EVANGELHO SEGUNDO JOÃO

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O EVANGELHO SEGUNDO JOテグ

Profツコ Marcio Candido


CAPÍTULO VI O Evangelho de João O Evangelho de Jesus Cristo segundo João é o mais conhecido, é o livro mais amado do mundo. Essa obra tem induzido muitas pessoas a seguirem Cristo, tem inspirado mais crentes a servirem ao Senhor do que qualquer outra obra


Se considerarmos Lucas "a mais bela obra literária do mundo", João é ainda mais elevada, mais sublime. Ao passo que as suas histórias cativam as crianças, suas lições são insondáveis aos filósofos.


O quarto livro do Novo Testamento, o quarto evangelho. O contraste entre João e os outros três evangelhos, os Sinóticos, é mesmo evidente por

uma

leitura

superficial.

Foi

escrito

originalmente em grego, língua conhecida em todo o mundo.


O quarto evangelho não registra qualquer parábola, menciona somente oito milagres dos quais apenas dois são relatados nos outros evangelhos.

O Evangelho de João é o Evangelho do Filho de Deus.


O AUTOR DO QUARTO EVANGELHO O quarto evangelho foi escrito pelo apóstolo João

(Jo

21:24).

Os

críticos

do

Novo

Testamento, tem posto dúvidas sobre o autor, mas no mesmo plano de erudição se tem sustentado....


...que o escritor deste livro foi o apóstolo João, que como Pedro e Tiago, era um dos três valentes e mais ilustres do Filho de Davi (Mc 3:37; Mt 17:1; 26:27 confrontar com lColl:10a47).


Seu pai, Zebedeu, um pescador com seus filhos no Mar da Galileia, parece homem abastado; possuía, talvez, casa em Betsaida e tinha servos (Mc 1:20). Salomé, a mãe de João (Mt 27:56; Mc 15:40 e 16: 1) foi uma das mulheres que acompanhavam Cristo e Seus discípulos e O serviam com suas fazendas (Mc 15:40,41).


Foi esta mesma mulher, santa e querida, que com outras, na manhã da ressurreição, levou aromas para embalsamar o corpo de Cristo (Mc 16:1). João era, sem dúvida, no início, um discípulo de João Batista. Depois foi escolhido para ser um dos doze apóstolos (Mtl0:2).


Aquele que conhece os corações dos homens, deu a João e seu irmão, Tiago, o nome de Filhos do Trovão (Mc 3:17). Foram assim chamados, talvez, por causa do poder com que testificavam do Cristo; o Trovão, entre os hebreus, dignifica a voz de Deus. João foi conhecido como aquele que Jesus amava (Jo 13:23; 19:26; 20:2; 21:7,20).


Foi a ele que o Mestre confiou o cuidado de Sua querida mãe antes de morrer (Jo 19:26,27). Foi

um

dos

discípulos

que

perseveraram

unanimemente em Jerusalém em oração e súplicas (At 1:13,14). Foi com os outros no dia de Pentecostes, batizado no espírito Santo (At 2:4).


Continuava em constante companhia de Pedro (At 3:4; 4:13; 8:14,17). A história da Igreja concorda que João residia em Éfeso, de onde dirigia a obra das Igrejas. Foi de lá banido para solitária ilha de Patmos "por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo" (Ap 1:9).


Era o mais jovem dos apóstolos do Senhor. Sobreviveu a todos os outros por muitos anos, sendo o único deles que não morreu mártir.


A DATA DO LIVRO DE JOÃO João escreveu seu evangelho, provavelmente, nos anos 85 a 90 D.C., quando todo o Novo Testamento

estava

completo.

De

maneira

extraordinária, seu evangelho leva todos os quatro Evangelhos ao maior grau de glória e de ilustração prática.


Sua primeira epístola é o ponto culminante das epístolas. O Apocalipse é o selo e o apogeu de toda a Bíblia. João, com meio século de experiência, como pastor e evangelista, depois da crucificação, ficou melhor preparado para escrever sua obra acerca do Mestre.


Suas palavras nos abrasam ainda mais, se nos lembrarmos do que ele tinha experimentado quando escreveu. Reclinara a cabeça no seio do Mestre

e

compartilhava

intimamente

os

sentimentos de Seu coração amoroso. Foi ele que seguiu o Senhor ao Seu julgamento, quando todos os outros discípulos tinham fugido (18:15).


Foi o único que ficou ao pé da cruz para receber a mensagem do Salvador antes de expirar. Presenciou a ascensão. Foi um dos cento e vinte discípulos maravilhosamente batizados no Espírito Santo, no glorioso derramamento de Pentecostes.


Acolheu a mãe do Senhor em casa, até ela morrer. Viu a dispensação judaica findar e a destruição da cidade santa. E não foi muito depois dele escrever esse evangelho que lhe foram concedidas as visões vibrantes e preciosíssimas do Apocalipse.


Verdadeiramente, se estudarmos, lembrados do que João tinha visto, do que sentia no coração quando escrevia, desfrutaremos muitas vezes mais das bênçãos e do gozo do Espírito Santo.


TEMA O Evangelho de João é um acervo de testemunhos para provar que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Foi escrito por João em resposta a um apelo da Igreja - que já possuía os outros Evangelhos - para ter as verdades mais profundas.


Foi escrito com a finalidade de promover a vida espiritual da Igreja. Contém a substância da pregação de João à Igreja, são as verdades espirituais que ele havia recebido do Senhor. O propósito de João neste Evangelho é apresentar Cristo a todos os cristãos como o Verbo encarnado de Deus.


JOÃO E OS SINÓTICOS Sinóticos quer dizer: o que dá uma vista geral de tudo ou da parte principal. Os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) são assim chamados porque nos fornecem uma vista geral, ou um resumo, da vida de Cristo. Esses livros narram a vida de Cristo no mesmo esboço geral.


Cada um dos três salienta Seu ministério na Galileia e conta resumidamente a Sua obra na Judéia e na Peréia. O Evangelho de João, ao contrário, dá ênfase ao que fez na Judéia e na Peréia, e abrevia seu relato do que fez na Galiléia. Os pontos de contrastes principais, entre João e os Sinóticos, são:


Sinóticos:

João:

Todos escritos antes de 70 D.C.

Escrito cerca de 90 D.C..

Salientam biografias

Salienta doutrina

Relata muitas parábolas

Não relata nenhuma parábola

Narram 23 milagres

Narra apenas 8 milagres

Enfatizam discursos públicos

Enfatiza entrevistas ocultas

Contam o que Jesus fez

Conta porque fez

Um panorama de Jesus servindo

Uma radiografia da Sua pessoa


Os Evangelhos Sinóticos, falando em termos gerais, contém uma mensagem evangélica para os

homens

missionários.

espirituais,

eram

evangelhos


Depois de terem sido estabelecidas as Igrejas, por meio das obras dos apóstolos, veio uma petição dos cristãos em todas as partes que se lhes desse uma declaração das verdades mais profundas do Evangelho. Para satisfazer esse pedido, João escreveu o seu Evangelho.


É

evidente

que

este

Evangelho

foi,

primeiramente, escrito para os cristãos pelos seguintes fatos: 1 - As doutrinas que contém, concernentes a alguns dos temas mais profundos do Evangelho a preexistência de Cristo, Sua encarnação, Sua revelação ao Pai, a pessoa e a obra do Espírito Santo - indicam que foi escrito para um povo espiritual.


2 - O escritor presume que aqueles aos quais escreve, estão familiarizados com os outros três Evangelhos,

porque

omite

a

maioria

dos

acontecimentos bem conhecidos

da vida

do nosso Senhor, exceto naturalmente, aqueles que se relacionam com a paixão e a ressurreição, sem os quais, nenhum Evangelho poderia ser completo.


O VERSÍCULO CHAVE DO LIVRO Para se desfrutar as riquezas de qualquer livro da Bíblia é necessário possuir, primeiramente a chave do livro. As vezes a chave está na fechadura da porta da frente, como no livro de Atos, esperando que abramos a porta para entrar. A chave do livro de João está bem no fundo:


"Estes, porĂŠm, foram escritos para que creias que Jesus ĂŠ o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20:31).


Não é, todavia, somente no fim do livro de João que se encontra o propósito da obra. No primeiro capítulo está registrado que "Deus nunca foi visto por alguém.


O Filho unigénito que está no seio do Pai, esse o fez conhecer" (versículo 18). O alvo, portanto, dos sublimes "retratos" do filho unigénito, que se encontram no livro de João, é para que os homens conheçam o Pai do Filho Unigénito, Deus.


No

Fragmento Muratoriano consta

apóstolo

João

escreveu

seu

como

o

Evangelho

"solicitando pelos bispos e colaboradores" e somente depois de um tempo de jejum e oração. Não ambicionava lugar entre os literatos de renome, mas antes um lugar para Cristo no coração dos homens.


Escrevia não para divertir os homens, mas para levá-los a convicção, assim como Lucas escrevera para levá-los a confirmação. (Lc 1:3 e 4). Queria que ficássemos convictos do oficio divino e da natureza divina de Jesus. "Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”


AS DIVISÕES DO LIVRO As divisões do livro propostas por vários exegetas

pouco

diferem

uma

das

outras.

Apresentamos a título de ilustração a proposta pelo Dr. C. I. Scofield DD.


Há sete divisões naturais neste Evangelho: I - O prólogo: Jesus o Cristo, é o verbo eterno que se fez carne (1: 1 a 14) II - O testemunho de João Batista (1:15a 34) III - O ministério público de Cristo (1:35 a 12:50) IV - O ministério privado de Cristo a favor dos Seus (13:1a 17:26) V - O sacrifício de Cristo (18:1 a 19:42)


VI - A manifestação de Cristo ressuscitado (20:1 a 31) VII - Epílogo: Cristo o Senhor da vida e do serviço (21:1 a 25)


CONTEÚDO LITERÁRIO I - O prefácio (l:l al8) II - A revelação de Cristo ao mundo, por meio das Suas reivindicações (1:19 a 6:71) III - Rejeição das reivindicações (7:1 a 12:50) IV - A manifestação de Cristo a Seus discípulos (cap. 13 a 17) V - A humilhação e glorificação de Cristo (capítulos 18 a 21)


PREFÁCIO (1:1-18) 1 - A manifestação de Cristo na eternidade (1:1 a 5) 2 - A manifestação de Cristo no tempo (1:6a 18)


Os sinóticos começam sua história, registrando a origem terrestre de Cristo. Mateus e Lucas registram o Seu nascimento Virginal. João toma em consideração que os cristãos em todas as partes estão...


...familiarizados com esses fatos e omitindo o registro da Sua origem terrestre, descreve a Sua origem celeste. Embora João não dê um relato direto do nascimento virginal de Cristo, refere-se indiretamente ao mesmo no versículo 14.


Notem o nome pelo qual João se refere a Cristo: “o Verbo”. Cristo é chamado Verbo, porque como nossas palavras são a expressão de nossos pensamentos e caráter, assim Cristo foi a expressão do pensamento de Deus para nós, de Seu caráter, sim, da Sua própria essência.


II - A MANIFESTAÇÃO DE CRISTO AO MUNDO (l:19 a 6:71) 1 - O testemunho de João Batista (1:19 a 34). João Batista inteirou-se da divindade de Jesus, pelo batismo com o Espírito Santo (1:33);


2 - O testemunho dos primeiros discípulos (1:35 a 51). Natanael foi convencido pela prova de Sua onisciência (1:48 e49); 3 - O primeiro milagre e a purificação do templo (capítulo 2). Seus discípulos se convenceram de Sua divindade quando em seu primeiro milagre transformou a água em vinho (2:11);


Pela purificação do templo e operação de muitos milagres (não registrados) muitos judeus O reconheceram como divino (2:23).


4 - Entrevista com Nicodemos, como divino (3:1 a 21). Jesus revela-se a Nicodemos como divino (3:13-16); 5 - O testemunho de João a seus discípulos (3:22 a 36). Os quatro testemunhos notáveis de João Batista;


6 - O ministério de Jesus em Samaria (4:1 a 43). Jesus

revela-se

como

divino

à

mulher

samaritana (4:26); Os samaritanos aceitam-nO como divino (4:41 e 42). 7 - A cura do Filho do oficial do rei (4:43 a 54). O oficial convenceu-se da divindade de Jesus ao verificar que Sua Palavra era tão eficaz quanto a sua presença (4:53);


8 - A cura do homem paralítico, seguido por um discurso (capítulo 5). Oposição por que chamou a Deus de SeuPai(5:17el8); 9 - Alimentando a multidão; discurso sobre o Pão

da

Vida

(capítulo

6).

Muitos

se

convenceram de Sua divindade pelo milagre dos pães (6:14).


NOTAR: (6:35; 8:12 a 58; 10:9 a 11; 11:25; 14:6; 15:1). Jesus declara ser a revelação completa do grande "EU SOU" do Velho Testamento. ‫ " אהיה אשר אהיה‬- ehyeh-asher-ehyeh"


João como os demais evangelistas, menciona o ministério de João Batista. Sendo que João Batista estava atraindo grandes multidões pelo seu ministério e estava ministrando um rito, que era novo para a religião judaica, isto é, o batismo - as autoridades judaicas sentiram que era do seu dever investigar as declarações desse novo pregador.


Enviaram um comissão para interrogá-lo acerca de sua identidade e autoridade. Humildemente confessa que ele não passa "da voz do que clama no deserto" (1:23); que a sua missão é igual a dos engenheiros daquele tempo da visita de um rei oriental;...


a saber: a preparação dos caminhos ante ele (1:23);

que

simbólico

e

seu típico

batismo do

era

batismo

unicamente que

administrado pelo Messias (1:26 e 27,33).

seria


No dia seguinte, João, como um verdadeiro ministro do evangelho, dirigiu a atenção dos seus ouvintes para Jesus, em vez de atraí-los para si mesmo, dizendo: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Em seguida, revela um dos seus motivos de batizar o Senhor; a saber, para ter uma revelação da Sua divindade (1:30-34).


Não há inveja em João Batista. No dia seguinte, repete a sua mensagem e ensina os seus seguidores a seguirem a Jesus. Um daqueles que ouviu a mensagem foi André, o irmão de Pedro. O outro cujo nome não foi mencionado pode ter sido o autor do Evangelho, João.


André demonstra a realidade da sua experiência espiritual conduzindo seu irmão Pedro ao Messias. Jesus, vendo nesta última pessoa aquele que estava destinado a tornar-se a primeira pedra viva da sua Igreja, dá-lhe o nome profético de Cefas (1:42), Jesus chama em seguida a Felipe, que com entusiasmo testifica a Natanael que encontrou o Messias, Jesus de Nazaré.


Natanael quase não pode acreditar que o Messias

havia

vindo

de

Nazaré,

aldeia

desprezada da Galileia, mas é logo convencido por meio do conhecimento sobrenatural de Jesus que Ele realmente é o Rei de Israel.


Um casamento em Caná dá a Jesus a oportunidade de manifestar o Seu poder. A Sua assistência a tal Cerimônia prova a Sua disposição de ter relações com o povo e de santificar tais reuniões por Sua presença.


Neste caso a alegria do casamento estava em perigo e o dono da festa ameaçado de passar um vexame, tendo-se esgotado o vinho. Maria conhecendo os poderes milagrosos de Seu Filho e desejando, com o seu orgulho natural de mãe, que Ele os manifestasse, informa-O de que não havia mais vinho, sugerindo por tal informação, indiretamente, que Ele o suprisse.


Jesus ternamente lembra-lhe que embora tenha sido sujeito a ela até o tempo do princípio do Seu ministério, as suas relações agora são outras (2:4). Agora Ele é guiado por Seu Pai Celestial,

o

qual

determina

acontecimentos de Sua vida.

todos

os


Os judeus tinham permitido que o espĂ­rito de comercialismo violasse a santidade dos recintos do templo, pois espalhados pelo ĂĄtrio dos gentios, havia vendedores de animais para o sacrifĂ­cio e cambistas de dinheiro.


Tal profanação da casa de Seu Pai, faz com que Jesus expulsasse do templo esses negociantes.

Sendo

que

somente um profeta ou o próprio

Messias

podia

purificar o templo. Os chefes pediram

ao

Senhor

que

provasse a Sua autoridade por um sinal.


Ele lhes dá o sinal da Sua morte e ressurreição. Mais tarde, as Suas palavras referentes a esse sinal foram a base de uma acusação falsa (Mt 26:61).


Os milagres de Jesus tinham atraĂ­do muitos seguidores (2:23), mas Jesus nĂŁo confiava numa fĂŠ que se baseasse meramente em sinais. Um daqueles que foi impressionado por Seus milagres era um dos principais entre os judeus, chamado Nicodemos.


Começou

a

sua

conversação

com

Jesus

reconhecendo que Ele era um Mestre enviado por

Deus.

Jesus

ignorou

os

elogios

e,

inesperadamente, diz a Nicodemos que era necessário nascer de novo.


Parece que Nicodemos estava convencido de que o reino de Deus, proclamado por Jesus, estava prestes a ser inaugurado e, portanto, quis UNIR-SE a esse reino. Jesus por conseguinte, lhe explica que a única maneira de entrar neste reino é ser NASCIDO nele. Nicodemos que era da opinião judaica comum, pensava que o reino viria com grande demonstração exterior.


Jesus mostra-lhe que ele vem pela operação misteriosa

do

Espírito

no

coração

(3:8).

Nicodemos achava, como os judeus em geral, que o reino seria inaugurado pela aparição gloriosa do Messias. Jesus lhe explica que devia ser inaugurado pela morte do Messias (3:14).


Os discípulos de João Batista, vendo que as multidões o abandonavam para reunir-se com Jesus, queixam-se junto ao seu mestre (3:25 e 26). João responde que isto corresponde exatamente ao plano de Deus.


Ele é unicamente o amigo do esposo, quer dizer, aquele que, segundo o costume judaico, pede a mão da moça e prepara as bodas. A sua missão é a de conduzir o esposo (o MESSIAS) à noiva (a nação judaica) (3:29); feito isto, a sua missão esta terminada (3:30).


O capítulo 4 registra a entrevista de Jesus com a mulher de Samaria. O Dr. Torrey apresenta um contraste interessante entre ela e Nicodemos: SAMARITANA

NICODEMOS

Uma mulher

Um homem

Uma samaritana

Um judeu

Uma prostituta

Um Mestre de Israel

Veio ao meio dia

Veio de noite

Confessou a Jesus imediatamente Um discípulo secreto Trouxe uma cidade inteira a Cristo Trouxe (?) a Cristo Uma necessidade comum - O Espírito Santo (João 3:5; 4:14): "Não há diferença".


1ÂŞ parte


O capítulo 5 registra o princípio dos conflitos de Jesus com os judeus concernente aos Seus direitos divinos. Censuram-No por ter curado um homem no dia de sábado. Ele defende-se afirmando que Deus, Seu Pai, está associando a Ele na obra de curar no sábado (5:17).


Por essa razão, e porque Ele não fez nada independente

do

Pai

(versículo

9),

foi

perfeitamente autorizado a curar no sábado a humanidade doente. Em seguida, Jesus reclama alguns direitos surpreendentes.


Afirma ser Ele quem ressuscita os mortos (versículos 21); que tem honra igual à do Pai (versículo 23); que é Juiz de todos os homens (versículos 22 a 27). Como testemunhas de Seus direitos Ele aponta João Batista (versículo 33), as Suas obras (versículo 36) ao Pai


A alimentação da multidão registrada no capítulo 6 marca o ponto máximo da popularidade de Cristo. O povo está tão convencido de ser Ele o profeta, pelo qual esperavam por tanto tempo, que procuram fazê-Lo rei. Mas Jesus recusa essa honra porque não veio para reinar, mas sim para morrer (versículos 25 a 65).


Jesus dá o golpe mortal na Sua popularidade, porque, ao passo que eles crêem que a sua salvação se efetuará por um Messias glorioso, Ele ensina que seria efetuada pela morte do Messias. Antes de tudo, Ele censura-os por buscarem o alimento natural em vez do espiritual (versículos 26 e 27).


Ao lhe perguntarem que deviam fazer para obterem este alimento, Ele respondeu que deviam crer n'Ele (versículos 28 e 29). O povo logo lhe pede um sinal para poder crer n'Ele (versículo 30) e mencionam o fato de Moisés terlhes dado o mana do céu (versículo 31).


Nosso Senhor responde que o maná era simplesmente um símbolo dele mesmo, o verdadeiro mana (versículos 32, 33, 35) e que como Israel rejeitou o maná terrestre, assim rejeitou também o celestial (versículo 36).


Mas embora a nação, em geral, O tenha rejeitado, há um remanescente fiel que vira a Ele (versículo 37), e esse remanescente Ele não lançara fora, porque é a vontade do Pai dar-lhe vida eterna (versículos 38 a 40). Os judeus murmuram ao ver que o Filho de um carpinteiro declarava ter vindo do céu (versículo 42).


Jesus lhes diz que uma revelação divina é necessária para convencê-los da Sua divindade (versículos 44 e 45). Logo em seguida declaralhes como podem obter a vida eterna: comendo a Sua carne e bebendo o Seu sangue, isto é, crendo n'Ele como a expiação dos seus


Jesus então lhes diz que as Sua palavras não devem ser tomadas literalmente, mas de modo espiritual (versículo 63). Notem o resultado desse discurso: um exame nos discípulos de Jesus (vers. 60 a 71).


III - REJEIÇÃO DAS REIVINDICAÇÕES DE CRISTO -(cap.7:lal2:50) 1 - Jesus na Festa dos Tabernáculos (capítulo 7) 2-A mulher adúltera (8:1 a 11) 3 - Discursos sobre a luz do mundo e a liberdade espiritual (8:12 a 59)


4 - A cura de um cego de nascença (capítulo 9) 5-0 discurso do bom Pastor (10:1 a 21) - Jesus na festa da dedicação (10:22 a 42) -Aressurreição de Lázaro (11:1a 46) -8 - Arej eição final de Cristo pela nação (11:47 a 12:50)


Os irmãos de Jesus pedem-lhe que assista à Festa dos Tabernáculos e manifeste as Sua obras ante o povo, porque eles raciocinam que se de fato Ele é o Messias, deve fazer uma proclamação pública de Seus direitos em vez de permanecer

numa

Galileia (7:1a 5).

aldeia

insignificante

da


Até então eles não criam que Ele era de fato o que pretendia ser, mas o tempo veio em que creram (Atos 1:14). Jesus responde que a hora em que Ele tem que ir a Jerusalém, não chegou ainda. Mais tarde Ele foi à festa, em oculto (7:10), para poder evitar as caravanas de peregrinos galileus que O reconheceriam e talvez fariam uma demonstração pública.


Quando Jesus começou a ensinar no templo, o povo admirou-se de Suas pregações, porque eles sabiam que ele não tinha freqüentado as escolas de teologia (7:15).


Jesus

explicou

que

o

Seu

ensino

vinha

diretamente de Deus (versículo 16) e se alguém estivesse realmente disposto a fazer a vontade de

Deus,

verificará

o

Seu

ensino

como

verdadeiro. Depois defendeu a Sua sinceridade, demonstrando que não buscava a sua própria glória (versículo 18).


Olhando o coração deles, vê o ódio para com Ele e acusa-os de violarem a Lei de Moisés (versículo 19). Em seguida defende o ato da cura de um homem no dia de sábado (versículos 21a 24; comparar capítulo 5).


Ao ouvirem Jesus falar tão ousadamente, alguns do povo pensam que possivelmente os chefes O aceitaram como o Cristo (versículo. 26). Outros não podem crer que seja o Messias porque conhecem o lugar de Sua residência e Seus pais (versículo 27). Jesus reconhece que sabem estas coisas, mas replica que ignoram o fato de que foi enviado por Deus (versículo 28).


Alguns recordando os milagres de Jesus, inclinam-se a crer que é o Messias (versículo 31). Os fariseus, ao ouvirem isto, mandam que os oficiais O prendam (versículo 32). Agora Jesus lhes diz que o seu desejo de livrar-se d'Ele logo será cumprido (versículo 33).;


mas que virá o tempo em que buscarão um libertador e não encontrarão nenhum (versículo 34). Durante a Festa dos Tabernáculos era costume dos sacerdotes irem ao tanque de Siloé e tirar água num cântaro de ouro, cantando ao mesmo tempo Isaías 12.


A água então era derramada sobre o altar. Isso era considerado como uma comemoração da água dada no deserto e era o simbólico derramamento do Espírito Santo sobre Israel no futuro.


Provavelmente, foi nesse ponto que Jesus Se proclamou como a Fonte das águas vivas, a rocha ferida da qual o mundo inteiro pode beber (versículos 37 a 39). Ao ouvirem isto, muitos reconheceram que Ele era o Messias (versículo 40), mas outros objetaram que Ele não o podia ser por ter vindo da Galileia.


Os

oficiais

do

templo,

impressionados

e

intimidados por Suas palavras majestosas, nĂŁo O prenderam ( versĂ­culo 46). Os fariseus censuram-no

dizendo

que

nenhum

dos

principais acreditou nele, mais somente o povo ignorante (versĂ­culos 47 a 50).


Neste ponto Nicodemos defende o Senhor, e logo os fariseus afirmam colericamente que segundo as Escrituras nenhum profeta viria da Galileia (7:52). Isto não era certo, porque Jonas e Elias eram daquela região. Os escribas e fariseus trazem à presença de Jesus uma mulher apanhada em adultério e perguntam-Lhe se não deveria ser castigada com a pena imposta pela Lei de Moisés. Era uma tentativa para por o Senhor num dilema.


O Se Ele ordenasse que a mulher fosse liberta, isso seria uma contradição da Sua declaração de que não tinha vindo para destruir, mais sim para cumprir a Lei de Moisés (Mt 5:17). Se dissesse que a mulher deveria ser apedrejada de acordo com a Lei, poderia ser considerado


Nosso Senhor resolve a questão transferindo o caso para a corte da consciência. Nessa corte, seus

inquiridores

descobrem

que

"todos

pecaram e estão destituídos da glória de Deus".


Jesus proclama-Se em seguida a Luz do Mundo - um direito verdadeiramente divino (8:12). Os fariseus

objetam

de

que

o

Seu

próprio

testemunho não prova a verdade de Suas pretensões (versículo 13).


Jesus responde que Ele pode dar testemunho de si mesmo, porque tem um conhecimento perfeito da Sua origem e natureza divinas (versículo

14).

Refere-se

em

seguida

ao

testemunho de Seu Pai (versículo 18); Isto é, aos milagres pelos quais Deus confirmou a palavra de Seu Filho. Jesus então acusa os fariseus de ignorância acerca do Pai (versículo


Apesar de O rejeitarem, o dia virá quando buscarão um Messias (versículo 21) e não O encontrarão. Diz-lhes que, depois de Sua crucificação e ressurreição, quando o Espírito será derramado e obras poderosas realizadas em Seu nome, então eles terão provas em abundância da Sua divindade (versículo 28).


Essas declarações fizeram com que muitos do povo cressem n'Ele (8:30), mas Jesus, vendo a fraqueza da sua fé, exorta-os a continuarem em Sua instrução que os libertará completamente do pecado (versículos 31 e 32).


Alguns dos discípulos escandalizaram-se com isso, porque como judeus consideravam-se homens livres (versículo 33). Jesus explica que a servidão à qual se referiu, é a servidão do pecado (versículos 34 a 37).


O Ele lhes mostra que não são somente de Abraão, porque não executam as obras de Abraão, isto é, obras da fé (versículos 37 a 40). Prova a falsidade da pretensão de serem filhos de Deus (vers. 42).


Diz-lhes que a sua repugnância à verdade e o ódio em seus corações mostram que são filhos do diabo (versículo 44). Desafia-os a convenceLo do pecado ou então crerem em Seus direitos (versículo 46).


Em conseqüência da Sua promessa de isenção da morte espiritual para aqueles que crêem n'Ele, é acusado de exaltar-se sobre Abraão (versículo 53). Jesus responde que Abraão previu

a

Sua

vinda

(versículo

56).

Esta

declaração surpreende os judeus que não


Jesus

afirma

então

a

Sua

preexistência

(versículo 58). Os judeus entendem que isto é uma pretensão dc igualar-sc à Divindade e procuram apedrejá-Lo como um blasfemador (versículo 59).


A cura de um cego por Jesus num sábado ocasiona novamente o ódio dos chefes. Depois de uma tentativa de provarem que Jesus era um pecador, foram confundidos pelos argumentos de um pobre homem sem instrução, que foi curado (capítulo 9).


Provavelmente, para mostrar o contraste entre os falsos pastores que expulsam o homem da sinagoga e os pastores verdadeiros, Jesus pronuncia o discurso registrado em 10:1 a 21 (leia Ezequiel capĂ­tulo 34).


Nos versículos 1 e2 refere-se aos verdadeiros pastores que entram no redil por meio d'Ele mesmo, que é a porta, referindo-se àqueles que tem uma vocação divina. Nos versículos 8, 9, 12, Jesus refere-se evidentemente aos messias e profetas falsos, que enganaram o povo e causaram a sua destruição.


Na Festa da Dedicação, os judeus perguntaram a Jesus se Ele era o Cristo (8: 23 e 24). Jesus responde que as Suas obras e palavras provam que Ele é o Cristo (versículo 25), mas que eles não tinham crido, porque não pertenciam ao Seu rebanho; não obedeceram 'a voz do Pastor Divino (versículos 26 e 27). Jesus descreve em seguida a segurança das Suas ovelhas, e termina com uma declaração de ser Ele um com Deus (versículo 30).


Os judeus procuram apedrejá-Lo por dizer que era igual a Deus. Jesus justifica o Seu direito de chamar-se Filho de Deus por meio de uma citação do Velho Testamento. Ele afirma que naqueles dias os príncipes e juizes às vezes eram chamados deuses (10:34 e 35; SI 82: 6).


Assim, pois, se juizes injustos, representantes temporários de Deus, foram chamados deuses, por que Ele, o Juiz justo e eterno, não podia ser chamado Filho de Deus ? (versículo 36). Ele diz que eles não precisam crer n'Ele se as Suas obras não fossem divinas (versículos 37 e 38).


A sensação causada pela ressurreição de Lázaro (capítulo 11) reúne os sacerdotes e fariseus num concílio com o propósito de determinar a morte de Jesus (11:47). Caifás deseja libertar-se de Jesus por razões políticas.


Argumenta que se for permitido a Jesus continuar o Seu ministério, a Sua popularidade causará um tumulto popular que despertará as suspeitas dos romanos e resultará na perda do poder e ofício dos regentes e em calamidade para a nação.


Assim, sendo, ele argumenta: é melhor que um só homem sofra, em lugar de uma nação inteira (versículos 49 e 50). Isto é o que ele quer dizer por suas palavras, no versículo 50, mas Deus lhe conferiu o significado de profecia da morte expiatória do Messias (versículos 51 e 52).


O capítulo 12, registra dois acontecimentos mencionados pelos outros Evangelistas: A Unção de Jesus e a Entrada triunfal. Durante a Festa da Páscoa, uma petição de alguns gentios que desejam vê-Lo (12:21), evoca uma profecia da Sua morte, que traria a salvação ao mundo gentílico (24).


Depois Ele marca o caminho que os Seus discípulos deviam seguir: o da abnegação e até da morte (versículos 25 e 26). Embora a idéia de uma morte vergonhosa Lhe seria extremamente repulsiva, Ele não recua (versículo 27). Anuncia que a Sua morte será o juízo do mundo e a derrota de satanás (versículo 31), o meio de atrair

a

humanidade

(versículo 32).

enferma

do

pecado


O capítulo 12:37 a 41, registra cm geral o resultado geral do ministério de Cristo a Israel: rejeição da luz, seguida por cegueira espiritual da sua parte. Os últimos versículos deste capítulo contém o último apelo de Jesus à nação.


IV-AMANIFESTAÇÃO DE CRISTO AOS SEUS DISCÍPULOS (capítulos 13 a 17) 1- Discursos de despedida (13 a 17) 2 - A oração intercessora (capítulo 17) O capítulo 13:1 a 17 contém o exemplo supremo da humildade de Cristo. Com pleno conhecimento da Sua divindade (versículo 3), humilha-se amais servil das tarefas, a de lavar os pés de Seus discípulos.


O motivo deste ato é explicado por Ele (versículos 13 a 17); foi feito em grande parte como exemplo aos Seus seguidores para que se humilhassem e servissem uns aos outros. Eles necessitavam dessa lição (vide Lucas 22:24).


Há muitos motivos para duvidar que o Senhor tivesse a intenção de estabelecer uma cerimônia literal de lavar os pés, especialmente sendo costume daquele tempo que o hospedeiro munisse de água e toalha um servo para lavar os pés de seus hospedes, visto que usavam sandálias abertas e os pés naturalmente se sujavam nas caminhadas pelas ruas e estradas poeirentas.


Parece haver aqui um símbolo muito mais profundo, sendo que Cristo fez tudo inteiramente em vista da sua Cruz e Sua função subsequente como nosso Sumo Sacerdote e Advogado à destra do Pai. "Sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai (versículo 1)....


e sabendo que ele tinha depositado em Suas mĂŁos todas as coisas, e que havia saĂ­do de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou os vestidos e, tomando uma toalha, cingiu-se (versĂ­culo 3 e 4).


O contexto aqui, então mostra claramente que o que Ele fez era um símbolo da Sua futura obra Redentora e Sacerdotal. Cremos que aqui estabelecia, simbolicamente, Seu ministério de conservar limpos os pés de Seus santos. "Se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (I João 2:1).


Ele diz a Pedro: "O que Eu faço, não o sabes agora, mas entender-lo-ás mais tarde". Pedro com certeza compreendeu que Cristo ia lavar-lhe os pés literalmente, mas o Senhor indica que o significado deste ato só compreenderia mais tarde, na sua experiência.


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