1
INVENTÁRIO
DE
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS SECTOR INDUSTRIAL
–
Loures
Relatório 13.091.12/002 30 de Novembro de 2012
2
Índice ÍNDICE
2
ÍNDICE DE GRÁFICOS
3
ÍNDICE DE TABELAS
4
GLOSSÁRIO
ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.
1.
ENQUADRAMENTO
2.
DESCRIÇÃO DO CONCELHO DE LOURES
2.1. 2.2. 2.3.
3.
CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E TERRITORIAL CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR INDUSTRIAL CARACTERIZAÇÃO DAS FONTES DE EMISSÃO
METODOLOGIA
8
10
10 12 14
18
4. EMISSÕES DAS VÁRIAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS ASSOCIADAS AO CONSUMO ENERGÉTICO NO CONCELHO DE LOURES 21
4.1. PRODUTOS DO PETRÓLEO 4.1.1. PETRÓLEO 4.1.2. PROPANO 4.1.3. GASOLINA 4.1.4. GASÓLEO 4.1.5. LUBRIFICANTES 4.1.6. THICK FUEL OIL 1% 4.1.7. GÁS AUTO, PARAFINAS E SOLVENTES 4.2. GÁS NATURAL 4.3. ENERGIA ELÉTRICA 4.4. EMISSÕES TOTAIS DO SECTOR INDUSTRIAL
21 21 22 23 24 25 26 27 28 29 33
5.
ANÁLISE DE DADOS OBTIDOS POR INQUÉRITOS ÀS DIVERSAS ATIVIDADES INDÚSTRIAS DE LOURES
37
INDÚSTRIA ALIMENTAR FABRICAÇÃO DE PASTA DE PAPEL, DE CARTÃO E SEUS ARTIGOS IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO DE SUPORTES GRAVADOS FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS E DE FIBRAS SINTÉTICAS, OU ARTIFICIAS, EXCETO PRODUTOS FARMACÊUTICOS FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DE BASE E DE PREPARAÇÃO FARMACÊUTICA FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS MINERAIS NÃO METÁLICOS
38 42 45 47 50 53
5.1. 5.2. 5.3. 5.4. 5.5. 5.6.
6.
CONCLUSÕES E ANÁLISE CRÍTICA EVOLUTIVA
57
7.
BIBLIOGRAFIA
62
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
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Índice de Gráficos GRÁFICO 1- DELIMITAÇÕES E FREGUESIAS DO MUNICÍPIO. .............................................................................................. 10 GRÁFICO 2– NÚMERO DE HABITANTES POR CADA FREGUESIA DO MUNICÍPIO DE LOURES.................................................... 12 GRÁFICO 3 - CARACTERIZAÇÃO DE ALGUMAS INDÚSTRIAS POR CAE NO CONCELHO DE LOURES. ......................................... 13 GRÁFICO 4 – DESAGREGAÇÃO DOS CONSUMOS NO SECTOR INDUSTRIAL POR FONTE ENERGÉTICA PARA 2009/2010. ............ 15 GRÁFICO 5- VARIAÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA E GÁS NATURAL.................................................................... 16 GRÁFICO 6 - VARIAÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS. ............................................................................................... 16 GRÁFICO 7- CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 EQUIVALENTE, EM PERCENTAGEM, ASSOCIADAS AO CONSUMO DE PETRÓLEO POR CAE NOS ANOS 2009 E 2010. .............................................................. 22 GRÁFICO 8 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES EM CO2 EQUIVALENTE, EM PERCENTAGEM, PARA O PROPANO POR CAE NOS ANOS 2009 E 2010. ............................................................................................................. 23 GRÁFICO 9 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2, EM PERCENTAGEM, PARA A GASOLINA POR CAE NOS ANOS 2009 E 2010 ................................................................................................................................... 24 GRÁFICO 10 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2, EM PERCENTAGEM, PARA O GASÓLEO, POR CAE NOS ANOS 2009 E 2010. .................................................................................................................................. 25 GRÁFICO 11- CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2, EM PERCENTAGEM, DE LUBRIFICANTES, POR CAE EMISSORA NOS ANOS 2009 E 2010. ........................................................................................................... 26 GRÁFICO 12 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2, EM PERCENTAGEM, PARA THICK FUEL OIL 1%, POR CAE NOS ANOS 2009 E 2010. ..................................................................................................................... 27 GRÁFICO 13 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2, EM PERCENTAGEM, DE GÁS NATURAL, POR CAE EMISSORA NOS ANOS 2009 E 2010 ................................................................................................................... 29 GRÁFICO 14 – CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES POLUENTES, EM PERCENTAGEM, NA ENERGIA ELÉTRICA, POR CAE NOS ANOS 2009 E 2010. ......................................................................................................................................... 34 GRÁFICO 15 – CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES, EM PERCENTAGEM, PARA O SECTOR DE ATIVIDADE, NOS ANOS 2009 E 2010. ............................................................................................................................................................................ 44 GRÁFICO 16 – CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES, EM PERCENTAGEM, PARA O SECTOR DE ATIVIDADE, NOS ANOS 2009 E 2010. ............................................................................................................................................................................ 46 GRÁFICO 17 – CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES, EM PERCENTAGEM, PARA O SECTOR DE ATIVIDADE, NOS ANOS 2009 E 2010. ............................................................................................................................................................................ 52 GRÁFICO 18 – CONTRIBUIÇÕES DE EMISSÕES DE CADA FONTE ENERGÉTICA NO ANO 2009, COM UM TOTAL DE 180.997TCO2E 57 GRÁFICO 19 - CONTRIBUIÇÕES DE EMISSÕES DE CADA FONTE ENERGÉTICA NO ANO 2010, COM UM TOTAL DE 175.503,8TCO2E ............................................................................................................................................................................ 58 GRÁFICO 20 - CONTRIBUIÇÃO DE EMISSÕES E RESPETIVOS CONSUMOS POR CAE, EM 2009 ................................................ 58 GRÁFICO 21 - CONTRIBUIÇÃO DE EMISSÕES E RESPETIVOS CONSUMOS POR CAE, EM 2010 ................................................ 59 GRÁFICO 22 - CONTRIBUIÇÕES DE EMISSÕES DE CADA FONTE ENERGÉTICA NO ANOS 2009 E 2010, COM UM TOTAL DE 175.503,8TCO2E ..................................................................................................................................................... 59
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Índice de Tabelas TABELA 1 - DENSIDADE POPULACIONAL E ÁREA TERRITORIAL DE CADA FREGUESIA EM 2001 E 2011. ................................... 11 TABELA 2 – TOTAIS DE CONSUMOS ENERGÉTICOS DO SECTOR INDUSTRIAL (TEP). ............................................................. 14 TABELA 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 DE PETRÓLEO POR CAE ............................ 21 TABELA 4 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 POR CONSUMO DE PROPANO POR CAE. ...... 22 TABELA 5 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 PARA A GASOLINA POR CAE. ..................... 23 TABELA 6 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 PARA O GASÓLEO POR CAE. ...................... 24 TABELA 7- CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES EM TCO2 PARA LUBRIFICANTES POR CAE. ............... 25 TABELA 8 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 PARA THICK POR CAE. .............................. 26 TABELA 9 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES DE CO2 PARA OUTROS DERIVADOS DE PETRÓLEO... 27 TABELA 10 - CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS E RESPETIVAS EMISSÕES EM TCO2E PARA GÁS NATURAL POR CAE. ............. 28 TABELA 11 - CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES POLUENTES ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA POR CAE. ..................................................................................................................................................................... 30 TABELA 12 - CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2E ASSOCIADOS AO SECTOR INDUSTRIAL DO CONCELHO DE LOURES POR CAE. ..................................................................................................................................................................... 33 TABELA 13- APRESENTAÇÃO DAS CATEGORIAS CHAVE. .................................................................................................... 35 TABELA 14 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. .......................................................................................................... 38 TABELA 15 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS ................................................................................................................... 39 TABELA 16 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA. ............................ 40 TABELA 17 - EQUIVALÊNCIA DE TCO2 ENTRE A TOTALIDADE DOS DADOS DOS INQUÉRITOS E DOS DADOS FORNECIDOS PELA DGEG EM PERCENTAGEM. ........................................................................................................................................ 41 TABELA 18 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................................... 42 TABELA 19 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS ................................................................................................................... 43 TABELA 20 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA. ............................ 44 TABELA 21 - EQUIVALÊNCIA DE TCO2 ENTRE A TOTALIDADE DOS DADOS DOS INQUÉRITOS E DOS DADOS FORNECIDOS PELA DGEG EM PERCENTAGEM. ........................................................................................................................................ 45 TABELA 22 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA A INSTALAÇÃO PARTICIPANTE POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................................................ 45 TABELA 23 - EQUIVALÊNCIA DE TCO2 ENTRE A TOTALIDADE DOS DADOS DOS INQUÉRITOS E DOS DADOS FORNECIDOS PELA DGEG EM PERCENTAGEM. ........................................................................................................................................ 46 TABELA 24 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................................... 47 TABELA 25 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS ................................................................................................................... 48 TABELA 26 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA. ............................ 49 TABELA 27 - EQUIVALÊNCIA DE TCO2 ENTRE A TOTALIDADE DOS DADOS DOS INQUÉRITOS E DOS DADOS FORNECIDOS PELA DGEG EM PERCENTAGEM. ........................................................................................................................................ 50 TABELA 28 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................................... 50 TABELA 29 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS ................................................................................................................... 51 TABELA 30 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA. ............................ 51 TABELA 31 - EQUIVALÊNCIA DE TCO2 ENTRE A TOTALIDADE DOS DADOS DOS INQUÉRITOS E DOS DADOS FORNECIDOS PELA DGEG EM PERCENTAGEM. ........................................................................................................................................ 52 TABELA 32 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................................... 53 TABELA 33 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS – PRODUÇÃO. ............................................................................................... 54 TABELA 34 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA PARA A FONTE EMISSORA: QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS – CONSUMO. ................................................................................................ 54
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TABELA 35 – EMISSÕES INDUSTRIAIS PARA AS INSTALAÇÕES PARTICIPANTES POR ANO DE REFERÊNCIA. ............................ 55 TABELA 36 - EQUIVALÊNCIA DE TCO2 ENTRE A TOTALIDADE DOS DADOS DOS INQUÉRITOS E DOS DADOS FORNECIDOS PELA DGEG EM PERCENTAGEM. ........................................................................................................................................ 56
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Glossário APA - Agência Portuguesa do Ambiente C - Carbono CAE - Classificação das Actividades Económicas CH4 - Metano CO – Monóxido de carbono CO2 – Dióxido de carbono CO2 e– Dióxido de carbono equivalente COV – Compostos Orgânicos Voláteis DGEG - Direção Geral de Energia e Geologia EPA – Environmental Protection Agency FC - Fluorcarbonetos GEE – Gases com Efeito de Estufa HC - Hidrocarbonetos IPCC - Intergovernemental Panel on Climate Change NFR - Nomenclature For Reporting NMCOV - Compostos orgânicos voláteis não metânicos NH3 – Amoníaco NO – Monóxido de azoto NO2 – Dióxido de azoto NOx – Óxidos de azoto N2O – Óxido nitroso PAHs – Hidrocarbonetos aromáticos cíclicos Pb - Chumbo PM – Partículas PM10 – Partículas com menos de 10 micrómetros de diâmetro aerodinâmico PM2.5 – Partículas com menos de 2,5 micrómetros de diâmetro aerodinâmico POPs – Poluentes Orgânicos Persistentes SNAP97 - Selected Nomenclature for sources of Air Pollution SO2 – Dióxido de enxofre SOx - Óxidos de enxofre
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1. Enquadramento O presente inventário insere-se no âmbito do
Primeiramente fez-se uma breve caracterização do
projeto europeu e-Aire. Este projeto, “Estratégias
Concelho de Loures, dos respetivos anos, incluindo
Ambientais Integradas para a Redução de Emissões”
a demografia, o sector industrial e os consumos de
(e-aire), tem como finalidade minimizar e controlar
energias totais distribuídos pelas diferentes fontes.
as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), com objetivo de melhorar a qualidade ambiental de áreas urbanas, tendo como parceiros o Gobierno de Cantabria - Consejería de Medio Ambiente de Cantabria (líder do consórcio); Gobierno de la Rioja
Posteriormente, foram identificadas e explicitadas diferentes metodologias existentes, bem como, as metodologias utilizadas para o cálculo das emissões de GEE na indústria.
- Consejería de Turismo, Medio Ambiente y Política
Em seguida caracterizou-se, detalhadamente, a
Territorial; Diputación Provincial de Ávila - Agencia
indústria do Concelho de Loures relativamente aos
Provincial de la Energía de Ávila, Ayuntamiento de
seus consumos totais associados às diferentes
Aranjuez.) e a Câmara Municipal de Loures. Para
Classificações
atingir tal objetivo definiu-se alguns marcos, onde
portuguesas
se engloba o melhoramento de inventários de
caracterização de empresas de forma individual,
emissões
e
relativamente à percentagem dos seus consumos,
no
de acordo com os inquéritos preenchidos pelas
de
gases
de
efeitos
substâncias nocivas das
regiões
de
estufa
envolvidas
de (CAE).
Atividades Foi
igualmente
Económicas descrita
a
projeto.
mesmas.
Desta forma elaborou-se o Inventário de emissões
Para finalizar foram expostos os resultados finais de
de gases de efeitos de estufa (GEE) na indústria, no
todos os cálculos efetuados, assim como uma
Concelho de Loures, em Portugal, para os anos de
conclusão e análise crítica dos resultados obtidos,
referência 2009 e 2010.
avaliando a evolução das emissões de GEE, nos anos considerados.
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10
2. Descrição
do
Concelho
de
2.1.
Caracterização
Loures No presente capítulo procede-se à caracterização sumária
do
Concelho
demográfica
e
territorial
de
Loures,
a
nível
demográfico, bem como ao nível das atividades
Criado
em
1886,
apresentado
um
o
Concelho
de
desenvolvimento
Loures de
tem
estreita
conexão com o crescimento do Concelho de Lisboa.
industriais presentes e identificação das atividades
No ano 1998, foi alterado o número de freguesias
com maior impacte nas emissões gasosas.
de 25 para as atuais 18 com o aparecimento do Concelho
de
Odivelas.
Considerado
um
dos
principais eixos de desenvolvimento económico e social da região, o concelho conta com cerca de 170 Km2 (6%) da área Metropolitana de Lisboa, com uma população aproximada de 205 mil habitantes. (fonte: INE, Censos 2011).
Gráfico 1- Delimitações e Freguesias do Município.
Ao longo dos últimos anos, é notável a evolução da
apresentadas
densidade populacional no concelho em geral e na
Município de Loures, correspondentes número de
as
Freguesias
pertencentes
maioria das suas freguesias. Na Tabela 1 são
habitantes para os anos 2001 e 2011 como também a sua respetiva área.
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ao
11
Tabela 1 - Densidade populacional e área territorial de cada freguesia em 2001 e 2011.
Anos Área (km2)
Freguesias 2001
2011
Apelação
6.043
5.647
1,41
Bobadela
8.577
8.839
3,57
Bucelas
4.810
4.663
33,97
Camarate
18.821
19.789
5,67
Fanhões
2.698
2.801
11,63
Frielas
2.676
2.171
5,56
Loures
24.237
27.362
32,82
Lousa
3.419
3.169
16,52
Moscavide
12.184
14.266
1,1
Sacavém
17.659
18.469
0,99
S. Iria de Azóia
17.571
18.240
1,32
S. Antão do Tojal
4.192
4.216
6,43
S. A. Cavaleiros
21.947
25.881
13,28
S. João da Talha
17.970
17.252
4,08
S. Julião do Tojal
3.600
3.837
7,52
Unhos
10.531
9.507
15,13
Portela
15.441
11.809
3,63
Prior Velho
6.683
7.136
4,48
TOTAL
199.059
205.054
169,11
Fonte: INE, Censos 2001 e 2011
Verificou-se
um
crescimento
populacional
através da tabela 1, nas freguesias da Portela,
aproximado de 3% entre os anos de 2001 e
Unhos, São João da Talha, Lousa, Frielas,
2011, em todo o concelho de Loures. Contudo o
Bucelas e Apelação ocorreu uma diminuição da
comportamento demográfico não foi uniforme
densidade populacional. Estas variação estão
em todo o território conforme se pode verificar
ilustradas no gráfico seguinte.
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12
Prior Velho Portela Unhos S. Julião do Tojal S. João da Talha S. A. Cavaleiros
Freguesias
S. Antão do Tojal S. Iria de Azóia Sacavém Moscavide
2011
Lousa
2001
Loures Frielas Fanhões
Camarate Bucelas Bobadela Apelação
0
5 000
10 000
15 000
20 000
25 000
30 000
Habitantes
Gráfico 2– Número de habitantes por cada freguesia do Município de Loures
2.2.
Caracterização do sector Industrial
O Concelho de Loures sendo desde sempre um dos
impulso e de expansão da indústria portuguesa uns
mais industrializados do distrito de Lisboa, com
destacaram-se
exceção da própria capital, assinalava a maior
souberam aproveitar melhor as oportunidades ou
população operária a norte do Tejo. Como exemplo
porque investiram na inovação e foram procurando
a Fábrica de Loiça de Sacavém estava entre as 25
aumentar o nível da formação e do conhecimento, e
maiores do país. No concelho de Loures sediaram-se
desta forma, acompanhar o progresso. Entre outros,
as grandes empresas nacionais deste período, a
destacam-se os seguintes:
destacar (ordem cronológica):
mais
que
outros,
ou
porque
Tintas Dyrup (1940's) – Sacavém;
Manuel da Silva Torrado & Cª Lda. (1942)
Fábrica de Tintas Robialac (1931);
CAVAN (1932);
Covina (1937);
FIMA (1944);
COPAM - Companhia Portuguesa de Amidos
Sociedade Lisbonense de Metalização
– Sacavém;
(1937);
(1946);
Sacoor (1938);
Móveis Olaio (1939) – Bobadela;
Fábrica de Loiça de Sacavém (1856).
Companhia Portuguesa de Trefilaria (1947);
Fábrica Nacional de Munições e Armas Ligeiras (1947) – Moscavide;
Com
o
fim
finalmente,
da
Segunda
delineado
um
Guerra
Mundial,
projeto
para
industrialização do País. Nesta fase de grande
LEVER (1950).
foi a Atualmente, o Município de Loures é um dos parceiros num projeto que envolve mais quatro
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parceiros, o Gobierno de Cantabria - Consejería de
Assim, foi necessário caracterizar, para o sector
Medio Ambiente de Cantabria (líder do consórcio);
Industrial, as emissões de gases com efeito de
Gobierno de la Rioja - Consejería de Turismo, Medio
estufa no concelho para conhecer o contributo
Ambiente y Política Territorial; Diputación Provincial
destas atividades para o total de emissões do
de Ávila - Agencia Provincial de la Energía de Ávila e
concelho e também para servir como referência
Ayuntamiento de Aranjuez.. Esta parceria tem como
para as ações futuras a tomar no combate às
objetivo o controlo e a diminuição de emissões de
alterações climáticas.
gases com efeito de estufa, de modo a atenuar as emissões
de
substâncias
prejudiciais
para
O gráfico seguinte ilustra a desagregação do tecido
a
industrial do concelho de Loures pelos diferentes
atmosfera, a combater as alterações climáticas e, consequentemente,
promover
a
sectores de atividade industrial.
qualidade
ambiental no meio urbano.
Caracterização da Indústria no Concelho de Loures por CAE
Indústria Metarlúgica Fabricação de Máquinas e Equipamentos (electrios ou não) 18%
Indústrias Alimentares e das bebidas
24%
Indústria de Impressão 3% 3%
Fabricação de mobiliário e colchões Indústria da Madeira
5% 16%
7%
Indústria do Vestuário Indústria do papel
12%
Outros
12%
Gráfico 3 - Caracterização de algumas Indústrias por CAE no Concelho de Loures.
Através do gráfico anterior onde foram agrupados
todos os registos de instalações no concelho de
A Indústria de Fabricação de Máquinas e Equipamentos (16%);
Loures por classificação de atividade económica
A Indústria Alimentar e de Bebidas (12%);
(CAE), constata-se que as indústrias com maior
A Indústria de Fabricação de Mobiliário e
representatividade, em número, cerca de 80% no seu conjunto, são:
A Indústria Metalúrgica (24%);
Colchões (12%);
A Indústria de Impressão (7%);
A Indústria da Madeira (5%);
A Indústria do Papel e do Vestuário (ambas com 3%).
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14
Os restantes 20%, incluem as seguintes indústrias
corresponder a esta hierarquia que considerou
onde todas elas têm uma menor representatividade,
apenas o número de indústrias presentes, e não a
aproximadamente de 1% ou 2%:
sua dimensão.
A indústria Audiovisual;
A Indústria de Produtos Químicos, Fibras
2.3.
Sintéticas ou Artificiais;
Caracterização
das
fontes
de
emissão
A Fabricação de Artigos de Borracha e de Matérias Plásticas;
Com base nos dados fornecidos pela Direção Geral
A Indústria do Vidro;
de Energia e Geologia (DGEG), e apresentados na
A Industria Petrolífera;
Tabela 2 – Totais de Consumos Energéticos do
A Indústria Mineral.
Sector
Industrial
(tep).Tabela
2
foi
possível
caracterizar as várias fontes energéticas/emissoras associadas ao sector industrial, em termos de Tendo em conta as diferenças entre os processos industriais de cada sector e, consequentemente, das suas necessidades energéticas, a desagregação das emissões do sector industrial de Loures poderão não
consumo. É notório, na tabela e gráficos seguinte, que o principal consumo, em energia primária (tep), está associado à energia elétrica.
Tabela 2 – Totais de Consumos Energéticos do Sector Industrial (tep). Ano Origem 2009
2010
Energia Elétrica
43.110
53.307
Gás Natural
19.142
24.678
Thick fuel oil 1%
9.354
2.359
Gasóleo
5.466
4.031
Propano
1.384
1.070
Gasolina
549
234
Solventes
54
62
Lubrificantes
50
31
Gás Auto
12
5
Parafinas
13
0
Total
79.134
85.777
fonte: DGEG.
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15
A desagregação de consumos no sector industrial
energética, serão consideradas, para efeitos de
permite verificar que o maior consumo corresponde
inventário, as emissões associadas ao consumo
às necessidades de energia elétrica, cuja produção
desta fonte para os diferentes sectores de atividade
resulta em emissões nas centrais térmicas, mas,
industrial.
tendo em conta a forte preponderância desta fonte
Consumo por fonte energética - 2009/2010
Propano 2% Gasóleo 6%
Think fuel oil 7%
Gasolina, Lubrificantes, Gás Auto, Parafinas e Solventes 1%
Gás Natural 26%
Energia Elétrica 58%
Gráfico 4 – Desagregação dos consumos no sector industrial por fonte energética para 2009/2010.
Assim, o consumo reparte-se, maioritariamente,
Também é possível verificar que, entre 2009 e 2010
pela energia elétrica (59%) como já tinha referido
há um aumento do consumo de energia elétrica e
anteriormente,
de
Gás
Natural
com
27%
dos
gás
natural.
Em
contrapartida,
há
uma
consumos, Thick fuel oil com 7%, 6% de gasóleo,
diminuição do consumo relativo às outras fontes de
1% corresponde a consumo de gás propano e os
energia (combustíveis). O balanço energético entre
restantes 1% estão associados à utilização de
os dois anos resulta num acréscimo de 6.643tep, ou
Gasolina,
seja, um aumento de aproximadamente 8% no
Solventes.
Lubrificantes,
Gás
Auto,
Parafinas
e
consumo
face
a 2009.
Estas
variações
acima
referidas estão ilustradas nos gráficos seguintes.
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16
Milhares
Consumo de energia eléctrica e gás natural (tep) 60
50
Consumo (tep)
40
30
2009 2010
20
10
0 Energia Elétrica
Gás Natural Origem
Gráfico 5- Variação do Consumo de Energia Elétrica e Gás Natural.
Consumo (tep)
Milhares
Consumo de derivados de petróleos (tep) 10 9 8 7 6 5 4 2009
3
2010
2 1 0
Origem
Gráfico 6 - Variação do Consumo de Combustíveis.
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17
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18
3. Metodologia O inventário foi compilado tendo como fio condutor as metodologias do guia EMEP/CORINAIR e as linhas de orientação do Intergovernemental Panel on Climate Change (IPCC). Os métodos de cálculo e fatores de emissão utilizados, bem como a escolha
difícil aplicabilidade a nível municipal, tendo em conta que não estão disponíveis estatísticas sobre a produção industrial a esta escala. No entanto, sempre que possível foram estimadas as emissões com base na intensidade produtiva.
entre a abordagem Tier 1 ou Tier 2, foram ditados
A categoria-chave é considerada aquela que, dentro
caso a caso pela existência de informação de base
de um sistema de um inventário nacional, é
adequada a nível nacional e municipal em cada uma
significativamente importante no que diz respeito à
das atividades consideradas.
percentagem de emissão de um poluente. Será mais
A desagregação das emissões calculadas foi feita com base na Classificação de Atividade Económica das indústrias instaladas no concelho de Loures. Optou-se por este método por não existir, a nível municipal, informação de base para a desagregação de
acordo
com
os
códigos
Nomenclature
For
Reporting (NFR) ou Selected Nomenclature for
fácil identificar categorias-chave se a análise for elaborada utilizando os níveis de desagregação de categorias. Esta desagregação pode ser insuficiente em
algumas
combustão
categorias,
dos
como
combustíveis
no
caso
fósseis,
da
sendo
posteriormente desagregada em subcategorias para melhor análise e cálculo.
sources of Air Pollution (SNAP97) que servem de
A
base
diferentes elaboradas pelo IPCC para identificar os
ao
inventário
nacional
de
emissões
metodologia
atmosféricas e que são as categorias tipo da
principais
metodologia seguida.
abordagem
Na elaboração de um inventário de emissões é possível utilizar diferentes níveis de complexidade para a estimativa das mesmas. Existem assim três níveis de complexidade: Tier 1, Tier 2 e Tier 3. Neste inventário apenas iremos abordar os métodos de Tier 1 e Tier2.
usada
poluentes 1,
as
segue
das
duas
abordagens
categorias-chaves.
categorias
são
Na
selecionadas
usando um limiar da soma das suas emissões. Assim as principais categorias são aquelas que na sua soma, por ordem decrescente de magnitude, perfazem um total de 80% do valor total de emissões. Na abordagem efectuada utiliza-se uma fórmula que
O nível Tier 1 consiste num método simples que utiliza os dados estatísticos disponíveis sobre os consumos energéticos nas diversas categorias NFR e fatores de emissão padrão. Este método tem um maior grau de incerteza, mas é o mais expedito
permite calcular a avaliação dos níveis das diversas categorias. Assim, dividindo o valor de emissões estimado para uma determinada categoria, num determinado ano, pela soma das emissões de todas as
restantes
categorias
industriais,
obtemos
a
avaliação do nível para a mesma categoria. Esta
devido à falta de dados a nível regional.
abordagem pode ser representada em forma de
O Tier 2 é um método semelhante ao Tier 1, mas
tabela onde: na primeira coluna é identificado o
um pouco mais complexo pois utiliza fatores de
código da categoria; na segunda coluna é descrita a
emissão específicos de um certo país ou região, com
categoria incluindo
base em conhecimentos de tipos de processos
terceira coluna o tipo de poluente; na quarta coluna
particulares
de
o valor da estimativa das emissões para a categoria
incerteza, pois é mais preciso, e é adequado para
descrita, num determinado ano; na quarta coluna o
estimar emissões de categorias chave.
nível de avaliação resultante do cálculo da equação
Em ambos os métodos a estimativa de emissões
acima referida; e na quinta e ultima coluna, o total
pode ser feita a partir de dados de consumo
acumulado dos níveis de avaliação das diversas
energético ou de níveis de produção. Contudo, a
categorias descritas. As categorias descritas devem
estimativa com base na intensidade produtiva é de
estar dispostas na tabela por ordem decrescente de
.
Este
método
reduz
o
nível
o
tipo de
combustível; na
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19
magnitude. Quando na quinta coluna, a soma total acumular 80% das emissões, todas as categorias aí incluídas são consideradas como categorias-chaves. O valor 80% para o limiar da abordagem baseia-se na Rypdal & Flugsrud (2001) e também é referido nas diretrizes do IPCC. Foi utilizado o mesmo método para identificar as categorias chave dentro do sector industrial do concelho
de
contributos
Loures. para
consideraram
o
como
Para as total
categorias
de
categorias
cujos
emissões chave
se
foram
estimadas, sempre que possível, as emissões de forma mais precisa tendo em conta os processos industriais
de
produção
propriamente
ditos,
a
queima de combustíveis em fontes estacionárias e as emissões associadas ao consumo de energia elétrica.
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20
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21
4. Emissões
das
várias
Atividades
industriais associadas ao consumo energético no Concelho de Loures São vários os recursos energéticos utilizados pelo
4.1.1. Petróleo
sector industrial do concelho de Loures. Nas secções
O petróleo é constituído por uma mistura de crude,
seguintes são analisadas as fontes energéticas
gás natural em solução, compostos pesados e leves
utilizadas de acordo com o consumo total verificado
e compostos betuminosos. Este percorre inúmeros
nos anos do inventário (2009-2010) e respetivas
processos até serem produzidos os produtos que
emissões.
vulgarmente são conhecidos.
4.1.
Produtos do Petróleo
No
presente
inventário
Em 2009, a nível mundial, consumiram-se 3462 procedeu-se,
à
Mtep
de
petróleo,
onde
os
transportes
foram
caracterização individual do consumo e emissões
responsáveis por 67,1% e as indústrias 20%,
das diferentes fontes de energia para uma análise
emitindo 36,7% de 28.999 milhões de toneladas de
mais simples e direta.
CO2 (fonte: IEA, 2001). Em todo o território de Portugal o consumo de petróleo foi de 1.710t e 1.585t, em 2009 e 2010, respetivamente.
A Tabela 3 evidencia o consumo dos diferentes sectores industriais do concelho de Loures que recorrem
a
esta
fonte
energética
e
que
representam, no seu conjunto, menos de 1% do consumo nacional de petróleo.
Tabela 3 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 de petróleo por CAE1 Petróleo 2009
2010
Atividade ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
2.68
31.45
2.70
8.30
2.43
28.55
2.45
7.53
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos
0.10
1.16
0.10
0.31
0.00
0.00
0.00
0.00
25-Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos
0.00
0.00
0.00
0.00
0.08
0.96
0.08
0.25
2.78
32.61
2.80
8.61
2.51
29.52
2.54
7.79
TOTAL
1
Apenas estão indicadas as CAE que apresentam consumo desta fonte e consequentemente emitem CO 2 para o combustível em questão. Aplicou-se o mesmo princípio para as restantes tabelas deste subcapítulo.
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22
No
total
dos
dois
anos
considerados
neste
inventário, as emissões relativas ao consumo de petróleo devem-se maioritariamente à fabricação de pasta de papel e de cartão (CAE 17) constituindo cerca de 97%. Os restantes 3% estão relacionados com a CAE 23 – Fabricação de outros produtos minerais não metálicos e CAE 25 – Fabricação de produtos
metálicos,
exceto
máquinas
e
equipamentos.
Petróleo - Emissões tCO2e 2% 1%
4.1.2. Propano CAE 17
O propano é, maioritariamente um derivado de
CAE 23
petróleo, formado durante a preparação do óleo ou
CAE 25
gás
natural.
Este
combustível
é
utilizado
em
processos de queima industrial e é, normalmente 97%
neste contexto, fornecido a granel. Em Loures o
Gráfico 7- Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 equivalente, em percentagem, associadas ao consumo de petróleo por CAE nos anos 2009 e 2010.
consumo anual de propano é de aproximadamente 1% do total nacional (19.000t).
Tabela 4 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 por consumo de propano por CAE.
Propano 2009
2010
Atividade ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
10-Indústrias alimentares
954
12,361
1,078
2,803
584
7,568
660
1,716
11-Indústria das bebidas
34
438
38
99
49
635
55
144
14-Indústria do vestuário
7
88
8
20
7
91
8
21
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
72
930
81
211
92
1,192
104
270
18-Impressão e reprodução de suportes gravados
17
225
20
51
102
1,322
115
300
22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas
24
310
27
70
0
0
0
0
25-Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos
72
929
81
211
79
1,024
89
232
27-Fabricação de equipamento elétrico
15
194
17
44
10
130
11
29
31-Fabrico de mobiliário e de colchões
25
330
29
75
17
220
19
50
1,225
15,877
1,384
3,601
947
12,272
1,070
2,783
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
23
O propano é utilizado em várias atividades no
às restantes atividades, representam 27% no seu
concelho de Loures, sendo a Indústria Alimentar a
total mas individualmente o máximo alcançado é
que tem maior peso nas emissões de tCO2e,
8% (CAE 17).
correspondendo a 73% das emissões totais. Quanto
Propano - Emissões em tCO2 7%
2%
6% 8%
CAE 10
4%
CAE 11 CAE 17 CAE 18 CAE 25 CAE 31
73%
Gráfico 8 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões em CO2 equivalente, em percentagem, para o propano por CAE nos anos 2009 e 2010.
4.1.3. Gasolina A gasolina resulta de uma mistura líquida de
No sector industrial de Loures o consumo de
hidrocarbonetos que se obtém na destilação do
gasolina representa, aproximadamente, 32% do
petróleo bruto e é usada em motores de explosão.
total
de
consumo
nacional
deste
combustível
associado ao sector industrial, de acordo com o balanço energético nacional.
Tabela 5 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 para a gasolina por CAE.
Gasolina
2009
2010
Atividade
10-Indústrias alimentares 29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis TOTAL
ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
4
49
4
12
13
161
14
40
507
6,263
545
1,559
204
2,522
219
628
511
6,312
549
1,572
217
2,682
233
668
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
24
A gasolina apenas é utilizada em duas atividades industriais no concelho de Loures. Estas são a Industria Alimentar (2%) e a Fabricação de veículos automóveis,
reboques,
semirreboques
e
componentes para veículos (98%).
Gasolina - Emissões em tCO2e
4.1.4. Gasóleo
2%
CAE 10
O
CAE 29
líquidos derivado do petróleo, ligeiramente viscoso.
gasóleo é
uma mistura de
hidrocarbonetos
É utilizado como carburante e como combustível e é destinada à alimentação dos motores de ignição por 98%
compressão. O consumo de gasóleo verificado nas indústrias do concelho de Loures foi de 4.669t por
Gráfico 9 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2, em percentagem, para a gasolina por CAE nos anos 2009 e 2010
ano
(valor
médio), o
que
representa
4% do
consumo nacional do sector industrial.
Tabela 6 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 para o gasóleo por CAE.
Gasóleo
2009
2010
Atividade ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
154
1,827
159
487
0
0
0
0
1,872
22,256
1,936
5,929
1,988
23,635
2,056
6,296
17
199
17
53
32
380
33
101
23 – Fabrico de outros produtos minerais não metálicos
784
9,321
811
2,483
971
11,544
1,004
3,075
29 – Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis
2,614
31,078
2,703
8,279
894
10,629
924
2,831
5,440
64,680
5,625
17,231
3,898
46,343
4,031
12,346
08 – Outras indústrias extrativas 10 – Indústria Alimentar 17 – Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
TOTAL
As emissões relativas à utilização de gasóleo estão
CAE 29. As restantes emissões são contributo do
divididas
fabrico de outros produtos minerais não metálicos
em
cinco
CAE
diferentes.
A
maior
percentagem corresponde à CAE 10 (42%), de
(CAE 23) e apenas 1% corresponde ao CAE 17.
seguida com o contributo de 38% encontra-se o
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25
Gasóleo - Emissões em tCO2e 1%
38%
42%
CAE 10 CAE 23 CAE 29 CAE 17
19% Gráfico 10 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2, em percentagem, para o gasóleo, por CAE nos anos 2009 e 2010.
4.1.5. Lubrificantes Os lubrificantes resultam de uma mistura de um ou
liquido ou solido. São normalmente utilizados nos
mais óleos-base, que se encontram em estado
automóveis e na indústria. O consumo verificado no sector industrial de Loures corresponde 0,26% do consumo nacional de lubrificantes neste sector.
Tabela 7- Caracterização dos consumos e respetivas emissões em tCO2 para lubrificantes por CAE. Lubrificantes
Atividade
2009
2010
ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
2
26
2
7
3
34
3
9
10-Indústrias alimentares
10
113
10
30
13
145
12
38
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
10
114
10
30
12
134
12
35
20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos
3
30
3
8
3
34
3
9
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos
3
33
3
9
2
22
2
6
25-Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos
0
3
0
1
0
3
0
1
28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e.
2
20
2
5
1
11
1
3
10
117
10
31
0
0
0
0
41
456
39
155
34
382
33
130
08-Outras indústrias extrativas
29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis TOTAL
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26
Destaca-se novamente a Industria alimentar e a
emissões. As restantes emissões estão relacionadas
fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus
com vários CAE diferentes, tal como está ilustrado
artigos que no seu total representam 61% das
no gráfico seguinte.
Lubrificantes - Emissões em tCO2 7%
14%
CAE 8
4% 7%
CAE 10
31%
CAE 17 CAE 20
7%
CAE 23 CAE 28 CAE 29 30%
Gráfico 11- Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2, em percentagem, de lubrificantes, por CAE emissora nos anos 2009 e 2010.
A indústria alimentar (CAE10) é responsável por
minerais
31% das emissões associadas ao consumo de
consumo em cada um dos casos, e a fabricação de
não
metálicos
(CAE23)
com
7%
do
lubrificantes, seguida da indústria do papel (CAE17)
máquinas e de equipamentos (CAE28) com 4%.
com 30% e da fabricação de veículos automóveis (CAE29) com 14%. 4.1.6. Thick fuel oil 1%
Os restantes 25% repartem-se por ordem de importância pelas atividades de: outras indústrias
Thick Fuel oil é utilizado comumente em fornos e
extrativas (CAE8); fabricação de produtos químicos
caldeiras para produção de vapor ou água quente.
e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos
Os valores de consumo apurados correspondem a
farmacêuticos (CAE20), fabrico de outros produtos
5% do
consumo
deste
combustível
no
sector
industrial a nível nacional.
Tabela 8 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 para Thick por CAE. Thick fuel oil 1% Atividade
2009
2010
ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
10-Indústrias alimentares
8,571
95,712
8,434
26,635
2,435
27,191
2,396
7,567
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos
1,082
12,083
1,065
3,362
0
0
0
0
9,653
107,795
9,499
29,997
2,435
27,191
2,396
7,567
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
27
O Thick Fuel Oil, apresentava no ano 2009 um elevado consumo que decresceu consideravelmente no
ano
seguinte.
Este
facto
dever-se-á
à
reconversão de queimadores para a utilização de outro tipo de gás, muito provavelmente, gás natural que no mesmo período apresentou uma significativa subida no consumo apurado para este sector.
4.1.7. Gás auto, parafinas e solventes Nesta
de
atividades
industriais,
a
saber:
analisam-se
os
restantes
fabricação de produtos químicos e de fibras ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos (CAE 20). São definidos como:
No concelho de Loures, apenas é utilizado em dois sectores
subsecção
combustíveis fósseis que são somente utilizados na
Parafina é uma substância cerácea extraída dos xistos betuminosos. É um resíduo da
a
destilação do petróleo e pode ser usado
indústria alimentar (CAE10) com 91% do consumo e
como combustível;
o fabrico de outros produtos minerais não metálicos
(CAE23) com os restantes 9% do consumo.
Os solventes são componentes de uma dissolução, tintas,
utilizados
extração
de
em
indústrias
óleos,
de
gorduras
e
adesivos;
Thick fuel oil 1% - Emissões em tCO2e
GPL é o acrónimo para gás liquefeito de petróleo. A sua composição é, em grande
9%
parte, de Propano e Butano. Este gás serve como combustível em diversas atividades de combustão, como por exemplo em
CAE 10
automóveis e sector industrial.
CAE 23
O
91%
consumo
destes
indústrias
de
derivados Loures
de
petróleo
nas
correspondem
a
aproximadamente 2% do consumo nacional do
Gráfico 12 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2, em percentagem, para Thick fuel oil 1%, por CAE nos anos 2009 e 2010.
sector industrial.
Tabela 9 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2 para outros derivados de petróleo. Outros Combustíveis exclusivos do CAE 20
Atividade
2009
2010
ton
MWh
tep
tCO2e
ton
MWh
tep
tCO2e
256
643
54
219
294
739
62
252
GPL
11
136
12
31
5
65
6
15
Parafinas
14
153
13
40
0
0
0
0
281
932
79
290
299
804
68
267
Solventes
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
28
4.2.
Gás Natural
O gás natural, sendo constituído por metano (CH4),
Esta é a segunda fonte energética mais utilizada no
fora as suas impurezas, é o combustível fóssil mais
concelho de Loures. O seu consumo foi de 222.063
simples. Este pode ser encontrado em reservas
MWh no ano 2009 e 287.301 MWh para o ano 2010,
compostas
não
representando cerca de 33% das emissões totais
associado) ou por petróleo e gás natural (Gás
por
apenas
gás
nos anos considerados para o inventário do sector
associado).
combustíveis
industrial do município. Sendo a sua utilização
fosseis, o gás natural é o menos poluente. As
repartida por diversos CAE, é à Industria alimentar
centrais de produção de energia elétrica a gás
que corresponde a maior fatia (86%).
Comparando
natural
com
os
(Gás
natural são muito mais eficientes e de rápida construção,
levando
à
redução
do
O
impacto
consumo
verificado
em
2009
e
2010
correspondeu a, aproximadamente, 2% do consumo
ambiental, em relação às outras fontes de energia
de gás natural do sector industrial português.
primária.
Tabela 10 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões em tCO2e para Gás Natural por CAE.
Gás Natural
2009
2010
Atividade Nm3
MWh
tep
tCO2e
Nm3
MWh
tep
tCO2e
16.350,206
172,141
14,799
39,723
25.035,100
263,578
22,660
60,823
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
408,590
4,302
370
993
551,832
5,810
499
1,341
20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos
2,161,065
22,752
1,956
5,250
1.152,937
12,139
1,044
2,801
0
0
0
0
492,838
5,189
446
1,197
2.176,533
22,915
1,970
5,288
0
0
0
0
21.099,448
222,142
19,097
51,262
27.297,981
287,403
24,708
66,321
10-Indústrias alimentares
21 - Fabricação de produtos farmacêuticos 23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
29
Gás Natural - Emissões em tCO2e 4%
7%
1%
2% CAE 10 CAE 17 CAE 20 CAE 23 CAE 21
86% Gráfico 13 - Caracterização dos consumos e respetivas emissões de CO2, em percentagem, de gás natural, por CAE emissora nos anos 2009 e 2010
As emissões associadas ao gás natural consumido na
indústria
do
concelho
repartem-se
por
5
atividades industriais, a saber: indústria alimentar (CAE10) com 86% das emissões; fabricação de produtos
químicos
e
de
fibras
sintéticas
ou
artificiais, exceto produtos farmacêuticos (CAE20) com 7%; fabrico de outros produtos minerais não metálicos
(CAE23)
com
4%
das
emissões;
fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos (CAE17) com 2% e fabricação de produtos farmacêuticos (CAE21) com 1% das emissões totais
gás
natural
processos de aquecimento
A
é
essencialmente
utilizado
queima para geração ou
outros
processos
de de
industrial inerentes aos processos de fabrico.
em
vapor, queima
Energia Elétrica
energia
elétrica
é
uma
fonte
de
energia
secundária, que depende de uma fonte primária, como o carvão, petróleo e outros. Consiste em alimentar um gerador, com uma fonte primária, que posteriormente gera energia elétrica. Este tipo de fonte de energia é utilizada para alimentar todos os equipamentos elétrico existentes e é a principal fonte energética nacional e, consequentemente, do sector industrial. Para
verificadas. O
4.3.
a
energia
elétrica
não
foram
apenas
consideradas as emissões de CO2e, mas também de NOx
(Óxidos
de
Nitrogénio),
SOx
(Óxidos
de
Enxofre), PTS (Partículas Totais Suspensas) e CO (Monóxido de Carbono) associadas à tecnologia nacional para produção de energia elétrica. A tabela seguinte indica as emissões associadas ao consumo de energia elétrica obtidas para o sector industrial do concelho de Loures.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
30
Tabela 11 - Caracterização das emissões de gases poluentes associados ao consumo de energia elétrica por CAE.
Emissões de Poluentes de Consumos de Energia Elétrica tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
Atividade 2009
2010
2009
2010
2009
2010
2009
2010
2009
2010
05 - Extração de hulha e lenhite
2,984
3
0
0
0,005
0,006
0,001
0,001
0,001
0,001
06 - Extração de petróleo bruto e gás natural
0,550
0
0
0
0,001
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
07 - Extração e preparação de minérios metálicos
7,874
54
0
0
0,013
0,094
0,003
0,022
0,002
0,016
238,194
76
1
0
0,406
0,132
0,096
0,031
0,069
0,022
33,966
40
0
0
0,058
0,069
0,014
0,016
0,010
0,012
10 - Indústrias alimentares
28.770,728
28.467
72
73
49,092
49,362
11,537
11,601
8,294
8,340
11 - Indústria das bebidas
86,609
46
0
0
0,148
0,079
0,035
0,019
0,025
0,013
0,029
0
0
0
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
13 - Fabricação de têxteis
848,470
807
2
2
1,448
1,400
0,340
0,329
0,245
0,236
14 - Indústria do vestuário
996,088
718
3
2
1,700
1,246
0,399
0,293
0,287
0,210
49,692
41
0
0
0,085
0,071
0,020
0,017
0,014
0,012
170,599
148
0
0
0,291
0,256
0,068
0,060
0,049
0,043
17 - Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
5.404,560
8.583
14
22
9,222
14,883
2,167
3,498
1,558
2,514
18 - Impressão e reprodução de suportes gravados
3.561,194
2.005
9
5
6,076
3,476
1,428
0,817
1,027
0,587
20 - Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos
2.891,928
2.765
7
7
4,935
4,795
1,160
1,127
0,834
0,810
21 - Fabricação de produtos farmacêuticos
6.459,128
6.065
16
15
11,021
10,517
2,590
2,472
1,862
1,777
08 - Outras indústrias extrativas 09 - Atividades relacionadas com as ind. extrativas
12 - Indústria do tabaco
15 - Indústria do couro 16 - Indústrias da madeira e cortiça
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
31
Emissões de Poluentes de Consumos de Energia Elétrica (continuação) tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
Atividade 2009
2010
2009
2010
2009
2010
2009
2010
2009
2010
907,721
774
2
2
1,549
1,343
0,364
0,316
0,262
0,227
6.704,043
21.798
17
56
11,439
37,799
2,688
8,883
1,933
6,386
24 - Indústrias metalúrgicas de base
693,510
668
2
2
1,183
1,159
0,278
0,272
0,200
0,196
25 - Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos
835,731
1.038
2
3
1,426
1,799
0,335
0,423
0,241
0,304
26 - Fabricação de equipamentos informáticos
202,754
166
1
0
0,346
0,288
0,081
0,068
0,058
0,049
27 - Fabricação de equipamento elétrico
389,252
365
1
1
0,664
0,632
0,156
0,149
0,112
0,107
2.239,164
1.878
6
5
3,821
3,256
0,898
0,765
0,646
0,550
455,687
491
1
1
0,778
0,851
0,183
0,200
0,131
0,144
43,815
34
0
0
0,075
0,060
0,018
0,014
0,013
0,010
31 - Fabrico de mobiliário e de colchões
13.481,810
14.634
34
37
23,004
25,376
5,406
5,964
3,887
4,287
32 - Outras indústrias transformadoras
0,000
0
0
0
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
75.476
91.664
190
234
129
159
30,267
37,356
21,758
26,854
22 - Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 23 - Fabrico de outros produtos minerais não metálicos
28 - Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 29 - Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis 30 - Fabricação de outro equipamento de transporte
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
32
A utilização de Energia Elétrica está presente em
mobiliário e colchões (CAE 31), ambos com 17%
todas as atividades, com exceção da atividade de
das emissões.
fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados
A fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus
e de aglomerados de combustíveis (CAE 19). Como
artigos
esperado, à semelhança da análise relativa a outras
(CAE17)
farmacêuticos
fontes de emissão a indústria alimentar (CAE 10) é
e
a
fabricação
(CAE21)
de
produtos
representam,
individualmente, 8% das emissões. As restantes
a maior emissora de CO2 equivalente, com cerca de
emissões
34% seguindo-se o fabrico de outros produtos
(10%)
repartem-se
pelas
restantes
atividades indústrias indicadas na tabela anterior.
minerais não metálicos (CAE 23) e do fabrico de
Energia Eléctrica - Emissões em tCO2e
7% CAE 10
17%
34%
CAE 17 CAE 18
3%
CAE 20 CAE 21 CAE 23 CAE 28
17%
8% 8%
3%
3%
CAE 31 Outros CAE
Gráfico 13 - Caracterização das emissões de gases poluentes, em percentagem, na energia elétrica, por CAE nos anos 2009 e 2010.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
33
4.4.
Emissões Totais do Sector Industrial
A compilação da estimativa de emissões para as diferentes fontes de emissão é evidenciada na
tabela seguinte que representa todas as emissões identificadas e estimadas para o sector industrial do concelho de Loures.
Tabela 12 - Caracterização das emissões de CO2e associados ao sector industrial do concelho de Loures por CAE. 2009
2010
tCO2e
tCO2e
05 – Extração de hulha e lenhite
2.984
3.446
06 – Extração de petróleo bruto e gás natural
0.550
0.000
7.874
54.129
731.801
85.096
Atividades
07 – Extração e preparação de minérios metálicos 08 – Outras indústrias extrativas 09 – Atividades relac. com as ind. extrativas
33.966
120.227
10 – Indústrias alimentares
103.903.141
104.947.544
11 – Indústria das bebidas
185.843
189.676
2.029
0.989
12 – Indústria do tabaco 13 – Fabricação de têxteis 14 – Indústria do vestuário 15 – Indústria do couro 16 – Indústrias da madeira e cortiça
848.470
807.103
1.016.144
738.975
49.692
41.325
170.599
147.852
17 – Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos
6.699.508
10.338.093
18 – Impressão e reprodução de suportes gravados
3.612.214
2.328.346
5.043
11.756
8.446.981
5.850.837
6.459.128
7.303.669
19 – Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis 20 – Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos 21 – Fabricação de produtos farmacêuticos 22 – Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 23 – Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 24 – Indústrias metalúrgicas de base 25 – Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos 26 – Fabricação de equipamentos informáticos 27 – Fabricação de equipamento elétrico
977.983
774.483
17.851.258
24.879.292
693.510
668.276
1.047.868
1.271.516
202.754
217.093
433.324
394.089
2.246.732
1.880.797
29 – Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis 30 – Fabricação de outro equipamento de transporte
10.325.157
3.950.052
43.815
34.462
31 – Fabrico de mobiliário e de colchões
13.558.947
14.684.952
32 – Outras indústrias transformadoras
0.282
0.248
179.557.594
181.724.322
28 – Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e.
TOTAL
Verificou-se um ligeiro aumento nas emissões de CO2 equivalentes entre 2009 e 2010, no valor de
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
34
1%, pouco significativo, permitindo repartir com
transformadoras:
segurança as emissões por CAE tendo em conta a
Fabricação
média verificada nestes dois anos.
metálicos, a Fabricação de mobiliário e de colchões
No Concelho de Loures, destacam-se, no que diz respeito às emissões gasosas, quatro indústrias
de
a
Industria
outros
Alimentar,
produtos
minerais
a não
e a Fabricação de pasta, papel de cartão e seus artigos.
Desagregação das emissões totais em tCO2e por CAE
CAE 18 1%
CAE 28 1%
CAE 21 CAE 29 4% 4%
CAE 20 4%
Outros 3%
CAE 10 CAE 23 CAE 31 CAE 17
CAE 17 5%
CAE 20 CAE 29 CAE 21
CAE 31 8%
CAE 18 CAE 28 CAE 25 Outros
CAE 23 12% CAE 10 58%
Gráfico 14 – Caracterização das emissões de gases poluentes, em percentagem, na energia elétrica, por CAE nos anos 2009 e 2010.
A
Indústria
Alimentar
(CAE
10)
engloba
o
conjunto de atividades industriais que transforma todos os produtos da agricultura, da produção animal e pesca em produtos para consumo humano ou
animal
ou
em
produtos
diretamente
consumidos
introduzidos
noutras
e
intermédios
destinados
atividades
da
não
a
ser
indústria
transformadora. Esta indústria engloba diferentes tipos de produtos como carne, peixe, produtos hortícolas, óleos, gorduras, leite, produtos lácteos, farinhas, massas, pão, bolos e outros produtos para consumo
humano
e
animal,
não
incluindo
a
Relativamente à Fabricação de pasta, papel, de e
seus
artigos
(CAE
17)
consiste
essencialmente no fabrico de papel, cartão e seus derivados
a
partir
de
pasta
de
papel,
recuperação de papel. No que diz respeito à Industria de fabricação de outros produtos minerais não metálicos (CAE 23) baseia-se na fabricação de vidros e de artigos de vidro, de produtos cerâmicos, de azulejo, tijolos, telhas, cimentos, cal, gesso, produtos de betão, serragem e outros trabalhos da pedra, produtos abrasivos
onde
e
metálicos.
de
outros
Estas
produtos
minerais
atividades
não
interagem
frequentemente com as atividades extrativas. Por
preparação de refeições para consumo no local.
cartão
conjuntamente pode ser efetuado o seu fabrico, e a
último,
a
Indústria
de
Fabricação
de
mobiliário e de colchões (CAE 31), entende-se como a fabricação de todo o tipo de móveis (móveis para
usos
domésticos,
escritório,
hotelaria,
restaurantes, hospitais, salas de espetáculo, etc.),
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
35
feitos
cerâmica,
das emissões totais, nos anos de referência, em
cimentos e pedra) e para qualquer fim, bem como a
em qualquer
356.500,9 tCO2e. Até aos 80% totais de emissões, a
fabricação de colchoaria e de mobílias estofadas,
Fabricação de pasta, papel, de cartão e seus
qualquer
artigos, foi a menos representativa com apenas 5%
que
seja
material
o
(exceto
material
usado
na
sua
estrutura.
das emissões.
A indústria alimentar (CAE 10) foi sem dúvida a categoria mais emissora, correspondendo a 58% Tabela 13- Apresentação das categorias chave.
Total de emissões e respetiva percentagem das categorias chave 2009
2010
Total
tCO2e
tCO2e
tCO2e
%
103.903
104.948
208.851
58%
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos
17.851
24.879
42.731
12%
31-Fabrico de mobiliário e de colchões
13,559
14,685
28.244
8%
6.700
10.338
17.038
5%
142.013
154.850
296.863
83%
Atividades
10-Indústrias alimentares
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos TOTAL
Como já foi referido anteriormente, a metodologia
Os
para a realização de inventários nacionais assenta
algumas das atividades indústrias do concelho e não
em 3 níveis de precisão. É boa prática utilizar esta
têm, dentro das atividades a que dizem respeito,
metodologia
em
inventários
regionais
para
questionários
recebidos
abrangem
apenas
as
representatividade suficiente para que se possa
categorias chave, ou seja, para as categorias
assumir com grau de confiança adequado que a
responsáveis pela maior percentagem de emissões.
tecnologia indicada pelas indústrias participantes
No caso das categorias chave devem ser estimadas
nos inquéritos seja transversal na atividade em que
as emissões, não só de CO2 equivalente a partir do
se inserem.
consumo das diferentes fontes energéticas como também,
deverão
ser
estimadas
as
emissões
associadas a outros gases com efeito de estufa a partir das tecnologias de queima de combustíveis e de produção. Quer as matérias-primas utilizadas em cada atividade quer os produtos resultantes poderão ter
emissões
de
gases
com
efeito
de
estufa
associadas. Por essa razão, devem ser calculadas também estas emissões recorrendo ao método TIER 2, sempre que possível, que tem uma incerteza inferior associada comparativamente ao método
Por
essa
razão,
não
foi
possível
detalhar
as
emissões atmosféricas pelos diferentes gases com efeito de estufa, para além do dióxido de carbono equivalente. Sugere-se que em trabalhos futuros de inventariação
de
emissões
se
considere
como
prioritárias as atividades industrias identificadas como categorias chave e que se focalize a recolha de informação detalhada sobre as fontes de emissão nas instalações industriais que estejam agrupadas nestes sectores de atividade.
TIER 1.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
36
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
37
5. Análise de dados obtidos por inquéritos
às
Atividades
diversas
Indústrias
de
Loures Para a aplicação da metodologia Tier 2, procurou-se
questionários enviados tinha carácter facultativo e,
informações para todas as atividades da indústria
por essa razão, verificou-se uma fraca adesão, não
do conselho de Loures. Contudo, apenas foram
obstante os esforços realizados junto das índustrias
recebidos 20 inquéritos, sendo que apenas 12
contactadas. Assim, e não desprezando aqueles que
puderam ser dados como válidos num total de 329
contribuíram
indústrias contactadas.
analisaram-se as cerca de 12 respostas válidas
Recorreu-se aos dados fornecidos pela Direção
para
a
realização
do
Inventário,
obtidas.
Geral de Energia e Geologia (DGEG), que permitem
Em primeiro lugar, foi feita uma análise dos dados
uma caracterização das emissões de dióxido de
recebidos com o objetivo de quantificar todas as
carbono
emissões
das
inquéritos
e
equivalente
permitem
a
por
CAE
caracterização
de
mas
que
outros
não gases
indústrias validar
que
os
responderam
dados
indicados
aos nos
associados à queima de combustível em fontes
inquéritos recebidos. De seguida, comparou-se os
estacionárias individualizadas ou dos gases com
resultados obtidos com os dados provenientes da
efeito de estufa associados a processos industriais
DGEG e foram calculadas as frações em emissões
específicos, para enquadrar e validar os inquéritos
de dióxido de carbono equivalentes de cada uma
recebidos. No total dos inquéritos recebidos, 8, não
das
foram
Classificação de Atividade Económica em que se
considerados
válidos
por
apresentarem
indústrias
para
o
total
verificado
na
informação insuficiente ou incoerente, tendo em
inserem.
conta a informação publicada pela DGEG para o
Nos
balanço energético nacional. A resposta aos
resultados através de tabelas, em que se encontram os
próximos consumos
correspondentes
subcapítulos totais, e
estão as
finalmente
ilustrados
suas as
os
emissões
contribuições
anteriormente referenciadas. O procedimento de análise foi idêntico para cada uma das indústrias abaixo referidas.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
38
5.1. A
Indústria Alimentar das
emissões de cada uma das instalações tendo em
emissões de toneladas equivalentes de dióxido de
indústria
conta os consumos energéticos e os níveis de
carbono libertadas para a atmosfera pelas indústrias
produção, sempre que possível. Por questões de
a laborar no concelho de Loures.
confidencialidade
Tendo
em
alimentar
conta
os
compreende
inquéritos
58%
recebidos
de
foi
omissa
a
identificação
instalação industrial participante.
instalações deste sector, fez-se a estimativa das
Tabela 14 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Consumo de Energia Elétrica. Energia Elétrica Instalação MWh
tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
2009
361
135
0.340
0.231
0.054
0.039
2010
352
132
0.332
0.225
0.053
0.038
2009
14,873
5,582
14.015
9.517
2.237
1.608
2010
15,851
5,949
14.936
10.142
2.384
1.714
2009
17,264
6,480
16.269
11.047
2.596
1.866
2010
16,775
6,296
15.807
10.734
2.523
1.813
2009
32,498
12,198
30.624
20.795
4.887
3.513
2010
32,978
12,378
31.076
21.101
4.959
3.565
Indústria I
Indústria II
Indústria IV
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
da
39
Tabela 15 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Queima de combustíveis Combustão - Estimativa pelo consumo Atividade
Indústria I
Indústria II
Indústria IV
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
Gás Natural (Nm3)
23,100
894
Caldeira (100kW)
0.000
0.060
0.004
0.012
0.018
0.018
2010
Gás Natural (Nm3)
22,000
851
Caldeira (100kW)
0.000
0.057
0.004
0.011
0.017
0.017
2009
Gás Natural (Nm3)
6,067,436
234,810
Caldeira (11.2MW)
0.117
15.732
1.174
3.053
4.743
4.743
2010
Gás Natural (Nm3)
6,330,427
244,988
Caldeira (11.2MW)
0.122
16.414
1.225
3.185
4.949
4.949
2009
Gás Natural (Nm3)
394,158
15,254
Secador (1.7MW)
0.008
1.022
0.076
0.198
0.308
0.308
2010
Gás Natural (Nm3)
418,606
16,200
Secador (1.7MW)
0.008
1.085
0.081
0.211
0.327
0.327
2009
Gás Propano (ton)
6
266
Desc.
2010
Gás Propano (ton)
7
317
Desc.
2009
Gás Natural (kWh)
12,433,365
481,171
Caldeira (42.6MW)
0.241
32.238
2.406
6.255
9.720
9.720
2010
Gás Natural (kWh)
17,815,326
689,453
Caldeira (42.6MW)
0.345
46.193
3.447
8.963
13.927
13.927
2009
Gás Propano (ton)
22
1,035
Desc.
2010
Gás Propano (ton)
19
893
Desc.
2009
Thick fuel oil (ton)
6,016
241,862
Caldeira (42.6MW)
0.963
38.698
0.726
3.628
6.796
6.796
2010
Thick fuel oil (ton)
0
0
Caldeira (42.6MW)
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
2009
Gasóleo (ton)
34
1
Desc.
2010
Gasóleo (ton)
35
1
Desc.
2009
-
-
975,294
-
1.329
87.751
4.386
13.146
21.585
21.585
2010
-
-
952,704
-
0.476
63.750
4.757
12.369
19.220
19.220
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
40
Tendo
em
conta
as
tabelas
anteriormente
apresentadas foram estimadas as emissões totais
para esta atividade industrial, para os inquéritos recebidos.
Tabela 16 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência. Emissões Atmosféricas Atividade tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
0.23
0.40
0.00
0.05
0.07
0.02
2010
0.23
0.39
0.00
0.05
0.07
0.02
2009
9.64
30.77
10.77
5.49
7.29
5.05
2010
10.27
32.44
11.45
5.78
7.66
5.28
2009
21.76
43.59
4.24
3.63
19.11
18.38
2010
21.10
4.96
3.57
0.00
16.45
15.74
2009
31.63
74.75
15.01
9.17
26.47
23.45
2010
31.60
37.78
15.02
5.83
24.18
21.03
Indústria I
Indústria II
Indústria IV
TOTAL
A tabela anterior permite verificar que, para esta
preponderância
atividade
maioritariamente, da combustão nas instalações e
e
de
acordo
com
os
questionários
recebidos, o gás com efeito de estufa com maior
é
o
NOx
resultante,
também do consumo de energia elétrica.
Distribuição das emissões no Sector Alimentar
TPS 19%
SOx 23%
CO 6%
COVNM 11%
NOx 41%
Gráfico 13 - Caracterização das emissões, em percentagem, para o sector de atividade, nos anos 2009 e 2010.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
41
Na
a
100% das emissões em tCO2. Tendo em conta a
correspondência estimada, baseada nos inquéritos e
tabela,
abaixo
apresentada,
fez-se
baixa representatividade não foi possível assumir
nos dados da DGEG, em percentagem do total das
com grau de confiança aceitável a transversalidade
emissões. Ou seja, a quantificação das emissões
das
pelos inquéritos (neste caso quatro indústrias),
restantes indústrias desta atividade no concelho,
relativamente à totalidade de todas as indústrias.
pelo que não foram estimadas as emissões por
Pode-se verificar que a totalidade de emissões das
principal gás com efeito de estufa para a totalidade
indústrias acima referidas, representam cerca de
das instalações industriais existentes.
tecnologias
de
queima/produção
para
as
36% no ano de 2009 e 15% no ano de 2010 em
Tabela 17 - Equivalência de tCO2 entre a totalidade dos dados dos inquéritos e dos dados fornecidos pela DGEG em percentagem.
Equivalência de tCO2 em %
Ano de referência
total inquéritos (tCO2)
total DGEG (tCO2)
%
2009
37.859,18
105.820,70
35,78%
2010
15.241,43
99.337,61
15,34%
Esta análise realizou-se pelo mesmo método, para as
Classificações
de
Atividades
Económicas
Portuguesas nos subcapítulos seguintes, variando apenas os fatores de emissão, fontes energéticas e percentagens.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
42
5.2.
Fabricação de Pasta de Papel, de Cartão e seus Artigos
A indústria da fabricação da pasta de papel e cartão
Foram recebidos para este sector de atividade, dois
compreende
inquéritos
12%
das
emissões
de
toneladas
válidos
e
fez-se
a
estimativa
das
equivalentes de dióxido de carbono libertadas para
emissões de cada uma das instalações tendo em
a atmosfera pelas indústrias a laborar no concelho
conta os consumos energéticos e os níveis de
de Loures.
produção, sempre que possível. Por questões de confidencialidade
foi
omissa
a
identificação
instalação industrial participante.
Tabela 18 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Consumo de Energia Elétrica Energia Elétrica Instalação MWh
tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
2009
14,644
5,497
13.800
9.370
2.202
1.583
2010
22,747
8,538
21.435
14.555
3.421
2.459
2009
4,573
1,716
4.309
2.926
0.688
0.494
2010
4,579
1,719
4.315
2.930
0.689
0.495
2009
19,217
7,213
18.109
12.297
2.890
2.077
2010
27,325
10,256
25.749
17.485
4.109
2.954
Indústria V
Indústria VI
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
da
43
Tabela 19 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Queima de combustíveis Combustão - Estimativa pelo consumo Atividade
Indústria V
Indústria VI
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
Gás Natural (Nm3)
4,188,864
162,109
Caldeira (5MW)
0.081
10.861
0.811
2.107
3.275
3.275
2010
Gás Natural (Nm3)
6,214,556
240,503
Caldeira (5MW)
0.120
16.114
1.203
3.127
4.858
4.858
2009
Gasóleo (l)
20.530
0.747
Desc.
2010
Gasóleo (l)
34.402
1.252
Desc.
2009
Gás Natural (Nm3)
1,037,081
40,135
Caldeira (3MW)
0.020
2.689
0.201
0.522
0.811
0.811
2010
Gás Natural (Nm3)
1,080,420
41,812
Caldeira (3MW)
0.021
2.801
0.209
0.544
0.845
0.845
2009
Gás Propano (ton)
94
4,385
Desc.
2010
Gás Propano (ton)
93
4,338
Desc.
2009
Gasóleo (ton)
3.000
0.116
Desc.
2010
Gasóleo (ton)
3.000
0.116
Desc.
2009
-
-
206,630
-
0.101
13.550
1.011
2.629
4.085
4.085
2010
-
-
286,655
-
0.141
18.915
1.412
3.670
5.703
5.703
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
44
Tendo
em
conta
as
tabelas
anteriormente
apresentadas foram estimadas as emissões totais
para esta atividade industrial, para os inquéritos recebidos.
Tabela 20 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência.
Emissões Atmosféricas Atividade tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
9.45
24.66
0.81
3.69
3.27
3.27
2010
14.67
37.55
1.20
5.59
4.86
4.86
2009
2.95
3.38
0.70
0.52
0.81
0.81
2010
2.93
0.69
0.49
0.00
0.00
0.00
2009
12.40
28.04
1.51
4.21
4.09
4.09
2010
17.60
38.24
1.70
5.59
4.86
4.86
NOx
resultante,
Indústria V
Indústria VI
TOTAL
A tabela anterior permite verificar que, para esta
preponderância
atividade
maioritariamente, da combustão nas instalações e
e
de
acordo
com
os
questionários
recebidos, o gás com efeito de estufa com maior
é
o
também do consumo de energia elétrica.
Distribuição das emissões no Sector da Pasta de Papel e Cartão
TPS 7%
PM10 7%
SOx 24%
CO 8% COVNM 2%
NOx 52%
Gráfico 15 – Caracterização das emissões, em percentagem, para o sector de atividade, nos anos 2009 e 2010.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
45
Na
a
100% das emissões em tCO2. Tendo em conta a
correspondência estimada, baseada nos inquéritos e
tabela,
abaixo
apresentada,
fez-se
baixa representatividade não foi possível assumir
nos dados da DGEG, em percentagem do total das
com grau de confiança aceitável a transversalidade
emissões. Ou seja, a quantificação das emissões
das
pelos inquéritos (neste caso quatro indústrias),
restantes indústrias desta atividade no concelho,
relativamente à totalidade de todas as indústrias.
pelo que não foram estimadas as emissões por
Pode-se verificar que a totalidade de emissões das
principal gás com efeito de estufa para a totalidade
indústrias acima referidas, representam cerca de
das instalações industriais existentes.
tecnologias
de
queima/produção
para
as
26% no ano de 2009 e 16% no ano de 2010 em
Tabela 21 - Equivalência de tCO2 entre a totalidade dos dados dos inquéritos e dos dados fornecidos pela DGEG em percentagem.
Equivalência de tCO2 em %
5.3.
Ano de referência
total inquéritos
total DGEG
%
2009
1.717,16
6588,38
26,06%
2010
1.691,95
10186,24
16,61%
Impressão e Reprodução de Suportes gravados
A impressão e reprodução de suportes gravados apresenta uma redução emissões
industriais
no
do contributo para as concelho
de
Loures,
aproximadamente 2% das emissões totais em
toneladas
equivalentes
de
dióxido
de
carbono
libertadas para a atmosfera. Foi recebido para este sector de atividade, um inquérito válido e fez-se a estimativa das emissões da
instalação
tendo
em
conta
os
consumos
energéticos. Por questões de confidencialidade foi omissa
a
identificação
da
instalação
industrial
participante.
Tabela 22 – Emissões industriais para a instalação participante por ano de referência para a fonte emissora: Consumo de Energia Elétrica Energia Elétrica Instalação
Indústria VII
MWh
tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
2009
1,825
685
1.720
1.168
0.274
0.197
2010
1,830
687
1.724
1.171
0.275
0.198
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
46
A tabela anterior permite verificar que, para esta
preponderância é o NOx resultante, exclusivamente
atividade e de acordo com o questionário recebido,
do
o
gás
com
efeito
de
estufa
com
consumo
de
energia
elétrica.
maior
Distribuição das emissões no Sector da Impressão PTS 8%
CO 6%
SOx 35%
NOx 51%
Gráfico 16 – Caracterização das emissões, em percentagem, para o sector de atividade, nos anos 2009 e 2010.
Na
tabela,
abaixo
apresentada,
fez-se
a
100% das emissões em tCO2. Tendo em conta a
correspondência estimada, baseada nos inquéritos e
baixa representatividade não foi possível assumir
nos dados da DGEG, em percentagem do total das
com grau de confiança aceitável a transversalidade
emissões. Ou seja, a quantificação das emissões
das
pelos inquéritos (neste caso quatro indústrias),
restantes indústrias desta atividade no concelho,
relativamente à totalidade de todas as indústrias.
pelo que não foram estimadas as emissões por
Pode-se verificar que a totalidade de emissões das
principal gás com efeito de estufa para a totalidade
indústrias acima referidas, representam cerca de
das instalações industriais existentes.
tecnologias
de
queima/produção
para
as
13% no ano de 2009 e 29% no ano de 2010 em
Tabela 23 - Equivalência de tCO2 entre a totalidade dos dados dos inquéritos e dos dados fornecidos pela DGEG em percentagem. Equivalência de tCO2 em % Ano de referência
total inquéritos
total DGEG
%
2009
684,38
5.456,55
12,54%
2010
675,27
2.331,08
28,97%
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
47
5.4.
Fabricação de Produtos Químicos e de Fibras sintéticas, ou artificias, exceto produtos farmacêuticos
A indústria da fabricação de produtos químicos e de
laborar no concelho de Loures. Tendo em conta os
fibras sintéticas representa 4% das emissões em
inquéritos recebidos de instalações deste sector,
tCO2 libertadas para a atmosfera pelas indústrias a
fez-se a estimativa das emissões de cada uma das instalações
tendo
em
conta
os
consumos
energéticos e os níveis de produção, sempre que possível. Por questões
de confidencialidade foi
omissa
da
a
identificação
instalação
industrial
participante.
Tabela 24 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Consumo de Energia Elétrica Energia Elétrica Instalação
Indústria VIII
Indústria IX
MWh
tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
2009
53
20
0.050
0.034
0.008
0.006
2010
42
16
0.039
0.027
0.006
0.004
2009
1,610
604
1.517
1.030
0.242
0.174
2010
1,555
584
1.465
0.995
0.234
0.168
2009
103
39
0.097
0.066
0.016
0.011
2010
104
39
0.098
0.067
0.016
0.011
2009
1,766
663
1.664
1.130
0.266
0.191
2010
1,700
638
1.602
1.088
0.256
0.184
Indústria X
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
48
Tabela 25 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Queima de combustíveis Combustão - Estimativa pelo consumo e/ou produto final Atividade
Indústria VIII
Indústria IX
Indústria X
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
-
0
0
-
0
0
0
0
0
0
2010
-
0
0
-
0
0
0
0
0
0
2009
Gás Propano (ton)
2
113
Caldeira (232kW)
0.000
0.010
0.000
0.002
0.001
0.000
2010
Gás Propano (ton)
3
128
Caldeira (232kW)
0.000
0.012
0.000
0.002
0.001
0.000
2009
-
0
0
-
0
0
0
0
0
0
2010
-
0
0
-
0
0
0
0
0
0
2009
-
-
113
-
0.000
0.010
0.000
0.002
0.001
0.000
2010
-
-
128
-
0.000
0.012
0.000
0.002
0.001
0.000
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
49
Tendo
em
conta
as
tabelas
anteriormente
resultantes,
maioritariamente,
para esta atividade industrial, para os inquéritos
processamento de solventes. Os solventes são a
recebidos. A tabela posterior permite verificar que,
maior fonte de emissões de COVNM e, tal facto,
para
reflete-se nos sectores de atividade em que as
atividade
e
de
acordo
com
os
obriga
questionários recebidos, o gás com efeito de estufa
matérias-primas
com
maioritariamente solventes.
maior
preponderância
são
os
COVNM
ou
os
ao
processo
produtivo
esta
que
do
apresentadas foram estimadas as emissões totais
manuseamento
produtos
finais
e
são
Tabela 26 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência.
Emissões Atmosféricas Atividade
Indústria VIII
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
0.03
0.01
0.75
0.01
0.01
-
2010
0.03
0.01
0.85
0.00
0.01
-
2009
1.03
0.24
129.51
0.17
0.24
-
2010
0.99
0.23
130.25
0.17
0.23
-
2009
0.07
0.02
32.67
0.01
0.02
-
2010
0.07
0.02
28.78
0.01
0.02
-
2009
1.13
0.27
162.93
0.19
0.27
0.00
2010
1.09
0.26
159.88
0.18
0.26
0.00
Indústria IX
Indústria X
TOTAL
Distribuição das emissões no Sector da Fabricação de Produtos Químicos SOx 1%
COVNM 99%
Gráfico 13 - Caracterização das emissões, em percentagem, para o sector de atividade, nos anos 2009 e 2010.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
50
Na
a
100% das emissões em tCO2. Tendo em conta a
correspondência estimada, baseada nos inquéritos e
tabela,
abaixo
apresentada,
fez-se
baixa representatividade não foi possível assumir
nos dados da DGEG, em percentagem do total das
com grau de confiança aceitável a transversalidade
emissões. Ou seja, a quantificação das emissões
das
pelos inquéritos (neste caso quatro indústrias),
restantes indústrias desta atividade no concelho,
relativamente à totalidade de todas as indústrias.
pelo que não foram estimadas as emissões por
Pode-se verificar que a totalidade de emissões das
principal gás com efeito de estufa para a totalidade
indústrias acima referidas, representam cerca de
das instalações industriais existentes.
tecnologias
de
queima/produção
para
as
9% no ano de 2009 e 13% no ano de 2010 em
Tabela 27 - Equivalência de tCO2 entre a totalidade dos dados dos inquéritos e dos dados fornecidos pela DGEG em percentagem.
Equivalência de tCO2 em %
5.5.
Ano de referência
total inquéritos
total DGEG
%
2009
696.979
7,801.511
8.93
2010
690.75
5,499.00
12.56
Fabricação de Produtos Farmacêuticos de base e de preparação Farmacêutica
A fabricação de produtos farmacêuticos de base e
Tendo em conta os inquéritos recebidos deste
de preparação farmacêutica (CAE21) representa, na
sector, fez-se a estimativa das emissões de cada
indústria do concelho de Loures, 4% das emissões
uma das instalações tendo em conta os consumos
de tCO2 libertadas para a atmosfera pelo parque
energéticos e os níveis de produção, sempre que
industrial.
possível. Por questões
de confidencialidade foi
omissa
da
a
identificação
instalação
industrial
participante.
Tabela 28 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Consumo de Energia Elétrica Energia Elétrica Instalação
Indústria XI
MWh
tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
2009
720
270
0.679
0.461
0.108
0.078
2010
700
263
0.659
0.448
0.105
0.076
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
51
Tabela 29 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Queima de combustíveis Combustão - Estimativa pelo consumo Atividade
Indústria XI
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tSOx
tNOx
2009
Gasóleo (ton)
32
1.238
Caldeira (531kW)
1.734E-04
1.734E-04
2010
Gasóleo (ton)
31
1.200
Caldeira (531kW)
1.680E-04
1.680E-04
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tCOVNM
tCO
2009
Gasóleo (ton)
32
1.238
Caldeira (531kW)
1.238E-05
4.954E-05
2010
Gasóleo (ton)
31
1.200
Caldeira (531kW)
1.200E-05
4.799E-05
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tPTS
tPM10
2009
Gasóleo (ton)
32
1.238
Caldeira (531kW)
3.406E-05
2.663E-05
2010
Gasóleo (ton)
31
1.200
Caldeira (531kW)
3.299E-05
2.579E-05
Atividade
Indústria XI
Atividade
Indústria XI
Tendo
em
anteriormente
questionários recebidos, o gás com efeito de estufa
apresentadas foram estimadas as emissões totais
com maior preponderância é o NOx resultante,
para esta atividade industrial, para os inquéritos
maioritariamente, do consumo de energia elétrica,
recebidos. A tabela posterior permite verificar que,
tendo
para
combustíveis da instalação participante.
esta
conta
atividade
as
tabelas
e
de
acordo
com
os
em
conta
o
reduzido
consumo
Tabela 30 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência.
Emissões Atmosféricas Atividade tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
0.46
0.68
0.00
0.08
0.11
0.00
2010
0.45
0.66
0.00
0.08
0.11
0.00
Indústria XI
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
de
52
Distribuição das emissões no Sector da Fabricação de Produtos Farmacêuticos TPS 8%
CO 6%
SOx 35%
NOx 51%
Gráfico 17 – Caracterização das emissões, em percentagem, para o sector de atividade, nos anos 2009 e 2010.
Na
a
das emissões em tCO2. Tendo em conta a baixa
correspondência estimada, baseada nos inquéritos e
tabela,
abaixo
apresentada,
fez-se
representatividade não foi possível assumir com
nos dados da DGEG, em percentagem do total das
grau de confiança aceitável a transversalidade das
emissões. Ou seja, a quantificação das emissões
tecnologias de queima/produção para as restantes
pelos inquéritos (neste caso quatro indústrias),
indústrias desta atividade no concelho, pelo que não
relativamente à totalidade de todas as indústrias.
foram estimadas as emissões por principal gás com
Pode-se verificar que a totalidade de emissões das
efeito de estufa para a totalidade das instalações
indústrias acima referidas, representam cerca de
industriais existentes.
6% no ano de 2009 e 5% no ano de 2010 em 100%
Tabela 31 - Equivalência de tCO2 entre a totalidade dos dados dos inquéritos e dos dados fornecidos pela DGEG em percentagem.
Equivalência de tCO2 em %
Ano de referência
total inquéritos
total DGEG
%
2009
371,71
6.459,130
5,76%
2010
361,83
7.154,150
4,98%
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
53
5.6.
Fabricação de outros Produtos Minerais não Metálicos
A indústria da fabricação de produtos minerais não
Tendo
metálicos (CAE23) representa 12% das emissões
instalações deste sector, fez-se a estimativa das
em
emissões de cada uma das instalações tendo em
tCO2
libertadas
para
a
atmosfera
pelas
em
conta
os
inquéritos
recebidos
de
conta os consumos energéticos e os níveis de
indústrias no concelho de Loures.
produção, sempre que possível. Por questões de confidencialidade
foi
omissa
a
identificação
instalação industrial participante.
Tabela 32 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Consumo de Energia Elétrica Energia Elétrica Instalação
Indústria XII
Indústria XIII
MWh
tCO2e
tNOx
tSOx
tPTS
tCO
2009
6,631
2,489
6.248
4.243
0.997
0.717
2010
3,719
1,396
3.504
2.380
0.559
0.402
2009
154
58
0.145
0.099
0.023
0.017
2010
149
56
0.140
0.095
0.022
0.016
2009
6,785
2,547
6.394
4.342
1.020
0.733
2010
3,868
1,452
3.644
2.475
0.582
0.418
TOTAL
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
da
54
Tabela 33 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Queima de combustíveis – Produção. Combustão - Estimativa pela produção Atividade
Indústria XII
Produto
Quantidade
Unidade
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
Vidro Plano
6,400
Tonelada
9.600
25.600
0.640
0.640
6.400
6.080
2010
-
0
0
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
Tabela 34 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência para a fonte emissora: Queima de combustíveis – Consumo. Combustão - Estimativa pelo consumo Atividade
Indústria XIII
Combustível
Quantidade
Energia (GJ)
Tecnologia
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
Gasóleo (ton)
254
9.830
-
1.376E-03
9.830E-04
9.830E-05
3.932E-04
2.703E-04
2.113E-04
2010
Gasóleo (ton)
264
10.217
-
1.430E-03
1.022E-03
1.022E-04
4.087E-04
2.810E-04
2.197E-04
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
55
Tendo
anteriormente
questionários recebidos, o gás com efeito de estufa
apresentadas foram estimadas as emissões totais
com maior preponderância é o NOx resultante,
para esta atividade industrial, para os inquéritos
maioritariamente,
recebidos. A tabela posterior permite verificar que,
processo produtivo.
para
em
esta
conta
as
atividade
e
tabelas
de
acordo
com
da
combustão
necessária
os
Tabela 35 – Emissões industriais para as instalações participantes por ano de referência. Emissões Atmosféricas Atividade
Indústria XII
tSOx
tNOx
tCOVNM
tCO
tPTS
tPM10
2009
13.84
31.85
0.64
1.36
7.40
6.08
2010
2.38
3.50
0.00
0.40
0.56
0.00
2009
0.10
0.15
0.00
0.02
0.02
0.00
2010
0.10
0.14
0.00
0.02
0.02
0.00
2009
13.94
31.99
0.64
1.37
7.42
6.08
2010
2.48
3.65
0.00
0.42
0.58
0.00
Indústria XIII
TOTAL
Distribuição das emissões no Sector da Fabricação de Outros Produtos Minerais Não Metálicos
TPS 13% CO COVNM 3% 1%
SOx 26%
NOx 57%
Gráfico 13 - Caracterização das emissões, em percentagem, para o sector de atividade, nos anos 2009 e 2010.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
ao
56
Na
tabela,
abaixo
apresentada,
fez-se
a
com grau de confiança aceitável a transversalidade
correspondência estimada, baseada nos inquéritos e
das
tecnologias
de
queima/produção
para
as
nos dados da DGEG, em percentagem do total das
restantes indústrias desta atividade no concelho,
emissões. Ou seja, a quantificação das emissões
pelo que não foram estimadas as emissões por
pelos inquéritos (neste caso quatro indústrias),
principal gás com efeito de estufa para a totalidade
relativamente à totalidade de todas as indústrias.
das instalações industriais existentes. A diferença
Pode-se verificar que a totalidade de emissões das
significativa no peso destas indústrias nas emissões
indústrias acima referidas, representam cerca de
anuais resulta do encerramento da produção em
31% no ano de 2009 e 6% no ano de 2010 em
uma das unidades (Indústria XII) onde se passaram
100% das emissões em tCO2. Tendo em conta a
a desenvolver atividades de armazenamento com
baixa representatividade não foi possível assumir
recurso a apenas energia elétrica.
Tabela 36 - Equivalência de tCO2 entre a totalidade dos dados dos inquéritos e dos dados fornecidos pela DGEG em percentagem.
Equivalência de tCO2 em %
Ano de Referência
Total inquéritos
Total DGEG
%
2009
5.618,94
18.057,130
31,12%
2010
1.427,12
24.886,620
5,73%
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
57
emissões no Concelho de Loures. Esta constatação era expectável, devido ao facto de existir um maior consumo destas fontes energéticas. No ano de
2009, merece também destaque o Thick fuel oil que tem um peso aproximado de 21%. Dada a reduzida contribuição
6. Conclusões
e
análise
crítica
evolutiva
combustíveis:
para
o
gás
total auto,
das
emissões
gasolina,
dos
petróleo,
lubrificantes e solventes, estes foram incluídos numa só parcela, denominada como “Outros” e que
De um modo geral, o consumo de Energia Elétrica e de Gás Natural são os grandes responsáveis pelas
representa apenas 1% das emissões de CO2e no concelho.
Emissões de fontes energéticas no ano 2009
1% 21%
42%
Energia Electrica Gás Natural Propano Gasóleo
9%
Thin fuel oil 1% Outros
2%
25%
Gráfico 18 – Contribuições de emissões de cada fonte energética no ano 2009, com um total de 180.997tCO 2e
Em relação ao ano 2010, existe um ligeiro aumento
ano anterior, o que reduz o peso das outras fontes
no consumo de energia elétrica e de gás natural e
de energia. Assim, há uma maior proximidade entre
posterior aumento das emissões comparado com o
as emissões relacionadas com o gasóleo e o thick fuel oil que representam 7% e 5% respetivamente.
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
58
Emissões de fonte energética no ano 2010 1%
5% 7% 2%
Energia Electrica Gás Natural Propano 52%
Gasóleo Thin fuel oil 1%
33%
Outros
Gráfico 19 - Contribuições de emissões de cada fonte energética no ano 2010, com um total de 175.503,8tCO2e
Foi efetuada uma compilação de dados recolhidos
resultados alcançados, de forma a criar os seguintes
através da DGEG e para simplificar, ilustraram-se os
gráficos.
Milhares
Consumos e emissões no ano 2009 450,000 400,000 350,000 300,000 250,000 MWh
200,000
tCO2e 150,000 100,000 50,000 0,000 10
17
18
20
21
23
29
31
Classificação de Atividade Económica
Gráfico 20 - Contribuição de emissões e respetivos consumos por CAE, em 2009
No gráfico anterior pode-se observar quais as CAE
gráfico, estão quantificadas as emissões associadas
com maior consumo, onde se destacou a atividade
a essas mesmas atividades económicas.
económica 10, Indústria alimentar. No mesmo
CONSULTORIA EM ENERGIA – GESTÃO DE CARBONO – AUDITORIA ENERGÉTICA – CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA – QUALIDADE DO AR INTERIOR SIMULAÇÃO TERMODINÂMICA – CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL – ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA – TERMOGRAFIA
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Milhares
Consumo e emissões no ano 2010 450,0000 400,0000 350,0000 300,0000 250,0000 MWh
200,0000
tCO2e 150,0000 100,0000 50,0000 0,0000 10
17
20 21 23 Código de Atividade Económica
29
31
Gráfico 21 - Contribuição de emissões e respetivos consumos por CAE, em 2010
Para os dois anos do inventário foram identificadas
três fontes emissoras para o sector industrial, a saber:
Utilização de Solventes com um valor residual de 0,12%..
A repartição das emissões pelas três fontes está Combustão
industrial,
com
51%
das
ilustrada no gráfico seguinte
emissões associadas;
Consumo
de
energia
elétrica
com,
aproximadamente 49% das emissões; .
Desagregação das emissões totais fonte emissora em tCO2
Utilização de Soventes 0,12%
Combustão Industrial 51,27%
Consumo de Energia Eléctrica 48,60%
Gráfico 22 - Contribuições de emissões de cada fonte energética no anos 2009 e 2010, com um total de 175.503,8tCO2e
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Importa
referir
dificuldades
na
que
foram
elaboração
sentidas deste
diversas
inventário,
atividade
Falta de informação a nível regional para a caracterização dos produtos produzidos;
combustíveis
neste
nomeadamente
caracterização/inventariação
dos
equipamentos de queima relevantes e da sua eficiência;
informação
cedida
reguladoras/fiscalizadoras industrial
para
obtenção
a da de
Fraca
adesão
das
indústrias
aos
questionários enviados com o intuito de caracterizar de forma detalhada as suas
sector, uma
a
dados a nível regional;
Falta de informação acerca da utilização de
acesso
entidades
nomeadamente:
Difícil
emissões;
Incoerências/insuficiências detetadas nos inquéritos enviados no que diz respeito a consumos
de
energia,
tecnologias
queima e níveis de produção.
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de
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7. Bibliografia
APA, Agência Portuguesa do Ambiente. (2012). Portuguese Informative Inventory Report 1990-2010. Amadora.
APA, Agência Portuguesa do Ambiente. (2012). Portuguese National Inventory Report on Greenhouse Gases, 1990-2010. Amadora.
CCDR-LVT, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo; Inventar Estudos e Projetos Lda. (2006). Inventário de Emissões Atmosféricas da Região de Lisboa e Vale do Tejo 2000-2001. Lisboa.
Despacho n.º 17313/2008 - Poderes Caloríficos Inferiores e Factores de Emissão para Combustíveis. (s.d.).
Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Consumo de Energia Eléctrica por Sector de Actividade (2009-2010). Obtido em Setembro de 2012, de www.dgeg.pt.
Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Consumo de Gás Natural por Sector de Actividade Económica (2009-2010). Obtido em Setembro de 2012, de www.dgeg.pt.
Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Vendas de Produtos do Petróleo no Mercado Interno por Sector de Actividade Económica e Município em 2009. Obtido em Setembro de 2012, de www.dgeg.pt.
Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG). (Julho de 2012). Vendas de Produtos do Petróleo no Mercado Interno por Sector de Actividade Económica e Município em 2010 (provisório). Obtido em Setembro de 2012, de www.dgeg.pt.
EMEP/EEA. (2009). Air pollutant emission inventory guidebook.
INE, Instituto Nacional de Estaísticas. Classificação portuguesa das actividades económicas, Revisão 3.
Instituto Nacional de Estatísticas (INE). (Estatísticas Demográficas 2000-2010). www.ine.pt. Obtido em Setembro de 2012.
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