Sociedade de caçadores #08 enigma do arcanjo

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Não houve nenhum aviso antes de serem empurrados para cima com a mesma velocidade suicida com a qual foram puxados para baixo. Eles foram para cima e para cima, até que o ar estava suficientemente frio para poderem respirar. A voz, quando veio, estava em todos os lugares. Eu estou acordando. Prepare-se para a batalha.

Naasir e Andromeda foram empurrados para fora do túnel e jogados na caverna de areia novamente. O poço que lhes tinha sugado se fechou de modo tão perfeito que não havia qualquer sinal de que estiveram lá. Levantando-se com musculosa graça felina, Naasir se agachou na frente de Andromeda enquanto ela se sentava. Ele passou a mão sobre seu cabelo, depois, muito suavemente sobre os arcos de suas asas. Esta era uma área altamente sensível, o toque foi íntimo, mas ela enterrou-se contra o peito dele, precisando da ternura, querendo nada mais do que estar perto dele. Ela percebeu dentro daquele túnel que a morte podia vir a qualquer instante. — Beije-me, — ela disse, levantando o rosto para encontrar o dele primordialmente masculino. Se morrermos, queria ir sabendo como é o beijo dele. Ao invés de beijá-la, ele mordeu o lábio inferior com força. — Vamos nos beijar depois que eu encontrar seu Grimório idiota. Encostando sua testa na dele, Andromeda sacudiu a cabeça. — Esqueça o Grimório. Naasir segurou seu queixo, seus olhos assombrosamente belos fixos nos dela. — Sua honra é importante para você. É tão importante quanto o seu coração. Matando um, eu matarei o outro. Ela suspirou, ele sabia o que ia em seu coração. Naasir a rodeou com os braços, a respiração dele contra sua pele enquanto esfregava a lateral do rosto contra o dela. Andromeda sabia que não havia tempo para tristeza. Roubando mais um instante de seu calor e ferocidade, ela deu um passo para trás.


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