Revista ENDPF

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IV CONGRESSO NACIONAL DE DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL

Fortaleza – Ceará


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Sumário 6

Editorial

11 Bastidores 13 Logomarca 14 Fortaleza - Origem histórica e vocação hospitaleira 17 Patrocinadores 22 Vantagens e facilidades 24 Show com Tatau 25 Coral da ADPF 26 Programação Científica 28 Painelistas 34 Entrevista - Marcos Leôncio Ribeiro - Diretor Científico do IV CNDPF 36 Matéria de Capa - Policia Federal e os instrumentos de combate à impunidade 41 Tema Central - Artigo de Rodrigo Carneiro 45 Fórum de Debates - Experiência nos Jogos Panamericanos Rio 2007 e preparação para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016 49 Livraria 51 Homenagens 55 Turismo e Serviços 58 Patativa do Assaré 60 Telefones úteis

REVISTA DO IV CONGRESSO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL - ADPF - SHIS QL 14 Conjunto 5 Casa 2 - Lago Sul, Brasília-DF - CEP.: 71640-055, C.P 2099 - Fone: (61) 3221-7077 - Fax: (61)3221-7065 comunicacao@adpf.org.br - www.adpf.org.br DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente - Sandro Torres Avelar; Vice-Presidente - Bolivar Steinmetz; Secretário-Geral - Geraldo Jacyntho de Almeida Júnior; 1º Secretário - Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho; 2ª Secretária - Telma Cavalcante Lino; Tesoureiro-Geral - Ênio Sibidal Camargo de Freitas; 1º Tesoureiro - Valmir Lemos de Oliveira; Primeiro-Suplente - Cláudio Bandel Tusco; Segundo-Suplente - Simone Silva dos Santos; e Terceiro-Suplente Paulo Gustavo Maiurino. CONSELHO FISCAL: Presidente - Alciomar Goersch; Vice-Presidente - Glorivan Bernardes de Oliveira; Membro - Vinícuis da Silva Dantas; Primeiro-Suplente - João José Cury; Segundo-Suplente - Paulo Watanabe; Terceira-Suplente - Maria Lívia Fortaleza. CONSELHO DE ÉTICA: Presidente - José Carlos Fernandes da Silveira Conceição; Vice-Presidente - Sebastião José Lessa; Membro - Fernando Queiroz Segóvia Oliveira; Primeiro-Suplente - Antônio Barbosa Góis; Segundo-Suplente - Waldir Silveira Zacarias; e Terceiro-Suplente - Hélbio Afonso Dias Leite. COMISSÃO DE PRERROGATIVAS: Presidente - Marcos Leôncio Sousa Ribeiro; Membros – Sandro Torres Avelar; Tânia Maria Matos Ferreira Fogaça; Carmen Rocha; Luciana Amaral; Luiz Carlos Nelson Nóbrega; Camilo Graziani; Marco Maciel; Sebastião Lessa; e Arryanne Queiroz. A Revista do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal é uma publicação especial da ADPF com tiragem de 500 exemplares e distribuição gratuita. COORDENAÇÃO E EDIÇÃO: Iara Vidal. REPORTAGEM: Eduardo Cândido. REVISÃO: Alessandro Mendes. PROJETO EDITORIAL: Azimute Comunicação (www.azimutecomunicacao.com.br). PROJETO GRÁFICO, ARTE E DIAGRAMAÇÃO: Marcelo Rubartelly. IMPRESSÃO: Gráfica Envelopel.


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Sandro Torres Avelar Presidente da ADPF


As múltiplas facetas da impunidade A impunidade, tema central do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, é um fenômeno capaz de despertar em pessoas do mundo inteiro, das mais diferentes nacionalidades e culturas, sentimentos como indignação, revolta e desamparo. Pelo senso comum, trata-se da falta de castigo para uma ação considerada imoral, antiética ou errada, a partir de um determinado padrão de comportamento. No meio jurídico, é a não-aplicação de pena imposta a alguém que praticou algum delito. Embora seja um assunto comum em conversas, notícias, obras literárias e telenovelas, há uma desconcertante ausência de estudos e pesquisas científicas sobre a impunidade. Para fomentar o debate desse tema sob o ponto de vista da segurança pública, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) promove o IV Congresso com a participação tanto de Delegados de Polícia Federal como de outros operadores do direito, parlamentares e representantes da sociedade civil organizada. Múltiplas facetas compõem o cenário da impunidade no Brasil. De um lado, há um problema de infraestrutura: a superlotação nos presídios alimenta um círculo vicioso no qual centenas de milhares de mandados de prisão ficam por cumprir porque falta espaço físico para alojar os presos. É notório também o perfil socioeconômico da população penitenciária, em grande parte formada por segmentos desassistidos, o que sinaliza que o sistema penitenciário, em grande parte dos casos, não alcança pessoas com nível social privilegiado. A maioria dos processos criminais que ficam impune envolve os chamados criminosos do colarinho branco, que em grande parcela contam com foro privilegiado. Nesses casos, as investigações passam a ser conduzidas nas instâncias superiores da Justiça, em que as estatísticas mostram que há um índice enorme de processos criminais que prescrevem sem julgamento. Isso porque os nossos tribunais superiores não estão preparados para instruir procedimentos criminais e julgá-los. O resultado é que o índice de prescrição é enorme e o de impunidade, quase que absoluto. Essa impunidade em relação aos crimes cometidos pelos mais favorecidos pode ser explicada pela quantidade exagerada de recursos previstos no Código do Processo Penal, que permite a execução de manobras jurídicas por advogados habilidosos e caros, que acabam prejudicando as condenações. Outras explicações são a pouca vontade política para modernizar a nossa legislação penal e falta a necessidade de transparência e de prestação de contas dos operadores do sistema e de formas de controle social da nossa justiça.

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Ao longo dos três dias do Congresso, tentaremos apresentar respostas para a questão da impunidade por meio de debates e trocas de experiências realizadas em seis painéis. Estarão na pauta assuntos como produção legislativa; reforma do Código do Processo Penal; relação entre os órgãos do sistema de persecução criminal; combate à exploração sexual, aos crimes transnacionais, à corrupção e ao crime organizado; e a construção da Polícia Federal como polícia republicana. No Fórum de Debates, trataremos da questão da segurança em grandes eventos, de olho nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Os Delegados de Polícia Federal têm grande interesse em contribuir com a organização de ambos os eventos. Das 27 unidades da federação, 17 contam com um representante da nossa categoria à frente da segurança pública. Entre as 12 cidades-sede escolhidas para sediar jogos da competição, apenas quatro não têm um delegado federal na gestão da segurança pública estadual ou distrital. Para concretizar essa empreitada, contamos com os patrocinadores – CBF, Souza Cruz, Banco do Nordeste, Caixa, Petrobras e Governo do Estado do Ceará – e apoiadores institucionais – PF, SNJ/Ministério da Justiça, AGU, Assembleia Legislativa do Ceará, Câmara Municipal de Fortaleza,

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Fundação Konrad Adenauer, Fenavist, CNSeg e Editora Fórum. Merece destaque também a colaboração das entidades parceiras – SINDPF-NE (Presidente Antonio Barbosa Gois), FunPF, Adepol do Brasil, Fenadepol, Ajufe, Associação Cultural Artigo 5º e Congresso em Foco. Além, é claro, dos nobres colegas da Comissão Executiva do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Delegados de Polícia Federal Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, da Comissão Executiva Nacional, e João Cesar Bertosi, da Comissão Executiva local.

Sandro Torres Avelar Delegado de Polícia Federal Presidente da ADPF - Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal


Pedras no céu e estrelas no chão É motivo de muito orgulho e satisfação para a Diretoria Regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) do Ceará recepcionar os participantes do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal. Os congressistas desembarcam em nossa bela capital com o nobre propósito de debater um assunto de extrema relevância para todos os brasileiros: a Polícia Federal como instrumento de combate à impunidade. A escolha de Fortaleza como sede de mais esse encontro é o reconhecimento do nosso bom trânsito e acesso às estruturas do Governo do Estado, fruto de nossa atuação institucional séria e comprometida. Pesou também os atributos da nossa cidade, que atualmente é um dos principais destinos para a realização de eventos no país. Em nossa missão como servidores públicos, nós, Delegados de Polícia Federal, temos que ter em mente a razão da nossa existência: proteger o Brasil para promover justiça enfrentando o crime lá na sua trincheira mais imprevisível, para evitar que a coisa pública se transforme em cosa nostra. No cumprimento dessa tarefa, cito o artista pernambucano Antonio Nóbrega: “As pedras no céu e as estrelas no chão”. As pedras representam as agruras profissionais que nossa categoria tem que enfrentar no dia a dia do ofício. Essas dificuldades não deixarão de se abater sobre nós e, por essa razão, devem estar acima de nossas preocupações, inalcançáveis, para que não nos retirem do caminho que escolhemos, que é o de proteger o nosso país. Já as estrelas, os louros e as glórias devem cair por terra, ficar no chão. Pois, em nossa rotina, não há lugar para privilégios. Sejam bem-vindos a Fortaleza! Aproveitem nossas belezas! Delegado de Polícia Federal João Cesar Bertosi Diretor Regional da ADPF/CE

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Bastidores

Os profissionais

por trás do evento

Nesta seção, você vai conhecer os integrantes da Diretoria Executiva, órgãos auxiliares, funcionários da ADPF, parceiros, colaboradores e fornecedores que transformaram em realidade o IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal

EQUIPE DA ADPF O Presidente, Delegado de Polícia Fede-

À frente da Secretaria da Comissão Organizadora estão Fátima Sousa e Patrícia

ral Sandro Torres Avelar, é o idealizador e

Evangelista, secretárias da ADPF. Fáti-

Coordenador Geral do IV CNDPF. Em 2010, ele

ma atende a Presidência e a Diretoria de

encerrará duas gestões consecutivas à frente

Assuntos Jurídicos e Patrícia assessora a

da ADPF e fechará com chave de ouro sua

Diretoria Regional da Associação no Distrito

passagem pela entidade representativa dos

Federal. A dupla, com muita dedicação e

Delegados de Polícia Federal.

compromisso, conciliou as atividades do dia

O Diretor de Prerrogativas, Delegado de Po-

a dia e cuidou de cada uma das mais de 300

lícia Federal Marcos Leôncio Sousa Ribeiro,

inscrições feitas pelos participantes e do

é o encarregado da Coordenação Executiva

atendimento aos convidados.

do Congresso e liderou a equipe de colabora-

Em Fortaleza, Andréa Lucas Walraven e

dores e fornecedores com empenho e dedica-

Érika Ramalho Aragão colaboraram com

ção. Também foi o responsável, em conjunto

a organização local. Andréa é secretária da

com Sandro Avelar, pela programação científi-

Diretoria Regional da ADPF no Ceará e Érica

ca (confira entrevista na página 34).

trabalha para o Sindicato dos Delegados de

O Diretor Regional da ADPF no Ceará, Delegado de Polícia Federal João Cesar Bertosi, é o Coordenador Executivo Local

Polícia Federal do Nordeste (SINDPF-NE) entidade parceira do IV CNDPF. Os demais integrantes da Diretoria Execu-

do congresso. Ele articulou os encontros

tiva da ADPF, o Vice-Presidente, Bolivar Stein-

com os parceiros, apoiadores e patrocina-

metz, o Secretário-Geral, Geraldo Jacyntho

dores em Fortaleza.

de Almeida Júnior; o Primeiro-Secretário, Rei-

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naldo de Almeida Cesar Sobrinho; a Segunda-

hospedagem, orçamento e logística e negocia-

Secretária e Diretora de Assuntos Sociais,

ção com fornecedores. Além do gerenciamento

Esporte e Lazer, Telma Cavalcante Lino; o

da programação social, seleção e contratação

Tesoureiro-Geral, Ênio Sibidal Camargo de

atrações e definição de refeições (almoço,

Freitas, o Primeiro-Tesoureiro, Valmir Lemos

coquetel, coffee break e jantar).

de Oliveira, o Primeiro-Suplente, Cláudio Bandel Tusco, a Segunda-Suplente, Simone Silva dos Santos, e o Terceiro-Suplente, Paulo

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AZIMUTE COMUNICAÇÃO A jornalista Iara Vidal, diretora de

Gustavo Maiurino, também contribuíram

atendimento da Azimute Comunicação, é a

para a realização do projeto. Assim como os

coordenadora de comunicação da ADPF e

Delegados de Polícia Federal aposentados

está à frente da área no IV CNDPF. A profis-

e da ativa que compõe os órgãos auxiliares

sional liderou a produção e manutenção do

da Associação, o Diretor Administrativo e de

hotsite, a produção do material gráfico e o

Patrimônio, Luís Clóvis Anconi; e o Diretor para

relacionamento com a mídia. A programação

Assuntos Jurídicos, Aloysio José Bermudes

visual, criação da logomarca, cartaz, banners,

Barcellos. Os funcionários da ADPF Ivone, Ivaldo,

convites, certificados, ilustrações etc. foi feita

Maristela, Francineide, Kênia, Etiene e Cláudia

pelo designer Marcelo Rubartelly, colabora-

também prestaram valorosa contribuição para

dor da Azimute.

a organização do evento. FÁBRICA DE CRIAÇÃO F7 COMUNICAÇÃO

A Fábrica de Criação já é a desenvolvedora

Dirigida por Samuel Figueiredo, a con-

do Portal da ADPF (www.adpf.org.br) e foi acio-

sultoria da F7 Comunicação foi essencial para

nada para desenvolver o hotsite do congresso

a consolidação da rede de parceiros para a

(www.adpf.org.br/congresso). O publicitário e

realização do IV CNDPF. Figueiredo prestou

designer Alex Lana foi o responsável pelo de-

assessoria nas relações institucionais e abriu

senvolvimento da página (layout e tecnologia).

portas importantes para a organização do evento.

ENVELOPEL A Envelopel é parceira da Associação

HAIA - EVENTOS & TURISMO

Nacional dos Delegados de Polícia Federal

A equipe da agência oficial do IV CNDPF, a

(ADPF) há 20 anos e responsável pela edição

Haia - Eventos & Turismo, composta pela geren-

da Revista Prisma. No IV Congresso Nacional

te Celina Valente Frossard, pelo Executivo de

dos Delegados de Polícia Federal, assina a

Relacionamento Conrado Valente Frossard

confecção do material gráfico – Revista do

e pelos funcionários Ana Paula Pires, Camila

Congresso, crachás e cartazes. Além disso, o

Pires e Cadu Ferrer, foi muito importante para

diretor da empresa, Diogo Abreu, estará à

o gerenciamento de inscrições, confirmação de

frente do credenciamento.


Logomarca: a cara do IV Congresso dos DPFs Criação remete às jangadas típicas da capital cearense

A logomarca do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal foi criada pelo designer Marcelo Rubartelly, que se inspirou na tradição das jangadas cearenses para conceber a marca. “A construção da logo partiu de elementos pertinentes ao Congresso: traços da cultura do estado do Ceará, local do evento, combinados com as cores e o símbolo da ADPF, entidade organizadora”, explica o profissional. Segundo Rubartelly, a logomarca do evento possui grande inteligibilidade e identificação e, por sua simplicidade, se aplica bem nos diversos itens a serem produzidos, desde brindes, papelaria e material de apoio até cartazes e banners.

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HOTSITE - A logomarca foi aplicada em uma garrafa de areia, outro ícone da cultura cearense. A peça leva a assinatura da Fábrica de Criação, assim como o visual da página eletrônica (1) BOLETIM ELETRÔNICO O informativo distribuído por correio eletrônico manteve os inscritos informados sobre as novidades do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal (2) CURRÍCULOS DOS PARTICIPANTES, ARTES PARA O SITE - A programação visual da área de notícias também é assinada por Rubartelly, que conferiu harmonia e identidade ao layout (3 e 4) CERTIFICADOS, CAMISETA, CARTAZ, CONVITE - A simplicidade da marca permitiu múltiplas aplicações, em diferentes peças e tamanhos (5; 6; 7 e 8)

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Fortaleza

origem histórica e vocação hospitaleira Por Eurivaldo Remígio Barbosa*

Como tantas outras cidades brasileiras,

Senhora do Amparo, reconstruiu a fortificação

Fortaleza surgiu numa desembocadura de rio.

abandonada, agora sob o nome de Forte de

Era a necessidade de defesa e a facilidade de

São Sebastião. Essa obra de cunho estratégi-

acesso à água que determinavam a escolha

co, adequada aos padrões de defesa naquela

do local de povoamento. Assim, o açoriano

quadra histórica, contou com o trabalho dos

Pero Coelho de Souza, acompanhado de

valentes índios Jacaúna, já conquistados pelo

Martim Soares Moreno, aportou em terras ce-

colonizador português.

arenses em 1603, desembarcando na barra do

O invasor holandês, ocupante de terras

rio Ceará, onde construiu uma pequena praça

pernambucanas desde 1630, só veio a tomar

de guerra — fortim —, à qual deu o nome de

esse pequeno marco de povoamento portu-

Forte São Tiago. Em 1611, uma nova expe-

guês em solo cearense no ano de 1637, data

dição portuguesa desembarcou no mesmo

da primeira expedição, logo dizimada pelos

local sob o comando do capitão português

índios. Pouco mais de cinco anos depois, a

Martim Soares Moreno, que voltava ao Ceará

segunda expedição, comandada por Matias

acompanhado por um padre e meia dúzia de

Beck, retomou o forte e aí permaneceu por

arcabuzeiros. Ali e ao lado da ermida de Nossa

outros tantos anos. Numa terceira expedição,

*Delegado de Polícia Federal Organizador do II Encontro da turma de 1979, evento realizado em paralelo ao IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal.


o usurpador holandês voltou ao Ceará em

metrópole nordestina e capital de todos os ce-

1649, desembarcando na enseada do Mucu-

arenses, dos brasileiros e cidadãos do mundo

ripe e, na foz do rio Pajeú, construiu o Forte

que a escolheram para trabalhar e viver

Shoonenbork. Como símbolo do esbulho,

prazerosamente. Aqui é possível curtir dias

nele fincou a bandeira invasora por sete anos,

ensolarados de céu azul e de paias mornas,

como de costume, até ser derrubada pelas

de mar esverdeado, às vezes escurecido pe-

tropas da Restauração Pernambucana, defini-

las profundezas do “mar oceano”, e o vento

tavamente vitoriosa nas memoráveis campa-

sudeste a soprar suas dunas, a balançar com

nhas cívico-militares que levaram à derrocada

douçura seus coqueiros e a beijar suavemen-

do ocupante invasor holandês nas célebres

te suas gentes.

e históricas Primeira e Segunda Batalha dos

Fortaleza, cidade hospitaleira por voca-

Guararapes, em Pernambuco – ali ainda re-

ção, está de braços e corações abertos para

verbera o eco do primeiro grito de afirmação

acolher bem os Delegados de Polícia Federal,

nacional, amálgama de raças e do nasce-

seus familiares e convidados, vindos dos mais

douro do exército nacional. A fortificação foi

diversos rincões deste amado país continen-

retomada pelos restauradores em 1756, que a

tal batizado por Brasil, para participar do II

batizaram de Forte Nossa Senhora da Assun-

Encontro da turma de 1979, que a escolheu

ção. Em torno desse forte, foi surgindo um

para festejar seu 30º aniversário de formatura,

povoamento, onde, 70 nos depois, seria erigi-

e do IV Congresso Nacional da classe, de 31 de

da uma capela em devoção à Nossa Senhora

outubro a 2 de novembro de 2009.

da Assunção. Foi assim que, no dia 13 de abril

Sejam bem-vindos à Terra da Luz, caros

de 1726, esse núcleo de povoamento recebeu

colegas e amigos, abnegados construtores,

a denominação de Vila de Fortaleza de Nossa

tanto quanto as demais classes funcionais

Senhora da Assunção. Daí a origem do nome

— no passado como no presente e, quiçá, no

da capital cearense.

porvir — de uma instituição que nos enobre-

Esta é uma pequena síntese histórica do nascimento de Fortaleza, hoje a cosmopolita

ce e tão indispensável é à vida nacional – a Polícia Federal de todos os brasileiros.

Mucuripe ao pôr do sol Tu falas a língua que me lambe o cais; Teu cheiro marinho me leva nas ondas A terras distantes que o coração sonda E a mente perscruta em busca de sais. A curva da praia acentua a distância; Coqueiros balançam suas palhas ao vento; Jangadas, barqueiros, sussurro em constância, Pesqueiros, gaiolas, tudo é movimento. A areia tão fina, que geme e murmura, Marcando os passos de uma bela guerreira.

Seu nome Iracema, na lenda tão pura, Do poeta que sonha é sempre a primeira. Mucuripe é meu nome, atraco navio, Acolho estrangeiros, embarco quem sai, Seguro as vagas de mar tão bravio, E vejo astro rei que se põe, que se vai! Eurivaldo Remígio Fortaleza-CE,10.04.2006

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Patrocinadores A classificação da Seleção Brasileira de Futebol para a Copa de 2010 com três jogos de antecedência injetou mais otimismo ainda nos preparativos para o mundial de 2014 no Brasil. O feito inédito do time liderado pelo técnico Dunga foi celebrado pelo dirigente Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com seu estilo característico. “O time passou no vestibular. Falta concluir o curso, que é a Copa do Mundo”. A situação da Seleção é parecida com a do Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014. Uma fase importante foi concluída, com a indicação das 12 cidades-sede, mas o curso mesmo nós só concluiremos quando estiver tudo pronto para receber o mundial. E nesse aprendizado, o item segurança, sem dúvida, é um dos que mais vai exigir empenho dos brasileiros. Um brasileiro em especial tem as atenções voltadas para a organização da Copa do Mundo de 2014: Ricardo Teixeira, presidente da CBF, uma das patrocinadoras do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal. O dirigente esportivo é o principal idealizador e articulador do sucesso da candidatura do Brasil como país-sede do mundial e preside o Comitê Organizador Local da Fifa para o torneio. Interessado na contribuição dos Delegados de Polícia Federal para a organização da Copa do Mundo de 2014, Teixeira aceitou de imediato o convite da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) para participar do fórum de debates Segurança nos grandes eventos internacionais: Experiência nos jogos Panamericanos Rio 2007 e a preparação para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.

A Souza Cruz foi pioneira na área da responsabilidade social corporativa. A partir de 2001, intensificou o diálogo com os diversos setores com que se relaciona e passou a publicar o seu Relatório Social Corporativo de acordo com a norma internacional AA 1000, que habilita a companhia participante a incorporar a responsabilidade social em sua gestão. A transparência da Souza Cruz se reflete desde na disponibilização de informações sobre os riscos associados ao consumo de cigarros até na implementação de medidas de prevenção do trabalho infantil na cadeia produtiva do fumo. Um problema que traz prejuízo para o país e tem preocupado a Souza Cruz é o mercado ilegal de cigarros. A ilegalidade é prejudicial a todos e pode apresentar uma estrutura com profundas conexões com o crime organizado. O produtor de fumo perde com a redução da demanda, o governo deixa de arrecadar mais de 2 bilhões de reais por ano de impostos indiretos, a indústria enfrenta uma competição nociva e desleal e os consumidores ficam expostos a produtos que não possuem o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A Souza Cruz acredita que ações coordenadas entre órgãos governamentais, como a Polícia Federal, podem garantir que a sociedade brasileira seja beneficiada com os investimentos sociais que seriam realizados com os tributos que deixam de ser recolhidos em virtude da existência do mercado ilegal de cigarros. Pelas razões acima, a Souza Cruz é uma das patrocinadoras desta iniciativa da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) de promover o debate sobre a questão da impunidade no Brasil.

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O maior banco de desenvolvimento regional da América Latina atua como um agente catalisador do desenvolvimento sustentável do Nordeste, integrando a região na dinâmica da economia nacional. Ao patrocinar a realização do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, o Banco do Nordeste (BNB) reforça o compromisso com a sociedade brasileira de apoiar o debate sobre temas de grande relevância para todos, como o combate à impunidade, que norteará as discussões durante o encontro. O BNB executa uma política de desenvolvimento ágil e seletiva e está contribuindo de forma decisiva para a superação dos desafios e para a construção de um padrão de vida compatível com os recursos, as potencialidades e as oportunidades do Nordeste. Os principais recursos do órgão estão vinculados à execução de políticas públicas do governo federal que beneficiam a Região, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a administração do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Além dos recursos federais, o Banco tem acesso a outras fontes de financiamento nos mercados interno e externo, por meio de parcerias e alianças com instituições nacionais e internacionais, incluindo instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O apoio do Banco do Nordeste reforçou a escolha da capital cearense como sede do Congresso.

Nos últimos dois anos, o Ceará recebeu o maior volume de obras voltadas para as áreas de segurança pública e de justiça na história do Estado. Também passou a adotar uma estratégia inovadora de policiamento, com o programa Ronda do Quarteirão na capital e nos municípios do interior. Além disso, tem investido na capacitação e preparação dos policiais com a construção de uma nova Academia de Polícia, que será uma das mais modernas no Brasil, e está instituindo a Perícia Forense e a divisão de homicídios. Todas essas ações demonstram que o governo estadual está atento à área da segurança. A previsão é que até o final de 2009 sejam destinados cerca R$ 300 milhões de recursos para garantir melhor qualidade no atendimento à população e na infraestrutura do setor e reduzir o déficit histórico do sistema carcerário. Merecem destaque a construção de duas Casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPL); a construção, a reforma, a reconstrução, a recuperação e a ampliação de cadeias em 30 municípios do interior; a construção de delegacias da Polícia Civil “Padrão 2” no interior do Estado; a reforma de delegacia da mulher, de grupamento do Corpo de Bombeiros; e a construção da mais moderna Academia Estadual de Polícia (Aesp) do país, em Fortaleza. O programa Ronda do Quarteirão pode ser definido como uma nova estratégia de fazer polícia na qual os esforços estão concentrados na filosofia de polícia comunitária. A iniciativa consiste em uma tentativa de criar uma polícia técnica mais próxima da sociedade, fazendo dos agentes de segurança pública agentes transformadores da pacificação social.


A Caixa é o principal agente das políticas públicas do Governo Federal e, de uma forma ou de outra, está presente na vida de milhões de brasileiros. Além de atender os clientes bancários, a empresa, 100% brasileira, atende também todos os trabalhadores formais do Brasil com o pagamento de FGTS, PIS e seguro-desemprego, e os beneficiários de programas sociais e apostadores das Loterias. Ao priorizar setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, a Caixa exerce um papel fundamental na promoção do desenvolvimento urbano e da justiça social no país. No caso do setor de habitação, os servidores públicos federais como os Delegados da PF podem se beneficiar do convênio que oferece condições especiais para realizar o sonho da casa própria. A empresa também está ligada a eventos de repercussão nacional que tratam de temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da sociedade. Por essa razão, é uma das patrocinadoras do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que terá como tema central Polícia Federal e os instrumentos de combate à impunidade. A Caixa e a categoria de Delegados de Polícia Federal compartilham de uma trajetória de parceria. Recentemente, a Polícia Federal, em entendimento com o Ministério Público Federal, passou a adotar a metodologia do Projeto Tentáculos no combate e apuração de crimes e fraudes bancárias contra clientes da Caixa e passou a investigar as quadrilhas e não mais cada delito isoladamente. A mudança significa melhoria na qualidade da investigação e da coleta de provas, além de otimizar o uso de recursos humanos e materiais envolvidos nesse tipo de operação.

A história da Petrobras, empresa brasileira com presença em outros 27 países e ações negociadas nas principais bolsas de valores do mundo, está entrelaçada com a história do petróleo e de outras fontes de energia do Brasil. Atua de forma integrada na exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e seus derivados no Brasil e no exterior. Sua trajetória é marcada por conquistas, premiações e inúmeros recordes, além do reconhecimento internacional. Ao longo dos 55 anos de atividade, a Petrobras foi conduzida para avanços tecnológicos significativos. Um deles é a conquista da liderança em exploração e produção de petróleo em águas profundas. O compromisso da Petrobras ultrapassa a rentabilidade. Além de trabalhar para elevar o desempenho e dedicar-se aos desafios mundiais da produção de energia, a companhia busca a redução das emissões de gases de efeito estufa nos processos e produtos, ecoeficiência e preservação do meio ambiente. Nesse contexto, foi parceira da Polícia Federal no projeto Carbono Zero, que promoveu o inventário das emissões da corporação e, a partir do resultado, a avaliação das formas de diminuir o consumo de energia e de combustível. As emissões que não são evitadas são compensadas com o plantio de árvores.

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Apoiadores

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A Fundação Konrad Adenauer – Representação Norte e Nordeste do Brasil é uma das apoiadoras do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal. A aproximação da ADPF com a Fundação Konrad Adenauer não foi aleatória. A instituição, ligada ao governo da Alemanha, atua – por iniciativas próprias e em cooperação com parceiros brasileiros – na produção de conhecimento especializado nas áreas em que se encontram os principais desafios do Brasil. Um desses desafios, sem dúvida, vai ao encontro do tema central do evento promovido pela entidade representativa dos Delegados de Polícia Federal: Polícia Federal e os instrumentos de combate à impunidade. Essa convergência de interesses culminou com a parceria entre a Fundação e a ADPF e proporcionou a vinda do consultor de segurança Bernd Manthey para o Fórum de Debates. O especialista atuou na Polícia de Berlim por 44 anos e prestou assessoria em segurança para importantes eventos esportivos da Europa, como as Copas do Mundo da Alemanha, em 2006, e do Japão e da Coréia, em 2002, e as Eurocopas de 2000 e 2004. Manthey falará sobre o modelo policial alemão e compartilhará a experiência com segurança de grandes eventos

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), presidida por João Elisio Ferraz de Campos, representa institucionalmente as empresas do mercado de seguros gerais, previdência privada e vida, saúde suplementar e capitalização, por meio de quatro federações – Federação Nacional dos Seguros Gerais (FenSeg), Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e Federação Nacional de Capitalização (FenaCap). A entidade atua em todos os estados do país e tem como objetivo promover o desenvolvimento do setor, definindo e defendendo seus direitos, e o representando politicamente. O mercado deseguros tem interesse imediato na Copa e nas Olimpíadas e por isso apoia o Fórum de Debates.


Grupo Edson Queiroz A excelência empresarial cearense faz parte da vida de milhares de brasileiros por meio das empresas e produtos do Grupo Edson Queiroz, que também está presente em exigentes mercados internacionais. No IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, o conglomerado será apoiador por meio do Grupo Verdes Mares, da Universidade de Fortaleza (Unifor), das marcas de água mineral Indaiá e Minalba e das castanhas Castajú. Durante os três dias de realização do evento, os participantes receberão a edição do dia do Diário do Nordeste. A programação terá a cobertura jornalística dos veículos de comunicação do Grupo Verdes Mares (Diário do Nordeste, TV Verdes Mares, TV Diário e Rádio Verdes Mares). A Unifor participará da programação científica do evento, com a inscrição de universitários dos dois últimos períodos do curso de Direito (nono e décimo semestres). Toda a água mineral que será consumida ao longo do IV CNDPF será fornecida pelo grupo, que também presenteará os congressistas com as saborosas castanhas de caju. O apoio do Grupo Edson Queiroz reforçou a escolha de Fortaleza como sede do Congresso. A Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) é uma entidade sindical patronal criada há 20 anos para representar os interesses do segmento de segurança privada brasileiro. Com sede em Brasília, a Federação agrega sindicatos nas 27 unidades federativas do país, e duas associações que representam cerca de 1,8 mil empresas, responsáveis pela geração de mais de 500 mil empregos diretos. A Fenavist tem jurisdição nacional, sendo também filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em parceria com os sindicatos, a Fenavist tem o compromisso de representar os empresários de segurança de forma ampla e transparente, com o objetivo de unir a comunidade de segurança privada no Brasil, prestando serviços e promovendo modernização e crescimento para a atividade. O mercado de segurança privada tem interesse imediato na Copa e nas Olimpíadas e por isso apoia o Fórum de Debates.

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Vantagens e facilidades

para os participantes

Comissão Organizadora simplificou todos os procedimentos Toda a organização do IV Congresso Nacional

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ofereceu mais de 800 opções de voos para os

dos Delegados de Polícia Federal foi conduzida

participantes, partindo de todas as capitais das

para que os participantes tivessem acesso a

27 Unidades da Federação, em trechos de ida

facilidades e vantagens. Desde a elaboração

e de volta. Os bilhetes foram oferecidos com

do hotsite, com seção de inscrição on-line e de

30% de desconto na menor tarifa praticada

informações sobre o evento, até tarifas espe-

pela empresa para viagens antes e depois do

ciais para hospedagem em hotéis cinco estrelas,

evento: 30 de outubro a 1º de novembro e 7 e

passando por condições especiais para compra

8 de novembro. As passagens adquiridas pela

de bilhetes aéreos e locação de carros, e muito

ADPF também tiveram condições especiais e

mais. Confira:

puderam ter o pagamento parcelado.

Hotsite – facilidade na ponta dos dedos

Transporte – tranquilidade no

A página eletrônica do evento – www.adpf.org.br/congresso – foi produzida com

deslocamento aeroporto/hotel/aeroporto Entre os dias 3 e 7 de novembro, durante a

o objetivo de ser informativa e de fácil e praze-

realização do evento, logo que o participante

rosa leitura. No ar desde o dia 1º de setembro, o

que fizer o deslocamento até Fortaleza via aé-

endereço eletrônico serviu como principal canal

rea desembarcar no Aeroporto Internacional

de comunicação e divulgação do IV Congresso

Pinto Martins, haverá uma estrutura de apoio

e, até o dia 28 de outubro, tinha recebido mais

para atendê-lo. Nesse local, os inscritos terão

de 120 mil visitas.

todas as orientações e informações neces-

A seção de inscrições permitiu que os interessados se inscrevessem gratuitamente e

sárias, além de ser o ponto de encontro para embarcar no transporte até o hotel.

de uma forma rápida e simplificada. No ato do preenchimento, os Delegados de Polícia Federal associados e não associados puderam escolher

Hospedagem – tarifas reduzidas O Hotel Gran Marquise, local de realização

os voos de ida e volta, o tipo de apartamento,

da programação científica do IV CNDPF, ofere-

o acompanhante de quarto e o interesse em

ceu pacotes promocionais para estadia antes

alugar carro.

e depois do evento para todos os participantes. O sucesso das inscrições foi tão grande,

Passagens aéreas – condições especiais A companhia aérea oficial do evento, a TAM,

que foi preciso providenciar mais um hotel para hospedar os participantes e convidados.


Para os Delegados de Polícia Federal associados, a ADPF arca com metade do valor da diária promocional com meia pensão durante a realização do congresso. Nos finais de semana anterior (de 30 de outubro a 2 de novembro) e posterior (7 e 8 de novembro), os associados ainda desfrutam de preços especiais para hospedagem no Gran Marquise. Os Delegados da PF não associados e demais participantes do IV CNDPF também contam com pacote especial para hospedagem no Gran Marquise. Almoço e coffee break – Cortesia O café da manhã e o almoço (meia pensão) durante o congresso, além de lanches nos intervalos da programação, coquetel de abertura e jantar de encerramento, correm por conta do Congresso. As despesas com diárias de acompanhantes, bebidas, produtos de frigobar, salão de beleza, estacionamento, serviços extras oferecidos pelo hotel, ligações telefônicas, fax e internet, lavanderia e demais serviços e/ou produtos não mencionados ficam por conta do participante do evento. Pacotes e passeios – Lazer para os acompanhantes Os acompanhantes dos congressistas contarão com atendimento especial durante a realização do congresso. Enquanto a programação científica estiver em andamento, serão oferecidos passeios pela bela capital cearense. Um estande estará em funcionamento no hall de entrada do Hotel Gran Marquise. (Confira matéria na página 56)

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Show

Alegria, descontração e

boa música darão o tom do encerramento Show com o cantor Tatau, com repertório eclético, promete garantir animação

A festa de encerramento do IV Con-

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três DVDs e dividiu palco com cantores reno-

gresso Nacional dos Delegados de Polí-

mados, como o espanhol Júlio Iglesias, que

cia Federal será embalada pelo cantor

gravou um clipe na Bahia ao lado de Tatau.

baiano Tatau. Em carreira solo desde o

“Levei alguns anos para estruturar e

ano passado, o cantor esteve mais de 20

direcionar minha carreira. Hoje, com a ideia

anos à frente da banda Ara Ketu, uma das

bastante amadurecida, aposto nesse novo

mais importantes do cenário musical da

caminho (com a carreira solo) com mais auto-

Bahia. No repertório, estarão faixas de seu

nomia e abrangência”, declara o cantor.

primeiro disco, Formas e Formas, além de canções da antiga banda e outras músicas nos estilos axé, afro-pop e romântico. Nascido em Salvador, Tatau cresceu no

Iate Clube Além do show com o cantor Tatau, que será patrocinado pela Souza Cruz, durante a festa

bairro do Tororó, sede do bloco Apaches, mais

de encerramento do IV Congresso Nacional

antiga entidade carnavalesca da capital baia-

dos Delegados de Polícia Federal será servido

na com inspiração indígena. O cantor cresceu

um jantar com cardápio regional e diferencia-

cercado de diversas influências musicais.

do, oferecido pela Fenavist. O local escolhido, o

Na adolescência, ouvia o jazz de Al Jarreau

jardim do Iate Clube de Fortaleza, à beira-mar,

e a soul music de Marvin Gaye, e também o

dará um charme especial à ocasião.

samba de Roberto Ribeiro e a MPB de Benito de Paula, de quem o pai era fã.

A escolha do clube deu-se graças à receptividade do comodoro Max Câmara.

Aos 14 anos, Tatau começou a cantar, aos 16, a compor, e aos 18 iniciou carreira profissional, integrando a banda Ara Ketu, que estava em formação. Gravou 16 discos na carreira,

Serviço Haverá transporte para os participantes do IV CNDPF se deslocarem do local de hospedagem ao Iate Clube de Fortaleza.


Programação cultural

Grupo formado por Delegados da PF e familiares agraciará cerimônias de abertura e encerramento

O Coral da ADPF, grupo formado por Delegados de Polícia Federal da ativa e aposentados

de março deste ano. A coordenação é feita pela Delegada de Polícia Federal aposentada Iracema

e familiares, será uma das atrações culturais

Cirino de Sá Ribeiro.

do IV Congresso Nacional dos Delegados de

O grupo, com 28 integrantes, se dedica ao

Polícia Federal. O grupo fará uma apresentação

canto de músicas brasileiras com arranjos para

no coquetel de abertura do evento, no dia 3 de

coral e é regido pelo maestro Hélio Teixeira, que

novembro, oferecido pela CNSeg, e no almoço

tem ampla experiência em projetos dessa nature-

de encerramento, no dia 6. A iniciativa do Vice-Presidente da ADPF, Delegado de Polícia Federal aposentado Bolivar Steinmetz, está sendo colocada em prática des-

za. Ele é professor da Escola de Música de Brasília,

Sopranos Iracema Cirino de Sá Ribeiro Maria de Fátima Nóbrega da Silva Maria Luiza Nóbrega Gomes Maria Tereza Araújo Steinmetz Maria Marilac Lima Barcellos Marta Janeth Pantuzzo Silvia Régia Candido Correia Contraltos Amélia Souza Costa Cleusa Maria Ferreira Barros Elizabete Nóbrega da Silva Eni Martins França Borges Maria Auxiliadora Chaves Bastos Maria da Graça Fredenhagem Oliveira Nascimento Maria Isabel Marlak de Azevedo Guedes

barítono de um dos mais tradicionais corais do Distrito Federal, o Madrigal de Brasília, e também está à frente do coro masculino Távola. Maria José Guedes Maria José Valença Marta Pereira Burgos Ponce de Leon Tenores Gustavo Rodrigues Veras Hideki Mizuno José Bonifácio de Andrade Junior José Honório Borges Josué Guedes Baixos Bolivar Steinmetz José Bonifácio Gomes de Andrade José Sampaio Braga Lucio Jaimes Acosta Luiz Carlos de Oliveira César Zubcov Paulo Watanabe

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Programação 03/11 Hotel Gran Marquise De 14 h a 19h Credenciamento De 19h a 21h Abertura Oficial Apresentação do Coral da ADPF Homenagens De 21h a 23h Coquetel de Abertura

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Hotel Gran Marquise De 08h a 08h30 Credenciamento De 08h30 a 10h15 Painel 1: Combate à corrupção e ao Crime Organizado – Frentes de atuação contra a impunidade Tema: Investigação de crimes do colarinho branco e a sensação de impunidade no Brasil Painelista 1: Juiz Federal Sergio Moro Tema: Remessa de capitais ao exterior e lavagem de dinheiro Painelista 2: DPF Ricardo Saadi Tema: Recuperação de ativos nos casos de corrupção Painelista 3: Adv. União André Mendonça Tema: Sistema penitenciário federal no combate ao crime organizado Painelista 4: DPF Wilson Damázio De 10h15 a 10h30 Coffee Break De 10h30 a 12h15 Painel 2: A cooperação entre os órgãos integrantes do sistema de persecução criminal no Brasil e no exterior Tema: Cooperação internacional no combate à lavagem de dinheiro Painelista 1: Sec. Nacional de Justiça/MJ Romeu Tuma Jr.

Tema: Investigação e as prerrogativas da advocacia Painelista 2: Jurista Rene Ariel Doti Tema: Boas práticas mundiais no combate à corrupção e à impunidade Painelista 3: Procuradora Federal dos EUA/Drª Karine Moreno-Taxman Tema: Combate aos Cartéis Painelista 4: Dr. Ravvi Augusto Madruga De 12h15 a 14h15 Almoço De 14h30 a 16h30 Painel 3: Reforma da legislação processual penal Tema: A modernização da investigação e do inquérito policial Painelista 1: DPF Célio Jacinto dos Santos Tema: Juiz das garantias e o papel do magistrado na investigação criminal Painelista 2: Juiz Federal Nino Oliveira Toldo Tema: Projeto Tentáculos: seletividade e eficiência na investigação criminal Painelista 3: DPF Carlos Eduardo Miguel Sobral Tema: Reforma Processual Penal como forma de combate à impunidade Painelista 4: Professor Ernando Uchôa Lima Sobrinho Tema: Medidas cautelares Painelista 5: Adv. Raul Livino Ventim de Azevedo

05/11 Hotel Gran Marquise De 08h30 a 10h15 Painel 4: A atividade policial e a produção legislativa Tema: As funções constitucionais do Poder Legislativo de investigar e fiscalizar: as CPIs e o controle dos atos normativos Painelista 1: Deputado Federal Marcelo Itagiba Tema: A atividade jurisdicional do Delegado de Polícia nos delitos de menor potencial ofensivo Painelista 2: Deputado Federal Régis de Oliveira Tema: O resgate do Delegado de Polícia como carreira jurídica Painelista 3: Delegado Carlos Eduardo Benito Jorge Tema: As prerrogativas e o regime disciplinar da Autoridade de Polícia Judiciária da União Painelista 4: Sec. Assuntos Legislativos/MJ Pedro Abramovay


De 10h15 a 10h30 Coffee Break

Delegada de Polícia Civil Margarette Barreto Jecrim: Projeto Estádio Seguro

De 10h30 a 12h15 Painel 5: Fronteiras: combate aos crimes transnacionais Tema: Os crimes fronteiriços de contrabando e descaminho Painelista 1: Adv. Fabiana Kiwsy (Jurídico da Souza Cruz) Tema: Fronteiras e combate ao crime organizado Painelista 2: DPF Júlio Danilo Souza Ferreira Tema: Proteção à criança e ao adolescente Painelista 3: Juiz de Direito Rinaldo Aparecido Barros Tema: Combate ao tráfico de pessoas e à pedofilia Painelista 4: DPF Juliana Cavaleiro

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De 12h15 a 14h15 Almoço De 14h30 a 16h30 Painel 6: Polícia Federal: a construção de uma Polícia Republicana Tema: Autonomia funcional e investigativa da Polícia Federal Painelista 1: Deputado Federal Alexandre Silveira Tema: Seletividade e responsabilidade persecutória compartilhada Painelista 2: DPF Gustavo Schneider Tema: O modelo policial alemão Painelista 3: Bernd Manthey Tema: Limites constitucionais na atividade de Polícia Judiciária Painelista 4: Adv. Wladimir Sérgio Reale Tema: Conselho Nacional de Polícia: controle externo da atividade policial Painelista 5: Deputado Federal João Campos Hotel Gran Marquise De 08h30 a 10h15 Fórum de debates sobre a Segurança nos grandes eventos internacionais: Experiência nos jogos Pan - Rio 2007 e a preparação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas 2016 Primeiro Ciclo: Educador Everardo de Aguiar Espaço Público Saudável DPF Adelar Anderle - Segurança privada nos grandes eventos Jornalista Marcelo de Paiva - Comunicação de segurança pública nos grandes eventos

De 10h15 a 10h30 Coffee Break De 10h30 a 11h45 Fórum de debates sobre a Segurança nos grandes eventos internacionais: Experiência nos jogos Pan - Rio 2007 e a preparação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 Segundo Ciclo: Presidente da CBF Ricardo Teixeira - Expectativas para Copa de 2014 PF Alemanha Bernd Manthey - A experiência da Eurocopa Sec. Seg. Pública do DF DPF Valmir Lemos Segurança Pública nos grandes eventos Diretor-Geral da PF Luiz Fernando Corrêa – O papel da PF nos grandes eventos De 11h45 a 12h15 Encerramento Oficial Apresentação do Coral da ADPF Homenagens De 12h15 a 14h Almoço De 14h a 16h Assembleia Geral da ADPF (avaliação do evento e carta de Fortaleza) Entrega de certificados 06/11/2009 - Iate Clube De 21h a 23h50 Jantar e show de encerramento, Sorteios

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Painelistas

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PAINEL 1: COMBATE À CORRUPÇÃO E AO CRIME ORGANIZADO - FRENTES DE ATUAÇÃO CONTRA A IMPUNIDADE Painelista 1: Juiz Federal Sérgio Moro Juiz Federal da Justiça Federal da 4ª Região – 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba/PR Tema: Investigação de crimes do colarinho branco e a sensação de impunidade no Brasil Sua atuação em casos de repercussão nacional, como o do Banestado, que deflagrou uma CPI e desbaratou um gigantesco esquema de remessa ilegal de dinheiro para o exterior, chamou a atenção para a eficiência das Varas Federais especializadas no combate a crimes contra o sistema financeiro e a administração pública e à lavagem de dinheiro. Os bons resultados da 2ª Vara Federal Criminal da capital paranaense mostraram que o desempenho positivo do Judiciário é fruto também de um trabalho harmonioso entre policiais, procuradores e juízes. Painelista 2: Delegado da Polícia Federal Ricardo Andrade Saadi Chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Financeiros (Delefin) da PF em São Paulo Tema: Remessa de capitais ao exterior e lavagem de dinheiro É especialista no combate a crimes financeiros e lavagem de dinheiro e representa a Polícia Federal em importantes fóruns nacionais e internacionais sobre lavagem de dinheiro e crime organizado, como a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e o Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi). Na superintendência paulista, esteve à frente do setor de inteligência e do núcleo de operações da Delegacia de Repressão de Crimes Financeiros. Painelista 3: Advogado da União André Mendonça Adjunto do Procurador-Geral da União e Dire-

tor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da AGU Tema: Recuperação de ativos nos casos de corrupção Na Advocacia-Geral da União foi Procurador Seccional da União em Londrina (PR) e Coordenador de Medidas Disciplinares da Corregedoria. Antes da AGU, foi advogado da Petrobras Distribuidora S/A. Tem proferido palestras em diversos eventos e seminários, tendo sido considerado um dos três melhores palestrantes no V Fórum Brasileiro de Combate à Corrupção na Administração Pública, ao lado do Ministro Carlos Ayres Brito, do STF, e do Ministro Ubiratan Aguiar, presidente do TCU. Painelista 4: Delegado da Polícia Federal Wilson Damázio Diretor do Sistema Penitenciário Federal do Ministério da Justiça Tema: Sistema penitenciário federal no combate ao crime organizado O Sistema Penitenciário Federal, criado a partir da reestruturação do Departamento Penitenciário Nacional, tem a finalidade de ser o gestor e fiscalizador das Penitenciárias Federais e é constituído pelos estabelecimentos penais federais. À frente do órgão, o delegado federal Wilson Salles Damázio coordena os quatro estabelecimentos em funcionamento: Porto Velho/RO, Mossoró/RN, Campo Grande/ MS e Catanduvas/PR. Essas unidades, de segurança máxima, constituem uma importante estratégia de combate ao crime organizado. PAINEL 2: A COOPERAÇÃO ENTRE OS ÓRGÃOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE PERSECUÇÃO CRIMINAL NO BRASIL E NO EXTERIOR Painelista 1: Secretário Romeu Tuma Jr. Secretário Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça


Tema: Cooperação internacional no combate à lavagem de dinheiro Delegado da Polícia Civil de São Paulo, tem tido uma participação importante na cooperação internacional, como nos casos de extradição de Salvatore Cacciola e Hosmany Ramos. É o presidente do grupo estratégico e operacional da Enccla 2009 e tem larga experiência profissional no combate à lavagem de dinheiro e às organizações criminosas. Antes de assumir a SNJ, chefiava a Divisão de Contrainteligência do Departamento de Inteligência da Polícia Civil de São Paulo. Painelista 2: Jurista Rene Ariel Doti Representante da Ordem dos Advogados do Brasil Tema: Investigação e as prerrogativas da advocacia Coautor dos anteprojetos de reforma da Parte Geral do Código Penal e da Lei de Execução Penal do Brasil e relator do anteprojeto de nova lei de imprensa. Membro de várias importantes comissões, entre elas a instituída para Reforma da Parte Especial do Código Penal, da Escola Nacional da Magistratura para a reforma do Código de Processo Penal, para simplificação da Lei de Execução Penal, de Revisão dos anteprojetos de reforma setorial do Código de Processo Penal e para reforma do sistema eleitoral. Painelista 3: Drª Karine Moreno-Taxman Procuradora Federal dos EUA Tema: Boas práticas mundiais no combate à corrupção e à impunidade Foi designada pelo Procurador Geral dos Estados Unidos como Conselheira Legal Residente no Brasil (Resident Legal Advisor), sendo responsável por estabelecer um programa de parcerias e intercâmbio com os órgãos de per-

secução criminal brasileiros. Nesse contexto, tem tido uma atuação marcante em eventos no Brasil que tratam de assuntos ligados ao combate a crimes transnacionais. A estratégia integra o esforço para ampliar a repressão a crimes como a pedofilia e o tráfico de pessoas e armas, que têm natureza transnacional. Painelista 4: Ravvi Augusto Madruga Coordenador-Geral de Controle do Mercado do DPDC/SDE/MJ Tema: Combate aos Cartéis O Coordenador-Geral de Controle do Mercado do Departamento de Proteção e Defesa da Concorrência, da Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça, foi nomeado Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em 2001. Desde então, atua na área de defesa da concorrência na Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. É bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e bacharel em Direito pelo Centro Universitário de Brasília. PAINEL 3: REFORMA DA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL Painelista 1: Delegado da Polícia Federal Célio Jacinto dos Santos Coordenador de Altos Estudos em Segurança Pública da Academia Nacional de Polícia (ANP) Tema: A modernização da investigação e do inquérito policial Presidiu o grupo de estudo da Polícia Federal que apresentou proposta de reforma do inquérito policial, com a introdução de procedimentos céleres e a criação de mecanismos para otimizar as relações entre os integrantes da persecução criminal. Atua também na implantação de centro de estudo e pesquisa na PF, com fomentação de pesquisa sobre Metodologia Científica da Investigação Criminal

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e de reflexões sobre o desenvolvimento da Ciência Policial no Brasil.

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Painelista 2: Juiz Federal Nino Oliveira Toldo Vice-Presidente da Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe) Tema: Juiz das garantias e o papel do magistrado na investigação criminal A atuação do 3º Vice-Presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), que integra a diretoria de Fernando Mattos, o segundo presidente mais jovem da entidade, tem sido marcada pela defesa da independência do Poder Judiciário e do Estado Democrático de Direito e pela cobrança por mais atenção para a segurança dos juízes e a valorização das decisões da categoria. Outro marco da sua gestão é a consolidação da fórmula de atuar pelos interesses dos juízes e com a promoção da cidadania. Painelista 3: Delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Miguel Sobral Chefe da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal Tema: Projeto Tentáculos: seletividade e eficiência na investigação criminal O Diretor Regional da ADPF no Distrito Federal é o responsável pela coordenação da execução da política de repressão a crimes cibernéticos da PF. Tem especialização nas áreas de combate à pedofilia, exploração sexual de criança e pornografia infantil pela internet. Ocupou, entre outros cargos, o de chefe da Delegacia de Defesa Institucional na Superintendência Regional em Rondônia e o de professor na Academia Nacional de Polícia. Atua como palestrante em diversos eventos sobre combate a crimes cibernéticos, inclusive internacionais. Painelista 4: Professor Ernando Uchôa Lima Sobrinho Advogado criminalista

Tema: Reforma Processual Penal como forma de combate à impunidade O Membro do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, colegiado que presidiu em 2004 e 2005, será o representante dos juristas cearenses. Especialista em Criminologia e Direito Penitenciário, é professor de Direito Penal da Faculdade Farias Brito (FFB). Foi Conselheiro eleito da OAB-CE de 2001 a 2003 e ocupou os cargos de Diretor tesoureiro e professor da Fundação Escola Superior de Advocacia do Ceará. É o atual Auditor Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol no Estado do Ceará. Painelista 5: Dr. Raul Livino Ventim de Azevedo Advogado criminalista Tema: Medidas cautelares Está no exercício intenso da advocacia criminal há mais de 30 anos no Distrito Federal e em várias unidades da federação, com constante atuação no Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. É sócio majoritário e diretor da Livino, Siqueira e Gomes Advogados Associados. Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Distrito Federal – há mais de 15 anos e é o Presidente em exercício do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB. Atua em grandes causas como advogado de defesa, entre elas a do assassinato do Índio Galdino. PAINEL 4: A ATIVIDADE POLICIAL E A PRODUÇÃO LEGISLATIVA Painelista 1: Deputado Federal Marcelo Itagiba Delegado de Polícia Federal e presidente da CPI das Escutas Tema: As funções constitucionais do Poder Legislativo de investigar e fiscalizar: as CPIs e o controle dos atos normativos


Delegado de Polícia Federal, o parlamentar está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados e vem atuando na elaboração de projetos legislativos, principalmente na área de segurança pública, com ênfase em temas de interesse da atividade policial. Foi o Presidente da CPI das Escutas Clandestinas. Tem defendido as prerrogativas do Congresso Nacional e das Polícias, com a apresentação de decretos legislativos de sustação de atos do Ministério Púbico e do Conselho da Justiça Federal (CJF) que usurpam a função policial e a legislativa. Painelista 2: Deputado Federal Régis de Oliveira Autor das PECs 210/2007 e 381/2009 e relator da PEC 549/2006 Tema: A atividade jurisdicional do Delegado de Polícia nos delitos de menor potencial ofensivo Está no segundo mandato na Câmara dos Deputados e tem, na biografia parlamentar, matérias de interesse dos Delegados de Polícia Federal. Como a Proposta de Emenda Constitucional que restabelece o adicional por tempo de serviço como componente da remuneração de integrantes das carreiras típicas de estado, a que restaura os princípios constitucionais da carreira do delegado de polícia e a que cria e disciplina o Conselho Nacional de Polícia. É professor titular da Faculdade de Direito da USP. Painelista 3: Delegado de Polícia Carlos Eduardo Benito Jorge Presidente da Adepol do Brasil Tema: O resgate do Delegado de Polícia como carreira jurídica Conhecido no meio policial e das representações classistas como Dudu, o dirigente tem uma atuação de destaque na defesa das prerrogativas da categoria. Seja junto ao Poder Executivo,

Legislativo ou Judiciário, está sempre vigilante no que diz respeito às atribuições dos Delegados de Polícia de todo o país. Abordará a PEC549/2006, que restaura os princípios reitores da carreira do Delegado de Polícia, conforme a vontade do poder constituinte originário, reconduzindo essa carreira à sua posição justa e constitucional de carreira jurídica. Painelista 4: Secretário Pedro Abramovay Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça Tema: As prerrogativas e o regime disciplinar da Autoridade de Polícia Judiciária da União Desde janeiro de 2007, responde pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, na qual tramitaram os anteprojetos de lei orgânica e regime disciplinar da Polícia Federal. Paulista, formado em direito pela Universidade de São Paulo, foi assessor do Gabinete da Prefeitura de São Paulo, assessor jurídico da Liderança do Governo, assessor especial do Ministro da Justiça e Conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe). PAINEL 5: FRONTEIRAS: COMBATE AOS CRIMES TRANSNACIONAIS Painelista 1: Drª Fabiana Kiwsy Gerente da área jurídica da Souza Cruz Tema: Crimes fronteiriços – contrabando e descaminho É a responsável pelo contencioso criminal da empresa, que ocupa o posto de maior fabricante de cigarros do país e gera trabalho para 40 mil famílias de produtores agrícolas e para 240 mil pessoas em empregos diretos e indiretos com logística e comercialização. Atua no Comitê Jurídico do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), cujo

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objetivo é promover a melhoria no ambiente de negócios e estimular ações que evitem desequilíbrios concorrenciais causados por evasão fiscal, informalidade, falsificação e outros desvios de conduta.

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Painelista 2: Delegado da Polícia Federal Júlio Danilo Souza Ferreira Assistente do Diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal Tema: Fronteiras e combate ao crime organizado Desde 2003, está envolvido com atividades na área de combate ao tráfico de drogas. Atuou como coordenador em várias operações da PF, como as Colheita, Colheita Norte, Clareira I e Clareira II, de erradicação de cultivos ilícitos de maconha (2008); Tráfico Ponto Com (São José do Rio Preto/ SP, 2006); Aprendiz (2006); Centro Oeste I, de fiscalização de produtos químicos (2006); e Seis Fronteiras (2005). Ingressou em 2002 na PF de Tocantins e ocupou, entre outros cargos, o de Representante Regional da Interpol. Painelista 3: Juiz de Direito Rinaldo Aparecido Barros Comarca de Niquelândia - Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) Tema: Proteção à criança e ao adolescente O magistrado conheceu estratégias de combate à pedofilia e pornografia durante uma visita feita aos Estados Unidos em abril deste ano, ao integrar a delegação brasileira convidada pelo Departamento de Estado norte-americano. Na ocasião, conheceu técnicas de reconhecimento de pedofilia na internet, além de estratégias de identificação

e busca de crianças desaparecidas e a base de dados que permite a identificação de pedófilos a partir da consulta de passaporte pelas autoridades de imigração. Painelista 4: Delegada de Polícia Federal Juliana Cavaleiro Chefe-Substituta da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal Tema: Combate ao tráfico de pessoas e pedofilia É integrante do Grupo de Trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal que apura a prática de atos de pedofilia no Brasil, da Comissão Intersetorial de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e é suplente no Conselho Nacional de Combate ao Trabalho Escravo Infantil (Conaeti). Traz no currículo a participação em vários seminários e palestras no Brasil e no exterior sobre o tema. PAINEL 6: POLÍCIA FEDERAL: A CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍCIA REPUBLICANA Painelista 1: Deputado Federal Alexandre Silveira Delegado de Polícia Civil e consultor jurídico na área de direito penal Tema: Autonomia funcional e investigativa da Polícia Federal Está no primeiro mandato na Câmara dos Deputados e sua atuação tem sido fortemente ligada à segurança. Foi presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e atualmente presi-


de a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Urbana. Participou das Comissões Especiais da Câmara para analisar temas de interesse dos delegados de polícia, como as da PEC sobre adicional por tempo de serviço e a que restaura o texto constitucional original do art. 241 sobre a carreira policial. Painelista 2: Delegado da Polícia Federal Gustavo Schneider Lotado na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul Tema: Seletividade e responsabilidade persecutória compartilhada Presidiu o primeiro inquérito digital da PF no Rio Grande do Sul e foi o responsável pela Operação Plata, a maior operação de combate ao contrabando e descaminho de produtos industrializados vindos da Ásia via Miami/ Montevidéu e que entravam no Brasil pelas rodovias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Conduziu ainda as investigações da Operação Rodin, amplamente divulgada pelos meios de imprensa e que desarticulou quadrilha que praticava crimes no âmbito das fundações Fatec, Fundae e Detran. Painelista 3: Bernd Manthey Policial aposentado da Polícia de Berlim Tema: O modelo policial alemão Atuou na Polícia de Berlim (Oeste) durante 44 anos. Prestou assessoria em segurança para importantes eventos esportivos da Europa, como as Copas do Mundo da Alemanha, em 2006. Ao longo das mais de quatro décadas na Polícia da capital alemã, ocupou, entre outros, o cargo de chefe de Estado-Maior da Polícia de Berlim. No Ministério Federal do Interior atuou como

fiscalizador das forças policiais de plantão nos Estados Federais e também foi responsável pela Segurança. Painelista 4: Dr.Wladimir Sérgio Reale Vice-Presidente da Adepol do Brasil e Presidente da Adepol/RJ Tema: Limites constitucionais na atividade de Polícia Judiciária Traz no currículo ampla experiência nas áreas de justiça e segurança. Foi Procurador-Chefe da Procuradoria Jurídica do Detran/RJ, DiretorGeral do Departamento-Geral de Polícia da capital fluminense e da Academia de Polícia e membro do Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária, da Secretaria de Estado de Justiça. Foi ainda diretor do Instituto de Classificação Nelson Hungria, do Departamento de Sistema Penitenciário da Secretaria de Estado de Justiça e presidente da Adepol do Brasil e da seção brasileira da IPA. Painelista 5: Deputado Federal João Campos Delegado de Polícia Civil no Estado de Goiás Tema: Conselho Nacional de Polícia: controle externo da atividade policial Está no segundo mandato consecutivo na Câmara dos Deputados. Em sua atuação parlamentar, acredita que a experiência dos delegados de polícia é fundamental para conduzir os inquéritos civis. Tem se envolvido com questões importantes para a classe policial, como exames psicológicos para policiais em atividade, mudanças no Conselho Nacional de Justiça. O deputado é coordenador do GTPENAL, grupo de trabalho sobre a minirreforma do Código de Processo Penal.

33


Entrevista PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

Combate à impunidade é função essencial para uma polícia republicana Diretor Científico do IV CNDPF afirma que tema central é dever de todos

34

O Delegado de Polícia Federal Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, Diretor de Prerrogativas da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), é o Coordenador Executivo da Comissão Organizadora do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal e também Diretor Científico do evento. Nesta entrevista, ele fala sobre o processo de construção do programa científico dos seis painéis temáticos. Leôncio destaca que a seleção dos nomes dos painelistas foi feita a partir do conceito da responsabilidade compartilhada no combate à corrupção e à impunidade. “Todos os convidados são detentores de profundo conhecimento sobre a pertinente temática do combate à impunidade a partir das diversas frentes de atuação desses profissionais”, assegura. O delegado federal falou também sobre o fórum de debates sobre segurança em grandes eventos internacionais e comentou a importância do tema, que é um desafio a ser enfrentado, mas não apenas pelas polícias. “É um debate que requer a participação de variados segmentos tanto do setor público quanto do privado”, diz. Por que a atuação da Polícia Federal no

contrariaram interesses de poderosos gru-

combate à impunidade foi escolhida como

pos. Houve uma tentativa de desacreditar o

tema central do IV Congresso Nacional

trabalho da instituição. Isso serviu de alerta

dos Delegados de Polícia Federal? Qual é a

para a necessidade de estarmos sempre

importância se debater o tema?

vigilantes com relação ao sentimento de

A Polícia Federal passou por momentos

impunidade reinante no Brasil. Ações bus-

tormentosos nos últimos anos, a partir de

cando o combate à impunidade são dever de

uma exagerada e bem orquestrada reação

todos nós e função essencial para uma Po-

às investigações e às operações policiais que

lícia Republicana. Quando se enfrenta esse


sentimento, nós estamos fortalecendo os

audiências públicas, comissões e grupos de

alicerces do Estado Democrático de Direito.

trabalho. Isso possibilitou a criação uma rede

Além de trabalhar pela promoção do desen-

institucional de parceiros e colaboradores.

volvimento sustentável do país com base na

São esses parceiros que estão presentes no IV

verdadeira justiça social. É o que se espera

Congresso Nacional dos Delegados de Polícia

da Polícia Judiciária da União.

Federal. Todos eles são detentores de profun-

Como foram escolhidos os temas dos

do conhecimento sobre a pertinente temática

painéis? Qual é o objetivo de se discutir os

do combate à impunidade a partir das diver-

temas selecionados?

sas frentes de atuação desses profissionais.

O critério adotado foi o conceito da respon-

Com a Copa do Mundo de 2014 e as

sabilidade compartilhada no combate à cor-

Olimpíadas de 2016 sendo realizadas no

rupção e à impunidade. Simplesmente con-

Brasil, o tema escolhido para o Fórum de

vidamos representantes de instituições que,

Debates – segurança em grandes eventos

assim como a Polícia Federal, têm essa função-

internacionais – ganha importância. Qual

dever. O objetivo é interagir. Trata-se de uma

são as expectativas com a realização do

excelente oportunidade para o intercâmbio

fórum? Quais temas serão discutidos?

de experiências e de boas práticas no Brasil e

No contexto da preparação do Brasil para

no exterior. Dentro e fora da Polícia Federal.

a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpí-

Os temas escolhidos são variações da temática

adas Rio 2016, a temática da segurança nos

central. O combate ao crime organizado, à

grandes eventos internacionais é um desafio

lavagem de dinheiro, a cartéis, à improbidade

a ser enfrentado, mas não apenas pelas Polí-

administrativa, à pirataria, ao contrabando e

cias. É um debate que requer a participação

ao descaminho, ao crime transnacional, bem

de variados segmentos tanto do setor públi-

com a necessidade de uma reforma processual

co quanto privado. A Polícia Federal como

penal e a modernização do inquérito policial e

peça-chave dessa preparação e os Delega-

da investigação criminal, são todos instrumen-

dos de Polícia Federal dentro da filosofia do

tos de combate à impunidade.

evento – a responsabilidade compartilhada

Como foram selecionados os painelistas?

– procuraram criar um ambiente facilitador

Os Delegados de Polícia Federal há tem-

da interlocução entre as áreas da seguran-

pos adotaram uma ampla política de relação

ça pública e da segurança privada. Outra

institucional. Participando dos mais variados

contribuição importante do fórum é a troca

fóruns, congressos, encontros, conferências,

de experiências entre o Brasil e a Alemanha

colegiados e espaços democráticos, como

nesses grandes eventos.

35


Capa

36


Polícia Federal e os instrumentos de combate à impunidade Ao final do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, será elaborada uma carta-manifesto com sugestões para acabar com a impunidade no Brasil, que será entregue ao Senado Federal Não há consenso sobre a melhor maneira

é que o problema traz repercussões desas-

de acabar com a impunidade nos chamados

trosas tanto para a sociedade quanto para o

crimes do colarinho branco no Brasil. Há os

Estado brasileiro.

que acreditam que a solução está no Poder

A Associação Nacional dos Delegados de

Legislativo, que deve modernizar as leis. Ou-

Polícia Federal (ADPF), ciente da importância

tros creem tratar-se de responsabilidade do

do papel da categoria que representa no com-

Poder Judiciário, que interpreta a legislação.

bate à impunidade, promove o IV Congresso

E há os que atribuem a conta ao Poder Execu-

Nacional dos Delegados de Polícia Federal (IV

tivo, que deveria fiscalizar e aplicar melhor as

CNDPF) para tratar justamente do papel da

leis. Independente de quem tem razão, o fato

Polícia Federal na solução dessa questão de

Ilustração: Marcelo Rubartelly

37


extrema importância para o país, com o tema central Polícia Federal e os instrumentos de

que todos são iguais perante a lei, há uma

combate à impunidade.

diferença gritante na forma com que as leis

“A impunidade do colarinho branco é

são aplicadas. O resultado é uma Justiça de

o grande problema do nosso país, porque

casta incompatível com o Estado Democrático

gera um abismo entre os criminosos que são

de Direito, que serve apenas para proteger

alcançados pela Justiça e os que não são”,

interesses dos poderosos. Romper com essa

avalia o presidente da ADPF, Delegado de

dinâmica requer a participação das autorida-

Polícia Federal Sandro Torres Avelar, Coorde-

des e da população.

nador Geral do IV CNDPF.

Com o intuito de colaborar com essa

Garantir que o sistema de direitos seja

quebra de paradigmas, o evento da ADPF

estendido a todos de

mobilizará os participan-

maneira indistinta e sem

tes a contribuirem com

selecionar seus alvos de

38

Enquanto a Constituição Federal garante

“A impunidade do

novas formas de com-

acordo com a origem

colarinho branco é o

bater a impunidade. Ao

social é um dos gran-

grande problema do

final do congresso, será

des desafios nacionais.

nosso país, porque

elaborada uma carta-ma-

Assim como a necessi-

gera um abismo entre

nifesto com as sugestões

dade de rever conceitos sobre violência. Há uma associação direta e quase automática entre crime e violência urbana e punição de traficantes, mas essa lógica não se aplica

os criminosos que são alcançados pela Justiça e os que não são” Sandro Torres Avelar Coordenador Geral do IV CNDPF

à questão do combate da

formuladas a partir das experiências trocadas ao longo da programação científica. Foro privilegiado Uma das sugestões deve ser o fim dos arqui-

violência social, que é fruto da corrupção e

vamentos por prescrição nos processos com

dos crimes do colarinho branco.

foro privilegiado. Levantamento realizado

“Existe uma tolerância com os criminosos

pelo Congresso em Foco, site de notícias que

de colarinho branco para os quais a máxima

é um dos apoiadores institucionais do IV

da presunção da inocência é levada ao extre-

CNDPF, revelou que, entre junho e setem-

mo. Exige-se uma condenação definitiva num

bro de 2009, o STF arquivou 14 denúncias

sistema que foi concebido para prolongar, in-

contra autoridades com foro por prerroga-

definidamente, uma solução”, avalia o Diretor

tiva de função. O número representa, em

de Prerrogativas da ADPF, Delegado de Polícia

média, um processo a menos por semana

Federal Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, Diretor

contra essas autoridades na mais alta corte

Científico do IV CNDPF.

do Judiciário brasileiro.


Embora não tenham faltado nos últimos anos acusados com foro privilegiado, pelos mais diversos tipos de crime, nenhum deles jamais foi condenado. Quase sempre, os procedimentos são encaminhados para

Corrupção Outro aspecto da sociedade brasileira que

arquivamento. Em muitos casos, isso ocorre

também merece atenção e está diretamente as-

depois de o processo prescrever. Na avaliação

sociado à impunidade é a crescente corrupção,

do presidente da ADPF, há uma “quantidade

pela qual o brasileiro paga muito caro. Estudo

exagerada” de recursos protelatórios, o que,

feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), divul-

em sua análise, acaba facilitando o trabalho da

gado em março de 2009, mostra que a perda de

defesa e contribuindo para que muitos acusa-

produtividade provocada por fraudes públicas

dos não sejam julgados. “A grande maioria dos

no Brasil atinge a casa de US$ 3,5 bilhões por

processos fica sem julgamento”, lamenta.

ano. Segundo dados da fundação, para cada R$ 10 que o Brasil arrecada em impostos, R$ 2 são

Modernização do inquérito policial A ADPF defende ainda a tramitação ele-

perdidos em desvio de dinheiro público. Esse prejuízo de R$ 7 bilhões (com dólar co-

trônica do inquérito policial como solução

tado a R$ 2) foi calculado com base em dados

imediata para evitar os arquivamentos

do Banco Mundial sobre educação e inves-

sumários. “É muito fácil arquivar por pres-

timentos em 109 países, além de índices de

crição. O inquérito eletrônico acaba com

percepção de corrupção da organização não

isso, pois o julgamento de recursos fica mais

governamental Transparência Internacional.

rápido”, argumenta o presidente da ADPF,

Para se ter uma ideia da abrangência desse

Sandro Avelar. “O Código de Processo Penal

problema, basta acompanhar o trabalho que

em vigor nunca se adaptou aos avanços

vem sendo feito há seis anos pela Controla-

tecnológicos. Já está mais do que na hora”,

doria Geral da União na fiscalização do uso do

completa. Outros aspectos são investir na ca-

dinheiro público. Até 2007, o órgão havia en-

pacitação profissional e no aperfeiçoamento

contrado irregularidades graves em 70% dos

da prova com o emprego de novas técnicas e

1.224 municípios brasileiros e punido mais

tecnologias de investigação e na seletividade

de 1,3 mil pessoas com demissões, cassações

e otimização das investigações, conforme a

de aposentadorias e destituições de cargos

lesividade do crime e dos criminosos. E, por

públicos federais.

fim, disseminar a cultura da responsabilidade compartilhada no sistema de persecução penal. Todos os órgãos e instituições trabalhando com a Polícia Judiciária como uma equipe preocupada com o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Com informações do site Congresso em Foco Agradecimentos: Delegado de Polícia Federal Rodrigo Carneiro, Sylvio Costa e Thomaz Pires (Congresso em Foco), Alessandro Mendes e Nicolas Bonvakiades.

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40

ADPF TERÁ PARTICIPAÇÃO ESPECIAL NO PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO O Prêmio Congresso em Foco 2009, iniciativa que conta com o apoio da ADPF desde a primeira edição, já se consolidou como uma tradição na Capital Federal. Nesta quarta edição, que coincide com a realização do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, uma das categorias premiará os parlamentares que se destacaram no combate à corrupção, umas das vertentes mais perniciosas da impunidade, tema central do evento. A relação dos parlamentares que serão votados nesta edição do prêmio foi divulgada e as votações já começaram. A ADPF entregará o prêmio ao parlamentar que se destacar na categoria combate à corrupção, a que teve maior pulverização de votos. Como a totalização dos votos resultou em empate triplo nas últimas colocações, seis candidatos disputarão o prêmio. No dia 1º de outubro, data em que a página de votação entrou no ar, no encerramento da sessão do Senado, o senador Paulo Paim (PT-RS), que a presidia, fez um registro sobre a realização do prêmio e elogiou tanto a iniciativa quanto aqueles que a patrocinam e apoiam. Ele mencionou todos os nomes de patrocinadores e apoiadores do prêmio, inclusive o da ADPF. Em seguida, a senadora Marina Silva tomou a palavra, reforçando o que o Paim disse e ressaltando a importância do Prêmio Congresso em Foco. Serão premiados os 25 deputados federais e dez senadores mais votados. A classificação final e os prêmios (troféus, placas ou certificados) dependerão da votação dos internautas, que será feita pelo site Congresso em Foco até o dia 19 de novembro de 2009. A cerimônia de premiação será realizada em Brasília no dia 7 de dezembro.

Ministério da Justiça

Interesse jornalístico

Direção Geral da Polícia Federal liberou delegados para participarem do evento

Evento desperta interesse da mídia e terá a cobertura de veículos de comunicação

Os Delegados de Polícia Federal foram

O tema central do IV Congresso Nacional

incentivados pela Direção Geral da PF a partici-

dos Delegados de Polícia Federal, Polícia Fede-

parem do IV Congresso Nacional da Associação

ral e os instrumentos de combate à impunidade,

de Delegados de Polícia Federal (ADPF) com a

despertou o interesse da mídia. Os veículos de

liberação dos participantes. Afinal, a relevância

comunicação do Grupo Verdes Mares (Diário

do conteúdo da programação científica enqua-

do Nordeste, TV e Rádio Verdes Mares), a Agên-

dra o evento na categoria de capacitação do

cia Brasil, o jornal Valor Econômico, os sites

Ministério da Justiça.

Congresso em Foco e Consultor Jurídico e as

Por essa razão, a PF considerou desnecessária

revistas Artigo 5º e do SINDPF/NE aceitaram o

a compensação dos dias de frequência ao

convite dos organizadores e enviarão jorna-

IV CNDPF pelos delegados participantes, que

listas para cobrirem evento promovido pela

deverão apresentar o certificado de compareci-

ADPF. A Folha de S.Paulo também enviará uma

mento ao setor de recursos humanos

repórter para fazer a cobertura.


Tema central - Artigo

O crime organizado na realidade brasileira e a cooperação internacional Por Rodrigo Carneiro

de um falso clima de

Delegado de Polícia Federal e professor da Academia Nacional de Polícia. Autor do livro O crime organizado na visão da Convenção de Palermo, Ed. Del Rey.

insegurança pública e de ausência do Estado, muitas vezes substituindo a realidade. O Brasil aderiu e incorporou inúmeros

Crime organizado é uma expressão de

acordos e convenções internacionais, prin-

largo uso e que traz a reboque a imagem

cipalmente aqueles que tratam de seguran-

mental do pior que existe em termos de crimi-

ça, criminalidade e cooperação jurídica em

nalidade, embora cause espécie uma suposta

matéria penal, que representam, ao lado das

divisão entre um crime pior do que o outro, já

discussões sobre integração de comércio,

que todos agridem veementemente o status

marcas, energia nuclear e imigração, um

libertatis e a vida. É verdade, contudo, que há

campo fértil e crescente de ideias em intenso

crimes que acontecem com maior frequência,

debate pela comunidade internacional.

outros de maior intensidade e até aqueles

Dessa forma, o Brasil é muito atuante no

que geram relevante comoção social, acres-

Mercosul, OEA e ONU, o que é resultado do

cidos de alguns catalisadores como imprensa

comprometimento institucional integrado

e vazamentos de informações. Na dúvida,

entre Ministério das Relações Exteriores, Mi-

divulga-se que a sociedade brasileira é refém

nistério da Justiça, Polícia Federal, Ministério

do crime organizado.

Público e, em geral, entre os Poderes Executi-

Por muitas vezes, a falta de uma defi-

vo, Judiciário e Legislativo.

nição precisa sobre o que caracteriza a

O caminho para a atuação do Estado de-

atuação de uma organização criminosa

mora a ser pavimentado: primeiro se iden-

contribui, sobremaneira, para a instalação

tifica um problema, depois são elaborados

41


estudos e pesquisas e, em seguida, propostas.

Do ponto de vista de adesão a acordos

Às vezes, muitas delas são externas e partem

e convenções internacionais, o Brasil sai na

de organismos internacionais, integrados

frente. Assinamos a Convenção de Viena

pelo Brasil, que também vai deixar a sua co-

sobre drogas, a Convenção de Palermo sobre

laboração, por meio da sua destacada frente

crime organizado, a Convenção de Mérida

diplomática. Daí, no âmbito interno, surgem

sobre corrupção, os protocolos adicionais de

anteprojetos de lei que são os embriões dos

Palermo (status de Convenção) sobre tráfico

projetos de lei que serão submetidos ao pro-

de pessoas, tráfico de imigrantes e tráfico de

cesso legislativo.

armas. Também somos atores no cenário

Não há como o processo dessa pavimen-

42

internacional de combate ao terrorismo, pois

tação ser sumário,

estamos entre os subscri-

abreviando-se discus-

tores da Convenção sobre

sões em detrimento do

Dois pontos essenciais

Supressão de Atentados

debate democrático e

desequilibram a imagem

Terroristas com Bombas,

da participação da socie-

do Brasil como parceiro

adotada em Nova Iorque.

dade e das instituições.

na investigação criminal

É natural, pela profusão

O meio-termo para se

internacional: a falta de

de acordos e convenções dos

evitar uma delonga des-

definição jurídica e de

quais somos Estado-Parte,

necessária e infrutífera,

tipificação penal para os

que a velocidade em que

seja no processo legis-

delitos de crime organizado

lativo, seja na execução

e terrorismo

elas são assinadas não corresponda ao tempo necessá-

do conteúdo normativo

rio para maturação interna

pelos órgãos do Esta-

dos compromissos interna-

do, deve ser buscado por todos, inclusive em

cionais assumidos e debates, demora que é

fóruns internacionais (ONU, OEA) ou nacionais

atribuída ao próprio texto constitucional, pois,

(ENCCLA – Estratégia Nacional de Combate à

à exceção dos tratados de direitos humanos, os

Corrupção e à Lavagem de Dinheiro).

demais são recebidos com efeitos de legislação

Numa avaliação do desempenho do Brasil,

ordinária e imprescindem de harmonização ao

em termos de cooperação internacional, por

ordenamento jurídico nacional, evitando-se

conhecimento próprio, vislumbra-se que

que as boas intenções de aperfeiçoamento de

a cooperação policial é muito grande com

mecanismos internacionais interinstitucionais

EUA, França, Inglaterra, Espanha, Portugal,

transformem-se em pedras no sapato.

Itália, Argentina, Bolívia, Colômbia e Para-

No campo do direito penal internacional

guai, entre outros, havendo intensa troca de

e na assistência jurídica mútua em matéria

informações, colaboração em investigações

penal, o Brasil, tranquilamente, está mais do

e assistência mútua penal, inclusive para fins

que adequado aos anseios de inserção inter-

de extradição.

nacional. O problema é que a pequena fração


de falta de empenho é representada por dois

brasileira uma das mais avançadas do mundo.

pontos essenciais que desequilibram a ima-

No âmbito da Secretaria Nacional de Justiça/

gem do Brasil como parceiro na investigação

MJ, o Dr. Romeu Tuma Júnior promoveu

criminal internacional: a falta de definição

recente Seminário Internacional de Extinção

jurídica e de tipificação penal para os delitos

de Domínio, apresentando moderno antepro-

de crime organizado e terrorismo.

jeto de lei que retirará bens da criminalidade

Cinco anos após a edição do Decreto

organizada, colocando-os a serviço do Estado,

5.015/2004, dezenas de autoridades judiciá-

da sociedade e da Polícia Judiciária, o que

rias têm recorrido ao texto da Convenção de

já é praticado nos EUA, México, Colômbia,

Palermo. Assim foi, por exemplo, em acórdãos

Cuba, Costa Rica, Peru, Reino Unido e Itália,

da lavra da Ministra Eliana Calmon, na Opera-

separando-se a pessoa do criminoso daquele

ção Dominó (Ação Penal 460/RO); da Ministra

tipo patrimonial, que é de ordem civil, o que

Jane Silva (HC 63.716/SP), em caso relaciona-

no Brasil tem gerado muita discussão, em

do à Operação Anaconda; e da Ministra Lau-

razão de alguns Tribunais entenderem que a

rita Vaz (HC 77.771/SP), no caso de casal de

presunção de não-culpabilidade se estenderia

bispos fundadores de uma Igreja. O Ministro

além da figura do réu, para proteger também

Joaquim Barbosa, do excelso Supremo Tribu-

o patrimônio irrestritamente.

nal Federal, também se socorreu da Conven-

No caso específico da Itália, por exemplo, a

ção de Palermo ao tempo do recebimento da

definição de crime organização, que está no

denúncia no caso “Mensalão” (Inq 2245/MG),

artigo 416 bis do Codice Penale Italiano (as-

e também o Ministro Celso de Mello, ao não

sociazione di tipo mafioso: associação de tipo

admitir a constitucionalidade de dispositivo

mafioso) existe há quase duas décadas.

da Lei nº. 9.034/1995 que veda a liberdade

O legislador italiano houve por bem mo-

provisória, no caso do fundo de investimentos

dernizar a redação do art. 416 do CPI (asso-

MSI / Corinthians (HC 94.404 e Informativo

ciazione per delinquere), recentemente, pela

516 do STF). São exemplos de ativismo judi-

Lei n. 94, de julho de 2009. Essa lei também

cial, dando aplicação direta a uma convenção

aprovou o pacote de segurança pública italia-

internacional, por excesso de formalismo e

no (pacchetto sicurezza).

delongas no processo legislativo. O balanço do desempenho do Brasil na im-

O tipo penal italiano (artigo 416 bis) foi editado com o foco repressivo próprio para a

plementação das convenções internacionais

organização criminosa de tipo mafiosa, ou seja,

é, indubitavelmente, positivo. Temos uma

não se pode dizer que abranja todo o tipo de or-

boa legislação de combate a entorpecentes e

ganização criminosa, sendo que cada país terá a

lavagem de dinheiro e o Congresso, recente-

sua peculiaridade: Índia, Rússia, EUA, México etc.

mente, aprovou um substitutivo do Senador

O idealizador desse tipo penal (artigo 416

Romeu Tuma acabando com o rol de crimes

bis), o deputado italiano Pio la Torre, foi execu-

antecedentes, o que tornará a legislação

tado com dezenas de tiros de pistolas e metra-

43


lhadoras, em 30 de abril de 1982, junto com o

ne, Juíza de menores em Roma, e Paolo Bor-

motorista do Fiat 132 que ocupava, quando se

sellino (19/07/1992), com explosões de grandes

dirigia ao partido comunista. A aprovação le-

quantidades de dinamites (mais de 500 kg), in-

gislativa do tipo penal de associações mafiosas

clusive os oito policiais encarregados da escolta

veio após o homicídio qualificado do parlamen-

de ambos, na cidade italiana de Palermo.

tar e ficou conhecida como Lei La Torre (1982).

44

As mortes de Falcone e Borsellino provoca-

Nove anos depois, em 1991, os Juízes

ram reação imediata do Estado italiano, que

da Corte de Palermo, Itália, encerraram as

promoveu alterações legislativas significan-

investigações preliminares e mandaram a

tes, gestões enérgicas perante as adminis-

julgamento nove chefes da máfia Cosa Nostra

trações penitenciárias, criação de comissões

pela acusação dos assassinatos. Em 1992, o

de estudos, parlamentares e coordenação de

mafioso arrependido Leonardo Messina reve-

ações por meio de comando integrado das

lou que o deputado Pio la Torre fora assassi-

polícias italianas, com comando rotativo. Sur-

nado por ordem do sanguinário Totò Riina (la

ge então o nome da Convenção das Nações

belva ou a besta), chefe do clã Corleonesi, em

Unidas contra o Crime Organizado Transna-

razão da propositura do projeto de lei contra

cional (Convenção de Palermo) em homena-

as associações mafiosas.

gem a esses mártires italianos, assassinados

A sentença em primeiro grau de jurisdi-

no cumprimento do dever, os quais não se

ção condenou Totò Riina (preso em 1993),

negaram a assumir, mesmo sabendo da alta

Bernardo Provenzano (preso no mês de abril

periculosidade, o comando da instituição

de 2006, nas proximidades de Palermo, com

responsável pela repressão às máfias.

aproximadamente 72 anos de idade) e outros chefes mafiosos. Em 1998, outro delator premiado (pentito), de nome Cucuzza, revelou que participou do assassinato de Pio la Torre, em conjunto com o grupo de fogo da máfia: Pino Greco, Pino Lucchese e Mario Prestifilippo. O capo Totò Riina também foi apontado como o responsável pela ordem de assassinato dos juízes Falcone e Borsellino. Inúmeros policiais (carabinieri ou carabineiros) e cerca de 40 magistrados (na Itália, a nomenclatura é válida para juízes e promotores.) foram assassinados por ações mafiosas. Ganharam notoriedade os assassinatos dos magistrados Giovanni Falcone (23/05/1992), acompanhado de sua esposa Francesca Falco-

REFERÊNCIAS: BRASIL. Decreto nº. 5015 de 12 de março de 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/ D5015.htm. Acesso em 25 set.2009. DICKIE, John. Cosa Nostra - História da máfia siciliana. Lisboa: Edições 70, 2006. GOMES, Rodrigo Carneiro. O Crime Organizado na visão da Convenção de Palermo. 2ª. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. ITÁLIA. Legge 15 luglio 2009 n.94. Disponível em: http://www.governo.it/GovernoInforma/ Dossier/sicurezza_legge/legge_15_ luglio_2009_n.94.pdf. Acesso em 25 set. 2009. LUPO, Salvatore. História da máfia - das origens aos nossos dias. São Paulo: Unesp, 2002. UNODC – Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Escritório Regional Brasil e Cone Sul. Disponível em: http://www.unodc.org/ brazil/pt/index.html. Acesso em 25 set. 2009.


Fórum de Debates

Segurança nos grandes eventos internacionais Experiência nos jogos Panamericanos Rio 2007 e preparação para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016 A escolha do Rio de Janeiro como cidade-

as Olimpíadas de 2016 na programação do IV

sede das Olimpíadas de 2016 foi um feito

Congresso Nacional dos Delegados de Polícia

histórico que emocionou o Brasil inteiro. Pela

Federal. O propósito é contribuir com a cons-

primeira vez na história, os Jogos Olímpicos

trução de um modelo eficiente de segurança

serão realizados na América do Sul. Além

para o mundial e para as Olimpíadas.

disso, o país também sediará, em 2014, a Copa

Pelos próximos sete anos, temos a missão

do Mundo de Futebol. Ou seja, em menos de

de preparar o país para esses dois espetáculos,

três anos, o Brasil será sede dos dois eventos

que fascinam milhões de pessoas nos quatro

esportivos mais importantes do planeta.

cantos da Terra. Além do honroso título de

Nesse cenário, a ADPF (Associação Nacio-

nação das chuteiras, temos que estar à altura

nal dos Delegados de Polícia Federal) resolveu

para ostentar também o de país olímpico. Até

incluir o fórum de debates Segurança nos

lá, há muito a ser feito.

grandes eventos internacionais: Experiência

Para sediar o mundial de futebol, em 2014,

nos jogos Panamericanos Rio 2007 e a prepa-

o país-sede tem que se submeter a uma

ração para a Copa do Mundo de 2014 e para

série de exigências da Fifa, expressas em um


extenso caderno de encargos. Entre elas estão

tem uma extensa lista de obrigações a serem

a reforma e a construção de estádios, investi-

cumpridas. O projeto apresentado pelo Rio

mentos em transportes e medidas específicas

de Janeiro prevê, entre outros, a construção

para a questão energética.

de uma Vila Olímpica e investimentos em um

Desses requisitos, um dos mais importan-

sistema de transporte. No caso da seguran-

tes e complexos é a segurança para a popu-

ça, o documento apresentado pela capital

lação, para os profissionais envolvidos e para

fluminense firma o compromisso de atuar de

o número inédito de meio milhão de turistas.

forma integrada nos níveis federal, estadual e

Por isso mesmo, o tema está sendo encarado

municipal para garantir um ambiente seguro

como prioridade pelos governadores do DF e

e agradável para os Jogos.

dos estados onde estão as 12 cidades-sedes da Copa de 2014. Nessa dúzia de unidades

FÓRUM DE DEBATES

da federação, em apenas quatro o Secretário de Segurança Pública não é um Delegado de

Delegado de Polícia Federal Valmir Lemos de

Polícia Federal. Nos outros sete estados e no

Oliveira, Secretário de Segurança Pública do

DF, a gestão estadual e distrital da segurança

DF, que mostrará, na apresentação Seguran-

pública é conduzida por um delegado federal.

ça pública nos grandes eventos, a visão dos

(Veja quadro)

gestores públicos sobre os preparativos para

No caso dos Jogos Olímpicos Rio 2016, as

a Copa. O secretário-delegado, que também

exigências do Comitê Olímpico Internacional

é integrante da Diretoria Executiva da ADPF,

(COI) não ficam atrás. A Cidade Maravilhosa

deu início ao planejamento do esquema de

Marcello Casal Jr./ABr

Ricardo Stuckert/PR ABr

46

Um dos debatedores do Fórum será o

Olimpíadas de 2016 e Copa do Mundo de 2014: momentos exponenciais do Brasil no cenário dos grandes eventos esportivos


segurança para a Copa de 2014 em maio de

Expectativas para a Copa de 2014 e mostrará o

2009, antes mesmo da confirmação de Brasília

ponto de vista da organização do mundial no

como uma das 12 cidades-sede. O empenho do

quesito segurança.

secretário é voltado para iniciar o quanto antes

Na ocasião em que o dirigente da Seleção

o planejamento da segurança do evento para

Brasileira aceitou o convite da ADPF para

que tudo esteja impecável durante o mundial.

participar do fórum de debates, ele revelou

Outro Delegado de Polícia Federal confir-

o otimismo em relação à contribuição dos

mado para o fórum é o Coordenador-geral de

Delegados de Polícia Federal para a segurança

Controle de Segurança Privada da PF, Adelar

da Copa de 2014. “Como membro da Fifa, já

Anderle. O delegado federal apresentará o

participei da organização de outras Copas

tema Segurança privada nos grandes eventos.

do Mundo. Fiquei muito bem impressionado

Ele foi colaborador na redação do anteprojeto

com a experiência dos Delegados da Polícia

do Estatuto de Segurança Privada (PL 5247/09,

Federal no Brasil quando estive com o Luiz

em tramitação no Legislativo) e poderá expor,

Fernando Corrêa (Diretor Geral da PF) para fa-

a partir da sua experiência, o que esperar da

lar sobre a segurança para 2014”, comentou.

contribuição dos profissionais de segurança

O Diretor Geral da PF, Delegado de Polícia

privada para o sucesso da organização da

Federal Luiz Fernando Corrêa, apresentará a

Copa do Mundo e das Olimpíadas.

experiência dele com a segurança dos Jogos

A Delegada da Polícia Civil do Estado de

Panamericanos Rio 2007. Na ocasião, o então

São Paulo Margarette Barreto, titular da Dele-

Secretário Nacional de Segurança Pública foi

gacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerân-

responsável pela criação da Força Nacional

cia (Decradi), do Departamento de Homicídios

de Segurança Pública e pela implantação dos

e Proteção à Pessoa (DHPP), apresentará a

Gabinetes de Gestão Integrada (GGI) em cada

experiência Jecrim - Projeto Estádio Seguro.

um dos estados.

A iniciativa, da qual a debatedora participa

Outra contribuição importante do fórum

desde a implantação, atua na prevenção,

será proporcionada pela apresentação de

análise e repressão dos delitos de intolerância

Bernd Manthey, consultor de segurança de

esportiva e está baseada na Lei Nº 9.099, que

grandes eventos esportivos realizados na

tornou possível a punição rápida e eficaz de

Europa. O policial alemão aposentado foi o

crimes que tenham como pena máxima um

responsável pela segurança da Copa do Mun-

ano de prisão.

do da Alemanha de 2006 e prestou assessoria

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, também tem presença garantida no debate. À frente

para os mundiais do Japão e da Coreia, em 2002, e para as Eurocopas de 2000 e 2004. A vinda do especialista, que atuou durante

da CBF nas últimas duas décadas, é o principal

44 anos na Polícia de Berlim, é a contribuição

articulador da realização da Copa do Mundo

da Fundação Konrad Adenauer – Represen-

de 2014 no Brasil. Ele fará a apresentação

tação Norte e Nordeste, uma das apoiadoras

47


do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal. A instituição, ligada ao governo

será o representante da sociedade civil no fórum

da Alemanha, atua – por iniciativas próprias e

de debates. Ele é coordenador do Movimento

em cooperação com parceiros brasileiros – na

Amigos da Paz no Distrito Federal e representan-

produção de conhecimento especializado em

te da Rede Desarma Brasil no Conselho Nacional

diversas áreas, entre elas segurança. A Fundação

de Segurança Pública (Conasp) Transitório. Lopes

Polícia Federal de Apoio ao Ensino e à Pesquisa

é idealizador e executor de projetos como a

(FunPF) dará continuidade ao intercâmbio de

Caravana Comunidade Segura 2009, iniciativa

experiências sobre segurança em eventos.

que conta com o apoio da ADPF e este ano está

O jornalista Marcelo de Paiva, especialista em

48

O educador social Everardo de Aguiar Lopes

percorrendo pela sexta vez as 27 capitais do país

comunicação organizacional, acumula experi-

para promover atividades que colaborem para

ências em comunicação de segurança pública

qualificar o debate sobre segurança pública e

a partir de dois grandes eventos nacionais: a

aproximar atores públicos e sociais.

1ª Conferência Nacional de Segurança Pública

Lopes abordará a segurança em grandes

(Conseg) e os Jogos Panamericanos Rio 2007.

eventos a partir da perspectiva da metodologia

Na 1ª Conseg, em 2008 e 2009, de Paiva

Espaço Público Saudável – A Dimensão do Diálo-

planejou, organizou e coordenou a comuni-

go, da qual é idealizador e coordenador. Trata-

cação do evento, que mobilizou mais de meio

se de exercício de cooperação feito por organi-

milhão de brasileiros em torno de um único

zações da sociedade civil com uma missão na

objetivo: construir as bases de uma nova

área da cultura popular e suas tradições – teatro

política nacional de segurança pública. No

de boneco, boi, capoeira, dança – educação,

Pan Rio 2007, o profissional coordenou a co-

tradição religiosa, literatura, economia solidá-

municação da segurança da competição, em

ria, resolução de conflitos, saúde, inclusão di-

sintonia com as particularidades da atuação

gital, meio ambiente, inclusão de portadores

da Força Nacional de Segurança.

de deficiência e cultura de paz.

AS 12 CIDADES-SEDE DA COPA DE 2014 Belo Horizonte/MG Brasília/DF Cuiabá/MT Curitiba/PR Fortaleza/CE Manaus/AM

Natal/RN Porto Alegre/RS Recife/PE Rio de Janeiro/RJ Salvador/BA São Paulo/SP

DELEGADOS DA PF À FRENTE DA SEGURANÇA PÚBLICA ESTADUAL E DISTRITAL NAS CIDADES-SEDE DA COPA DE 2014 Diógenes Gomes Curado Filho: Cuiabá/MT Francisco Sá Cavalcante: Manaus/AM José Mariano Beltrame: Rio de Janeiro/RJ Valmir Lemos de Oliveira: Brasília/DF

Roberto das Chagas Monteiro: Fortaleza/CE Antônio César Fernandes Nunes: Salvador/BA Servilho Silva de Paiva: Recife/PE Agripino Oliveira Neto: Natal/RN


Livraria

Obras de autoria de delegados e publicações jurídicas em exposição Editora Fórum e Consulex apresentam livros e revistas de interesse dos operadores do Direito Durante o IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, ao longo da área que dá acesso ao auditório do Hotel Gran

Combate à Corrupção na Administração Pública (leia matéria abaixo) No estande da Fórum/Fort, estão, entre

Marquise, onde será realizada a programação

outros, livros dos seguintes delegados-autores:

científica, haverá exposição de livros, revistas

Algacir Mikalovski, Anderson da Silva Daura,

e publicações de interesse dos Delegados de

Braulio Cezar da Silva Galloni, Eliseu Ioshito

Polícia Federal e demais operadores do Direito

Suzuki, José Armando da Costa, José Sebastião

presentes no congresso.

Lessa, Lorena Lima Nascimento, Marcelo Fer-

As obras assinadas por Delegados de

nando Bórsio, Moacir Martini Araújo, Rodrigo

Polícia expostas no IV CNDPF foram reunidas

Carneiro Gomes, Sandro Lucio Dezan, Valde-

pela Editora Fórum, uma das apoiadoras,

mar Latance Neto e Rodney Rocha Miranda.

que está sendo representada pela Fort Livros.

A Editora Consulex, especializada em pu-

A Fórum e a ADPF cultivam um relaciona-

blicações jurídicas, também está presente no

mento institucional com a participação dos

IV CNDPF com títulos conceituados no meio

Delegados da PF nos eventos promovidos

jurídico, como a Revista Jurídica Consulex,

pela empresa, como o Fórum Brasileiro de

InConsulex e Revista L&C.

Fórum de Combate à Corrupção tem apoio institucional da ADPF Evento será realizado dias 3 e 4 de dezembro e terá a participação de delegados da PF A adoção de medidas preventivas para

Nesse contexto, o VI Fórum Brasileiro de Com-

o combate à corrupção é uma tendência

bate à Corrupção na Administração Pública

mundial. Essa foi a conclusão do documento

está em consonância com esse pensamento,

Metodologia de Mapeamento de Riscos de Cor-

pois apresenta propostas, mecanismos e

rupção, elaborado pela Controladoria Geral

ferramentas que visam defender uma gestão

da União e pela ONG Transparência Brasil.

pública transparente, ética e eficaz.

49


A Iniciativa da Editora Fórum conta com o apoio institucional da Associação Nacional

da década de 90, tornou-se um tema de

dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e

discussão universal”, comenta. O delegado

será realizada em Brasília/DF nos dias 3 e 4

relaciona que, entre os meios de prevenir e

de dezembro. O evento terá a participação

reprimir a corrupção, estão a maior regula-

de especialistas no combate à corrupção e

mentação das normas de financiamentos das

de dois Delegados de Polícia Federal. O vice-

campanhas políticas, a transparência e fisca-

presidente da Comissão de Ética e integran-

lização dos atos públicos e o fortalecimento

te da Comissão de Prerrogativas da ADPF,

das instituições ligadas a esse controle,

Sebastião José Lessa, fará a apresentação

como o Ministério Público e a Polícia Federal.

Improbidade Administrativa e Sindicância.

As conferências de abertura do IV Fórum

O DPF Luís Flávio Zampronha de Oliveira

serão proferidas pela ministra do Supremo

falará sobre Meios de Prevenção e Repressão

Tribunal Federal Cármen Lúcia Antunes

à Corrupção.

Rocha, com o tema Ética Pública, e pelo presi-

Sebastião Lessa, que foi diretor da Corre-

50

um problema interno de cada país e, a partir

dente do Tribunal de Contas da União, o mi-

gedoria Geral da PF, avalia que a fase que

nistro Ubiratan Aguiar, que abordará o tema

o país atravessa é preocupante. Para ele, as

Rede de Controle e o Combate à Corrupção. A

notícias que envolvem a improbidade admi-

conferência de encerramento será proferida

nistrativa e os escândalos que surgem a cada

pelo ministro do Supremo Tribunal Federal

dia devem ser investigados. “O governo, a

e presidente do Tribunal Superior Eleitoral,

União e os Estados têm que demonstrar mais

Carlos Ayres Britto.

preocupação com a capacitação de seus

Haverá ainda a exposição de tópicos

servidores, de modo a disseminar a informa-

como Escutas Telefônicas, Quebra de Sigilo

ção necessária para que as providências para

pelas Comissões Parlamentares de Inquérito

coibir esses atos sejam tomadas”, pontua o

e Economia Subterrânea. No segundo dia do

delegado aposentado. “Além de identificar os

Fórum, os participantes poderão debater

atos de improbidade é necessário recuperar

temas como Sigilos Bancário e Fiscal: Possi-

os danos sofridos pelo patrimônio público.

bilidade de quebra pela Advocacia-Geral da

A sindicância traz um novo alento à socie-

União e limites, Declaração de Inidoneidade:

dade e a conferência visa, nesse sentido,

uma nova Fronteira do Patrimônio Público,

dar enfoque nos instrumentos que devem

entre outros.

ser utilizados para recuperar a verba que foi desviada dos órgãos públicos”, pondera. Para o DPF Luís Flávio Zampronha, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais da PF, o número de notícias relacionadas a esse tema é contraditório, pois nos países em que não há transparência e democracia, a corrupção é oculta. “O fenômeno da corrupção está presente em todas as nações e é um fenômeno mundial, tema de fóruns internacionais, cuja discussão é extremamente relevante. Até o final da década de 80, a corrupção era

Serviço VI Fórum Brasileiro de Combate à Corrupção na Administração Pública 3 e 4 de dezembro de 2009 Brasília – Royal Tulip Brasília Alvorada Inscrições: www.editoraforum.com.br Fones: (31) 2121-4910 ou (31) 2121-4909. Mais informações: Fone: (31) 2121-4909 / (31) 2121-4910 E-mail: eventos@editoraforum.com.br Credenciamento: Fone: (31) 2121-4958 / 2121-4917


Homenagem A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), realizadora do IV Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que se realiza entre os dias 3 e 6 de novembro de 2009, em Fortaleza, no Ceará, agraciará quatro grandes juristas brasileiros. O Ministro da Justiça, Tarso Genro; o Ministro Francisco Cesar Asfor Rocha, Presidente do Superior Tribunal de Justiça; o recém-empossado Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro José Antonio Dias Toffoli; e o advogado criminalista Marcio Thomaz Bastos, ex-Ministro da Justiça. Os quatro homenageados pela ADPF receberão um troféu confeccionado em metal e granito pela artista plástica Diana Capistrano, da capital cearense. A peça foi desenhada a partir da logomarca do IV CNDPF e remete a um dos principais ícones do modo de vida do Ceará: as jangadas.

Novo Ministro do STF

será homenageado pela ADPF Ex-Advogado-Geral da União receberá homenagem pela sua atuação em prol de defesa de um sistema jurídico mais abrangente O recém-empossado Ministro do Supremo

zação que resultou em bilhões

Tribunal Federal (STF) José Antonio Dias Toffoli,

de reais poupados pelos cofres

o indicado mais jovem para Suprema Corte nas

públicos e demonstrou a eficá-

duas últimas décadas, será homenageado pela

cia da atuação do órgão. Nesse

Associação Nacional dos Delegados de Polícia

período, questões polêmicas marcaram sua

Federal (ADPF) durante o IV Congresso Nacional

atuação no STF, como a liberação das pesquisas

dos Delegados de Polícia Federal (IV CNDPF).

com células-tronco como forma de desenvol-

“Pela sua defesa de um sistema jurídico mais

vimento científico e a desocupação da Terra

abrangente, que contemple a Polícia Judiciária

Indígena Raposa Serra do Sol por não índios.

ao lado da Defensoria, Advocacia, Ministério

Outro feito que merece destaque foi o

Público e da Magistratura, conforme revelado

trabalho da AGU para o bom andamento

durante o I Congresso Nacional das Carreiras

do Programa de Aceleração do Crescimento

Jurídicas, prestaremos uma justa homenagem

(PAC). O órgão atuou em mais de mil ações

ao Ministro”, justifica o Presidente da ADPF, De-

para garantir que nenhuma obra fosse parada

legado de Polícia Federal Sandro Torres Avelar,

por questões judiciais. O Ministro também

Coordenador Geral do IV CNDPF.

foi signatário do protocolo de intenções para

Nos últimos dois anos, o Ministro Toffoli

formar a Rede de Controle da Gestão Pública,

exerceu o cargo de Advogado-Geral da União.

cujo propósito é somar esforços para garantir

Durante sua gestão, a Advocacia-Geral da União

mais efetividade às ações do estado no com-

(AGU) passou por um processo de profissionali-

bate à corrupção.


Presidente do STJ será agraciado pelos Delegados da PF Ministro do TSE receberá condecoração pela defesa de um Brasil mais justo e sem impunidade

O Ministro Francisco Cesar Asfor Rocha,

52

Sob a sua presidên-

Presidente do Superior Tribunal de Justiça

cia, o STJ escreveu o

(STJ), Ministro do Tribunal Superior Elei-

nome na história como

toral (TSE) e Corregedor-Geral da Justiça

o primeiro tribunal

Eleitoral, será homenageado pela Asso-

nacional do mundo a implantar o processo

ciação Nacional dos Delegados de Polícia

totalmente eletrônico e vem coordenando o

Federal (ADPF) com o troféu IV Congresso

projeto de informatização processual do Judi-

Nacional dos Delegados de Polícia Federal

ciário brasileiro: o Justiça na Era Virtual, cuja

em reconhecimento à trajetória marcada

meta é imprimir rapidez no trâmite processual

por realizações na defesa de um Brasil mais

e acabar com os processos em papel até 2010.

justo e sem impunidade. Ministro do STJ desde 1992, ao assumir a

Nascido em Fortaleza (CE), é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, especialista em

Presidência do órgão, em setembro de 2008,

Teoria Geral do Direito e Mestre em Direito

anunciou que aplicaria um choque de ges-

Público pela Faculdade de Direito da Uni-

tão no tribunal e enfatizou a importância da

versidade Federal do Ceará (UFC). A UFC

modernização da Justiça. No primeiro ano

também outorgou ao Ministro o título de

de sua gestão, o STJ entrou na era digital;

Notório Saber, equivalente a Doutor. É na

consolidou os recursos repetitivos; disponi-

instituição que o Ministro ministra aulas de

bilizou novos serviços no portal de internet;

Direito Civil, Introdução ao Estudo do Direito

e fomentou a integração com o Legislativo.

e Teoria Geral do Direito.


Tarso Genro Ministro da Justiça Ministro da Justiça recebe homenagem pela defesa da democracia

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, será

Governo de Porto Alegre e

agraciado pela ADPF com o troféu IV Con-

Deputado Federal pelo Rio

gresso Nacional dos Delegados de Polícia

Grande do Sul. No Governo

Federal pela sua trajetória de homem

Lula, foi titular da Secretaria

público comprometido com a defesa da de-

Especial do Conselho de Desenvolvimento

mocracia. À frente do Ministério da Justiça

Econômico e Social, Ministro da Educação e

desde 2007, é defensor notório do Estado

Ministro Chefe da Secretaria de Relações Insti-

Democrático de Direito e do estrito cumpri-

tucionais da Presidência da República.

mento do dever constitucional e legal das

Nascido em São Borja, no Rio Grande do

instituições sob o comando da sua pasta,

Sul, Tarso Genro é bacharel em Direito pela

entre elas a Polícia Federal.

Faculdade de Direito da Universidade Federal

Sobre a PF, o Ministro Tarso Genro expressou

de Santa Maria (RS) e tem Especialização em

publicamente que a instituição, no cumprimen-

Direito Trabalhista. Foi advogado de sindi-

to de seu dever constitucional, investiga fatos

catos e associações profissionais. Tem vários

e não pessoas e ressaltou o trabalho sereno e

livros editados na área de Direito, Política e

imparcial dos policiais federais, marcado pela

Literatura e trabalhos publicados na França,

ausência de intervenções em polêmicas políti-

Espanha, Turquia, Estados Unidos, Uruguai,

cas e reconhecido nacionalmente.

México, Peru, Portugal e Itália. Colabora, com

Tarso Genro foi vereador de Santa Maria (RS), prefeito, vice-prefeito e Secretário de

textos políticos e de teoria política, com os principais jornais do país.

53


Marcio Thomaz Bastos Advogado criminalista e ex-Ministro da Justiça Jurista e ex-Ministro da Justiça defende atuação republicana da PF

O jurista Marcio Thomaz Bastos esteve à

54

Integrou, na déca-

frente do Ministério da Justiça entre 2003

da de 90, o governo

e 2007 e será homenageado pela Asso-

paralelo instituído

ciação Nacional dos Delegados de Polícia

pelo PT como encarregado do setor de Justiça

Federal (ADPF) com o troféu IV Congresso

e segurança. Junto com o jurista Evando Lins

Nacional dos Delegados de Polícia Federal

e Silva, participou da redação da petição que

em reconhecimento à defesa da atuação

resultou no impeachment do ex-Presidente da

republicana da Polícia Federal.

República Fernando Collor de Mello. Em mo-

No comando do Ministério da Justi-

mentos importantes da política nacional, foi

ça, deu início ao processo de crescente

presidente da OAB/SP. À frente da Ordem pau-

fortalecimento da PF e cunhou a tese de

lista, participou intensamente do movimento

que a instituição deve ser uma polícia

pelas Diretas Já! e do período da Assembleia

republicana, e não de governo. "A PF

Nacional Constituinte.

não protege e não persegue ninguém".

Nascido em Cruzeiro/SP, é advogado cri-

Destacou-se ainda pela reestruturação

minalista graduado pela Universidade de São

da PF, pela aprovação da Reforma do Po-

Paulo (USP) com especialização em Processo

der Judiciário, pelo Estatuto do Desarma-

Penal pela PUC/SP. Entre defesas e acusações,

mento, pela Homologação da Terra Indí-

já trabalhou em cerca de 700 julgamentos.

gena Raposa Serra do Sol e pelo início da

Entre eles, como advogado de acusação dos

reestruturação do Sistema Brasileiro

assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindo-

de Concorrência.

mar Castilho e do Jornalista Pimenta Neves.


55

Turismo e Serviรงos


Facilidades para conhecer os encantos de Fortaleza Participantes e acompanhantes contam com vantagens especiais para passeios A capital cearense, sede do IV Congresso

as mais diversas regiões brasileiras e países e a localização privilegiada fazem do Ceará a escolha natural para organizadores de feiras, congressos e eventos. Acrescente ainda as diversas atrações turísticas, que proporcionam um entretenimento de primeira para os turistas. Além dos atributos naturais de Fortaleza, foi importante para a organização do IV CNDPF o apoio do Governo do Estado do

Nacional dos Delegados de Polícia Federal,

Ceará e da Secretaria de Turismo do Estado,

é uma metrópole moderna que se destaca

por meio da parceria do secretário Bismarck

pela cor do mar verde-azulado, pelas belas

Maia, e também da Assembleia Legislativa

praias, pelo vento suave e pelo povo alegre

estadual e da Câmara Municipal.

e hospitaleiro. Fortaleza é considerada uma das mais belas capitais do país. Conhecer o

Pacotes especiais para

município é também fazer um passeio por

o IV Congresso de DPF

sua história. A cidade modernizou-se, mas ainda guarda

56

Enquanto os congressistas estiverem absorvendo a programação científica do IV

marcas do passado em museus, igrejas, fortes,

Congresso Nacional dos Delegados de Polícia

praças, estações, teatros e prédios históricos.

Federal, os acompanhantes terão opções

O centro da cidade é repleto dessas lembran-

de passeios para conhecer melhor a capital

ças, como a Fortaleza de Nossa Senhora da

cearense. Os interessados devem procurar o

Assunção, construída no mesmo local onde se

quiosque da empresa Nettour Fortaleza, no

originou a cidade, e o Palácio da Luz, uma bela

lobby do Hotel Gran Marquise.

construção em estilo clássico do final do século XVIII, que foi sede do governo do Estado. Um dos melhores programas para quem

City Tour Itinerário: Avenida Beira Mar, Porto do

visita Fortaleza é ir às praias: as de Iracema,

Mucuripe, Praia do Futuro, Bairro da Aldeota,

Meireles e do Futuro estão entre as mais

Praça Portugal, Mausoléu do ex-presidente

concorridas. Passear no calçadão da Avenida

Castelo Branco, Praia de Iracema, Mercado

Beira Mar desde o começo, no Mucuripe, até

Central, Forte de Nossa Senhora de Assunção,

a Ponte dos Ingleses, na Praia de Iracema, é

Catedral da Sé, Praça dos Mártires, Centro

uma caminhada obrigatória e muito revigo-

de Turismo (antiga Cadeia Pública), Avenida

rante. Passeios de barco pela orla marítima

Leste Oeste, Centro Cultural Dragão do Mar,

são oferecidos nos pontos turísticos e são

Avenida Monsenhor Tabosa.

ideais para quem quer apreciar uma visão

Duração aproximada: três horas

panorâmica da capital.

Preço: R$ 25,00 por pessoa

A cidade possui uma estrutura física instalada capaz de receber qualquer tipo de evento, dos locais aos internacionais. A facilidade de acesso ao aeroporto, a existência de voos para

Praia do Porto das Dunas (Beach Park) O apoio institucional da Faculdade 7 de Setembro foi estendido a condições especiais


para os participantes curtirem o parque aquático que fica a 28 km de Fortaleza, na praia do Porto das Dunas.

Praia de Lagoinha A Praia de Lagoinha também está na lista dos belos lugares que os participantes do IV

Duração: oito horas

CNDPF poderão conhecer. Essa praia cravada

Preço por pessoa: R$ 25,00

no litoral oeste do Ceará, a 120 km de Fortaleza, tem uma grande extensão de areia. É

Praia de Cumbuco

cercada de dunas, coqueiros e arrecifes que

Localizada no litoral oeste do Ceará, a

lembram cavernas. Excelente para espor-

35 km de Fortaleza, esta praia paradisíaca,

tes náuticos. Desfrutar desse paraíso com

com dunas de areias brancas e diversos

passeios de buggys será um deleite para o

coqueiros, oferece aos visitantes atrações

publico presente. Haverá também passeio

como passeios de buggy nas trilhas espe-

ecológico no local.

ciais, de jangada e a cavalo pela praia, além

Duração: oito horas

de opções de restaurantes com o melhor da

Preço por pessoa: R$ 45,00

gastronomia local. Duração média: entre cinco e oito horas Preço por pessoa: R$ 25,00

Praia de Mundaú Localizada no litoral oeste, a 145 km de Fortaleza, a Praia de Mundaú está em uma

Praias de Morro Branco e Fontes Visitar as lindas praias de Morro Branco e

longa faixa de areia que abriga currais de peixe, uma antiga forma de pesca artesa-

Fontes, localizadas a 85 km de Fortaleza, é

nal, e é quase privativa. É possível fazer

uma ótima oportunidade para contemplar a

um passeio de barco que começa no mar e

natureza, com direito a caminhada de apro-

termina no rio.

ximadamente 50 minutos pelas falésias de

Duração: oito horas

areias coloridas e banho de mar e água doce,

Preço por pessoa: R$ 50,00

em Morro Branco, e o encerramento em um restaurante típico com o melhor da culinária cearense.

Tour de compras E para quem quiser levar uma recorda-

Duração: oito horas

ção de Fortaleza, haverá um breve passeio

Preço: R$ 45,00 por pessoa

de 5h pelos principais pontos de vendas de artesanato da cidade: Centro de Turismo,

Praia de Canoa Quebrada A 115 km de Fortaleza, o município de Canoa Quebrada é conhecido como o “pa-

Mercado Central e a Avenida Monsenhor Tabosa. Preço por pessoa: R$ 35,00

raíso da lua estrela” e deslumbra os turistas com suas belezas naturais. O pôr do sol nas

Duração: nove horas

Serviço Nettour Fortaleza Lobby do Hotel Gran Marquise Av. Rui Barbosa, 780 - Loja 10 - Meireles Fone: 85 3268-3099

Preço por pessoa: R$ 50,00

Fones de Emergência: 85 9981-4433

dunas, as magníficas falésias, a autêntica vila de pescadores e a gastronomia regional são atrações imperdíveis.

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Em 2009, é celebrado o centenário de nascimento do poeta cearense que é símbolo da poesia oral, tradicional e popular

Patativa do Assaré,

a voz do sertão 58 Nascido Antônio Gonçalves da Silva,

Em sua procura de “amô”, Patativa do As-

acabou se tornando “Patativa” em uma

saré encontrou na poesia sua grande paixão,

comparação entre a beleza de seus versos e

da qual se consagrou como mestre. Apesar

o canto da ave nordestina de mesmo nome.

de ter passado apenas seis meses na escola,

Assim como os filósofos gregos, incluiu ao

o artista cearense foi agraciado com premia-

nome o da cidade natal “Assaré” para que

ções, títulos e homenagens por sua arte.

fosse mais bem identificado. Eis que surgiu

As histórias da roça, o som da viola e a

há um século o poeta popular, cantor, com-

leitura dos folhetos de cordel tiveram forte in-

positor e repentista “Patativa

fluência em sua obra. Ao completar 16 anos, o

do Assaré”.

jovem poeta aprontou uma travessura daquelas: trocou uma ovelha do rebanho da família

“Sou poeta das brenha, não faço o papé

por uma viola. Não durou muito para a fama

De argum menestrê, ou errante cantô

de menino violeiro se espalhar pelo sertão

Que veve vagando, com sua viola,

cearense. Graças à memória impressionante,

Cantando, pachola, à percura de amô.”

recitou trechos de suas poesias que exalta-

(O Poeta da Roça)

vam as grandezas e as misérias do sertão.


Aos 20 anos, Patativa fez uma viagem que

em 1978. Os outros dois livros, Ispinho e Fulô

mudou sua vida. Ele seguiu para a Região

e Aqui tem coisa, foram lançados respectiva-

Norte e conheceu Belém e Macapá. Na

mente nos anos de 1988 e 1994. O primeiro

capital paraense, conheceu diversos poetas

teve direção do cineasta e poeta Rosemberg

populares, como Francisco Chapa, Antônio

Cariry. O segundo foi idealizado pela Secreta-

Merêncio e Rufino Galvão, e travou com eles

ria de Cultura do Estado do Ceará, em home-

criativos “duelos musicais”. Sua fama se es-

nagem ao octogésimo sexto aniversário do

palhou pela região e, ao retornar da viagem

poeta cearense.

itinerante, deparou-se com a consagração ao ser recebido em Assaré com honras dignas de um poeta erudito. Mesmo com o status de

O CENTENÁRIO Patativa do Assaré morreu no dia 8 de julho

celebridade, nunca abandonou o campo e a

de 2002, na sua cidade natal. O seu sepulta-

labuta sertaneja.

mento foi realizado no dia 9, com a presença de autoridades, artistas e grande participação

O LEGADO DO MESTRE PATATIVA Sua obra não foi registrada de próprio punho. Patativa não escrevia, ele simples-

popular. Rádios, televisões e jornais dedicaram ao poeta reportagens especiais e homenagens. Em 2009, é comemorado o centenário de

mente soltava sua arte cabocla ao vento, para

Patativa do Assaré. A Secretaria da Cultura

quem as apanhasse. E não foram poucos que

do Estado do Ceará (Secult) e a Fundação Me-

se dedicaram a transcrever sua oralidade. Por

morial Patativa do Assaré lançaram o projeto

iniciativa do escritor José Arraes de Alencar,

Patativa do Assaré Encanta em todo Canto,

a primeira obra registrada de Patativa surge:

programação itinerante em 95 municípios do

Inspiração Nordestina, em 1956. O sucesso da

Ceará com objetivo de difundir a importância

antologia lhe permitiu uma segunda edição

da poesia popular pelo Estado.

em 1966, enriquecida de novos textos: Cantos de Patativa. Em 1970, o professor José de Figueiredo Fi-

Nascido em 5 de março de 1909 em Serra de Santana, pequena propriedade rural no município de Assaré, localizado ao sul do

lho publicou uma nova coletânea de poemas,

estado, Patativa é o segundo filho de Pedro

Patativa do Assaré: novos poemas comentados.

Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva.

Por iniciativa do professor Plácido Cidade

Foi casado com “dona” Belinha, com quem

Nuvens, foi lançado Cante lá que eu canto cá

teve nove filhos.

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Telefones úteis COMISSÃO ORGANIZADORA DO IV CNDPF DPF Marcos Leôncio Sousa Ribeiro Coordenador Executivo (61) 8175 1099 DPF João Cesar Bertosi Coordenador Executivo Local (85) 9995-0001 Iara Vidal – Coordenadora de Comunicação (61) 8175-1573 Andréa Lucas – Secretaria Local (85) 9973-2269

60

Érika Ramalho Aragão – Secretaria Local (85) 8833-8150 Patrícia Evangelista – Secretaria Nacional (61) 8520-3579 Fátima Sousa – Secretaria Nacional (61) 8102-9993 Ivaldo José Braga – Transportes (61) 8102-9555 Ivone Mendes – Recepção (61) 8103-0919 Diogo Abreu – Credenciamento (61) 9982-7736 Haia Turismo e Eventos Celina Frossard (61) 9100-0762 Camila Pires (61) 9557-7585

Hotel Gran Marquise (85) 4006-5000 Agência de turismo local Nettour Fortaleza Av. Rui Barbosa, 780 – Loja 10 – Meireles Fone: (85) 3268-3099 / (85) 9981-4433 EMERGÊNCIAS Corpo de Bombeiros: 193 Defesa Civil: 199 Polícia Militar: 190 SAMU: 192 FARMÁCIAS Arjuna Dafa: (85) 3263-4119 Doce Vida: (85) 3248-7444 Pague Menos: (85) 3433-8350 SERVIÇOS Disque Turismo: (85) 3257-1000 – das 8h às 17h Polícia Militar: 190 Bombeiros: 191 Secretaria de Turismo de Fortaleza Setfor: (85) 3105-1535 Secretaria de Turismo do Estado Setur: (85) 3101-4623 Delegacia do Turista: (85) 3261-3769 Aeroporto: (85) 3477-1667 Rodoviária: (85) 3256-1025



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ADPF – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL SHIS QL 14 - Conjunto 5 - Casa 2 - Lago Sul - Brasília/DF - CEP 71640-055 Telefone: (61) 3221-7051 - Fax: (61) 3221-7065 Site: www.adpf.org.br • E-mail: comunicacao@adpf.org.br


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