Sistema Agroflorestal Praia Grande da Cajaíba

Page 1

SISTEMA as plantas AGROFLORESTAL medicinais PRAIA do pousa GRANDEdaDAcajaíba CAJAÍBA RESERVA ESTADUAL ECOLÓGICA DA JUATINGA PARATY, RJ Registro cultural de uma comunidade caiçara de Paraty, RJ



PLANTAS CULTIVADAS DO MESTRE ALTAMIRO DOS SANTOS

SISTEMA AGROFLORESTAL PRAIA GRANDE DA CAJAÍBA RESERVA ECOLÓGICA ESTADUAL DA JUATINGA, PARATY- RJ

Autores Carolina Pellucci Barreto Marotta Tainá Mie Seto Soares Design Gráfico Manuela Giacomo Diagramação Cesar Okada Patrocínio Proext 2015 Apoio Institucional Projeto de Extensão Universitária UFRJ Raízes e Frutos: Uma Vivência nas Comunidades Caiçaras da Peninsula da Juatinga

INEA - Instituto Estadual do Ambiente Reserva Ecológica Estadual da Juatinga ISBN 978-85-65003-70-4

1


APRESENTAÇÃO Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) unem produção agrícola à conservação florestal, gerando conservação dos ecossitemas, produção de alimentos e renda sem agredir a natureza, em equilíbrio com a dinâmica tropical, além de ser uma importante ferramenta para a recuperação de áreas degradadas (Caldeira, 2011). O presente catálogo é fruto do diáologo entre o Projeto de Extensão Raízes e Frutos, vinculado ao Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Reserva Ecológica Estadual da Juatinga- REEJ, gerida pelo Instituto Estadual do Ambiente - INEA. O objetivo é registrar as espécies botânicas e a cultura associada à sua utilização pela comunidade que o implantou. O Mestre Grio Altamiro dos Santos, reconhecido pelo Ministério da Cultura como um dos Mestres Caiçaras da Península da Juatinga é nascido e criado na Praia Grande da Cajaíba e um dos líderes da resistência caiçara no local. A imlementação do viveiro agroflorestal, parceria entre a comunidade local, a Ong Verde Cidadania e o nascente projeto Raízes e Frutos teve desde o início, em 2005, o objetivo de aliar a resistência política na luta pela manutenção da comunidade caiçara no seu território ancestral bem como subsidiar trabalhos educativos e incentivar a agricultura sustentável nas demais Vilas Caiçaras presentes na Reserva Ecológica Estadual da Juatinga. A partir da parceria com o Forum de Comunidades Tradicionais Angra, Paraty e Ubatuba, principalmente através do diálogo com os agricultores agroecológicos do Quilombo do Campinho da Independência, o Viveiro Agroflorestal foi dando espaço para a implementação do Sistema Agroflorestal do Mestre Altamiro dos Santos. Nas próximas páginas o leitor poderá conhecer um pouco da experiência de implantação e condução do SAF - sistema agroflorestal do Mestre Altamiro; as espécies presentes no sistema através de fotos e descrição botânica e a forma de utilização e nomeação destas plantas pela família que o produziu. As fotos são do catálogo de “Árvores brasileiras” de Henri Lorenzi.

2

3


APRESENTAÇÃO Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) unem produção agrícola à conservação florestal, gerando conservação dos ecossitemas, produção de alimentos e renda sem agredir a natureza, em equilíbrio com a dinâmica tropical, além de ser uma importante ferramenta para a recuperação de áreas degradadas (Caldeira, 2011). O presente catálogo é fruto do diáologo entre o Projeto de Extensão Raízes e Frutos, vinculado ao Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Reserva Ecológica Estadual da Juatinga- REEJ, gerida pelo Instituto Estadual do Ambiente - INEA. O objetivo é registrar as espécies botânicas e a cultura associada à sua utilização pela comunidade que o implantou. O Mestre Grio Altamiro dos Santos, reconhecido pelo Ministério da Cultura como um dos Mestres Caiçaras da Península da Juatinga é nascido e criado na Praia Grande da Cajaíba e um dos líderes da resistência caiçara no local. A imlementação do viveiro agroflorestal, parceria entre a comunidade local, a Ong Verde Cidadania e o nascente projeto Raízes e Frutos teve desde o início, em 2005, o objetivo de aliar a resistência política na luta pela manutenção da comunidade caiçara no seu território ancestral bem como subsidiar trabalhos educativos e incentivar a agricultura sustentável nas demais Vilas Caiçaras presentes na Reserva Ecológica Estadual da Juatinga. A partir da parceria com o Forum de Comunidades Tradicionais Angra, Paraty e Ubatuba, principalmente através do diálogo com os agricultores agroecológicos do Quilombo do Campinho da Independência, o Viveiro Agroflorestal foi dando espaço para a implementação do Sistema Agroflorestal do Mestre Altamiro dos Santos. Nas próximas páginas o leitor poderá conhecer um pouco da experiência de implantação e condução do SAF - sistema agroflorestal do Mestre Altamiro; as espécies presentes no sistema através de fotos e descrição botânica e a forma de utilização e nomeação destas plantas pela família que o produziu. As fotos são do catálogo de “Árvores brasileiras” de Henri Lorenzi.

2

3


ÍNDICE

Histórico do Sistema Agroflorestal da Praia Grande da Cajaíba Nomes Populares e Nomes Científicos das espécies presentes. Angico Araça Araribá Cajuja Cambucá Capororoca Condessa Crindiuva Embaúba Grumixama Guapuruvu Inga de metro Inga macaco Ipê amarelo Jabuticaba Jacatirão Jussara Monjolo Paineira Pau Brasil Pitanga Quaresmeira Tarumã Timbuíba Urucum

4

Anadenanthera macrocarpa Psidium cattleianum Centrolobium robustum Aegiphila integrifolia Plinia edulis Rapanea ferruginea Rollinia mucosa Trema micranta Cecropia glaziovii Eugenia brasiliensis Schizolobium parahyba Inga edulis Inga sessilis Tabebuia serratifolia Myrciaria cauliflora Miconia cinnamomifolia Euterpe edulis Piptadenia gonoacantha Corisia speciosa Caesalpinia echinata Eugenia uniflora Tibouchina granulosa Vitex montevidensis Balizia pedicelaris Bixa orellana

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

5


ÍNDICE

Histórico do Sistema Agroflorestal da Praia Grande da Cajaíba Nomes Populares e Nomes Científicos das espécies presentes. Angico Araça Araribá Cajuja Cambucá Capororoca Condessa Crindiuva Embaúba Grumixama Guapuruvu Inga de metro Inga macaco Ipê amarelo Jabuticaba Jacatirão Jussara Monjolo Paineira Pau Brasil Pitanga Quaresmeira Tarumã Timbuíba Urucum

4

Anadenanthera macrocarpa Psidium cattleianum Centrolobium robustum Aegiphila integrifolia Plinia edulis Rapanea ferruginea Rollinia mucosa Trema micranta Cecropia glaziovii Eugenia brasiliensis Schizolobium parahyba Inga edulis Inga sessilis Tabebuia serratifolia Myrciaria cauliflora Miconia cinnamomifolia Euterpe edulis Piptadenia gonoacantha Corisia speciosa Caesalpinia echinata Eugenia uniflora Tibouchina granulosa Vitex montevidensis Balizia pedicelaris Bixa orellana

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

5


Histórico do Sistema Agroflorestal do Mestre Altamiro dos Santos A Praia Grande da Cajaíba é um dos 12 núcleos de populações tradicionais da REEJ e é considerada como Vila Caiçara pelo Plano de Manejo da APA de Cairuçu, Unidade de Conservação Federal, gerida atualmente pelo ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O Plano de Manejo da APA considera as atividades de manejo florestal como prioritárias para o desenvolvimento das comunidades locais em consonância com suas atividades tradicionais. Em seu Encarte 4, Pg 156, item 2.4, prevê como ações prioritárias: “Promover e apoiar o manejo dos roçados tradicionais: Deve-se incentivar a implantação de sistemas agroflorestais em áreas de roçados e em áreas degradadas/recuperadas, evitando o uso de fogo (...). Promover e apoiar o manejo dos quintais dos moradores da zona costeira e rural. Aproveitando a característica peculiar dos quintais, que reúnem espécies arbóreas em consórcio com outras espécies perenes e anuais; Deve-se estimular o manejo dos quintais segundo os conceitos da agroecologia; Estimular a conservação de espécies e variedades locais a partir da formação de bancos de sementes, trocas de mudas e sementes e informações etnoecológicas nos quintais e nos roçados. Incentivar o uso dos produtos dos quintais em programas de educação alimentar e fitoterápicos”. Mesmo sem conhecer o Plano de Manejo da APA, o Mestre Altamiro dos Santos produziu em seu quintal o que hoje é reconhecida como a principal experiência de Agroecologia da Reserva Ecológica da Juatinga. Seu Altamiro, como é conhecido, nasceu na Praia Grande da Cajaíba e seus pais, Cristina Bernadino dos Santos e Francisco Correia dos Santos, também viveram na mesma comunidade. Acima de sua casa se encontra a “cava” de casa de seu avô, que também habitou a mesma região da praia. Desde criança já ajudava os pais na plantação e colheita de mandioca, milho, café, feijão, cara, taioba, batata doce e cana para alimentação da família. 6

Hoje por ser um agricultor referência no plantio agroecológico na Reserva, já participou de intercâmbios e atividades da Articulação de Agroecologia do Estado do Rio de Janeiro, do Fórum de Comunidades Tradicionais e do Projeto de Extensão Raízes e Frutos da UFRJ que muito contribuíram para o sistema que ele maneja atualmente. Descrição da Experiência Antes de implantar o SAF, o Mestre Altamiro cultivava principalmente mandioca, abacaxi, inhame, café, taioba e cana. Sempre com o uso do fogo (coivara), do pousio e da roçada, heranças do cultivo indígena tradicional – “Dava muito trabalho limpar todo o mandiocal” – afirma ele. Em 2005 acontece a primeira vivência de estudantes de graduação da UFRJ em parceria com a Ong Verde Cidadania, que defende a família no processo judicial de resistência à grilagem de terras no local. Mestre Altamiro, com o apoio de Dona Benedita ou Dona Dica e o parceiro Seu Filhinho e com a assessoria do agricultor agroflorestal Mestre Antonio Castor montam o primeiro viveiro agroflorestal em sua propriedade para produção das mudas a serem introduzidas em seu sistema. Em 2006, com o apoio da Ong Verde Cidadania é implementado um viveiro maior com a assessoria do engenheiro florestal Fábio Reis. Em 2007, Altamiro começa a participar de mutirões na roça de uma moradora da comunidade do Pouso da Cajaíba, Dona Margarete, onde o projeto Raizes e Frutos realizava um trabalho de Agroecologia em parceira com o Mestre Agroflorestal Zé Ferreira, já contribuindo com mudas e sementes (LOPES, 2009). Foi através das diferentes vivências que o conhecimento agroecológico do Mestre Altamiro foi sendo reconhecido e o sistema agroflorestal foi sendo implementado. É importante ressaltar que anteriormente ao ano de 2005, o grande amigo e parceiro Martin já trazia constantemente sementes crioulas e realizava demoradas conversas sobre as formas ecológicas de plantio e manejo. Em 2004, em visita a Praia Grande, o Mestre Amilton Munari, de Maquiné-RS, do movimento de coleta e produção de polpa da palmeira Jussara, Euterpe Edulis, em 7


Histórico do Sistema Agroflorestal do Mestre Altamiro dos Santos A Praia Grande da Cajaíba é um dos 12 núcleos de populações tradicionais da REEJ e é considerada como Vila Caiçara pelo Plano de Manejo da APA de Cairuçu, Unidade de Conservação Federal, gerida atualmente pelo ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O Plano de Manejo da APA considera as atividades de manejo florestal como prioritárias para o desenvolvimento das comunidades locais em consonância com suas atividades tradicionais. Em seu Encarte 4, Pg 156, item 2.4, prevê como ações prioritárias: “Promover e apoiar o manejo dos roçados tradicionais: Deve-se incentivar a implantação de sistemas agroflorestais em áreas de roçados e em áreas degradadas/recuperadas, evitando o uso de fogo (...). Promover e apoiar o manejo dos quintais dos moradores da zona costeira e rural. Aproveitando a característica peculiar dos quintais, que reúnem espécies arbóreas em consórcio com outras espécies perenes e anuais; Deve-se estimular o manejo dos quintais segundo os conceitos da agroecologia; Estimular a conservação de espécies e variedades locais a partir da formação de bancos de sementes, trocas de mudas e sementes e informações etnoecológicas nos quintais e nos roçados. Incentivar o uso dos produtos dos quintais em programas de educação alimentar e fitoterápicos”. Mesmo sem conhecer o Plano de Manejo da APA, o Mestre Altamiro dos Santos produziu em seu quintal o que hoje é reconhecida como a principal experiência de Agroecologia da Reserva Ecológica da Juatinga. Seu Altamiro, como é conhecido, nasceu na Praia Grande da Cajaíba e seus pais, Cristina Bernadino dos Santos e Francisco Correia dos Santos, também viveram na mesma comunidade. Acima de sua casa se encontra a “cava” de casa de seu avô, que também habitou a mesma região da praia. Desde criança já ajudava os pais na plantação e colheita de mandioca, milho, café, feijão, cara, taioba, batata doce e cana para alimentação da família. 6

Hoje por ser um agricultor referência no plantio agroecológico na Reserva, já participou de intercâmbios e atividades da Articulação de Agroecologia do Estado do Rio de Janeiro, do Fórum de Comunidades Tradicionais e do Projeto de Extensão Raízes e Frutos da UFRJ que muito contribuíram para o sistema que ele maneja atualmente. Descrição da Experiência Antes de implantar o SAF, o Mestre Altamiro cultivava principalmente mandioca, abacaxi, inhame, café, taioba e cana. Sempre com o uso do fogo (coivara), do pousio e da roçada, heranças do cultivo indígena tradicional – “Dava muito trabalho limpar todo o mandiocal” – afirma ele. Em 2005 acontece a primeira vivência de estudantes de graduação da UFRJ em parceria com a Ong Verde Cidadania, que defende a família no processo judicial de resistência à grilagem de terras no local. Mestre Altamiro, com o apoio de Dona Benedita ou Dona Dica e o parceiro Seu Filhinho e com a assessoria do agricultor agroflorestal Mestre Antonio Castor montam o primeiro viveiro agroflorestal em sua propriedade para produção das mudas a serem introduzidas em seu sistema. Em 2006, com o apoio da Ong Verde Cidadania é implementado um viveiro maior com a assessoria do engenheiro florestal Fábio Reis. Em 2007, Altamiro começa a participar de mutirões na roça de uma moradora da comunidade do Pouso da Cajaíba, Dona Margarete, onde o projeto Raizes e Frutos realizava um trabalho de Agroecologia em parceira com o Mestre Agroflorestal Zé Ferreira, já contribuindo com mudas e sementes (LOPES, 2009). Foi através das diferentes vivências que o conhecimento agroecológico do Mestre Altamiro foi sendo reconhecido e o sistema agroflorestal foi sendo implementado. É importante ressaltar que anteriormente ao ano de 2005, o grande amigo e parceiro Martin já trazia constantemente sementes crioulas e realizava demoradas conversas sobre as formas ecológicas de plantio e manejo. Em 2004, em visita a Praia Grande, o Mestre Amilton Munari, de Maquiné-RS, do movimento de coleta e produção de polpa da palmeira Jussara, Euterpe Edulis, em 7


Unidades de Conservação, fez a primeira colheita de polpa de cacho de Jussara, com o qual fez a bebida e com essas sementes foram feitas as primeiras mudas de Jussara que foram as primeiras a produzir no verão de 2015 dentro do sistema agroflorestal. Tratos culturais: Ao invés do uso do fogo, ele faz a roçada seletiva com o penado e junta as folhagens no pé das árvores; Realiza desbastes e podas principalmente nas bananeiras; Utiliza plantas repelentes de insetos ao invés de veneno para formigas. Pontos positivos: Agora ele tem uma diversidade bem maior de frutas que além de servirem de alimento, atraem pássaros diversos; A fertilidade e estrutura do solo melhoraram consideravelmente; A sensação térmica ao redor de sua casa (onde se localiza o SAF) é bem mais agradável. Dificuldades: Algumas espécies como o abacaxi não se dão bem em áreas muito sombreadas. Em quase 10 anos o sistema passou por uma mudança profunda. Ultimamente Sr. Altamiro cultiva um numero variado de espécies em seu SAF e o solo ganhou em fertilidade e estrutura devido à proteção contra a chuva e acréscimo de matéria orgânica proporcionado pela vegetação que hoje está implantada na área e pelos novos tratamentos culturais.

8

ESPÉCIES E SUA UTILIZAÇÃO

9


Unidades de Conservação, fez a primeira colheita de polpa de cacho de Jussara, com o qual fez a bebida e com essas sementes foram feitas as primeiras mudas de Jussara que foram as primeiras a produzir no verão de 2015 dentro do sistema agroflorestal. Tratos culturais: Ao invés do uso do fogo, ele faz a roçada seletiva com o penado e junta as folhagens no pé das árvores; Realiza desbastes e podas principalmente nas bananeiras; Utiliza plantas repelentes de insetos ao invés de veneno para formigas. Pontos positivos: Agora ele tem uma diversidade bem maior de frutas que além de servirem de alimento, atraem pássaros diversos; A fertilidade e estrutura do solo melhoraram consideravelmente; A sensação térmica ao redor de sua casa (onde se localiza o SAF) é bem mais agradável. Dificuldades: Algumas espécies como o abacaxi não se dão bem em áreas muito sombreadas. Em quase 10 anos o sistema passou por uma mudança profunda. Ultimamente Sr. Altamiro cultiva um numero variado de espécies em seu SAF e o solo ganhou em fertilidade e estrutura devido à proteção contra a chuva e acréscimo de matéria orgânica proporcionado pela vegetação que hoje está implantada na área e pelos novos tratamentos culturais.

8

ESPÉCIES E SUA UTILIZAÇÃO

9


ANGICO FAMILIA LEGUMINOSAE Descrição Botânica

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

Forma de vida: árvore de até 20 metros. Folhas: recompostas Flores: Pequenos pompons branco-rosados Fruto: Vagem Tronco: Avermelhado com espinhos na base. Uso: O angico-vermelho é uma árvore que cresce rapidamente e produz grande quantidade de madeira. Serve para construções de casas e lenha.

10

ARAÇÁ FAMÍLIA MYRTACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 3 a 6 metros. Folhas: simples, opostas. Flores: brancas Frutos: redondos, verde-amarelados. Tronco: Com casca descamante.

Psidium cattleianum Sabine

Uso: Seus deliciosos frutos fazem doces, sorvetes, geleias e licores. Possuem elevado valor nutricional, baixo teor de açúcar, grande riqueza em nutrientes e presença de vitamina C. Porém, suas sementes possuem grande dificuldade de germinação.

11


ANGICO FAMILIA LEGUMINOSAE Descrição Botânica

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

Forma de vida: árvore de até 20 metros. Folhas: recompostas Flores: Pequenos pompons branco-rosados Fruto: Vagem Tronco: Avermelhado com espinhos na base. Uso: O angico-vermelho é uma árvore que cresce rapidamente e produz grande quantidade de madeira. Serve para construções de casas e lenha.

10

ARAÇÁ FAMÍLIA MYRTACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 3 a 6 metros. Folhas: simples, opostas. Flores: brancas Frutos: redondos, verde-amarelados. Tronco: Com casca descamante.

Psidium cattleianum Sabine

Uso: Seus deliciosos frutos fazem doces, sorvetes, geleias e licores. Possuem elevado valor nutricional, baixo teor de açúcar, grande riqueza em nutrientes e presença de vitamina C. Porém, suas sementes possuem grande dificuldade de germinação.

11


ARARIBÁ

Centrolobium microchaete ( Mart. ex Benth.) Lima

FAMÍLIA FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore. Chega a 12 m de comprimento. Folhas: Compostas, alternas com até 60 cm de comprimento Flores: Amareladas, com cerca de 1 cm de comprimento Frutos: Com uma parte alada e outra com espinhos. De 1 a 2 sementes por fruto. Tronco: Casca cinza áspera, levemente fissurada. Uso: Madeira boa para construção. Lenha de primeira qualidade

CAJUJA

Aegiphila sellowiana Cham.

FAMÍLIA VERBENACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 7 metros. Folhas: simples, opostas com pilosidades. Flores: Pequenas, esverdeadas, em cachos no final dos ramos. Frutos: Vermelhos. Atraem diversos pássaros. Tronco: tortuoso com fissuras Produção de mudas: Colher os frutos diretamente da árvore quando estiverem maduros (coloração alaranjada). Podem ser diretamente utilizados para o plantio como se fossem sementes, não havendo necessidade de despolpá-los. Uso:

A madeira pode ser empregada na construção civil para obras internas. É usado também na fabricação de caixotes e tamancos.

12

13


ARARIBÁ

Centrolobium microchaete ( Mart. ex Benth.) Lima

FAMÍLIA FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore. Chega a 12 m de comprimento. Folhas: Compostas, alternas com até 60 cm de comprimento Flores: Amareladas, com cerca de 1 cm de comprimento Frutos: Com uma parte alada e outra com espinhos. De 1 a 2 sementes por fruto. Tronco: Casca cinza áspera, levemente fissurada. Uso: Madeira boa para construção. Lenha de primeira qualidade

CAJUJA

Aegiphila sellowiana Cham.

FAMÍLIA VERBENACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 7 metros. Folhas: simples, opostas com pilosidades. Flores: Pequenas, esverdeadas, em cachos no final dos ramos. Frutos: Vermelhos. Atraem diversos pássaros. Tronco: tortuoso com fissuras Produção de mudas: Colher os frutos diretamente da árvore quando estiverem maduros (coloração alaranjada). Podem ser diretamente utilizados para o plantio como se fossem sementes, não havendo necessidade de despolpá-los. Uso:

A madeira pode ser empregada na construção civil para obras internas. É usado também na fabricação de caixotes e tamancos.

12

13


CAMBUCÁ

Marlierea edulis (Berg.) Nied

FAMÍLIA MYRTACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 10 metros Folhas: simples, opostas Flores: Brancas, no caule da arvore Frutos: Amarelos com polpa suculenta Tronco: Madeira avermelhada Uso: Madeira boa para cabos de ferramenta e instrumentos agrícolas. Seus frutos fazem deliciosos sucos e suas folhas são usadas no tratamento de problemas estomacais e afecções de garganta.

14

CAPOROROCA

Rapanea ferruginea (Ruiz et Pav.) Mez

FAMÍLIA MYRSINACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 6 a 12 metros Folhas: Simples, alternas com a parte de baixo cor de ferrugem. Flores: Branco-esverdeadas. Na parte final dos ramos Frutos: Pequenos de cor negra-arroxeada Tronco: Acinzentado com marcas verticais avermelhadas Uso: Seus frutos são alimento para diversos pássaros sendo muito indicada para reflorestamentos. Sua madeira é usada para construções internas como esteios e caibros. Produz lenha de boa qualidade. Sr. Altamiro usa essa madeira para fazer gamelas pois ela demora a estragar.

15


CAMBUCÁ

Marlierea edulis (Berg.) Nied

FAMÍLIA MYRTACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 10 metros Folhas: simples, opostas Flores: Brancas, no caule da arvore Frutos: Amarelos com polpa suculenta Tronco: Madeira avermelhada Uso: Madeira boa para cabos de ferramenta e instrumentos agrícolas. Seus frutos fazem deliciosos sucos e suas folhas são usadas no tratamento de problemas estomacais e afecções de garganta.

14

CAPOROROCA

Rapanea ferruginea (Ruiz et Pav.) Mez

FAMÍLIA MYRSINACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 6 a 12 metros Folhas: Simples, alternas com a parte de baixo cor de ferrugem. Flores: Branco-esverdeadas. Na parte final dos ramos Frutos: Pequenos de cor negra-arroxeada Tronco: Acinzentado com marcas verticais avermelhadas Uso: Seus frutos são alimento para diversos pássaros sendo muito indicada para reflorestamentos. Sua madeira é usada para construções internas como esteios e caibros. Produz lenha de boa qualidade. Sr. Altamiro usa essa madeira para fazer gamelas pois ela demora a estragar.

15


CONDESSA

Rollinia mucosa (Jacq.) Baill.

FAMÍLIA ANNONACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 15 metros Folhas: Simples, alternas Flores: Isoladas, verde-amareladas Frutos: Polpa branca suculenta Tronco: com várias ramificações Uso: Frutos usados para fazer sucos e vinhos. Seu tronco é usado para mastros de navio e para construções de caixotes e forros.

16

CRINDIÚBA

Trema micrantha (L.) Blume

FAMÍLIA ULMACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 12 metros Folhas: Simples com a parte de cima áspera Flores: Bem pequenas, esverdeadas Frutos: Pequenos (menores que 1 cm) de alaranjados a negros quando maduros. Tronco: Liso de cor acinzentada Uso: É uma árvore de grande aproveitamento. Sua casca fornece fibras para cordas e tecidos, o tronco fornece resina e sua madeira é utilizada para tabuados em geral. Muito usada para lenha e carvão. Excelente espécie para reflorestamentos pois possui crescimento rápido.

17


CONDESSA

Rollinia mucosa (Jacq.) Baill.

FAMÍLIA ANNONACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 15 metros Folhas: Simples, alternas Flores: Isoladas, verde-amareladas Frutos: Polpa branca suculenta Tronco: com várias ramificações Uso: Frutos usados para fazer sucos e vinhos. Seu tronco é usado para mastros de navio e para construções de caixotes e forros.

16

CRINDIÚBA

Trema micrantha (L.) Blume

FAMÍLIA ULMACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 12 metros Folhas: Simples com a parte de cima áspera Flores: Bem pequenas, esverdeadas Frutos: Pequenos (menores que 1 cm) de alaranjados a negros quando maduros. Tronco: Liso de cor acinzentada Uso: É uma árvore de grande aproveitamento. Sua casca fornece fibras para cordas e tecidos, o tronco fornece resina e sua madeira é utilizada para tabuados em geral. Muito usada para lenha e carvão. Excelente espécie para reflorestamentos pois possui crescimento rápido.

17


EMBAÚBA

Cecropia glaziovii Sneth

FAMÍLIA CECROPIACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 6 a 12 metros Folhas: Simples, enormes (cerca de 60 cm). Produzem uma secreção na base das folhas que alimenta as formigas. Flores: em pendões no centro dos ramos. Frutos: Carnoso, comestível. Tronco: Interior oco podendo abrigar colônias de formigas que protegem a árvore contra parasitas. Uso: Esta espécie surge em áreas em transformação. Em um clarão na mata, ela é uma das primeiras espécies a aparecer. Possui madeira muito leve, usada em caixotaria. Usada também como cano, para passagem de água, por ter seu tronco oco. Seus frutos são procurados por marsupiais e diversos tipos de aves, como o tucano. Sr Altamiro já viu o bicho preguiça comendo os frutos da embaúba. Por ela atrair formigas, o tamanduá mirim também vem se alimentar em seu tronco.

18

GRUMIXAMA

Eugenia brasiliensis Lam.

FAMÍLIA MYRTACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 10 a 15 metros Folhas: Simples, opostas. Flores: Brancas, nas partes terminais dos ramos Frutos: De amarelos a roxos quando maduros, com cerca de 2 cm Tronco: De casca acinzentada que se destaca, por vezes fácil de arrancar. Uso: Esta espécie possui um componente químico chamado ácido ursólico, que tem atividades antimicrobianas, antiviróticas e antiinflamatórias.

19


EMBAÚBA

Cecropia glaziovii Sneth

FAMÍLIA CECROPIACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 6 a 12 metros Folhas: Simples, enormes (cerca de 60 cm). Produzem uma secreção na base das folhas que alimenta as formigas. Flores: em pendões no centro dos ramos. Frutos: Carnoso, comestível. Tronco: Interior oco podendo abrigar colônias de formigas que protegem a árvore contra parasitas. Uso: Esta espécie surge em áreas em transformação. Em um clarão na mata, ela é uma das primeiras espécies a aparecer. Possui madeira muito leve, usada em caixotaria. Usada também como cano, para passagem de água, por ter seu tronco oco. Seus frutos são procurados por marsupiais e diversos tipos de aves, como o tucano. Sr Altamiro já viu o bicho preguiça comendo os frutos da embaúba. Por ela atrair formigas, o tamanduá mirim também vem se alimentar em seu tronco.

18

GRUMIXAMA

Eugenia brasiliensis Lam.

FAMÍLIA MYRTACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 10 a 15 metros Folhas: Simples, opostas. Flores: Brancas, nas partes terminais dos ramos Frutos: De amarelos a roxos quando maduros, com cerca de 2 cm Tronco: De casca acinzentada que se destaca, por vezes fácil de arrancar. Uso: Esta espécie possui um componente químico chamado ácido ursólico, que tem atividades antimicrobianas, antiviróticas e antiinflamatórias.

19


GUAPURUVU

Schizolobium parahyba (Vell.) Blake

FAMÍLIA FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 10 a 40 metros Folhas: Alternas, compostas, de até 1 metro de comprimento Flores: Amarelas em inflorescências de até 30 cm Frutos: De até 16 cm. Se abrem em duas partes e liberam as sementes lisas e duras. Tronco: Marcado pelas cicatrizes das folhas. Verde quando jovem e cinza quando adulto

INGÁ DE METRO

Inga edulis Mart.

FAMÍLIA FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 6 a 25 metros Folhas: Compostas, com nectários Flores: Brancas, como pompons Frutos: Esverdeados, longos e retos com estrias. De 15 a 80 cm, com polpa branca comestível. Tronco: Liso, acinzentado. Uso: Adubo verde em pastagens e sistemas agroflorestais.

Uso: Madeira usada para feitura da canoa na região da Juatinga.

20

21


GUAPURUVU

Schizolobium parahyba (Vell.) Blake

FAMÍLIA FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 10 a 40 metros Folhas: Alternas, compostas, de até 1 metro de comprimento Flores: Amarelas em inflorescências de até 30 cm Frutos: De até 16 cm. Se abrem em duas partes e liberam as sementes lisas e duras. Tronco: Marcado pelas cicatrizes das folhas. Verde quando jovem e cinza quando adulto

INGÁ DE METRO

Inga edulis Mart.

FAMÍLIA FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 6 a 25 metros Folhas: Compostas, com nectários Flores: Brancas, como pompons Frutos: Esverdeados, longos e retos com estrias. De 15 a 80 cm, com polpa branca comestível. Tronco: Liso, acinzentado. Uso: Adubo verde em pastagens e sistemas agroflorestais.

Uso: Madeira usada para feitura da canoa na região da Juatinga.

20

21


INGÁ DE MACACO

Inga sessilis (Vell.) Mart.

FAMÍLIA LEGUMINOSAE- FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 12 a 20 metros Folhas: Compostas com folíolos pubescentes (com pelinhos cor de ferrugem). Com até 30 cm de comprimento. Flores: Brancas, com formato de pompom de até 2,5 cm de comprimento Frutos: cor de ferrugem. Dobrado no formato de uma ferradura. De 10 a 20 cm de comprimento Tronco: Acinzentado Uso: Frutos comestíveis com polpa de excelente sabor. Serve de alimento também para o gado e outros animais. Sua casca é usada para curtume. Sua madeira é usada para forros e partes internas de construções. Produz carvão e lenha de boa qualidade. Uso apícola e medicinal.

22

IPÊ AMARELO

Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols

FAMÍLIA BIGNONIACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 20 metros Folhas: opostas, digitadas Flores: amarelas de 6 a 8 cm, nas pontas dos ramos Frutos: vagem de 20 a 60 cm Tronco: casca acinzentada que se desprende em placas Uso: É empregada em marcenaria, construções pesadas e estruturas externas, tanto civis quanto navais. Sr. Altamiro usa a madeira do ipê para quilha de barco pois é muito resistente.

23


INGÁ DE MACACO

Inga sessilis (Vell.) Mart.

FAMÍLIA LEGUMINOSAE- FABACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 12 a 20 metros Folhas: Compostas com folíolos pubescentes (com pelinhos cor de ferrugem). Com até 30 cm de comprimento. Flores: Brancas, com formato de pompom de até 2,5 cm de comprimento Frutos: cor de ferrugem. Dobrado no formato de uma ferradura. De 10 a 20 cm de comprimento Tronco: Acinzentado Uso: Frutos comestíveis com polpa de excelente sabor. Serve de alimento também para o gado e outros animais. Sua casca é usada para curtume. Sua madeira é usada para forros e partes internas de construções. Produz carvão e lenha de boa qualidade. Uso apícola e medicinal.

22

IPÊ AMARELO

Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols

FAMÍLIA BIGNONIACEAE Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 20 metros Folhas: opostas, digitadas Flores: amarelas de 6 a 8 cm, nas pontas dos ramos Frutos: vagem de 20 a 60 cm Tronco: casca acinzentada que se desprende em placas Uso: É empregada em marcenaria, construções pesadas e estruturas externas, tanto civis quanto navais. Sr. Altamiro usa a madeira do ipê para quilha de barco pois é muito resistente.

23


JABUTICABA FAMILIA MYRTACEAE

Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 9 metros Folhas: opostas Flores: brancas e pequenas, no caule da arvore Frutos: pequenos, roxo-negro, suculentos Tronco: tortuoso, com casca acinzentada que sai em placas finas Uso: Sucos, geléias, licores, chá medicinal

24

JACATIRÃO FAMILIA MELASTOMATACEAE

Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de até 25 metros Folhas: simples, opostas Flores: brancas Frutos: muito pequenos, menores que 1 cm, roxos Tronco: retilínio, acinzentado de casca grossa Uso: A madeira do jacatirão pode ser usada em construção civil, sarrafos e obras internas. Sua casca é usada em curtume. A casca também produz tinta de cor escura usada para tingir as redes de pesca, quando eram feitas de algodão. Coloridas com essa tinta as redes não eran vistas pelos peixes. Sr. Altamiro usa a madeira para fazer esteios de casa e travessas. Ela rebrota fácilmente. Para secar a madeira, ele retira sua casca acelerando o processo.

25


JABUTICABA FAMILIA MYRTACEAE

Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 9 metros Folhas: opostas Flores: brancas e pequenas, no caule da arvore Frutos: pequenos, roxo-negro, suculentos Tronco: tortuoso, com casca acinzentada que sai em placas finas Uso: Sucos, geléias, licores, chá medicinal

24

JACATIRÃO FAMILIA MELASTOMATACEAE

Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de até 25 metros Folhas: simples, opostas Flores: brancas Frutos: muito pequenos, menores que 1 cm, roxos Tronco: retilínio, acinzentado de casca grossa Uso: A madeira do jacatirão pode ser usada em construção civil, sarrafos e obras internas. Sua casca é usada em curtume. A casca também produz tinta de cor escura usada para tingir as redes de pesca, quando eram feitas de algodão. Coloridas com essa tinta as redes não eran vistas pelos peixes. Sr. Altamiro usa a madeira para fazer esteios de casa e travessas. Ela rebrota fácilmente. Para secar a madeira, ele retira sua casca acelerando o processo.

25


JUÇARA FAMÍLIA PALMAE

Euterpe edulis Martius

Descrição Botânica Forma de vida: Palmeira de 10 a 20 metros Folhas: até 20 Flores: pequenas, esverdeadas em cachos Frutos: pequeñas bolinha roxas nos cahos Tronco: retilineo Uso: madeira usada em construção, principalmente em quilombos e vilas caiçaras. O fruto roxo dá uma pola semelhante à do açaí da Amazônia, e seu consumo vem aumentando. Antigamente o palmito da Juçara era um produto muito consumido e vendido em larga escala. Depois que a palmeira entrou em risco de extinção essa atividade foi proibida.

26

MONJOLO

Piptadenia gonoacantha

FAMILIA LEGUMINOSAE- MIMOSOIDEAE

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 8 a 20 metros Folhas: compostas, bipinadas Flores: branco-amareladas, pequenas Frutos: de 8 a 15 cm de comprimento, escuros, secos Tronco: um pouco tortuoso com a casca formando cristas como de jacaré. Uso: a madeira de pau-jacaré pode ser usada localmente em acabamentos internos, armações de móveis, brinquedos, entalhes, embalagens, miolo de portas, painéis, construção civil em vigamentos, caibros, forros, tabuados de segunda categoria, em obras internas, e em mourões para cercas, mas com baixa durabilidade. Excelente madeira para lenha.

27


JUÇARA FAMÍLIA PALMAE

Euterpe edulis Martius

Descrição Botânica Forma de vida: Palmeira de 10 a 20 metros Folhas: até 20 Flores: pequenas, esverdeadas em cachos Frutos: pequeñas bolinha roxas nos cahos Tronco: retilineo Uso: madeira usada em construção, principalmente em quilombos e vilas caiçaras. O fruto roxo dá uma pola semelhante à do açaí da Amazônia, e seu consumo vem aumentando. Antigamente o palmito da Juçara era um produto muito consumido e vendido em larga escala. Depois que a palmeira entrou em risco de extinção essa atividade foi proibida.

26

MONJOLO

Piptadenia gonoacantha

FAMILIA LEGUMINOSAE- MIMOSOIDEAE

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 8 a 20 metros Folhas: compostas, bipinadas Flores: branco-amareladas, pequenas Frutos: de 8 a 15 cm de comprimento, escuros, secos Tronco: um pouco tortuoso com a casca formando cristas como de jacaré. Uso: a madeira de pau-jacaré pode ser usada localmente em acabamentos internos, armações de móveis, brinquedos, entalhes, embalagens, miolo de portas, painéis, construção civil em vigamentos, caibros, forros, tabuados de segunda categoria, em obras internas, e em mourões para cercas, mas com baixa durabilidade. Excelente madeira para lenha.

27


PAINEIRA

Corisia speciosa St. Hil

FAMILIA BOMBACACEAE

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 15 a 30 metros Folhas: digitadas Flores: grandes, cor de rosa Frutos: possui cerca de 20 cm com sementes envolvidas em uma paina. Tronco: com grossos espinhos e o tronco mais grosso próximo à base. Uso: Sua paina (algodão) já foi muito utilizada para enchimento de colchões e travesseiros. Sua madeira pode ser usada na confecção de canoas, cochos, gamelas e tamancos.

28

PAU BRASIL FAMILIA LEGUMINOSAE

Caesalpinia echinata Lam.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 8 a 12 metros Folhas: compostas, bipinadas Flores: amárelas com o centro vermelho Frutos: de 7 a 12 cm com espinhos Tronco: levemente tortuoso com espinhos Uso: A madeira é usada para confecção de instrumentos musicais. Na época da colonização portuguesa, a espécie foi muito utilizada para a produção da brasileína, para tingir tecidos e fabricar tinta de escrever.

29


PAINEIRA

Corisia speciosa St. Hil

FAMILIA BOMBACACEAE

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 15 a 30 metros Folhas: digitadas Flores: grandes, cor de rosa Frutos: possui cerca de 20 cm com sementes envolvidas em uma paina. Tronco: com grossos espinhos e o tronco mais grosso próximo à base. Uso: Sua paina (algodão) já foi muito utilizada para enchimento de colchões e travesseiros. Sua madeira pode ser usada na confecção de canoas, cochos, gamelas e tamancos.

28

PAU BRASIL FAMILIA LEGUMINOSAE

Caesalpinia echinata Lam.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 8 a 12 metros Folhas: compostas, bipinadas Flores: amárelas com o centro vermelho Frutos: de 7 a 12 cm com espinhos Tronco: levemente tortuoso com espinhos Uso: A madeira é usada para confecção de instrumentos musicais. Na época da colonização portuguesa, a espécie foi muito utilizada para a produção da brasileína, para tingir tecidos e fabricar tinta de escrever.

29


PITANGA FAMILIA MYRTACEAE

Eugenia uniflora L.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de até 12 metros Folhas: simples, opostas Flores: pequenas e brancas Frutos: vermelho, pequeno Tronco: tortuoso com casca que sai em finas placas Uso: madeira usada para fazer cabo de ferramenta (enxada, pá, rastelo). Seus frutos fornecem geléias, doces, refrescos, sorvetes, licores e vinhos. No uso pela medicina popular a pitanga pode ser utilizada para diminuir a pressão arterial, combater azia, bronquite, cólica e doenças do estômago, o chá das folhas é anti-reumático, antidisentérico, febrífugo e utilizado contra diabetes.

30

QUARESMEIRA FAMILIA MELASTOMATACEAE

Tibouchina granulosa Cogn.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 8 a 12 metros Folhas: ramos quadrangulares e com cristas, folhas simples, opostas, pubescentes Flores: grandes, roxas Frutos: secos em forma de taça, com diversas sementes Tronco: etilineo Uso: muito usada em jardins debido às suas belas flores.

31


PITANGA FAMILIA MYRTACEAE

Eugenia uniflora L.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de até 12 metros Folhas: simples, opostas Flores: pequenas e brancas Frutos: vermelho, pequeno Tronco: tortuoso com casca que sai em finas placas Uso: madeira usada para fazer cabo de ferramenta (enxada, pá, rastelo). Seus frutos fornecem geléias, doces, refrescos, sorvetes, licores e vinhos. No uso pela medicina popular a pitanga pode ser utilizada para diminuir a pressão arterial, combater azia, bronquite, cólica e doenças do estômago, o chá das folhas é anti-reumático, antidisentérico, febrífugo e utilizado contra diabetes.

30

QUARESMEIRA FAMILIA MELASTOMATACEAE

Tibouchina granulosa Cogn.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 8 a 12 metros Folhas: ramos quadrangulares e com cristas, folhas simples, opostas, pubescentes Flores: grandes, roxas Frutos: secos em forma de taça, com diversas sementes Tronco: etilineo Uso: muito usada em jardins debido às suas belas flores.

31


TARUMÃ FAMILIA VERBENACEAE

Vitex montevidensis Cham.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 20 metros Folhas: digitadas Flores: brancas, bem pequenas Frutos: cerca de 2 cm, roxos, como pequenas cerejas. Comestíveis. Tronco: retilineo com casca cinza que se descola em placas. Uso: Seus frutos atraem pássaros e macacos. Suas flores são melíferas. A madeira é usada para construções pois é bem resistente em áreas externas: vigas, moirões, esteios, postes, dormentes, etc.

32

TIMBUÍBA FAMILIA LEGUMINOSAE

Balizia pedicelaris (dc) Bar. et Grin.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 20 metros Folhas: compostas, bipinadas, alternas Flores: brancas e bege Frutos: achatado, com cerca de 12 cm Tronco: retilineo, liso com leve tom rosado Uso: Grande valor madeireiro, procurada para fazer canoas, esteios e tábuas. As pessoas mais antigas nas comunidades ainda fabricam as grandes canoas caiçaras, com festas como a puxada de canoa para trazer o tronco do meio das matas para a Praia. Estas canôas são feitas de um pau só (uma única árvore). Daí a orígem da expressão: “com quantos paus se faz uma canoa”.

33


TARUMÃ FAMILIA VERBENACEAE

Vitex montevidensis Cham.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 5 a 20 metros Folhas: digitadas Flores: brancas, bem pequenas Frutos: cerca de 2 cm, roxos, como pequenas cerejas. Comestíveis. Tronco: retilineo com casca cinza que se descola em placas. Uso: Seus frutos atraem pássaros e macacos. Suas flores são melíferas. A madeira é usada para construções pois é bem resistente em áreas externas: vigas, moirões, esteios, postes, dormentes, etc.

32

TIMBUÍBA FAMILIA LEGUMINOSAE

Balizia pedicelaris (dc) Bar. et Grin.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 4 a 20 metros Folhas: compostas, bipinadas, alternas Flores: brancas e bege Frutos: achatado, com cerca de 12 cm Tronco: retilineo, liso com leve tom rosado Uso: Grande valor madeireiro, procurada para fazer canoas, esteios e tábuas. As pessoas mais antigas nas comunidades ainda fabricam as grandes canoas caiçaras, com festas como a puxada de canoa para trazer o tronco do meio das matas para a Praia. Estas canôas são feitas de um pau só (uma única árvore). Daí a orígem da expressão: “com quantos paus se faz uma canoa”.

33


URUCUM FAMILIA BIXACEAE

Bixa Orellana L.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 3 a 5 metros Folhas: simples Flores: rosas com miolo amarelo Frutos: avermelhados, arredondados, cheios de espinhos Tronco: fino, liso e acinzentado Uso: As sementes são usadas como condimento e como tintura. É muito utilizada pelos índios na Amazônia para tingir a pele, como repelente de insetos e para rituais religiosos. Para fazer o colorau (condimento) Sr Altamiro coloca o fruto no sol até abrir, tira as sementes coloca na panela com um pouco de fubá ou farinha. Depois leva para o pilão e ao final, passa pela peneira ficando com um pó vermelhinho pronto para colocar na comida.

34

35


URUCUM FAMILIA BIXACEAE

Bixa Orellana L.

Descrição Botânica Forma de vida: árvore de 3 a 5 metros Folhas: simples Flores: rosas com miolo amarelo Frutos: avermelhados, arredondados, cheios de espinhos Tronco: fino, liso e acinzentado Uso: As sementes são usadas como condimento e como tintura. É muito utilizada pelos índios na Amazônia para tingir a pele, como repelente de insetos e para rituais religiosos. Para fazer o colorau (condimento) Sr Altamiro coloca o fruto no sol até abrir, tira as sementes coloca na panela com um pouco de fubá ou farinha. Depois leva para o pilão e ao final, passa pela peneira ficando com um pó vermelhinho pronto para colocar na comida.

34

35


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aguiar, F.F.A.; Kanashiro, S.; Tavares, A.R. Germinação de sementes e formação de mudas de Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil): efeito de sombreamento. Revista Árvore, 29: 871-875, 2005. ARALDI, D.B. & AMARAL, H.R.B. O guapuruvu. Roessleria, Porto Alegre, 1(1):109-15, 1977. BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p. CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, v. 2, 627p. 2006.

Maria das Graças Rodrigues Ferreira. SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE BIRIBÁ (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill). Revista Brasileira de Sementes, vol. 31, nº 4, p.095-099, 2009 Troian, L.C. Contribuições ao manejo sustentados dos frutos de Euterpe edulis: estrutura populacional, consumo de frutos, vaiáveis de habitat, e conhecimento ecológico local no sul do Brasil. Dissertação de Mestrado. PPGEcologia, UFRGS, Porto Alegre, 2009. WASJUTIN, K. Dendrologia e chave prática para a identificação das principais árvores latifoliadas indígenas na Fazenda Monte Alegre, PR. Telêmaco Borba: Klabin do Paraná, 1958. 105 p.

CIRCULAR TÉCNICA 123 EMBRAPA. Paulo Ernani Ramalho. Colombo, PR. Dezembro, 2006. CIRCULAR TÉCNICA 124 EMBRAPA. Paulo Ernani Ramalho. Colombo, PR. Dezembro, 2006. CIRCULAR TÉCNICA 91 EMBRAPA. Paulo Ernani Ramalho. Colombo, PR. Dezembro, 2004. Hanazaki, N. 2003. Comunidades, conservação e manejo: o papel do conhecimento ecológico local. Biotemas 16: 23-47. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p. PIRATELLI, A. J. Comportamento alimentar de beija-flores em flores de Inga spp. (Leguminosae, Mimosoideae) e Jacaratia spinosa (Caricaceae) em um fragmento florestal do Sudeste Brasileiro. IPEF, Piracicaba, n. 46, p. 43-51, 1993. Reis, M.S.; Reis, A.; Nodari, R.O.; Guerra, M.P.; Fantini, A.C.; Ender, M.; Bassani, A. Incremento corrente anual do Palmiteiro (Euterpe edulis Martius) na floresta ombrófila densa. Ínsula 19: 51-56. 1999. 36

37


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aguiar, F.F.A.; Kanashiro, S.; Tavares, A.R. Germinação de sementes e formação de mudas de Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil): efeito de sombreamento. Revista Árvore, 29: 871-875, 2005. ARALDI, D.B. & AMARAL, H.R.B. O guapuruvu. Roessleria, Porto Alegre, 1(1):109-15, 1977. BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p. CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, v. 2, 627p. 2006.

Maria das Graças Rodrigues Ferreira. SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE BIRIBÁ (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill). Revista Brasileira de Sementes, vol. 31, nº 4, p.095-099, 2009 Troian, L.C. Contribuições ao manejo sustentados dos frutos de Euterpe edulis: estrutura populacional, consumo de frutos, vaiáveis de habitat, e conhecimento ecológico local no sul do Brasil. Dissertação de Mestrado. PPGEcologia, UFRGS, Porto Alegre, 2009. WASJUTIN, K. Dendrologia e chave prática para a identificação das principais árvores latifoliadas indígenas na Fazenda Monte Alegre, PR. Telêmaco Borba: Klabin do Paraná, 1958. 105 p.

CIRCULAR TÉCNICA 123 EMBRAPA. Paulo Ernani Ramalho. Colombo, PR. Dezembro, 2006. CIRCULAR TÉCNICA 124 EMBRAPA. Paulo Ernani Ramalho. Colombo, PR. Dezembro, 2006. CIRCULAR TÉCNICA 91 EMBRAPA. Paulo Ernani Ramalho. Colombo, PR. Dezembro, 2004. Hanazaki, N. 2003. Comunidades, conservação e manejo: o papel do conhecimento ecológico local. Biotemas 16: 23-47. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p. PIRATELLI, A. J. Comportamento alimentar de beija-flores em flores de Inga spp. (Leguminosae, Mimosoideae) e Jacaratia spinosa (Caricaceae) em um fragmento florestal do Sudeste Brasileiro. IPEF, Piracicaba, n. 46, p. 43-51, 1993. Reis, M.S.; Reis, A.; Nodari, R.O.; Guerra, M.P.; Fantini, A.C.; Ender, M.; Bassani, A. Incremento corrente anual do Palmiteiro (Euterpe edulis Martius) na floresta ombrófila densa. Ínsula 19: 51-56. 1999. 36

37


SISTEMA as plantas AGROFLORESTAL medicinais PRAIA do pousa GRANDEdaDAcajaíba CAJAÍBA RESERVA ESTADUAL ECOLÓGICA DA JUATINGA PARATY, RJ Registro cultural de uma comunidade caiçara de Paraty, RJ


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.