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PROJETO DE ARQUITETURA UTÓPICA
A L Ngua Negra E A Recostura Da Paisagem
A língua negra é um urgente problema sanitário na praia de Copacabana, cartão postal do Rio de Janeiro, e água dos dejetos ali despejados não deve entrar em contato com os banhistas e frequentadores.
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Dessa forma, a proposta do projeto é uma solução a curto prazo para ressignificar o uso desse espaço e evitar o contato das pessoas com a mancha, enquanto não há a revisão das tubulações de drenagem de esgoto. O principal partido do projeto é reverter a cisão espacial causada pela língua negra na praia de copacabana. A solução formal é dada pela inserção de 4 plataformas que pousam na areia acima da língua negra. O acesso á dado por rampas que mimetizam o entorno, permitindo a livre circulação e acesso a cada setor, independente das possíveis mudanças que o corpo arenoso pode sofrer com ventos. IMPLANTAÇÃO



O projeto consiste justaposição de módulos que conectam os dois lados da praia ao mesmo tempo em que permitem uma permanência e multiplicidade de usos. Cada grupo de módulos compõe setores cujos mobiliários induzem usos e atividades diferentes de acordo com sua localização.
MOBILIÁRIO APROXIMAÇÃO

Cada setor possui um mobiliario proprio que tem como objetivo guiar e direcionar o uso de cada espaço. Os mobiliarios permitem modificacoes e ora funcionam como mesa, ora como banco e ora como espreguiçadeira. Isso é essencial para trazer o dinamismo de uso e ocupação ao projeto, permitindo que cada frequentador usufrua do espaço da maneira que desejar.

Corte Transversal
PEÇAS DE MADEIRA UTILIZADAS
18 MÓDULOS DE PISO RIPADO
PINUS CCA 7.5 x 2.5 x 400cm
5x9 UNIDADES DE VIGA
PINUS CCA 7.5 x 2.5 x 400cm
2x13 UNIDADES DE TRELIÇA
PINUS CCA 2.5 x 10 x 400cm
17 UNIDADES DE CAIBRO
PINUS CCA 5 x 10 x 400cm
2x9 UNIDADES DE VIGA
PINUS CCA 5 x 25 x 400cm
4X3 UNIDADES DE COMPENSADO 110 x 220 x 1cm
Cal Ad O
O primeiro grupo de módulos, o setor 1, atua como uma extensão do calçadão voltada pra cidade, e seu mobiliário permite diversas configurações de mesas e bancos entre si, criando assim uma alternativa de permanência além dos quiosques, na orla de copacabana.




Anfiteatro
O setor 2 é próprio para receber eventos e aulas públicas, devido à sua maior extensão e seu mobiliário, que possibilita a formação de uma variedade de configurações de arquibancadas.
Atravessamento
O terceiro setor, surge após analisar a tendência de circulação das pessoas ao longo da praia através da análise nas pegadas na areia, Identificamos um eixo e ele é inserido um módulo único com rampas para que haja uma livre circulação de quem esta correndo, caminhando ou apenas atravessando.
Solar
No setor final, encontra-se um mobiliário que pode ser convertido em espreguiçadeiras e arquibancadas assim como uma cadeira ergonômica, incentivando as pessoas a repousarem e apreciarem a vista devido a maior proximidade do mar.












COMPENSADO 110 x 220 x 1cm
AREIA
PINUS CCA 5 x 25 x 400 cm

ELEVAÇÃO
Piso Ripado Aproxima O
ELEVAÇÃO
Treli A Aproxima O
Cada unidade de treliça se associa às demais por meio da lógica construtiva previamente aplicada, que priorizou evitar o desperdício de material e facilitar a montagem no local.
Isom Trica
PLANTA BAIXA
PLANTA BAIXA ISOMÉTRICA ISOMÉTRICA ELEVAÇÃO
CANTONEIRA PERFIL “L”
40x40x25x3mm





PINUS CCA 2.5 x 7 x 400cm
PINUS CCA 2.5 x 10 x 400 cm
M Dulo
PLANTA BAIXA ESTRUTURA BASE FUNDAÇÃO + TRELIÇA
M Dulo
PLANTA BAIXA ESTRUTURA BASE FUNDAÇÃO + TRELIÇA + CAIBROS
M Dulo
PLANTA BAIXA ESTRUTURA BASE FUNDAÇÃO + TRELIÇA + VIGAS
M Dulo
PLANTA BAIXA ESTRUTURA BASE FUNDAÇÃO + TRELIÇA + VIGAS + PISO RIPADO
INSERÇÃO DE AGUAPÉS
NO CORPO DA LÍNGUA NEGRA
Tendo como objetivo principal mudar a percepção dos pedestres em relação ao local, que apresenta um problema sanitário urbano grave, o projeto conta com a proposta de tratamento das águas despejadas a partir de um sistema de fitorremediação. Essa medida torna-se urgente, para não arriscar a saúde de banhistas, nem a qualidade da água do mar. Além disso, também é necessária e essencial para o pleno desempenho das plataformas propostas.
Para efetuar a fitorremediação são usadas macrófitas flutuantes que agem quase que como filtros para a remoção de microorganismos, especialmente de águas cinza e negra. Esse fenômeno acontece em alagados residuários, onde as plantas, por meio da fotossíntese, produzem a maior parte do oxigênio utilizado por bactérias aeróbicas na degradação da matéria orgânica ali presente. Além disso, outro fator que pode otimizar a eficiência da fitorremediação das águas é a presença de aguapés que aumentam a absorção de água e elementos inorgânicos.
A utilização de plantas aquáticas para o tratamento de água justifica-se por sua intensa capacidade de absorver nutrientes e pelo crescimento acelerado, oferecendo também facilidades na sua retirada e ausência de manutenção.Assim, é essencial para o projeto, visto que com esse processo, o cheiro forte e a cor da língua negra, serão amenizados, tornando-o o ambiente mais agradável.

As peças de madeira que compõem a estrutura foram desenvolvidas de modo a ter suas dimensões moduladas, o que facilita o transporte no caminhão de carga, a montagem no local e por serem parte de um catálogo, também evitam o desperdício de material.

