Setembro de 2004
Número 18
Cadernos de Viagem
De carro de Joanesburgo a Inhambane 1º dia – LisboaJoanesburgo O sonho do HansJürgen foi finalmente realizado: ir a Moçambique. Tantas foram as histórias familiares de África que ouviu neste últimos 21 anos que tinha mesmo de ir lá pessoalmente ver o local onde se passaram todas essas aventuras. E assim, a 2 de Março, demos nós início à nossa aventura africana.
A nossa aventura africana começa na ... Alemanha. Sem sabermos bem porquê, os voos para a África do Sul estão todos mais que cheios – ou melhor, até sabemos a razão: de acordo com estatísticas apresentadas recentemente, a África do Sul revelouse o destino turístico com um crescimento mais rápido a nível mundial, tendo recebido 6,4 milhões de visitantes em 2002 um aumento de ca. 20,1% em relação a 2001. Até ao último instante, trememos interiormente: iríamos ou não no único voo LH de Munique para Joanesburgo. Por fim, lá obtivemos o nosso cartão de embarque.
2º dia – Joanesburgo
-Maputo Aterrámos por volta das 8h da manhã em Joanesburgo. No aeroporto, as pessoas estavam todas com um ar estival... Uau! Tínhamos chegado ao Verão. Antes de iniciar a viagem de carro, fomos à casa de banho e pusemo-nos à turistas: calções, top e sandálias. A viagem podia começar. A estrada que liga Joanesburgo à fronteira é muito boa: só os primeiros 80-100 km são de auto-estrada, mas os restantes não são maus. O pior é que todo o percurso é a pagar... Pinga-pinga-
Portagem em Machadodorp – a influência portuguesa na África do Sul
pinga... Os terrenos ao longo da estrada estão todos tratados com enormes plantações a perder de vista: primeiro de milho, depois de citrinos e finalmente de cana do açúcar. A uns 200 metros da fronteira, aparece um sinal: “A estrada N4 vai terminar aqui”. E de repente, logo a seguir ao sinal, a estrada torna-se uma estrada de 4ª, com um piso péssimo – Moçambique aproxima-se. Passagem da fronteira Ainda não saímos do carro e já sentimos a confusão da fronteira. Praticamente não há sinais para nada. Vamos seguindo os carros da frente: quando eles pararam, nós também parámos e estacionámos. Saímos meio tontos do carro, sem saber para onde ir. Tudo parece que está em construção ou que é o tal provisório/ permanente.