Uma imagem - uma história

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Uma imagem – uma história

Criatividade e partilha em tempo de Ensino à Distância

Biblioteca Escolar e Professoras do EBI de Pereira Alunos e Pais do 3º e do 4º Anos 2020/ 2021

A pensar na promoção do gosto pela escrita, e conscientes da importância da família para a motivação das crianças, a Biblioteca Escolar de Pereira, em articulação com as professoras do 3º e do 4º Anos, propôs um desafio aos Pais/ Avós dos alunos destes anos de escolaridade. Tudo começou com um livro: Dias felizes de uma nódoa teimosa, de Isabel Zambujal, com ilustrações de Sebastião Peixoto (Oficina do Livro, 2015). Quem diria que aquela cereja, colhida com muitas outras para uma famosa tarte, iniciava a grande aventura da sua vida ao fazer-se nódoa no vestido de uma menina?

A verdade é que os livros, não só as palavras, são como as cerejas. No livro de Isabel Zambujal e Sebastião Peixoto, o fio da história, entre cores e aromas, levou-nos numa viagem interminável. Para lá das suas páginas, saboreadas na sala de aula, muitas possibilidades e novas histórias se abriam, e as famílias dos nossos alunos estavam convidadas! Desde a partilha de saberes que os Pais/ Avós costumam levar à prática com as suas crianças (receitas de culinária; trabalhos artesanais…), até à escrita de histórias inspiradas nas fotos desses trabalhos; desde a cozinha ou da oficina, até à folha branca sobre a secretária, não houve limites para a imaginação. Entre pedaços de madeira e tintas, ou entre açúcar, ovos e chocolate, as palavras ganharam forma e nasceram histórias.

E assim, em tempo de pandemia, da distância se fez proximidade.

Reunimos neste livrinho todos os materiais (textos e imagens) que nos foram enviados. Que esta aventura seja apenas o começo de novas e fantásticas experiências.

Aos Pais e Avós que aceitaram este desafio o nosso agradecimento.

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O coelho e a festa

Era uma vez um coelho que adorava cenouras. Começou a cheirar e a ouvir dois meninos.

Eles iam fazer uma festa! Ao coelho veio o cheiro de cenoura e chocolate. Os meninos transportavam um bolo de cenoura com chocolate, framboesas e granulado colorido.

Tudo mudou quando o coelho encontrou o local da festa e… devorou o bolo!

Mas a mãe dos meninos pediu à avó para fazer outro bolo

Finalmente tudo se resolveu.

Por fim, o coelho decidiu só comer cenouras, a partir desse dia, porque tinha ficado com uma grande dor de barriga!

Alícia – 3º Ano (Texto inspirado na imagem “Delícia de chocolate e framboesas enfeitada!”)

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Foto enviada pela Leonor – 3º Ano: “Delícia de chocolate e framboesas enfeitada!”

Bolo de iogurte

Em tempos difíceis como este que estamos a atravessar, nada melhor que aproveitar a quarentena para fazer atividades em família.

Eu vou ensinar-vos a receita de Bolo de Iogurte que aprendi a fazer com a minha mãe. Experimentem, é delicioso e super fácil de fazer!

Ingredientes:

6 ovos

2 iogurtes

6 copos de açúcar (usei o copo do iogurte)

6 copos de farinha

2 copos de óleo

1 colher de sopa de fermento

Utensílios necessários:

Preparação:

No alguidar, misturam-se os 2 iogurtes e os ovos e mexe-se bem.

Depois, junta-se o açúcar, a farinha, o fermento e o óleo e mexe-se até ficar uma massa sem grumos.

Unta-se uma forma com manteiga, polvilha-se com farinha e verte-se o preparado.

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Por fim, vai ao forno, a 200 graus, durante aproximadamente 45 minutos.

Experimentem, vão gostar. Bom apetite!

Receita e fotos enviadas pela Matilde –

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Foto enviada pelo Daniel – 4º Ano: “A minha cozinha para brincar” 3º Ano

Bolo com os pais

Ingredientes:

500g de abóbora (pesada crua e sem casca); (usei abóbora branca);

200g de nozes trituradas

grosseiramente;

4 ovos;

250g de açúcar;

200ml de óleo de girassol;

300g de farinha de trigo com

fermento;

Canela

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Foto enviada pela Matilde S. – 4º Ano: “Trabalho com os pais (bolo)”

Preparação:

1. Leve a abóbora a cozer e depois de cozida escorra-a muito bem e reduzaa a puré.

2. Bata os ovos com a batedeira, junte o óleo, o açúcar e o puré de abóbora e envolva tudo com a vara de arames.

3. Junte a farinha e a canela a gosto e misture tudo muito bem, até obter uma massa homogénea.

4. Por fim, junte as nozes e envolva.

5. Verta a massa para uma forma previamente untada e enfarinhada e leve ao forno a 180º, por 30 a 40 minutos (faça o teste do palito; assim que este sair seco, retire o bolo).

6. Deixe arrefecer e desenforme. Decore com miolo de noz.

O segredo deste bolo é que foi feito com Nesquick: dá-lhe uma cor mais clara.

Enviado pela Leonor G. – 3º Ano: “Brigadeiro da Leonor com a mãe”

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Receita e foto enviadas pela Francisca – 4º Ano

Bolo de cenoura

O bolo de cenoura data do século XVIII. Numa época em que legumes e vegetais mais adocicados eram incorporados, pois faltavam ingredientes como o açúcar.

É uma receita fácil, prática e deliciosa, e pode ser consumida em diversas situações: desde uma sobremesa após uma refeição, ou até como bolo de aniversário de alguém. É um dos bolos preferidos cá em casa e a minha mãe faz muitas vezes!

Mas o meu conselho é: aproveitem este bolo de cenoura bem fofinho como lanche da tarde!

Bom apetite!

Foto enviada pela Mariana – 3º Ano: “O tricô da avó passado para as gerações futuras”

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Receita e fotos enviadas pelo Diogo – 4º Ano

Receita do pão da avó

Ingredientes:

1 kg de farinha de trigo (Tipo 55 ou 65)

1,5 saquetas de fermento de padeiro em pó (por ex. da marca Condi)

Aproximadamente 10 g de sal

Água morna q.b.

Modo de preparação:

Colocar a farinha num

alguidar;

Dissolver o fermento e o sal numa taça de água

morna;

Colocar o preparado no interior da farinha e amassar adicionando água

morna (aproximadamente 500 ml); (A massa tem de ficar sem grumos);

Deixar repousar cerca de 1 hora;

Moldar e levar ao forno pré-aquecido a 250°C, até ficar dourado. Bom apetite!

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enviadas
– 3º Ano
Receita e fotos
pela Sofia

Fotos enviadas pela Maria – 3º Ano: “Pão com chouriço na pandemia”

Fiz com uma caixa de ovos o fundo do mar, pintei com as cores alusivas ao mar e coloquei animais marinhos, conchas e a Ariel.

Enviado pela Beatriz – 3º Ano: “Fundo do mar”

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Sonhos de Natal

Ingredientes:

250ml água

Cascas de 1 limão

75 g de manteiga

160 g de farinha

1 colher de chá fermento em pó

4 ovos

Uma pitada de sal

Modo de preparação: levar a água ao lume com as cascas de limão e o sal.

Quando começar a ferver, retirar as cascas do limão, adicionar a manteiga e mexer até derreter.

Retirar do lume e misturar a farinha peneirada e o fermento.

Mexer com a colher de pau, até a massa formar uma bola e se soltar das paredes do tacho. Retirar e deixar repousar um pouco. Depois, junta-se os ovos, enquanto se vai mexendo muito bem, até ficarem bem envolvidos na massa. Deixar repousar por alguns minutos.

Fritura: numa frigideira com óleo bem quente, vai-se colocando colheradas de massa e vai-se virando até que os sonhos fiquem dourados.

Retirar do óleo e dispor os sonhos sobre papel absorvente. Depois de arrefecerem um pouco, envolver em açúcar e canela.

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Receita e fotos enviadas pelo Tomás – 3º Ano

Doces sonhos

Havia uma menina muito, mas muito gulosa. Sempre que havia uma festa ela comia muitos doces.

Uma vez, tudo mudou… durante um sonho!

Era Natal nesse sonho e os doces transformaram-se em monstros horríveis…

A menina acordou aos gritos e percebeu que não podia comer tantos doces e que tanto açúcar fazia mal à saúde.

E foi assim que todas as festas a que foi se tornaram em doces sonhos, pois nunca mais lhe doeu a barriga.

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Leonor M. – 3º Ano (Texto inspirado nas imagens/ receita “Sonhos de Natal”) Foto enviada pela Bárbara – 4º Ano: “Pintura de uma bailarina numa tela e posteriormente aplicação de tecido”
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Fotos e texto enviados pela Inês: “Trabalho artesanal (bolachas)”
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Fotos e texto enviados pelo Leonardo – 3º Ano: “Queijadas” Foto enviada pelo José – 3º Ano: “O ninho”
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Fotos e texto enviados pela Alicia – 3º Ano: “Receita em família”

As panquecas da D. Cacilda

Era uma vez uma raposa chamada Bonita. Ela era muito vaidosa, mas também muito, muito gulosa.

Bonita costumava passear, todas as manhãs, perto de uma casa cor-de-rosa que ficava à entrada de uma floresta, onde vivia uma família de coelhos: a mãe Cacilda e as suas duas filhas, Maria e Matilde. O pai trabalhava numa fábrica de cenouras no estrangeiro, só podia ir a casa visitar a sua família nas férias do verão e no Natal.

A raposa gostava do cheiro que todas as manhãs sentia quando por ali passava, era um cheiro maravilhoso, delicioso…«Que será?», pensava ela. Era um cheiro doce…de deixar água na boca! Havia dias que aquele cheiro doce vinha acompanhado do cheiro de mel, frutas, canela, geleia, e até mesmo de chocolate!

Bonita andava tão curiosa, tão curiosa, que um dia decidiu e bateu à porta. Que queres, raposa? Aqui não há nada para ti – disse Cacilda, com receio pelas suas filhas.

Passo à tua porta todas as manhãs…Que cheiro delicioso é este? – perguntou Bonita.

Mas que cheiro, raposa? Aqui não cheira a nada! Vai-te embora, já disse. Aqui não há nada para ti. Vai-te embora – disse Cacilda, assustada, pensando que a raposa estava a falar das suas filhas.

Todas as manhãs é um cheiro doce, que parece delicioso… mas há dias que também cheira a mel, outros dias a frutas, canela, geleia e até mesmo a chocolate! Mas que têm vocês aí em casa que me deixa com água na boca?! – acrescentou Bonita.

Cacilda ficou a pensar em tudo o que Bonita disse, e não parecia que ela estivesse a falar das suas filhas… Ganhou coragem, abriu a porta e disse:

Queres tomar o pequeno-almoço connosco? Temos panquecas doces, e como recheio podes colocar o que quiseres… temos mel, morangos, chocolate, nozes e geleia. É só escolheres… – disse Cacilda, entusiasmada por ter convidado Bonita… mas ao mesmo tempo um pouco receosa, pois estava a convidar uma raposa para sua casa. Mas achou-a tão simpática que decidiu arriscar.

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Aceito; muito obrigada pelo convite! Estou ansiosa por provar esse petisco – respondeu Bonita, com uma felicidade como nunca ninguém viu.

Entra e senta-te aqui ao lado das minhas filhas – disse a coelha para a raposa, colocando-lhe um prato cheio de panquecas doces à sua frente para que se pudesse servir à vontade.

Vou experimentar comer uma com recheio de mel e nozes, é o cheirinho que mais me fascina quando por aqui passo. Depois vou provar com morangos, canela, depois com chocolate, depois… – Bonita estava mesmo deliciada.

Calma, Bonita! Irás ter tempo de provar tudo, não tenhas pressa. Podes vir tomar o pequeno-almoço cá a casa mais vezes – disse Cacilda.

Obrigada. Adoro! São tão docinhas! Deliciosas… Amanhã, a toupeira Rute pode vir comigo? É que ela é cega, mas tem um cheiro muito apurado e anda sempre a falar do cheiro que sente quando por aqui passa – disse Bonita.

Sim, podes trazê-la. Serão as duas muito bem-vindas – respondeu Cacilda, muito feliz.

E assim, com o passar dos dias, dos meses e dos anos, foram sempre aparecendo mais animais curiosos para provar as famosas panquecas da D. Cacilda. Com a ajuda das suas filhas, ela decidiu abrir uma pequena pastelaria junto da sua casa, onde a especialidade eram as panquecas doces.

Foi assim que ficou conhecida em toda a floresta e seus arredores. Nunca mais ninguém se esqueceu daquelas maravilhosas panquecas doces. Cada vez que alguém passava por aquela floresta, tinha de parar e entrar na pastelaria da casa cor-de-rosa, para provar as fantásticas panquecas da D. Cacilda. Uma maravilha!

Tomás – 3º Ano (Texto inspirado nas imagens “Receita em família”)

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Foto enviada pela Alícia Marques – 3º Ano: “Receita em família”

Plasticina caseira

Para fazer plasticina caseira são precisos os seguintes ingredientes:

1 copo de farinha;

1/2 copo de sal;

1/2 copo de água morna;

1 colher de óleo; corante alimentar ou guaches.

Fotos e receita enviadas pelo Rafael – 3º Ano

Biblioteca Escolar e Professoras do 3º e do 4º Anos - EBI de Pereira Alunos e Pais do 3º e do 4º Anos 2020/ 2021

1. Misturar todos os ingredientes. 2. Amassar todos os ingredientes. 3. Forma-se a plasticina. 4. Pode-se fazer muitos trabalhos.

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