TCC UFMG 2023/02 - Luísa Garcia - Construção de mobiliário a partir de um sistema de autoprodução

CONSTRUÇÃO DE MOBILIÁRIO A PARTIR DE UM SISTEMA DE AUTOPRODUÇÃO Luísa Melo Garcia TCC - banca final 2023/02 orientadores: Carlos Alberto e Glaucinei

sumário 02 breve histórico 08 pesquisa inicial 13 o sistema

itcc

itcc

itcc

14 pesquisa de campo 19 considerações finais 21 referências

tcc

breve histórico revolução industrial

A Revolução Industrial mudou de forma radical o modo de produzir objetos pois refere-se “à criação de um sistema de fabricação que produz em quantidades tão grandes e a um custo que vai diminuindo tão rapidamente que passa a não depender mais da demanda existente, mas gera seu próprio mercado. (HOBSBAWM, 1964, p.50)” (CARDOSO, 1964, p.26). Começou com a indústria têxtil, mas logo alcançou outros nichos, como o dos móveis. A industrialização dos móveis trouxe, assim como as outras, um novo modo de consumir e conseguiu alcançar camadas da população que não eram atingidas, já que antes a produção de móveis era restrita a artigos de luxo ou a autoprodução. Os móveis de luxo, por exemplo, eram em sua maioria feitos de madeiras nobres e com muitos ornamentos, como desenhos cravados na madeira ou até mesmo esculpidos com a madeira.

É óbvio que as fabricas são resultado da revolução industrial, mas raramente pensamos que os lares, tal como os conhecemos hoje, são uma criação da mesma revolução. Antes, a maior parte da produção e do comércio era realizada nas residências dos artesãos (...), e compreendia-se a casa como um lugar que incorporava o trabalho às atividades habituais de morar, comer, dormir e assim por diante. Porém, quando o trabalho produtivo foi removido para fábricas, escritórios ou lojas, o lar tornou-se um lugar exclusivamente para comer, dormir, criar filhos e desfruta o ócio. A casa adquiriu um caráter novo e diferenciado, que foi vividamente representado em sua decoração e no design de seus objetos. (FORTY, 2007, p.137)

breve histórico

02

Assim como Adrian Forty afirma, a revolução industrial trouxe grandes mudanças para dentro das casas e a principal delas foi torna-las um local de ócio. Além disso, no século XIX o interior do lar passa a ser visto como uma “expressão da personalidade do seu dono e principalmente da sua dona de casa”, o que trouxe um grande aumento no consumo de móveis, têxteis e decorações. Porém,

o grau em que o individualismo no lar é uma ilusão é revelado pela similaridade do interior de outras casas elegantes da época. Sua aparência era determinada pelos padrões contemporâneos de gosto e pelo que estava disponível nas lojas. Por mais que as pessoas queiram dar um tratamento totalmente original ao interior de suas casas elas se veem invariavelmente constrangidas pelo mercado. (...) em certo sentido, elas (pessoas) são atores desempenhando os papéis que lhes foram atribuídos pela economia. (FORTY, 2007, p.162)

design como modificador Dessa maneira, pode-se afirmar que “o lar é ao mesmo tempo fábrica de ilusão privadas e um catálogo de gostos, valores e ideias prontos que tornam todo o design doméstico tão extraordinariamente revelador das condições da vida moderna. ” (FORTY, 2007, p.163). Isso é, o design e, principalmente o design dos mobiliários das casas dizem sobre o modo de viver das pessoas da época ao mesmo tempo que ditam um modo de viver para essas

breve histórico

03

pessoas. Os mobiliários possuem a mesma função fora do lar também, principalmente nos escritórios, em que eles ditam um certo modo de trabalhar para os trabalhadores.

Um exemplo disso foi a criação e desenvolvimento de escrivaninhas - um dos móveis mais usados em escritórios - que pode ser visto como “pressão da administração para aumentar a eficiência” (FORTY, z2007, p.173). Isso porque todo o modo como estava sendo estruturada fazia com que o trabalhador focasse cada vez mais em seu trabalho e pudesse ver cada vez menos ao seu redor.

Por exemplo, um modelo de escrivaninha que possuía a parte da frente e as laterais mais altas que o meio do tampo.

breve histórico

04

no brasil Tratando-se especificamente do Brasil, o surgimento das indústrias demorou mais que na Europa ou nos Estados Unidos, porém seu crescimento e consolidação se deu de forma abrupta e, com isso, todo o processo leva poucos anos em contraponto com os outros países mencionados em que se levam séculos.

No final do século XIX, as cidades brasileiras estavam em expansão e, principalmente São Paulo, havia passado por uma série de transformações que resultaram em seu crescimento e modernização, sendo principalmente a expansão cafeeira e a implantação da estrada de ferro Santos-Jundiaí. A grande chegada de imigrantes para trabalhar nas lavouras de café foi essencial para o aumento demográfico e para uma mudança no modo de viver paulista. Outro fator que mudou o modo de viver do brasileiro, principalmente da elite, foi o fim do trabalho escravo.

Os imigrantes e escravizados libertos foram migrando para as cidades para tentar uma vida melhor, e o grande crescimento das cidades e, sobretudo, de São Paulo, fez com que surgissem novas tecnologias urbanas como saneamento básico, sistemas de abastecimento de água, gás encanado, entre outros.

Essas transformações desencadearam mudanças significativas no plano cultural e no cotidiano dos moradores da cidade, implicando novos usos e hábitos nos ambientes domésticos, comerciais, administrativos e industriais.

Novos equipamentos são adquiridos e, por extensão, novo mobiliário para suprimir as necessidades nascentes. (SANTI, 2013, p.105)

breve histórico

05

Esses novos equipamentos, em sua maioria, eram importados da Europa e junto com eles vinham as modas europeias. Tais modismos, normalmente reprodução de estilos tradicionais, puros ou ecléticos, foram adotados pelos arquitetos e engenheiros que contribuíram para a construção de cidades como a de São Paulo.

Esses estilos – neoclássico, neogótico, entre outros - também foram aplicados no mobiliário. Tendo assim, mobiliários mais ornamentados e sempre com o uso de madeiras maciças nobres.

Vale ressaltar que as novas tecnologias, serviços e produtos manufaturados só atingiram os setores populares após as primeiras décadas do século XX. Mesmo assim, as condições de consumo do Brasil ainda eram restritas já que “em uma sociedade ainda amplamente dominada por uma rígida hierarquia patriarcal, a promessa liberadora do consumo como atividade de lazer permanecia muito remota para a imensa parte da população. ” (CARDOSO, 1964, p.89).

Em questão de habitação, pouco se via também das modas europeias nas camadas mais pobres da população, o que prevalecia era a autoconstrução e os cortiços. Essas residências continham o mínimo de mobiliário possível, já que normalmente tinham que abrigar grandes famílias ou até várias famílias. Além disso, esse mobiliário existente era o mais simples possível, ou seja, não seguia a moda ornamentada europeia.

breve histórico

06

os móveis industriais Os móveis que vão surgindo ornamentações. Vale comentar a Oca – de Sérgio Rodrigues junto com a industrialização que no início do século XX -, Mobilínea, Hobjetos e a Contemporânea possuem característica Teperman separa a indústria Mobília diferentes dos feitos de móveis em duas categorias: de Michel Arnoult que, por artesanalmente. Isso porque “indústria de móveis populares” exemplo, se diferenciava pelo eles precisam ser coerentes e “indústria de móveis finos”. modo de vender: com móveis com os meios de produção Sendo a primeira quem desmontáveis em caixas que mecanizados, ou seja, possuíam “introduzem mais rapidamente eram vendidos em bancas de características apropriadas o processo industrial, como revista. para a produção seriada a Móveis Bérgamo em São como uma maior simplicidade Paulo” (SANTI, 2013, p.138). É e com nenhum ornamento. nessa época que a indústria Porém a burguesia ainda moveleira se consolida em preferia os móveis importados todo o Brasil e é quando se e cheios de ornamentos, que formam os polos industriais ainda possuíam um status no país, principalmente nas social, isso criou um entrave regiões centro-sul e sul. A no desenvolvimento industrial primeira é onde, atualmente, se brasileiro. concentram 90% da produção Já na década de 1950, com a nacional e 70% da mão-deconstrução da cidade de Brasília, obra (FOLZ, 2003, p.88). surge uma grande demanda Ainda nos anos 50 surgem novas por mobiliários modernistas, lojas de móveis muito importante isto é, mais funcionais e sem para o design modernista, como

breve histórico

07

pesquisa inicial Esse trabalho estudou a média. Sendo assim, vale a 40 e 110m². A partir disso, notaindústria moveleira no Brasil crítica que não consegui atingir se que são residências com no período do modernismo e diretamente meu público alvo muitos cômodos (6 ou mais), não necessariamente contemporâneo para usar de com esse formulário, mas ele mas inspiração para a produção de não deixa de ser essencial para com muito espaço para novos móveis. Todos esses cômodos já um sistema de autoprodução tirar certas conclusões. de mobiliários que seja fácil e Tem-se, então, como primeira são muito bem definidos suas barato de construir. conclusão o fato de que a funções e o que deve ter neles, A partir de um formulário maioria das pessoas atualmente assim como os típicos lares e entrevistas sobre a casa moram em apartamentos entra modernistas. atual de algumas mulheres e suas necessidades chegará a conclusão de quais serão os móveis mais essenciais desse sistema, além de entender melhor quem é o público alvo e, assim, conseguir melhor menos de um salário mínimo um a três salários mínimos desenvolvê-lo para tal grupo. três a cinco salários mínimos Com o formulário pude mais de cinco salários mínimos observar, primeiramente, que foi abrangido uma camada muito específica: 35 mulheres, sendo elas, majoritariamente estudantes de arquitetura e poucas pessoas da classe até 40m² 40 a 80m² 80 a 110m² maior que 110m²

casa apartamento quarto barracão

pesquisa inicial

08

“Meu apê tem 1 sala conjugada com sala de jantar com sofá, tv, hack, mesa com banquetas e plantas. 1 quarto com cama de casal, armário embutido e espelho. 1 escritório com estação de trabalho com mesa e cadeira, estante embutida com livros e objetos decorativos. 1 banheiro com armarinho. 1 cozinha com armário embutido, geladeira, fogão e uma mesa de apoio. Área de serviço com tanque e máquina de lavar. 1 despensa e 1 banheiro inutilizado. Tudo bem simples e pequeno.” (texto retirado do formulário criado escrito por autora não identificada)

Além disso, foi perguntado de se encontrar e, sendo sobre a pessoa já ter feito derivado de floresta plantada, móveis em sua casa e a é ainda mais ecológico. Assim, resposta foi diferente do começou-se a mapear como esperado: a maioria já fez algo. essa madeira é encontrada no Seja esse algo uma prateleira mercado: as medidas nominais ou até mesmo um banco. Isso e os tamanhos das chapas. É demonstra que os estudantes de conhecimento de todos que já estão ativamente mexendo essas medidas não são iguais em suas casas e encontram na em todas as madeireiras, mas autoprodução - seja por conta a variação é pequena, esse de dinheiro, seja por conta inclusive foi um dos motivos de vontade - a solução para para se escolher utilizar um desses tipos de madeira, uma mobiliar seus lares.

A partir do formulário e da vez que não exige a utilização pesquisa bibliográfica feita de máquinas para cortar chegou-se a conclusão de a madeira, sendo possível que o mobiliário criado seria solicitar na própria madeireira principalmente de madeira os tamanhos desejados. (podendo ser chapa ou maciça), Sendo assim, as medidas e contendo outros materiais nominais mais importantes para auxiliadores - como tecidos e este trabalho são: pontalete, cordas. Isso porque é o material sarrafo/ripa, prancha e tábua. mais usado hoje e mais fácil Todas tendo 3 metros de comprimento.

pesquisa inicial

09

Outro estudo feito foi o do mobiliário já existente que tem a ver com o meu trabalho, ou seja, mobiliários de “faça você mesmo” ou de autoprodução.

Temos como arquitetos/ designers estudados: Enzo Mari, Michel Arnoult e, mais atual, Rodrigo Silveira. Pegouse então, móveis feitos por esses arquitetos para estudar os materias usados, a forma como eles se juntam, quanto espaço ocupam, a facilidade de montá-los e outras coisas mais.

A começar então pelo Enzo Mari tem-se as cadeiras que são chamadar apenas de Sedia - que significa cadeira em italiano. Seus projetos foram pensados para serem feitos apenas com um martelo e pregos e, analizando mais a fundo, a maioria deles possui a estrutura exagerada, isto é, estruturados em excesso. Todos são feitos de madeira maciça, mas podem ser feitos com chapas.

No caso da estante Libreria, principalmente, é possível observar esse excesso de estruturas que a torna ainda mais resistente. Já a mesa Tavalo Rotondo possui um tampo redondo, que ou deve ser feito com uma máquina de corte ou deve ser comprado

pronto. Assim, do Enzo Mari e seus objetos é possível concluir que são em sua maioria fáceis mas costumam ter certa dificuldade em suas estruturas e certa robustez no resultado final.

pesquisa inicial

10

Já o Michel Arnoult possui uma pegada diferente em seus móveis, o da industrialização em massa e dos módulos desmontados.

Observando então a cadeira PegLev nota-se que também era feita de madeira maciça, mas que como não era pra ser totalmente feita em casa, só montada, já possui uma estética bem diferente das do Enzo Mari é menos robusta e pesada, até porque sua intenção era ser vendida em uma pequena caixa nas bancas de revista.

pesquisa inicial

11

Atualmente existe um movimento que ficou conhecido como Open Design, que é quando todos esses designers disponibilizam seus projetos de forma gratuita na internet para que todos possam autoproduzilos. É mais comum ver objetos que devem ser cortados em uma máquina de corte digital chamada CNC Router, mas existem algumas ideias que podem ser feitas com poucas ferramentas. Esse é o caso do projeto da poltrona amarela do Rodrigo Silveira, ela ocupa exatamente meia chapa de compensado e pode ser feita usando um serrote, uma chave de fenda ou parafusadeira e parafusos, ou até mesmo pregos e um martelo. O mais interessante desse projeto é justamente sua economia de chapa e sua facilidade de execução.

pesquisa inicial

12

Para dar início aos próximos passos desta pesquisa, foi realizada uma pesquisa de campo em diversas madeireiras em Belo Horizonte a fim de investigar o que é encontrado, os preços e a facilidade de adquirir madeiras e outros materiais que podem ser necessários, como pregos, parafusos, entre outros.

A pesquisa de campo nas madeireiras fez chegar a conclusão que a melhor madeira para se usar é a pinus, por ter em mais lugares e ser mais barata, além disso, usar ripas (4,5x2x300cm) pois foram encontradas na maioria dos lugares. Além disso, o fato de escolher não usar chapas diz sobre uma questão financeira, pois além de ser mais cara que a pinus também teria que ter mais cortes o que encareceria ainda mais. Sobre a junção das peças ainda se tem algumas opções, a principal delas é porca borboleta com parafuso.

Para além da madeira decidiu-se usar a corda de 10mm pois não é preciso ter muitas habilidades, como por exemplo o tecido exige (o saber costurar). Mas posteriormente mudei para cinta para estofamento de 60mm.

Assim, o próximo passo é o começar a pensar projeto, com experimentações e maquetes digitais e físicas para chegar ao modelo final do sistema. Por fim, como apresentação final esperase produzir uma cartilha e um móvel exemplificando o sistema.

pesquisa inicial

13

o sistema O sistema surge então a partir de toda a pesquisa e, principalmente da ida em madeireiras e lojas de marceneiro.

Ele consiste em: porcas borboletas e parafusos de 6mm ripas de madeira pinus (4,5x2x300cm) nas medidas de 04, 20, 40, 70 e 100cm meia chapa de compensado naval de 15mm (125x160cm) cinta de estofamento de 6cm

sistema de autoconstrução de mobiliários

14

pesquisa de campo Com a pesquisa inicial feita e o sistema criado, o próximo passo é testá-lo para ver se funciona. Assim, realizo um curso dentro da Escola de Arquitetura e Design da UFMG, mais especificamente na sala apelidada de Peixaria.

Esse curso é voltado para todos os alunos da UFMG, dentre os 40 candidatos foram escolhidos aleatoriamente 10, sendo eles majoritariamente da arquitetura e do design, mas tendo uma aluna da letras.

O curso ocorreu nos dias 28,29 de outubro e 4 de novembro.

sistema de autoconstrução de mobiliários

15

No primeiro final de semana é entregue a cartilha do sistema, criada por mim, e cada aluno desenvolve seu projeto a partir de suas necessidades.

Projetou-se 8 objetos: duas estantes, uma escrivaninha, duas luminárias, uma banqueta e uma espreguiçadeira.

Com o projeto pronto cada um fez o seu plano de corte, isto é, quantas peças e de quais tamanhos serão necessárias, além da quantidade de parafusos de cada tamanho e a quantidade de porcas que serão usados.

Primeiramente, vale a crítica de que não havia definido bons tamanhos ainda e eles acabaram limitando demais os alunos. Foi decido no começo, então, que todos poderiam escolher seus tamanhos necessários, o que considero hoje que não foi a melhor decisão para o exercício. sistema de autoconstrução de mobiliários

16

O último dia do curso, no outro fim de semana (dia 04/11), ofi o dia de efetivamente construir os projetos pensados na semana anterior. Para isso contei com a ajuda de algumas pessoas: André, meu companheiro, deu o curso junto comigo; Nayara e Áton, da Oficina.cc, que me emprestaram ferramentas necessárias.

Foram usadas as ferramentas mais básicas: furadeira, parausadeira, lixadeira e um serrote. Além de lápis, borracha, trena e régua.

A maioria dos alunos nunca tinha tido contato com marcenaria antes e com poucas instruções todos saíram com os móveis desejados.

sistema de autoconstrução de mobiliários

17

O curso foi de suma importância para a pesquisa, pois foi possível perceber que, primeiramente, o sistema funciona e é bastante versátil, que a cartilha criada precisa de alguns ajustes, que, talvez, o sistema só seja possível entre estudantes de cursos que são acostumados a projetar - como arquitetura e design - e que esse sistema é apenas um exemplo do que é um projeto participativo.

sistema de autoconstrução de mobiliários

18

considerações finais Depois de toda a pesquisa feita é possível chegar em algumas conclusões.

Primeiramente, como esse sistema é um metaprojeto e como tudo do que foi criado pode ser usado em diferentes escalas, como por exemplo, para criar edifícios.

Além disso, pode-se dizer que o sistema criado, principalmente por conta do curso dado, é uma espécie de projeto participativo em que o projeto é feito com o outro e não para o outro.

Por causa disso, analisa-se que esse sistema tem como objetivo principal democratizar o conhecimento, diminuir a abstração e aumentar a autonomia de quem o usa.

cadeira feita por mim (Luísa Garcia) utilizando o sistema sistema de autoconstrução de mobiliários

19

Por fim, pode se dizer que o sistema funciona e que ele faz o que propõe: subverte o sistema capitalista e industrial. Isso porque, além de democratizar conhecimento e diminuir a abstração, ele aproxima o usuário do objeto, o faz pensar mais sobre seu uso e sobre sua própria necessidade e resignifica o tempo produtivo que é atrelado ao trabalho e ao dinheiro no mundo capitalista.

Agradecimentos Agradeço primeiramente a minha família e principalmente meus pais pelo apoio durante todo o processo. Agradeço meu companheiro André por todo suporte e ajuda e por ter sido um ótimo professor na oficina dada. Agradeço a Nayara e o Áton (e a oficina.cc como um todo) por todo o apoio e ajuda durante o curso, por todo o incentivo e por todas as críticas construtivas que ajudaram a crescer meu trabalho. Agradeço meus amigos Gabriel, Isabel, Laura, Marina, Raul e Maurilio por todas as críticas construtivas e pelas opiniões dadas que contribuíram muito para o crescimento e melhora desse projeto. E, por fim, agradeço meus orientadores Robin e Glaucinei por todo o conhecimento passado e por todo o apoio e confiança dado, sem vocês esse trabalho não seria o mesmo.

sistema de autoconstrução de mobiliários

20

referências FORTY, Adrian. Objeto de Desejo: design e sociedade desde 1750. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

KAPP, Silke. Síndrome do Estojo. 2007 KAPP, Silke. Cozinha dos Modernos. Caderno de Arquitetura e Urbanismo (PUC-MG), v.15, p. 3045, 2008.

LEON, Ethel. Memórias do Design Brasileiro. São Paulo: Senac SP, 2009.

MARI, Enzo. “Autoprogettazione”. 1974 OLIVEIRA, Erica. Gabinetes e escrivaninhas: notas sobre leitura, escrita e estudos nas casas do século XIX e início do século XX. São Paulo: Gestora Museu da Casa Brasileira, 2020.

SANTI, Maria Angélica. Mobiliário no Brasil: origens da produção e da industrialização. São Paulo: Editora Senac, 2013.

SANTOS, Maria Cecília Loschiavo dos. Móvel Moderno no Brasil. São Paulo: Editora Senac/ Editora Olhares, 2017. https://histarq.files.wordpress.com/2013/03/11.jpg chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://mcb.org.br/wp-content/ uploads/2020/10/OLIVEIRA-Erica.-Gabinetes-e-escrivaninhas.pdf

sistema de autoconstrução de mobiliários

21