Revista Motomagazine 62

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Conteúdo Artigos

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Técnica Dicas importantes sobre a escolha dos pneus para motocicletas

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CAPA BMW no mundo Das scooters

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Walter Hélio Estamos empobrecendo

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GENTE

36

58

LOJA

INTERNACIONAIS

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COMÉRCIO

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Roberto Haddad Super Carga Tributária

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ENTREVISTA

66

TRIBUTAÇÃO

76

EMPRESA REGIONAL

82

TRAJETÓRIA

Seções

12 14 16 26 48

Editorial

Correio

Notas

Rápidas

Lançamentos

74

Mercado Queda em vendas já ultrapassa 13%



Diretoria Osmar Silva José Haroldo G. Santos

Edição 62 - Maio | Junho 2012

Editor Osmar Silva osmar@luanda.com.br

Diretor José Haroldo G. Santos haroldo@luanda.com.br

Redação Hylario Guerrero (MTB 13468) Rosangela Hilário (MTB 46219) Edison Rafael (Estagiário) Murilo Amaral (Estagiário) redacao@luanda.com.br

Design Editorial Bruno R. Mello dos Santos Diego Igor de Oliveira midia@luanda.com.br arte@luanda.com.br

Publicidade: Luanda Brasil Serviços de Publicidade Ana Paula Lima José Rubens Bizarro Ronaldo Paiva Michele Silva vendas@luanda.com.br

Assessoria gráfica Pavagraph Impressão Nywgraf Administração Juici Monteiro Fernanda Oliveira Jhonnatan da Silva André luanda@luanda.com.br R. Joaquim de Almeida Moraes, 273 Jd. Magali - CEP 02844-000 - São Paulo/SP Tel.: +55 (11) 3461-8400 / 3461-8401 Fax + 55 (11) 3923-5374

Editorial Nestes tempos de cachoeiras e ex-presidente tentando adiar julgamento de mensaleiros, o mercado de motos enfrenta significativa baixa em seus números de vendas, segundo a entidade representativa do segmento tomando como referência, entre outros dados, os números de emplacamentos de motos novas no período. O que justificaria este comportamento do consumidor? A Presidente baixou as taxas de juros. Diminuiu os impostos para a compra de vários itens, inclusive dos automóveis. Está ampliando os prazos para pagamentos de imóveis adquiridos através de financiamentos das instituições financeiras oficiais, Caixa Econômica e Banco do Brasil, forçando que os bancos privados os sigam. Parece que estas medidas não estão motivando os consumidores de motos em comprar novos veículos. Ou será que os números oficiais não estão corretos? Pode haver alguma defasagem no tempo das informações, já que o grande mercado para as motos está localizado em cidades do interior do Brasil, principalmente as de menor potência, onde as informações demoram um pouco mais para ser analisadas e informadas. Os empresários da indústria de motopeças têm procurado alternativas para superar este período de novas dificuldades, utilizando outras ferramentas de marketing disponíveis, e, adotando o uso da tecnologia da informática. Vendas diretas pela internet têm se mostrado um meio eficiente para combater inclusive a concorrência dos produtos importados que chegam ao mercado com preços atraentes. Porém, esta alternativa também tem sido severamente criticada pelos lojistas que se sentem prejudicados com esta atividade dos fabricantes, que prescinde da atuação do canal de vendas estabelecido, as lojas de varejo. Reclamam que esta seria uma atitude predatória dos fabricantes. Estes por sua vez, se defendem citando os níveis de compras sensivelmente afetado pela preferência dos comerciantes ao comprar os produtos de preços mais baixos e importados. E, naturalmente, disponibilizá-los para os consumidores finais. Quem tem está com a razão? Nós acreditamos que apenas trata-se de medidas de sobrevivência de ambos os segmentos. Não há como o lojista deixar de trabalhar com os produtos provenientes de importação. Bem como, é legítima a busca dos fabricantes para a manutenção das atividades produtivas de suas empresas e a utilização de outros meios para chegar ao mercado consumidor. A globalização da economia está mudando comportamentos em todos os setores, sejam eles da produção, do comércio ou dos simples consumidores. Sim, até mesmo um único consumidor pode adquirir via internet itens produzidos ‘além fronteiras’. Não há problema. Os sites de compra estão aí atendendo a esta demanda. Então, nem as fábricas estão sendo aéticas ao procurar atingir diretamente o consumidor de seus produtos. Tão pouco estão errados os lojistas ao oferecer itens importados. Não importa de onde, sejam da América Norte, da Europa ou da Ásia. Todos nós

motomagazine aceita matérias técnicas como colaboração. Os artigos deverão vir acompanhados de fotos ilustrativas com as respectivas legendas e curriculum do autor. A revista não se reponsabiliza por opiniões e artigos assinados que podem ou não expressar a mesma opinião do editor. As opiniões emitidas em artigos assinados são de responsabilidade do autor. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, nem por aquisições em função destes. Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sob pena de procedimentos legais. A revista motomagazine é uma publicação bimestral da Luanda Editores Associados LTDA., e tem sua marca registrada no INPI sob o número 830.025.693

Foto da capa: BMW Press release



Interaja com a redação

CORREIO CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA INMETRO: MOTOPEÇAS

A ANFAMOTO, visando subsidiar os associados com as informações pertinentes a certificação compulsória de motopeças, informa que o INMETRO publicou a Portaria Inmetro n° 275/12 estabelecendo que os componentes automotivos destinados às motocicletas, motonetas e ciclomotores estão isentos da certificação compulsória, conforme artigo abaixo: “Art. 6° Determinar que os Anexos Específicos de I a VII não se aplicam aos componentes automotivos destinados às motocicletas, ciclomotores, motonetas, bicicletas e similares. A referida Portaria está disponível em www.inmetro. gov.br, no campo “legislação”. Orlando Cesar Leone ANFAMOTO Presidente São Paulo-SP

Resp.: Fabricantes e comerciantes interessados no assunto, anotem.

ANIVERSÁRIO MASTERVISOR

Problemas...muitos, ainda bem, pois são molas que nos impulsionam ao crescimento. Tristezas... sim, pois elas nos fazem valorizar a vida. Importante é sonhar. Satisfações... muitas, em cada problema resolvido, em cada sonho realizado. Novos amigos... juntam-se aos antigos e nos trazem grandes alegrias. Mais um ano surge. Novidades, novos sonhos. Novos problemas, novas satisfações. Novas realizações! E, a vida continua. Ainda Bem! Pois a grande arte da vida é acordar depois de um sonho.

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Email: redacao@luanda.com.br Site: www.luanda.com.br Endereço: R. Joaquim de Almeida Morais, 273 - CEP: 02844-040, São Paulo - SP

Levantar depois do tombo. Sorrir depois de uma decepção e nunca desanimar. Olhar pra frente, é olhar para o alto, sempre com a esperança e certeza de vitória. Mastervisor parabéns por mais um ano de vitórias. Obrigada a todos que fazem parte da nossa história. Equipe Mastervisor São Paulo-SP Por e-mail

Resp.: Parabéns a todos os componentes da Mastervisor.

VENDAS VIA INTERNET POR FABRICANTES

Dirijo-me a todos, que estão neste mercado de motopeças tentando sobreviver, com certeza suas vendas não têm crescido. Como isso também acontece conosco, passamos ao mercado digital, mas temos enfrentado problemas e a concorrência cada dia maior, tem nos deixado preocupados, A grande maioria das fábricas também está atingindo o consumidor diretamente, tirando da porta das lojas e da sua loja virtual grande parte de seu faturamento. Mesmo alegando que cobram até 100% a mais, para dar margem para nós trabalharmos. O que não é verdade. Até a grande maioria dos consumidores é leiga e quando entram na loja virtual de uma fábrica ou atacadista acabam comprando achando que estão fazendo um grande negócio. Se nós não agirmos rápido, vai chegar o momento em que seremos mais reféns das fábricas. Se não começarmos urgente uma campanha contra estas fábricas , chegaremos ao ponto da venda ficar tão pequena que teremos que mudar de ramo. O que as fábricas e certos atacadistas de motopeças estão fazendo é um desrespeito

para com todos os clientes espalhados ao redor deste País. Se você não concorda com esta política das fábricas , nos ajude nesta luta, pois separados não temos força, mas unidos com certeza teremos as fábricas e os atacadistas como parceiros que deveriam ser. (...) E se você acha que não te atrapalham, está enganado (...) . Nós também ainda não sabemos como fazer e queremos opiniões. Sei lá, criar uma associação, um site onde informamos às fábricas que vendem diretamente aos consumidores e sugerir que evitem comprar das mesmas (...). Estamos enviado este e-mail também para a ANFAMOTO, mas entendemos que eles não vão nos apoiar (...). Como estamos lançando esta campanha poderemos ser retalhados pelas fábricas, mas vamos lá com certeza será para o bem de todos. fábricas que já vendem direto www.comprevaz.com.br http://www.vedashop.com.br http://shop.riffel.com.br/home, http://www.cachorrolocco.com.br/ http://acessorioscaramori.com.br/loja/ http://www.mn3.com.br/ anuncia para breve poderá comprar http://www.roncar.com.br/loja/home. aspx Josias Baltazar nunes saboia jija@jija.com.br www.jijamotos.com.br Resp.: Resumidamente, acreditamos ser esta uma solução na qual os fabricantes também tentam manterem-se vivos. Seria interessante um debate entre os setores para tentar encontrar soluções que beneficiem ambas as atividades. Os fabricantes estão fazendo uso de um canal perfeitamente legitimo para escoar a sua produção.



NOTAS HARLEY-DAVIDSON QUER AUMENTAR VENDAS

A Harley-Davidson do Brasil participa pela primeira vez da 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow, em Ribeirão Preto. A ação de marketing visa atingir o mercado de motos acima de 600 cc nesta região, do interior de São Paulo. De acordo com a fabricante de motos, o número apontado pela Denatran de emplacamentos de motocicletas acima de 600cc na cidade de Ribeirão

MERCADO DE MOTOS, ALTA DE 8% NOS EMPLACAMENTOS

VII SALÃO DAS MOTOPEÇAS

A menos de três meses para o início do VII Salão Nacional e Internacional das Motopeças, que será no Expo Center Norte, 100% dos estandes já foram comercializados. A edição deste ano, que acontece de 1 a 4 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, reunirá as marcas e empresas do setor de motopeças e envolverá toda a cadeia produtiva do segmento, proporcionando novos negócios e importantes contatos profissionais.

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Cada vez mais competitivo e acessível ao consumidor brasileiro, o mercado de motocicletas zero quilômetro vive momento de aquecimemento nas vendas. O cenário positivo se traduz nos emplacamentos da primeira quinzena de março, 8% maiores em relação ao mesmo período do mês anterior. De acordo com dados divulgados pela ABRACICLO, foram emplacadas 84.073 unidades - uma média diária de 7.643 motos, ante as 77.935 registradas nos primeiros quinze dias de fevereiro de 2012. Comparados com março de 2011, quando foram comercializadas 68.709 motocicletas, os dados atuais apresentam um crescimento de 22%.

BRASIL, DAS AMÉRICAS PARA O MUNDO

Preto foi de 1.410 unidades, o que representou 3% do total brasileiro em 2011, colocando o município como o 3º maior do estado de São Paulo e o 8º em todo o país para esse tipo de moto. Além disso, somente nos três primeiros meses de 2012, o número de motos Harley-Davidson emplacadas na cidade chegou a 5,6% do total de motos acima de 600cc. O crescimento de dois pontos percentuais em comparação com o ano de 2011, segundo a companhia.

classes C e D passaram a ter a possibilidade de comprar O mercado brasileiro está motocicletas. consolidado com uma frota circulante de mais de 17 milhões de motocicletas, sen- CERTIFICAÇÃO do o 4º maior fabricante do COMPULSÓRIA INMETRO mundo com o Vietnã colado A ANFAMOTO, visando subatrás, perdendo apenas para sidiar os associados com as China, Índia e Indonésia. Em informações pertinentes a excelente crescente o Brasil certificação compulsória de vem enchendo os olhos dos Motopeças, informa que o INfabricantes de motocicletas METRO publicou a Portaria de todo mundo, que hoje nos de n° 275/12 estabelecendo que vêem como forte mercado os componentes automotivos para se investir. Desde 2002 destinados às motocicletas, com medidas tomadas, pelo motonetas e ciclomotores estão então Governo Federal, for- isentos da certificação compultaleceriam as classes baixas e sória. A referida Portaria está como resultado, adquiririam disponível em www.inmetro. anos seguintes maior poder gov.br, no campo “legislação”. de compra resultando em um reflexo desse novo poder de consumo no setor duas rodas, que foi enorme. Membros das


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NOTAS

CASEY STONER SE APOSENTA

A quarta etapa da temporada 2012 da MotoGP no lendário circuito de Le Mans, promete fortes emoções para os fãs da competição, dentro e fora da pista, especialmente depois do anúncio de aposentadoria de Casey Stoner, da equipe Repsol Honda, no final deste ano. O piloto australiano, que é o atual campeão da MotoGP, afirmou são realizados os leilões para a comercialização dos veículos. São centenas de compradores que buscam desde motos semi novas até sucatas. Espera-se que todos os interessados possam participar de um leilão de motos apreendidas do LEILÕES DE MOTOS DETRAN-SP, colaborando APREENDIDAS Os leilões de carros e motos assim, com a reciclagem de apreendidas vem ganhando equipamentos automotores. muitos seguidores por onde passam, sendo que essa pode ser uma ótima chance de ad- SHINERAY DISCUTE quirir uma motocicleta em óti- MERCADO mo estado de conservação por A Shineray do Brasil reúne um preços bem menores que do grupo de 80 representantes de mercado. Para que possam suas 133 revendas em todo o ser realizados os leilões de país no Hotel Transamérica, motos apreendidas, geral- em Boa Viagem, para discutir mente o DETRAN-SP vem o mercado de negócios duas acumulando lotes de veículos rodas e apresentar a campanha apreendidos em seu pátio e publicitária de 2012. quando esse montante chega a As peças em diversas mídias tal número referente a lotação, trazem o ator Leandro Hassum

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(Os caras de pau – TV Globo) como âncora e garoto propaganda. “Shineray: faça o seu próprio caminho” é o mote central da campanha publicitária. Os sócios-diretores Paulo Perez, José Edson Medeiros e Marcos Menezes estarão presentes e vão apresentar dados do segmento para os participantes. No outro dia esse evento, os três viajam para a China.

durante um conferência de imprensa com os pilotos que vão disputar o GP da França, que 2012 deve ser mesmo o seu último ano no Mundial de Motovelocidade. Em tom melancólico, Casey Stoner disse que tomou a decisão junto com a sua família e não deve renovar o seu contrato com a equipe Respol Honda para a próxima temporada

em litros, por isso nos logotipos lê-se medidas como 1.0 (1,0 litro), 1.4 (1,4 litro), 1.6 (1,6 litros) ou 2.0 (dois litros) e assim por diante. No caso das motos essa medida é expressa em centímetros cúbicos (cm3) e geralmente estampada nos logotipos como 125 (125 cm3), 250 (250 cm3), 500, 750, 1.000 e assim por diante. Este número define o “tamanho” interno do motor. Na verdade mede o deslocamento volumétrico dos cilindros. Normalmente, as motos de baixa cilindrada são AS DIFERENÇAS ENTRE O NÚMERO DE CILINDROS DE indicadas para uso urbano e o motor tem apenas um cilindro. UMA MOTO Quando alguém quer saber a Já as grandes usam motores característica de um motor, chamados de multicilindros, seja de carro ou de moto, ge- com 2, 3 ou 4 cilindros. ralmente pergunta pela capacidade volumétrica (chamada popularmente de cilindrada). Nos carros esta medida é dada



NOTAS

AUMENTO DO IPI AFETA MOTOCICLETAS IMPORTADAS

isentos dessa cobrança e as motos importadas com mais de 250cc já recolhem a referida taxa de 35%. O novo IPI, portanto, passa a valer apenas para as motocicletas importadas ou nacionais fabricadas fora de Manaus de até 250cc. Em nota, a Abraciclo considera que a medida tem o efeito de regular o mercado nacional e informa que mais de 90% das motocicletas comercializadas no mercado nacional são fabricadas no Polo Industrial de Manaus.

cletas equipadas com motores acima de 250cc entre os Top 10. Em meio a uma série de produtos que podem ser classificados como desnecessários ou supérfluos, as motocicletas, que têm um importante papel social na vida das pessoas, aparecem na décima posição com 64,65% de recolhimento de taxas (com motor acima de 250cc). Já os modelos de menor cilindrada, as de 125cc, por exemplo, pagam 43,81% de impostos.

Monteiro Lobato – SP. Como em todos os outros passeios, este também não poderia ser diferente. Será realizado o reconhecimento do trajeto para que os motociclistas possam ter passeio seguro, contando com a participação dos instrutores de pilotagem da MotoSchool.

Em 31 de maio, foi publicado no Diário Oficial da União o decreto nº 7.741 que prevê o aumento da alíquota do IPI para equipamentos de ar-condicionado, fornos de micro-ondas e motocicletas. De acordo com o decreto, a alíquota do IPI aumenta para 35%. Entretanto, produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus – incluindo motocicletas - permanecem quinas. Além de motocicletas, o Hot Style contou também com grande número de carros customizados, shows ao vivo com músicas dos anos 60 e um concurso de dança.

EXPOSIÇÃO CUSTOM EM SÃO BERNARDO

A customização de motos no Brasil vem crescendo a cada dia, com ela, cresce também os eventos e encontros realizados pelos adeptos em transformações e criações de motocicletas. No Expo Center aconteceu o Hot Style Expo Center, o primeiro centro de exposições e negócios custom do Brasil, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). O evento reuniu alguns customizadores que puderam expor os seus trabalhos para o público. Em três dias de evento foram aproximadamente 12.800 visitantes, de todo o Brasil, que prestigiaram belas má-

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MOTOS SÃO OS PRODUTOS QUE PAGAM MAIS IMPOSTO

Para mostrar que o consumidor brasileiro paga caro pelos produtos que compra por causa da elevada carga tributária no país, o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) está divulgando um relatório com os dez produtos que têm a maior carga de impostos do país e que coloca as motoci-

ADVOGADOS NO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO

Em junho acontecerá o passeio do Moto Clube Advogado Motociclista, que partirá da OAB Lapa, Rua Afonso Sardinha, 13 – Lapa, São Paulo às 8h e terá uma pausa para reagrupamento às 10h. O destino desse passeio será o Sítio do Pica Pau Amarelo na cidade de

COMO VERIFICAR A CALIBRAGEM

Verifique a calibragem dos pneus semanalmente. Ela deve ser checada sempre com os pneus frios, de preferência pela manhã, no posto mais próximo de sua casa, assim que começar a rodar. A explicação é simples: quando a moto está em movimento o atrito da roda com o piso aquece os pneus. Isso aumenta o volume interno de ar e faz com que a pressão se eleve. Qualquer calibragem nessas condições vai apontar uma medição alterada.



NOTAS

TROFÉU TURISTA DA ILHA DE MAN

O piloto australiano Ian John Hutchinson, da equipe Swan (Cisne…) Yamaha se chocou contra uma gaivota durante um treino na Ilha de Man, no Reino Unido. Hutchinson estava a mais de 270 km/h com sua Yamaha 1000cc R1 modificadaquando atingiu a ave. O impacto quebrou a “bolha” de proteção da moto, segundo o jornal inglês “Daily

FLORIPA MOTO SHOW

O Floripa Moto Show reuniu fãs dos veículos sobre duas rodas e todos os que curtem o mundo das motocicletas no CentroSul, em Florianópolis. O evento foi um sucesso de público e de vendas, além disso,

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concentrou atividades para todas as tribos e para todas as gerações, com cultura, negócios, lazer, alimentação e entretenimento, consolidando o Floripa Moto Show como um grande evento no segmento de duas rodas no país. Segundo a Atitude Promo, mais de 35 mil pessoas passaram pelos três dias no CentroSul e pelos shows e devido a este sucesso, a segunda edição já é uma realidade e deve ser realizada no primeiro semestre de 2013.

MIRAGE 150 E 250

A Kasinski Mirage 150 (categoria custom até 150cc) e Mirage 250 (Categoria Custom de 151 a 300cc) foram as vencedoras do Prêmio de Melhor Compra 2012, motos com o melhor custo/ benefício do mercado nacional.

Mail”. Felizmente, a gaivota sobreviveu ao incidente. A ave sofreu uma lesão na asa e foi levada para um centro da Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade aos Animais (RSPCA). Hutchinson participava de uma sessão de treinos livres na noite de segunda-feira, quando se chocou contra a gaivota. Apesar do acidente, ele completou sua prática com a 17 ª posição no dia.

A avaliação para a elaboração do ranking do” Melhor Compra” leva em consideração dados objetivos - como preço (da tabela Fipe/USP), desvalorização após um ano de uso, valor do seguro (calculado pela corretora Siimplis (www.simplisweb.com.br) e franquia, número de revendas pelo Brasil e custo de um pacote de peças – e também as medições e notas dos testes e as impressões pessoais de cada um dos jurados.


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GENTE

95 ANOS DE MUITAS AVENTURAS Para quem teve o prazer de assistir o filme ‘Easy Rider’, ou Sem Destino, (título em português), de 1969, onde Peter Fonda, Denis Hopper e Jack Nicholson, subiam em suas Harleys e enfrentavam mil aventuras, num simplório paralelo, quando o assunto é aventura e duas rodas, o empresário Alberto Gomes da Silva, ou tio Bel, como é conhecido, também tem histórias semlhantes. Aos 95 anos de idade, este ‘senhor das estradas’, esbanja alegria e vitalidade que impressionam Texto Severino Lopes Fotos Arquivo pessoal

M

uito em breve, a história de tio Bel entrará para o livro dos recordes como o motociclista mais idoso em atividade no mundo. Natural de Alagoa Grande, ele adotou Campina Grande para morar, trabalhar e investir em seus negócios. Na “rainha da Borborema” teve contato com a sua primeira moto. O que mais impressiona é a vitalidade deste personagem em cima de sua moto, vencendo barreiras, mostrando que não há idade para se sentir livre e feliz, e perseguir metas e sonhos. Aos 95 anos, o bem humorado tio Bel é o motociclista de maior longevidade do mundo. Apaixonado por máquinas, tio Bel que também é conselheiro honorário da Associação dos Motoclubes de Campina Grande, começa a contar sua história: “a primeira vez que subi numa moto, para pilotar, foi em 1937, quando ain-

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da era adolescente. Com 20 anos de idade, já me sentia atraído pelo ronco dos motores, desde então não parei mais de rodar. A moto virou minha companheira inseparável, e a estrada um destino desconhecido. Já rodei milhares de quilômetros e percorri vários estados”. Com título de Cidadão Cajazeirense, e Cidadão Campinense, tio Bel dá a receita para os novos motociclistas que se aventuram em cima das máquinas, “obedecer as normas de trânsito - nada mais . Nesse período em que piloto minha moto, praticamente, não sofri acidentes. Isso porque sempre guiei minhas motos com prudência e respeito aos transeuntes e às leis de trânsito. Tem muita gente que abusa. Acelera de mais, sem ter o menor cuidado com a própria vida, e com a do próximo”, enfatiza. Contemplando a sua Hayabusa de 1300 cilindradas, tio Bel conta que o combustível que move os motociclistas é a paixão e o desejo de liberdade, de vencer desafios em busca de novas aventuras. “É muito prazeroso

conhecer o Brasil em cima de uma moto. Para mim não existe fronteiras que eu consiga vencer ou ultrapassar. E vou longe”, afirma. Empresário de sucesso, tio Bel é um colecionador de máquinas. “Até hoje me lembro dos primeiros brinquedos, ou modelos que possuí, de 1937 até 2012. Incrível, já perdi a conta da quantidade de motos que adquiri neste tempo, algumas eram raridades, verdadeiras relíquias de valor inestimável”. Esta é a história de tio Bel, que numa idade avançada, ousa como um jovem, e sabe que as leis existem para ser respeitadas, faz questão de contar suas aventuras sempre chamando a atenção para a responsabilidade que o motociclista deve ter quando está pilotando. “O sonho se torna mais real, a aventura mais saborosa, e ter esta responsabilidade faz com que receber o vento na cara, ouvir o ronco do motor em seu ouvido, só faça sentido quando se sabe pilotar, fazendo da moto uma jóia de locomoção e não uma arma”, finaliza.•


Respeite a sinalização de trânsito


RÁPIDAS DO ESPORTE

GP Brasil de Motocross O GP Brasil de Motocross, 5ª etapa do Campeonato Mundial, organizado pela Federação Internacional de Motociclismo, FIM, aconteceu no parque Beto Carrero World, em Penha, SC. Pilotos de diferentes países se reuniram para somar pontos no campeonato. O destaque da MX1 ficou por conta de Antonio Cairoli, da Red Bull Factory Racing. Logo atrás, Kevin Strijbos, da HM Plant KTM UK, seguido por Clement Desalle, da Rockstar Energy Suzuki. O melhor brasileiro nos treinos foi Jean Ramos, que, com sua Kawasaki ficou com o 15º melhor tempo. Balbi ficou em 17º e Leandro Silva em 22º.

Problema mecânico tira vitória de Sarkiss Liderando com mais de dois segundos de vantagem sobre o 2º colocado, o piloto Nasri Sarkiss, da Lapa, viu suas chances de vitória acabar quando sua moto apresentou problemas mecânicos já no final da bateria da categoria MX4. A prova foi válida pela segunda etapa do campeonato paranaense de motocross em Toledo. Sarkiss largou em segundo e ainda na primeira volta assumiu a liderança da prova. Em ritmo superior aos seus adversários, o piloto abriu vantagem, mas infelizmente teve que abandonar a prova. Agora o piloto se prepara para a disputa do Brasileiro de Velocross em Sete Quedas no Mato Grosso do Sul.

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Felipe Zanol prestigia o Motocross Mesmo quando tem um final de semana livre, Felipe Zanol não fica afastado das competições off-road. O piloto mineiro fez questão de prestigiar a 5ª etapa do Campeonato Mundial de Motocross. O mineiro possui em seu currículo nada menos que 12 títulos nacionais de enduro e de cross country sobre duas rodas, além de ter sido o melhor das Américas no Dakar 2012 (10º lugar na geral) e confirmado o vice-campeonato nas duas últimas edições do Rally dos Sertões.

Zimermann vence na Copa Contestado

Luiz “Priminho” Zimermann venceu na VX1 e VX2 na ‘Copa Contestado de Velocross’. A quarta etapa da temporada 2012 aconteceu em Canoinhas. Subiram também ao pódio Adriano Passoud (VX3 Especial), Antônio Correia (VX3 Nacional), Ralf Shaefer (Nacional 150), Maicon Weidgenant (Nacional 230), Pablo Poltronieri (Nacional 300), Oscar Honorato (Força Livre Nacional), Luciano Miranda (Estreante 250), Edenilson de Souza (Estreante Especial), Roni Guesser (Estreante Nacional), Diego Heining (85cc), Matheus Fillipy (65cc) e Ruan Ribeiro (minimoto).



RÁPIDAS

Vignate em recuperação

Eric Granado e a Moto2

O piloto Mário Vignate, que representa a Gas Gas Racing Team em provas de enduro de regularidade, sofreu uma queda enquanto treinava em Santo Antônio do Monte (MG). A consequência foi um osso quebrado na mão direita, o que o impossibilitou de disputar as etapas do Brasileiro da modalidade marcadas no Enduro da Polenta, em Venda Nova do Imigrante (ES). A Gas Gas Racing Team conta com o patrocínio de Rinaldi, Mobil, Siverst, ASW, Dia-Frag e Vedamotors.

Eric Granado participou do programa Linha de Chegada, de Reginaldo Leme. Ao lado do piloto Jean Azevedo, Granado falou sobre seus 9 anos de carreira, os projetos futuros e a adaptação à moto de 600cc – com a qual começou a correr este ano. A equipe pela qual o brasileiro corre o Campeonato Espanhol de Motovelocidade (CEV) e estreia no Mundial de Moto2, no dia 17 de junho, em Silverstone (Inglaterra), é JIR. Agora o brasileiro volta a competir pelo CEV, e depois deverá correr a terceira etapa do campeonato em Aragón.

GP Gaúcho de Motovelocidade Os pilotos do GP Gaúcho de Motovelocidade prometeram empenho máximo na pista de Santa Cruz do Sul, quando foi realizado o Troféu William Onzi. O evento foi válido como segunda etapa da competição, fundamental para quem queria um lugar na briga pelos títulos da temporada. Na primeira etapa, realizada em Guaporé, saíram na frente: Djonatas Catarina (125cc), Euclides Smiderle (Turismo

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Pro), Marcos Boeira (Turismo Stock), Rafael Bertagnolli (Turismo Sport) e Guilber Teixeira (250cc). A corrida da Superbike foi cancelada no momento em que ocorreu o acidente que vitimou William Onzi, piloto homenageado em Santa Cruz do Sul, e a classe CB 300 teve sua primeira etapa - assim como a novidade anunciada nesta semana pela diretoria do GP Gaúcho: a categoria 250cc Ninja, ganhou categoria exclusiva.



RÁPIDAS

2ª etapa ELF Superbike O piloto Danilo Andric, da equipe Limited MotorSports, venceu a 2ª Etapa Elf SuperBike, no Autódromo Internacional de Curitiba. Diego Pretel, da equipe Alpha Racing Brasil by Motonil, chegou em segundo. Maico Teixeira, da Honda Racing, ficou em terceiro. Danilo Lewis, da Procomps, ficou em quarto, e Rodrigo Benedicts, da Alpha Racing assumiu a quinta posição após o piloto Diego Faustino, da equipe Spiga Racing, sofrer penalidade por ter queimado a relargada. Faustino caiu para a oitava posição.

Matheus Piva vence a 2ª etapa ELF no pro amador Da equipe Spiga Racing, Piva venceu a 2ª etapa Elf SuperBike na categoria pro amador. Feliz por ter chegado em primeiro na sua categoria, Matheus ficou contente por ter alcançado a 9ª posição na geral, ficando entre os principais pilotos.

GEO Eventos anuncia parceria

Para aquecer os motores, a GEO Eventos anuncia mais uma novidade para a área de esportes, a entrada no setor de motovelocidade. A empresa firmou parceria com o SuperBike Series Brasil para produzir as etapas do campeonato, e novo evento chamado Super Final 2012, que será a festa de premiação do mais importante campeonato de motos de asfalto do país. A próxima etapa acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo e já conta com produção da GEO.

João Simon vence a 2ª etapa ELF no pro estreante João Simon, da equipe Pitico Racing, venceu a 2ª etapa Elf SuperBike na categoria SuperBike Pro Estreante. Wesley Gutierrez, da Alemão Pneus, ficou com o segundo lugar após cometer o mesmo erro de João Simon. O piloto não freou a tempo no final da reta, mas conseguiu disputar posições durante a corrida. Em terceiro ficou Marcos Nishimoto, da Alpha Racing Brasil by Motonil. Leymar Sanches, da equipe Solo Motos chegou em quarto lugar fechando o pódio da categoria. O piloto Everton Felizardo, da Imprime Racing Team, sofreu queda na quinta volta e não terminou a corrida.

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Espaços VIP compostos pela GEO A GEO lançará já na próxima etapa do campeonato (3/6) três espaços diferenciados para o público frequentador do SBK Series em São Paulo. O Paddock SuperBike. Trata-se de um espaço VIP com praça de alimentação exclusiva, TV’s com transmissão simultânea e ingressos à preços diferenciados. Já o SuperBike Premium é um espaço reservado com brunch (café da manhã e almoço), serviço open bar, e uma vista privilegiada do circuito. O HC SuperBike é um espaço corporativo, que pode acomodar 25 pessoas, com serviço especial de buffet, champagne e espaço com decoração personalizada.



RÁPIDAS

Enduro do Milho, em Patos de Minas

Álvaro Amarante continua sendo o piloto a ser batido na Copa Cerrado de Enduro de Regularidade. O piloto da Gas Gas Racing Team venceu mais uma etapa realizada na 30ª edição do Enduro do Milho, em Patos de Minas, MG. A prova foi dividida em duas etapas, e e ele venceu as duas. A próxima etapa da Copa Cerrado está marcada para acontecer em Cristalina (GO). A GasGas Racing Team conta com o patrocínio de Rinaldi, Mobil, Siverst, ASW, Dia-Frag e Vedamotors.

Rafael Fonseca no Mundial de Supermoto Rafael Fonseca, da Lawanteam Lux Performance, se superou no Campeonato Mundial de Supermoto em Palermo, Itália. O brasileiro suou para andar no ritmo da segunda etapa da principal competição do calendário. Fonseca disputou três baterias, confirmando 15º lugar nas duas primeiras e 18º na última. Assim, o piloto foi o 17º colocado na etapa com 15 pontos, mesma posição que ocupa na classificação geral do Mundial (32 pontos).

Quarta etapa da Copa EFX Pacato de Enduro A Copa EFX Pacato de Enduro chega a quarta de suas seis etapas e deixa a briga pelo título da temporada mais consistente. Desta vez, os pilotos mostrarão todo seu talento nas trilhas de Guararema, SP. Na principal classe, a Elite, o mineiro Felipe Zanol, até agora dominante na liderança, se prepara para uma prova importante, que pode deixá-lo mais tranquilo na classificação ou complicar seus planos. A largada será no Centro de Lazer Nogueira. Cada uma das três voltas terá cerca de 50 quilômetros e, desta vez, a prova contará com três Enduros Testes com cerca de sete quilômetros cada um. O Enduro Teste da Cachoeira abre a disputa, em seguida os competidores passam pelo Enduro Teste da Pedra Montada e, finalmente, o Enduro Teste do Sítio dos XV. Zanol leva a vantagem de estar invicto na ponta da categoria Elite, mas ainda não tem o título assegurado, pois um tropeço em Guararema daria vantagem a seu principal concorrente, Nielsen Bueno. Depois da dura etapa de Suzano, onde enfrentou muita lama, o mineiro soma 75 pontos, nove a mais que o adversário.

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TÉCNICA

Dicas sobre a escolha dos pneus Empresa explica como entender números e medidas dos pneus e como estes fatores influenciam no desempenho da moto e na segurança do motociclista

N

a hora da compra é comum que o consumidor não saiba interpretar os números dispostos nas laterais dos pneus e sua real importância. Estas numerações descrevem os códigos com as principais características estruturais do produto e orientam o consumidor sobre as indicações de uso. Como fabricante de motopeças, acessórios e roupas para motociclistas, a IRA preparou algumas orientações fundamentais para auxiliar os motociclistas no momento da escolha. Em um pneu traseiro com medida 90/90-18 REINF 57P, por exemplo, o primeiro número (90) significa a largura da banda de rodagem em milímetros, e em seguida é indicada a altura lateral (90) que expressa porcentagem. No caso, esse pneumático tem 90 mm de largura e 81 mm de altura. Na sequência, o número indicado representa a medida do aro (18 polegadas). Já REINF vem da palavra reinforced, que significa que o pneu possui reforço estrutural, ou seja, um índice de carga superior a um produto comum com as mesmas medidas. O número indicado (57), logo após a sigla, representa o índice de capacidade de carga (230 kg).

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A última indicação é o código de limite de velocidade (“P” = 150 km/h, neste caso). Vale lembrar que as medidas geralmente variam entre marcas e modelos. Em caso de dúvidas, o proprietário deve consultar o manual da motocicleta e verificar as orientações do fabricante. A escolha do pneu está diretamente relacionada ao tipo de desempenho que o condutor busca em sua motocicleta. Para aqueles que visam obter resultados e performance original de uma motocicleta Street, por exemplo, a empresa aconselha que os pneus sejam compatíveis com o mesmo modelo e medida. Outra orientação importante, é que os motociclistas passem longe dos pneus conhecidos como remold ou remodelados. “Muitas pessoas acabam comprando pneus mais baratos e com qualidade duvidosa, o que pode colocar o piloto e o garupa em risco. Como especialista no universo duas rodas, a IRA investe constantemente em tecnologia, um de seus diferenciais no mercado, com o objetivo de ampliar a performance de seus produtos e oferecer ainda mais segurança ao motociclista”, afirma Caio Fontana, diretor Comercial e de Marketing da IRA.


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LOJA

INOVAÇÃO E COMPROMETIMENTO Com a alta no mercado de “motopeças”, clientes procuram em ambientes que possam lhes proporcionar qualidade e conforto, variedades e bons preços

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Texto: Edison Rafael Imagem: Divulgação

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ramo de peças e acessórios para motocicletas tem tido certa importância para o mercado nacional. Considerando os números desde o começo de 2012 as vendas tiveram alta de 6,91%, segundo dados da Fenabrave e o jornal Estado de São Paulo, de certa forma, contribui constantemente para essa evolução mercadológica, pois há anos a frota de motos vem crescendo e as empresas

investindo nas necessidades dos usuários. Para isso, o centro comercial do país, conta com importantes colaboradores e um deles é a SBS Motos, que está há vinte e nove anos no mercado trabalhando para atender seus consumidores com os mais variados produtos, desde pneus a alarmes. Fundada em 1983, situada na cidade de Ribeirão Preto, e dirigida por Sandra Brandani Picinato e Silvia Maria Brandani, a SBS Motos se tornou referência no interior paulista em comercialização de peças similares e originais. Mesmo sem muita experiência à frente da empresa e dificuldades de aceitação em


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Retrovisor Carbono Código: 562


LOJA

relação ao público masculino, puderam mostrar o quanto competentes são para atuarem em uma área um tanto machista - “A maior dificuldade que encontrei, primeiramente, em ser mulher , é que em 1983 éramos poucas no atendimento de peças. No balcão os clientes não tinham o hábito de ser atendido por mulheres, mas sempre fui muito persistente e rapidamente fiz da minha profissão uma escola”, nos conta Sandra, descrevendo o início do projeto quando a loja tinha apenas dois colaboradores. Para o mercado de “motopeças”, tecnologia e avanço são imprescindíveis e a SBS Motos ao longo dos anos tem investido em capacitação para todos os que a integram, em infraestrutura e também em produtos de qualidade, nacionais e importados com o apoio de parceiros que sempre confiaram em sua proposta de inovação. Em um prédio próprio, a loja proporciona, além de opções de escolha, muito conforto para seus clientes no espaço de 2400 m², que pode ser explorado sem pressa e apreciado pelos que utilizam motocicletas como meio de transporte ou forma de trabalho. Sandra cita como é importante a comunicação visual da empresa e quanto ao conforto que é dado a todos que aparecem para visitar a loja ou para fazer suas compras – “Hoje o mercado é completo de marcas e produtos. A nossa exposição de loja é muito agradável, o cliente sente-se à vontade em escolher os produtos, mas, sempre os mais lembrados são os que estão em revistas, jornais e nas mídias sociais”. A SBS Motos atua em uma área muito concorrida, atendendo a maior parte do Estado, procurando inovar para a melhor prestação de serviço com profissionalismo e agilidade. Dessa forma, Sandra e Silvia Brandani dirigem a instituição com afinco e implementando novos projetos para ampliação de todos os setores, podendo assim atingir outras cidades e até mesmo estados e regiões.•

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MARKETING Walter Hélio Gerente de Vendas e Marketing, Pós - graduado em Administração e Marketing

Estamos empobrecendo

P

ois é, estamos empobrecendo, ou seja nosso mercado está trabalhando no limite de suas possibilidades. Mas porque nossas empresas estão ficando cada vez mais sem dinheiro, sem capital para investimentos? Vivemos atualmente numa situação econômica muito boa quando pensamos nos juros praticados pelos agentes financeiros, no índice de desemprego, também em queda e na expansão considerável do crédito às empresas e consumidores, porém a situação ainda está muito instável. A inadimplência está em alta e o consumo estagnado, o que tem gerado forte concorrência seja de produtos nacionais ou importados. Percebo que a grande maioria do fabricantes e atacadistas estão cada vez mais sem margem para negociações. Chegamos a um ponto que não existe mais espaço nos preços para se realizar qualquer tipo de proposta. Em busca de melhores possibilidades de comercialização o varejo pressiona o distribuidor por menores preços, que por sua vez pressiona o fabricante

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que pressiona o fornecedor de matéria-prima. Esta realidade existente em nossa cadeia de distribuição tem dificultado em demasia a vida de todos empresários. Para sobreviver, empresas têm baixado preços indiscriminadamente, tornando o mercado um verdadeiro leilão. Com isso os preços dos produtos e serviços são pressionados para baixo gerando uma alegria passageira para o lojista e atacadista que inevitavelmente terá que repassar este ganho para o consumidor final, que será neste caso, o único privilegiado nesta história. Temos que investir mais em profissionalizar nosso quadro de vendedores seja no balcão ou nas vendas externas para que os mesmos tenham argumentos para enfatizar melhor as qualidades das nossas empresas, produtos e serviços. Temos enfim que tirar o foco da questão preço. Aonde vamos chegar não sei. Mas tenho o sentimento de que diante deste quadro, muitas empresas ou já estão ou passarão por sérias dificuldades de sobrevivência. Entendo que quando uma empresa trabalha no limite das suas possibilidades qualquer erro pode ser fatal.



CAPA

BMW NO MUNDO DAS SCOOTERS As scooters BMW C 600 Sport e BMW C 650 GT deverão chegar ao Brasil já no ano que vem. Não há mais limites para o trânsito. Seja em Milão, na Itália, ou em São Paulo, todo trabalhador que possui uma rotina em uma grande cidade sofre com o emaranhado de carros que ocupam os caminhos. Foi com o objetivo de oferecer mobilidade urbana que o grupo BMW desenvolveu duas scooters para formar sua nova família: a C Series

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CAPA

Texto e imagens: Divulgação

Texto e imagens: Divulgação

E

streando no segmento de scooter, a BMW Motorrad garante que a C 600 Sport e o C 650 GT serão excelentes alternativas para driblar com estilo o problema da mobilidade dos grandes centros. Seguindo uma tendência mundial, a marca bávara apresenta duas scooters focadas no conforto, mas que farão de tudo para que a sensação de pilotagem seja semelhante à de uma motocicleta. Para tanto, os dois modelos de scooters se diferenciam pela sua proposta. Ambos oferecerão praticidade e dinamismo para o dia a dia, mas, enquanto a 600 Sport garante uma tocada mais esportiva e urbana, a

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650 GT privilegiará o conforto e as viagens de final de semana. Aparentemente diferentes, possuem o mesmo motor As diferenças entre as duas versões ficarão, em sua maioria, no quesito ergonomia, já que o mesmo propulsor equipará as duas versões. O motor de 647 cm³ e dois cilindros em linha é capaz de produzir 60 cavalos de potência a 7.500 rpm e gerar um torque máximo de 6,73 kgfm a 6.000 rpm. Esse desempenho deve satisfazer as necessidades dos interessados nestas scooters, afinal, os números impressionam para um veículo do segmento. Para transferir essa potência à roda

traseira, a BMW optou pelo famoso câmbio CVT (Continuously Variable Transmission, transmissão continuamente variável). Nenhuma surpresa, já que essa transmissão equipa todas as scooters hoje vendidas no Brasil, a diferença é o Integra, da Honda, que utiliza um motor de dois cilindros, mas escolheu a tecnologia de dupla embreagem (DCT) para equipar seu Maxi Sccoter, mas que ainda não chegou ao país. Pensando em atender às futuras regras de emissão de poluentes (Euro 4), a nova família de scooter da BMW também tem, além da injeção eletrônica de combustível, um catalisador e um sensor de oxigênio que já a coloca dentro do ambientalmente correto.


c贸d. 05

640


CAPA

Ciclística

Para envolver o propulsor bicilíndrico, a BMW escolheu um quadro tubular em aço em ambos os modelos. As soluções permanecem simples no conjunto de suspensões: na dianteira, garfo invertido com 115 mm de curso e na traseira monobraço também com 115 mm de curso, porém com um amortecedor posicionado lateralmente. Quando o assunto passa a ser os freios e, consequentemente a segurança, destaque para a BMW. A fabricante colocou a disposição do piloto dois discos de 270 mm na dianteira e um simples da mesma medida na traseira, tudo com a assistência do sistema anti-travamento (ABS) de

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série nas duas rodas de 15 polegadas.

Diferenças

Para resumir, a diferença entre a C 600 Sport e a C 650 GT é a posição de pilotagem. Na Sport o piloto fica em posição de ataque, ou seja, o assento e o guidão foram projetados para uma tocada mais urbana e agressiva. Já na C 650 GT o piloto (e garupa) ficam mais relaxados, com um assento mais confortável e encosto ajustável. A versão GT ainda oferece um guidão mais alto, um parabrisa maior com regulagem eletrônica e outra posição de encaixe das pernas da garupa, privilegiando as viagens com sua namorada. Os dois veículos apresentarão ao

mercado o conceito FlexCase, que nada mais é do que um espaço sob o banco para guardar capacetes e quinquilharias. Entretanto este sistema só funciona com a moto parada, já que a bolsa interferirá na roda traseira. O espaço da versão GT é maior que a Sport, que já comporta dois capacetes. Por fim, o painel de instrumentos tem uma generosa tela de LCD com computador de bordo, aliada a um velocímetro analógico. A versão Sport será vendida nas cores azul, prata e preto, e a GT poderá ser encontrada nos tons preto, bronze e vermelho.As duas novas scooters começarão a ser produzidos somente em 2012 e seus preços ainda não foram definidos.•



LANÇAMENTOS Hypermotard 1100 Evo SP Corse A nova versão da Hypermotard 1100 Evo SP, saída de Borgo Panigale vai juntar ao seu nome em 2012 a designação “Corse”. Esta versão conta com algumas novidades como uma maior distância ao solo, suspensões melhoradas e guiador elevado. Minimalismo e funcionalidade formaram a essência da Hypermotard, e seu design inovador a destaca do resto. As linhas agressivas de seu paralama dianteiro se unem ao farol com design diferenciado, enquanto o tanque cuidadosamente desenvolvido se ajusta ao seu corpo estreito, provendo a sensação de pilotar uma supermotard quando montado na moto.

CBR 600F 2012 Honda lança a Honda CBR 600F 2012, um novo nicho no segmento das super esportivas. O modelo, que será produzido em Manaus (AM) nas versões Standard e C-ABS, chega para atender às expectativas do consumidor que prioriza uma motocicleta estradeira, esportiva e de alta performance. Entre as suas principais características está o motor DOHC de 599,3 cm³, 4 cilindros, 16 válvulas, arrefecido a líquido, compacto e extremamente leve, com injeção de combustível PGM-FI (Programmed Fuel Injection).

GSX1300R Hayabusa A GSX1300R Hayabusa possui um motor quatro cilindros com refrigeração líquida e injeção eletrônica. Esse mecanismo, aliado ao catalisador e ao sensor de oxigênio instalados no sistema de exaustão, fazem com que atenda ao rigoroso padrão Promot 3 sobre emissões de gases. Já a eficiência de frenagem é garantida na dianteira por um duplo disco flutuante, ventilado, de 310 mm mordido por pinças de quatro pistões opostos de alumínio e montagem radial. Ela está com novo grafismo e com novas tonalidades de preto, branco e agora também na cor azul.

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LANÇAMENTOS Modelo da Apache é lançado na Índia A indiana TVS revelou a primeira imagem do modelo Apache RTR 160 2012, que aqui no Brasil é comercializado pela Dafra com motorização de 150 cilindradas. As mudanças ficaram ape0nas por conta de uma leve reestilização, que também devem ser implementadas no modelo de 180 cilindradas com e sem ABS que lá é comercializado. O motor é o mesmo quatro tempos de 15,2 CV que permite à moto alcançar uma velocidade máxima em torno dos 120 km/h.

Versys 1000 Complementando as novidades mecânicas estão as soluções ciclísticas para a nova Kawasaki Versys 1000. O garfo dianteiro tem 43 mm de diâmetro e é totalmente ajustável. Segundo a marca verde, o diâmetro maior do tubo permite que a suspensão dianteira trabalhe com mais precisão. Mantendo a coerência com todo o conjunto ciclístico, os freios devem ser suficientes para parar a Versys 1000. São dois discos de 300 mm com pinça de quatro pistões na frente e um disco simples de 250 mm com pinça de pistão único atrás. Com o auxílio do sistema ABS de série, a nova 1000 cc da Kawasaki parece, nos números, ser diversão garantida -- as rodas de 17 polegadas são de liga leve e tem seis raios.

Inverno de scooter O destaque é o scooter Kasinski Prima 150, fabricado no Brasil, mas com design italiano. À frente no segmento de motocicletas elétricas, a Kasinski iniciou em 2010 a produção de dois modelos de produtos elétricos. Os primeiros scooters elétricos produzidos no país foram o mini scooter Kasinski Prima 500 e o scooter Kasinski Prima Electra 2000. Com o sucesso, a montadora ampliou sua linha e lançou em 2011 o modelo WIN Elektra, mais uma opção para o consumidor que busca uma moto elétrica. A Kasinski expôs as novidades “ecológicas” no Market Plaza.

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LANÇAMENTOS Montez 250 Modelo de 250 cilindradas e tração 4x2, batizado de Montez 250 é equipado com motor de 229,6 cm³, tem bom torque e é ao mesmo tempo robusto e ágil. A transmissão secundária por eixo cardan, diferencial da Traxx, garante mais segurança e redução de custos com manutenções periódicas. Outro destaque é o guincho elétrico, que facilita o reboque do Montez 250. A partida elétrica é mais um ponto positivo, principalmente para pilotos principiantes. O painel conta com velocímetro, marcador de marchas, mostrador digital de quilometragem, indicador do farol e do pisca alerta. Opções de cor: camuflada e vermelha.

Nova Yamaha R1 2013 Yamaha lançou no início de junho a nova R1 2013, com um novo equipamento de controle de tração onde os sensores das rodas ficam atentos para qualquer mudança de velocidade, momento em que a moto volta suavemente a colocar a frente no chão. Em termos de design a nova moto veio com grafismos exclusivos para o Brasil. A preta brilhante, a branca com decoração nas laterais da carenagem e a azul e branca, com as cores do MotoGP.

CBR 250R versão 2012 O modelo reúne tecnologia e qualidade, além de posicionar a marca no segmento das super esportivas de 250cc e além de pertencer à família CBR. Estilo esportivo, motor eficiente e design arrojado são as principais características de uma das motocicletas mais vendidas e no mundo em sua categoria: a nova Honda CBR 250R passa a ser comercializada pela rede de concessionárias Honda em todo o Brasil. www.honda.com.br

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LANÇAMENTOS Precisão com beleza e eficiência A Jaqueta RACE TECH possui slider em carbono nos ombros e um corte limpo, esse é o estilo da RACE TECH, com manga pré curvada com elastano localizado em ponto estratégico que contribui para a flexibilidade. A gola e punho possuem acabamento em neoprene e tecido com tratamento antialérgico. Possui 2 bolsos internos impermeáveis e 2 externos resistente a água. Ajuste na cintura em velcro possibilita caimento perfeito. Zíper interno na cintura para conexão com a calça RACE TECH. www.motostore.com.br

Escape para motos custom O exclusivo sistema de troca rápida de ronco da Roncar, o 2Way, na linha de escapes Coyote, agora está disponível para motos Custom. Em menos de 2 segundos é possível trocar de ronco esportivo para silencioso e vice-versa. Rápido, prático e seguro. Não é necessário ter contato com a peça e nem precisa de ferramentas para fazer a troca. Já disponível para Shadow 600/750, Boulevard 800, Vulcan 900 e Midnight. Confira no site www.roncar.com.br

Eixo do quadro elástico A Reggio Indústria está lançando o Eixo do Quadro Elástico com Rolamentos Tornados XR 250 www.reggioindustria.com.br

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LANÇAMENTOS Manual para pilotos iniciantes Moto Traxx da Amazônia, representante do China South Industries Group, lança no mercado segmentado, o Manual da Primeira Moto Traxx, guia prático para apaixonados por veículos de duas rodas. Foi criado com a intenção de auxiliar o piloto iniciante, com informações indispensáveis para a prática de direção defensiva e dicas para a manutenção da moto proporcionando um excelente relacionamento entre o condutor e o veículo e aos pilotos que possuem conhecimento e técnicas de pilotagem, o manual reforça a prevenção contra acidentes. O material encontra-se em todas as revendas da rede e é entregue gratuitamente a todos os clientes que adquirem os modelos Traxx. www.traxx.com.br

Design une tecnologia e estilo em duas rodas A IRA Design apresenta o conjunto de chuva IRA One Zipshut, que se destaca por reunir importantes características e funcionalidades como o sistema de fechamento impermeável IRA Zipshut e o tratamento Waterdry_T®, que garante vedação do tecido contra a água. Fabricado em nylon, tecido mais flexível que o PVC, geralmente utilizado nos conjuntos tradicionais, reforça a qualidade do IRA One Zipshut. O conjunto está disponível nas cores camuflado com preto, lime com preto, pink com preto e somente preto. www.ira.com.br

Proteja as peças de seu motor É hora de fazer a substituição do filtro da moto, e deve ser sempre junto com a troca de óleo, não a cada duas trocas. O óleo novo pode levar para dentro do motor as impurezas que estão no filtro velho, enquanto o filtro velho pode obstruir a passagem de componentes que não deveriam ser filtrados. Para isso a Filtran lança filtro de óleo compatível com as motos Katana 125cc 97, Intruider 125cc 2003, Yes 125cc e AN125cc Burgman, todas da Suzuki. www.filtran.com.br

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INTERNACIONAIS

AS VOLUPTUOSAS Texto Murilo Amaral Imagens Divulgação

Para aqueles que são aficionados por motos e está interessado em trocar a sua este ano, chega no Brasil diversas novidades, para todos os gostos, desde as potentes scooters até as esportivas. Confira as máquinas mais desejadas no mundo inteiro

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DUCATI 1199 PANIGALE

Com a capacidade de alcançar, a potência máxima de 195 cv, com motor bi cilíndrico, mais potente já produzido e com um novo conceito de integração entre motor e chassi. A máquina italiana possui também ABS de competição, controle de tração, suspensões com ajustes eletrônicos, acelerador eletrônico, controle de freio motor e quick-shift — sistema que otimiza as trocas de marchas. A esportiva, que de acordo com a marca, é a moto em produção de larga escala com melhores relações peso-potência e torque-potência do mundo, com peso a seco de 164 kg. A Ducati chega às lojas europeias no início de 2012 e apresentará três versões: 1199 Panigale, 1199 Panigale S (versão mais esportiva) e 1199 Panigale S Tricolori (com coloração especial).



INTERNACIONAIS

MV AGUSTA BRUTALE 675

Completando a família Brutale, que já era composta por 920, 1090R e 1090RR, a MV criou esta moto sem carenagens e que é dona de um motor de 3 cilindros com 675 cm³, capaz de alcançar potência máxima de 115 cv a 10.600 e 7,24 mkgf a 10.600 rpm. Composto por chassi de alumínio, que possibilita a Brutale alcançar velocidade máxima de 225 km/h. Seguindo a tecnologia presente na esportiva F3, a naked italiana que pesa 163 kg, possui controle de tração em oito níveis e quatro opções de potência no motor.

SUZUKI INAZUMA 250

A Japonesa Inazuma que possui um motor bi cilíndrico, paralelos com injeção eletrônica e 248 cm³, faz uso de um câmbio de seis marchas para locomover a motocicleta. Seu visual lembra muito a GSX1300 B-King. A representante da Suzuki no Brasil, a J. Toledo, ainda não confirmou se a moto virá ao país. Se chegar ao mercado brasileiro a Inazuma terá como principais concorrentes: Honda CB 300R, Yamaha Fazer 250 e Kasinski Comet 250.

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COMÉRCIO

LOJA COM O PERFIL DO MOTOCICLISTA A RE Peças cravada na rica região de Ribeirão Preto, em SP, tem o perfil do motociclista. Seu proprietário que acreditou no setor vê hoje que seu investimento valeu a pena, com acessórios e produtos de ponta, para atender a uma clientela bastante exigente Texto: Hylario Guerrero Imagem: Divulgação

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RE Peças, sediada em Ribeirão Preto, a chamada “California Brasileira”, interior de São Paulo, tem como proprietário Edmilson Roberto Andrade, que há 25 anos, atua no mercado de motopeças, “ainda não possuímos filiais..., por enquanto”, brinca Edmilsom. “A ideia de ingressar no segmento de motopeças, foi diante do crescimento

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do mercado, e como queria investir num segmento que mostrasse força e bom desempenho, resolvi partir para as motopeças. Não é preciso ser muito inteligente para saber que as principais dificuldades que sempre encontrei nestes anos de atuação foram com relação aos impostos, e esta é uma dificuldade que não se supera, mesmo porque o Governo está sempre vendo uma forma de dificultar o empresariado de maneira geral, seja ele fabricante, atacadista, ou importador”, afirma. “Atualmente contamos com 78 funcionários entre diretos e indiretos..., isso denota um certo crescimento, haja vista que quando a empresa foi fundada, contava com apenas um funcionário, eu mesmo”, diz Edmilson rindo. De uma área total de 100 mil m2, a RE Peças ocupa uma área de 8 mil m2, num galpão, na via Anhanguera, “é onde instalamos nossa sede própria, que no início

de nossas atividades ocupávamos uma área de 1.500 m2”, lembra. A loja comercializa inúmeras marcas nacionais e importadas, grande variedade de itens entre acessórios, e principalmente pneus, capacetes, e extensa linha de óleos, estes são os produtos que mais vendem. Edmilson nos lembra que, “os produtos importados têm grande procura em nossa loja, visto que, o mercado nacional traz o importado para dentro do nosso estabelecimento, e, os usuários, que crescem e se multiplicam diariamente, se dividem entre escolher os produtos nacionais e os importados, uns buscam preço e outros objetivam qualidade. Procuro deixar a loja com o perfil do consumidor, afinal ele é o motivo de eu estar atuando há 25 anos neste mercado. É um segmento forte para quem trabalha com honestidade, bons valores, prazo de entrega e pós-venda”, conclui. •



ENTREVISTA

 Matriz da AP Motos  Controladoria

Humberto Guerra da Silveira e Breno Guerra Merola

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DistribuiDora se fortalece pelo país A AP Motos Comércio Importação e Exportação, foi fundada em novembro de 1987. O grupo que já atuava em Uberlândia, MG, no mercado de autopeças em conjunto com a empresa Real Auto Peças, analisando as tendências e necessidades do mercado, resolveu partir para o segmento de motos, e em pouco tempo de atividade, já contava com amplo mix de peças e acessórios para motocicletas. Heliel de Freitas, analista de marketing, conversou com a Motomagazine Texto Hylario Guerrero Imagens divulgação

Motomagazine: Quais os atuais diretores da AP Motos? AP Motos: Breno Guerra Merola e Humberto Guerra da Silveira Quais os primeiros produtos com que a empresa iniciou suas atividades? Iniciamos nossas atividades com as baterias Yuasa, cabos Scherer e peças Riffel. De início contavam com quantos colaboradores? Iniciamos nossas atividades contando com 05 colaboradores. Atualmente temos 105 colaboradores que compõe o nosso quadro de funcionários entre diretos e indiretos.

A empresa sempre esteve sediada em Santo André, desde sua fundação? Não, já atuávamos no Estado de São Paulo através de nossas filiais, mas, somente em julho de 2006 iniciamos nossas atividades em Santo André, ABC paulista. Quais as principais dificuldades que a empresa enfrentou nos anos de atividade dentro do setor? Durante os 25 anos de mercado a AP Motos vivenciou a concorrência desleal da informalidade existente no mercado de motopeças, além da turbulência financeira nacional e internacional. Quais os novos itens que surgiram em seu atacado para suprir o mercado? Após iniciarmos nossas atividades nos direcionamos a aumentar nosso mix de produtos, com o objetivo de tentar alcançar todos os modelos de motocicletas existentes no país, independente da marca ou potência. Qual o produto mais procurado, que se pode chamar de carro chefe da empresa, quando se fala em distribuição? Em geral, os Kits de transmissão, pneus e capacetes. Ao todo, quantos itens para o segmento de moto a empresa comercializa hoje? Hoje temos em nosso portifólio mais de cinco mil itens.

Em sua opinião, quais as expectativas para o setor em 2012? Considerando a situação do mercado financeiro internacional, entendemos que será muito discreta a expansão do setor. Porém não deixará de crescer. E de quanto é percentualmente, as expectativas de crescimento da empresa (AP MOTOS) para este ano? Acreditamos num crescimento percentual por volta de 20%. Pretendem participar de algum evento do setor esse ano? Sim. Participaremos de vários eventos ligados ao mercado de motocicletas. É muito importante para uma empresa participar do maior número de eventos ligados ao setor, para aquilatar informações, tendências, e estar por dentro do maior número de lançamentos. A APMOTOS possui algum tipo de embalagem quando comercializa seus produtos? Não, não há embalagem específica. Porém estamos em fase de desenvolvimento de embalagens personalizadas para acondicionamento de nossos produtos. A empresa atua em quais regiões? A AP Motos atua em todo território brasileiro e tem como ponto de apoio nossas filiais, localizadas em regiões estratégicas de distribuição como: matriz – Uberlândia/MG; filial -Fortaleza/CE; outra filial em Goiânia/GO e também em Santo André – SP. •

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TRIBUTAÇÃO

CONCESSIONÁRIOS APOIAM AUMENTO DO IPI Os importadores de motos chinesas de baixa cilindrada serão os mais atingidos pela mudança do IPI

Texto e Imagem: Divulgação

“As motos de 50cc estavam fora do ‘radar’ da Receita Federal. Esses produtos saem da Ásia por cerca de US$ 200 e chegam ao consumidor brasileiro sem nenhum tipo de controle de qualidade, garantia, peças de reposição etc. E as vendas estavam sendo feitas de forma desleal. As medidas tomadas pelo Governo (aumento do IPI para motos de até 250cc importadas ou montadas fora do Polo Industrial de Manaus) querem reestabelecer a ordem no segmento de duas rodas”, afirma Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, durante coletiva de imprensa, realizada hoje. Na realidade, a atitude do Governo visa preservar a indústria nacional e,

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consequentemente, barrar a escalada de produtos chineses no nosso mercado. Ou seja, “cortar o mal pela raiz”. Segundo dados da Fenabrave, cerca de 150 mil unidades de motos com até 50cc foram comercializadas no Brasil em 2011, sendo a grande maioria vendidas para as regiões Nordeste e Norte. O número representa quase 4% do total de motos licenciadas, que no ano passado ficou na casa das 1.940.000 unidades. Produtos de até 250cc, que não são feitos no Polo Industrial de Manaus, estarão sujeitos à nova alíquota Crédito ainda empaca o setor. Já que o assunto é emplacamento, o resultado de maio não foi tão mal assim frente ao que foi visto nos últimos meses. Foram licenciadas 149.881 motos, equivalente a um crescimento de 13,35% frente a abril, porém significa uma queda de 12,7% se comparado ao mesmo período do ano passado (171.688). No acumulado, já foram emplacadas 724.653 unidades nos cinco primeiros meses deste ano – baixa de 4,20% se compararmos com as vendas de janeiro a maio de 2011.

Na visão de Flávio Meneghetti, o setor apresenta quadro sofrível, já que “de cada 100 fichas cadastrais enviadas para os agentes financeiros, apenas 15% são aprovados. Nos carros temos uma aprovação de mais de 50%”, compara o presidente da Fenabrave, dizendo que uma boa alternativa para o consumidor que precisa de uma moto é o consórcio. “Hoje, mais de 30% das motocicletas comercializadas são via consórcio. Já nos carros, esta modalidade representa cerca de 10%. Não há a curto prazo nenhuma solução mágica para impactar de forma significativa o mercado de duas rodas”, afirma Meneghetti. Durante a coletiva, a entidade manteve a previsão de 2 milhões de unidades vendidas até o final de 2012. Entretanto, se o cenário atual se mantiver, a Fenabrave pode rever esse número. Segundo a Abraciclo, em 2011, 75% das importações foram de modelos de até 50 cc. Com a nova medida, esses ciclomotores passarão a pagar 25%. As motos importadas de alta cilindrada, que já pagavam 35%, não sofrerão os reflexos do decreto. •



ARTIGO Roberto Haddad Sócio da área de Tributação Internacional e M&A da KMPG no Brasil

Super Carga Tributária “O Brasil é diferente de todos os outros países do mundo”. Essa frase é citada repetidamente por estrangeiros que estão começando a encarar os desafios fiscais de fazer negócios no Brasil. E por que dizem isso? Será que não estão exagerando? Afinal, desde sempre as reclamações relacionadas aos impostos são uma realidade no mundo todo. Durante uma reunião para discutir uma transação de aquisição de empresa, um investidor recém-chegado, interessado na compra de um grupo brasileiro de empresas, soube que cerca de 40 empregados desse grupo estavam exclusivamente alocados na área fiscal. A notícia foi recebida com surpresa e insinuava que talvez a empresaalvo não fosse tão eficiente. Afinal, o investidor, um grupo estrangeiro maior do que o grupo brasileiro, tinha cerca de oito profissionais em sua área fiscal. Um brasileiro presente na sala disse que, na verdade, esse número de empregados talvez nem fosse suficiente para lidar com a gestão dos tributos de um grupo desse tamanho no Brasil. Essa situação precisa ser mais bem compreendida. O cenário descrito é real e recorrente. Por que o sistema tributário brasileiro é considerado tão complexo? Por que são necessárias tantas pessoas para conduzir a área fiscal? E por que os impostos no Brasil, diferentemente de qualquer outro país do mundo, são considerados tão mais complexos e diferentes tanto para estrangeiros, como para brasileiros? Responder a essas questões não é tarefa simples. Não podemos afirmar que, considerados de forma individual, os tributos

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brasileiros sejam mais complexos que os de outros países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido, França ou Espanha. Por outro lado, o que sim podemos destacar é que existe uma complexidade que provém do número de impostos importantes que se aplicam às operações de uma empresa. Para ilustrar esse ponto, temos, por exemplo, o imposto de renda das empresas que é composto por dois tributos diferentes: o IRPJ (o imposto de renda propriamente dito) e a CSL (contribuição social sobre o lucro). Ambos têm cálculo similar, mas destinação diferente depois de recolhidos pelo Governo Federal. A alíquota conjunta é de 34%, semelhante a muitos países. Ocorre que, além de IRPJ e da CSL, há o PIS, a COFINS, o ICMS, o IPI, o ISS e o IOF, entre outros (como II, CIDE e outros impostos e contribuições especiais que se aplicam a setores de indústria específicos, como a CFEM para mineração). Já nos países mais desenvolvidos, há normalmente o imposto de renda e o IVA (imposto sobre valor agregado) ou um imposto sobre consumo. Esses são os principais tributos que usualmente incidem nas operações das empresas no exterior. Dessa forma, enquanto os países desenvolvidos operam com um sistema de basicamente dois principais impostos sobre as operações, as empresas no Brasil precisam lidar com um arcabouço formado por pelo menos oito impostos. Além disso, os oito impostos são tratados em diferentes níveis de Governo: Federal, Estadual e Municipal. Cada um com in-



teresses diferentes e autoridades fiscais diferentes, resultando em uma enorme confusão legislativa e de gestão para os contribuintes. Obviamente, mesmo as autoridades fiscais têm dificuldades em lidar com tantos tributos, e esta é uma das razões pelas quais existem tantas áreas obscuras nas diferentes legislações. Isso porque, mesmo as autoridades fiscais não têm a oportunidade de se concentrar e aprofundar nas questões inerentes a poucos impostos, o que evitaria muitas discussões administrativas, processos judiciais, mal-entendidos e várias interpretações. Tais autoridades precisam cuidar dos vários impostos e essa falta de foco provoca, por conseguinte, falta de clareza e profundidade. Em relação aos diferentes tributos, há especificidades e complexidades. Por exemplo, o PIS e a COFINS incidem em praticamente todas as receitas, tendo uma alíquota conjunta de 9,25%, com créditos sobre alguns insumos permitidos. Essa alíquota é reduzida para 3,65% sem créditos, caso seja aplicado um sistema alternativo de IRPJ. O ICMS, outro exemplo, é um imposto estadual sobre valor agregado com uma legislação federal principal e 27 legislações específicas para cada um dos 26 Estados e o Distrito Federal. Se uma venda for realizada de um Estado para outro, este último poderá não aceitar o crédito de ICMS caso o primeiro tenha concedido alguns tipos específicos de incentivos fiscais. Este é apenas um dos campos de batalha da chamada guerra fiscal. Em relação ao IRPJ, como último exemplo, não há consolidação fiscal no Brasil. Cada empresa é um contribuinte individual, e não se pode ter uma combinação dos resultados de um grupo de empresas a fim de compensar os lucros com as perdas, as receitas com as despesas. Na verdade,

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esta é uma das principais áreas que precisam ser resolvidas pelo Governo Federal. O sistema tributário brasileiro necessita urgentemente de consolidação fiscal, o que evitaria a imensa quantidade de litígios envolvendo incorporações, cisões e outros fluxos societários. Isso acabaria com muitas discussões subjetivas relacionadas com o propósito negocial de certas transações, a questão de operações e serviços realizados entre empresas de um mesmo grupo, além de uma série de outras discussões que só existem em razão da ausência de consolidação fiscal. Em tempo, a maior parte dos países desenvolvidos possui sistema de consolidação fiscal. É claro que os Governos não querem perder suas receitas fiscais. Contudo, a redução na carga tributária não é a principal reivindicação das empresas. Elas querem menos complexidade, menos quantidade de impostos, menos áreas obscuras, menos processos judiciais. Querem contar com a capacidade de prever, com razoável segurança, as regras às quais estarão sujeitas. É possível alcançar essa realidade. O Brasil já evoluiu incrivelmente em diversas áreas da economia e o País está agora em franca expansão, oferecendo oportunidades únicas. Atingir uma menor complexidade tributária é uma questão de vontade política e comunicação entre as autoridades fiscais, contribuintes e tributaristas. Apesar de todas essas questões, o sistema tributário não deveria ser visto como um fator limitador para se fazer negócios no Brasil. Com certeza ele é um desafio, mas não uma limitação. Os investidores internacionais recém-chegados, assim como os próprios brasileiros, que compreenderem o ambiente fiscal e descobrirem a melhor forma de estruturar e conduzir os negócios nesse País não só permanecerão operando, como crescerão e terão muitos frutos por aqui. •



ESTATÍSTICA

CRIADA NOVA PARCERIA ENTRE ABRACICLO E HC Com envolvimento da CET e das polícias civil e militar, a iniciativa vai detectar os fatores desencadeadores de ocorrências, para viabilizar ações estratégicas de prevenção

Texto: Divulgação

A

ABRACICLO e o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo firmaram parceria para analisar as reais causas dos acidentes de trânsito envolvendo motociclistas. A entidade arcará com o custo do projeto – investimento de R$ 420 mil – e também fará a copilação dos dados, que serão coletados no local da ocorrência pelos agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e das polícias Civil e Militar, além de aprofundados por funcionários do hospital no momento da internação. “O objetivo é que o acidente deixe de ser apenas uma triste estatística. Teremos um questionário que permitirá analisarmos a fundo os fatores desencadeadores de ocorrências no

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trânsito de São Paulo. Serão ouvidos o motociclista, o outro envolvido (motorista ou pedestre) e testemunhas, além de avaliadas a infraestrutura da via e do local”, afirma o diretor executivo da ABRACICLO, José Eduardo Gonçalves. Para este projeto serão computados apenas os acidentes ocorridos na Zona Oeste de São Paulo, a mais próxima dos hospital parceiro. “Como essa ação envolve treinamentos de oficiais da polícia, agentes de trânsito, entre outros, foi necessário optarmos por uma amostragem, envolvendo apenas os envolvidos em atuações nessa região da cidade. Além disso, a maioria das ocorrências na Zona Oeste já é encaminhada ao hospital, o que permite essa troca de informações”, explica Gonçalves. O treinamento do efetivo da CET já está em andamento. A estimativa é que o relatório final da iniciativa seja entregue em 14 meses. “A análise será muito importante para traçarmos um perfil do comportamento dos motoristas e motociclistas, permitindo assim trabalharmos mais acertadamente em ações e campanhas de conscientização, visando sempre o respeito, a educação e a paz entre todos os personagens do trânsito”, conclui Gonçalves. Hoje, a frota nacional de motocicletas

ultrapassa a margem dos 18 milhões de veículos emplacados. A produção anual gira em mais de dois milhões de unidades. O Brasil é considerado o quinto maior produtor de motocicletas do mundo. Como pautamos em nosso editorial passado, na edição 61, sob o título “A quem interessa as notícias, divulgadas de forma sistemática, enfatizando os acidentes com motociclistas nas cidades brasileiras?”, coincidentemente – após - a ABRACICLO firma esta importante parceria com o HC, buscando causas e efeitos com acidentes envolvendo motos. Afirmamos que, “Este é realmente um problema, e necessita ser analisado não pela ótica de quem causa um acidente, ou é vitima, mas, de forma ampla, avaliando os motivos que levam ao desenlace. Muitos dos acidentados não têm a menor condição de pilotar uma moto, seja ela de alta ou baixa cilindrada, a trabalho ou lazer. Muitos deles, sequer estão habilitados para conduzir o veículo. Em casos semelhantes, o culpado não é somente quem está ao guidão. Primeiro: quem entregou a ele o veículo? E nossa dissertação segue, em conluio com esta parceria, que acreditamos, será de suma importância para a sociedade, para os condutores, pedestres e outros. •



MERCADO

QUEDA EM VENDAS JÁ ULTRAPASSA 13% Restrição ao crédito e queda na liberação de financiamentos afetam setor, que já amarga baixa acumulada de 9,7% na produção e de 13,1% nas vendas ao atacado Texto: Divulgação

O

segmento nacional de motocicletas levou três anos para superar os efeitos da crise econômica de 2008. Porém, a recuperação, alcançada apenas em 2011, já está ameaçada. Sentindo mês a mês os efeitos do aumento das restrições ao crédito, anunciado no quarto trimestre de 2011, o mercado já acumula, em 2012, perdas de 13,1% nas vendas no atacado e de 9,7% na produção, em comparação com o mesmo período (janeiro a maio) do ano passado. Segundo dados divulgados pela ABRACICLO, foram comercializadas 151.316 unidades em maio deste ano,

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22,5% abaixo das 195.307 vendidas no mesmo mês de 2011 e 9,2% acima do volume registrado em abril (138.608). No acumulado, 2012 registra 758.417 motocicletas comercializadas, ante 872.689 unidades de 2011. Já com relação à produção, foram fabricadas em maio deste ano 171.739 motocicletas, 15,8% a menos do que o alcançado no mesmo mês de 2011. Apesar da baixa no comparativo ano a ano, os números são 17,9% maiores do que os registrados em abril, quando foram fabricadas apenas 145.697 unidades. No período entre janeiro e maio, saíram das unidades fabris 826.981 motocicletas, ante 915.584 no ano passado. “A queda na produção só não foi maior porque as exportações acabaram ganhando espaço, superando as nossas expectativas”, conta Marcos Fermanian, presidente da ABRACICLO. De acordo com a entidade, foram exportadas, em maio, 10.238 motocicletas, 16,3% acima do registrado em abril (8.804). No comparativo com o

mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas ao mercado externo 6.725 unidades, o avanço é de expressivos 52,2%. O acumulado do ano (41.515 unidades) já está 56,6% superior ao alcançado em 2011 (26.517).

Consumidor Final

As vendas para o consumidor final (emplacamentos) também registram queda no comparativo com o ano passado. Em maio foram emplacadas 149.871 motocicletas, 12,7% abaixo dos dados do mesmo mês de 2011 (171.681). Porém, no acumulado do ano, as perdas nesta categoria foram mais suaves, da ordem de 4,2%, com 724.584 emplacamentos em 2012 ante 756.371 em 2011. “Infelizmente, já estamos tendo que rever a nossa previsão inicial feita para 2012, que era de um crescimento da ordem de 5%. Caso o cenário não se modifique, o mais provável é que vivamos uma retração ou, na melhor das hipóteses, uma estagnação do mercado”, completa Fermanian. •


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EMPRESA REGIONAL

SUPERAÇÃO, DEDICAÇÃO E SATISFAÇÃO Com 54 anos no mercado, Brandani Motopeças, nos conta sobre a trajetória da empresa e não satisfeita com o presente, planeja um futuro cheio de novidades

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Texto e imagens Divulgação

N

ossa história com motos, motopeças e náutica se inicia em 1958, quando nosso avô Silvio Brandani e tio-avô Hugo Brandani inauguram a terceira concessionária Lambretta do país, em Ribeirão Preto – SP. Entre 1958 e 1975 nosso pai ajudou a transformar também em indústria de motopeças, bicicletas,

ciclomotores e motocicletas, já em um galpão de 4 mil m² em um parque industrial da cidade, mantendo as antigas instalações para a fundação da Comercial Branmoto Ltda, pelos sócios (nossos pais) Sérgio e Sônia Brandani, para comercialização da produção da indústria já como o nome Brandani Motopeças. Com a chegada da fábrica da Yamaha em 1980, fomos nomeados como a 5ª concessionária do país em motocicletas, e em 1982, incorporamos a divisão náutica também’’ conta Sergio Halak Brandani, atual diretor da empresa. Mesmo com as sérias dificuldades financeiras que o país atravessava no



EMPRESA REGIONAL

• Samir ( a dir.) e Serginho Brandani (a esq.) estão hoje no comando da empresa

período, surgiu a idéia de separar o negócio de peças paralelas e originais Yamaha, com a fundação da SBS (iniciais de Sergio e Silvio Brandani) e a Cavalo de Aço. Em 1983, um grande incêndio destruiu as instalações e o estoque completo, mas graças à ajuda de amigos e de muito trabalho, se recuperaram totalmente em apenas um ano. Já em 1986, mudaram para o imóvel de 1500 m², onde por oito vezes foram premiados como uma das melhores concessionárias Yamaha do país, e sempre convidados a representar o Brasil na matriz japonesa. Em 2002 venderam a bandeira de motocicletas e mantiveram a de motopeças e náutica, no novo endereço, reduto e referência para estes setores na cidade e região metropolitana de Ribeirão . ‘’Segundo Sergio ,a partir de 2003, iniciamos estudos em importações e com a abertura de novas empresas fundamos o grupo Brandani. Mantive-

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mos o negócio com as mesmas bases que nos estabeleceram no mercado, e iniciamos um novo desafio com motores de popa.Como o mercado asiático sempre foi presente em nossos negócios, assim como constantemente viajávamos àquele destino, sabíamos exatamente onde desenvolver nossos motores, uma ideia antiga e sempre muito estudada’’. Em 2007 fundaram a marca Maxy de motores de popa. Após testes de qualidade e desgaste, conseguiram desenvolver e colocar no mercado um dos melhores motores de popa da categoria, podendo oferecer garantia de dois anos, e completo estoque de peças. O que os colocou entre as principais marcas náuticas, atualmente comprovado em fóruns de discussão, e retorno de revendas pelo Brasil. Todo o conhecimento adquirido pelos sócios iniciais foram passados como herança, e hoje Serginho e Samir

Brandani, administramos a empresa Brandani Motopeças; Comercial Branmoto; Motores de Popa Maxy, tendo como principais negócios, a concessionária Yamaha náutica; concessionária barcos Levefort; barcos Hiperfort; peças originais Yamaha; peças paralelas de todas as marcas de Motocicletas e motores de popa Maxy. ‘’Com a constante crescente no segmento de motos, e exigência cada vez maior de qualidade, optamos sempre por trabalhar pela satisfação do cliente, e com os melhores fabricantes do mercado. Desde então vimos conseguindo manter a tradição da família no setor, por conta do grande esforço em nos mantermos atualizados em feiras no Brasil, Itália e toda a Ásia ,buscando o que sempre há de moderno, e de olho no futuro, com novos projetos na gaveta para lançamentos em breve’’,conclui Sergio Halak. •





TRAJETÓRIA

SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE Texto Hylario Guerrero Imagens Osmar Silva

Com o desejo de realizar um sonho de adolescente, Ademício Araújo, resolveu trabalhar com o segmento, foi estudar na cidade e em pouco tempo fundou a AD Motos, juntamente com sua esposa Juscilene,e ingressou de vez no setor. Hoje, ele e a esposa são diretores, e o filho mais velho, ainda adolescente já ocupa seu espaço, dando continuidade ao sonho do pai

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31 de agosto de 1993 foi o ano de fundação da AD Motos. O sonho era de Ademício, mas sua esposa Juscilene acreditou nesta empreitada, dando seu nome, crédito e trabalho, tornando-se sócia diretora da empresa. Os principais produtos comercializados/distribuídos pela empresa são motopeças, acessórios e lubrificantes, e estão em busca de novos itens direcionados ao segmento. Mas, no início das atividades eram apenas peças para motor, pois Ademício trabalhava na área de mecânica. Co-



TRAJETÓRIA

meçou seu pequeno comércio apenas com a sócia/esposa. “Hoje geramos vinte e um empregos diretos, estes são meus colaboradores”, diz Ademício com orgulho. “Nossa empresa sempre esteve sediada em Várzea da Roça, na Bahia. Começamos em uma ruazinha de vila, e com o passar do tempo mudamos para o centro da cidade, o que já foi uma evolução. E no em 2009 construímos nossa sede, em frente a BR407, a um quilômetro da cidade, área equivalente a 10 mil m2 onde permanecemos”, conta. Ademício lembra bem as dificuldades pelas quais a empresa enfrentou e tem passado nestes anos de atividades dentro do setor. “As cargas tributárias excessivas, bem como a falta de mão-de-obra qualificada, ainda tem impedido nosso crescimento”. A empresa é composta por diversos departamentos: compras está a cargo de Ademício; em vendas, o nome de Silvio e Lincoln. No financeiro:

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Juscilene, e no fiscal, Anatiele. A empresa sempre trabalhou com produtos exclusivos para o segmento motociclístico, “onde investimos em todas as linhas. Acompanhamos o crescimento do mercado, buscamos suprir as necessidades de nossos clientes, procurando novos produtos, lançamentos, tendências, tudo o que vai surgindo pelo caminho, independente de marcas ou modelos lançados no Brasil”, fala Ademício que reitera, “muitos itens são bastante procurados, não há um produto chamado de carro chefe especificamente, mas, os kits de transmissão, velas do motor e lâmpadas, tem certo destaque. Ao todo, comercializamos em torno de 5 mil itens”. Não há lançamento algum que a AD. Motos esteja aguardando no ano, que chegará ao mercado, “pelo contrário, tudo que for surgindo em lançamentos das motos, procuramos investir imediato, para sairmos na

frente. Para tanto, vamos a todos os eventos que for possível, sejam feiras, encontros, onde houver expositores e peças de motos estaremos lá”, explica. Entre as expectativas para o setor, em 2012, Ademício visa crescimento dos produtos nacionais, “pois as empresas estão voltando os seus olhos para o nosso Brasil. Apesar da seca que está se alastrando em nossa região, ainda vislumbramos um crescimento percentual em torno dos 12% para este exercício. Possuímos embalagens próprias para os produtos. Temos a nossa marca própria ADM, que foi bem aceita pelos nossos clientes, com ótimos preços e qualidade”, explica o diretor comercial da AD. Motos, Ademício Almeida Araújo, que nos lembra, “atuamos em todo território baiano, parte do Pernambuco e Piauí”, finaliza.


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