HORIZONTES_N1_RCE

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HORIZONTES

REVISTA CULTURAL ESCOLAR

1ºSEMESTRE 2024 Nº1
EDUCAR PELA CULTURA AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PONTE DE SOR

EDUCAÇÃO - CULTURA - ARTE

O CORAÇÃO PULSANTE DA ESCOLA

UMA LÂMPADA DE ALADINO

OS PROJETOS NÃO SÃO MAIS DO QUE DESAFIOS…

“OUTUBRO ROSA” E “NOVEMBRO AZUL”

PROJETOS E ATIVIDADES

COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM - INCLUD-ED

Sugestão de leitura de Juliana Rosado

GESTÃO DAS EMOÇÕES E SAÚDE MENTAL

PROJETO UBUNTU NO AEPS - CLUBE UBUNTU NA ESPS

CURSOS DE PLNM, PLA E EFA

CENTROS TECNOLÓGICOS ESPECIALIZADOS

CFAE PROF’SOR AO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

CLUBE DE CIÊNCIA VIVA

UNIVERSIDADE SÉNIOR DE PONTE DE SOR

V ENCONTRO DA EQUIPA NACIONAL UAARE

UM DEBATE NECESSÁRIO

Sugestão de leitura de Margarida Parreira

UM DIA DIFERENTE

CARÊNCIA DE MEMÓRIAS PARTICULARES

05 04 03 06 10 08 07 1
INDÍCE
PARTICIPA 13 16 15 14 17 21 19 18 22 24 25 26

Direção

Manuel Andrade

Edição

Lurdes Deodato

Correção

Fátima Neves

Colaboradores

Cursos do Ensino Profissional

Fotografias e textos

Comunidade Escolar

*Todas as imagens foram cedidas pelos colaboradores ou retiradas de sites gratuitos

CONTRIBUTOS

Manuel Andrade

Diretor do AEPS

Luís Marques

Presidente da Associação de Estudantes

Helena Tapadinhas

Coordenadora Intermunicipal do PNA

Ana Cruz

Vice-Diretora do AEPS

Fátima Pinheiro

Coordenadora da USePS

Pedro Lopes

Coordenador do Projeto Includ-Ed

Célia Margarido

Educadora Social do projeto PDPSC

Rui Varela

Coordenador do Ensino Noturno

Miguel Churro

Coordenador do Ensino Profissional

José Moita

Diretor do CFAE Prof’Sor

Paula Valamatos Reis

Coordenadora do Clube Ciência Viva

Célia Galveia

Professora do SEAM-ND UAARE

Paulo Tavares

Docente de História

Capa

Painel (270cmx250cm) elaborado pelos alunos do 12ºE-2022/23 do CCHArtes Visuais e Professor Alexandre Pista

créditos: Lurdes Deodato

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PONTE DE SOR

Rua General Humberto Delgado Ponte de Sor 7400-259 242 291 010

http://www.aeps.pt

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EDUCAÇÃO - CULTURA - ARTE

O

Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor, enquanto entidade promotora de dinâmicas educativas, é por esse mesmo motivo uma entidade muito forte na medida em que promove ao mesmo tempo todo um conjunto, bastante amplo, de dinâmicas culturais Neste contexto de educação e cultura desenvolvem-se e sustentam-se lado a lado e assim evoluem e consolidam-se.

Neste contexto interessa dar expressão a essas dinâmicas educativas e culturais

Essa expressão manifesta-se através das mais variadas dinâmicas artísticas Este é o 3º pilar destas dinâmicas educativas - Educação - Cultura - Arte

Estes 3 pilares sustentam-se e desertificam-se na medida em que são promotores de dinâmicas criativas estimuladas pela imaginação No entanto as artes enquanto promotoras da criatividade e desafiadoras desta mesma criatividade são determinantes no processo educativo que se quer inovador e atrativo para os seus destinatários - os alunos.

No contexto deste Agrupamento a dimensão artística tem ganho uma expressão cada vez maior tanto nas dinâmicas desenvolvidas no Agrupamento como na comunidade onde estamos inseridos. Neste contexto as artes podem assumir-se como uma ponte cultural da escola com a comunidade e vice-versa Se a escola leva a arte à comunidade, não é menos certo que em muitos momentos a comunidade pode trazer a arte à escola Este desafio deve estar sempre nesta dialética das dinâmicas da cultura e da educação.

Assim, neste contexto educativo, a arte assume uma importância fundamental uma vez que é por esta via que a educação se fortalece e torna atrativa e estimuladora Por este motivo é importante, cada vez mais, continuar a apoiar as dinâmicas artísticas tanto individuais como em grupo na medida em que são estas que constituem para o desenvolvimento dos nossos alunos tanto como pessoas, como alunos e como futuros profissionais

Manuel Andrade

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O CORAÇÃO PULSANTE DA ESCOLA

Uma associação de estudantes é uma organização formada por estudantes, com uma visão em comum.

Hoje convidamos os leitores a uma jornada de reflexão sobre um elemento fundamental da nossa vida escolar: a associação de estudantes

Num ambiente onde aprendemos não apenas com os livros, em salas de aula, mas sim uns com os outros, há um órgão estudantil que tem a capacidade de fazer crescer os estudantes (Não a nível físico, claro) e esse órgão transcende qualquer definição simples. Na nossa escola e em todas as outras, uma Associação de estudantes não é apenas uma organizadora de festas ou um título giro, mas sim um agente de mudanças e um fio condutor que une vozes individuais e mostra as tuas vontades lutando por elas!

A associação de estudantes é a tua voz perante quem gere a escola, e toda a gente envolvida dentro e também fora da comunidade escolar

Além de representar os teus interesses e fazer com que as tuas necessidades sejam satisfeitas, a tua AE também organiza eventos sociais, culturais, desportivos e tenta abranger todas as áreas de que gostas e precisas Gostaríamos de apresentar um fato irrefutável: estudos mostram que escolas com associações de estudantes ativas têm um aumento significativo na participação cívica e no desempenho escolar em comparação com as escolas que não têm presente esse elemento vital.

A tua em particular, que foi eleita por ti nas eleições democraticamente, foca-se principalmente na tua voz e aproxima-se de ti o máximo possível, mas mesmo assim não temos conhecimento de tudo e é de destacar a seguinte mensagem:

Se algum aluno precisar de ajuda em alguma situação seja ela mais grave ou mais simples, estamos cá para ajudar, é só comunicar

Se quem está a ler neste momento ainda não ficou convencido, considere este exemplo: Imagine um estudante que sofre bullying diariamente na escola, mas tem receio de falar sobre isso devido ao medo de represálias ou de não ser levado a sério É aí que entra a Associação de Estudantes, como um refúgio seguro e uma voz poderosa. Ao reportar o caso, a associação pode intervir, garantindo que o estudante receba o apoio necessário e que sejam tomadas medidas para prevenir futuros incidentes Este é apenas um dos muitos cenários em que uma associação de estudantes pode fazer a diferença concreta na vida dos estudantes Quaisquer que sejam os teus problemas, uma AE deve tentar resolvê-los e é aí que reside a importância duma organização deste tipo.

Portanto, é fundamental valorizar e compreender o trabalho realizado pelas associações de estudantes, reconhecendo-as como um agente de mudança e um facilitador do crescimento pessoal e académico de todos os envolvidos na comunidade escolar

Presidente da Associação de Estudantes, Luís Marques

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UMA LÂMPADA DE ALADINO

O desfasamento entre a vida tal e qual ela acontece e o curriculum é crítica recorrente.

E pertinente

A organização disciplinar dos conteúdos e o foco nos resultados pode resvalar para algum tipo de “balcanização” do conhecimento. Acontece E tem impactos no divórcio em relação ao território e à comunidade onde a Escola se insira

A proposta do Plano Nacional das Artes no sentido de se valorizar o Projeto Cultural de Escola (PCE) tem por primeiro propósito diluir esse desfasamento onde ele possa ocorrer

Pensa-se o PCE como ponto de encontro: encontro de atores, vontades, competências, utopias, frustrações; encontro da escola com a comunidade que a inventou; encontro com o território, sua história, espaço onde o futuro vai acontecer.

O PCE será ainda alavanca: potencia os contributos, amplifica os impactos das iniciativas, dá-lhes profundidade, alcance, ambição.

Se o PCE fosse uma Lâmpada de Aladino, pedir-lhe-ia um único desejo: que reforçasse o sentido de pertença – a Cultura

Coordenadora Intermunicipal do Plano Nacional das Artes

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OS PROJETOS NÃO SÃO MAIS DO QUE DESAFIOS…

Os projetos não são mais do que desafios…

Todos os projetos têm que ser inspiradores. Os Projetos escolares são bússolas que norteiam as nossas ações pedagógicas e as várias visões e perceções que temos sobre diferentes temáticas

Mas acima de tudo os PE são promotores de conhecimento que permitem, a quem neles participa, vivenciar experiências, que irão certamente enriquecer o currículo e todo o processo de Ensino Aprendizagem de cada aluno e igualmente de todos os outros intervenientes.

O envolvimento que depositamos em cada projeto em que participamos é extremamente importante para o seu sucesso Chegam por telefone, e-mail…; Professores e alunos apresentam…; Parceiros partilham ; Entidades e empresas dão a conhecer ; Alunos, professores, assistentes operacionais e técnicos, pais e encarregados de educação e comunidade em geral envolvem-se e participam em projetos escolares

Todos são validos desde que considerem os interesse e motivações dos alunos. Sejam eles internos ou externos, de maior ou menor dimensão, mais ou menos complexos, financiados ou não, todos têm etapas, compromissos e responsabilidades que requerem empenho de todos os intervenientes.

Os “Desafios” são constantes e estão muito presentes, passando a fazer parte integrante da vida escolar.

Hoje mais conscientes da sua importância tentamos que os Projetos na sua execução sejam eficazes, mas também eficientes Pretendemos que a sua aplicação seja realizada envolvendo o maior número de alunos/estabelecimentos e níveis/ciclos de Educação e Ensino Pretendemos que a articulação entre níveis/ciclos e a flexibilização entre disciplinas sejam práticas comuns e aplicáveis.

À Direção do AEPS cabe criar as melhores condições (recursos humanos e materiais) para que a execução dos Projetos seja a melhor possível, considerando os impactos que esses podem vir a ter no desenvolvimento global das crianças e jovens

Todas as proposta para participar num projeto reúnem um conjunto de pessoas para analisar e refletir como fazer a implementação do mesmo E assim fazer “nascer” um novo e melhor Projeto Escolar -Mas o que é ser o melhor Projeto Escolar?

Definitivamente aquele que continuará a promover o saber, o pensamento critico, a reflexão, a criatividade, a solidariedade, o empreendedorismo, o espirito de equipa e muitos outros aspetos que poderíamos identificar

A vida é um projeto…

A ESCOLA tem esse papel decisivo, contribuindo para esse processo de “fazer acontecer”

A Subdiretora do AEPS

O sucesso de cada um dos nossos projetos escolares está efetivamente dependente do planeamento, execução, acompanhamento, avaliação e disseminação dos mesmos, junto da comunidade educativa e da sociedade em geral. 6

Ana Cruz

GABINETE DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE JPA

“OUTUBRO ROSA”

Durante o mês de outubro, assinala-se o “outubro rosa”, mês dedicado à prevenção do cancro da mama. Não podemos descurar a nossa saúde e, porque prevenir é um ato de amor para cada um de nós, para com o nosso corpo e para com todos aqueles que nos amam, na Escola João Pedro de Andrade, mais um ano, o “outubro rosa” foi destacado

Neste ano as atividades consistiram na distribuição, a cada aluno (do 1º e 2º ciclos) de um cartão, o qual teve como objetivo sensibilizar os familiares dos alunos para a necessidade da realização mensal, do autoexame da mama Para além do cartão, os alunos também levaram para casa um retângulo de cartolina rosa onde cada um tinha de desenhar a sua mão, por contorno. Cada um foi livre para decorar a sua mão. Com a colaboração da mãe ou de outro familiar escreveram uma mensagem

“NOVEMBRO AZUL”

Durante o mês de novembro continuou a falar-se de PREVENÇÃO, desta vez sobre o cancro da próstata.

Docentes e alunos elaboraram dois cartazes que pretendiam contribuir para a sensibilização da comunidade escolar e respetivos familiares dos alunos a efetuar a prevenção contra o cancro da próstata Um dos cartazes foi colocado no interior da escola, junto ao painel do “Outubro Rosa” e o outro fora do edifício escolar, junto a uma árvore, com o intuito de toda a comunidade escolar conseguir ver o mesmo, ler o que constava nesse cartaz e assim contribuir-se para a grande importância da PREVENÇÃO!

Este cartaz, para além da alusão ao “Novembro Azul” também faz alusão ao “Outubro Rosa”.

O Gabinete de Educação para a Saúde da Escola João Pedro de Andrade solicitou a colaboração/articulação com a extensão de Ponte de Sor do Grupo da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Assim, e de acordo com as atividades que a extensão tinha programado, foi efetuado um ajuste e, no dia 26 de novembro, aquando da realização do Passeio Motard, todos os participantes passaram pela escola, pararam as suas motas, viram e fotografaram o cartaz exposto.

Agradecemos a colaboração de todos, em especial da coordenadora do Grupo da Liga Portuguesa Contra o Cancro, extensão de Ponte de Sor, Professora Maria dos Anjos Santos, que prontamente encontrou forma de se conseguirem articular estas atividades

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OBRIGADO A TODOS QUANTOS COLABORARAM! JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

COLLAGE

No dia 10 de outubro decorreu na Escola Básica

João Pedro de Andrade uma sessão de expressão plástica com criações artísticas de collage, implementadas pela Associação Arisco

Esta iniciativa decorreu de uma candidatura do Gabinete de Educação para a Saúde, no âmbito do Dispositivo 2.2 do Programa Cuida-te+, promovida pelo IPDJ

A artista plástica da Associação Arisco e a psicóloga que a acompanhou fizeram uma intervenção na turma do 5º A, trabalhando a temática da saúde mental, levando os jovens a identificar e refletir sobre sentimentos e emoções trazidas/escolhidas por si e cujo ponto de partida foi o material trazido pelas técnicas da Associação Arisco designado por “Baralhações” (conjunto de 70 cartas com imagens ilustrativas de sentimentos e emoções)

Os jovens, usando a técnica de recorte e colagem, ilustraram o sentimento/ emoção que escolheram para si, tendo havido uma reflexão em grande grupo sobre as suas produções artísticas e os sentimentos que os levaram a fazer aquela collage

Foi uma sessão muito movimentada, onde foi possível identificar muitas fragilidades que carecem de ser trabalhadas.

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

O Gabinete de Educação para a Saúde, em articulação com os professores de Ciências Naturais da escola JPA, assinalaram o Dia Mundial da Alimentação no dia 16 de outubro com a distribuição de gomas saudáveis confecionadas por alunos(as) de todas as turmas da escola. Esta atividade teve início na semana anterior ao dia em causa, pois havia necessidade de produzir cerca de 2000 gomas e as formas para as confecionar eram poucas! Valeu-nos a amável cedência a título de empréstimo de um frigorífico que a empresa Eletropontécnica nos facultou durante esta atividade para acondicionar de forma segura as nossas gomas Contámos com a preciosa orientação da nutricionista Paula Chambel, que desde o 1º minuto colaborou connosco nesta iniciativa, facultando-nos a receita das gomas saudáveis e também uma excelente orientação para os Encarregados de Educação poderem enviar lanches mais saudáveis

Como decorreu?

Quatro alunos(as) de cada turma deslocaram-se até ao laboratório de Ciências para aprenderem a confecionar as gomas saudáveis e depois transmitiam aos restantes colegas da turma os princípios que aprenderam Estes alunos(as), sempre acompanhados pela nutricionista, por um docente de Ciências Naturais ou pela psicóloga Rita Silva, manifestaram enorme interesse e curiosidade nesta iniciativa.

No dia 16 de outubro, toda a comunidade escolar da escola JPA pôde degustar as gomas saudáveis confecionadas por alunos do 3º ao 6º ano e, ainda, receber a receita e as orientações para os lanches saudáveis! Foi um sucesso mas muito trabalhoso!

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A Coord. Gab. Educ. Saúde da Escola JPA Zulmira Rodrigues

CONCURSO DE ABÓBORAS HALLOWEEN

No passado dia 31 de outubro comemorámos o Hallowween com um concurso de abóboras em articulação com a disciplina de Inglês com o apoio dos pais e coordenação da nossa escola. Trabalho desenvolvido com muito entusiasmo e empenho Em simultâneo preparámos o Blim-Blim, como é conhecido em Ponte de Sôr o Pão por Deus, com a preparação de umas broas Obrigada a todos pelo apoio na concretização da atividade.

HORA DO CONTO

DIA NACIONAL DO PIJAMA

No dia 20 de novembro a turma do 1PSA de Ponte de Sôr festejou o Dia Nacional do Pijama Vestimos o nosso pijama e com muita alegria e entusiasmo dançámos e realizámos jogos educativos Efetuámos também uma atividade alusiva ao Dia dos Direitos das Crianças com um flipbook.

No dia 24 de novembro o 1PSA dedicou a tarde à “Hora do Conto” com a escritora de contos infantis Rita Matos na biblioteca da Escola Básica de Ponte de Sôr Momentos únicos e encantados na história infantil “Barafunda no Zoo” No final lanchámos em conjunto com a escritora Rita Matos com um bolinho delicioso Obrigada D. Rita pela sua disponibilidade e carinho na concretização da nossa atividade, assim como à coordenação da nossa escola Parabéns também aos “meus meninos” (1ºA) pelo entusiasmo e dedicação para que possamos continuar a realizar muitas mais atividades divertidas e enriquecedoras!

DIA DE REIS

A turma celebrou o Dia de Reis com a confeção de bolos-reis e respetivas coroas Pequenos confeiteiros sempre prontos em novas atividades nas quais são os protagonistas

Parabéns a todos pelo empenho e entusiasmo na atividade desenvolvida.

1PSA da Ponte de Sôr

Prof. Mónica Farto

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“Comunidades de Aprendizagem –INCLUD-ED" é um processo de transformação da escola, no sentido da promoção daquilo que todos desejamos: o sucesso educativo para todos os alunos e alunas e a melhoria das relações, quer na escola, quer na comunidade. O Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor abraçou este processo em 2019, na qualidade de escola TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária), a convite da Direção-Geral de Educação Sendo um “processo” e não um “projeto”, este é um caminho iniciado, já com alguns passos dados, mas ainda com um longo percurso pela frente A transformação de uma escola não se concretiza “por decreto” Resulta da vontade de todos em ver implementadas mudanças que produzam os resultados desejados Podemos dizer que estamos na primeira das várias fases que conduzirão a essa escola que desejamos: a fase da sensibilização / formação, a par já com a implementação de algumas ações educativas de sucesso, como as Tertúlias Dialógicas, os Grupos Interativos e a Formação Pedagógica Dialógica, de que decerto todos já ouvimos falar em algum momento.

As seis ações educativas de sucesso (das quais, como vimos, três estão a ser implementadas no AEPS) são as melhores práticas educativas, ou seja, aquelas que comprovadamente, contribuem para a melhoria do sucesso escolar e da convivência Resultam de um estudo de investigação em larga escala, designado INCLUD-ED, desenvolvido pelo CREA (Centre for Research on Excellence for All) através de 26 estudos-caso realizados em salas de aula em 14 países europeus

O estudo concluiu que, em educação, precisamos conhecer que ações educativas obtêm os melhores resultados, para que estas sejam disseminadas por escolas em todos o mundo, o que está a acontecer atual-

-mente nas mais de 9000 escolas pertencentes à rede Comunidades de Aprendizagem a nível da Europa e da América Latina. Falamos, portanto, de conhecimento científico na área da Educação que foi validado pela comunidade científica internacional; saímos assim do campo dos “achismos”, da “automedicação” em educação e das meras “boas práticas” para práticas estudadas na sala de aula, validadas cientificamente e transferíveis para qualquer contexto educativo, rural ou urbano, grande ou pequeno, em contextos com estatuto socioeconómico baixo ou alto Não foi descoberta a receita mágica para todos os problemas da educação, mas foram descobertas algumas receitas que, quando aplicadas com rigor na sala de aula, resultam em melhores aprendizagens para todos e numa maior inclusão de todos Nas turmas em que se implementam ações educativas de sucesso praticam-se também mais a solidariedade, a empatia e a cidadania, ao se estabelecerem “pontes” com o outro, seja ele mais ou menos “diferente” de mim Falamos, então, de melhorias ao nível das aprendizagens das diversas áreas curriculares, mas também ao nível da cidadania como conteúdo transversal e essencial à vida democrática, um desafio maior das atuais sociedades multiculturais No AEPS, dinamizam-se tertúlias dialógicas literárias e outras, como artísticas e musicais, sempre em torno das melhores obras da humanidade nas mais diversas áreas Já se dinamizaram tertúlias dialógicas desde o préescolar até ao 12 º ano e estas realizam-se atualmente com regularidade semanal em turmas do 1.º ciclo e de Inglês do 3.º ciclo e secundário Numa escola transformada em comunidade de aprendizagem, todas as turmas do pré-escolar ao secundário beneficiariam de tertúlias dialógicas regulares.

Noutro registo, têm vindo a ser implementados também regularmente Grupos

Comunidades de Aprendizagem
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INCLUD-ED
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Interativos, nomeadamente com turmas de primeiro ciclo Os Grupos Interativos incluem a participação de voluntários, frequentemente familiares dos alunos, cujo papel é apoiar os grupos de trabalho na sala de aula, promovendo a comunicação entre os alunos durante o trabalho de grupo e a participação efetiva de todos

À semelhança das tertúlias dialógicas, esta prática pode ser implementada em qualquer nível de ensino e área curricular No nosso Agrupamento dinamizam-se também tertúlias pedagógicas dialógicas, destinadas a pessoal docente, mas abertas à comunidade, que visam a formação de professores, técnicos e outros através da leitura e discussão de artigos científicos e livros académicos atuais e reconhecidos pela comunidade científica internacional, promovendo assim a atualização profissional do pessoal docente com base naquilo que de melhor dispomos atualmente em conhecimento sobre a educação

À margem das Ações Educativas de Sucesso, mas em estreita relação com a sua implementação, o AEPS, em articulação com o Centro de Formação Prof’Sor, tem investido na formação do pessoal docente através da realização de ações de formação acreditadas de 25 horas e de ações de curta duração, nomeadamente, no início de cada ano letivo, com vista à formação do pessoal docente e ao alargamento da implementação de ações educativas de sucesso no AEPS

Outra estratégia de formação tem sido, através da obtenção da acreditação Erasmus+ 2021-2027 para a Ação-chave 1, promover anualmente mobilidades de pessoal docente para formação através de ações de job-shadowing (acompanhamento no local de trabalho) em escolas comunidade de aprendizagem, nomeadamente em Espanha, onde a rede de comunidades de aprendizagem está mais consolidada Estão também incluídas nesta estratégia as visitas a escolas – comunidade de aprendizagem.

nacionais, como a que foi realizada ao Agrupamento da Escolas da Boa Água, na Quinta do Conde

A dinamização de ações educativas de sucesso tem vindo a produzir mudança na forma como muitos dos nossos alunos aprendem e se relacionam uns com os outros e na forma como muitos dos nossos professores encaram a sua profissão/missão e a forma como trabalham e comunicam com os alunos Cada vez mais se ouvem alunos perguntar “Este ano vamos fazer tertúlias? ou “Quando voltamos a fazer grupos interativos?”, o que, por um lado, mostra que estas ações têm impacto positivo no interesse e motivação dos alunos para com a aprendizagem e, por outro, incentiva os professores a implementá-las Ambos estes aspetos são boas notícias e é tempo de nos mobilizarmos no sentido de uma implementação concertada de ações educativas de sucesso em cada sala de aula / sala de atividades do AEPS, trazendo assim definitivamente o INCLUD-ED, i e a aprendizagem dialógica inclusiva para o centro da nossa ação docente, envolvendo cada vez mais os familiares e a comunidade local nas aprendizagens que decorrem na sala de aula – pois há que admitir que o/a professor/a precisa de “braços direitos” – e contribuindo para que a geração de alunos atual treine, desde muito cedo, na sala de aula, competências - chave para a vida adulta, como a autonomia, o espírito crítico, a comunicação, a solidariedade, entre outras. A título de exemplo, numa sala de aula em que se realizam Grupos Interativos e Tertúlias Dialógicas com regularidade, todos os alunos estão habituados a falar diante dos seus pares, do professor e dos voluntários, colaboram regularmente com todos os colegas da turma – pois os grupos de trabalho são o mais heterogéneos possível e escolhidos pelo/a professor/a de forma a garantir que todos trabalhem com todos e se entreajudem - e sabem que a sua participação

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numa aula de tertúlia dialógica requer preparação prévia, com ou sem a ajuda de um adulto Creio também que este processo tem influenciado positivamente a relação escola-família, aproximando-as e proporcionando momentos de maior colaboração O papel do professor-titular e do diretor de turma é essencial ao bom funcionamento da escola e à colaboração entre esta e as famílias, que precisam identificar-se com a sua ação e sentirse parceiras da mesma. A escola ganha, os alunos ganham, quando a família sabe que a escola também é sua.

A escola é o local onde alunos e professores passam a maior parte do seu tempo Para os alunos, é importante que a escola e as aprendizagens que oferece façam sentido Para os docentes, é essencial manter o sonho que os conduziu a esta profissão. Numa escola comunidade de aprendizagem todos – alunos, professores, família, comunidade – são constantemente convidados a sonhar, mas não só São convocados a concretizar sonhos, todos os dias – os seus, os de outros e os de todos - na expectativa de que um dia a realidade seja plena de bons cidadãos e de bons profissionais

SUGESTÃO DE LEITURA

Coordenador

"Isto Acaba Aqui" conta a história de Lily Bloom, uma jovem que se envolve num relacionamento com Ryle, um homem misterioso e cativante A relação deles começa intensa e cheia de paixão, mas logo Lily descobre que Ryle tem um passado complicado e cheio de traumas.

Enquanto isso, Lily também reencontra o seu primeiro amor, Atlas, que surge na sua vida novamente e desperta sentimentos do passado Entre os dois amores, Lily vê-se num dilema emocional, tendo que lidar com escolhas difíceis e confrontar os segredos e traumas do seu passado. O livro aborda temas sensíveis, como relacionamentos abusivos e as consequências de nossas escolhas

"Isto Acaba Aqui" é uma leitura cativante que nos faz refletir sobre o amor, as segundas chances e a força interior necessária para seguir em frente

Juliana Rosado nº19 12ºC

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GESTÃO DAS

EMOÇÕES E SAÚDE MENTAL

A saúde mental e a dificuldade em gerir emoções nas crianças e jovens tem vindo a ser uma preocupação por parte da sociedade portuguesa e no contexto escolar

A dificuldade na gestão das emoções leva a manifestações desadaptativas como comportamentos disruptivos, violência física ou verbal, o desinteresse ou desinvestimento escolar, a dificuldade de se relacionar de forma positiva e adequada com os pares, entre outras manifestações que condicionam o bem-estar no dia-a-dia dos adolescentes

A Saúde Mental enquadra uma das grandes preocupações da Comunidade Escolar e, de forma a intervir e prevenir, a Equipa do SPO e GAAF, em colaboração com o Gabinete de Psicologia e Saúde Mental do Município de Ponte de Sor, dinamizaram nos meses de novembro e dezembro diversas sessões sobre a temática da regulação emocional, junto das turmas do 6º e 8º anos do AEPS. Esta ação teve por objetivo a promoção e desenvolvimento de competências socioemocionais, de bem-estar e saúde mental

Nos meses de janeiro e fevereiro realizaramse sessões nas turmas de 10º e 11º anos, com o objetivo de aprofundar e consolidar o conceito de saúde mental e estratégias de promoção e bem-estar. Pôde verificar-se que, apesar do tema ser conhecido, houve interesse e envolvimento dos alunos na abordagem a estas temáticas, nomeadamente, na identificação de sinais de alerta para a doença mental, que pela sua intensidade, duração e frequência merecem especial atenção e cuidado Outros aspetos fortemente debatidos incidiram sobre as crenças irracionais e estereótipos ligados à doença mental que podem constituir obstáculos ao diagnóstico e tratamento adequados Desta forma, pretendeu-se aumentar a literacia dos jovens sobre a importância da Saúde Mental e sensibilizálos para as estratégias de autocuidado e bem-estar, de modo a conseguirem regular as emoções e lidarem com as situações do seu dia-a-dia, competências fundamentais para o seu desenvolvimento pessoal e académico

TEES Célia Margarido

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PROJETO UBUNTU NO AEPS CLUBE UBUNTU NA

ESPS

Ubuntu significa “Eu sou porque tu és”, valorizando a relação, a interdependência e a responsabilidade perante o outro

O método Ubuntu leva-nos ao desenvolvimento de cinco competências chave, centrais do desenvolvimento humano: tornar-se pessoa. A primeira etapa foca-se nas competências pessoais [Autoconhecimento, Autoconfiança e Resiliência] e a segunda, reforça competências sociais e relacionais [Empatia e Serviço].

Tem como modelos de referência mundial de líderes servidores (como Mandela ou Lu King) assim como líderes comunitários loc

O Agrupamento de Escolas de Ponte de aceitou com agrado fazer parte do pr Academia de Líderes Ubuntu em (levando a cabo até à atualidade), t como premissa capacitar jovens entre os os 18 anos de desenvolver o seu potenci liderança.

Ao longo dos últimos 3 anos implementação foram realizadas 3 sem intensivas com jovens da ESPS, co objetivo de formar lideres servid trabalhar competências socio-emocionais, o desenvolvimento da comunicação, de criatividade, gestão de conflitos, negociação, etc

na da empatia; assinalou-se o dia Escolar da Não Violência e Paz nas Escolas, entre outras atividades que foram desenvolvidas em aulas de Cidadania e Desenvolvimento

Ao longo do 2º semestre contará com outras iniciativas

Com o envolvimento dos alunos(as), educadoras e outros membros que dinamizam o Clube Ubuntu é que se consegue realizar atividades que promovem valores como a ética do cuidado, construção de Pontes, e que leve ao sucesso educativo.

Sendo um projeto de valores humanos, o Clube Ubuntu tem como principal objetivo acrescentar sempre mais a cada ser humano Pois, só conseguimos ser a mudança que queremos ver no mundo se

Testemunhos de alunos(as):

Com este projeto nasceu o Clube Ubuntu, constituído por 7 educadoras com formação, alunos(as) que fizeram as semanas Ubuntu e outros membros voluntários da comunidade escolar

De forma a trabalhar os diversos pilares do projeto, foram dinamizadas várias atividades ao longo dos anos. No presente ano letiv 2023/2024, o Clube Ubuntu dinamizo diversas atividades, tais como: a Seman Ubuntu, realizada em novembro; angariaçã de cabazes de natal; comemoração da sema

"Aprendi que é importante saber ouvir o outro e que todos nós temos capacidades mesmo que estejam escondidas " (Aluno(a) ESPS).

"Aprendi que não devemos julgar os outros e que devemos encarar os problemas de outra forma " (Aluno(a) ESPS).

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Cursos de Português Língua de Acolhimento - PLA e Educação e Formação de Adultos - EFA

Os cursos de Português Língua de Acolhimento - PLA e Educação e Formação de Adultos - EFA - têm um impacto significativo e são de extrema importância na sociedade atual, e em particular na região de Ponte de Sor, já que é uma região de baixa qualificação

O Português Língua de Acolhimento - PLA - é um curso destinado aos estrangeiros que desejam aprender a língua portuguesa Com o aumento da globalização e a crescente imigração, é essencial que essas comunidades tenham acesso a cursos de qualidade para se integrarem na sociedade de acolhimento O conhecimento da língua é fundamental para a comunicação, aprendizagem, inserção no mercado de trabalho e para a compreensão da cultura e costumes locais.

Os cursos EFA são essenciais para a educação e capacitação de adultos que não concluíram a educação básica Esses cursos oferecem a oportunidade de continuidade nos estudos e a possibilidade de adquirir competências técnicas e profissionais Através da Educação EFA, é possível combater o analfabetismo funcional e promover a inclusão social e económica dos adultos que tiveram uma parcimónia no sistema tradicional de ensino

Ambos os cursos têm um impacto direto na vida das pessoas Ao aprenderem o português como segunda língua, os estrangeiros têm mais probabilidades de conseguir empregos melhores, comunicar-se de forma mais eficaz e integrar-se nas comunidades locais Já através da Educação EFA, os adultos adquirem competências académicas e técnicas que podem melhorar as suas perspetivas de emprego.

Os cursos também fortalecem os laços entre diferentes culturas e contribuem para a harmonia e integração das comunidades multiculturais

Os cursos de PLA e os cursos de Educação EFA desempenham um papel fundamental na promoção da inclusão, na melhoria das oportunidades educacionais e na capacitação de adultos para um futuro mais promissor e equitativo

Além dos cursos referidos anteriormente a Escola Secundária tem em funcionamento os cursos do Ensino Recorrente por Módulos Capitalizáveis - ERMC (apenas ensino Secundário) Estes são de extrema importância para aqueles que desejam obter certificados de conclusão no Ensino Secundário. Também contribuem para a inclusão social, ao oferecer oportunidades de aprendizagem para aqueles que não tiveram a oportunidade de concluir todos os níveis de escolaridade formal Isso permite que essas pessoas adquiram conhecimentos e competências específicas, mesmo sem terem concluído um curso de ensino regular, facilitando assim a sua inserção no mercado de trabalho

Em resumo esses certificados, do ERMC e EFA, são de grande importância para o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas proporcionando flexibilidade, certificação, atualização e inclusão social São uma forma eficaz de aprendizagem ao longo da vida, adequada às necessidades e interesses de cada indivíduo, são reconhecidos pelo mercado de trabalho e podem ser utilizados para comprovar conhecimentos e competências adquiridas, aumentando as chances de conseguir um emprego ou uma promoção e permitem ainda o acesso a uma formação superior

Coordenador do Ensino Noturno, Rui Varela

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TECNOLÓGICOS

ESPECIALIZADOS

O Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor tem motivos para celebrar! No âmbito da medida Modernização da Oferta dos Estabelecimentos de Ensino e da Formação Profissional, o Agrupamento candidatou-se e obteve aprovação para a criação de dois Centros Tecnológicos Especializados: um CTE das Energias Renováveis e um CTE de Informática Esta conquista está integrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) Esta iniciativa representa um passo significativo para o avanço tecnológico e modernização da educação e formação profissional no Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor

Para o Centro Tecnológico Especializado em Energias Renováveis o AEPS recebeu aprovação para um investimento de 909 mil euros e para o Centro Tecnológico Especializado em Informática obteve aprovação para um investimento de 1 099 291 euros

Para a concretização destes CTE, foram estabelecidas parcerias com empresas do setor da informática e do setor das energias renováveis, outras escolas da região do Alto Alentejo, instituições de ensino superior e instituições de poder local e regional Estas parcerias e investimentos visam:

- Proporcionar, aos alunos do Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor, oportunidades de aprendizagem enriquecedoras e alinhadas com as necessidades do mercado atual, em especial em áreas emergentes que requerem mão-de-obra muito qualificada;

- Reequipar e robustecer a infraestrutura tecnológica do AEPS, através da instalação e modernização de espaços e equipamentos;

- Reforçar a atratividade e aumentar o número de jovens diplomados nos cursos profissionais.

Estes objetivos referidos estão em consonância com os objetivos do Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais (Quadro EQAVET).

A execução das candidaturas decorrerá, de forma faseada até 2025

CENTROS
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Coordenador dos Cursos Profissionais, Miguel Churro

CFAE PROF’SOR AO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

O Centro de Formação Prof’Sor (CFAE Prof’Sor) está sediado na Escola Secundária de Ponte de Sor e é constituído pelos Agrupamentos/Escolas Associadas de Ponte de Sor, Avis, Alter do Chão, Fronteira, Gavião, Nisa, Crato, Monforte e a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão

A preocupação com a formação contínua e o desenvolvimento profissional dos docentes surge em paralelo com a construção de uma escola democrática e de qualidade ao serviço da comunidade da qual emana e da qual é parte integrante e integradora. A formação contínua constitui uma potencial força motriz, embora não única, da inovação e da mudança desejadas para a escola através de uma maior qualificação dos agentes educativos, nomeadamente dos docentes, desenvolvendo as suas competências e proporcionando-lhes ferramentas para uma prática reflexiva

As ações de formação contínua englobam diversas modalidades, como cursos de formação, oficinas de formação, círculos de estudos e ações de curta duração Esta formação contínua dos docentes baseia-se nos seguintes princípios: promoção da melhoria da qualidade do ensino e dos resultados do sistema educativo; contextualização dos projetos de formação e da oferta formativa; adaptação às necessidades e prioridades de formação das escolas e dos docentes; valorização da dimensão científica e pedagógica; e autonomia científico-pedagógica das entidades formadoras

O CFAE Prof’Sor possui a vitalidade e o dinamismo que os Agrupamentos/Escolas Associadas lhe conferem, pois depende quase inteiramente deles. O Centro deve manter uma relação estreita não apenas com as escolas, mas também com os professores

Trata-se, fundamentalmente, de seguir o paradigma da virtualidade do modelo associativo baseado em redes de escolas, nas quais os professores desempenham um papel preponderante

Uma das grandes vantagens do CFAE é ser uma associação constituída pelos diferentes Agrupamentos/Escolas que o compõem A proximidade efetiva e afetiva com as Escolas Associadas capacita-o para apoiá-las no levantamento de necessidades de formação e na elaboração dos seus planos de formação, a partir dos quais é elaborado o seu próprio plano de ação, visando desenvolver a formação contínua que responda às reais necessidades das mesmas

O CFAE constitui um dos principais pilares para a atualização científica e pedagógica dos docentes, contribuindo para o desenvolvimento organizacional das escolas e daqueles que nelas trabalham, sempre com o objetivo de contribuir para a construção de uma escola pública de qualidade A escola emerge como a unidade de referência nos processos de mudança, e a formação é organizada sob a forma de projetos de ação para responder a problemas identificados em contexto

Reiteramos, no entanto, que o que as escolas, os professores e outros atores educativos devem esperar do CFAE Prof’Sor, em primeiro lugar, é a concretização de formação que contribua não só para o desenvolvimento organizacional das instituições educativas, mas também para o desenvolvimento profissional e pessoal dos docentes. Em resumo, o CFAE Prof’Sor desempenha um papel fundamental na qualificação e no desenvolvimento profissional dos docentes, contribuindo d ã d qualidade.

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O Clube de Ciência Viva na Escola do Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor é um espaço de conhecimento aberto a toda a comunidade educativa, incluindo famílias e restante comunidade local, para promover o acesso a práticas científicas inovadoras.

Funciona na Escola como um espaço de contacto com a ciência e tecnologia, promovendo o ensino experimental das ciências e das técnicas

Sob o lema “+ Ciência e + Conhecimento”, o CCVnE AEPS visa essencialmente a promoção do pensamento crítico, da criatividade, do espírito colaborativo, da cultura científica e do currículo junto dos alunos, de todos os níveis de ensino

Desde o ano letivo 2018/2019 que o Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor integra a rede Nacional de Clubes de Ciência

Viva na Escola

Conta com uma Equipa de Coordenação de três a cinco docentes, que assegura o seu funcionamento, em cada ano letivo.

Para o desenvolvimento do trabalho formal e não formal, o Clube estabeleceu parcerias de cooperação com o Município de Ponte de Sor, ESERO Portugal, Universidade de Évora, Pavilhão do Conhecimento, Centro de Ciência Viva de Estremoz, Museu de História Natural e da Ciência, Faculdade de Ciências de Lisboa, MARE, entre outras As parcerias internas também se têm revelado muito inspiradoras, como é o caso das Bibliotecas Escolares e do Eco Escolas

O Clube desenvolve atividades em formato híbrido (presencial e online), de forma a otimizar todos os recursos disponíveis, nomeadamente o contacto com cientistas e investigadores de diferentes áreas de conhecimento.

O Plano Anual de Atividades é bastante abrangente e integra atividades inovadoras, criativas e empreendedoras, permitindo que o saber em ação, a partilha de saberes e de experiências entre ciclos, se revele uma excelente forma de aprender. A promoção da literacia científica e a comunicação em ciência têm sido as grandes prioridades

Privilegia a formação e capacitação de professores, através da presença nas Microrredes e nos Encontros de Formação Regionais e Nacionais

Anualmente, participa na Semana C&T, Hora do Código, Festival de Ciência, Workshops temáticos, Air Summit, Visitas de Estudo, Palestras, Concursos Nacionais, Dias Comemorativos e Exposições. O Clube apoia e acompanha atividades, projetos e iniciativas de ciência que têm lugar na escola Marca presença no Encontro de Clubes de Ciência Viva e no Fórum Nacional de Ciência com uma representação de alunos.

O Clube tem uma presença digital na página da escola nas redes sociais (Facebook e Instagram)

A Coordenadora do Clube, Paula Valamatos Reis

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UNIVERSIDADE SÉNIOR DE PONTE DE SOR

Escrever sobre a Universidade Sénior de Ponte de Sor implica dar-vos a conhecer a Associação denominada CAMINHAR –Associação Cristã de Apoio Social, uma instituição particular de solidariedade social, sem fins lucrativos, inspirada nos valores cristãos como padrão de atuação na efetivação dos direitos sociais dos cidadãos.

Fundada em 2002, com sede em Ponte de Sor, na Rua Movimento das Forças Armadas nº17, a Caminhar tem como objetivos principais a prestação de serviços e de outras iniciativas de promoção do bem-estar e qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidades, nomeadamente nos seguintes domínios: Apoio à infância e juventude, incluindo as crianças e jovens em perigo; Apoio à família; Apoio à população sénior; Apoio à integração social e comunitária; Prevenção, promoção e proteção da saúde; Educação e formação profissional dos cidadãos; Outras respostas sociais não incluídas nas alíneas anteriores, desde que contribuam para a efetivação dos direitos sociais dos cidadãos

Os diversos serviços e atividades da instituição constituem a resposta social de Centro Comunitário designada por Centro Intergeracional. Considerando que esta resposta social se enquadra nos fins estatutários da Instituição e em conformidade com o disposto no Estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social, foi celebrado em março de 2022, o acordo de cooperação atípico com o Centro Distrital de Portalegre, do Instituto da Segurança Social, IP

As atividades e serviços prestados no âmbito da resposta social de Centro Comunitário integram as áreas de informação/capacitação e desenvolvimento comunitário, animação sociocultural intergeracional e encaminhamento social

Assim, no que se refere à área da informação/capacitação e desenvolvimento comunitário, a Caminhar desenvolve várias atividades de divulgação e dinamização de projetos de voluntariado local, nacional e internacional, ações de capacitação e sensibilização nas áreas da educação, saúde, voluntariado, liderança, alimentação e segurança, desenvolvimento de competências pessoais e sociais e promoção do sucesso escolar, promoção e coordenação do banco local de voluntariado, organização de eventos promotores do desenvolvimento comunitário e outras atividades ou serviços que se entendam necessários ao cumprimento dos objetivos do Centro Comunitário

No âmbito da animação sociocultural Intergeracional promove ações educativas e de animação sociocultural regulares para seniores, de combate ao isolamento social da população idosa, de acompanhamento e complemento educativo para crianças e adolescentes em tempos de férias, de animação sociocultural promotoras das relações intergeracionais e de desenvolvimento pessoal pelas artes e pela prática coletiva da música

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Por último e no que respeita ao encaminhamento social, a Caminhar faz o encaminhamento de pessoas com comportamentos aditivos e seus familiares para entidades com resposta social de Serviço de atendimento e acompanhamento social

A visão desta instituição ao longo dos anos é a do valor inestimável da unidade e da cooperação, quer entre indivíduos, quer entre organizações Assim, para além da equipa de colaboradores a tempo inteiro, muita da dinâmica da instituição continua a ser resultado de uma forte aposta no voluntariado, crescente valorização das relações intergeracionais como motor, por um lado, da coesão social, e, por outro, do desenvolvimento pessoal

Ao longo destes vinte e um anos de funcionamento da associação (2002-2023), a intervenção continua a centrar-se nas populações mais vulneráveis, nomeadamente os seniores e as famílias com crianças e jovens em risco, a par com o desenvolvimento das redes de colaboração criadas com as organizações locais, nas áreas social, cultural, da educação, da segurança e da saúde

A Caminhar e o Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor constituem-se assim como parceiros empenhados no apoio aos jovens e famílias e no apoio ao desenvolvimento de relações intergeracionais promotoras de coesão social A Junta de Freguesia de Ponte de Sor, Tramaga e Vale de Açor e o Município de Ponte de Sor são parceiros inestimáveis para a prossecução da missão da Caminhar/ USePS

A USePS surgiu em 2007 e destina-se ao público maior de 50 anos Tem uma oferta que vai desde as tecnologias de informação e comunicação às línguas estrangeiras e literatura portuguesa, passando pelas artes e atividades desportivas. Oferece, também, atividades de enriquecimento sociocultural, ações de informação e sensibilização, e outras iniciativas de natureza intergeracional Apresenta ainda a oportunidade de fazer voluntariado e de usufruir de formação para voluntários em colaboração com a BS3 –Banco de Saberes, Serviços e Solidariedade

Inserida no âmbito da animação sociocultural Intergeracional a USePS, no presente ano letivo, oferece um conjunto de dezasseis disciplinas/áreas dinamizadas por voluntários inscritos na Rede Local de Voluntariado –BS3 Para além da frequência destas aulas com horário regular as/os alunas/os da USePS podem, ainda, participar em workshops temáticos, concursos culturais, atividades lúdicas, tardes de cinema, caminhadas, convívios, visitas de estudo (viagens nacionais e ao estrangeiro), e laboratórios de criatividade no âmbito da expressão artística.

Venha colaborar connosco e fazer parte deste grupo de professores voluntários!

Aos seniores ponte-sorenses deixo o desafio de vir conhecer a USePS, onde pode experimentar viver de forma mais ativa, sociável e feliz!

Descubra a USePS - aprenda, ensine, reencontre pessoas, partilhe, viva!

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V ENCONTRO DA EQUIPA NACIONAL UAARE

A Equipa Nacional UAARE teve o seu encontro anual no AEPS, nos dias 19 e 20 de fevereiro, com o apoio do Município de Ponte de Sor Na abertura dos trabalhos estiveram presentes o Presidente do Município da nossa cidade, a Vereadora da Educação, o Coordenador Nacional do Projeto, o Diretor do Agrupamento e a Professora Acompanhante

Ao longo destes dois dias, quer em sessões de trabalho em plenário, quer em grupo, sob a temática Refletir, Analisar e Partilhar para melhor Intervir, fez-se um balanço do ano letivo que está a decorrer e discutiram-se as principais linhas do plano estratégico do programa para 2023-2025.

Esteve também presente o Diretor-Geral de Educação, Dr Pedro Cunha que com os seus contributos muito enriqueceu o debate no final do primeiro dia de trabalhos

Os participantes ainda tiveram a oportunidade de ver o maior mosaico do mundo feito com rolhas de cortiça e conhecer um pouco a história do território concelhio com uma visita ao Museu Municipal e à Fábrica de Moagem de Cereais e Descasque de Arroz.

Foram dois dias de trabalho intenso, muito enriquecedores do ponto de vista pessoal e profissional que deixaram nos participantes ainda mais o sentido de pertença ao Projeto e por isso continuamos a afirmar “Somos todos UAARE”

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Professora Célia Galveia (SEAM-ND)

DA ELEVADA CARGA HORÁRIA AO EXCESSO DE TRABALHOS DE CASA NO ENSINO BÁSICO:

A excessiva carga horária dos alunos portugueses tem sido um tema de preocupação e debate entre educadores, pais e até mesmo os próprios estudantes

Em Portugal, os alunos enfrentam uma carga horária considerável, com longos dias de aulas e uma quantidade substancial de trabalhos de casa para completar Muitos alunos têm dificuldade em equilibrar o tempo dedicado aos estudos com outras atividades importantes, como o convívio social, o desporto e até mesmo o descanso Esta

UM DEBATE NECESSÁRIO

Além disso, a qualidade do tempo passado na escola também é crucial Ou seja, é importante considerar não apenas a quantidade de horas que os alunos passam na escola, mas também como esse tempo é utilizado. Abordagens mais inovadoras de ensino, pedagogias ativas, investimento em recursos educativos e o envolvimento da comunidade educativa podem ser tão importantes quanto o número de horas de aula.

Quando abordamos o tema da carga horária dos alunos portugueses não podemos esquecer o tempo de trabalho a que os mesmos são sujeitos fora da escola. Neste aspeto, é fundamental a reflexão sobre a validade das tarefas escolares que estes trazem diariamente para casa

Não podemos dissociar a excessiva carga horária dos alunos portugueses com a quantidade substancial de trabalhos de casa a que são sujeitos

destacar que o tempo passado na escola nem sempre reflete diretamente a qualidade do ensino Em alguns países, os alunos podem ter uma carga horária menor, mas ter um desempenho académico e habilidades mais desenvolvidas devido a outras práticas educativas implementadas

Nos dias de hoje, é cada vez mais comum observar alunos do ensino básico sobrecarregados com uma quantidade excessiva de trabalhos de casa O debate em torno desse tema torna-se cada vez mais relevante, levantando questões sobre os impactos desse excesso na saúde mental e emocional dos estudantes, assim como no seu desempenho escolar e qualidade de vida

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O trabalho de casa tem sido uma prática comum como uma forma de reforçar as aprendizagens e envolver os alunos em atividades complementares às realizadas em sala de aula No entanto, a quantidade e a complexidade das tarefas designadas têm crescido consideravelmente, gerando preocupações entre pais, educadores e especialistas.Também não podemos esquecer que o TPC poderá ser um potencializador da desigualdade entre os alunos, exacerbando disparidades socioeconómicas e prejudicando aqueles que estão em situações desfavoráveis.

É importante reconhecer que nem todos os alunos têm as mesmas condições de acesso e suporte para realizar tarefas de casa de forma equitativa Alunos de famílias com recursos financeiros limitados e habilitações académicas mais baixas podem enfrentar obstáculos significativos ao tentar completar os TPC, seja pela falta de um ambiente adequado de estudo, acesso limitado a materiais educacionais ou mesmo pela necessidade de assumir responsabilidades domésticas para ajudar as suas famílias

O trabalho de casa tem sido uma prática A disponibilidade de apoio familiar e supervisão dos pais pode influenciar significativamente a capacidade dos alunos de concluírem com êxito os TPC Estudantes cujos pais têm mais tempo, conhecimento ou recursos para auxiliálos nas suas tarefas podem ter uma vantagem injusta em relação aos colegas que não contam com esse suporte. Isso pode levar a disparidades de desempenho académico e reforçar as desigualdades existentes entre os alunos

Por isso, será de evitar a avaliação dos TPC que pode penalizar os alunos que não conseguem cumprir prazos rígidos devido a circunstâncias fora de seu controle

Com uma carga horária que poderemos considerar excessiva, é cada vez menos justificável a necessidade da prática do trabalho de casa no ensino básico frequente e sistemático

SUGESTÃO DE LEITURA

"Como se fosse a primeira vez", livro de Raul Minh'alma conta a história de Aurora. Aurora vai de férias para uma vila onde viviam a sua falecida avó e a sua tia Nessa semana em que Aurora foi de férias, por coincidência, era a semana em que festejavam a memória das pessoas que partiam Numa noite de festa, as pessoas que tinham perdido uma pessoa tinham de ter uma vela acesa, e quem tinha de a acender era outra pessoa A vela de Aurora foi acesa por um rapaz, Lourenço Entretanto, Aurora descobriu que Lourenço trabalhava para a sua tia e foram-se aproximando Ficaram juntos e estavam a concretizar os seus sonhos juntos. Lourenço tinha uma oficina e Aurora estava a tentar abrir o seu próprio ateliê 6 anos depois descobriram que iam ser pais

Durante a gravidez Aurora ficou muito insegura com o seu corpo e começou a gerar atritos no relacionamento até que decidiram acabar, mas iam tendo sempre contacto por causa da filha Contudo, Aurora quando conseguiu abrir o seu ateliê fez uma homenagem a Lourenço e viram que ainda gostavam muito um do outro e decidiram voltar durante uma semana para aquela vila e fazer tudo como se fosse a primeira vez

Esta história é perfeita tanto para pessoas que estão a sofrer pelo luto como para o seu casamento

Margarida Parreira nº18 12ºB

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UM DIA DIFERENT

O dia 1 de Fevereiro nasceu ens mas gélido

Neste dia, dirigi-me à escola, mas de era diferente, não era para aprende fechada numa sala, como tant anteriormente, por isso, todos nós se um nervoso miudinho, ansiosos pelo acontecer

Saímos à hora marcada do confo conhecer sítios novos e observar a N Durante a viagem, a paisagem rodeava era digna de ser vista Não os dias que vemos terrenos vastos verde reluzente e maravilhoso cheio

Chegámos ao nosso primeiro objetivo, ver o teatro “Auto da barca do Inferno” Entrámos num auditório com muita gente

É engraçado pensar que todos nós naquela sala tínhamos uma vida diferente, objetivos diferentes, mas, naquele dia, o destino uniunos todos naquela enorme sala repleta de magia e segredos com o mesmo propósito Foi incrível ver todos interessados pelo teatro bem organizado e divertido que nos fez pensar sobre a diferença da realidade vivenciada por Gil Vicente e a época atual

Com esta visita de estudo, posso concluir que momentos como este ficam marcados na memória dos estudantes para o resto da vida e acho que deveria haver mais momentos como estes, para fugir à rotina habitual

São aprendizagens diferentes, todavia bastante motivadoras. Joana Flipa Mota Batista 9ºE

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CARÊNCIA DE MEMÓRIAS PARTICULARES

As redes sociais foram inicialmente criadas com o intuito de podermos compartilhar fotografias e informações com amigos que não víamos com frequência ou pura e simplesmente para guardar essas mesmas fotografias como simples recordações

Desde o início da pandemia essa intenção tem vindo a distanciar-se cada vez mais Utilizamos a nossa memória, que contem limitações, com informações inúteis

A datar desde o início da pandemia, a ausência de convívio entre as pessoas e o uso de desculpas como uma forma de justificar a falta de tempo tem aumentado gradualmente e é mais notória ao olhar daqueles que se preocupam com tais acontecimentos A falta de tempo é por muitas vezes ocasionada pelos pequenos momentos do nosso dia, dos quais não nos damos conta, em frente a um simples telemóvel, mais precisamente nas redes sociais No nosso tempo como estudantes são-nos impostas obrigações, como os testes e todo e outro qualquer tipo de avaliação. Ficando assim a nosso cargo decidir o momento e a quantidade de horas que devemos estudar

Apanhamo-nos a questionar demais, empatamos tempo, como se de alguma maneira essas obrigações desaparecessem ou ficassem acostadas por um determinado momento, “As coisas mais insignificantes têm às vezes maior importância e é geralmente por elas que nós nos perdemos”Dostoiévski Essa brecha que acabamos por dar a nós mesmos é o suficiente para procrastinar por horas ou até mesmo dias E é nessa brecha que entram as redes socias.

O facto de aparecerem conteúdos não só das pessoas a quem seguimos, mas também o facto de o algoritmo se aperceber quais os assuntos que são do nosso interesse e colocá-los na página inicial, para que cada vez mais sejamos induzidos a comprar itens que não iremos utilizar ou pela pura ocupação da nossa memória, que contem limitações Levando a que nenhum conteúdo ou quase todo ele que foi visto por nós nessas horas seja guardado ou memorizado

Em meu entender, devemos prestar uma maior atenção às pessoas que estão na nossa vida e procurar utilizar o nosso tempo em aprender, aprimorar e expandir o nosso conhecimento com informações e assuntos que nos levarão para a frente na vida

“Perder tempo em aprender coisas que não interessam priva-nos de descobrir coisas interessantes ” - Carlos Drummond de Andrade

Ana Maria Santos 11ºE CCHArtes Visuais

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PARTICIPA

lurdes.deodato@prof.aeps.pt

A REVISTA e o JORNAL são meios de comunicação e expressão de toda a comunidade escolar

Uma REVISTA ESCOLAR abrange as mais diversas áreas, desde literatura, arte, cultura, ciência, ambiente, sustentabilidade, tecnologia, diversidade cultural, entretenimento, voluntariado, saúde mental, conselhos e dicas de estudo e organização, desafios,

A REVISTA pode ser publicada anualmente ou semestralmente

Os JORNAIS ESCOLARES focam-se mais em notícias e eventos atuais de acontecimentos da escola e da comunidade escolar Pode ser publicado com mais frequência ou menos e ter publicações mensais trimestrais ou semestrais

O JORNAL tem um caráter mais informativo, priorizando as atividades que são realizadas nos diferentes ciclos, departamentos, escolas, projetos e turmas, agrupamento

Como é que os alunos podem contribuir?

Para o JORNAL ESCOLAR podem fazê-lo de várias formas, através de reportagens, escrevendo artigos sobre eventos escolares, atividades extracurriculares, prémios de colegas ou outras notícias que considerem relevantes Podem fazer entrevistas, a um professor ou um aluno, a uma figura importante na comunidade escolar ou diferenciada, à direção, aos auxiliares de ação educativa ou a qualquer outro elemento que compõe a comunidade escolar Compartilhando experiências pessoais e opiniões, reflexões sobre as diversas atividades ou temas Contribuindo com desenhos, ilustrações, fotografias para complementar os artigos ou não Ensaios/criticas sobre livros, filmes, eventos culturais ou qualquer outro conteúdo relevante para a comunidade escolar Poesia e literatura criativa e ainda colaborar na equipa HORIZONTES.

Na REVISTA ESCOLAR, os alunos podem contribuir com ensaios, opiniões e críticas sobre temas de interesse para a comunidade escolar

Enviar ilustrações, fotografias e trabalhos artísticos para serem apresentados Fazer entrevistas a colegas, professores e membros da comunidade escolar Com opiniões e comentários sobre diversos temas, promovendo debates construtivos. Com opinião sobre livros e filmes, obras literárias, eventos culturais Com notícias e reportagens de eventos importantes da escola, ou então no layout e design, colaborando com a equipa de trabalho.

LURDES DEODATO (ARTES VISUAIS)

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