Revista +Portfólio, 2a edição

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TRABALHOS DESENVOLVIDOS POR ALUNOS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UFPI






Coordenadora

Ana Rosa Negreiros

Editoração e diagramação

Edilson Melo, Rewlysom Leite

Projeto gráfico Edilson Melo

Edição

Nº 02, Março, 2020 Periodicidade anual Distribuição digital

Capa

Assembleia Legislativa do Piauí Foto: Roberto Montenegro

Fotografias no interior:

Centro de Tecnologia - UFPI p. 2-3, 66-67/ Foto: Roberto Montenegro; Tribunal de Justiça do Piauí p. 3-4/ Foto: Roberto Montenegro; Centro de Tecnologia - UFPI p. 8/ Foto: Pedro Aquino; Centro de Tecnologia - UFPI p. 10/ Foto: Ana Rita; Assembleia Legislativa do Piauí p. 44-45/ Foto: Roberto Montenegro; Centro de Tecnologia - UFPI p. 84-85/ Foto: Rewlysom Leite; Centro de Tecnologia - UFPI p. 96-97/ Foto: Ana Rosa Negreiros

Alunos colaboradores nesta edição:

Áldine Ohana � Aline Veloso � Ana Beatriz � Ana Júlia � Ana Rita � Arthur Pedrosa � Brenda Rachel � Carlos Felipe � Daniele Lira � David Alisson � Denise Rodrigues � Edilson Melo � Elid Frota � Emmanuelle Alencar � Gabriela Nunes � Giulia Brito Couto � Isabela Nunes � Igo José � Joana Andrade � João Angelo � Larissa Galeno � Larissa Mesquita � Larissa Rafaella � Lázaro Araújo � Luana Andrade � Luana Gomes � Lucas Bruno � Lucas Ferreira � Luis Eduardo � Marcos Antônio � Maria Clara � Maria Emília � Maria Gabriella � Maria Paula � Mateus Moura � Mirna Dália Alencar � Myrian Cristina � Mônica Alves � Natália Freire � Noé Barros � Pedro Aquino � Raniel Cardoso � Rewlysom Leite � Ricardo Pinheiro � Samia Catne � Samuel Bacelar � Sarah Freitas � Tiago Marques � Vitória Sady � Viviane Amorim � Yuri Nepomuceno

Professores colaboradores nesta edição:

Amanda Moreira � Ana Rosa Negreiros � Anna Karina � Eduardo Aguiar � José Hamilton � Karenina Matos � Nadja Rocha � Nícia Leite � Paulo Henrique � Ricardo Dias � Roberto Montenegro � Wilza Lopes

+Portfólio [Recurso eletrônico]/ Universidade Federal do Piauí, Projeto de Extensão MaisPortfólio. - ano 02, n. 01 (mar. 2020) — . — Teresina: UFPI, 2020. Anual Disponível em: http://revistas.ufpi.br/index.php/maisportfolio ano 02, n. 01 (mar. 2020) ISSN: 2674-6107 1. Arquitetura. 2. Urbanismo. 3. Paisagismo.


EDITORIAL

O projeto de extensão MaisPortfólio teve início em 2016, ainda como evento de extensão, com o desenvolvimento de exposição e apresentações de trabalhos. Em 2019 se tornou projeto de extensão, subdividindo-se em várias vertentes, buscando atingir uma maior abrangência na divulgação do que é produzido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPI. Umas dessas vertentes é a Revista +Portfólio, que busca ampliar um dos objetivos do projeto: dar mais visibilidade aos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do curso e levá-los para outros meios, permitindo que os demais discentes, assim como a comunidade, possam ter acesso ao que é produzido em sala e entendam um pouco do processo de formação de um(a) arquiteto(a) e urbanista. Nesta segunda edição, a revista traz um compilado de trabalhos desenvolvidos durante os dois semestres de 2019, abrangendo disciplinas de projeto de arquitetura, urbanismo e paisagismo, a partir do 5º período do curso. A revista é o desenvolvimento de um trabalho conjunto entre alunos e professores do curso, e busca estimular o compartilhamento de conhecimento mútuo.

Organizadores



SUMÁRIO

11 projeto | arquitetura 12

casa pratyaharah giulia brito couto, luis eduardo carvalho

20

courbe del poty lázaro araújo, maria clara, noé barros, samia catne

28

hotel canoas maria paula, mateus moura

36

shopping vila rio aline veloso, igo josé, ricardo pinheiro

16 casa romã maria emília

24 urbanotel joão angelo ferreira, mônica alves

32 shopping center ana beatriz, mirna dália alencar, samuel bacelar

40 habitação de interesse social brenda rachel, david alisson, maria gabriella, natália freire

45 projeto | urbanismo 46

diagnóstico urbanístico extremo leste elid frota, emmanuelle alencar, gabriela nunes, isabela nunes, pedro aquino

56

projeto cocal ana júlia, daniele lira, edilson melo, mônica alves, sarah freitas

52 plano urbano: bairro portal da alegria áldine ohana, carlos felipe, tiago marques, vitória sady

60 plano alvorada larissa rafaella, natália freire, raniel cardoso

66 projeto | paisagismo 68

praça das castanhas larissa mesquita, lucas bruno, marcos antônio, viviane amorim, yuri nepomuceno

76

parque curiá daniele lira, elid frota, emmanuelle alencar, isabela nunes, pedro aquino

72 praça nidus arthur pedrosa, luana andrade, luís eduardo, myrian cristina

80 parque trempê joana andrade, larissa galeno, luana gomes, viviane amorim, yuri nepomuceno

85 tfg | trabalho final de graduação 86

mercado público de picos lucas ferreira

96 agradecimentos

90 parque continnum denise rodrigues



projeto arquitetura


PROJETO DE ARQUITETURA III

CASA PRATYAHARAH

Av Campos Sales

Luis Eduardo Carvalho, Giulia Brito Couto

Como concre zar uma família em construção? Como fazer de uma casa um lar? Esse foi o ponto de par da para a ideia deste projeto, a "introspecção", palavra que dá nome à casa sob o termo "Pratyaharah" [pruh-tyah-hahr-uh]. Uma fuga do caos urbano, abraço amigo e um colo de mãe. Eis a casa que abrigará um fotógrafo de eventos [Marcos Uchôa], uma advogada bem sucedida [Clara Machado] e Ariel, fruto dessa relação. Os clientes têm um apreço pela vida privada e valorizam a natureza, leitura, ioga e a vidades culinárias, sem jamais abrir mão do convívio familiar e dos amigos.

Situação

R Lisandro Nogueira

A volumetria é composta por três eixos representados por prismas justapostos em busca da formação de um abraço. O volume elevado parece flutuar devido à diferenciação de materiais. Pequenas extensões foram realizadas nos volumes para acomodar a área técnica e a caixa d'água, enquanto aproveitam-se as recomendações climá cas e a baixa inclinação da telha termo-acús ca. Carros entram pela via de menor fluxo [Rua Sete de Setembro] e pedestres usam a entrada norte.

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Composição Volumétrica

Perspectiva [Vista do ponto Noroeste] 12

FICHA TÉCNICA Título: Casa Pratyaharah Orientador: Ana Rosa Soares Negreiros, Msc. Tipologia: Residencial Unifamiliar Localização: R Benjamin Constant, nº 1438 Centro, Teresina, Piauí Área: 178,27 m² Instituição: Universidade Federal do Piauí

R Gabriel Ferreira

R 24 de Janeiro

R Sete de Setenbro

R Desambargador Freitas

R David Caldas

Propôs-se uma edificação cujo volume sugere um abraço. Os ambientes foram dispostos de modo a conversar com os hábitos dos moradores: áreas sociais e de lazer ficaram integradas, atuando como “coração” da casa, voltando-se para o centro do abraço figura vo da edificação, enquanto as áreas ín mas distanciam-se da agitação e da turbulência do mundo lá fora, recolhendo-se em sua privacidade e in midade evidenciada pelas aberturas de menor dimensão.

R Benjamin Constant


PROJETO DE ARQUITETURA III

Situada próximo à área de serviço, uma composteira (A) oferece um des no mais ecológico aos resíduos orgânicos, transformando-os em adubo para a horta desenvolvida pelos clientes. As águas pluviais captadas pelas calhas são acondicionadas pela cisterna (B) e, assim, é reduzida a contratação de água potável da concessionária. Ao norte, uma parede verde (C) proporciona melhor conforto térmico ao ambiente, além de enriquecer o caráter esté co da fachada em que se encontra.

< RUA BENJAMIN CONSTANT <

C

D

Placas foto-voltáicas (D) abastecem a automação da casa a par r da captação de energia solar, reduzindo, assim, a necessidade de contratação de energia da rede pública, enquanto um teto verde (E) funciona como teto-jardim e varanda da suíte principal, além de filtrar a água da chuva.

10 m

E

COBERTURA 0

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LEGENDA

1 - Estar & Biblioteca 2 - Quarto de Hóspedes 3 - BWC Social 4 - Copa & Cozinha 5 - Serviço 6 - Coradouro 7 - Garagem 8 - Área de lazer 9 - Mezanino 10 - Suíte Ariel 11 - BWC - Ariel 12 - Suíte - Marcos e Clara 13 - BWC - Marcos e Clara 14 - Área Técnica 15 - Teto Jardim 16 - Horta

[36,52 m²] [08,84 m²] [02,88 m²] [25,04 m²] [06,74 m²] [44,36 m²] [27,00 m²] [82,21 m²] [05,92 m²] [08,84 m²] [02,88 m²] [19,12 m²] [05,10 m²] [05,18 m²] [31,83 m²] [43,98 m²]

LAYOUT - SUPERIOR 0 5m

LAYOUT - TÉRREO 0 5m

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PROJETO DE ARQUITETURA III

Vista da Sala de Estar

INTERIORES Para a iden dade dos ambientes internos da residência, escolheu-se uma composição que une caracterís cas do es lo industrial e do es lo escandinavo. Desse úl mo, foi adotada a decoração clean, aconchegante, natural e sofis cada, livre de excessos, leve e moderna, com plantas e elementos de madeira; daquele primeiro, merecem destaque as luminárias e as estruturas expostas, além do

Vista da Cozinha para a Área de Lazer 14

reves mento com aparência de cimento queimado [vide página seguinte] escolhido para uma das paredes da sala de estar/biblioteca, além de ambientes amplos e rudimentares, que também pertencem a esse es lo. Não obstante, foram adotadas caraterís cas que são compar lhadas por ambos os es los, como a integração entre os espaços e cores neutras, conforme exigências dos


PROJETO DE ARQUITETURA III

Propôs-se a execução de uma parede dupla na fachada oeste da sala de estar [área com pé-direito duplo], visando um maior conforto térmico para esse ambiente. O volume da edificação proporciona sombreamento para a área da cozinha, que é reforçado pela existência de uma marquise acima das aberturas de acesso à área de lazer. O mezanino funciona como elo entre a escada e o pavimento superior, possuindo viga inver da, para fornecer a sustentação necessária sem prejudicar a leveza da passarela; As esquadrias são simples e recortadas em fita, para fortalecer a unidade visual. As aberturas a oeste no pavimento superior são menores para proporcionar maior conforto térmico e privacidade. Externamente, as cores u lizadas são branco e cinza claro aliados ao porcelanato com aparência de concreto, destacando os volumes e as sombras da composição, além do vidro e da madeira. Internamente, o azul é inserido pontualmente, em tons mais fechados, reforçando o es lo escolhido para os ambientes.

Vista da área de leitura com Mezanino em viga invertida

As áreas sociais e de lazer possuem maiores dimensões e são bastante integradas, evitando ao máximo a existência d e paredes divisórias, enquanto as áreas de serviço possuem menores dimensões, exceto pela copa-cozinha [imagem inferior], onde áreas de preparo e refeição integram-se totalmente, sem causar prejuízos à funcionalidade ou à circulação. As áreas ín mas estão concentradas no pavimento superior e contam com aberturas de menores vãos, visando a privacidade almejada pelos clientes. Nesses ambientes, a compar mentação é melhor percebida [vida plantas de layout], mas, ainda assim, é u lizada somente quando necessária, prezando pela legibilidade dos espaços.

Vista da Copa/Cozinha, totalmente integrada .

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PROJETO DE ARQUITETURA III

CASA ROMÃ

Maria Emília Lima dos Santos FICHA TÉCNICA Título: Casa Romã Orientadora: Ana Rosa Negreiros Tipologia: Residencial Localização: Rua Governador Joca Pires Nº 1970, Bairro Ininga Cidade: Teresina Área: 190,89 m²

Perspectiva externa 16

Dentre todas as pretensões da família Castelo Branco, a amor pela natureza e a paixão pelas árvores frutíferas foram os principais norteadores do projeto. Da união entre a aspereza da pedra e a riqueza da terra nasceu a Casa Romã, que desde o primeiro suspiro tem como objetivo principal trazer o verde para dentro do lar e promover a contemplação do que a natureza tem de mais belo e saboroso a oferecer.


PROJETO DE ARQUITETURA III

A planta desenvolveu-se ao redor da romãzeira, e na periferia da mesma buscou-se posicionar as principais áreas de convivência e de circulação. De dentro para fora, a primeira contemplada é a sala de estar, integrada ao jantar e à cozinha, enquanto que uma circulação leva ao dormitório e à sala de música. A mesma foi posicionada mais ao fundo da edificação, fruto da preocupação em conferir ao espaço privacidade enquanto simultaneamente oferece acesso direto à área de lazer. A cozinha, cômodo que recebeu cuidados especiais de ambos os donos, é a primeira a ser vista ao entrar. O seu posicionamento foi estratégico, de forma que quem lá estiver trabalhando possui contato direto e visual com a sala de estar, o lazer com piscina e a romã.

De maneira geral, os espaços sociais e de serviços foram posicionados no pavimento térreo, enquanto o superior é reservado para o lazer e descanso da família. O quarto do casal foi remanejado da frente da casa para o fundo, e o desejo da cliente de possuir uma vista mais privilegiada enquanto banha-se na banheira foi atendido. Os cômodos são generosos, e as esquadrias em vidro permitem a contemplação da área de lazer e das romãs em floração.

Pavimento Superior 1 - Suíte das gêmeas 2 - Suíte casal 3 - Terraço jardim

Pavimento Térreo 4 - Cozinha 5 - Sala de Estar / Jantar 6 - Lavanderia 7 - WC Social 8 - Dormitório 9 - Sala de música

Locação 10 - Área construída 11 - Lazer com pergolado 12 - Área verde

Esquema axonométrico das plantas de locação, baixa e de cobertura

.

17


PROJETO DE ARQUITETURA III

EVOLUÇÃO VOLUMÉTRICA

Esboços da evolução do volume até o resultado final

A fachada é imponente e espaçosa. Separada do acesso de veículos, a porta que permite a entrada dos moradores e dos visitantes é recuada, mas protegida por um generoso pergolado, elemento constante nas áreas externas da residência. Na entrada, dois volumes se destacam: o primeiro estende-se verticalmente e chama a atenção não apenas pela forma como se ergue na paisagem como também por sua materialidade. O revestimento em tonalidade escura assemelha-se à placas de ferro e confere um toque de contemporaneidade à casa que, apesar de envolta na natureza, abriga uma família cosmopolita.

O outro volume, por sua vez, destaca-se horizontalmente na paisagem e sustenta-se com o auxílio de duas colunas metálicas. A materialidade é outro elemento que chama a atenção, visto que o revestimento assemelha-se a concreto, mas uma pequena pérgola, do mesmo material, estende-se sobre a humilde varanda superior, onde as plantas também encontram seu lugar. A residência Castelo Branco busca ser um lar não apenas para a família e seus visitantes, mas também para a natureza que com tanto prazer envolve e é envolvida pela construção.

TEXTURAS

Corte transversal

Vista frontal 18


PROJETO DE ARQUITETURA III

O exterior dá lugar a uma ampla área verde que permite às gêmeas do casal horas de brincadeiras ao ar livre sem sair de casa. A piscina é posicionada próxima à edificação e suas áreas de convivência são protegidas por generosas pérgolas, conferindo à moradia um aspecto à mais no quesito conforto e integração com a natureza.

Quanto à materialidade, apesar de sua premissa ser a contemplação do entorno natural, a edificação apresenta materialidades bem distintas, mas que representam bem o aspecto de refúgio cosmopolita. O ferro escovado dos pilares e da escada conversa com a madeira dos pergolados e dos degraus enquanto o piso em porcelanato confere união à ambiguidade.

Corte longitudinal

Vista lateral .

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23


PROJETO DE ARQUITETURA V

URBANOTEL

Mônica Alves, João Angelo Ferreira v olum e inic ia l

volume inicial

FICHA TÉCNICA Título: urbanotel Orientador: Nadja Rocha Tipologia: Comercial - Hotel Corporativo Localização: Av. Irapuã Rocha, Bairro Jóquei Teresina - PI Área: 11821,89 m² Área terreno: aprox. 7000m²

c onexã o

integra ç ã o

Uma ideia inicial que tornou-se a matriz das decisões projetuais – a escolha pela cidade. Desde as primeiras discussões, a concepção do urbanotel pautou-se em desconstruir e repensar a grande estrutura maciça e fechada típica dos hotéis corporativos, tornando-a acessível para a cidade. A prioridade do projeto é entrosar a arquitetura com o seu contexto urbano, compartilhando os espaços do hotel com os passantes através da permeabilidade física e visual.

p ra ç a c entra l

eixo de conexão

recorte no volume

vazio | praça central

DIRETRIZES PROJETUAIS permeabilidade visual: uso de cortinas de vidro em espaços sociais torna a arquitetura e convívio interno do hotel acessíveis para todos, hóspedes do hotel, usuários das instalações e passantes em geral. integração física e urbana: implantação de uma praça no centro do terreno integrando os espaços do hotel, restaurante e auditório concentrando seus principais acessos. A praça também funciona como espaço livre e coletivo que conecta o edifício ao espaço urbano por ser acessível a todos que transitam pelo local. auditório independente: a opção de separar o auditório com 400 lugares da estrutura principal é justificada pela possibilidade de uso pela população em geral. A ideia é torná-lo um equipamento público, um local de encontro e convívio para a cidade, com fluxo e rotinas próprios sem interferir no contexto privativo do hotel. 24

p roteç ã o estrutura

cobertura | torre

permeabilidade | transparência

volume final


PROJETO DE ARQUITETURA V

TÉRREO

Planta - Térreo LEGENDA corporativo

corporativo

social

lazer

administrativo

praça

O hotel possui 2 acessos, pela Av. João XXIII e pela praça central. Para além do uso dos hóspedes, resturante e o auditório servem ao público externo.

PAVIMENTO CORPORATIVO

Planta - Pavimento corporativo

LEGENDA corporativo

corporativo

social

lazer

administrativo

praça

O pavimento corporativo dispõe de 7 salas de reunião conversíveis e ampliáveis e business center com 48 estações de trabalho compartilhadas. .

25


PROJETO DE ARQUITETURA V

PAVIMENTO LAZER

Planta - Pavimento lazer

LEGENDA corporativo

corporativo

social

lazer

administrativo

praça

Este pavimento conta com piscina e jardins externos, academia e bar. As aberturas na laje sobre a praça mantém a permeabilidade visual com o térreo.

PAVIMENTO TIPO - HOSPEDAGEM

Planta - Pavimento tipo

LEGENDA

26

corporativo

corporativo

social

lazer

administrativo

praça

São 5 pavimentos tipo, cada um composto 18 unidades para acomodação de hóspede, sendo 2 delas acessíveis e 2 suítes masters.


PROJETO DE ARQUITETURA V

ESTRATÉGIAS IMPORTANTES valorização sociocultural local: criação de espaços como o auditório e outras áreas reservadas a exposição de obras de arte de artistas locais. entorno enaltecido: valorização da área próxima ao local de execução da obra, optando por um volume menor e mais entrosado com a paisagem, favorecendo uma boa inserção urbana.

Perspectiva - rua Aviador Irapuã Rocha

conforto acústico: uso de paredes, forros, lajes e telhas com tratamento acústico em locais estratégicos de forma a não contribuir com a poluição sonora e garantir o conforto interno. conforto térmico: utilização de painéis de segunda pele, marquises de proteção, telhas termoacústicas, tetos verdes, vegetação e água ao redor da edificação, de forma a diminuir a necessidade de climatização artificial. implantação estratégica: a edificação possui sua localização pensada de acordo com a insolação e ventilação, privilegiando os espaços sociais e dos hóspedes que estão orientados para sul e leste.

Vista Av. Senador Área Leão (auditório com hotel ao fundo)

QUADRO DE ÁREAS obras

Vista do auditório - rua Aviador Irapuã Rocha

área

subsolo estacionamento

3686,50m ²

térreo- so c ia l

3072,02m ²

p a vim ento c o rp o ra tivo

1519,78m ²

p a vim ento d e la zer

1406,77m ²

p a vim ento tip o á rea p erm eá vel total

808,87m ² 549,03m ² 10851,79m²

Quadro de áreas

Perspectiva do urbanotel - Av. João XXIII

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27


PROJETO DE ARQUITETURA V

HOTEL CANOAS

Maria Paula Laurentino e Mateus Moura

FICHA TÉCNICA Título: Hotel Canoas Orientador: Amanda Cavalcante Tipologia: Hotel Corporativo Localização: Av. Raul Lopes, Bairro Noivos Cidade: Teresina Área: 2.744,03 m² Instituição: Universidade Federal do Piauí

A proposta de um novo hotel para a cidade de Teresina teve como princípio atender à demanda da capital, aliando o tradicional programa de necessidades hoteleiro a uma empreendimento corporativo e de lazer. Desfruta de uma localização privilegiada para o rio Poti, que compõe a paisagem do cenário em questão e contribuiu como base para a sua concepção. Com ideia central de desenvolver a hospedagem, oferecendo lazer e serviços que o diferencie dos demais, permitiu-se a elaboração de um projeto que, além de contribuir para o desenvolvimento econômico da cidade, agrega valor cultural com a valorização dos aspectos locais. 28

Brises móveis das fachadas ventiladas do hotel.


PROJETO DE ARQUITETURA V

Implantação - Av. Raul Lopes, Bairro Noivos.

O PROJETO Trata-se de um hotel 4 estrelas, setorizado em áreas de hospedagem, social, administrativa, serviços e corporativo. Além de 200 leitos, o programa conta com restaurantes, bar, sauna, academia, piscina e, atendendo ao exigido por norma, possui todas as alas que garantam os serviços para hóspedes e visitantes e que se enquadram na categoria, como lavanderia, cozinha e estacionamentos exclusivos. Diante de um amplo programa de necessidades, para garantir a funcionalidade do empreendimento, a modulação do edifício de hospedagem partiu da distribuição das unidades habitacionais de forma curva e angulada, com as maiores faces voltadas para norte e sul, a fim de promover maior conforto para os usuários. A partir dessa distribuição, térreo, primeiro e segundo pavimento foram destinados para os a administração e serviços, pensando na facilidade de acesso e localização, mais próximos aos pátios e áreas de manobra.

Piscinas, restaurante, academia e lojas dividem espaço em blocos totalmente integrados à vegetação, no qual mais uma vez retoma-se o emprego das curvas sinuosas, com a intenção de provocar o visitante a participar da natureza local, que é bastante valorizada e retomada nas fachadas dos anexos, com materiais aparentes.

Fachada Ventilada - Anexo Restaurante.

DE CORPORATIVO À RESORT Além de atender aos serviços hoteleiros e corporativo, o lazer também é um ponto-chave para o projeto. A extensão do terreno, permitiu maior aproveitamento do paisagismo e oportunidade para criar ambientes integrados com a natureza.

Fachada Principal - Anexo de Lazer.

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29


PROJETO DE ARQUITETURA V

CONCEITO E PARTIDO

Fachada Principal - Hotel.

Fachada Lateral - Hotel.

Fachada Principal - Corporativo.

O conceito do projeto considera o contexto ambiental e social no qual o terreno está inserido, por isso busca valorizar e reconhecer a cidade entre rios, fazendo alusão ao modo de vida ribeirinho. Para retomar essa car da cidade, muitas vezes esquecida, é necessário despertar o reconhecimento cultural do homem urbano e de negócios junto a seu rio. Pensando nisso, recorre-se à simbologia das canoas, um dos mais meios de transporte fluvial, que permite a travessia entre margens e, como no caso, representa o encontro do homem ribeirinho junto a seu rio. ou-se da inspiração da Para materializar a ideia, forma do objeto para moldar os anexos corpora o e de hospedagem da edificação, em uma geometria semelhante e do emprego de materiais que remetem ao objeto simbólico. O trabalho nas varandas confere dinamicidade à por meio dos fachada, possibilitando sua ven brises que se movimentam em diferentes sen além de propiciar conforto e privacidade para o interior das unidades habitacionais. Dessa forma, o possui, ,o o de despertar o em cada aspecto imaginário de seus usuários para a valorização de sua cultura local através das simbologias empregadas.

Fachada Lateral - Corporativo.

FORMA E VOLUME Os volumes principais dividem-se em hospedagem e corporativo. O objetivo de suas formas e volumes empregados é estar em harmonia com a vegetação que compõe o terreno, através de cheios e vazios. Aliado a isso, a ideia de movimento do setor de hospedagem remete ao movimento das águas e o contorno do setor corporativo, à sinuosidade das canoas. Dessa forma, os dois blocos destacam-se no terreno e trazem identidade e um novo olhar sobre a área, mas ao mesmo tempo se integram à natureza através de materiais que a retomam, como a madeira. Já o restaurante e o anexo com áreas de apoio e lazer possuem um volume retilíneo, mais sóbrio e que se mistura com a natureza densa, buscando um ar de privacidade. O edifício de hospedagem é constituído por 09 pavimentos ao todo. No pavimento tipo, acompanhando a forma do edifício, estão distribuídos os quartos, todos com varandas protegidas por brises de correr, que permitem tanto o controle de iluminação e ventilação, como também garantem a privacidade e privilegiam a vista para o rio Poti. 30

Plantas axonométricas retratando volumetria e modulação.


PROJETO DE ARQUITETURA V

MATERIAIS E REVESTIMENTOS Dentre os materiais empregados destacam-se aqueles que conferem maior caracterís ca de rus cidade pretendida pelo projeto aliada a simbologia principal ao qual este remete e que dar nome ao empreendimento. Lobby - Vista 01

Amostras de alguns materiais utilizados.

A madeira natural e o cimento queimado fazem parte de grande parte da setorização do hotel, contudo ganham maior destaque nas áreas comuns e de acessos aos hóspedes e visitantes, dentre eles o lobby do hotel e o setor de hospedagem, com a madeira se fazendo presente principalmente no mobiliário e forro dos tos de ambientes e o cimento queimado nos rev pisos e paredes.

Lobby - Vista 02

Suíte Padrão

Perspectiva geral volumétrica do projeto. .

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PROJETO DE ARQUITETURA VI

SHOPPING CENTER

Ana Beatriz, Mirna Dália e Samuel Bacelar

FICHA TÉCNICA Título: Cajuero Shopping Center Orientador: Ricardo Dias Tipologia: Comercial Localização: Bairro São Raimundo, Teresina- PI Área: 72000,00 m² Ins�tuição: UFPI

O Cajueiro Shopping vem com a proposta de tentar ressaltar a importância da natureza através da representação do cajueiro, dentre outros aspectos, Busca propiciar em seu entorno a atração de novos inves�mentos imobiliários, residenciais e empresariais, criando assim, uma nova centralidade em Teresina. Localizado a apenas 13 minutos do centro situado na avenida Padre Humberto Pietro Grande ao lado da nova sede do Tribunal de Jus�ça.

A forma se dá a par�r do encontro de quatro retângulos formando entre eles um vazio central, onde irá se localizar o jardim, as extremidades seguem formas curvas e re�líneas a curva presente na entrada principal suaviza a forma dando um aspecto mais plás�co. Outra caracterís�ca formal importante é a diferença de dimensões nos pavimentos, o primeiro e segundo pavimento seguem o mesmo padrão de tamanho, no terceiro pavimento o formato da planta é subtraído pela metade, assim como no quarto pavimento que repete a configuração de planta, mas com altura de pé direito menor criando um jogo de alturas percep�vel na edificação. A volumetria é dinâmica e fluida, causando um efeito de movimento interessante a vista do observador, que também pode ser realçada com o uso de elementos na fachada como painéis e Brises.

4° Pavimento

3° Pavimento

1°/ 2° Pavimento

Composição Final

Implantação

3D Fachada principal 32

Estudo volumétrico


PROJETO DE ARQUITETURA VI

PLANTAS BAIXAS 1° Pavimento

2° Pavimento 1

8 9 7 8

2 2

6

7

5 8

4 3

3

5 7

8 9 9

8

8

7

4

7 1 -Âncora 2 - Circulação 3 - Praça de eventos 4 - Doca 5 - Jardim 6 - Loja satélite 7 - Mall 8 - Escada 9 - Banheiro

8

1

1

1° Pavimento

1 - Praça de alimentação 2 - Circulação 3 - Praça de eventos 4 - Loja satélite 5 - Terraço 6 - Loja âncora 7 - Escada 8 - Banheiro

6

2° Pavimento

8 7 1

2 7

5 4 3

2

4

8

3 7

6

1 - Cinema 2 - Circulação 3 - Praça de eventos 4 - Estacionamento 5 - Loja satélite 6 - Loja âncora 7 - escada 8 - banheiro

1 - Administração 2 - Refeitório 3 - Ves��rio 4 - Estacionamento 5 - Escada

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PROJETO DE ARQUITETURA VI

A

B

A

B

O Cajueiro Shopping ressalta a presença da natureza no seu interior e representando a importância e beleza do cajueiro busca trazer conforto e pra�cidade para seus clientes. Com mais de 200 lojas satélites e 6 lojas âncoras, dentre elas cinema e academia, possibilita uma maior variedade de serviços oferecidos e mais de 2000 vagas de estacionamento, alia a funcionalidade ao bem-estar dos seus clientes.

Corte BB

B

Corte AA

Praça de Alimentação 34


PROJETO DE ARQUITETURA VI

Projetado pensando principalmente na sua funcionalidade e na intenção de proporcionar conforto tanto para clientes como para funcionários, o pé direito de 7 metros permite aos lojistas diversas possibilidades para projetos de suas lojas e a u�lização de mezaninos. As circulações com 16 metros permitem um amplo espaço para circulação e ainda reservando espaço para os quiosques. O jardim interno foi pensado de forma que abrangesse o conceito inicial do shopping, seus caminhos foram desenhados representando galhos do cajueiro projetando ramificações e dando acesso aos quatro cantos do shopping, foi u�lizado canteiros com grama e vegetação de médio porte, nestes espaços também foram introduzidos bancos e mesas para que possa ser um lugar de lazer passivo.

Corredores de lojas

A grande área aberta no meio do shopping permite a entrada de luz natural no ambiente sendo projetada para os corredores através dos panos de vidro translúcidos, proporcionando a u�liza��o de luz natural nos corredores do primeiro e segundo pavimento. A Forma dinâmica e grandiosa destaca-se em meio ao seu entorno arbóreo. O projeto do Cajueiro shopping atende todas a necessidades de um shopping center e aplica sua proposta inicial de trazer para o ambiente fechado do shopping a leveza da paisagem natural de forma su�l e harmônica. Varandas

Quiósques .

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PROJETO DE ARQUITETURA VI

SHOPPING VILA RIO

Aline Veloso, Igo José e Ricardo Pinheiro

Shopping Vila Rio - Entrada Principal

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PROJETO DE ARQUITETURA VI

FICHA TÉCNICA Título: Shopping Vila Rio Orientador: Ricardo Dias e Roberto Montenegro Tipologia: Comercial Localização: Av. Padre Humberto Pietro - Bairro: São Raimundo Cidade: Teresina Área Total Construída: 94.096,08m²

CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO O Shopping Vila Rio segue a proposta de Life Center, une as atividades de compras, convivência e entretenimento em um só lugar, seguindo ideais de sustentabilidade, além de espaços arborizados. Essa novidade, na atual malha urbana de Teresina, propõe espaços de contemplação em um ambiente econômico, demonstrando o resultado da fusão entre natureza e urbano. Para projetar um complexo singular, ousou-se na volumetria com formas prismáticas com destaque na entrada principal e nas torres, nos quais são revestidos com peles de vidro inteligentes, que melhoram o conforto térmico do espaço. O resultado da composição está em um edifício que destoa de qualquer proposta existente na cidade. No interior do shopping, é clara a intenção de criar espaços aconchegantes e estratégicos, essas características são perceptíveis na implantação de praças arborizadas, revestimentos madeirados e iluminação natural. Alé disso, buscou-se criar caminhos imprevisíveis que permitam a caminhabilidade e contemplação dos espaços internos do shopping. Outro destaque a ser mencionado é o grande átrio central que permite a visibilidade dos pavimentos e das torres.

Shopping Vila Rio - Calçada Externa .

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PROJETO DE ARQUITETURA VI

QUADRO DE ÁREAS ÁREA TERRENO: 122.640m² ÁREA 1º PAVIMENTO: 35.412,00m²

ÁREA 2º PAVIMENTO: 29.342,00m²

ÁREA 3º PAVIMENTO: 29.342,00m²

TAXA DE OCUPAÇÃO: 28,87% INDÍCE DE APROVEITAMENTO: 0,76

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA: 94.096,08m²

GARAGEM ÁREA PAVIMENTO GARAGEM: 5.958,40m²

ÁREA TORRE EMPRESARIAL: 3.800,00m²

QUANT. DE PAVIMENTOS: 10

ÁREA HOTEL CORPORATIVO: 3.800,00m²

QUANTIDADE TOTAL DE VAGAS: 2.478

ÁREA DE EXPANSÃO: 58.624,00m²

ÁREA TOTAL EDIFÍCIO GARAGEM:

59.584,00m²

IDOSO IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO IDOSO

RAMPA INC=

6,50%

Planta de Implantação

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO

IDOSO IDOSO

IDOSO

ELEV.

ELEV. ELEV.

ELEV.

ELEV.

ELEV.

ELEV.

SOBE

ELEV.

ELEV.

ELEV.

SOBE

ELEV. ELEV.

ELEV.

SOBE

ELEV.

ELEV. ELEV.

ELEV.

ELEV.

ELEV.

ELEV.

Planta Baixa - 2º Pavimento

ELEV.

Planta Baixa - 1º Pavimento

Planta Baixa - 3º Pavimento

IMPLANTAÇÃO

PLANTA BAIXA

A implantação partiu da busca pela integração entre o shopping e o meio urbano, para isso, aproximou-se o limite da fachada principal ao limite das vias de fluxos de transeuntes e automóveis, fugindo da habitual disposição de shopping centers atuais, onde o empreendimento se encontra no centro do terreno, cercado por vagas de estacionamentos. Outra diretriz projetual aplicada foi a concentração e verticalização do empreendimento no terreno, maximizando o aproveitamento do lote e possibilitando futuras expansões comerciais e residenciais dentro de um masterplan.

A elaboração das plantas baixas, deu-se inicio a partir do estudo dos caminhos que os futuros usuários do shopping iriam percorrer durante o seu uso, com a finalidade de estimular a exploração de todo o espaço interno do local. Com isso, traçou-se caminhos irregulares ligando as principais entradas e definindo, consequentemente, os espaços de malls e lojas. Para os pavimentos superiores, buscamos o uso de passarelas que permitiram a criação de grandes vãos, dando uma sensação de amplitude e interligação entre os pavimentos.

Corte Longitudinal

Corte Transversal

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PROJETO DE ARQUITETURA VI

JUSTIFICATIVA PROJETUAL Com uma volumetria influenciada pelas correntes desconsrutivistas, buscou-se o constante contraste entre a tecnologia e a natureza, utilizando-se de vastas superfícies translúcidas em conjunto com a madeira e a vegetação. Com isso, pode-se criar um amiente de permanência e interação cultural protegido do clima extremo característico da cidade. Shopping Vila Rio - 3º Pavimento

INTERIOR Nos espaços internos, buscou-se a utilização de materiais como a madeira e a vegetação, para uma maior sensação de conforto e aconchego, em contraste ao uso do vidro, que foi utilizado com a finalidade de integrar os espaços internos e externos e trazer um toque se sofisticação para o empreendimento. Para a cobertura foi utilizado amplos painéis de vidro inteligentes, que permitem a entrada de luz natural, sem comprometer o desempenho térmico da edificação, ao mesmo tempo diminuindo os custos com iluminação artificial, além disso, permitem que os usuários contemplem a vista das torres enquanto usufruem do espaço interno do shopping.

Shopping Vila Rio - Vista Geral dos Pavimentos Internos

Shopping Vila Rio - Calçada Externa

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PROJETO DE ARQUITETURA VII

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL Brenda Rachel Soares, David Alisson, Maria Gabriella, Natália Freire

FICHA TÉCNICA Localização: Av. Primeiro, Bairro Novo Horizonte Orientadores: Paulo Henrique e Roberto Montenegro Unidade hab.: 112 Área totaL: 19.575m² Área construída: 16.247m² Área permeável: 4.893m²

Perspectiva da edificação. Render: Lumion 8 40


B

PROJETO DE ARQUITETURA VII

previsão de rua

1

1

4

av.primeiro

previsão de rua

3

2

5

1

1

A

A

2_academia

3_campo de futebol

B

previsão de rua 1_pontos comerciais

4_quadra de esportes

5_empresarial

6_playground

Implantação humanizada

OBJETIVOS PROJETUAIS O terreno apresenta uma topografia com 6,00m de diferença no sentido longitudinal. O entorno é caracterizado pela tipologia residencial. O projeto buscou a exploração da topografia natural, destacando as curvas de níveis por meio de jogos de escadarias e rampas que permeiam todo o terreno e criam ilhas de convivência no térreo, adotando em certos trechos apenas pilotis para melhor integração visual com a paisagem.

Volumetria na implantação

.

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PROJETO DE ARQUITETURA VII

1

2

3

4

1_corte longitudinal AA; 2_ corte transversal BB; 3_fachada leste; 4_fachada sudeste

UNIDADES HABITACIONAIS Há 3 tipologias de moradias, sendo 2 com possibilidade de ampliação, onde se utilizou o conceito de meia-morada. As unidades se alternam de acordo com cada pavimento, de modo que os vazios ocasionados pelas áreas de ampliação,não coincidam. Foi incluído o uso comercial em todo o térreo com lojas, e ainda um bloco inteiro com escritórios e co-workings.

Vista isométrica das tipologias propostas

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PROJETO DE ARQUITETURA VII

C

C

B

B

B

A

A

B

Exemplo de pavimento tipo

Na imagem acima, as unidades habitacionais estão identificadas como: tipo A, o apartamento de 50 m²; tipo B, o apartamento de 60 m²; tipo C, o apartamento de 70 m². A forma côncava do pavimento tipo, permitiu que fossem criadas áreas de convivência que se interconectam ao longo do conjunto habitacional.

Vista interna do corredor

Área comum destinada à esportes 8

Vista da praça em em desnível

Praça como elemento integrador da paisagem.

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projeto urbanismo


PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I

PLANO DIRETOR PARA O EXTREMO LESTE DE TERESINA Elid Frota, Emmanuelle Alencar, Gabriela Nunes, Isabela Nunes, Pedro Aquino

FICHA TÉCNICA Projeto: Plano Diretor para o Extremo Leste de Teresina Orientadora: Anna Karina Borges Tipologia: Planejamento Urbano Localização: Extremo Leste de Teresina Área do recorte: 1,5km de diâmetro. Referenciais: Norte, a Rua Pardal, Sul, Rua Barbalha, Leste, Rua São Miguel e Av. Elder Câmara Oeste, Rua Rotary Club. Instituição: UFPI

INTRODUÇÃO

Este trabalho teve como objetivo a proposição de um Plano Diretor para um recorte do Extremo Leste da Zona Distrital Leste de Teresina-PI, caracterizado por ações de gestão e intervenções urbanas para aperfeiçoar as forças existentes, superar as fraquezas locais, aproveitar oportunidades e neutralizar ameaças, aproximando-se de um cenário de justiça social, preservação ambiental e estabilidade econômica, mantido pelo afeto e comprometimento de moradores e agentes oficiais. Apesar de a Zona Leste de Teresina ser reconhecida como a mais bem estruturada da cidade, o Extremo-Leste se trata de uma parte que se difere muito da fachada elitizada que sua Zona recebe. O plano foi elaborado inicialmente a partir de um diagnóstico prévio da situação local, feito por meio de visitas técnicas, registros fotográficos, dados de órgãos públicos, e entrevistas com moradores em diferentes pontos do recorte. O raio compreende porções dos bairros: Porto do Centro, Samapi, Santa Lia, Satélite, Uruguai, Vale Quem Tem e Verde Lar.

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Vale Quem Tem

Satélite

Samapi Verde Lar 01. Esquema de situação do recorte

Uruguai Porto do Centro


PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I

DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ESTUDO 1. Contexto socioespacial: A renda média mensal dos domicílios é de 644 a 1261 reais. A densidade populacional no raio é bem diversificada e está diretamente relacionada a questão de mobilidade, tendo maiores concentrações próximas as vias principais (Avenida Zequinha Freire e Avenida Central) e reduções nas áreas próximas aos vazios urbanos, nos bairros com os maiores médias de renda mensal. A população, de maioria feminina, apresenta a faixa etária predominante de 19 a 49 anos, sendo menor parcela de adultos maduros e idosos, o que aponta um alto potencial produtivo. Além disso, é significativo número de residentes recém-chegados no local. 0 hab/ha 02. Capa de densidade populacional

8200 hab/ha

Pontos de ônibus Saúde Educação Áreas verdes 03. Capa de Áreas verdes+Pontos de ônibus+Educação+Saúde

Alagamento Topografia Córregos 04. Capa de Topografia+Áreas de alagamento+Córregos

2. Contexto histórico-urbanístico: A formação deste recorte provém de ocupações irregulares e loteamentos datados desde os anos 70, como área de expansão urbana destinada a realocação de vítimas de desapropriação imobiliária. É possível observar o recente aumento de condomínios de classe média no lugar, o que demonstra um processo de mudança de perfil desses bairros. A distribuição tipológica é fiel ao zoneamento oficial de 2013, com edificações comerciais concentradas nas vias principais, o que as tornam canalizadoras de fluxo. Nas avenidas também estão grandes empreendimentos, como o Supermercado Carvalho, o que contribuiu para o desenvolvimento de microempreendedores individuais, que seguidos pelas microempresas, são os principais atores do cenário econômico local. Foram verificadas 113 paradas de ônibus, entretanto há insuficiência de sinalização e estrutura, sendo 12 sinalizados, e somente 4 bem estruturadas na Av. Zequinha Freire. As linhas que passam no raio são alimentadoras, partindo do Terminal Santa Lia. Entretanto, entre os entrevistados há uma predominância por outros modais de locomoção, sendo o principal a moto. Contudo a área é bem servida quanto à educação e saúde, destacando-se escolas municipais e unidades de saúde. 3. Contexto físico-territorial: Segundo a SDU Leste, o recorte possui serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, coleta de resíduos com abrangência satisfatória, porém, de acordo com relatos da população, esses serviços são disponibilizados com qualidade e constância precária, além da alarmante ausência de pontos de coleta seletiva, existindo apenas um ponto de recebimento de resíduos em todo o recorte e frequente presença de lixo em calçadas e ruas. Há também um déficit na coleta de esgoto, sendo comum o uso de fossas sépticas, sumidouros e canalização informal de rejeitos em valas abertas. A topografia apresenta áreas planas e elevadas, porém são recorrentes depressões e trechos bem acidentados, com córregos, que acarretam alagamentos e deslizamentos. Os espaços verdes, destacados no raio, são em sua maioria canteiros e quadras, geralmente associados a edificações institucionais e muitas vezes subutilizados, contudo existem também espaços improvisados pela população, que representam o anseio por espaços de convivência bem estruturados na área. .

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PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I

CENÁRIOS 1. Cenário Atual: Área de malha urbana irregular, deficiente em vigilância, marcada pela falta de diversidade tipológica, além de ocupações informais em áreas de risco, ignorados pela prefeitura, gerando marginalização e insegurança. Deficiência nos sistemas de abastecimento de água e energia elétrica e de coleta de resíduos e esgoto, ocasionando um cenário de vulnerabilidade à doenças causadas por insalubridade à população. Pavimentação precária aliada à desvalorização do transporte coletivo, com insuficiência de linhas alimentadoras, ônibus obsoletos; e desvalorização de modais ativos, com a ausência de faixas de pedestres e ciclofaixas, assim como suas referentes sinalizações, o que resulta em superlotações, caos no trânsito, e aumento em acidentes com ciclistas e pedestres. Ausência de espaços verdes aliado à ocorrências de disposição de lixo em áreas inadequadas. Carência de instituições de ensino superior, obrigando o deslocamento para outros bairros em busca de ensino técnico/superior. Cenário de negligência no raio, sobretudo com os bairros mais carentes, evidenciado pela falta planos municipais e pela falta de representatividade manifesta pela ausência de associações de moradores. 2. Cenário Projetado: Adoção de traçado regular com diversidade tipológica, através do incentivo ao empreendedorismo, sobretudo nas áreas de grande massa residencial, visando aumentar o número de pessoas nas ruas, promovendo mais segurança para o local. Outra proposta seria a abertura de fachadas para as ruas, através de recuos, muros gradeados e janelas. Melhoramento nos sistemas de abastecimento de água e energia elétrica, assim como nos de drenagem e limpeza de ruas e de esgotamento sanitário. Pavimentação adequada tanto em avenidas quanto nas ruas no interior dos bairros, com implantação de faixas de pedestres, ciclofaixas e suas respectivas sinalizações. Quanto ao transporte público, aumento da frota nos horários de pico e melhorias necessários nos ônibus para conforto do passageiro. Criação de campanhas sobre destinação correta do lixo, assim como criação de áreas verdes e de lazer, próximo de córregos e lagoas, estimulando o uso consciente de áreas de interesse ambiental e de lazer à população, e consolidando a função desses espaços. Implantação de instituições de ensino técnico e superior, diminuindo a necessidade de deslocamento para educação. Criação de espaços culturais abertos a toda comunidade, incentivando a interação entre diferentes classes sociais. Abertura de um canal de discussão entre entes governamentais e a sociedade civil do recorte, assim como incentivo a participação popular, através da criação de associações de moradores, onde estes poderiam ter a orientação necessária sobre seus direitos e deveres em relação à cidade. 48

05. Cenário atual: ausência de calçadas e ciclofaixa

06. Cenário atual: carência de espaços de lazer

07. Cenário atual: pavimentação precária ou inexistente


PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I

MACRO E MICROZONEAMENTOS

Macrozona de Proteção Ambiental

ZEIS Tipo I

Macrozona de Redução de Vulnerabilidade Social

ZEIS Tipo IV

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana 08. Macrozoneamento

Áreas de Protação Permanentes (APP) e Espaços Verdes Microzona de interesse agrícula 09. Microzoneamento

ESTRATÉGIAS

Criação de Afeto ao Local para o Fomento da Cidadania: essa estratégia pela ausência de reconhecimento do patrimônio histórico e cultural no raio, por parte dos habitantes, o que é agravado pela falta de pertencimento a região, acentuado pelo número de moradores recentes. A partir disso, busca-se fomentar diálogo das pessoas entre si e com o local, assim incentivando-as a zelar pelos lugares e criação de espaços de cultura e lazer.

Macrozona de Proteção Ambiental: essa estratégia foi desenvolvida para reduzir os impactos ambientais a longo prazo, devido a presença de áreas de risco de alagamentos relacionada aos córregos e desníveis acentuados na topografia. Essa macrozona que compreende a Microzona de Interesse Agrícola que parte do bairro Porto do Centro, com uma área expandindo-se ao norte e Hortas Comunitárias, além de Áreas de Proteção Permanentes (APP) e Espaços Verdes variados distribuídos ao longo do raio.

Macrozona de Redução de Vulnerabilidade Social: essa estratégia abrange as comunidades em situação de risco e marginalização identificadas, tem-se como objetivo melhorar condições socioeconômicas, infra-estruturais e de segurança mais urgentemente, buscando evitar a exclusão desses moradores, incluindo e estimulando-os a participar ativamente das decisões municipais relativas a sua região.

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana: essa estratégia abrange todos os bairros, focando em suprir as necessidades da área relacionadas à infraestrutura urbana e qualidades arquitetônicas e de serviço, apresentando diretrizes e ações que incentivem melhorias e avanços no campo das estruturas urbanas e qualidade de vida da população.

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PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I

AÇÕES E PROGRAMAS 1. Habitação e situação fundiária: As ações e projetos desse eixo abrangem diversas medidas como: Assistência técnica para novas moradias; Promoção da regularização fundiária; Ações em áreas de realocações, para evitar ocupações irregulares; Criação de ZEIS em áreas desocupadas ou subutilizadas, para abrigar residentes de áreas de risco; Urbanização de aglomerados subnormais; Incentivo ao microempreendedorismo através de parcerias público-privada, diminuindo questões burocráticas e variando tipologicamente o recorte; Criação de zonas de proteção ambiental ou rural, para interromper o espraiamento; Aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir para empreendimentos acima do Coeficiente de Aproveitamento, em que os recursos auferidos irão para um fundo voltado a questões de desenvolvimento habitacional e urbano; Aplicação da função pública em edifícios abandonados e terrenos vazios através da lei de parcelamento do solo e IPTU progressivo. 2. Infraestrutura Urbana: As ações e projetos desse eixo abrangem diversas medidas como: Instalação das canalizações adequadas para escoamento de água pluvial; Ampliação da iluminação pública; Manutenção e ampliação do sistema de abastecimento de água; Criação de novas unidades básicas de saúde; Combate ao crime, através de postos policiais e maior número de ronda nos bairros; Implantação e manutenção de sistemas individuais de tratamento de esgoto, onde não houver sistema coletivo.

10. Croqui representativo: ações de mobilidade e acessibilidade

11. Croqui representativo: construção de áreas de lazer

3. Mobilidade e Acessibilidade: As ações e projetos desse eixo abrangem diversas medidas como: Fiscalização segundo a Lei das Calçadas, aplicando pontos como pavimentação de ruas e avenidas, construção e melhoria de calçadas, reestruturação de paradas de ônibus, aplicação da acessibilidade ao sistema viário, integração de rede multimodal, com incentivo ao uso do modal ativo. Criação de ciclofaixas e ciclovias, com correta sinalização, e implementação de bicicletários junto a polos de atração. 12. Croqui representativo: pavimentação das ruas

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PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I

4. Meio Ambiente Natural: As ações e projetos do eixo “Meio Ambiente Natural” abrangem diversas medidas como: Promoção de autoconstrução de áreas de lazer; Remarcação de APPs; Incentivo a criação de áreas verdes; Fiscalização e controle de queimadas; Introdução da educação ambiental em instituições educacionais; Conscientização da sustentabilidade, com incentivo a gestão ambiental participativa e distribuição de mudas. 5. Patrimônio histórico cultural: As ações e projetos do eixo “Patrimônio Histórico Cultural” abrangem diversas medidas como: Desenvolvimento de pesquisa sobre áreas afetivas à comunidade, como edificações e ambientes com potencial histórico/cultural; Reformas em áreas histórico/culturais degradadas, assim como criação de novos ambientes com esse caráter, sendo facilmente identificáveis pela população e integrados ao ambiente urbano, dialogando e atraindo o visitante. Essa atração se daria através de ações para estimular a visitação e utilização por parte da comunidade, além de envolver também escolas públicas através de uma metodologia que aborde a importância do uso e da preservação desses espaços. 6. Desenvolvimento econômico e inclusão social: As ações e projetos desse eixo abrangem diversas medidas como: Demarcação de áreas para atividades agrícolas sintrópicas, com auxílio proveniente do Colégio Agrícola de Teresina da UFPI; Replicação dos centros de produção; Criação de novas hortas comunitárias, áreas livres de lazer e creches comunitárias; Criação e difusão de núcleos e institutos de capacitação técnico e superior abertos à comunidade; Retomada do programa Escola Aberta; Desenvolvimento de programa para melhor inserir o jovem no mercado de trabalho; Criação de áreas de atração no interior dos bairros com boa diversidade tipológica e incentivo ao micro e médio empreendedorismo, através de facilitações financeiras e burocráticas; Aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir para empreendimentos comerciais acima do Coeficiente de Aproveitamento básico, havendo uma isenção de 30% da mesma para aqueles que empreguem moradores da macrozona. Os recursos auferidos da Outorga irão para um fundo voltado a questões de desenvolvimento econômico e inclusão social da área da macrozona. 7. Governança: As ações e projetos desse eixo abrangem diversas medidas como: Promoção de diálogo com a população e desenvolvimento de programas de incentivo a participação popular sobre seus direitos e deveres em relação à cidade, abordando gestão participativa e criação de associações de moradores.

13. Cena cotidiana no atual cenário do Extremo Leste

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o objetivo de melhorar as condições de vida da população do extremo leste e proporcioná-los o exercício de cidadania, foi considerado um raio de estudo e feito análises através de matriz F.O.F.A, a qual permitiu destacar as potencialidades, fraquezas, forças e oportunidades da região. Com o conhecimento dessas informações, foi possível propor estratégias, derivando-se em diretrizes e ações. Tem-se o conhecimento que para essas diretrizes e ações serem concretizadas, é primordial o acompanhamento e cobrança dos moradores, porém o poder público é o principal responsável para que isso aconteça. Espera-se que com a definição das macrozonas e estratégias, o poder Executivo municipal possa compatibilizar os planos e programas com a finalidade executá-los, de forma transparente para a sociedade. .

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PROJETO DE URBANISMO I

PROJETO COCAL: PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO DO BAIRRO COMPRIDA Ana Júlia, Daniele Lira, Edilson Melo, Mônica Alves, Sarah Freitas

FICHA TÉCNICA Título: Projeto Cocal Orientadora: Anna Karina Tipologia: Intervenção urbana Localização: Bairro Comprida, Teresina, Piauí Instituição: UFPI

O trabalho aqui apresentado trata-se de um projeto desenvolvido no Bairro Comprida, localizado na zona Sudeste de Teresina (PI). Elaborado a partir de visitas ao local, entrevistas com moradores, análise de mapas, de dados da prefeitura e construção de estratégias sob orientação da professora durante o período letivo de 2019.2. Na área havia uma gleba de terra chamada Comprida e uma fazenda com o mesmo nome, que foi parcialmente loteada ao longo dos anos. Toda a região ficou conhecida por esse nome e constitui área de expansão da cidade. Também é conhecida como “Cocal”, pois havia muito dessa vegetação na região, além de muitas fazendas nas redondezas. O bairro é descrito pelos moradores como uma região predominantemente tranquila, onde todos os vizinhos se conhecem e que isto contribui para a segurança do local; um local carente de áreas de lazer, de comércio, de transporte público, saneamento (especialmente na área da galeria que atravessa o bairro) e repleto de terrenos baldios.

QUESTÕES DO LOCAL VIAS: O traçado urbano do bairro é descontínuo, com vias e calçadas de qualidade ruim. Há inexistência de paradas e rotas de ônibus dentro dele, além de conflitos de fluxos e tráfego entre pedestres e veículos pesados. A sinalização e arborização são predominantemente ausentes, e tudo isso contribui para a acessibilidade prejudicada.

Via com calçada inexistente

USOS: O bairro possui predominantemente uso habitacional. Contudo há uma grande quantidade de terrenos vazios e/ou subutilizados, e os demais usos são distribuídos desigualmente e com pouca diversidade, havendo uma carência de demais usos específicos como hospitais e instituições e também de espaços públicos de lazer. A antiga fábrica encontra-se obsoleta em um grande terreno ocioso. CÓRREGO: Possui uma ocupação residencial em seu entorno. Seu saneamento é precário, havendo poluição do curso d’água com o despejo de esgoto e dejetos. Em épocas chuvosas mais intensas ocorrem transbordamento e inundação na área, causando prejuízos para a saúde pública e necessidade de desapropriação.

Galeria a céu aberto adentrando o bairro 56


PROJETO DE URBANISMO I

LOCALIZAÇÃO

RIO PARNAÍBA

RIO POTI RIO POTI

BRASIL

PIAUÍ

TERESINA

ZONA SUDESTE/ BAIRRO COMPRIDA

DIAGNÓSTICO ECOLÓGICO: Um curso de água semelhante a um córrego atravessa o bairro. Ele nasce na zona Sudeste da cidade e deságua direto no rio Poty, ainda no bairro Comprida. A topografia é modelada por esse veio hídrico, com maiores desníveis em seu entorno e maior planicidade no restante do bairro. A vegetação é preservada em torno das margens do córrego, com menos árvores na área menos ocupada. A maior parte da arborização fica limitada aos quintais e espaços privados. SOCIAL: Percebe-se dois níveis de ocupação do bairro. Uma região mais adensada em torno do córrego e uma área mais desocupada no grande lote vazio da antiga fábrica e seu entorno. URBANO: Predomina-se o uso residencial, com pouca diversificação e grande quantidade de lotes vazios. As vias delimitadoras do bairro são mais largas e as internas mais estreitas, de maioria com calçadas pequenas. Existem alguns caminhos suspensos que conectam as vias sobre o córrego.

LEGENDA |

ASFALTO

CALÇAMENTO

INUNDAÇÃO

VEGETAÇÃO

RESIDÊNCIA

SERVIÇO

COMÉRCIO

Sobreposição de capas de análise do bairro

DIRETRIZES CONCEITUAIS O conceito do projeto nasce a partir das conversas com moradores nas visitas ao local, nas quais a equipe percebeu que um elemento da paisagem local se destacava na memória coletiva dos habitantes - a mata de cocais. Esse tipo de vegetação típica do Meio Norte nordestino era comum no área onde hoje residem os moradores do bairro Comprida, especialmente na região que margeia o rio Poty. A ideia do projeto é resgatar essa referência de identidade para o local através da proposta de um parque linear em torno do córrego que recupere e valorize essa vegetação local. Dessa forma, o parque e as demais estratégias propostas trarão unidade e identidade para o bairro, tornando-se novas referências para os moradores e para residentes do entorno.

REDISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO BAIRRO

INCLUSÃO DE NOVAS PARADAS DE ÔNIBUS

DEFINIÇÃO DE ÁREA PARA O PARQUE

CRIAÇÃO DE NOVAS ZONAS NO BAIRRO

MELHORAMENTO DAS VIAS EXISTENTES CRIAÇÃO DE PASSAGENS PARA PEDESTRES

DEMARCAÇÃO DE POSSÍVEIS VIAS

LEGENDA |

PARQUE

GALERIA

ZONA DE USO MISTO

ZONA DE HABITAÇÃO

ZONA MULTIFUCIONAL

PARADAS DE ÔNIBUS

VIAS À REQUALIFICAR

Mapa conceitual

.

57


PROJETO DE URBANISMO I

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

O IRR

BA

TA

IR

RO

IT

AR

AR

É

SSO

CE

EA

OD

EIX

RED

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EIXO

DE A

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LEGENDA SERVIÇO EXISTENTE

EIX

O

COMÉRCIO EXISTENTE

LO

CA

L

INSTITUCIONAL EXISTENTE EIXO

RESIDENCIAL EXISTENTE

DE C

ONEX

ÃO

EDIFICAÇÕES A SEREM REMOVIDAS LOTES VAZIOS PROPOSTA PARA USO MISTO

EIX

EIX

O

PROPOSTA PARA USO INSTITUCIONAL

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PARADA DE REMOVIDA

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PARADA DE ÔNIBUS CRIADA

XO

PARADA DE ÔNIBUS EXISTENTE

EI

LINHA DE ÔNIBUS CRIADA

BAIR R (MAR O COMP RID GEM DO R A IO P OTI)

XO

O

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L

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LINHA DE ÔNIBUS EXISTENTE

LO

O

BICICLETÁRIO

NE

EIX

PARADA DE ÔNIBUS

O

CICLOVIA/ CICLOFAIXA

BA

ALARGAMENTO DA FAIXA SENTIDO DA LINHA DE ÔNIBUS

Masterplan das estratégias de ação

As intervenções propostas incidem sobre as três principais questões diagnosticadas no local: a qualidade atual das vias e a mobilidade comprometida, os problemas relacionados ao espaço construído e os usos disponíveis, e o córrego convertido em galeria a céu aberto. No projeto, essas problemáticas articulam-se em eixos de ação com estratégias e soluções que se integram nas três frentes de intervenção. CÓRREGO | PARQUE COCAL: - proposição de um parque linear no espaço em torno do córrego para proteger o corpo hídrico e suas margens da degradação. - parque como alternativa de lazer e espaço público para Comprida e demais bairros na zona sudeste da cidade, área que carece de parques urbanos. - parque como elemento de identidade para o Bairro Comprida - remoção de moradores que vivem nas margens do córrego em condições precárias e realocação em lotes vazios e/ou subutilizados dentro do próprio bairro, mantendo a conexão dos habitantes com o local. - despoluição gradativa do córrego através da canalização e tratamento dos dejetos atualmente despejados diretamente na água. USOS | ESPAÇOS: - identificação dos usos recorrentes dos espaços e das carências do bairro. - implantanção de espaços destinados para edificações de uso misto e institucional em terrenos vazios ou lotes extensos subtutilizados utilizando-se do parcelamento do solo. 58

EIXO

ESCALA

DE A

CESS

O

0 10

50

100

O objetivo é fomentar a diversidade de usos trazendo segurança e vitalidade para as vias no interior do bairro e adjacentes ao parque Cocal. - proposta de revitalização da estrutura da fábrica desativada para novo uso como equipamento isntitucional e parcelamento do seu lote em novas quadras menores. - priorização da diversificação dos usos nas novas quadras e previsão de lotes destinadas a realocação dos moradores retirados das margens do córrego. VIAS | MOBILIDADE: - Classificação das vias a partir do potencial de integração com o resto da cidades e dentro do próprio bairro. Foram definidos três categorias: eixos de acesso - conectam o bairro com o restante da cidade, a partir dos quais a população tem acesso ao bairro e a área do parque em torno ao córrego. eixos de conexão - articulam a mobilidade dentro do próprio bairro fazendo a conexão entre os eixos de acesso e espaços com usos diversificados e demais pontos de interesse. eixos locais - ocorrem no interior do bairro e tem menor nível de integração entre vias, servindo para uso para o acesso de moradores a serviços e equipamentos implantados. - estruturação das vias de acordo com as necessidades de cada classificação, dando suporte para o tráfego de diferentes modais, como bicicletas e ônibus, com bicicletários e paradas de ônibus locados de modo estratégico. - valorização do percurso do pedestre com alargamento, arborização e requalificação das calçadas.


PROJETO DE URBANISMO I

RECORTE FINAL

EIXO

EIX

O

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L1

EIXO

EIX

O

LO

CA

EIXO

DE A

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O2

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2

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LO C

AL

2

L1

LOC

O2

O recorte escolhido para detalhamento maior do projeto urbanístico abrange as vias e quadras adjacentes ao Parque Cocal. A área escolhida é representativa porque contempla estratégias de ação nos três eixos trabalhados desde o ínicio do estudo: o córrego, os usos e as vias. Nessa fase do projeto, foi prevista a locação do sistema de iluminação através de postes e do mobiliário urbano, adequando-os de acordo com o contexto preexistente e específico de cada via detalhada.

EIX

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O

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EIX

EIXO

DE

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Recorte final da área de atuação

VIAS SITUAÇÃO ATUAL

SITUAÇÃO PROPOSTA

EIXO DE ACESSO 2

EIXO DE CONEXÃO 2

EIXO DE ACESSO 2

EIXO DE CONEXÃO 1

EIXOS DE CONEXÃO 1, 2, 3, E EIXO LOCAL 2

VIA EIXO DE CONEXÃO 3

EIXO LOCAL 1

EIXO LOCAL 2

Corte da Rua Tutóia | Antes

Corte da Rua Tutóia | Depois .

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PROJETO DE URBANISMO II

PLANO ALVORADA

Larissa Rafaella, Nathália Gomes, Raniel Cardoso.

FICHA TÉCNICA Título: Plano Alvorada Orientador: D.ra Nícia Formiga Leite Tipologia: Plano Urbanístico Localização: Alvorada do Gurgueia, Piauí. Área: 12.000 m² Instituição: Universidade Federal do Piauí.

LOCALIZAÇÃO

0

500m

Imagem 01- Localização e Implantação

Alvorada do Gurgueia é um município brasileiro de aproximadamente 2.132km² de área, situado ao sul do Piauí, que teve sua origem marcada pela implantação do aeroporto do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). A cidade se destaca, entre outros motivos, por sua base econômica, sendo voltada aos serviços e ao agronegócio, em especial à produção da soja, o que faz da cidade uma das potencias agrícolas do estado. A região em que a cidade se localiza está compreendida em uma zona de clima tropical com vegetações características tanto da caatinga quanto do cerrado. A área é fortemente marcada por lençóis freáticos superficiais, respnsáveis pela origem de poços jorrantes, e pela proximidade ao Rio Gurgueia e a outros dois rios de menor porte. Durante recentes reuniões sobre uma possível

60

divisão do estado, a cidade foi eleita como capital da nova unidade da federação em caso da efetivação do desmembramento do estado em duas partes. Entre os motivos que levaram a sua escolha estão as características supracitadas e, principalmente, sua localização estratégica, visto seu posicionamento central em relação aos demais municípios da porção sul do estado. Segundo o último senso realizado pelo IBGE (2010), o município contava com cerca de 5.050 pessoas, tendo como densidade demográfica 2,37 habitantes por quilômetro quadrado. A estimativa é de que atualmente esse contingente populacional tenha aumentado para 5.392 habitantes, valor que se concentra, em sua maioria, na área urbana. A urbe do município situa-se em uma parcela do solo parcialmente plana e sobre uma malha regular ortogonal, além de estar locada próxima ao Rio Gurgueia e à BR 135.


PROJETO DE URBANISMO II

MASTERPLAN

Imagem 02- Masterplan

O modelo de cidade compacta foi o escolhido para guiar desenvolvimento do desenho urbano do projeto, visto seus benefícios frente às questões urbanísticas em voga atualmente e o reduzido índice de ocupação territorial que esse modelo permite. Equilíbrio entre a distribuição de densidade das áreas, a tendência à expansão da urbe e a disposição natural de diferentes centralidades. Por conta do modelo urbano escolhido e as questões espaciais implicadas pela base econômica local (agronegócio), decidiu-se por planejar uma cidade com densidade demográfica bruta de 12.000 habitantes por quilômetro quadrado, aproveitando parte da malha urbana já existente e visando o desenvolvimento do traçado e do zoneamento alinhado ao planejamento dos meios de transporte públicos. Foram sobrepostas duas malhas ortogonais, onde inclui-se a malha original e inseriu-se novas quadras com dimensões reduzidas em relação as habitualmente utilizadas em grandes metrópoles. Foi estabelecida uma hierarquia composta por vias expressas, arteriais, coletoras e locais. As arterias seriam as responsáveis por cortar a cidade conectando o centro aos subcentros locais, que totalizariam quatro centralidades, uma principal e três secundárias.

0 100

500m

Descentralização parcial para atender as necessidades de todas as zonas com a maior eficácia possível e evitar o surgimento desordenado de novas subcentralidades. Implantação de estacionamentos verticais públicos, a fim de evitar a obstrução viária por parte de automóveis estacionados irregularmente. ao mesmo tempo em que se priorizaria espaço para circulação de modais alternativos, (BRT), (VLT), ciclofaixas e ciclovias. A distribuição dos serviços se dá ao longo das principais vias da cidade, resguardando as habitações dos ruídos e da poluição massiva gerada nesses eixos. Os espaços públicos de recreação e/ou contemplação e os equipamentos urbanos seriam distribuídos de forma a haver um a cada, no mínimo, 300 metros de raio das zonas residenciais, na intenção de criar maior interação social e urbana. A ocupação do solo seria ordenada por leis que equilibrariam as variações de gabaritos por toda a cidade. Arquitetura sustentável seria estimulada, especialmente em propriedades privadas, onde medidas simples como arborização fossem incentivadas por meio de isenções fiscais, a exemplo da dispensa do IPTU.

.

61


PROJETO DE URBANISMO II

CAPAS

A cidade é fortemente marcada pelos eixos viários e pelo uso misto, sendo assim composta por uma rica mescla de usos, gabaritos e equipamentos. A configuração da cidade se desenvolveu de forma a favorecer a distribuição equitativa dos equipamentos públicos por área, por densidade e por variedade de serviços. A dispersão foi realizada entre as diferentes zonas propostas, buscando a locação em áreas intermediarias entre o centro, os subcentros e a periferia.

Industrial 0

Público

Comercial

Residencial

Institucional

0

500m

Muitos equipamentos exigidos na escala cidade foram distribuídos entre o centro e os subcentros. Essa distribuição evitaria o congestionamento da área central e facilitaria o acesso para moradores das regiões mais periféricas. Na escala bairro, os equipamentos ficam imediatamente próximos aos subcentros e a uma rota arterial, possibilitando o acesso pelos diferentes modais que assistem a cidade.

500m

No entorno das principais vias estão presentes usos comerciais, serviços e moradias (usos predominantes) empregados em edifícios de até 10 e até 20 pavimentos. Adentrando as zonas mais voltadas ao uso residencial, encontra-se uma redução nos gabaritos, onde as edificações vão variar de térreas até prédios de 05 pavimentos. 0

500m

0

500m

0

500m

Sobre a distribuição de equipamentos, devido a área reduzida, só foi necessária a locação de uma quantidade menor de infraestrutura. Na escala bairro seria implantado um posto de saúde próximo a cada subcentro, a fim de cobrir as áreas residenciais. Quanto as repartições públicas, a maioria se localiza na região central, restando apenas unidades pontuais nas periferias e subcentros.

LEGENDA DISTRIBUIÇÃO DE USOS

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Residencial

Cultural

Industrial Leve

Comercial

Policial

Comercial Rodoviário

Hospital de Urgência

Universidade Federal

Cemitério

Centros Administrativos e Repartições Públicas

Educacional

Industrial Pesado

Comercial Atacadista Comercial Shopping


PROJETO DE URBANISMO II

ESTUDO DE GABARITOS

Até 03 pavimentos

Diferenciação de gabaritos com intuito de quebrar a monotonia de uma escala única, já que a padronização arquitetônica prejudica o senso de lugar. Dessa forma, ficaria garantido aos habitantes uma paisagem urbana dinâmica. Redução progressiva do gabarito a medida que se adentra aos bairros, onde a função residencial predomina. Medida a evitar que residências com menor gabarito sejam prejudicadas por obstáculos físicos que atrapalhem sua iluminação e ventilação natural, além de favorecer a manutenção da intimidade desejada. Distribuição dos usos que requerem maior gabarito ao longo dos principais eixos viários e de acordo com os princípios definidos pelo DOTS (Desenvolvimento orientado ao transporte Sustentável).

Até 05 pavimentos

Modelo de planejamento e desenho urbano voltado ao transporte público, que constrói bairros compactos e de alta densidade, oferecendo às pessoas diversidade de usos, serviços, espaços públicos seguros e atrativos, favorecendo a interação social. Paisagem urbana formada por espaços verdes para incentivar o interesse da população na vida em comunidade, mantendo o caráter humanista da escala.

Até 10 pavimentos

Até 20 pavimentos

Imagem 03 - Detalhamento em Maquete 3D .

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PROJETO DE URBANISMO II

TIPOS DE VIAS

0

5

As vias locais são predominantes em toda a malha, sendo as que mais adentram aos bairros. Por esse motivo, foi adotado limite de velocidade reduzido, priorizando os pedestres. Poucas faixas de rolamento para veículos, amplas calçadas com faixas exclusivas para ciclistas e para árvores foram aplicadas nesse tipo de via, transformando esses eixos em pequenos boulevards.

10

Os eixos coletores formam o segundo maior aglomerado viário da cidade, já que cortam a maioria dos bairros e vias arteriais. Nessa tipologia foram propostos dois modelos nos quais seriam aplicados usos distintos dos demais eixos, sendo nela instituida a maior parte do sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) da cidade. Locais

0

5

0

5

Por fim, as vias arteriais, consideradas os principais eixos da malha, de velocidade mais alta e com maior fluxo de passageiros em geral, são as responsáveis por conectar toda a cidade. Para esse modelo de via também foram propostas duas tipologias, onde o transporte público se apresenta como principal e mais eficiente meio de locomoção, já que nele é empregado o sistema de BRT (Bus Rapid Transit) da urbe. Assim, determina-se a composição desses eixos como: três faixas de rolamento para veículos em cada sentido, sendo permitida a circulação de ônibus convencionais em uma delas, uma faixa exclusiva para VLT em cada sentido, passeio central com terminais, faixa livre para pedestres, ciclofaixa e faixa de serviço, além de largas calçadas com espaço destinado a arborização e equipamentos públicos; ou três faixas de rolamento para veículos e duas faixas de rolamento para BRT em cada sentido, passeio central com terminais, faixas exclusivas para pedestres, ciclistas, arborização e equipamentos urbanos, além de largas calçadas com faixas de serviço bem delimitadas.

10

Coletoras

10

Coletoras

0

Arteriais 64

5

0

10

Arteriais

5

10


PROJETO DE URBANISMO II

SUSTENTABILIDADE

Imagem 04- Detalhamento 2D

Na junção do traçado da antiga cidade com a nova proposta se formou uma área com pouca regularidade. Nela , foi implantado um parque que por coicidência se encotra no centro da cidade, se tornado o central parque da urbe e ajudando no resfriamento da cidade e na vida dos cidadões. Aproveitando a grande concentração de área verde centralizada, também foi implantada a uma universidade que, se conectase com a vida urbana do cidadão e vice-versa. Dessa forma a área verde ganhou mais espaço e a comunidade mais lugares para vivência.

0

100

150

Aproveitando-se do fato que a cidade possui lençol freático muito próximo da superfície, foram estruturados lagos no lado oeste do parque que possuem duas funcinalidades distintas: uma de resfriamento evaporativo e outra de lagoa pluvial. Os quateirões com formato triagular possuem diversas funções no projeto , sendo elas: estacionamento, armazenagem de dados pra instalação de sensores, ponto de coleta de lixo, praças etc.. Assim uma área que seria desperdiça proveniente da sobreposição dos eixos, passa a ser protagonista dentro do desenvolvimento urbano.

Imagem 02- Masterplan

Imagem 05 - Parque da Cidade .

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projeto paisagismo



PAISAGISMO PAISAGISMO I I

PRAÇADAS DASCASTANHAS CASTANHAS PRAÇA Larissa Mesquita, Lucas Bruno, Marcos Antonio, Larissa Mesquita, Lucas Bruno, Marcos Antonio, Viviane Amorim e Yuri Nepomuceno Viviane Amorim e Yuri Nepomuceno

FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA Projeto: Praça das Castanhas Projeto: Praça das Castanhas Orientadora: Wilza Lopes Orientadora: Wilza Lopes Tipologia: Projeto Paisagístico Tipologia: Projeto Paisagístico Localização: Engenheiro Antônio Localização: Rua Rua Engenheiro Antônio da Silva Barradas Parque da Silva Barradas filho,filho, s/n, s/n, Parque Sul Sul do Projeto: 9.986m² ÁreaÁrea do Projeto: 9.986m² Instituição: Instituição: UFPIUFPI Renders: Marcos Antonio Renders: Marcos Antonio

CONCEITO CONCEITO

PARTIDO PARTIDO

O conceito surge da análise vegetações existentes O conceito surge da análise dasdas vegetações existentes no no terreno e constatação da constatação entre apenas terreno e da de de queque entre elaselas apenas umauma era frutífera: o cajueiro. Para reafirmar a ideia era frutífera: o cajueiro. Para reafirmar a ideia do do reconhecimento da árvore como parte da cultura reconhecimento da árvore como parte da cultura de de umum povo, a figura do caju foi amplamente explorada durante povo, a figura do caju foi amplamente explorada durante a a a rgre c o nc coenpc çeãpoç ãdoa dpar apçraa çpao rp ocra rcre a rg acro nc soingsoi gao a personificação da resiliência do piauiense, personificação da resiliência do piauiense, umauma vezvez queque o o caju é natural de locais castigados pelo sol, com clima caju é natural de locais castigados pelo sol, com clima quente e seco, e quando atinge apogeu. quente e seco, e quando atinge seuseu apogeu.

Para o partido foram adotados canteiros e paginação Para o partido foram adotados canteiros e paginação do do piso que surgem da abstração da forma da castanha piso que surgem da abstração da forma da castanha de de garantindo assim organicidade e fluidez volumes cajucaju garantindo assim organicidade e fluidez aosaos volumes da praça. As cores presentes utilizadas se baseiam da praça. As cores presentes utilizadas se baseiam na na coloração fruto, tons quentes voltados vermelho, coloração do do fruto, tons quentes voltados propro vermelho, laranja e amarelo. As cores transmitem ao observador laranja e amarelo. As cores transmitem ao observador a a sensação atividade, alegria, dinamismo, confiança sensação de de atividade, alegria, dinamismo, confiança e e amizade. amizade.

Planta baixa ilustrativa da praça. Planta baixa ilustrativa da praça. 68

0 50 105 1020 20

40 40


PAISAGISMO I

terreno escolhido comercial institucional residencial Análise de usos e vegetação existente no entorno imediato e no terreno escolhido para a Praça. Sem escala.

massa vegetal

TERRENO E ENTORNO

VEGETAÇÃO

O terreno escolhido para realização do projeto da praça está localizado no bairro Parque Sul, na Zona Sul de Teresina. O bairro compreende uma zona em sua grande maioria residencial. Apresentando pequenos pontos de comércio, igrejas e uma escola. Não apresenta locais de lazer ou práticas de esporte. Por tanto, faz -se fundamental a implantação de uma praça na região para que atenda essa necessidade da população, que apresenta uma quantidade considerável de idosos e crianças como também de jovens e adultos.

No terreno, existe uma parcela coberta por mato e outra por areia, qual veio sendo usada pelos moradores como campo para a prática de esportes, o futebol. Encontramse também árvores classificadas como sendo de pequeno e médio porte, todas foram preservadas, sendo encontrada apenas uma frutífera: o cajueiro. Gramado, forrações, arbustos e topiaria e outras espécies de grande e pequeno porte de árvores foram acrescidas, dando preferência por espécies frutíferas e que melhor se adaptassem ao clima local.

Render. Vista interna da praça e da área de bancos sombreada.

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69


PAISAGISMO I

Análise de insolação e ventilação do terreno escolhido. Sem escala.

INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO

SETORIZAÇÃO

As fachadas maiores estão dispostas no sentido Norte/Sul com ventos predominantes oriundos do Sudeste, onde não encontram grandes obstáculos. Quanto a insolação, as fachadas menores estão voltadas no sentido Leste/Oeste e foram adicionadas mais árvores para que garantissem o completo sombreamento e resfriamento. Assim, temos redução da velocidade dos ventos, redução da insolação direta sobre o solo e as pessoas e absorção do excesso de radiação solar.

Ao Leste se destinou ambientes de lazer passivo, repleto de bancos e sombreados garantindo a permanência dos indivíduos. A quadra está disposta no sentido Norte/Sul,impedindo que haja ofuscamento dos jogadores, próxima da escola, assim como o playground, para que os estudantes tenham acesso. A quadra está próxima do Leste prezando o conforto térmico. Á Oeste foi destinado a parte comercial e alimentícia, por apresentarem mais atividade durante o fim do dia e à noite.

Render. Vista da quadra de esportes da praça.

Render. Vista da área de food trucks.

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PAISAGISMO I

Perspectiva de vista da praça. Sem escala

IMPLANTAÇÃO

PROGRAMA DE NECESSIDADES

O terreno destinado ao projeto da praça se encontra rodeado por residências, no limite do bairro, proporcionando assim conexão entre a população do Parque Sul com as dos distritos envolta. Localizado em frente a uma escola, é rodeado por ruas principais de pequeno fluxo de automóveis e pedestres, existindo apenas um ponto e poucas linhas de ônibus na proximidade. As fachadas maiores estão dispostas no sentido Norte/Sul com ventos predominantes oriundos do Sudeste, onde não encontram grandes obstáculos. Quanto a insolação, as fachadas menores estão voltadas no sentido Leste/Oeste e foram adicionadas mais árvores para que garantissem o completo sombreamento e resfriamento.

Foi considerado a inclusão das pessoas, de todas as fachas etárias com atividades e espaços voltados a eles. Buscouse o aproveitamento natural do terreno onde se definiu os pontos de circulação, os canteiros, playground para o lazer infantil, área de permanência com bancos e arborizadas, uma quadra destinada a prática de esporte, uma escultura em forma de caju que venha a servir como marco para a praça, um bicicletário, espaço cultural onde se encontram pequenos comércios e alimentação com espaço reservados para caminhões de food truck e um palco, assessorados por infraestrutura básica como: rede de água, energia, iluminação pública, força elétrica, bancos, lixeiras, placas de identificação e pavimentação, preservando as árvores existentes.

Render. Vista do marco das Castanhas.

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PAISAGISMO I

PRAÇA NIDUS

Arthur Pedrosa Rocha, Luana Soares e Andrade, Luis Eduardo Carvalho e Myrian Christina Oliveira FICHA TÉCNICA Título: Praça Nidus Orientadora: Drª Wilza Gomes Tipologia: Projeto de Intervenção Paisagística Localização: Bairro Vale do Gavião, Teresina Área: 5 895,69 m² Instituição: UFPI

Planta de Implantação e Layout 0m 30 m Legenda: Área permeável coberta por grama Piso em granilite para prática esportiva Piso em bloco de concreto intertravado (Tingimento superficial em tom laranja)

Planta de Implantação 0m 30 m Legenda: Vegetação arbórea de pequeno porte Vegetação arbórea de médio porte Vegetação arbórea de grande porte

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Logo Conceitual


PAISAGISMO I

CONCEITO E PARTIDO

O “Vale do Gavião”, bairro onde a praça está localizada, recebeu esse nome devido à grande quantidade de aves que ali pousavam, com destaque para o carcará, que possui hábitos diversos. Esta ave pode viver solitária ou em grupos, pousando nos galhos altos durante a noite ou nas horas mais quentes do dia.

2

O nome da praça Nidus, palavra em francês para ninho, surgiu do comparativo dos hábitos do carcará aos usos da praça e da relação dessa ave com o local, tornando-se um ponto de pouso para as pessoas, que ali encontrarão um momento de paz e aconchego em meio ao caos urbano. A identificação de uma apropriação já existente do terreno pelos moradores levou à inserção de equipamentos lúdicos e para a prática esportiva relacionados aos antigos usos com o propósito de manter a identificação entre os usuários e o espaço. Optou-se por conservar a vegetação existente, além do plantio de mais árvores buscando a melhoria do conforto térmico do ambiente visto a caracterização do clima da região. A presença de estares e arborização disposta sobre os canteiros de traçados orgânicos ampliam a sugestão de abrigo e de extensão do conforto do lar.

4

1 3

Praça “NIDUS” 2 Unidade Escolar

1

Centro Poliesportivo “Estação Cidadania”

3 Unidade Básica de Saúde 4 Igreja

50 m Situação

PLANTA BAIXA

A disposição dos elementos em planta foi feita através de uma análise de mapas esquemáticos de uso e ocupação do solo, fluxos e vegetação. Os canteiros foram desenhados utilizando-se linhas com ângulos múltiplos de 15º com fechamento em arcos. Apesar de serem todos diferentes, eles possuem uma unidade visual através de formas orgânicas. A praça possui duas paginações de piso que interligam os canteiros para tornar o ambiente mais dinâmico, porém, sem delimitar a calçada, que possui a mesma paginação. A cor laranja está associado à criatividade, entusiasmo e energia, além de melhorar a comunicação. Locou-se a quadra poliesportiva em uma das extremidades, para que não se tornasse uma barreira física e visual no interior da praça. No extremo oeste, um ponto de convergência de pessoas, foi instalado um marco em forma de escultura. O playground está dividido em diferentes setores na praça, com brinquedos que incentivam o exercício da criatividade e a imaginação das crianças. Tais equipamentos possuem distâncias convenientes entre si permitindo que todos os brinquedos sejam utilizados ao mesmo tempo. Sua disposição na praça, inclusive, garante a visibilidade aos pais, que podem ficar sentados nas mesas próximas vigiando suas crianças.

Perspectiva da Praça .

73


PAISAGISMO I

MOBILIÁRIO “WING”

A praça tem seu mobiliário projetado a fim de garantir uma unidade visual ao espaço. O banco “Wing” (em inglês - asa) materializa-se sob a representação figurativa de uma asa em razão das linhas diagonais que sugerem o dinamismo no banco - apoiada em um abstracionismo que identifica a composição final. Além do banco, foi proposto um conjunto - mesa e bancos - desenvolvido a partir dessa primeira proposta com a intenção de manter a harmonia estilística na praça. O conjunto de mobiliário urbano Wing, com design simples, proporciona conforto aos usuários aliado a harmonia entre as formas e materiais - em específico, concreto armado e madeira plástica - empregados no projeto paisagístico. A identidade formal desse mobiliario ilustra-se tanto nas figuras abaixo quanto na perspectiva ao lado.

Ilustrações do Banco “Wing” (à esquerda) e Conjunto “Wing” (à direita), sem escala

Perspectiva - Entrada Nordeste 74

Disposição do Conjunto Wing nas áreas de lazer da Praça Nidus


PAISAGISMO I

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A consolidação do projeto da Praça Nidus envolveu a concepção de um espaço que fosse público e funcional, aliando conforto visual e térmico. Seu desenho deveria favorecer vínculos de entretenimento entre adultos, jovens e crianças, de modo a desfrutarem do espaço de convívio através de lazeres ativos e passivos, sem deixar de considerar a acessibilidade, a livre circulação de pessoas, a harmonia estética e o conforto. As soluções propostas para a configuração formal do projeto direcionam locais que propiciem aos usuários maior comodidade e interação social, de modo a fomentar a convivência no espaço. A presença de áreas de lazer passivo, destinadas à conversação, contemplação e jogos, está equipada com bancos e mesas distribuídas ao longo da praça, sendo os locais onde os usuários e frequentadores da praça poderão estabelecer diálogos ou simplesmente passar o tempo. Para o lazer ativo, está proposto no programa a instalação de playground, quadra poliesportiva e academia ao ar livre, abrangendo um público de diferentes faixas etárias. Perspectiva da quadra de esportes

Perspectiva - Área Central .

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PAISAGISMO II

PARQUE CURIÁ Daniele Lira, Elid Frota, Emmanuelle Alencar, Isabela Nunes e Pedro Aquino FICHA TÉCNICA Projeto: Parque Curiá Orientador(a): Profª Dra. Karenina Cardoso Matos Tipologia: Parque Institucional Localização: Av. Centenário, Bairro Aeroporto Cidade: Teresina-PI Área do Projeto: 768.683,65 m2 Instituição: UFPI

CONCEITO E PARTIDO O conceito do Parque Curiá é baseado na ideia de conexão, partindo do pressuposto de que a curiosidade é uma ferramenta essencial para nos conectarmos com o mundo e a ele sermos perceptíveis, portanto sensíveis. Previamente a elaboração do projeto, foram feitos estudos para se entender aspectos físicos e sociais relacionados ao terreno. A partir dos levantamentos, foi sendo elaborado o conceito, motivado pela memória do aeroporto, sendo consideradas observações como a desconexão entre o perfil médios dos usuários do aeroporto com a população do entorno, que é a principal impactada pelas atividades do lugar, além disso, seu entorno imediato possui ocupações irregulares, onde seus residentes vivem em situações precárias e de risco, o que agrava o fato de que a maior parte da enorme área do terreno é subutilizada quanto à ocupação de solo e seu o cone de aproximação impede o crescimento vertical da Zona Norte, em que está locado, além do Centro e parte da Zona Leste. Também é válido citar os problemas de inundação, causados pelo sistema de drenagem ineficiente, prejudicando o saneamento e trazendo riscos à saúde pública. Diante deste cenário, observou-se que era viável a criação de um parque institucional público, com espaços de lazer contemplativos e ativos para a comunidade, além da oferta de cursos, tornando a área um polo de capacitação profissional, contribuindo para o desenvolvimento cultural, ambiental e econômico. 76

Para materializar o conceito, trabalhou-se com composições simbólicas identificáveis em várias escalas. O simbolismo manifesta-se tanto aos elementos visuais quanto à funcionalidade, sendo indissociáveis e interdependentes. Foram abstraídos conceitos de forças atuantes no corpo em voo, representando-as graficamente com as formas previamente propostas, o que gerou o símbolo do parque. formas circulares e de gotas para demarcação de áreas impermeáveis, onde ficam as edificações do parque, além da repetição e articulação harmônica das formas; criação de um circuito de passarelas para conectar todos os setores do parque; Instalação de um bonde elétrico para oferecimento de mais um eixo de integração; demarcação de um traçado linear de canteiros verdes, reforçando o conceito do parque, tanto a nível de escala humana, quanto de continuidade dos elementos visuais ao longo do percurso e a nível de vista aérea com a continuidade visual do todo (figura 01).

01. Croqui do traçado inicial.


PAISAGISMO II

02. Masterplan do Parque Curiá.

MASTERPLAN À seguir serão introduzidas as principais áreas, demarcada no masterplan do Parque Curiá (figura 02): A: Área central (figura 03) onde se encontra o marco zero do parque, conecta as principais entradas do parque, dando acesso ao complexo composto pela mandala em ladrilho hidráulico com o símbolo do parque e pelo conjunto de pavilhões de exposições, sendo alguns cobertos, mas visualmente permeáveis, e outros em estrutura metálica geodésica com cobertura vegetal, todos destinados a abrigar diferentes mídias. B: Área de Trilhas (figura 04) é uma grande área de massa vegetal onde os caminhos externos se conectam a outros setores do parque, com a finalidade de convidar o visitante a adentrar nos caminhos internos, que apresentam canteiros com grandes variedade vegetal, composto por árvores de colorido abundante, massas de flores e arbustos baixos, que criam poços de iluminação e reduzem a impermeabilização visual. Também são locadas composições como esculturas, totens e coretos, visíveis por quem está na trilha, para atrair o usuário e despertar sua curiosidade para os canteiros. C: Área do Pomar (figura 05) é um espaço de massa vegetal próximo a horta composto por dois caminhos, um ao nível do solo e uma passarela suspensa, com 2,8 metros de altura, sobreposta ao primeiro caminho, gerando uma área de sombreamento. Ambos os trajetos foram trabalhados de como que o visitante possa ter uma experiência física e sensorial tanto através de lazer ativo, como prática de caminhada, como através de lazer passivo, desfrutando dos espaços de contemplação e convivência locados ao longo do circuito.

03. Croquí da área Central.

04. Croqui da área de Trilhas.

05. Croqui da área do Pomar.

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PAISAGISMO II

06. Croqui da área do Playground.

D: O Playground (figura 06) é uma área de grande extensão, com mobiliário sinuoso e dinâmico, destinada a todas as faixas etárias, com o objetivo de alimentar a imaginação de seus usuários, além de incentivar a prática de exercícios físicos. Vale destacar a alusão à memória do aeroporto, trazendo referências, como escultura de um avião em tamanho real, birutas e mobiliário aerodinâmico. E: Composto por um bloco em forma de gota, uma das formas de identidade do parque, e envolto por árvores, o Centro de Compostagem (figura 07) produz de adubo orgânico, além de oferecer cursos relacionados. Sua área externa possui canteiros com plantas, de maioria aromática, que compõe um ambiente sensorial, apresentando ao visitante as vantagens do uso de adubo.

07. Croqui da área externa do Centro de Compostagem.

08. Croqui da área da Horta em mandala.

F: A Horta (figura 08) é um espaço composto por uma estufa central e uma malha de canteiros que são distribuídos radialmente em sua volta, e acessados a partir de caminhos retos que partem da edificação central. Toda a área está locada na cota topográfica mais baixa do parque, o que lhe permite uma melhor drenagem. A horta usa as cores das hortaliças para conversar com as cores do parque, recebendo maior destaque o vermelho, amarelo e roxo. G: O "Parcão" (figura 09) é um espaço cercado onde é permitida a entrada e livre circulação de cachorros, contando com equipamentos e brinquedos específicos para os cães, proporcionando momentos de brincadeira e exercícios para os pets. Segue a lista completa de espaços e equipamentos: Academia para Idosos, Aerogeradores, Bonde VLT, Centro Ambiental, Centro Artístico, Centro de Compostagem, Centro de Eventos, Centro Técnico, Estacionamentos, Horta Mandala, Parcão, Parque Eólico, Pavilhões de Exposição, Playground, Pomar, Trilhas e a calçada externa.

09. Croqui do “Parcão”.

A calçada (figura 10) delimita todo o perímetro do parque, e representa um importante equipamento pois é composta por uma faixa de cooper, uma ciclovia, um canteiro arbóreo e um calçadão para livre caminhada. Sua existência permite a realização de atividades não propriamente dentro do parque, que somadas à permeabilidade visual do parque, compõe um convite para adentrá-lo. 78

10. Corte da calçada externa e via.


PAISAGISMO II

11. Zoneamento.

Para nortear o projeto foi a criada a Avenida Angico, que atravessa longitudinalmente o terreno original do Aeroporto, dividindo-o ao meio, assim, utilizou-se para o parque a metade à leste, priorizando o acesso pela Avenida Centenário. Em seguida, definiu-se 5 zonas, a institucional, para os edifícios destinados aos cursos ofertados no parque, a zona de lazer ativo, composta pelo parcão, academia dos idosos e playground, a zona das hortas e pomares, zona de estacionamentos, a zona de lazer passivo, composta pela área central de pavilhões, área de trilhas e demais áreas de livre acesso com massa vegetal e mobiliário de permanência, além do pátio eólico, ao qual se teve o cuidado de locar de modo à aproveitar o potencial dos ventos dominantes.

12, Planta de piso.

Por fim, na escolha do pisos considerou-se, para cada área do parque, os públicos que eles iriam receber, suas necessidades, limitações e segurança. Foram escolhidos 3 tipos de grama resistentes, rústicas, de profundo enraizamento e de crescimento demorado, reduzindo a necessidade de poda. Também foi escolhido o piso grama para drenagem pluvial eficaz, o piso plastfloor, por sua fácil manutenção e montagem, preenchido com granitina ou grama, o piso permeável drenante em concreto poroso, seguindo norma ABNT NBR 16416, e o piso em madeira jatobá em régua, com verniz marítimo e o piso emborrachado especialmente escolhido para a segurança do playground. .

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Teresina-PI

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trabalho final de graduação


TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

MERCADO PÚBLICO DE PICOS:

UMA PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO E AMPLIAÇÃO Lucas Coêlho Ferreira

Perspectiva da fachada do Mercado Público Municipal

FICHA TÉCNICA: Título: Mercado Público de Picos: uma proposta de requalificação e ampliação Orientdora: Ana Rosa Negreiros Tipologia: comercial Localização: Travessa Benedito Reinaldo, nº 328, Centro, Picos, Piauí Área do terreno: 5.981,13 m² Área construída: 3.573,65 m² Instituição: Universidade Federal do Piauí Renders: David Alisson da Silva

A proposta de requalificação de toda a área da Feira Livre de Picos, no interior do Piauí, teve como principal condicionante beneficiar tanto quanto possível os usuários e trabalhadores do local. Desse modo, buscou-se contemplar os 221 permissionários e feirantes que atualmente exercem suas atividades no Mercado Público Municipal, Praça Matias Olímpio e Beco da Raposa, estendendo-se também pela Rua Padre Cícero. O foco do projeto é a requalificação e ampliação do edifício do Mercado, construído em 1924. Apesar de sua relevância patrimonial, cultural e econômica para a cidade para a população, o bem não se encontra amparado por nenhum instrumento de proteção legal. Logo, foram adotados, quando possível, conceitos contemporâneos no que se refere a intervenções em bens históricos, como a reversibilidade, distinguibilidade e compatibilidade de materiais, a fim de preservar a integridade formal e visual do Mercado. A intervenção estende-se também para o espaço urbano no entorno imediato da construção, onde tem lugar a Feira Livre de Picos. Para tanto, foi proposto um novo edifício para abrigar a feira de hortifrútis da Praça Matias Olímpio, entendido como um anexo do Mercado em si, e a consolidação das bancas localizadas no Beco da Raposa e na Rua Padre Cícero, criando um grande calçadão coberto. Objetiva-se com isso, tornar a atividade comercial de troca e o ato de caminhar pelo espaço urbano mais agradável, priorizando o pedestre.

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

Localizado no ponto focal do Bairro Centro, uma área bastante densa e consolidada, o projeto baseia-se na articulação de seus três componentes principais: o Mercado, o edifício da Feira Livre, que ocupa o local da Praça Matias Olímpio, a sul do Mercado, e o calçadão formado pelo Beco da Raposa, pela Rua Padre Cícero e parte da Praça Justino Luz, a norte e leste do Mercado. As calçadas existentes são estreitas, o que dificulta a acessibilidade a esses espaços. Isso foi solucionado ampliando o platô do Mercado para toda a área do projeto, elevando o Beco da Raposa e parte da Rua Padre Cícero ao mesmo nível, criando unidade espacial entre as edificações do conjunto. Implantação do projeto

Diagrama de demolição

O edifício do Mercado passou por uma grande intervenção em sua estrutura; para ampliar a sua capacidade espacial, foi inserido um pavimento subterrâneo no seu interior. Para tanto, a atual cobertura do pátio central e os boxes sob ela, assim como os boxes

do perímetro interno do mercado foram removidos. O novo térreo permanece nivelado com os boxes mantidos, assegurando a continuidade do espaço e a conexão entre o exterior do Mercado e o pavimento abaixo.

Plantas baixas e zoneamento .

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

No prédio do Mercado foram adotados dois eixos principais e perpendiculares para articulação da nova estrutura, partindo das entradas principais já existentes na edificação. A malha estrutural da intervenção segue uma modulação baseada na aparente modulação dos antigos boxes e sua estrutura de aço é independente da estrutura de alvenaria já existente. O uso do sistema de laje em steel deck possibilitou a criação de vãos generosos, contribuindo para a sensação de amplitude do espaço interno. Já a iluminação e ventilação do pavimento subsolo são possíveis graças a quatro grandes vãos no pavimento superior e à cobertura em vigas-calha, que alterna seus fechamentos entre planos de vidro laminado translúcidos e policarbonato alveolar opaco. Essa cobertura eleva-se acima do volume original do Mercado, de modo a proporcionar uma ventilação higiênica do interior. De modo semelhante, o edifício da Feira Livre é bastante aberto, com grandes vãos, pé-direito elevado e poucos fechamentos. Isso foi possível graças ao sistema estrutural utilizado, com pilares metálicos e cobertura de vigas-calha, que possibilita grandes aberturas e transpassa leveza. Essas soluções, além de contribuírem na ventilação e iluminação natural, e consequentemente, no conforto de seus usuários, materializa no espaço características da atividade ali exercida, no sentido da palavra, ao passo que faz um contraponto com os aspectos atuais da Feira Livre, compacta e enclausurada. O interior do edifício é reversível: os boxes, por serem desmontáveis, podem dar lugar a algum evento cultural ou de qualquer outra natureza, quando necessário, o que proporciona dinamicidade e diversidade para o espaço. Na parte externa foram propostos canteiros arborizados e algumas áreas de estar contemplativo para os usuários. Já no Beco da Raposa e na Rua Padre Cícero a primeira medida tomada foi elevar o nível do solo para igualá-lo ao nível da calçada do Mercado Municipal. Com isso se conseguiu uma unidade espacial e evidencia a distinção de uso do espaço: apenas para pedestres e eventualmente ciclistas. Dois eixos foram traçados, um ao longo de cada via, para implantação da cobertura e locação dos mobiliários. O sistema da cobertura consiste em vigas invertidas assentadas sobre pilares retangulares. O fechamento dessa estrutura dá-se por planos de membrana de poliéster tensionados, como releitura das tradicionais coberturas das barracas de feira.

Cortes esquemáticos 88

O mobiliário consiste em bancas para o comércio, bancos e vasos. Os materiais das bancas são a madeira e o metalon, para que seja possível desmontá-las facilmente quando necessário. Duas tipologias de bancas foram projetadas, de acordo com os produtos a serem comercializados nelas.


TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

As fachadas do Mercado foram mantidas quase que integralmente, com poucas modificações. As intervenções visam manter a autenticidade do invólucro do edifício. Escolheu-se manter a paleta de cores atual, em tons de branco, azul bebê e azul royal. A identificação das lojas no perímetro externo será feita por meio de pequenas placas pendentes padronizadas, ao invés de grandes marquises como é feito atualmente. No edifício da Feira Livre buscou-se tratar as fachadas discretamente; logo, as fachadas leste e oeste são cegas. Nelas, optou-se pelo revestimento em concreto aparente, com relevos esculpidos a partir da abstração de um corte topográfico da região central de Picos, numa alusão ao relevo acidentado que deu origem ao nome da cidade.

Vista do calçadão entre o Mercado Municipal e o Edifício da Feira Livre

Nas fachadas norte e sul foi utilizado o sistema de fachada têxtil microclimática, que permite a ventilação natural ao mesmo tempo em que reduz a incidência de raios solares no interior do edifício. A membrana também faz uma alusão à cobertura geralmente utilizada nas bancas de feira. No calçadão formado pelo Beco da Raposa e pela Rua Padre Cícero o destaque fica por conta da própria cobertura e do paisagismo proposto. Para os calçadões foi desenvolvida uma paginação de piso que alterna quatro tipos de pavimentos de placas de concreto nas cores cinza claro, cinza médio e cinza grafite, e o citado piso-grama.

Vista do Edifício da Feira Livre

Foram criados pequenos canteiros em determinados pontos, que compartilham o espaço com o piso-grama para formar bolsões de área permeável. A vegetação escolhida inclui arbustos e árvores de médio porte para sombreamento, já que a maioria dos canteiros está associada a locais para permanência e descanso dos usuários. Vista do calçadão da Rua Padre Cícero

Plantas baixas e zoneamento .

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

PARQUE CONTINNUM: UMA PROPOSTA DE QUALIFICAÇÃO ATRAVÉS DE PERCURSOS E PERMANÊNCIAS EM VAZIOS URBANOS, TERESINA-PI Denise Rodrigues Santiago FICHA TÉCNICA

O trabalho apresenta uma proposta de projeto paisagístico em vazios urbanos localizados nas proximidades do rio Poti, ao longo da Avenida Raul Lopes, na zona Leste da cidade de Teresina-PI. A intenção do projeto é destinar uso apropriado aos terrenos suscetíveis à inundação, buscando maior integração entre as zonas, os bairros e a sociedade, com a paisagem da cidade e do rio Poti.

Orientador: Profª Drª Karenina Cardoso Matos Tipologia: Parque Urbano Localização: Avenida Raul Lopes Cidade: Teresina Área: 18,2 hectares Instituição: Universidade Federal do Piauí

MASTERPLAN

Av. Raul Lopes

Rio Poti

Masterplan com traçado do parque e usos

CONCEITO

PARTIDO ARQUITETÔNICO

É perceptível, que onde se tem espaços sem atrações, vazios, e isolados, a sociedade se restringe e evita passar por eles, muitas vezes devido a sensação de insegurança que é lhes causado. Dessa forma, a proposta do parque busca mudar essa realidade, alterando esse cenário, a fim de que os vazios urbanos atuem como “Espaços conectados” nas proximidades das margens ribeirinhas. Assim, além desses vazios atuarem apenas como espaços vistos, principalmente, através da Avenida Raul Lopes, também serão espaços para serem acessados com áreas de permanência e de contemplação.

Para atender a ideia de espaços que funcionem não apenas como cenário visto de longe (por quem percorre as vias circundantes), mas também como locais para permanecer, inspirou-se em elementos da natureza como a folha das plantas. Sabe-se que as folhas são elementos únicos em que nelas se encontram as nervuras sinuosas partindo de uma outra central. Do mesmo modo, a ideia é unir os terrenos por um eixo central, funcionando como um caminho contínuo visualmente, e dele, partir os outros percursos. No geral, o parque segue um traçado orgânico, passando uma sensação de fluidez e dinamismo. Essa ideia, também, é seguida nos mobiliários para permanência, bem como nos canteiros distribuídos em algumas atividades.

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

PLANTA DE PISO E FORRAÇÕES

Av. Raul Lopes

Rio Poti Planta com o traçado do piso e jardins

O parque é margeado pela Avenida Raul Lopes, pela qual todo o parque é conectado e separado por vias perpendiculares também. Nesse contexto, é importante enfatizar que todo esse sistema viário local permaneceu inalterado, fazendo parte da unificação das quadras que compõem o parque.

Ainda, sobre essa ideia de unificação, ela ocorre por duas vertentes, as quais se caracterizam como física e biótica.

A vertente física se relaciona à presença de um eixo de circulação em cor contrastante (amarela) seguindo a topografia, às calçadas alargadas no entorno das quadras possuindo cinco metros de largura (sendo as do espaço PET com sete metros), aos blocos arquitetônicos que conversam entre si e ao mobiliário comum em toda a extensão do parque.

A unificação pela vertente biótica ocorre por meio da implementação de conjuntos de espécies vegetais em todo o parque e pela conexão das vias por alamedas. Ademais, os canteiros sinuosos com espécies arbustivas, marca bem essa vertente, sendo utilizadas três espécies com cores distintas, que acabam deixando um cenário

O eixo de circulação é um elemento único de conexão de todas as quadras, o qual se desenvolve ao longo de todo o parque com forte presença do conjunto paisagístico. Desse eixo, partem os acessos aos espaços de estar, implantados com piso intertravado de concreto, uma vez que, é um material referência no que diz respeito à acessibilidade.

As calçadas, elemento imprescindível de transição entre o parque e o sistema viário existente, foram projetadas com largura de 5 metros, a fim de ser um espaço agradável para caminhar e permanecer, as quais recebem árvores de sombra e com cores contrastantes e outros.

Os edifícios que compõem o programa de necessidades se destacam na paisagem de forma harmônica. Possuem cobertura em laje, com formas sinuosas e se diferenciando em cada tipologia. Todos eles buscam ter uma relação com a eficiência enérgica e

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

PLANTA DE ARBORIZAÇÃO

Av. Raul Lopes

Rio Poti

Planta com a vegetação arbórea e sua disposição

Angico branco

Caneleiro

Carnaúba

Ypê-amarelo

Flamboyant

A vegetação valoriza a flora local, adaptadas ao clima quente e seco. Foram incorporadas espécies arbóreas, a fim de proporcionar sombreamento aos passeios e áreas de estar, bem como, espécies arbustivas e forrações criando canteiros e embelezando o visual.

As alamedas que se formam ao longo das vias públicas, funcionam como barreiras acústicas, de forma a reduzir os barulhos emitidos pelo tráfego de veículos. Quanto à vegetação arbustiva, foram escolhidas espécies com cores contrastantes, a fim de potencializar o conceito de espaços conectados a partir dos canteiros sinuosos que interligam visualmente todo o parque. As espécies arbustivas são: onze horas (Portulaca grandiflora); ixora laranja (Ixora coccinea); e, lambari (Tradescantia zebrina). E as forrações: grama esmeralda (Zoysia japônica).

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Jambo

Ypê-branco

Pata-de-vaca

Oiti

Jasmin-manga

Pau ferro

Destaca-se o jardim sensorial, abrangendo espécies vegetais diferenciadas, que podem estimular os sentidos dos visitantes, possuindo um conjunto com diferentes texturas, cores, formatos, cheiros e sabores. Para estimular a visão foram usadas as espécies que possuem flores de cores fortes, como a camélia (Camellia Japonica); margarida (Clalendula officinalis) e hibisco (Hibiscus rosasinensis). Para estimular o tato, as espécies possuem textura como o veludo roxo (Gynura procumberbs) e crista de galo (Celosia Cristata). O olfato e paladar se complementam, com espécies que ao mesmo tempo que exalam cheiro também possuem sabores, como o orégano (Origanum vulgare), manjericão (Ocimum basilicum) e hortelã (Mentha spicata). De maneira geral, foram utilizadas vegetações que não favorecem riscos ou danos aos usuários, ou seja, sem caráter venenoso e espinhoso, por exemplo. Ademais, no circuito formado pelos canteiros sinuosos foram implantados conjuntos da mesma espécie, formando manchas que proporcionam o efeito de unidade causado pelo seu agrupamento.


TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

PERSPECTIVA 1

3

1

Passarela elevada

2

Estacionamento para ônibus Circuito dos monumentos

Anfiteatro

Estacionamento para carros e motos

Banheiro e apoio

Córrego Jardim labirinto

Banheiros e apoios

Circuito das águas

Praça dos quiosques

Praça dos

Fonte

Playground

Espaço PET

bancos orgânicos Caminho dos arcos

PERSPECTIVA 2

Mirante Panorâmico

Exposições temporárias Muro artístico

Deck de madeira Esculturas

Praça dos quiosques

Luminárias tulipas Estacionamento

Museu

Blocos lúdicos

Espelho d’água

PERSPECTIVA 3

Área para

Passarelas Jogos de mesa Playground

Banheiros

Banheiros

Quadra de areia

Palco

Academia

Jardim sensorial

Estacionamento

Quadra de tênis

Quadra poliesortiva

Administração geral

Skate Park

Praça dos quiosques

Restaurante sensorial

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AGRADECIMENTOS

A todos que possibilitaram a produção desta revista: aos professores pela indicação dos trabalhos; aos alunos, que além de disponibilizarem suas produções, dedicaram tempo à adaptação para a revista; e àqueles que, de alguma forma, contribuíram para a realização desta segunda edição, cujo objetivo, além da divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, é o estimulo ao compartilhamento e discussão do que é produzido dentro do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPI. Organizadores


Universidade Federal do Piauí - UFPI Centro de Tecnologia - CT Arquitetura e Urbanismo Departamento de Construção Civil e Arquitetura - DCCA Projeto de Extensão MaisPortfólio Orientadora: Ana Rosa Negreiros



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