, projeção, multimidia e luz para o palco.

1

Aparelhagem de som e imagem, computador, mesas e cadeiras.

10m²

10m²

Destinado ao armazenamento de equipamentos cenográficos.

1

Armários e prateleiras.

7m²

7m²

Espaço para a socialização, desenvolvimento das noções de cidadania e alimentação dos alunos.

1

Mesas, cadeiras, bancadas.

240m²

240m²

Local destinado ao preparo das resfeições para os alunos e visitantes.

1

Mobília separada por subambiente.

42m²

42m²

113 AMBIENTE

Subambientes (Cozinha Industrial)

CONVIVÊNCIA

SETOR

FUNÇÃO

QUANT.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

2,5m²

2,5m²

Estoque

Armazenar e regular produtos e mercadorias.

1

Prateleiras e estantes.

Área de pré-preparo

Ambiente designado ao pré-preparo de vegetais e carnes, separadamente, ao qual são realizados cortes, lavagem, tratamento e preparo desses alimentos.

1

Mesa de inox, moedor, cortador, refrigeradores, tanque para higienização.

4m²

4m²

Área de Preparo

Espaço de preparo de refeições.

1

Mesa de inox, cuba, fogão, cortador de frios, refrigeradores.

4m²

4m²

Área de cocção

Cozinhar os alimentos mediante à utilização de calor, processamento térmico dos alimentos com o objetivo de obter sua prepação final.

1

Fogões, chapas, coifa, fornos, fritadeiras, resfriadores, bancadas.

4m²

4m²

Área de montagem

Área separada para montar e finalizar as refeições a serem servidas.

1

Balcões.

4m²

4m²

Área de higienização dos funcionários

Higienizar as mãos dos funcionários para o preparo dos alimentos.

1

Cuba com pia e armários.

2,5m²

2,5m²

Área de higienização dos utensílios

Área separada para a limpeza dos utensilios de cozinha.

1

Mesa de inox, cuba, maquina de lavar louças, prateleiras.

4m²

4m²

114 AMBIENTE

FUNÇÃO

QUANT.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Armazenamento de secos

Local designado ao armazenamento de alimentos secos.

1

Armários e prateleiras.

3m²

3m²

Armazenamento de frios

Local designado ao armazenamento de alimentos frios em temperatura controlada.

1

Refrigeradores.

5m²

5m²

Centro de Leitura/Acervo

Local público onde se encontra acervos de de livros, documentos, e demais publicações para o público estudar, ler e consultar tais obras.

1

Mobília separada por subambiente.

215m²

215m²

Acervo Diversos

Local destinado ao armazenamento de livros e obras de conteúdo diverso, tanto os de assuntos específicos destinado aos alunos, quanto os de assuntos gerais destinados a comunidade.

1

Estantes e expostirores verticais.

100m²

100m²

Setor Internacional

Local destinado ao armazenamento de livros e obras internacionais, como forma de impulsionar o aprendizado em diferentes idiomas.

1

Estantes e expostirores verticais.

50m²

50m²

Área de Leitura

Área destinada à leitura e estudo, sendo um espaço coletivo para alunos e a comunidade.

1

Mesas e cadeiras.

50m²

50m²

Subambientes (Centro de Leitura/Acervo)

CONVIVÊNCIA

Subambientes (Cozinha Industrial)

SETOR

115

CONVIVÊNCIA

AMBIENTE

FUNÇÃO

QUANT.

Área de Estudo Individual

Área destinada à leitura e estudo individual, onde há maior concentração.

1

Guarda-volumes

Local destinado ao armazenamento de materiais e objetos pessoais.

Sanitários

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Mesas e cadeiras.

40m²

40m²

1

Ármários individuais.

25m²

25m²

Espaço destinado ao uso dos visitantes, dividido entre feminino e masculino.

2

Cuba com pias e box de sanitários.

20m² cada

40m²

Local destinado tanto aos alunos quanto a comunidade visitante, tendo como função fornecer energia e computadores com acesso à internet.

1

Mesas, cadeiras, computadores e equipamentos específicos.

30m²

30m²

Praça de convivência

Área ao ar livre, destinada a convivência, lazer e integração dos alunos da Instituição, em período de pré e pós aula.

6

Bancos.

150m² cada

900m²

Pátio Coberto

Local fechado destinando a convivência, lazer e integração dos alunos da Instituição, em período de pré e pos aula.

2

Bancos, bebedouros, jogos de mesa como pebolim, damas e xadrez.

90m² cada

180m²

Subambientes (Centro de Leitura/Acervo)

SETOR

Telecentro

MOBILIÁRIO

116

ADMINISTRAÇÃO

SETOR

AMBIENTE

FUNÇÃO

QUANT.

Recepção

Local cuja função é acolher os familiares e a comunidade que adentra o complexo. Está presente no local de fluxo principal de entrada e saída dos alunos.

1

Secretaria

Espaço destinado a manter os registros, arquivos e documentação de alunos e funcionários.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Bancos e cadeiras de espera.

20m²

20m²

1

Mesas, cadeiras, computadores e armários.

15m²

15m²

Direção Geral

Local destinado ao diretor, o qual lidera e organiza o trabalho de todos os funcionários, principalmente dos professores.

1

Mesas, cadeiras, armários e estantes.

10m²

10m²

Sala de Coordenadores Graduação

Sala do responsável pela coordenação de ensino superior, atuando junto ao diretor, como forma de auxiliar os professores, atraves de reuniões e práticas de ensino.

1

Mesas, cadeiras, armários e estantes.

10m²

10m²

Sala de Coordenadores Técnico

Sala do responsável pela coordenação de ensino técnico, atuando junto ao diretor, como forma de auxiliar os professores, atraves de reuniões e práticas de ensino.

1

Mesas, cadeiras, armários e estantes.

10m²

10m²

Sala dos Professores Graduação

Ambiente de encontro, descanso e planejamento individual e coletivo aos professores do ensino superior, antes ou após as aulas.

1

Sofás, mesa, cadeiras, computador estantes e armários.

53m²

53m²

117 SETOR

AMBIENTE

QUANT.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Ambiente de encontro, descanso e planejamento individual e coletivo aos professores do ensino técnico, antes ou após as aulas.

1

Sofás, mesa, cadeiras, computador estantes e armários.

53m²

53m²

Sala de Reuniões

Ambiente destinado à discussões refentes à atividades escolares e realizações de atividades.

1

Mesa e cadeiras.

30m²

30m²

Copa

Local destinado ao preparo e aquecimento de refeições rápidas, restrito aos professores, coordenadores, diretor, e outros funcionários do setor administrativo.

1

Bancada com pia, geladeira , mesas e cadeiras.

10m²

10m²

Vestiário feminino

Espaço para a troca de uniformes e higiêne pessoal das funcionárias do setor administrativo.

1

Armários individuais, box de sanitários e box com chuveiro.

25m²

25m²

Vestiário maculino

Espaço para a troca de uniformes e higiêne pessoal dos funcionários do setor administrativo.

1

Armários individuais, box de sanitários e box com chuveiro.

25m²

25m²

DML Central

Área destinada ao armazenamento geral de materiais de limpeza e produtos utilizados pela instituição.

1

Prateleiras, armários, tanque e suporte para vassouras e rodo.

6m²

6m²

Almoxarifado

Área destinada ao armazenamento de materiais, utensílios e produtos utilizados por todo o complexo.

1

Armários e estantes.

8m²

8m²

Sala dos Professores Técnico

SERVIÇO

ADMINISTRAÇÃO

FUNÇÃO

118

SERVIÇO

SETOR

AMBIENTE

FUNÇÃO

QUANT.

MOBILIÁRIO

ÁREA MÍN.

ÁREA MÍN. TOTAL

Sala de Manutenção

Local destinado ao armazenamento de equipamentos para a manutenção de objetos em geral.

1

Armários, estantes e bancadas.

5m²

5m²

Reservatório de água

Local destinado a armazenagem de água potavel que será distribuida entre os edifícios.

1

Tanque de bombeamento de água.

31m²

31m²

Depósito de Lixo

Espaço para depositar o lixo recolhido dos ambientes.

1

Lixeiras.

10m²

10m²

Estacionamento

Espaço para estacionar veículos

1

Correntes divisórias.

66 vagas / 11,25m² por vaga

800m²

ÁREA MÍNIMA TOTAL =

5.246m²

119

6.5 ESTUDOS DE MASSA E VOLUMETRIA Figura 85: Estudos de Volumetria

Fonte: Maria Laura Guazzelli

6.6 SETORIZAÇÃO Figura 86: Croqui da Setorização

Fonte: Maria Laura Guazzelli

120

6.7 IMPLANTAÇÃO Figura 87: Croqui da Implantação

Fonte: Maria Laura Guazzelli

121

CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se ao fim do desenvolvimento desse trabalho que a análise do tema em suas diferentes fases é importante, desde seu surgimento até os dias atuais, e sua relevância na região em que está inserido.

A cultura e a arte são as maiores formas de manifestação do ser humano, tendo em vista que ambos representam diferentes formas de pensar e agir diante de uma situação. Centros Culturais naturalmente possuem certo apelo histórico, nos ajudando a entender nosso passado e presente de maneira direta, mostrando o que nos levou a sociedade a qual fazemos parte. Com a implantação de um local onde a história e a arte se comunicam, leva-se a presença de um espaço rico e saudável do ponto de vista educacional e de lazer.

As práticas disponibilizadas no ambiente proposto levam seus usuários a desenvolverem uma relação de maior proximidade ao conhecimento artístico, somada à criação de novos vieses profissionalizantes que ajudam diretamente a comunidade, ao criar empregos e centralizar um novo polo de atividades culturais públicas, que se provam influenciar de maneira positiva quem as usufrui.

As informações contidas neste corpo de trabalho esperam ser o ponto de partida para futuras ações de desenvolvimento e construção.

122

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ARCHELLO. G.W. Annenberg Performing Arts Centre | Studio Seilern Architects | Archello. Disponível em: <https://archello.com/project/gw-annenbergperforming-arts-centre>. Acesso em: 11 abr. 2021.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Decreto-Lei N. 226, De 17 De Abri 1970, 17 abr. 1970. Disponível em: <https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto.lei/1970/decreto.lei-22617.04.1970.html>. Acesso em: 20 abr. 2021 ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. DECRETO No 12.342, Código Sanitário Do Estado De São Paulo, 27 set. 1978. Disponível em: <https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1978/decreto-1234227.09.1978.html>. Acesso em: 26 abr. 2021 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9077, Saídas De Emergência Em Edifícios, dez. 2001. Disponível em: <https://www.cnmp.mp.br/portal/images/Comissoes/DireitosFundamentais/Acessibili dade/NBR_9077_Sa%C3%ADdas_de_emerg%C3%AAncia_em_edif%C3%ADcios2001.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2021 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15599, Acessibilidade - Comunicação Na Prestação De Serviços, ago. 2008. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/sismob2/pdf/field_generico_imagensfilefield-description_21.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2021 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9050, Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços E Equipamentos Urbanos, 2020. Disponível em:

123

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2021 Braz Cubas -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.estacoesferroviarias.com.br/b/brazcubas.htm>. Acesso em: 26 abr.

2021.

Centro Cultural Curitiba - Educação e Cultura | Galeria da Arquitetura.

Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/hardtplanejamento_/centro-cultural-curitiba/4798>. Acesso em: 2 abr. 2021.

Centro Cultural Curitiba / HARDT Planejamento. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/882145/centro-cultural-curitiba-hardtplanejamento?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmarkshow&ad_content=current-user>. Acesso em: 2 abr. 2021.

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. História. Disponível em: <http://centrocultural.sp.gov.br/historia/>. Acesso em: 27 abr. 2021.

Centro Cultural São Paulo | Arquivo Arq. Disponível em: <https://arquivo.arq.br/projetos/centro-cultural-sao-paulo>. Acesso em: 27 abr. 2021.

Centro Cultural Univates - Educação e Cultura | Galeria da Arquitetura.

Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/tartan-arquitetura-eurbanismo_/centro-cultural-univates/1285>. Acesso em: 2 abr. 2021.

124

Centro Cultural Univates / Tartan Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/756294/centro-cultural-univates-tartan-arquiteturae-urbanismo?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmarkshow&ad_content=current-user>. Acesso em: 2 abr. 2021.

Centro de artes performáticas G.W. Annenberg / Studio Seilern Architects.

Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/939632/centro-de-artesperformaticas-gw-annenberg-studio-seilern-architects?ad_medium=gallery>. Acesso em: 11 abr. 2021.

COELHO, J. T. Usos Da Cultura : Políticas De Ação Cultural. Rio De Janeiro-Rj: Paz E Terra, 1986.

COMISSÃO DE DIVISÃO ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA. Lei n. 2.456, De 30 De Dezembro De 1953, 30 dez. 1953. Disponível em: <https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1953/lei-2456-30.12.1953.html>.

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125

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